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GLEYSON RODRIGUES JORGE. Manual de Configuração de um Servidor SAMBA: Compartilhamento, Autenticação e Construção de Scripts.

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GLEYSON RODRIGUES JORGE

Manual de Configuração de um Servidor SAMBA:

Compartilhamento, Autenticação e Construção de Scripts.

Palmas

2006

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GLEYSON RODRIGUES JORGE

Manual de Configuração de um Servidor SAMBA:

Compartilhamento, Autenticação e Construção de Scripts.

“Relatório apresentado como requisito parcial da disciplina de Estágio Supervisionado em Sistemas de Informação do curso de Sistemas de Informação, orientado pela Profª. M.Sc. Madianita Bogo”.

Palmas

2006

(3)

Agradeço primeiramente a Deus, e aos meus pais por sempre estar ao meu lado para me dar forças e ânimo para seguir em frente em todos os instantes da minha vida.

A minha professora e orientadora Madianita Bogo, por ter me ajudado a desenvolver este trabalho.

Aos meus amigos, que direta ou indiretamente, contribuíram para a concretização deste trabalho.

(4)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...8

2. HISTÓRICO DO SAMBA ...8

3. VISÃO GERAL DO SAMBA ...9

4. FUNCIONALIDADES ...10

5. SAMBA NO LINUX FEDORA 5 ...11

5.1. VERIFICAÇÃO\INSTALAÇÃO DO PACOTE SAMBA...11

5.2. ATIVAÇÃO DO SERVIDOR SAMBA...12

5.3. MANIPULAÇÃO DE USUÁRIOS NO SAMBA...12

5.4. ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO - SMB.CONF...13

6. COMPARTILHAMENTO DE ARQUIVOS NO SAMBA ...14

6.1. SEÇÃO GLOBAL...14

6.2. SEÇÃO HOMES...16

6.3. TESTES REALIZADOS...18

6.4. PROBLEMAS ENCONTRADOS E SOLUÇÕES PARA OS MESMOS...25

6.4.1. "Negação" de Acesso aos Compartilhamentos...25

6.4.1.1. Problema ... 25

6.4.1.2. Motivo do Problema... 26

6.4.1.3. Solução... 27

6.4.1.4. Testes ... 27

7. CONFIGURAÇÃO DO SAMBA COMO CONTROLADOR PRIMÁRIO DE DOMÍNIO (PDC) ...28

7.1. VISÃO GERAL CONTROLADOR DE DOMÍNIO...28

7.2. CONFIGURAÇÃO DO ARQUIVO SMB.CONF...28

7.3. CRIANDO CONTAS DE MÁQUINAS NO DOMÍNIO...31

7.4. CONFIGURAÇÃO DO CLIENTE -MÁQUINA WINDOWS...32

7.4.1. Configurações em propriedades do sistema ...33

8. IMPLEMENTAÇÃO DE SCRIPTS NO SAMBA ...40

(5)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Definição do parâmetro workgroup no arquivo smb.conf. ... 15

Figura 2: Definição do parâmetro server string no arquivo smb.conf. ... 15

Figura 3:Definição do parâmetro security no arquivo smb.conf. ... 15

Figura 4: Definição do parâmetro security no arquivo smb.conf. ... 15

Figura 5: Compartilhamento do diretório /home/ana. ... 17

Figura 6: Compartilhamento do diretório /home/joao. ... 18

Figura 7: Compartilhamento feito no primeiro teste. ... 19

Figura 8: Tela que visualiza o servidor sambaserver... 20

Figura 9: Tela que visualiza os compartilhamentos existentes no servidor. ... 20

Figura 10: Tela com os recursos compartilhados do diretório publico. ... 21

Figura 11: Tela com o conteúdo do arquivo publico... 22

Figura 12: Tela com a mensagem apresentada ao usuário, após a tentativa de alteração do arquivo... 23

Figura 13: Compartilhamento usado no segundo teste... 23

Figura 14:Tela que visualiza o servidor sambaserver... 24

Figura 15:Tela de autenticação do usuário para acesso ao servidor. ... 24

Figura 16:Tela que visualiza os compartilhamentos existentes no servidor ... 25

Figura 17:Tela apresentada nas tentativas de acesso aos compartilhamentos. ... 26

