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ASSEMBLÉIA ORDINÁRIA Ata nº. 007/07.

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Ata nº. 007/07.

3

Aos nove dias do mês de abril de dois mil e sete, às dezoito horas e vinte minutos, pelos 4

fundamentos constantes das inclusas notas taquigráficas que integram a presente Ata, reuniram-se 5

para Assembléia Ordinária na sede do Conselho Municipal de Assistência Social do Município de 6

Porto Alegre, sito Rua Cel. Genuíno, n.º 421, 3º andar – Esplanada dos Açores, sob coordenação da 7

Presidente Maria Lopes Rodrigues – CORAS Norte, e na presença dos CONSELHEIROS DA 8

SOCIEDADE CIVIL: Eliane Gassen – USBEE; Eunice Zimmermann – Instituto Leonardo

9

Murialdo; Arnaldo Batista S. dos Santos – Sociedade Educação e Caridade – Instituto São

10

Benedito; Denise Araci Leonhardt – Associação Cristã Feminina; Maria Bernadette M. de

11

Medeiros – CRESS; Iara de Fátima Bueno da Rosa e Miriam Dabdab D. Kolinger – CORAS 12

Centro; Maria de Lurdes dos Santos – CORAS Centro-Sul; Lourdes Maria Pretto – CORAS

13

Cristal; Josiane S. Cardoso – CORAS Cruzeiro; Irilde B. da Silva – CORAS Extremo Sul;

14

Heloísa Helena L. Vinõlo CORAS Glória; Frei José Bernardi – CORAS

15

Ilhas/Humaitá/Navegantes; Carlos B. da Silva – CORAS Leste; Francisco T. de Lima – CORAS

16

Lomba do Pinheiro; Rose C. Canabarro – CORAS Nordeste; Marister da Cunha Jonh e Olinda

17

Maria Roberti – CORAS Noroeste; Maria Lopes Rodrigues e Elvira Centena da Silva – CORAS 18

Norte; Paulo Francisco da Silva – CORAS Partenon; Leila Maria Pitta de Azevedo e Glademira

19

Margareth C. Barbosa – CORAS Restinga; Gleci Godoy Alvarenga – CORAS Sul. 20

CONSELHEIROS DO GOVERNO: Cristina N. de Moraes Torres e José Valdir R. da Silva –

21

Câmara Municipal; Andréia Paim Leal – DMLU; Cláudia Ilha de Lima, Sandra Mara Nunes e

22

Lúcia Helena de Souza – FASC; Vilma Maria O. da Silva e Alfa Scavone – SMA; Eloísa Helena C. 23

Strehlau – SMC; Maria do Carmo de Souza – SMED. FALTAS JUSTIFICADAS: Maria 24

Francisca da Silva Oliveira – CORAS Eixo Baltazar; Carla Nunes Santos e Meire Ana B. da Silva 25

– STCAS; Carlos Fernando S. Filho – SMGL. AUSENTES/SOCIEDADE CIVIL: Milda S.

26

Pinent e Viviane B. Rodrigues – UAMPA; Sérgio L. Cupini – CORAS Eixo Baltazar. 27

AUSENTES/GOVERNO: Carmem Lopes e Adalberto Gomes F. Júnior – Câmara Municipal;

28

Márcia L. Soares e Tanise A. Pazzim – DMAE; Sueli Terezinha Luckemeyer e Letícia G. de Souza 29

– DEMHAB; Paulo Roberto Pontes e Júlio Fontoura – SMDHSU; Olyntho C. Filho e Cleber da 30

Silva Andrade – SME; Isabel M. Walenciuk e Elenice de Fátima de M. Stanzinski – SMF; Patrick 31

de Oliveira Teixeira e Adriana Furtado – SMGL; Carmen Lúcia S. Garcia – SMIC; Adriana M. 32

Maciel e Miriam Cardon Prikladnicki – SMS; Lúcia Cristina D. Capitão e Malena B. Ramos, 33

Juliana de Oliveira C. Costa e Vera S. Karros, Maria Del Pilar V. Solana; Mercedes Helena 34

Vincentini – STCAS. Governo Federal: Sem representação de Conselheiros. Após assinatura da 35

lista de presenças, a Sra. Presidente deu início aos trabalhos. Pauta: 1. Informes: a. Adesão à 36

Campanha Nacional Criança não é de Rua; b. III Conferência Municipal de Políticas para as

37

Mulheres; c. Resolução n.º 098 e anexos I, II e III; 2. Programa Família; 3. Computadores

38

PROCEMPA; 4. Orientação para as Pré-Conferências e Seminário de Capacitação; 5.

39

Educadores para o CPCA; 6. Proposta de Adequação do Programa Agente Jovem; 7.

40

Resolução para manutenção de inscrição ad referendum; 8. Votação da Ata nº 006/07. Sra.

41

Presidente: Boa-noite a todos, sejam todos bem-vindos a nossa Plenária. Nós temos hoje os

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representantes da FASC, a Bia, a Leila e a Ana, que por nossa solicitação vieram para apresentação 43

do Programa Família. Nós não temos quorum ainda, mas vamos iniciar com alguns informes. 44

Alguém tem algum informe que queira estar socializando? 1. Informes: a. Adesão à Campanha 45

Nacional Criança não é de Rua; b. III Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres;

46

c. Resolução n.º 098 e anexos I, II e III. Sra. Maria do Carmo de Souza: Eu gostaria de

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socializar com vocês que na semana passada, eu a Marinês e a Irene participamos de uma oficina 48

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com a ABMP – Associação Brasileira do Ministério Público, onde a gente trabalhou o fluxo, o 49

sistema de garantia de leis da criança e adolescente, o fortalecimento e construção da rede. Esse 50

trabalho foi a terceira oficina em nível estadual e o foco foi a educação. Então, o trabalho em rede 51

para atender essas necessidades. E na sexta-feira anterior nós participamos com as gurias da FASC 52

no Conselho Gestor, sobre o PEMSE, então, nós continuamos participando do Conselho Gestor do 53

PEMSE. Sra. Iara de Fátima Bueno da Rosa: Eu queria só dar um informe a respeito da III 54

Conferência Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, que ocorreu na Câmara de 55

Vereadores, onde participaram 900 mulheres. Foi uma conferência com bastante conteúdo, onde 56

foram separados por eixos, tinha um grupo que discutia saúde, outro educação, outro habitação e 57

nós estávamos no grupo de assistência social, que foi o maior grupo, teve 83 participantes. Todas as 58

propostas colocadas lá foram aprovadas por unanimidade e a gente vai estar encaminhando para o 59

Conselho as propostas apresentadas na área de assistência social, que eu acho que é importante que 60

os Conselheiros debatam isso nas suas pré-conferências para a gente reforçar essa questão da 61

assistência social com o recorte de gênero, porque tem uma série de ações e programas, por 62

exemplo, o próprio RAP, que não tem esse recorte. Então, era esse o informe. A conferência foi 63

muito boa, os demais pontos foram aprovados, uma pequena discussão na área de saúde, mas no 64

restante foi bem proveitosa e a gente vai estar mandando para todos o documento final da 65

conferência. Sra. Presidente: Mais algum informe? Então, a gente vai estar reiterando a todos os 66

Conselheiros a importância dos formulários para manutenção. Então, todos vocês receberam, senão 67

tiverem podem solicitar, que é a 098, que tem os pareceres de visita, quando a Entidade solicita 68

inscrição, que é o anexo 01. Tem o parecer de manutenção, esse deu problema, a maioria dos 69

Conselheiros não lembrava que tinha este parecer, que deve ser fornecido para as Entidades para 70

manutenção, junto com o relatório de participação, que é aquele dos 70%. Sra. Iara de Fátima 71

Bueno da Rosa: Eu quero fazer uma colocação a respeito disso. Ocorre o seguinte: as entidades que

72

trouxerem a documentação vai ser recebido aqui, de qualquer forma vai ser recebido e elas vão 73

passar a informação para o Conselheiro, aí o Conselheiro providencia o papel da manutenção para 74

colocar aqui na documentação das Entidades. Como passou batido, esse manutenção a gente só teve 75

uma discussão no primeiro ano, logo depois da 089, aí não é manutenção, porque é recadastramento, 76

aí acabou ficando. O que a gente está procedendo é o seguinte: o pessoal vai trazer os relatórios do 77

ano passado, a previsão de atividades para este ano e o comprovante de freqüência para cá. Aqui a 78

gente tem anexado junto, pelo menos eu tenho anexado junto com as Entidades da região Centro 79

dentro das pastas. Então, não vai ser impedido de entregar a documentação de manutenção. Sra. 80

Josiane S. Cardoso: Eu represento a Cruzeiro e desde o mês de fevereiro já me organizei com as

81

representantes que participam. Quem não tiver é porque não está indo mesmo na reunião, não está 82

participando. Sra. Iara de Fátima Bueno da Rosa: Excelente, é só para reforçar. Sra. Presidente: 83

Só para lembrar, aquele Conselheiro que trouxerem a documentação vai ser recebido normal e a 84

Secretaria vai estar contatando com o Conselheiro para anexar depois. Já temos quorum. Frei José 85

Bernardi: Ele pede três testemunhas para manutenção? Sra. Presidente: Pede três assinaturas. Sra.

