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A ATUAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL THE PERFORMANCE OF PSYCHOPEDAGOGY IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION RESUMO

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Academic year: 2021

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1 Pós graduanda cursando o Curso de Psicopedagogia e Educação Especial na Universidade Idaam em Manaus.

2 Doutoranda em Educação (UNIDAS). Mestrado em Educação pela UPE (Universidad de los Pueblos da Europa). Especialista em Metodologia e Didática do Ensino Superior/FEM.

Especialista em Gestão Publica Municipal/UFAM EAD.Graduada em Pedagogia/UNIRG. Experiencia como Professora formadora nos Programas de Extensão da Universidade do Estado do Amazonas/UEA e UFAM. Atualmente Professora Efetiva da SEMED. Gestora escolar desde 2009. Pesquisadora na linha de pesquisa: Políticas Públicas (Formação de Professores). Professora Tutora da Uninter Polo Manaus. Com experiencia comprovada na docência no Ensino Superior e ensino Fundamental. Professora nos cursos de Pós Graduação IDAAM . Coordenadora Graduação pedagogia e Pós em Educação (Faculdade Idaam)

THE PERFORMANCE OF PSYCHOPEDAGOGY IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION

Kliniane Alves Brasil1

Marluce de Amorim Filipe2

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo principal, refletir sobre a atuação da Psicopegagogia no Ensino Psicopedagógico Infantil verificando compreender como os alunos e professores percebem a importância do psicopedagogo(a) na escola, atuando em sala de aula. Visando, auxiliar as necessidades encontradas por profissionais da educação, encontrar alternativas de trabalho para crianças pequenas em sala de aula e solucionar futuros problemas que a criança possa ter, mostrando de que forma os psicopedagogos podem auxiliar na formação das crianças com idade menor e como a psicopedagogia pode contribuir na mediação entre os docentes e a comunidade escolar nessa faixa etária ou modalidade de ensino. O psicopedagogo em seu trabalho em conjunto com a família e a escola tem o papel de avaliar, intervir, buscando novos conhecimentos para direcionar a uma aprendizagem transformadora, e entender as dificuldades de aprendizagem de forma preventiva, distinguindo seus sinais, objetivando o aprimoramento diante do processo de ensino aprendizagem. E seu objetivo maior, é refletir sobre como o psicopedagogo pode contribuir, para que a Educação Infantil garanta experiências que valorizem as diversas infâncias.

Palavra-chave: Psicopedagogia: Psicopedagogo. Educação Infantil ABSTRACT

This work has as main objective, to reflect on the performance of Psychopegagogia in Child Psychopedagogical Teaching verifying understanding how students and teachers perceive the importance of psychopedagogue(a) in school, working in the classroom. Aiming to assist the needs encountered by education professionals, find work alternatives for young children in the classroom and solve future problems that the child may have, showing how the psychopedagogue can help in the education of children under age and how psychopedagogy can contribute to mediation between teachers and the school community in this age group or teaching modality. The psychopedagogue in his work together with the family and the school has the role of evaluating, intervening, seeking new knowledge to direct to a transformative learning, and understanding learning difficulties in a preventive way, distinguishing their signs, aiming at the improvement in the face of the teaching-learning process. And its main objective is to reflect on how the psychopedagogue can contribute to early childhood education to guarantee experiences that value the various childhoods.

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1. INTRODUÇÃO

O trabalho do Psicopedagogo na instituição escolar tem um caráter preventivo no sentido de procurar criar competências e habilidades para solução dos problemas. Com esta finalidade e em decorrência do grande número de crianças com dificuldades de aprendizagem e de outros desafios que englobam a família e a escola, tendo como objetivo, identificar estratégias e atividades que são indicadas para serem utilizadas no processo de educação de crianças em campos não domesticados.

O papel do psicopedagogo escolar é muito importante pode e deve ser pensado a partir da instituição, a qual cumpre uma importante função social que é socializar os conhecimentos disponíveis, o trabalho psicopedagógico terá como objetivo principal trabalhar os elementos que envolvem a aprendizagem de maneira que os vínculos estabelecidos sejam sempre bons.

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96 que veio garantir definitivamente o atendimento e a educação às crianças de zero a seis anos de idade. Pela primeira vez a Educação Infantil assume papel de importância nacional situando-se na primeira estada da educação básica, com a finalidade de propiciar o pleno desenvolvimento da criança. Esta lei determina que as creches devam atender as crianças de quatro a seis anos de idade. Desta forma, a Educação Infantil muda a sua história e seu importante papel na sociedade.

