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BOLETIM DE INDICADORES SETORIAIS EDIÇÃO JANEIRO/2018

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BOLETIM DE

INDICADORES

SETORIAIS

EDIÇÃO

(2)

Palavras do Presidente

Em meio a mais profunda crise econômica da história brasileira, o ano

de 2017 pode ser intitulado como o ano da virada, quando o Brasil

iniciou sua trajetória de recuperação econômica, em um cenário que foi

além do econômico e chegou perto de se tornar uma crise institucional,

permeada por um impeachment e conflito entre os poderes Executivo,

Legislativo e Judiciário. Diante do descontrole das contas públicas,

elevada taxa de desemprego, inflação e juros acima de dois dígitos, foi

somente em 2017 que o país viu os reflexos de uma nova política

monetária. Os juros caíram de 14,25% (2015) para 7,00%; a inflação de

10,67% (2015) para 2,95%. Contudo, a população ainda sofre os

reflexos, com uma taxa de desocupação que partiu de 6,50% (2015) para

13,20% (2016) e então para 12,00% (2017). Para surpresa de todos, em

2017 houve um certo descolamento entre economia e política e a

primeira segue com perspectivas animadoras.

Lourival Kiçula

ÍNDICE

1. VOLUME DE VENDAS DO SETOR. Variação percentual do Volume de vendas ELETROS trimestral e comparativos (SELL IN). Dados IBGE sobre vendas varejo do setor e comparativos (SELL OUT). Pg.3 e 4

2. FATURAMENTO DO SETOR. Dados sobre faturamento ELETROS em R$. Dados IBGE sobre produção industrial do setor e comparativos. Pg.5

3. EMPREGO. Dados ELETROS sobre empregos gerados pelo setor , Taxa de Desemprego IBGE Pg.6 4. COMÉRCIO EXTERIOR. Corrente de Comércio dos produtos no âmbito da ELETROS. Dados de

Importação, Exportação e Corrente de Comércio, segundo o MDIC. Pg.7

5. CAPACIDADE INSTALADA. Sondagem ELETROS sobre a Utilização da Capacidade Instalada e Utilização da Capacidade Instalada da Indústria Nacional – CNI. Pg.8

6. INVESTIMENTOS. Sondagem ELETROS sobre investimentos em tecnologia. Intenção de Investimentos do Empresário Industrial - CNI . Pg.9

7. CUSTO BRASIL. Sondagem sobre custo Brasil no âmbito ELETROS. Pg.10 I. Custo de Componentes

II. Custo de Energia III. Custo de Água IV. Custos Tributários V. Custos Logísticos

8. CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA. Sondagem no universo ELETROS sobre a adimplência dos clientes setoriais e indicadores. Dados Serasa Experian sobre recuperações judiciais e falências

requeridas e endividamento das famílias segundo a CNC. Pg. 11

9. RELAÇÕES DE CONSUMO. Dados setoriais sobre reclamações de consumidores e indicadores Consumidor.GOV. Pg.12

10. PERSPECTIVAS. Sondagem sobre as perspectivas de negócios e Índices de Confiança: da Indústria- ICI/CNI , Índice de Confiança do Consumidor ICC-FGV e Índice de Confiança do Comércio – FGV. Panorama Boletim Focus do Banco Central do Brasil. Pg.13

(3)

VOLUME DE VENDAS DO SETOR (SELL IN)

3,28 2,56 13,65 3,27 2,57 12,90 3,61 3,28 18,16 3,84 3,10 22,19 Linha Branca (T3) TVs Portáteis

*T3 = fogões, refrigeradores e lavadoras automáticas

Volume de Vendas do Setor (Sell In)

Trimestral em Milhões de Unidades

Fonte: ELETROS (projeção)

2017-I 2017-II 2017-III 2017-IV

Os números de volume de vendas ao varejo para eletrodomésticos (sell in) apurados pela ELETROS apontam alta no quarto trimestre de 2017 nos três segmentos estudados: Linha Branca, Linha Marrom (TVs) e Portáteis. No comparativo com o ano anterior, os resultados foram positivos para as Linhas Marrom e de Portáteis em todos os trimestres. Porém, para a Linha Branca, os dois primeiros trimestres apresentaram resultados negativos neste comparativo. No acumulado do ano, todos os segmentos tiveram crescimento em volume e o que mais se destacou foi o segmento de portáteis. -2,38% 36,90% 16,94% -11,86% 20,66% 25,52% 17,21% 45,13% 28,90% 10,66% 40,91% 15,70% 2,68% 36,45% 21,16%