86

Iara de Fátima Bueno da Rosa: Só para poder fechar. Nós estamos estudando a alteração da 089

87

para facilitar uma série de coisas. Este é um dos pontos que a gente vai tentar amarrar, porque para a 88

manutenção não precisa ter testemunhas, talvez a gente até consiga entrar em um consenso de que o 89

próprio atestado de freqüência já seja o parecer de manutenção. Sra. Presidente: Nós temos no 90

Ponto 3 de pauta a questão dos computadores, que a gente vai fazer um sorteio. Eu vou ler o nome 91

das Entidades, porque depois vamos fazer o sorteio: Clube de Mães União da Esperança, 92

Associação Comunitária Santa Rita de Cássia, Associação doa Moradores e Amigos da Vila das

93

Laranjeiras, Sociedade Comunitária Eurófito de Azambuja, Associação Pró-Reabilitação dos

94

Excepcionais Lar Feliz e o Clube Mães Estrela de Belém. O Carlos está informando que a Santa

95

Rita de Cássia não tinha computadores, recebeu na semana passada seis. Então, a Santa Rita de 96

Cássia está fora, porque nós combinamos que seriam aquelas Entidades que não tem. Sra. Iara de 97

(3)

Fátima Bueno da Rosa: A tua Entidade não tem, Carlos? A Eurófito de Azambuja. Sr. Carlos B.

98

da Silva: Não, é usado o meu em casa. Sra. Presidente: Há uns 20 dias teve um seminário

99

promovido pela Secretaria Nacional, Criança não é de Rua, eu participei e nesse seminário tem uma 100

carta de adesão, que o Brasil a fora está assinando esta carta. A gente está trazendo para ver se 101

vamos assinar também como mais um parceiro ou não. Então, a Iara vai ler para nós, por favor. Sra. 102

Iara de Fátima Bueno da Rosa: Carta de Adesão Institucional. Comitê Nacional de

103

Enfrentamento à Situação de Moradia nas Ruas de Crianças e Adolescentes. Pelo presente

104

documento, Conselho Municipal de Assistência Social de Porto Alegre, através de sua

105

representante Maria Lopes, cuja função é presidente, vem comunicar expressamente o seu

106

compromisso de adesão voluntária e apoio institucional à Campanha Nacional de Enfrentamento à

107

Situação de Moradia nas Ruas de Crianças e Adolescentes, Criança não é de Rua. Para contribuir

108

ativamente no desenvolvimento e promoção da campanha, colaborando na solução das demandas

109

apresentadas pelo Comitê Nacional e integrando a partir de agora a rede nacional de atores

110

sociais, unidos no enfrentamento à situação de moradia nas ruas de crianças e adolescentes,

111

sempre agindo para o pleno cumprimento dos objetivos da campanha. Então, esta é a carta de

112

adesão. Sra. Eloísa Helena C. Strehlau: Ao o que se está aderindo? Sra. Iara de Fátima Bueno 113

da Rosa: É apoio institucional à Campanha Nacional. Sra. Presidente: Tem as propostas. Sra.

114

Iara de Fátima Bueno da Rosa: Mas aí não tem como ler, é um monte de coisa. Sra. Presidente:

115

Tem site, tem aqui os vários parceiros. Acho que dá para passar e depois a gente volta no final. 116

Todo mundo olha e a gente volta no final, tudo bem. Sra. Iara de Fátima Bueno da Rosa: Uma 117

das coisas que chama atenção é o seguinte: o nosso Conselho foi o único Conselho de Assistência 118

Social que participou, o resto é tudo Conselho da Criança e do Adolescente. Inclusive houve um 119

interesse deles para reforçar a questão de que a questão da criança na rua não é simplesmente uma 120

questão de Conselho da Criança, tem a ver com a família da criança em si. Sra. Presidente: O 121

Secretário esteve aqui, veio visitar o Conselho, quis conhecer como funciona, porque o Conselho 122

tem sido referência em nível nacional e ele veio pessoalmente nos fazer uma visita. Sra. Eunice 123

Zimmermann: Eu queria fazer um comentário, eu entendo que não tem porque o Conselho não

124

aderir à campanha, visto que todas as políticas de atendimento à criança de rua é da assistência 125

social. Eu acho que a gente tem mais é que aderir à campanha, independente de quem está 126

promovendo, porque todas as políticas de atendimento são da assistência social. Sra. Presidente: É 127

o nosso entendimento. Nós temos as orientações do Ponto 4 para as pré-conferencia e o seminário. 128

A Sandra vai falar um pouco sobre isso. 4. Orientação para as Pré-Conferências e Seminário de 129

Capacitação. Sra. Sandra Mara Nunes: O Conselho nacional de Assistência Social ainda não

130

concluiu o material de orientação, enviou para nós algumas orientações iniciais, que a gente 131

analisou tanto com a Executiva quanto com a Comissão da Conferencia. O material está confuso, 132

tem várias propostas misturadas e com a fala de que ainda estão-se reunindo. Hoje nós nos reunimos 133

e fizemos um contato com o Conselho Nacional, com a Comissão de Políticas do Conselho 134

Nacional, pedindo algumas orientações, dizendo que já temos a primeira pré-conferência no sábado 135

e ela colocou que eles não tinham ainda o material consolidado, que amanhã haverá uma reunião o 136

dia todo e há uma expectativa de que se conclua esse material, mas não nos deu se virá ainda esta 137

semana. Então, o que a gente encaminhou na Comissão da Conferência é de que a gente estivesse 138

elaborando um texto base já para as pré-conferências, já podendo ser trabalhado nessas próximas 139

pré-conferências colocadas, já em uma ótica assim: o tema já se sabe que é o Plano Decenal, que é 140

uma avaliação do SUAS, não vai mudar. Então, a gente está construindo esse texto base com essas 141

informações e uma proposta de discussão para a pré-conferência enquanto não chegar o documento 142

oficial. A gente imagina que não vai ser muito diferente do material que estamos produzindo. Sra. 143

Presidente: Alguma sugestão diferente? Sr. Arnaldo Batista S. dos Santos: Eu acho que o pessoal

144

não sabe nos eixos. Sra. Presidente: Aí é que está, porque nos eixos não há consenso. A Diva ligou 145

hoje para o Conselho Nacional para saber se mantém, porque está é uma orientação inicial, não está 146

(4)

definida ainda, amanhã eles vão-se reunir para ver se chegam a um consenso entre o Conselho. 147

Depois vai ter a Plenária Ampliada, onde vai ficar definido. Então, provavelmente, se a gente for 148

esperar uma definição, talvez não tenhamos nenhuma definição até o final de abril, com isso vai 149

dificultar as pré-conferências. Por isso a gente tem a posição de manter as que já estão marcadas e 150

se preparar um documento sobre o tema central. Sra. Sandra Mara Nunes: E à medida que chegar 151

o documento do Conselho Nacional todas as CORAS estarão com esse documento, mas a gente 152

acredita que não vai ser tão diferente do que um texto base sobre o sistema único de assistência 153

social e o Plano Decenal, ou adiar as pré-conferências até vir o material. Sra. Iara de Fátima 154

Bueno da Rosa: Eu tenho um pensamento, nós vamos trabalhar em cima de um documento, que é