Buscando compreender o papel da Psicopedagogia na Instituição educativa e o contexto atual da Educação Infantil no país, o objetivo maior é refletir sobre a ação do psicopedagogo neste determinado campo de atuação, busca compreender a atuação do psicopedagogo dentro das instituições em que estão inseridas crianças de zero e cinco anos de idade. Para tanto, realiza uma incursão na historia da Educação Infantil brasileira apresentando documentos oficiais que a fundamentam e que enquadram numa perspectiva mais atual.

O fazer do psicopedagogo também se encontra contextualizado, pois para compreender o papel do psicopedagogo neste campo de atuação é necessário resgatar um pouco da historia da Psicopedagogia enquanto ciência em crescente transformação. A construção de uma identidade por parte do psicopedagogo e também dos profissionais da Educação Infantil, remete a conceitos como autoria e protagonismo, tanto por parte de professores quanto das crianças envolvidas no processo formativo e que passam a ser valorizadas enquanto produtoras de cultura. Por fim, a percepção de que o fazer

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psicopedagógico se faz presente na formação continuada do grupo de profissionais na Educação Infantil, traz reflexões importantes acerca da necessidade constante desta formação.

A qualidade dos serviços, como necessidade e condições de concretização desse direito proclamado, no âmbito de uma instituição que vai assumindo novas feições e incorporando concepções renovadas de criança, de desenvolvimento infantil, de atividade, de tempo, de espaço na definição de seus objetivos e funções, passa pelo cumprimento do que tem sido definido como seu “duplo objetivo” educar e cuidar. (Ostetto; 2012, p. 16)

A preocupação com o ensino na educação infantil apareceu com a inclusão da mulher no mercado de trabalho no inicio da industrialização, isso pelo fato de não terem com quem deixar seus filhos. Sendo assim, na época em que surgiram as instituições de ensino para essa faixa etária, era normal a preocupação maior em relação ao cuidado com as crianças do que em relação ao que elas podiam aprender durante o período que frequentavam esses estabelecimentos.

Atualmente, ainda encontramos esse fato muito forte, principalmente com as crianças pequenas, de que elas não podem aprender, estão ali simplesmente para serem cuidadas, nos deparamos com o desafio de ampliar as politicas para a educação das crianças pequenas, refletindo sobre as diferentes infâncias e implementar a urgente formação especifica de professores para creches e pré-escolas e definir pedagogias especificas para essa etapa da educação básica. (Barbosa, 2009)

Diante disso encontramos, o papel do psicopedagogo que para nos auxiliar nos desafios diários de educar a psicopedagogia surge a partir da dinâmica de relações entre o sujeito e o meio familiar e social em que vive. A psicopedagogia pode trazer importantes contribuições para a Educação Infantil. Com a sua ação pedagógica e através de reflexões com o professor sobre o desenvolvimento do grupo de alunos e na elaboração de propostas adequadas para que avancem nas suas aprendizagens e também contribuir com conhecimentos da psicopedagogia. (CAMPOS, 1997, p. 34)

2. O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NA INSTITUIÇAO ESCOLAR

Os desafios que surgem para o psicopedagogo para atuar dentro da instituição escolar relacionam-se de modo significativo. A sua formação pessoal e profissional implicam a configuração de uma identidade própria e singular que seja capaz de reunir qualidades, habilidades e competências de atuação na instituição escolar.

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Ao psicopedagogo cabe avaliar o aluno e identificar os problemas de aprendizagem, buscando conhecê-lo em seus potenciais construtivos e em suas dificuldades, encaminhando-o, por meio de um relatório, quando necessário, para outros profissionais - psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista, etc. que realizam diagnóstico especializado e exames complementares com o intuito de favorecer o desenvolvimento da potencialização humana no processo de aquisição do saber.

O psicopedagogo está preparado para auxiliar os educadores realizando atendimentos pedagógicos individualizados, contribuindo para a compreensão de problemas na sala de aula, permitindo ao professor ver alternativas de ação e ver como as demais técnicas podem intervir, bem como participando do diagnóstico dos distúrbios de aprendizagem e do atendimento a um pequeno grupo de alunos.

O conhecimento e o aprendizado não são adquiridos somente na escola, mas também são construídos pela criança em contato com o social, dentro da família e no mundo que a cerca. A família é o primeiro vínculo da criança e é responsável por grande parte da sua educação e da sua aprendizagem. O que a família pensa, seus anseios, seus objetivos e expectativas com relação ao desenvolvimento de seu filho também são de grande importância para o psicopedagogo chegar a um diagnóstico.