Linha Branca (T3) TVs Portáteis

Comparativo Volume de Vendas do Setor em p.p. Trimestral 2017 x 2016

Fonte: ELETROS (projeção)

(4)

4

O ano de 2017 foi promissor para móveis e eletrodomésticos, segundo o IBGE. Diferentemente de 2016, quando a variação mensal do volume de vendas oscilou em números negativos quase que por todo o ano, os resultados de 2017 mostraram uma recuperação nas vendas, ainda que tímida, respondendo a um maior estímulo às vendas, como as liquidações de novembro e o final do ano, representando um reflexo positivo da redução das taxas de juros, melhora no desemprego e uma maior disponibilidade de crédito à pessoa física. O ano fecha com um acúmulo percentual positivo, tanto no volume de vendas (8,0%) como na receita nominal de vendas (7,4%).

VOLUME DE VENDAS DO SETOR - IBGE

(SELL OUT)

8,0

7,4

Volume Receita

Variação Volume de Vendas

Eletrodomésticos em p.p.

últimos 12 meses

Fonte: IBGE

2,6

2,0

6,2

1,6

1,7

2,1

0,4

1,1

-0,7

-4,2

6,1

1,0

-2,2

-3,6

-2,9

-1,9 -1,7

-2,4 -2,1

0,3

0,5

4,6

jan

fev

mar abr

mai

jun

jul

ago

set

out

nov

Variação Mensal Vendas Varejo Móveis e

Eletrodomésticos em p.p. (Sell Out)

2017 x 2016

Fonte: IBGE

(5)

PRODUÇÃO INDUSTRIAL

0,1 0,3 -1,9 1,3 1,4 0,1 0,7 -0,6 0,3 0,3 0,2 0,5 -2,7 2,3 0,5 -0,5 1,8 -0,3 -2,4 1,0 -1,5 0,5 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov

Variação Produção Industrial em p.p. Indústria em Geral Fonte: IBGE 2017 2016 -5,4 7,7 -7,2 2,9 6,5 -4,9 3,2 4,3 2,2 -1,7 2,5 -0,3 -6,9 3,0 -4,4 2,2 5,6 2,2 -7,8 2,2 0,8 3,3 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov

Variação Produção Industrial em p.p. Bens de Consumo Duráveis

Fonte: IBGE 2017 2016 -9,7 1,2 -6,0 8,5 2,6 -2,4 6,2 1,5 -2,0 0,4 -1,5 -5,0 -6,4 2,5 -1,1 1,8 6,5 1,3 -1,3 -0,8 0,5 7,4 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov

Variação Produção Industrial em p.p. Equipamentos de Informática, Produtos

Eletrônicos e Ópticos / CNAE 3.26 Fonte: IBGE 2017 2016 -1,2 7,6 -3,1 -1,7 2,2 -1,2 1,2 0,8 -0,5 -0,1 1,5 9,4 -2,8 3,5 6,5 -4,5 3,6 -1,1 -1,1 -6,9 -2,1 -3,5 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov

Variação Produção Industrial em p.p. Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos

/ CNAE 3.27 Fonte: IBGE 2017 2016 -7,0 8,8 -4,1 3,0 2,1 1,2 0,4 -3,4 1,6 1,3 -1,4 10,2 -9,9 13,5 0,9 0,0 -1,2 0,1 0,1 -1,2 -2,0 2,8 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov

Variação Produção Industrial em p.p. Máquinas e Equipamentos/ CNAE 3.28

Fonte: IBGE

2017 2016

A produção industrial do setor eletroeletrônico começou a dar sinais de recuperação no ano de 2017. Contudo, ainda não se pode chamar de retomada. Os indicadores mensais ainda oscilam entre números positivos e negativos, tanto para os bens de consumo duráveis, quanto para as três categorias nas quais se enquadram os eletroeletrônicos de consumo, evidenciando que o setor ainda reage aos ajustes de estoques do varejo, em resposta a uma demanda de consumo em crescimento ainda não consolidado.