155

uma coisa que nós não temos ainda bem claro, porque não veio muita orientação. Se depois, na 156

discussão deles, mudar um pouco o viés da coisa, aí nós fizemos uma pré-conferência e não vai-nos 157

dar aquele respaldo que nós queríamos ter em relação à preparação para a conferência. Eu sei que é 158

problema, mas eu adiaria as prés, passaria para o mês de maio. Sra. Maria do Carmo de Souza: 159

Dentro da proposta da Iara a gente poderia ampliar mais uma semana, porque nós tínhamos até o dia 160

18 para a entrega da sistematização das pré-conferências, ampliaria até o dia 25. Eu me preocupo 161

com isso também, que as pré-conferências realmente sejam um espaço de discussão, porque alguns 162

vão participar, outros não, alguns vão ter conhecimento, outros não. Eu não descarto o texto que a 163

gente possa fazer. Sra. Sandra Mara Nunes: O melhor é aguardar mesmo. Sra. Glademira M. C. 164

Barbosa: Eu concordo com a Iara. Eu acho prematuro mesmo tendo um texto base, porque a gente

165

vai discutir alguma coisa que a gente ainda não se apoderou e não tem um documento oficial. Então, 166

eu concordo que sejam adiadas sim, até para que a gente possa ter uma discussão maior, para que a 167

gente possa orientar melhor os nossos titulares. Aí: Mira, é tal coisa? Ah, eu acho que é. No 168

achismo a gente pode errar. Eu acho melhor esperar sim. Sra. Iara de Fátima Bueno da Rosa: Eu 169

reforçar isso porque a gente tinha previsto um seminário de preparação para os Conselheiros, até a 170

gora não conseguimos fazer em função de não termos esse dado. Se a gente fizer um adiamento, 171

assim que nós tivermos o documento podemos fazer o seminário, aí nós vamos igualar o 172

conhecimento de todos. Vai ter problema? De repente pode ter, mas talvez seja mínimo. Frei José 173

Bernardi: Eu quero sublinhar isso também, a importância do seminário, porque se houver a

174

necessidade de fazer uma espécie de tradução do documento para chegar mais acessível na base, a 175

gente pode fazer isso no próprio seminário. Então, eu sou da opinião também que a gente espere o 176

documento, faça o seminário, a gente vai deixando o pessoal de sobreaviso nas CORAS para 177

quando chegar o documento a gente já ter uma possibilidade de data para fazer a pré-conferência em 178

cada região. Sra. Miriam Dabdab D. Kolinger: Se nós mantivermos as datas vamos ter pré-179

conferências muito diferentes, porque vai ter pré-conferência onde já tem o texto e onde não tem o 180

texto. Eu acho que isso desqualifica, isso não constrói. Sra. Lúcia Helena de Souza: É exatamente 181

o que a Míriam colocou, eu acho que como a gente já tem uma pré-conferência para sábado, é muito 182

em cima. Então, não tem tempo hábil nem para preparar um texto. Então, eu acho que fica muito 183

atropelado, mesmo que a gente optasse pela saída emergencial de organizar um material prévio eu 184

acho que prejudicaria essas que já estão marcadas, ficaria muito em cima. Então, eu acho mais 185

prudente aguardar e adiar as que estão marcadas. Sra. Presidente: Os Conselheiros que têm nas 186

seus regiões já marcadas concordam com o adiamento? Sr. Carlos B. da Silva: A CORAS Leste 187

concorda em adiar. Sra. Glademira M. C. Barbosa: Restinga concorda em adiar. Sra. Josiane S. 188

Cardoso: A Cruzeiro ainda vai discutir na CORAS regional, nós organizamos Glória, Cruzeiro e

189

Cristal, fizemos as mobilização de todas as Entidades. A nossa é dia 27 de abril. Sra. Presidente: 190

Eu particularmente acho bastante complicado, respeito a decisão de vocês, mas o pessoal que está 191

trabalhando na mobilização das suas regiões é quem tem que de fato definir. Nós estamos há dois, 192

três meses mobilizando, por exemplo, quem tem a semana que vem para modificar tudo isso como 193

fica? Se essa é a decisão da Plenária eu respeito, mas quero registrar que isso vai dar um transtorno 194

enorme, porque se ficar definido até o dia 26 para o tema central vai se levar mais uns 15 dias para 195

(5)

se preparar material. Até que se faça seminário e se chame de novo todas as conferências, nós não 196

vamos conseguir fazer da forma como pensamos que não saísse no mesmo dia para dar tempo da 197

ente acompanhar. Esta é uma preocupação que a gente vem expressando há vários dias, inclusive, 198

para o Conselho Nacional. Eu não sei se até a metade do mês que vem a gente tem material pronto, 199

mas eu respeito a decisão. Sr. Arnaldo Batista S. dos Santos: Uma opinião. Aquelas que se 200

sentem prejudicadas, por exemplo, dia 14 é a Nordeste. Vocês se sentem muito prejudicados se for 201

adiada a região? Sra. Rose C. Canabarro : A gente não se sente prejudicada porque ia fazer no 202

Centro Social Marista, onde eles fazem as reuniões dos educadores. Se essa reunião não acontecer 203

dia 14, ainda não mobilizamos, porque falta o palestrante, falta o material aqui do CMAS. Então, 204

entendemos que não, é até melhor. Sra. Maria do Carmo de Souza: E dia 17 é a Eixo Baltazar. 205

Sra. Presidente: O Conselheiro da Eixo não está. Sra. Maria do Carmo de Souza: Dia 19 a

206

Norte. Sra. Presidente: O que nós pensamos? É isso, é complicado a gente tomar uma decisão em 207

nome da região, porque nós construímos com a região e de repente chegar e dizer que não vai ter 208

mais. Eu respeito, não tem problema, mas eu acho complicado, não me sinto à vontade para decidir. 209

Frei José Bernardi: Não tem como conseguir do Conselho um documento, mesmo que não seja o

210

oficial, ter um rascunho para a gente saber para que lado vamos e fazer o seminário? Sra. Sandra 211

Mara Nunes: Mas o rascunho chegou, mas está muito confuso, a cada página tem um tema e se

212

confundem as propostas. Hoje, no relato da colega do Conselho Nacional, ela diz que em nível de 213

Brasil outros Estados estavam com discordâncias a esse material, que isso seria tema de uma 214

reunião amanhã o dia inteiro. Eu posso estar lendo para vocês. Aqui são orientações iniciais sobre a 215

XI Conferência Nacional de Assistência Social. O local, dias 14, 15, 16 e 17 de dezembro de 2007, 216

que é a nacional, o tema: Construir compromisso sobre a responsabilidade em garantia e proteção 217

social. Proposta do Conselho Nacional de Assistência Social: discutir a efetivação do Plano

218

Decenal da Assistência Social em dois aspectos: avaliação dos 2 anos de sua aprovação, o que

219

avançamos das deliberações da X Conferência, e os principais problemas para consolidar o SUAS.

220

Reconhecimento e identificação das proteções e indicação das responsabilidades do Estado na

221

proteção social. Conferências e compromisso coletivo: momento culminante do processo de

222

reflexões, avaliações, debates e proposições. Cabe a essa deliberar por um pacto de

223

responsabilidade na proteção social no País. Importância do compromisso coletivo: sedimentar um

224

pacto federativo de assistência social que aclare o exercício e dever do Estado em carecer gestão a

225

partir de suas responsabilidades, com a concretização da ação social coletiva para o ciclo de vida,

226

dignidade humana, convivência familiar. Defina quais as desproteções sociais que o município,

227

Estado, Distrito federal e união priorizam para a construção do pacto de responsabilidade na

228

proteção social como dever do Estado. Ela colocou que há discordância em relação a esse item de

229

desproteções. Depois tem temas prioritários: vigilância social, meio socioassistencial, estratégia de 230

gestão e ação, defesa de direitos na assistência social, relações intersetoriais, financiamento e

231

regulação. E uma pergunta: qual o nível alcançado, que perspectivas alcançar quais os fatores de

232

impedimento desses alcances? Vocês querem que eu continue lendo tudo? Objetivos: definição e

233

responsabilidade da gestão estadual frente as desproteções priorizadas de outro município que

234

compõem as microrregiões. Verificação e análise do nível de diferenciação que a gestão estadual

235

desenvolve para cada porte de município. Conferência Estadual do Distrito Federal: verificação e

236

análise da infra-estrutura e da política de recursos humanos, e o nível estadual garante por porte

237

de município e por especificidade da região que pertence. Observação: favorecimento de

238

discussões regionais, pré-conferências. Conferência Nacional: pacto de responsabilidade na

239

proteção social, como as desproteções priorizadas se transformam em política de proteção pública.