O psicopedagogo tende a prevenir os problemas de aprendizagem, ao invés de remediá-los por meio da busca de diversos serviços escolares dos quais os alunos participam e na medida do possível, do ambiente familiar e social em que eles vivem, auxiliando o aluno a desenvolver o máximo de suas potencialidades.

Segundo Andrade (2004) a psicopedagogia ainda está buscando a autonomia de uma disciplina e delimitando cientificamente a aprendizagem humana com sua temática, o sujeito aprendente ou sujeito em situação de aprendizagem como seu sujeito e a pesquisa de intervenção como o método de investigação de realidade que lhe interessa a aprendizagem como uma área de conhecimento ou de atuação “interdisciplinar nos processos de aprendizagem” (CASTANHO 2002. P 30).

O trabalho do psicopedagogo, portanto, não se apresenta como reeducativo mas, sim como terapêutico (terapia centrada na aprendizagem), não se dirige para um público especificamente, porque aprendentes somos todos nós, humanos: crianças, jovens ou velhos que nos mantemos vivos e atuantes, enquanto aprendemos e ensinamos e podemos contribuir com a nossa marca para a evolução da humanidade. É possível

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perceber que a Psicopedagogia também tem papel importante em um novo momento educacional que é a inserção e manutenção dos alunos com necessidades educativas especiais (NEE) no no ensino regular, comumente chamada inclusão.

O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as expectativas e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, cientifico e tecnológico, de modo à promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade. (RESOLUÇÃO CNE/CBE 5/2009, Art. 3º)

De acordo com os princípios da psicopedagogia, o psicopedagogo deve trabalhar para possibilitar a todas as crianças o direito de aprender. A leitura e a escrita são ferramentas para o acesso ao saber acumulado representado pela cultura, o psicopedagogo deverá contribuir para que os educandos supere o problema de aprendizagem e consiga ter acesso a esse saber. A princípio, o psicopedagogo deve respeitar a individualidade do ser humano e ajudá-lo na superação de suas dificuldades.

2.1. Entendendo a Psicopedagogia na Escola e de que forma pode ser compreendida

A Psicopedagogia é formada pela junção de duas ciências a psicologia e pedagogia – assim sendo, uma ciência que estuda o processo de ensino aprendizagem humana, sendo o seu objeto de estudo, o ser humano em processo de construção do conhecimento (FELDMANN, 2006).

Comprometida com a melhoria das condições do aprendizado seu objetivo é identificar as dificuldades essenciais na construção do saber e do não saber. É uma área que estuda e lida com o processo de aprendizagem e com os problemas dele decorrentes. Acreditamos que, se existissem nas escolas psicopedagogos trabalhando com essas dificuldades, o número de crianças com problemas seria bem menor.

A escola é grande responsável pela formação do homem, o trabalho do psicopedagógico tem por finalidade criar competências e habilidades para a solução dos problemas relacionados às dificuldades do aprendizado infantil e os desafios enfrentados com a família e a escola.

Nessa perspectiva, “o psicopedagogo não é um mero “resolvedor” de problemas, mas um profissional que dentro de seus limites e de sua especificidade, pode ajudar à escola a remover obstáculos que se interpõem entre os sujeitos e o conhecimento e a formar

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cidadãos por meio da construção de práticas educativas que favoreçam processos de humanização e da capacidade de pensamento crítico” (Tanamachi, 2003, p. 43).

Dessa forma, acredita-se que o trabalho da Psicopedagogia quando encontra consonância e parcerias na escola, pode promover efeitos muito positivos para a minimização das dificuldades que emergem no contexto escolar, apesar de representar um constante desafio, pois requer o envolvimento de toda a equipe, e um desejo permanente de mudanças, para que as transformações, de fato, ocorram.

2.2. A Psicopedagogia Institucional Escolar

Segundo Mansini (2006, p. 249), que a Psicopedagogia, como área de estudos, nasceu da necessidade “de atendimento e orientação a crianças que apresentavam dificuldades ligadas a sua educação, mais especificamente, a sua aprendizagem, quer cognitiva, quer de comportamento social”. Ela pode cooperar com o trabalho realizado na educação infantil, principalmente na preservação de futuros problemas de aprendizagem, oferecendo meios para que seja trabalhado o desenvolvimento infantil. Apontar direções para o planejamento de atividades a serem realizados com as crianças, podem apresentar, contribuindo para a constituição do processo da organização psíquica.