45.600 34.199 41.404 ELETROS 2015 ELETROS 2016 ELETROS 2017 Comparativo Faturamento Anual ELETROS em R$Mi (projeção)

(6)

EMPREGO

10,9 11,2 11,2 11,6 11,8 11,8 11,8 11,9 12,0

12,6 13,2 13,6 13,3 13,0 12,8 12,6 12,4 12,2 12,0

Taxa de Desocupação no Trimestre Móvel em p.p.

Fonte: IBGE

O emprego é um dos indicadores econômicos que mais demoram a responder às mudanças na economia do país. Em 2017, foram registrados os piores índices de desocupação, em reflexo a um 2016 de profunda crise econômica. Em meados de 2017, já se vê uma redução no desemprego, chegando ao final do ano com a mesma taxa de 12 meses atrás. Claramente, na rota do desemprego, estamos percorrendo o caminho inverso, rumo às taxas registradas antes da crise. Se continuarmos nesta toada, o desemprego deve cair pela metade nos próximos dois anos. No último trimestre, foram criadas 534 mil vagas, das quais 411 mil são do setor privado sem carteira de trabalho assinada, o que representa mais impacto na arrecadação da Previdência. Em 2017, no âmbito da ELETROS, os empregos oscilaram pouco no ano, mas mantiveram os patamares inferiores a 2016, terminando o ano com números abaixo daqueles registrados no início de 2017.

jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 internos 41.658 36.341 41.425 36.400 37.289 38.906 38.215 32.872 34.031 35.364 34.909 34.910 cadeia 96.134 83.864 95.596 84.000 86.052 89.783 88.188 75.858 78.533 81.609 80.559 80.562 total 137.79 120.20 137.02 120.40 123.34 128.68 126.40 108.73 112.56 116.97 115.46 115.47

Empregos do Setor Fonte: ELETROS

(7)

COMÉRCIO EXTERIOR

150.749 217.739

368.488

137.552 185.235

322.787

Importação Exportação Corrente de Comércio

Comércio Exterior Brasileiro Em milhões US$ FOB

Fonte: MDIC

2.017 2.016

jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 Importação 10.322 10.302 11.560 10.512 11.335 12.770 11.752 12.849 11.987 11.375 11.462 11.525 12.186 10.912 12.940 10.717 12.130 12.593 12.471 13.876 13.488 13.676 13.142 12.597 Exportação 11.240 13.336 15.992 15.372 17.570 16.743 16.331 16.989 15.790 13.721 16.220 15.940 14.911 15.472 20.085 17.686 19.792 19.788 18.769 19.475 18.666 18.877 16.687 17.595 Corrente 21.562 23.638 27.552 25.884 28.905 29.513 28.083 29.835 27.787 25.088 27.678 27.466 27.106 26.381 33.018 28.402 31.923 32.380 31.240 33.351 32.154 32.553 29.829 30.192

Comércio Exterior Brasileiro Em US$ Milhões FOB

Fonte: MDIC

Importação Exportação Corrente

O comércio exterior brasileiro terminou o ano de 2017 com saldo positivo de US$ 67 bilhões. Houve considerável aumento nos preços dos produtos exportados, com destaque para minério de ferro, petróleo, celulose, açúcar, semimanufaturados de ferro e aço. A corrente de comércio no âmbito da ELETROS foi 19% melhor em 2017 do que no ano anterior.

10,5% 15,1% 18,5% 40,0% Importações Corrente de Comércio Exportações Sado comercial Balanço 2017 x 2016 Fonte: MDIC 1.223,53 1.450,55 Corrente de Comércio

Corrente de Comércio ELETROS

2017 x 2016

Em US$ Milhões

(8)

CAPACIDADE INSTALADA

77,1 77,6 77,3 77,1 77,1 77,2 76,8 77,2 76,9 76,5 76,676,7 77,7 76,9 77,2 76,6 77,4 77,1 77,5 77,8 77,577,7 78,3

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov

2016 2017

Utilização da Capacidade Instalada %

Fonte: CNI (dados dessazonalizados)