240

Entende-se como desproteções as situações sociais com ausência de proteção social. Dos

241

delegados: a comissão organizadora da XI Conferência vai rever a qualidade, considerando as

242

discussões da reunião do dia 02 de abril: 938 em esfera municipal, 78 esfera estadual, 11 esfera

243

distrital, 27 esfera Distrito Federal, 36 Conselheiros nacionais, 1090 delegados, total para a

(6)

Conferência Nacional, na esfera municipal deve ser mantida a paridade sociedade civil e governo.

245

Na esfera estadual, distrital e federal a composição será de 02 delegados dos Conselhos Estaduais

246

de Assistência Social, e representantes da sociedade civil, e um delegado gestor dos Estados e

247

Distrito Federal, que será complementado por um delegado da esfera federal. Conselho Estadual e

248

CAS podem, se assim o desejarem, regular a distribuição da sua cota, como, por exemplo, por

249

porte, obedecendo à paridade na Conferência Nacional. A representação da sociedade civil deverá

250

colocar como representante os usuários e/ou organizações de usuários das entidades e/ou

251

organizações de Entidades de assistência social e dos trabalhadores da área. Delegações:

252

apresentar ao CMAS, juntamente com o relatório da conferência até 05-11, impreterivelmente, a

253

lista oficial de delegados com as suas respectivas fichas de inscrição. A delegação deverá indicar o

254

nome de dois delegados titulares, um governamental e um não governamental, para serem

255

coordenadores das delegações estaduais junto à Comissão Organizadora. Informar à Comissão

256

Organizadora quanto à participação de delegados com deficiência e as necessidades relacionadas

257

à alimentação, transporte local, hospedagem, acompanhamento, serviço de tradução de sinais,

258

braile e etc. Transporte, hospedagem e alimentação, transporte até Brasília, delegados

259

governamentais e sociedade civil: responsabilidade do Estado; hospedagem delegados da

260

sociedade civil custeados pelo Conselho Nacional em hotéis previamente definidos: alimentação

261

delegados da sociedade civil: tíquetes fornecidos pelo Conselho Nacional de Assistência Social;

262

deslocamento em Brasília, delegados da sociedade civil: ônibus e Vans fornecidos pelo Conselho

263

Nacional de Assistência Social. Esse é o conjunto de material enviado para cá. Sra. Presidente:

264

Vamos encaminhar, então. Quem concorda que a gente transfira para o mês de maio, início de 265

junho. Sr. Arnaldo Batista S. dos Santos: Eu quero propor um encaminhamento. Eu acho que não 266

é questão de votação, é questão de verificação, apenas quem, o Conselheiro em si, se propõe a 267

passar para o mês de maio levanta a mão, e quem não se propõe que comunique para a gente, 268

coloque por escrito que vai ser visto e analisado na região. Então, neste momento quem se propõe a 269

adiar que levante a mão. Sra. Presidente: Fica complicada essa questão, porque tem a ser consenso. 270

Se nós vamos adiar o processo vamos adiar para todas as regiões, senão as regiões que quiserem que 271

continuem fazendo. Então, tem que ser consenso. Sra. Heloísa Helena L. Vinõlo: Todos os 272

Conselheiros que estão aqui, de regiões, não vão poder deliberar sem consultar as suas CORAS. Eu 273

posso ter uma opinião aqui, amanhã chegar na CORAS e a CORAS achar que o que eu tomei de 274

decisão aqui está errado. A gente decidiu fazer em um dia de semana, as Entidades já se 275

disponibilizaram em não atender ao público. Agora tem que ver na região se eles concordam em 276

adiar ou não. Sra. Irilde B. da Silva: Não dá para adiar, como agora de abril, adiar para o mesmo 277

dia cada uma para o mês de maio? Sra. Iara de Fátima Bueno da Rosa: É assim, Gringa. Sra. 278

Presidente: É complicado pelo seguinte, depende de espaço, é isso que a gente está dizendo, é

279

muito complicado. Eu não me sinto em condições de definir, que é isso que a Heloísa está dizendo. 280

Agora, eu não tenho nenhum problema de defender na região o porque ir transferido, não tenho esse 281

problema, eu acho que a gente pode chegar, defender, enfim. Agora, vai gerar um problema, é isso 282

que eu estou dizendo, porque nós trabalhamos, inclusive, para que os usuários estejam presentes, aí 283

faltando uma semana nós desmarcamos. Quer dizer, vai se ter tempo de avisar todos os usuários que 284

não é mais? Então, é isso que eu estou dizendo, vai criar transtorno. Se há necessidade tudo bem. O 285

que vai vencer aqui é a votação. Sra. Eunice Zimmermann: Eu queria colocar a minha opinião a 286

respeito do que aconteceu na conferência passada. Eu acho que a última conferência da assistência 287

social também foi feita na marra, não surtiu nenhum resultado, tanto que as próprias pessoas que 288

estavam na conferência municipal não conseguiam se entender, que o que tinha sido discutido na 289

sua região não tinha nada a ver com o que estava sendo dito lá. Eu acho que a gente vai cometer o 290

mesmo erro em fazer com que se discuta na região uma coisa e depois vai para a conferência 291

municipal falar de outra. Então, eu acho que seria interessante que a gente pelo menos esperasse o 292

material para que todas as regiões falem a mesma linguagem. Sra. Presidente: Por isso que eu 293

(7)

estou colocando o seguinte: se é para adiar é para todas as regiões. Eu concordo na questão da 294

qualificação, sem material é extremamente difícil. Eu acho que a gente pode votar. Sra. Maria do 295

Carmo de Souza: Eu me sinto contemplada com a fala da Nice. Sra. Iara de Fátima Bueno da

296

Rosa: Eu só queria fazer uma colocação: é lógico que nós estamos aqui representando as nossas

297

CORAS e não temos esse poder de decidir por eles. Agora, nós temos sim o poder de argumentação. 298

Eu acho que a Nice foi extremamente feliz naquilo que colocou, não adianta nós fazermos a 299

conferência em uma determinada data, porque aí nós vamos pegar esse calhamaço de eixos, que 300

possivelmente vão enxugar, porque nós recebemos a semana passada, é eixo disso e daquele outro e 301

nós não vamos saber por onde começar. Então, eu acho que o importante é que nós tenhamos, nós 302

aqui enquanto Conselheiros, nós tenhamos a idéia de que não temos subsídios suficientes para fazer 303

pré-conferência e nem vamos ter, mesmo que a FASC faça um GT amanhã, ou que nós façamos um 304

GT aqui, para fazer um documento base para sábado. Por quê? Porque nós precisamos discutir. E eu 305

mais do que ninguém foi quem defendeu a questão de um seminário de preparação para a discussão 306

do material, porque nós vamos nos qualificar, nós vamos conseguir passar para os outros aquilo que 307

a conferência quer, senão só vamos estar fazendo mais um livrinho que ninguém sabe o que está 308

escrito. Sra. Presidente: Se bem que eu acho que é subsidio. Agora, a qualificação de fato para 309

todos esses temas vai estar longe ainda. Então, quem concorda que a gente adie o processo para 310

maio, ai para remarcar eu acho só depois que já tiver a definição dos temas, porque a gente corre o 311

risco de novo de marcar e ter que adiar. Então, no momento em que tivermos os temas definidos, 312

oficializados, a gente vai estar remarcando nas regiões as conferências. Quem concorda com esse 313

processo, por favor, levante a mão. Tem que contar: 22 votos. Quem é contra? Quem se abstém? 314

Quatro abstenções. Então, está adiado o processo. Agora nós vamos passar para o Ponto 02, que é a 315

questão do Programa Família. Não sei quem vai apresentar. Sra. Iara de Fátima Bueno da Rosa: 316

É importante que vocês se identifiquem. 2. Programa Família. Sra. Beatriz: Eu sou a 317

coordenadora da equipe que veio representando. Sra. Leila: Eu sou assistente social, sou assistente 318

da coordenação da Rede Base. Sra. Ana: Eu sou psicóloga da equipe do Programa Família Apoio e 319

Proteção da Rede Base. Sra. Beatriz: Nós vamos estar tirando as dúvidas, nós elaboramos nenhum 320

documento. Sra. Presidente: Na Plenária passada foram levantadas uma série de questões, por isso 321

se solicitou que a equipe viesse falar sobre o programa Família. Então, eu acho que todas as 322

questões levantadas, quero pedir aos Conselheiros que levantaram as questões, principalmente, em 323

relação à questão das vagas, de como está funcionando o Programa Família, os critérios, que 324

coloquem. Sra. Iara de Fátima Bueno da Rosa: Teve a questão dos outros núcleos. Sra. Josiane 325

S. Cardoso: A questão da autonomia das assistentes sociais na hora das avaliações. Sra.

326

Presidente: Então, foram essas questões e várias outras que vamos ir colocando no decorrer. Sra.