Figura 18: Comandos executados no servidor. ... 27

Figura 19:Definição do parâmetro workgroup no arquivo smb.conf... 29

Figura 20: Definição do parâmetro server string no arquivo smb.conf. ... 29

Figura 21: Definição do parâmetro security string no arquivo smb.conf. ... 29

Figura 22: Definição do parâmetro admin users para um usuário. ... 29

Figura 23: Definição do parâmetro admin users para um grupo. ... 30

Figura 24: Definição do parâmetro domain logons no arquivo smb.conf... 30

Figura 25: Definição do parâmetro local master no arquivo smb.conf... 30

Figura 26: Definição do parâmetro domain master no arquivo smb.conf. ... 30

Figura 27: Definição do parâmetro preferred master no arquivo smb.conf. ... 30

Figura 28: Definição dos comandos para ativação de senhas criptografadas ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. Figura 29: Comando para adicionar o grupo maquinas. ... 31

Figura 30: Primeiro comando para adicionar a conta de máquina no domínio (zago, 2006a)... 32

(6)

Figura 31: Segundo comando para adicionar a conta de máquina no domínio

(zago, 2006a)... 32

Figura 32: Tela das propriedades do sitema ... 33

Figura 33: Tela do assistente para a identificação de rede. ... 34

Figura 34: Tela das opções de descrição do computador. ... 35

Figura 35: Tela das opções de escolha do tipo de rede do computador... 36

Figura 36: Tela de informações sobre a conta do usuário e o domínio. ... 37

Figura 37: Tela de informações sobre o domínio do computador. ... 38

Figura 38: Tela do nome de usuário e senha para o domínio... 38

Figura 39: Tela de informações sobre conta de usuário. ... 39

Figura 40: Tela de conclusão do assistente para a identificação da rede. ... 40

Figura 41: Script para cadastrar usuários no SAMBA, baseado em. ... 41

(7)

LISTA DE TABELAS

(8)

1. INTRODUÇÃO

O SAMBA é um serviço muito útil, tendo em vista a necessidade de compartilhamento de informações e sistemas de autenticação que possam integrar diferentes tecnologias, tais como: Windows e Linux. É comum encontrar-se redes que utilizam computadores com sistemas operacionais de plataformas diferentes, o serviço SAMBA vem se mostrando uma eficiente ferramenta para suprir a necessidades de grande parte dos administradores de redes, que sabem da importância da integração harmônica entre plataformas distintas em uma rede (CAMPOS, 2006).

O serviço SAMBA vem sendo implantado em ambientes antes dominados por plataformas da Microsoft, já que o serviço vem atendendo às necessidades e conquistando a confiança dos administradores de redes. Que adotam o SAMBA como solução para a integração de redes com plataformas diferentes, pois disponibiliza as funcionalidades necessárias para a comunicação de computadores com plataformas distintas em uma rede (CAMPOS, 2006).

O objetivo desse trabalho é apresentar a configuração de um servidor SAMBA, visando a construção de um manual de utilização que apresenta o como fazer e exemplos de utilização, apresentando, inclusive, os principais problemas encontrados e, quando possível, a solução dos mesmos. O manual englobará a visão geral do serviço, instruções para compartilhamento e autenticação de usuários, englobando também detalhes de segurança.

2. HISTÓRICO DO SAMBA

O SAMBA foi uma criação de um estudante de Ciência da Computação da Universidade Nacional Australiana, de Camberra na Austrália, Andrew Tridgell, que teve a iniciativa de fazer testes com o objetivo de montar um espaço em disco em seu PC, rodando o sistema operacional DOS, para um servidor com o sistema operacional Unix (HERTEL, 2001). Os primeiros testes para o acesso foram feitos com a utilização do sistema de arquivos NFS (Network File System). Entretanto, um dos aplicativos necessitava de suporte ao protocolo NETBIOS, que não era suportado pelo NFS.