A Utilização da Capacidade Instalada da indústria nacional encerra o ano de 2017 nos patamares mais elevados medidos desde o início de 2016. A trajetória mostra reação consistente a partir de meados do ano de 2017, indicando a tendência de retomada gradual da produção industrial. Para a maioria das empresas da ELETROS, a Utilização da Capacidade Instalada manteve-se estável em 2017. O percentual de empresas que viram melhora chegou a 46,7% em setembro, mas depois reduziu novamente para os patamares de 20%, o mesmo registrado no início do ano, ligeiramente melhor que em 2016. 10,5 15,8 16,7 14,8 3,7 10,7 18,5 22,2 25,9 8,0 15,3 11,5 17,8 14,3 27,6 17,2 24,1 23,3 23,3 43,3 46,7 33,3 40,0 23,4

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Comparativo com 2016 - Capacidade

Instalada

Empresas Otimistas em p.p.

2016 2017 17,8 14,3 27,6 17,2 24,1 23,3 23,3 43,3 46,7 33,3 40,0 23,4 3,6 7,1 13,8 6,9 10,3 10,0 6,7 10,0 3,3 3,3 3,3 6,6 78,6 78,6 58,6 75,9 65,5 66,7 70,0 45,6 50,0 63,3 56,7 70,0 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

Capacidade Instalada

% de empresas consultadas

Sondagem ELETROS

(9)

INVESTIMENTOS

A despeito do otimismo do mercado financeiro, há perspectivas de impactos nos investimentos privados no Brasil, em função dos entraves políticos que reduzem a aprovação da Reforma da Previdência no curto prazo. Não há crescimento sustentável sem o equacionamento dos gastos públicos. Em 2016, a intenção de investimento da indústria registrava índices perto de 40%. No final de 2017, este indicador avançou para 50%. A variação não foi tão expressiva, mas a curva do ano de 2017 foi mais positiva. Já os investimentos públicos caíram. Houve redução de 30,7% no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC e de 70,3% no programa Minha Casa Minha Vida, mas as despesas reais com a previdência cresceram 4,5% e os gastos com o funcionalismo público aumentaram 9,7%. O desafio das contas públicas permanece ameaçando os investimentos. Para as empresas da ELETROS, os investimentos em tecnologia aumentaram em meados de 2017, mas perderam força no final do ano, mantendo-se meramente estáveis para 80% das empresas associadas.

45,3 46,9 46,6 47,0 46,6 46,5 46,6 47,9 49,4 49,6

50,6 52,2

43,4 43,4 43,4 43,4 43,4 43,4 43,4 42,0 43,4 43,4 43,9 44,6

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Intenção de Investimento da Indústria 100= máxima intenção 2017 x 2016 Fonte: CNI 2017 2016 7,2 10,7 6,9 10,3 24,1 20,0 30,0 20,0 20,0 16,7 20,0 16,7 0,0 0,0 0,0 3,5 0,0 6,7 6,7 3,3 6,7 6,7 3,3 3,3 92,8 89,3 93,1 86,2 75,9 73,3 63,3 76,7 73,3 76,7 76,7 80,0 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 Investimento em Tecnologia % de empresas consultadas Sondagem ELETROS

Melhorou Piorou Estável

10,5 10,5 0,0 3,7 0,0 14,3 11,1 11,1 7,4 12,0 7,7 3,9 7,2 10,7 6,9 10,3 24,1 20,0 30,0 20,0 20,0 16,7 20,0 16,7

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Comparativo 2017 x 2016 - Investimento em Tecnologia Empresas otimistas em p.p.