327

Leila: Eu acho que talvez fosse interessante a gente fazer um resgate daquilo que foi aprovado no

328

ano passado em relação ao Programa Família. A gente teve no Município dois programas, que foi o 329

PETI e NASF, com um número reduzido de metas, elas foram ampliadas lá em 2004 e tivemos 330

também o Família Cidadã, durante um certo período, enquanto teve a parceria com o Governo 331

Estadual, depois que ele desconstitui o programa no Estado nós mantivemos no Município esse tipo 332

de atendimento nas regiões. Então, no ano passado a gente tinha uma das grandes dificuldades, que 333

era a implementação da totalidade das metas PETI, isso foi um projeto de adequação que foi 334

apresentado ao CMAS lá em abril, onde a gente fez uma proposta de como a gente faria para inserir 335

essas 4.128 crianças dentro do que a gente tinha de núcleos já de Programa Família, NASF e PETI. 336

E fizemos a proposta de reativar os núcleos do antigo Família Cidadã que tinha em todas as regiões 337

da Cidade, só que sem atendimento de família, só no atendimento à comunidade, com alguns 338

pequenos benefícios e fizemos essa proposta. Na verdade, de lá para cá nós fizemos todo um 339

esforço nas regiões, todas as Entidades, aqui deve ter muita gente de Entidades onde tem o 340

Programa Família, o esforço de fazer a inserção da gente chegar nessas 4.128 crianças inseridas em 341

PETI. Então, durante todo o ano passado essa foi a proposta. Quando a gente fez a proposta de 342

(8)

reabertura desses núcleos, na verdade, como atendimento de família, do antigo Família Cidadã, eles 343

eram na perspectiva de absorver essas famílias cujas as crianças estavam em situação de trabalho 344

infantil. Sra. Maria Bernadette M. de Medeiros: Leila, só uma pergunta: quantas famílias são 345

para essas 4.128? Sra. Leia: Eu ia falar isso agora. Quando a gente tem um Programa NASF no 346

município e o antigo Família Cidadã, todo ele era organizado do ponto de vista das família, então, 347

inseria-se tal família no programa. O PETI veio com uma outra lógica e a gente pactuou assim com 348

o Governo Federal, ele é um programa que se inserem as crianças. Então, por exemplo, 4.128 349

crianças, se a gente inserisse de cada família só uma criança em PETI, a gente poderia ter até 4.128 350

famílias. Então, na verdade, ele não tem um número fixo, porque cada família, se ela tem 02 351

crianças, a gente teria um número x de famílias. Então, quando a gente fez a proposta de reabrir os 352

núcleos do Família Cidadã, porque a gente não tinha idéia de quantas crianças a gente teria, a gente 353

tinha uma demanda reprimida que as regiões mostraram, nós fizemos todo um levantamento e 354

apresentamos, só que a gente não tinha idéia do que isso representaria em famílias. Então, hoje a 355

gente tem as 4.128 crianças no PETI e isso representa 1.670 famílias, ou seja, porque é muito 356

variado o número de crianças dentro de cada núcleo familiar. A gente conseguiu fechar isso no final 357

do ano, o último relatório que nós apresentamos ao CMAS é de outubro, não estavam ainda 358

fechadas as 4.128, na verdade, ele é gerenciado pelo município, mas tem todo um nível de 359

informação que a gente manda para o Governo Federal, que é processado, que retorna para o 360

Município. Toda essa adequação a gente foi fazendo também ao longo deste ano e está chegando 361

agora para poder dizer que tem isso e famílias, de pessoas no programa e o que temos de famílias 362

agora para inserir no NASF, que é um programa municipal. Isso é só para ter uma idéia do que a 363

gente fez durante o ano passado. Sra. Presidente: Quantas família estão sendo atendidas no NASF? 364

Sra. Leila: São 835 hoje. Isso e só para dar uma idéia geral. Acho que podem ser feitas as

365

perguntas. Sra. Maria Bernadette M. de Medeiros: No NASF as famílias ganham uma Bolsa, no 366

PETI as crianças ganham um auxílio do Governo Federal e era antes complementa, ou não pelo 367

Município. Como está isto hoje? Sra. Ana: Permanece da mesma forma. Sra. Leila: Todos os 368

contratos das famílias, é feito um contrato para a família, tanto para o NASF quanto para o PETI, e 369

há um compromisso do Município em contribuir, de complementar a Bolsa, seja do PETI criança, 370

que é quando o Governo Federal repassa R$ 40,00, seja quando a criança é PETI, mas recebe o 371

Bolsa Família, ou no caso do NASF. Em todos os casos há uma complementação do Município até 372

R$ 200,00, a não ser que a família tenha mais de 05 crianças, aí o Governo Federal paga inteiro, 373

porque como paga R$ 40,00 por criança, mas sempre que o valor for abaixo de R$ 200,00 o 374

Município de Porto Alegre complementa, como era antes. Sra. Maria Bernadette M. de 375

Medeiros: Hoje o valor da Bolsa no Município é de R$ 200,00. Sra. Leila: Até R$ 200,00, mas o

376

PETI pode receber ais porque se tiver 07 crianças por exemplo, a família vai receber R$ 280,00 377

direto do Governo Federa, sem passar pelo Município. Sra. Heloísa Helena L. Vinõlo: A Família 378

Cidadã é um programa, o NASF é outro programa, o PETI é outro programa. Aí nem todas as 379

famílias de NASF e de Bolsa Família são obrigatoriamente crianças de PETI, que eu conheço raras 380

casas que as crianças nunca foram exploradas no trabalho infantil, eram atendidas no Bolsa Família 381

e passaram para o PETI. Nunca trabalharam, nunca foram exploradas para pedir nem um pão na 382

vizinha emprestado e migraram de programa. Foi feito isso eu sei, na creche em que eu trabalho vi 383

crianças que migraram de trabalho. O dinheiro sempre é R$ 200,00, mas tem um monte de família 384

que ganha R$ 80,00, R$ 45,00, não fecha R$ 200,00, que é o que o Município complementa. Eu 385

trabalho com esse público e sei que não complementa. Então, deixo essa dúvida, e a questão é 386

assim, se para complementar as Bolsas de PETI pegaram do Programa de Família Cidadã, de NASF 387

e Programa Família, nem todas essas crianças eram de PETI, enquanto tem um monte de criança de 388

PETI que não está sendo atendida. E como estão as vagas desses novos núcleos que estão pedindo 389

para a gente abrir? Sra. Leila: Primeiro, quando a gente falou que tem todo um processamento que 390

a gente vai ajustar junto ao Governo Federal, na verdade, cada família que hoje ingressa no PETI 391

(9)

entra no cadastro único e a gente tem dois sistemas PETI: um é o PETI em que a família está no 392

Bolsa Família e recebe até R$ 95,00, e ingressou no PETI no Município. E temos um outro que é 393

quando a família que tem mais de 02 filhos, essas entram direto no PETI com o valor só do Governo 394