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A saída encontrada por Andrew Tridgell foi desenvolver um sniffer, programa que captura o tráfego de dados na rede, para analisar os dados do protocolo NETBIOS. Em seguida, fez engenharia reversa no protocolo SMB (Server Message Block) e implantou o código no Unix. Isto é, através do seu programa sniffer, fez uma análise do protocolo NETBIOS para entender o seu funcionamento. A partir daí, criou um código que tinha as mesmas características do protocolo analisado e que era suportado pelas plataformas Unix e Windows (HERTEL, 2001).

Dessa forma, conseguiu que o sistema de arquivos do Unix fosse visualizado em seu PC, com a plataforma DOS/Windows, como um servidor de arquivos compartilhados. Em janeiro de 1992 Andrew Tridgell registrou seu trabalho. Após o projeto ser deixado de lado por alguns anos, Andrew Tridgell decidiu conectar o PC de sua esposa, com a plataforma DOS/Windows, em seu PC, com o Linux, para isso utilizou o código que resolveu o seu problema anterior (HERTEL, 2001). A partir daí, pensou-se na implementação de um serviço que realizasse essa ação de compartilhamento de recursos entre computadores com plataformas distintas.

Para dar nome ao serviço, Andrew Tridgell fez uma busca em dicionários à procura de uma palavra que fosse composta pelas letras s, m, b, fazendo referência ao protocolo SMB, que é utilizado pelo Windows e pelo Linux, então encontrou a palavra SAMBA (HERTEL, 2001).

3. VISÃO GERAL DO SAMBA

O SAMBA é um pacote de software que foi desenvolvido a partir da necessidade de interação entre as diferentes plataformas de sistemas operacionais, visando facilitar a vida dos administradores de rede, que nem sempre administram redes com tecnologias totalmente homogênias. O serviço SAMBA é um exemplo de software servidor livre que vem conquistando o mercado em larga escala, pela sua eficiência e por tudo o que oferece desde que foi desenvolvido em 1992 (CAMPOS, 2006).

Com o SAMBA é possível que máquinas com plataformas de sistemas operacionais diferentes, como estações Windows e servidores Linux, convivam em

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harmonia em uma rede. Isso é possível devido à capacidade do SAMBA de conseguir suportar o protocolo SMB, que é utilizado pelos sistemas operacionais da Microsoft para o compartilhamento de recursos, como impressoras, arquivos, entre outros, em uma rede (CAMPOS, 2006).

Atualmente, os principais usuários do SAMBA são corporações de pequeno, médio e grande porte, como bancos, governos, escolas, entre outros. Isso se deve principalmente ao fato de se tratar de um software livre, dispensando as dispendiosas licenças cobradas em sistemas operacionais da Microsoft (TS & ECKSTEIN & COLLIER-MARROM, 2003).

O software livre tornou-se uma alternativa econômica, tendo em vista o modelo de licenciamento de software seguido atualmente, e uma solução para o problema dos softwares piratas existentes. Vários países como China, Índia e Brasil, pretendem adotar políticas de T.I. baseadas na implantação de softwares livres, e fomentar subsídios para indústrias de software que desenvolvem plataformas livres (GOBBI, 2003).

4. FUNCIONALIDADES

O SAMBA é um software que consegue oferecer grande parte das funcionalidades de servidores da Microsoft, com um alto grau de eficiência. Desde a sua criação, com o objetivo de atender a simples necessidades domésticas, foram acrescentadas várias funcionalidade ao SAMBA. Atualmente, esse serviço possibilita aos seus usuários ter em mãos uma ótima ferramenta para a execução de tarefas de administração de redes. Dentre as diversas soluções oferecidas pelo SAMBA, destacam-se o compartilhamento de sistemas de arquivos, impressoras e até mesmo tarefas complexas, como autenticação e controle de domínio em redes mistas (MORIMOTO, 2005a).

Com o servidor SAMBA devidamente instalado e configurado, é possível o compartilhamento de recursos (impressoras, arquivos) com clientes Windows, ligados em rede. Através do compartilhamento, o servidor se comporta como se fosse uma estação Windows na rede. No caso de ser configurado como um controlador primário de

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domínio (PDC), o servidor SAMBA realiza a autenticação de usuários em estações clientes Windows. Toda a manipulação necessária de usuários cadastrados é feita de forma centralizada em um único arquivo, no qual se encontram as configurações do servidor (MORIMOTO, 2005b).