Fonte: ELETROS

(10)

O ÍNDICE DE CUSTO BRASIL ELETROS é calculado através de uma média ponderada das respostas das empresas enviadas na sondagem mensal de indicadores setoriais da entidade 110 97 102 102 110 0 50 100 150 200

Índice de Custo Brasil ELETROS – DEZEMBRO/2017

dez-17 ruim aceitável ideal

109 113 114 112 109 110 105 108 115 113 113 110 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 P R E Ç O D O S C O M P O N E N T E S índice ideal 104 105 109 110 100 105 107 108 115 113 112 102 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 C U S T O D E E N E R G I A índice ideal 102 102 105 102 98 103 102 102 107 103 102 97 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 C U S T O D E Á G U A índice ideal 100 104 109 103 102 103 102 100 102 102 102 102 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 C A R G A T R I B U T Á R I A índice ideal 107 109 107 110 109 108 115 108 113 110 107 110 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 C U S T O S L O G Í S T I C O S índice ideal Custo Brasil ao longo de 2017 Fonte: Sondagem ELETROS

Ao final de 2017, a sondagem ELETROS mostrou uma melhora gradativa nos custos

fabris na produção de eletrodomésticos. No último mês do ano, apenas os custos

logísticos tiveram alta mensal, contudo nos patamares já observados ao longo do ano. O

custo Brasil permanece como um desafio de competitividade para a indústria local,

especialmente em razão da crise, pelos poucos investimentos públicos em

infraestrutura - que poderiam amenizar os custos logísticos -

e pelas restrições

tributárias em decorrência do não equacionamento das contas públicas.

(11)

CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA

Apesar do recuo expressivo da taxa de juros SELIC de 2016 para 2017, de 13,65% para 7,00%, os juros finais ao consumidor não recuam em igual velocidade, porque o risco da inadimplência diante da retração do mercado de trabalho é considerado na concessão do crédito. A inadimplência do consumidor ensaiou uma melhora no final de 2016, mas tornou a aumentar no ano de 2017, voltando aos patamares do ápice da crise. Para as empresas, o cenário foi ligeiramente melhor em 2017 que em 2016. Para as associadas da ELETROS, a inadimplência melhorou em 2017. Hoje, apenas 6,7% delas veem um cenário de piora, enquanto o otimismo alcançou os melhores patamares desde janeiro de 2016. 58,7 58,7 60,8 62,1 60,7 59,4 60,2 61,2 61,7 61,8 62,2 62,2 61,6 60,8 60,3 59,6 58,7 58,1 57,7 58,0 58,2 57,7 57,3 56,1 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Percentual de Endividamento das Famílias Brasileiras

Fonte: Confederação Nacional do Comércio

2017 2016 154 256 286 182 370 246 286 337 279 265 226 221 197 287 316 294 335 363 364 298 430 269 283 279

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Total de Falências e Recuperações Judiciais Requeridas

2017 x 2016 Fonte: Serasa Experian

2017 2016 14,3 7,1 13,8 10,3 6,9 13,3 16,7 10,0 10,0 10,0 20,0 23,3 3,6 10,7 17,2 17,2 24,1 13,3 13,3 13,3 3,3 10,0 10,0 6,7 82,1 82,1 69,0 72,4 69,0 73,3 70,0 76,7 86,7 80,0 70,0 70,0 jan/17 fev/17 mar/… abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

Adimplência dos Clientes % de empresas consultadas

Sondagem ELETROS

Melhorou piorou estável

0,0 10,5 4,2 3,7 7,4 3,6 7,4 14,814,8 8,0 15,3 7,7 14,3 7,1 13,8 10,3 6,9 13,3 16,7 10,010,010,0 20,0 23,3 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Comparativo ELETROS 2017 x

2016 - Adimplência

Empresas Otimistas em p.p.

(12)

Os indicadores do Ministério da Justiça

trazendo dados dos PROCONs mostram que

em 2017 cerca de 4% das reclamações de

consumidores

diziam

respeito

aos

eletrodomésticos. Dentre eles, as TVs

sustentaram

os

maiores

índices

de

reclamações, enquanto Ar-condicionado e

Aquecedor foram os menos reclamados.