Federal, que são aqueles R$ 40,00 por criança. O Governo Federal chama de migração. Tudo isso 395

gera um tipo de gerenciamento e informação do Cadastro Único para dentro do Governo Federal, 396

que gera essa informação para a Caixa Federal que paga o benefício, que a gente agora que 397

conseguimos fechar as metas PETI está conseguindo aos poucos fechar. Então, isso ainda tem 398

problema e tem a ver com esse tipo de gerenciamento. Por exemplo, a família entrou no PETI, vai lá 399

e faz o Cadastro Único, entra na efetividade do município de Porto Alegre para ser pago, ela tem 03 400

crianças, o Governo Federal deveria pagar R$ 120,00 e nós R$ 80,00. Então, essa informação tem 401

que ir para o Governo Federal e gerar esse pagamento na Caixa. Tem família que estão trazendo 402

essa dificuldade, que não está entrando o valor. Então, são coisas de ajuste. A gente tem orientado 403

aos usuários procurarem o lugar de origem, o técnico que fez o seu ingresso e esse técnico deve 404

entrar em contato com a Fundação, onde a gente vai estar informando o Governo Federal que ele 405

tem que ser corrigido. Frei José Bernardi: É para isso, então, o recadastramento que a FASC está 406

fazendo? Sra. Leila: Não só para isso, de todo o PETI a gente fez o recadastramento junto com os 407

técnicos, porque para entrar no PETI tem que ter, o técnico assina dizendo que aquela criança está 408

em situação de trabalho infantil. Essa é uma das outras coisas que a Heloísa trouxe, que tem a ver 409

com a autonomia dos técnicos. Quem faz avaliação para ingressar no programa deve ser o técnico, 410

não pode ser outra pessoa, nem da Entidade, nem daquele lugar onde o técnico trabalha, o técnico 411

assina, bota o seu nome para dizer que aquela família está em situação de vulnerabilidade, ela tem 412

que ingressar no PETI. Sra. Presidente: E depois tem mais uma peneira? Sra. Leila: O que a gente 413

tem apontado é assim, e isso é uma discussão que é feita há mais tempo, que quando se está em 414

autonomia são duas coisas diferentes: uma que quem avalia e diz que talvez naquela Entidade há 415

crianças que não estão em situação de trabalho infantil, só que quando um técnico e a assistente 416

social assinou e veio a situação de trabalho infantil, eu estou pressupondo que ele avaliou, porque a 417

gente sabe que o técnico tem autonomia para avaliar. Agora, uma outra coisa que a gente tem 418

apontado, e isso não é de agora, desde que começou o processo de regionalização nas regiões é que 419

toda a discussão de ingresso deve passar por um espaço maior e mais coletivo na região, porque a 420

gente às vezes tem que priorizar, e isso não é novidade no Programa Família. Quando cada um tinha 421

40 metas, o dia que fechou as minhas 40 e eu tenho uma demanda, eu já levava para aquele grupo, 422

porque poderia ser que em outro lugar tivesse vaga e eu tinha que garantir que aquela família 423

entrasse. Então, a pessoa usuária não precisa entrar no núcleo. Então, aquela equipe da região deve 424

discutir e avaliar se é uma situação pertinente. É interessante porque tu justificas para um monte de 425

técnicos que está querendo ingressar por uma série de vulnerabilidades e aquele outro técnico que 426

tinha famílias para ingressar diz: não, a tua é de mais prioridade; e pode até inserir em outro 427

núcleo, porque o que gera o ingresso é as demanda. Sra. Presidente: Leila, tem o Paulo inscrito e 428

eu queria que tu falasses um pouquinho, quando tu falas que ingressa em outro núcleo, que núcleo é 429

esse e onde estão essas vagas? Então, o Paulo pergunta e depois tu continuas. Sr. Paulo Francisco 430

da Silva: Eu acho que como critério para criar essa inscrita no PETI, deve ter agora a contrapartida

431

da mãe, ou da família que deve ser inserida. A gente vê como é feita a avaliação e o 432

acompanhamento; por exemplo, hoje no SASE nós temos algumas crianças no PETI tanto da 433

Pequena casa quanto do Módulo. Então, a gente vê que quase uns 20% das crianças estão no SASE 434

e às vezes faltam demais. Eu até faço o papel de cobrança da mãe. Eu não sei se teria alguém 435

responsável, porque se ele está ganhando para estar em um programa social, para estar na escola, 436

estão fazendo a mesma coisa, estão em casa, ou estão na rua. Eu queria saber como que fazem esse 437

acompanhamento. Sra. Leila: Na verdade, o programa tem uma metodologia que é o atendimento 438

individual, o atendimento em dupla e as vistas domiciliares. E o acompanhamento, esse em relação 439

à criança, tudo deve ser feito pelo técnico que inseriu ele, é responsabilidade técnica de acompanhar 440

(10)

a família, sugerir, conseguir vagas às vezes na rede. Então, é obrigação e tem essa contrapartida dela 441

participar do atendimento individual. Por isso que tem dentro da metodologia do programa o 442

recurso de suspender a Bolsa quando a família não comparece nos atendimentos de grupo. Isso é 443

orientado aos técnicos para monitorarem. É importante que cada Entidade que está com a criança, 444

que é situação de trabalho infantil, essa relação tem que ser muito próxima para que seja efetivo o 445

Programa Família, porque realmente precisa daquele atendimento, que é uma complementação do 446

atendimento que se faz à família. Sra. Eunice Zimmermann: Só complementando o que ela disse, 447

eu sou técnica assistente social e acompanho o PETI na região do Partenon, toda família inserida em 448

PETI os filhos têm que ser tirados do trabalho infantil, eles têm que ser matriculados em escola e 449

em atividades inversas do turno da escola. E idade de creche tem que ir para a creche. Esta família 450

tem que apresentar para mim técnica todo o início de mês o comprovante oficial de freqüência na 451

escola, no SASE, inclusive, na creche. Essa freqüência, pelo menos nós fazemos isso, não pode 452

baixar de 85%, sob pena da família ser suspensa. Sra. Heloísa Helena L. Vinõlo: Eu entendia que 453

o técnico fazia isso que a Nice colocou, só que eu tenho crianças que nunca foi pedida a freqüência 454

delas, que ocupam vaga na creche e não vão, que eu sei que é de boa família. E os técnicos nunca 455

pediram a freqüência, é creche, mas nunca pediram. Eu quero saber se tem um padrão que o técnico 456

tem que seguir, orientar programa de PETI. O que nós somos? Controle social. O controle social é 457

garantir que quem realmente precisa esteja dentro, só que eu vejo casos de gente que tem casa, 458

caminhão e tem PETI. E tem casos de gente que é drogadito, não está incluído, tu encaminhas para a 459

assistente social e volta porque está sem vaga. Então, eu quero saber se tem uma norma que os 460

técnicos têm a seguir. Eu entendia que era isso para garantir que está sendo cumprida a parte da 461

família, ou ele está pegando aquela Bolsa e se drogando na esquina enquanto as crianças estão na 462

rua. E essa questão de migrar de um programa para outro, fica para mim ainda a dúvida se todos que 463

migraram realmente são de trabalho infantil, porque para mim parece que migraram para completar 464

cotas, para ajustar o programa e preparar o número e metas que tinha que ser atingido, mas se 465

realmente esse número e metas é o público alvo. Essa é a minha preocupação. Sra. Leila: Com 466

relação à orientação da família, isso é igual em toda a Cidade, isso que a Nice trouxe está escrito na 467

metodologia de acompanhamento. Então, senão tem esse tipo, hoje a gente tem, por exemplo, a 468

regionalização é um espaço em que uma vez por mês a gente reúne todas as regiões, nós temos 469

Entidades que o técnico não participa dessa regionalização, que é onde todas essa orientações são 470

dadas. Então, na verdade, é importante a participação do Conselho, das CORAS no controle social, 471

mas é importante também que todo mundo entenda essa metodologia e apontar na sua região que 472

todo mundo tem que participar da regionalização, seguir essas orientações. É importante que quem 473

está no SASE, por exemplo, o Paulinho trouxe a questão que tem técnico que não acompanha, 474

então, apontar isso em espaços quando tem dirigentes na região. Na verdade, a gente sabe que para 475

efetivar o programa todo mundo vai ter que acompanhar. Em princípio o técnico tem essa 476

autonomia, que está todo mundo dizendo hoje que não tem, ele tem sim autonomia de dar o seu 477

parecer técnico daquela situação social. Se a gente está questionando aqui que temos pareceres 478

técnicos de regiões que não estão talvez adequados ao programa, essa é uma discussão que talvez a 479

gente tenha que fazer para achar um canal e fazer esse tipo de denúncia, como se tem hoje no 480