5. SAMBA NO LINUX FEDORA 5

Para a implantação do serviço SAMBA é necessária a configuração do servidor SAMBA, que para o correto funcionamento da comunicação entre o servidor SAMBA e o cliente devem ser observados alguns pré-requisitos inerentes. A rede deve estar corretamente instalada e configurada, e as estações clientes devem utilizar o protocolo TCP/IP (VERVLOET & BERGER, 2003).

O SAMBA já vem vinculado às distribuições mais recentes da plataforma Linux, tais como: Conectiva, RedHat, Mandrake, Debian, TechLinux e Suse ( ZUCARINO, 2006a). Esse manual foi elaborado e testado para o Fedora Core 5 e provavelmente a configuração vai funcionar na maioria das distribuições Linux, mas isso não foi testado.

Antes de visualizar as configurações e testes no servidor SAMBA, se faz necessário a verificação\instalação do pacote SAMBA, ativação do servidor SAMBA e manipulação de usuários no SAMBA.

5.1. Verificação\Instalação do pacote SAMBA

Passo 1: Primeiramente deve ser observado se o pacote SAMBA está instalado no servidor. Para que tal verificação possa ser realizada é necessário executar a seguinte instrução:

# rpm –q samba

Obs.: caso o pacote SAMBA estiver corretamente instalado, o comando retornará a versão do pacote SAMBA.

Passo 2: Esse passo só deve ser realizado caso o pacote não esteja instalado, que é a instalação do pacote, com o comando:

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# rpm –ivh samba-versão

Obs.: Esse pacote pode ser encontrado no CD 2 do Fedora Core 5, em Fedora/RPMS. Além disso, pode ser feito o download do pacote pela Internet na página oficial do SAMBA: http://us3.SAMBA.org/SAMBA/ ou na página do Fedora: http://fedora.redhat.com/Download/.

5.2. Ativação do servidor SAMBA

Passo 1: Depois de instalado o pacote SAMBA, deve-se ativar o serviço.

# service smb start

Obs.: Para que não exista necessidade de sempre iniciar o serviço com o comando start, deve-se acrescentar a execução service smb restart no final do arquivo /etc/rc.d que está localizado dentro do diretório /etc/rc.d. Dessa forma, o serviço SAMBA é reiniciado automaticamente toda vez que o servidor for iniciado.

Passo 2: Após iniciado o serviço, a situação atual do status do serviço no servidor pode ser verificada com a seguinte instrução.

# service smb status

Obs.: caso o servidor SAMBA estiver ativo, o comando retornará uma mensagem que o serviço esta rodando. Caso não esteja ativo retornará uma mensagem que o serviço esta parado.

Obs.2: para que qualquer alteração feita na configuração do arquivo smb.conf do SAMBA seja devidamente atualizada, deve-se reiniciar o serviço com o comando.

# service smb restart.

5.3. Manipulação de usuários no SAMBA

O SAMBA trabalha sobre os usuários do sistema, desta forma, os usuários do SAMBA devem ser previamente criados no Linux.

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Passo 1: Inserir usuários no Linux:

# adduser <nomeusuario> Passo 2: Adicionar\Aterar senha usuários no Linux:

# passwd <nomeusuario>

Passo 3: Adicionar usuários no SAMBA e atribuir uma senha ao mesmo (SILVA, 2006g):

# smbpasswd –a <nomedousuario>

Obs.: o usuário deve primeiro ser cadastrado no Sistema, para só então ser inserido no SAMBA.

Passo 4: Alterar senha de um usuários do SAMBA:

# smbpasswd <nomedousuario>

Por questão se segurança, aconselha-se a colocar uma senha diferente do Linux para os usuários do SAMBA.

5.4. Arquivo de Configuração - smb.conf

Após a instalação do pacote do SAMBA e a instalação do serviço, o servidor já se encontra pronto para ser configurado.

Todas as configurações do SAMBA são feitas de forma centralizada no arquivo smb.conf, localizado em /etc/samba. O manual que está sendo confeccionado abrange somente configurações em modo texto, diretamente no arquivo smb.conf, mas existem formas de fazer essas configurações graficamente. Todas as ferramentas gráficas disponíveis trabalham sobre o arquivo smb.conf, com uma interface mais amigável para os usuários, tal como a SWAT.