RELAÇÕES DE CONSUMO

jan/17fev/17mar/17abr/17mai/17jun/17jul/17ago/17set/17out/17nov/17dez/17

jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 Aparelho de Som/Vídeo/Imagem 36 180 207 213 205 157 200 228 237 211 227 300 Ar-Condicionado e Aquecedor 27 129 112 84 68 50 42 55 42 61 81 101 Eletroportáteis 64 367 380 388 386 318 349 345 343 391 405 439 Fogão/Microondas/Forno elétrico 53 219 216 249 238 169 178 210 192 217 216 289 Lavadoras de Roupa/Louça/Secadora 44 134 145 162 174 146 149 145 128 122 136 146 Refrigeradores/Freezer 77 219 206 213 206 172 147 166 157 174 180 288 TVs 182 336 474 437 439 357 390 397 430 437 420 478

Demandas de Consumidores

Principais Produtos

Fonte: Consumidor.gov

Aparelho de Som/Vídeo/Imagem Ar-Condicionado e Aquecedor Eletroportáteis Fogão/Microondas/Forno elétrico Lavadoras de Roupa/Louça/Secadora Refrigeradores/Freezer

TVs

29.182 27.181 35.834 34.592 42228

46.311 42.329 44.011 41.567 43.379 42.544 41.593 491 1.584 1.952 1.746

1.716 1.781 1.455 1.546 1.529 1.613 1.665 2.041

jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 Total de reclamações de consumidores

fonte: consumidor.gov - ministério da justiça Total Eletrodomésticos e Eletrônicos

17,8 25,0 17,2 17,2 20,7 16,7 23,3 30,0 23,3 20,0 23,0 30,0 3,6 7,1 10,3 3,5 6,9 6,7 3,3 3,3 3,3 3,3 10,0 3,3 78,6 67,9 72,4 79,3 72,4 76,7 73,3 66,7 73,3 76,7 66,7 66,7 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

Relações de Consumo

empresas consultadas em p.p.

Fonte: ELETROS

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PERSPECTIVAS

O Boletim Focus do Banco Central do Brasil traz expectativas otimistas para 2018. As eleições consistem no principal fator de incerteza, mas o mercado não parece enxergar como um fator de ameaça e as expectativas de melhoras nos indicadores econômicos permanecem. No início de 2017, a expectativa sobre o PIB 2018 era de crescimento de 2,20%. Hoje é de 2,70%. Quanto a inflação 2018, em 2017 a expectativa era de 4,50%. Hoje é de 3,95%. E quanto aos juros básicos em 2018 , em janeiro de 2017 a expectativa era de 9,00%. Hoje é de 6,75%. Houve melhora generalizada nas expectativas sobre a economia brasileira. O cenário externo somente contribui para este otimismo. O fluxo de investimentos favorável para os mercados emergentes deve continuar em 2018. Para as empresas da ELETROS, 2017 foi marcado por expectativas positivas, um tanto quanto reduzidas nos últimos meses do ano, apontando certa frustração quanto à velocidade de retomada nas vendas e no consumo.

2017 2018 2019 2017 2018 2019 2017 2018 2019

jan/17 0,50% 2,20% 4,70% 4,50% 9,50% 9,00%

hoje 2,70% 2,99% 3,95% 4,25% 6,75% 8,00%

EXPECTATIVA SOBRE O PIB EXPECTATIVA SOBRE A INFLAÇÃO (IPCA)

EXPECTATIVA SOBRE OS JUROS (SELIC) BOLETIM FOCUS - BANCO CENTRAL DO BRASIL

25,0 17,9 27,6 20,7 20,7 36,7 36,7 43,3 53,3 36,7 36,7 26,7 3,6 0,0 6,9 3,5 20,7 13,3 6,7 10,0 3,3 0,0 3,3 3,3 71,4 82,1 65,5 75,9 58,6 50,0 56,7 45,7 43,3 63,3 60,0 70,0 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 Expectativas % de empresas consultadas Sondagem ELETROS

Melhorou piorou estável

5,5 0,0 25,0 11,1 11,1 14,3 33,3 29,6 40,7 28,030,8 30,8 25,0 17,9 25,620,7 20,7 36,7 36,7 43,3 43,3 36,7 36,7 26,7

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Comparativo 2017 x 2016 ELETROS-Expectativas Empresas Otimistas em p.p 2016 2017 50,1 53,1 54,0 53,1 53,7 51,9 50,6 52,6 55,7 56,0 56,5 58,3 78,9 82,5 85,6 89,1 88,6 85,7 83,4 82,4 89,2 92,5 92,4 94,8 79,3 81,8 85,3 82,2 84,2 82,3 82,0 80,9 82,3 83,7 86,8 86,4

Confiança dos Agentes Econômicos em 2017

Referências

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