Programa Bolsa Família. Com relação ao que a Mariazinha perguntou em relação aos núcleos, por 481

exemplo, na região do Partenon eu conheço as Entidades, ali tem um número de Entidades que 482

executam o Programa Família. Então, por exemplo, a Nice tem demandas, já tinha na época do 483

Família Cidadã e não tinha meta para inserir, só que ela no atendimento à comunidade toda semana 484

tinha gente que aparecia lá para pedir ingresso. Ela não tem como atender a demanda, ou porque já 485

fechou as metas dela, ou porque ela não tinha na época. Então, ela leva para o espaço da 486

regionalização, que é um espaço técnico e com uma supervisão, que discute aquela situação e avalia 487

aquela entre outras da região que são prioridades, porque a assistência social tem que ser entendida 488

como demandas da região. Então, não é porque era lá do Morro da Cruz que ela não poderia inserir 489

(11)

uma família ali no módulo, porque aquela demanda realmente é necessária. Então, a regionalização 490

é muito interessante, porque tem inclusive isso que vocês estão apontando, de discutir casos como, 491

por exemplo, o técnico vai inserir uma família que não é PETI, ali é um espaço onde os técnicos 492

podem questionar e ele vai ter que dizer qual é o critério realmente. Então, é superimportante a 493

participação. Sra. Ana: Isso que a Leila trás é importante, porque às vezes a família já passou por 494

atendimento em outro espaço. Então, o técnico conhece, sabe qual é o atendimento todo 495

encaminhado, então, essa troca é importante também para isso. Sra. Eliane Gassen: Só uma 496

dúvida, a Leila estava colocando a questão da regionalização, da participação, só que nós temos 497

casos, por exemplo, o PAIF, que foi convidado a não participar desses espaços para não discutir. Se 498

é um espaço em que a gente discute esses casos por que excluir os técnicos que poderiam estar 499

contribuindo? A segunda coisa dentro desse contexto é essa questão da rotatividade, nós temos uma 500

dificuldade com a referência. Então, em muitos locais nós não temos ele como referência, porque 501

existe uma rotatividade muito grande do programa de um modo geral. E a questão da supervisão, 502

que eu já falei em outras instâncias, com a equipe, e eu queria reforçar que ela existia no início do 503

programa, depois de um certo momento ela modificou e não teve mais esse acompanhamento. A 504

minha preocupação é que em algumas regiões nós também temos o desconhecimento dos programas 505

que fazem parte do Programa Família, e eu aqui estou falando basicamente do PAIF, porque 506

algumas regiões nem sabem o que é isso, nem sabem para o que serve. E os técnicos encontram 507

dificuldades imensas em ter que estar explicando o que está ali querendo se trabalhar e que isso não 508

tem respaldo. Eu acho que em algum lugar nós estamos falhando nessa comunicação. Sra. Gleci 509

Godoy Alvarenga: O PETI é para a criança não trabalhar, sair da situação de trabalho, mas na

510

minha região, deve ter umas 12 crianças que estão no PETI e todas trabalham. Como fica isso? 511

Denuncia para quem? Porque ninguém melhor do que nós da região, que conhecemos, a gente já 512

sabe o que acontece na casa do fulano, às vezes tu sabes muito mais porque tem contato com as 513

crianças, com a vila onde mora, sabe a vida de todos eles. Talvez a minha vida ninguém saiba, mas 514

como eu trabalho com eles sei a vida que eles levam, a gente conhece porque eles se abrem. Como 515

eu trabalho com o Fome Zero, já fui Conselheira da saúde, a gente conhece as pessoas, sabe quem 516

está no PETI, no SASE, sabe o acontece. E as pessoas mesmo: Olha, Gleci, eu estou passando 517

necessidade e não consigo entrar no programa, a fulana que usa droga está lá no PETI bem

518

faceirinha, ganhando os seus R$ 200,00, mais R$ 65,00 de Bolsa Família, bebendo toda semana e o

519

filho trabalhando. Se o filho trabalha ele não tem esse direito. Eu vou ser bem sincera, na região sul

520

as crianças estão trabalhando, podem ir no Supermercado Santa Rita, podem ir a partir das 8 da 521

manhã que as crianças que estudam à tarde estão lá. Quando eles enxergam se mandam, porque eu 522

falo: Vocês não estão no programa? Vocês estão ganhando não é para estar aqui. A mãe está em 523

casa tomando chimarrão, fofocando na casa dos outros enquanto as crianças estão trabalhando. 524

Então, eu acho que deve existir, alguém tem que tomar uma providência, porque se a criança está lá 525

no Supermercado Santa Rita trabalhando eu acho que a mãe não precisa ganhar R$ 200,00. Sra. 526

Eunice Zimmermann: Eu queria, Leila, que tu desses uma explicação da diferença entre Bolsa

527

Família, NASF e PETI, que esclareça também que o Família Cidadã não existe mais, o Rigotto 528

acabou quando entrou no Governo. Eu queria colocar, de novo vou falar, não como Conselheira, 529

mas como técnico do Programa Família. Ninguém sabe o quanto é difícil na governamental e na não 530

governamental ser um técnico do Programa Família, porque tu recebes carteiraço e ameaça de prisão 531

por todos os lados para que as famílias ingressem, e que tu possas fazer realmente essa avaliação e 532

este acompanhamento da família. O que acontece quando diz que a família que está no PETI está 533

trabalhando? É muito difícil, por exemplo, fazer com que essa família tire o filho do trabalho 534

infantil. Agora eu represento o CMAS no CONPETI e a gente está fazendo essa discussão, porque 535

quando a família entra no programa essas crianças passam a ser responsabilidade da FASC e do 536

técnico, quando, na verdade, não é. A gente acaba desresponsabilizando esta mãe da criança. O que 537

a gente está discutindo agora no CONPETI é assim: a família está no PETI e a criança na rua, mas 538

(12)

quem vai responsabilizar essa mãe? Aí sim, o técnico que está lá na ponta suspende a família, ela 539

deixa de receber a Bolsa porque a criança não foi à aula, não foi na creche, porque está trabalhando, 540

aí o Conselho Tutelar cai de pau em cima do técnico porque essa família ficou sem receber. Aí tu 541

passas meses e meses fazendo com que essa família tire o filho do trabalho infantil e ela não tira. 542

Então, a questão não é só responsabilizar o técnico ou a FASC dessa situação, é um trabalho difícil, 543

porque tu passas a ser cão-de-guarda das famílias. Tem algumas coisas que só levando aquela mãe 544

para a cadeia para poder resolver, aí não é uma competência do técnico e sim do Ministério Público. 545

Tem algumas coisas que só perdendo a guarda da criança que a vida dela vai ser resolvida, aí não é 546

um problema da FASC ou do técnico, é um problema do Ministério Público, é um problema do 547

Conselho Tutelar. Então, eu acho que essa é a questão. Eu até acho que a sociedade telefona, 548

denuncia, ela vai atrás, eu acho que quem tinha que fazer e quem é pago para fazer acaba não 549

fazendo. Então, é a responsabilização dessa família que está faltando e que a gente esta discutindo 550

isso no CONPETI. Então, como a gente vai responsabilizar o gestor, que é o Prefeito, pela falta de 551

metas, inclusão de famílias em desproteção? Como a gente vai exigir também que o Ministério 552

Público faça a sua parte, responsabilize essa mãe e esse pai, não só pelo trabalho infantil, mas pelos 553

maus tratos pela prostituição? Então, Leila, explica essa diferença entre um programa e outro, 554

porque me parece que quem está no Bolsa Família não está no PETI e o Bolsa Família não tinha o 555

controle da Prefeitura de Porto Alegre. Sra. Gleci Godoy Alvarenga: Como? Quem está no Bolsa 556