Psicopedagogia é estendida como uma ação que é fornecida juntamente com o currículo escolar visando ajudar o processo total de educação, notadamente nas questões de aprendizagem. Educação moral é também relacionada ao trabalho da psicopedagogia por ser uma importante questão de aprendizagem. Consideramos que o desenvolvimento ético da criança deve ser o objetivo central em todas as ações voltadas para esta.

Conforme os estudos de Bossa (2000, p. 89), no que diz respeito à Psicopedagogia preventiva, “podemos dizer que o nosso sujeito é a instituição, com a sua complexa rede de relações”. A partir dessa reflexão, podemos dizer que a instituição é um espaço físico e psíquico da aprendizagem, local e objeto de estudo da Psicopedagogia. Os procedimentos didáticos que interferem na aprendizagem devem ser analisados e discutidos, a fim de que possam ser ressignificados.

A psicopedagogia pode trazer importantes contribuições para a Educação Infantil, trabalhar as questões pertinentes às relações vinculares professor-aluno e redefinir os procedimentos pedagógicos, interagindo o afetivo e cognitivo, através da aprendizagem dos conceitos, nas diferentes áreas do conhecimento (FAGALI; VALE, 2003, p. 10). Pode ainda contribuir com a ação pedagógica na educação infantil através de reflexões com o

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professor sobre o desenvolvimento do grupo de alunos e na elaboração de propostas adequadas para que avancem nas suas aprendizagens e também contribuir com conhecimentos da psicopedagogia (CAMPOS, 1997, p 34).

Atualmente segundo Allessandrini (1996, p.21), a definição do objeto de estudo dessa área do conhecimento: “a psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem a partir de uma contextualização teórico-prática que advém da pedagogia e da psicologia”.

2.3. A Psicopedagogia e seu espaço na instituição aluno x professor

Em 1998, o MEC elaborou o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) buscando atender a necessidade de uma base nacional comum para os currículos, sendo um conjunto de referencias e orientações pedagógicas não necessariamente obrigatórias à ação docente. As crianças são sujeitos que recriam o seu modo e a sua forma de entender e compreender aspectos do mundo. São sujeitos construtores de uma cultura própria.

Segundo os RCN (vol. 1) as crianças possuem uma natureza singular, que as caracterizam como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio, e isto porque, através das interações que estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o meio que as circunda, as crianças revelam seu esforço para compreender o mundo em que vivem as relações contraditórias que presenciam e, por meio das brincadeiras explicitam as condições de vida a que estão submetidas e seus anseios e desejos. (Brasília, 1998, p. 21)

Desde 1996 com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei 9394/96), a educação infantil passou a integrar a Educação Básica, juntamente com o ensino fundamental e o ensino médio. Segundo a LDBEN em seu artigo 29: A educação infantil da criança ate seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

Enfim, hoje, não se aceita mais creche com sinônimo de depósito ou de estacionamento de crianças. Creche é coisa séria. Qualquer que seja o nome adotado pela instituição que cuida de crianças pequeninas, ela tem de se constituir em espaço montados de tal forma que se precisa para se desenvolverem integral ou harmoniosamente, física e psicologicamente, atendendo às suas necessidades físicas biológicas, sociais, intelectuais e afetivas de forma integrada (Rizzo, 1999, p. 45).

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A escola teve por meio de seus gestores e professores, ter o compromisso de construir relações com as famílias, pois sabemos que grande parte das crianças que frequentam a instituição vem de famílias trabalhadoras. Os cuidados com educação das crianças tornou-se nos últimos 30 anos, uma grande preocupação de pais, governos, empregadores, comunidades e pesquisadores.

A ocupação dos espaços no mercado de trabalho pela mulher, lado a lado com os homens, fez crescer mais ainda a procura por alternativas de cuidado para as crianças, a serem prestados por outras pessoas que não os seus progenitores ou familiares pois, atualmente as famílias brasileiras cada vez mas necessitam deixar seus filhos nesse ambientes.

Embora as famílias com os dois pais trabalhando possam não ser pobres, elas podem ter dificuldades financeiras para pagar as altas taxas das creches, e ainda sofrerem o estresse de tentar dar conta do trabalho e de obrigações domesticas e sócias ao mesmo tempo. Portanto é muito importante que as educadoras trabalhem em conjunto com os pais e sejam sensíveis as pressões que eles enfrentam. (GOLDSCHMIED, 2006, p. 16).