O arquivo smb.conf é dividido em partes (seções), sendo que os parâmetros são agrupados por seção, para ser mais fácil a sua manipulação pelos usuários. Uma seção no arquivo de configuração smb.conf do SAMBA é especificada através de um nome

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entre colchetes []. As seções foram divididas em global, homes, profiles e printers, se necessário, pode-se acrescentar outras seções, sendo que cada seção descreve um serviço e os parâmetros definem os atributos dos serviços (FIGUEIREDO, 99).

Na seção global são especificados os parâmetros para as configurações que afetam o servidor SAMBA como um todo, fazendo efeito em todo o arquivo smb.conf. Os parâmetros da seção homes são de especificação das opções de acesso aos diretórios dos usuários, sendo que o diretório criado é disponibilizado apenas para seu dono, após a autenticação do usuário no servidor SAMBA. Os parâmetros da seção printers têm a função de disponibilizar as impressoras configuradas na rede via SAMBA. A seção profiles é composta por parâmetros que definem um perfil quando o servidor SAMBA é utilizado como PDC de domínio. Através dos profiles os usuários utilizam o mesmo perfil para a autenticação em qualquer máquina da rede (SILVA, 2006h).

6. COMPARTILHAMENTO DE ARQUIVOS NO SAMBA

Para a configuração do servidor SAMBA para o compartilhamento de arquivos são necessárias somente alterações nas seções homes e global, sendo que o passo a passo para a configuração dos compartilhamentos é apresentado no decorrer do texto. Todos os passos apresentados são para a configuração do compartilhamento de arquivos em um servidor SAMBA com a distribuição Fedora Core 5 da plataforma Linux , que podem ser acessados por máquinas Windows ou Linux.

6.1. Seção Global

Para a configuração do SAMBA para o compartilhamento de arquivos, serão abordados somente os principais parâmetros da seção global. A seção global é composta por muitos outros parâmetros de configuração referentes a outras funcionalidades que podem ser disponibilizadas pelo serviço SAMBA.

Os parâmetros que compõem a seção global do arquivo smb.conf do SAMBA, os parâmetros globais, afetam as configurações do servidor de modo geral, tendo efeito em todos os compartilhamentos implementados. Caso um parâmetro seja especificado para um determinado compartilhamento, e o mesmo já tenha sido definido na seção

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global, o que valerá para o acesso ao compartilhamento será a configuração definida para o compartilhamento (SILVA, 2006h).

Para uma melhor compreensão das configurações na seção global para o compartilhamento de arquivos no servidor SAMBA, a seguir serão apresentados os passos de forma detalhada das configurações necessárias na seção.

Passo 1: Definição do parâmetro workgroup, que define o nome do grupo ou domínio do servidor Linux na rede. Se for escolhida a opção grupo, como é o caso adotado nesse exemplo, no Windows é criado um grupo denominado Grupo. A figura 1 apresenta o trecho do smb.conf referente ao parâmetro em questão(SILVA, 2006i).

workgroup = grupo

Figura 1: Definição do parâmetro workgroup no arquivo smb.conf.

Passo 2: Definição da descrição que aparecerá junto com o nome do servidor Linux, no cliente (SILVA, 2006i).

server string = ServerSamba

Figura 2: Definição do parâmetro server string no arquivo smb.conf.

Passo 3: Definição do nível de segurança para o acesso ao servidor SAMBA (SILVA, 2006b).

security = user

Figura 3:Definição do parâmetro security no arquivo smb.conf.

Se a opção escolhida for user, é exigida a autenticação do usuário para o acesso ao servidor Linux.

security = share

Figura 4: Definição do parâmetro security no arquivo smb.conf.

Caso seja escolhida a opção share, como mostra a figura 4, o usuário não precisa se autenticar para acessar o servidor, só será solicitada autenticação para os recursos compartilhados não públicos (ZUCARINO, 2006).

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Depois de realizada a configuração dos parâmetros workgroup, server string e security, após reiniciar o servidor, o mesmo se encontra disponível na rede.