Família não está no PETI? Sra. Leila: Não necessariamente. Sra. Gleci Godoy Alvarenga: Mas a 557

maioria lá onde eu estou estão. Sra. Presidente: Leila, ainda tem mais uma inscrição e depois tu 558

falas. Sra. Irilde B. da Silva: Eu só queria perguntar se não dá para criar uma lei que quando tu 559

vais colocar uma criança no SASE que tenha que ter 75% de presença? E essa mãe não cumprindo, 560

chegando o final do mês, que temos que fazer uma avaliação, aí ver quantas faltas fez essa criança 561

no mês, no final do mês é enviado esse número de presença e de faltas para que o pagamento seja 562

bloqueado. Sendo o pagamento bloqueado, aí a mãe corre no SASE da região para saber: Por que o 563

meu pagamento foi bloqueado? Foi avisado que era preciso 75% de presença, tu não cumpres, por

564

isso está bloqueado. Agora te vira com o Governo, não é comigo. Ou se está doente que leve o

565

atestado de doença, aí não é bloqueado. Sra. Presidente: Leila, quando tu falares eu acho que 566

também tem que colocar que já tem uma resolução disso e etc. Tem a iara e a Bernadette, e vamos 567

encerrar as inscrições. Sra. Iara de Fátima Bueno da Rosa: Eu vou mais nos números, se nós 568

temos 4.128 crianças PETI, nós não temos mais vaga, então, a proposta de criação de outros núcleos 569

cai por terra. Por que nós vamos criar núcleos senão temos como incluir? A não ser que seja 570

atendimento à comunidade, que é outra coisa. Quando se fala que tem 835 famílias NASF, dessas 571

835 famílias NASF tem criança PETI? Sra. Leila: Pode ter. Sra. Iara de Fátima Bueno da Rosa: 572

A minha pergunta é a seguinte: qual é o número de famílias reprimidas que tem de NASF e 573

demanda reprimida de PETI? Essa foi a pergunta que nós fizemos aqui na outra reunião. Então, por 574

exemplo, quantas famílias reprimidas, quantas crianças também reprimidas em demanda PETI? 575

Quer dizer, nós temos um limite, que são os 4.100 desde 2004 e que a partir de setembro ou outubro 576

do ano passado que se chegou a 4.100. Então, eu tenho uma preocupação nessa questão dos núcleos, 577

porque nós vamos gerar uma expectativa, está criando um novo núcleo, vamos gerar uma 578

expectativa. Qual é a possibilidade de aumento dessas metas? Se houver a possibilidade de aumento 579

de metas aí nós podemos sim estudar a possibilidade de novos núcleos, caso contrário não tem 580

porque. Sra. Heloísa Helena L. Vinõlo: Só complementar a tua pergunta: essas metas de NASF e 581

PETI, quando são emancipadas essas crianças no PETI? Eu conheço casos de crianças que foram de 582

PETI e já não estão mais em programa nenhum, adquiram autonomia, a família conseguiu se 583

reajustar. Sra. Iara de Fátima Bueno da Rosa: Tem uma porta de saída. Essa é a minha grande 584

preocupação em relação a isso. E eu tenho uma sugestão a fazer para a Rede Básica, que compareça 585

às CORAS das regiões, porque vocês têm um mapa onde tem os núcleos todos, e façam esses 586

esclarecimentos para as Entidades todas que trabalham para unificar o conhecimento. A mim parece 587

(13)

que tem diversas regiões que estão trabalhando de forma diferente. Então, talvez seja essa uma 588

forma de se aproximar um pouco mais das Entidades e mostrar os critérios de todas essas coisas. 589

Era isso. Sra. Maria Bernadette M. de Medeiros: Eu só queria chamar a atenção, porque às vezes 590

eu me preocupo, porque a gente começa a ser muito rígido com as questões de cobranças e da 591

exclusão de famílias em função do não-cumprimento dos acordos estabelecidos. Parece que um dos 592

critérios fundamentais para o ingresso em qualquer um desses programas é a questão da 593

vulnerabilidade, e a vulnerabilidade está muito associada exatamente à incapacidade de cumprir 594

normas e etc. Se o principal é fazer com que as crianças saiam da rua e possam ter um outro tipo de 595

oportunidade, e se nós vamos a qualquer não-cumprimento excluir essa família, excluída ela já 596

estava. Então, não precisaria nem ter entrado no programa. A gente sabe que uma criança na rua 597

arrecada muito mais do que uma Bolsa. Então, eu acho que a gente tem que ter também essa 598

consciência de que não pode ser: ah, ela está na rua, eu vou tirar; mas tirar, ela já estava tirada, 599

senão, não precisava nem entrar. Vamos aprofundar um pouco mais essa questão e dar um maior 600

crédito aos técnicos que estão trabalhando lá e que por alguma razão, mesmo com as crianças na 601

rua, não cancelaram a Bolsa. Sra. Presidente: Eu acho que há uma outra questão que tem que ser 602

colocada, que é a questão da retaguarda, que se fala em tantas coisas e eu pergunto: existem vagas 603

para todas essas crianças? Existem vagas em SASE? Existem creches suficientes? Então, antes de 604

se punir a gente tem que pensar em todos os serviços como estão. A gente também tem que pensar 605

que assistência social trabalha com a inclusão. E o trabalho eu quero dizer o seguinte: o trabalho é 606

feito, agora, existe uma série de dificuldades que mesmo que se trabalhe por vários anos em muitas 607

famílias a gente não vai superar. A Leila vai concluir agora e as inscrições neste momento estão 608

encerradas. Sra. Leila: Eu vou falar de uma das questões que a Heloísa trouxe, que é muito 609

importante. Quando a gente falou que a gente fez a proposta de adequação do PETI, ou seja, reativas 610

os núcleos do ex-Família Cidadã para inserir as famílias, em nenhum momento se disse que a gente 611

ia migrar famílias daquele programa para o PETI. O que a gente fez foi um levantamento em todos 612

os núcleos da Cidade, de cada região, cada CORAS que tinha o núcleo de Família Cidadã, núcleo de 613

NASF, uma equipe atendendo, seja da rede própria ou conveniada, mandou uma listinha dizendo: 614

eu tenho tantas famílias com crianças em situação de rua; é isso que está no projeto que a gente

615

apresentou para o CMAS, junto com aquele índice de como estão as regiões na Cidade, quais são as 616

regiões mais vulneráveis. Então, na verdade, todas elas reabriram e todas iriam inserir crianças de 617

PETI. E essa avaliação tem a ver com a autonomia lá do técnico que avalia as situações, se teve 618

migração, ou tinha que ter a situação, ou teve uma avaliação, a gente vai chegar à conclusão 619

equivocada, mas a orientação não era migrar, porque estava reabrindo núcleos do Família Cidadã, 620

migraram famílias que estavam na lista de espera daquele programa para este. Não foi esta a 621

orientação e sim a orientação de inserirmos todas as crianças que tínhamos apontado nas nossas 622

listas de situações de trabalho infantil daquela região. Isso inclusive tem a ver com o que a Iara 623

trouxe em relação a esses núcleos do Família Cidadã, na época foram reabertos alguns e outros 624

foram mandados para o CMAS, posteriormente, para a reabertura do ponto de vista de que eram 625

regiões que tinham apontado demandas e que, portanto, eram prioritárias caso fôssemos reabrir ou 626

criarmos novos núcleos na Cidade de atendimento, que era a região da Glória e do Centro. Sra. 627

Presidente: Leila, eu acho que só nessa questão a grande dúvida que surgiu foi em função da nossa

628

resolução, que é isso que tu dizes quando veio para cá, para serem aprovados os núcleos da região 629

Gloria, Centro e a Cruzeiro. Hoje o Conselho está dizendo o seguinte: não vai-se indicar Entidade 630

senão existir metas, portanto, esses núcleos não vão abrir. Essa é a discussão, por isso se chamou 631

exatamente para isso, qual a justificativa de tu abrires três núcleos se não existem metas disponíveis. 632

Então, que trabalho é esse que se quer fazer nesses núcleos? Sra. Leila: Naquela época a gente 633

reabriu os núcleos e, na verdade, a gente anda tem núcleos desses que foram abertos naquela época, 634

ao menos dois, que quase não inseriram famílias, porque quando eles organizaram toda a 635

documentação nós já estávamos cegando no limite das 4.128 metas do Programa PETI. E esses 636

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