3. METODOLOGIA NA PSICOPEDAGOGIA

Esta pesquisa tem como propósito apresentar A Psicopedagogia e o processo de atuação do psicopedagogo na Educação Infantil. Visando compreender o trabalho escolar e o ensinar como uma ferramenta que deva oferecer à criança as condições necessárias ao seu desenvolvimento, além de proporcionar um ambiente com profissionais capacitados para utilizar estratégias diferentes. O ensinar, o compreender não deve ser percebido como um elemento diferente no processo de ensino e aprendizagem da criança, ele deve ser apreciado como um componente relevante em todas etapas de desenvolvimento infantil.

A família distinguir-se como o menor grupo social que se tem conhecimento e os pais ultimamente não consegue oferecer atenção necessária aos seus filhos, agravada a falta de tempo os faz afrontar como desafio o que deveria ser obrigação como tomar de conta de seus filhos e contornar antes presente em suas vidas e para superar a ausência do pai e mãe acabam terceirizando a educação dos filhos, jogando a total responsabilidade sobre a escola e aos professores, esta por sua vez atropelada e confusa perante o grande numero de crianças que abordam sem apresentar conhecimentos de limites da família.

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É importante o dialogo e a interação entre psicopedagogo e professor e de outros envolvidos no processo de ensino aprendizagem, sendo a instituição escolar parte da sociedade e a aprendizagem partindo da interação da criança na interação com o meio social, torna-se importante ressalta a importância que o mundo sociocultural tem na aprendizagem da mesma, contribuindo para as construções de aprendizagem daquela criança, o psicopedagogo nos ajuda a entender a ação do aluno, quando o professor não sente prazer e não se sente seguro com seu processo de ensino aprendizagem, dificilmente os alunos contribuirão seus conhecimentos de forma tranquila e sem problemas (SOUZA, 2011).

A literatura tem nos apontado que o trabalho psicopedagógico desenvolvido em instituições educativas de educação infantil tem como marca o aspecto preventivo. O psicopedagogo tem a possibilidade de direcionar o seu trabalho para a formação continuada do educador, com o objetivo de promover a sua aprendizagem, e, consequentemente, a aprendizagem de seus alunos. A partir dessa reflexão, concorda-se com as seguintes palavras:

Desta forma, a busca de alternativas para a formação dos educadores de creches/pré-escolas e uma das tarefas mais importantes do psicopedagogo preocupado com o caráter preventivo de sua prática nessas instituições. Investigar, analisar e pôr em prática novas propostas para uma formação de educadores que os habilite a estabelecer relações mais maduras e conscientes com as crianças e com a equipe escolar, apresenta-se então, como um dos mais fortes desafios ao psicopedagogo comprometido com a educação infantil em instituições (CAVICCHIA, 1996, p. 210).

O estudo psicopedagógico atinge seus objetivos quando, ampliando a compreensão sobre as características e necessidades de aprendizagem de determinado aluno, abre espaço para que a escola viabilize recursos para atender às necessidades de aprendizagem. Para isso, deve analisar o Projeto Político-Pedagógico, sobretudo quais as suas propostas de ensino e o que é valorizado como aprendizagem. Desta forma, o fazer psicopedagógico se transforma podendo se tornar uma ferramenta poderosa no auxílio de aprendizagem.

A instituição de Educação Infantil enquanto espaço de atuação do psicopedagogo leva a buscar alternativas para a formação dos profissionais que trabalham diretamente com as crianças inseridas neste espaço institucionalizado, ainda que esta não seja uma tarefa fácil. Segundo Hoffmann e Silva, 2014, p. 12,

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Essa formação deve ultrapassar os treinamentos ou a simples sugestão de atividades e brincadeiras a realizar. É necessário, sobretudo, um trabalho de reflexão crítica sobre as práticas desenvolvidas no dia a dia, por meio de espaços de trocas e de diálogo entre educadores e de divulgação de experiências inovadoras que contemplem a criança na atualidade, numa postura investigativa e curiosa sobre seus singulares contextos de vida.

Por conseguinte, o psicopedagogo encontra campo para atuar e desenvolver um trabalho de formação, contribuindo para a construção de uma educação infantil de qualidade e da identidade profissional dos educadores, professores e atendentes. Trata-se, assim, de autoria, não somente por parte das crianças, havendo uma ressignificação do papel destes profissionais.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como foco principal a atuação do psicopedagogo na educação

infantil juntamente a instituição escolar, e abordou a importância dessa profissão, que atualiza e amplia a apresentação completa de procedimentos básicos da ação psicopedagógica. Apresentam as funções multidisciplinares que esse profissional exerce, sendo que o psicopedagogo é um profissional que dentro de seus limites e de sua especificidade, pode ajudar a escola a remover obstáculos que se interpõem entre os sujeitos e o conhecimento e a formar cidadãos por meios de construção, de práticas educativas que favorecem processos de humanização e reapropriaçao da capacidade de pensamento critico.

A psicopedagogia na sua atuação da educação infantil tem uma função complexa e por isso provoca algumas distorções conceituais quanto às atividades desenvolvidas pelo psicopedagogo. Numa ação interdisciplinar ela dedica-se áreas relacionadas ao planejamento educacional e assessoramento pedagógico, colabora com planos educacionais e lúdicos no âmbito das organizações, atuando numa modalidade cujo caráter é clinico institucional, ou seja, realizado propostas educacionais.

O profissional da Psicopedagogia é o intermediador entre o educando e o educador, a fim de manter sempre o proposito de uma aprendizagem que possibilite a interação entre as duas partes. Ele propõe e auxilia no desenvolvimento de projetos favoráveis às mudanças educacionais, visando à descoberta e o desenvolvimento das

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capacidades da criança, bem como pode contribuir para que os alunos sejam capazes de olhar esse mundo em que vive de saber interpretá-lo e de nele ter condições de interferir com segurança e competência. Pode então perceber o quanto o psicopedagogo é importante na instituição escolar, pois este profissional estimula o desenvolvimento de relações interpessoais, o estabelecimento de vínculos, a utilização de métodos de ensino compatíveis com as mais recentes concepções a respeito desse processo. Procura envolver a equipe escolar, ajudando-a a ampliar o olhar em torno do aluno e das circunstâncias de produção do conhecimento, ajudando o aluno a superar os obstáculos que se interpõem ao pleno domínio das ferramentas necessárias à leitura do mundo.

O período escolar, ainda mais o ensino infantil, é uma das fases mais importantes na vida de uma pessoa. Afinal, é nela em que alguns traços de personalidade são construídos, e o ambiente escolar desempenha um papel socializador em que a criança começa a ampliar sua rede de relações. Especialmente o professor nessa fase, tem forte contribuição para que ela consiga desenvolver conhecimentos expressivos.

Já as habilidades desse educador é saber a tênue diferença entre brincar e ensinar, já que é brincando que as crianças amadurecem, exploram o ambiente e refletem sobre as formas culturais onde vivem. Em contrapartida, o professor deve utilizar seus conhecimentos para elaborar comentários, formular perguntas, provocar desafios e incentivar a verbalização.

Portanto, além das rotinas de sala de aula, o professor em educação infantil tem o compromisso em manter um zelo pelas crianças que as acompanham em todos os ambientes, desde os pátios da escola até na convivência em casa com seus pais.

Por isso, o papel do professor é fundamental no andamento das atividades na Educação Infantil, pois ele é o mediador entre a criança e o conhecimento. Assim sendo, é extremamente necessário que esse profissional esteja em uma constante busca por aprender sobre o desenvolvimento de crianças e a forma como elas veem e sentem o mundo, criando oportunidades para elas manifestarem seus pensamentos, linguagem, criatividade, reações, imaginação, ideias e relações sociais.

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4. REFERÊNCIAS

NASCIMENTO, Fernanda Domingas do. O Papel do Psicopedagogo na Instituição Escolar. Psicologado, [S.l.]. (2013).

ALLESSANDRINI, C. D. Oficina criativa e Psicopedagogia. 3. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1996. 125p.

BARBOSA, Maria Carmen Silveira. CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais Belo Horizonte, novembro de 2010.

BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Por amor e por força: rotinas na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2006.

BOSSA, N. A. A Psicopedagogia no Brasil. Contribuições a partir da prática. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 131p.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n.º 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.

FAGALI, E.Q.; VALE, Z.D.R. Psicopedagogia Institucional aplicada: aprendizagem escolar dinâmica e construção na sala de aula. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. 93p.

Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998

SOUSA, Evilasio Ferreira de. Contribuições da psicopedagogia na educação infantil (2011).

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: 2010.

HOFFMANN, Jussara. SILVA, Ana Beatriz Gomes da Silva. Apresentação. In: REDIN, Maria Martins. et al. Planejamento, práticas e projetos pedagógicos na Educação Infantil.

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