6.2. Seção Homes

Nesta seção são definidas as informações individuais pertencentes a cada compartilhamento configurado no servidor SAMBA. É possível compartilhar vários recursos de uma máquina na plataforma Linux com máquinas na plataforma Windows, tais como diretórios, arquivos e impressoras, atribuindo um nome ao recurso compartilhado para a sua identificação na rede (ZUCARINO, 2006).

Para compartilhar um diretório em um servidor SAMBA, deve-se primeiramente criar o mesmo no sistema. Ao criar o diretório no sistema são atribuídas permissões de acesso ao mesmo, e são essas permissões que prevalecem independente dos parâmetros especificados no SAMBA para o compartilhamento. Por exemplo, se for atribuída permissão somente de leitura em um diretório no sistema, mesmo que no smb.conf tenha sido definido permissão de escrita para o compartilhamento, o que vai prevalecer é a permissão concebida pelo sistema, ou seja, não será possível alterar o conteúdo do diretório nas máquinas remotas.

A tabela 1 apresenta os parâmetros mais utilizados para a configuração dos compartilhamentos.

Tabela 1: principais parâmetros de compartilhamento (ZUCARINO, 2006).

Parâmetro Descrição comment Comentário sobre o compartilhamento.

path Caminho do diretório que está sendo compartilhado.

writeable

Determina se será possível realizar ações de escrita (criar, modificar ou excluir arquivos ou diretórios) no compartilhamento.

Opções: yes ou no public / guest ok

Determina se será ou não permitido o acesso publico ao compartilhamento.

Opções: yes ou no browseable

Determina se o compartilhamento será ou não visível no Ambiente de Rede.

Opções: yes ou no valid users

Determina a relação dos usuários SAMBA que podem acessar o compartilhamento.

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valid list

Determina o grupo que pode acessar o compartilhamento, ou seja, todos os usuários do grupo indicado poderão acessar. Antes do nome do grupo deve ser colocado o @.

Exemplo: valid list = @group

write list

Define os usuários e/ou grupos com permissão de ações de escrita no compartilhamento.

Separe os nomes dos usuários/grupos por vírgula e para grupos utilize @ antes do nome do grupo.

Exemplo: write list = user1, user2, @group

read list Semelhante ao write list, mas define os usuários que terão permissão apenas de leitura.

force create mode

Diz ao SAMBA para forçar o tipo de permissão dos arquivos criados (o mesmo que usar o chmod). Esta permissão tem menor prioridade que os parâmetros write list e read list.

force directory mode O mesmo que force create mode, mas para os diretórios criados no compartilhamento.

admin users Indica quais são os usuários com permissao completa para o compartilhamento (permissão de root).

max connections Permite especificar o número máximo de conexões simultâneas ao compartilhamento.

max disk size

Permite especificar qual o limite de espaço em disco que o compartilhamento pode utilizar. Este valor é definido em Mb (megabytes).

A figura 5 apresenta um exemplo de compartilhamento que foi inserido no final do arquivo smb.conf, na seção homes. Nesse exemplo está sendo compartilhado a pasta “home” do usuário “ana”.

[ana]

path = /home/ana public = yes writable = no

Figura 5: Compartilhamento do diretório /home/ana.

Para o compartilhamento da figura 5 foi definido que o nome ana será o nome do compartilhamento visualizado na rede, podendo ser colocado outro nome qualquer, sem a necessidade de usar o mesmo nome do diretório compartilhado. Foi especificado que o compartilhamento é público e que os usuários não poderão fazer alterações no diretório, através dos parâmetros “public = yes” e “writable = no”, respectivamente.

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A figura 6 apresenta outro exemplo de compartilhamento, que foi inserido após o compartilhamento da figura 5. Nesse exemplo está sendo compartilhado a pasta “home” do usuário “joao”.

[Pessoal]

path = /home/joao public = no

writable = yes

valid users = joao, ana

Figura 6: Compartilhamento do diretório /home/joao.

Para o compartilhamento da figura 6 foi definido o nome Pessoal, sendo este o nome visualizado na rede. Foi especificado que o tipo de acesso não é público, que os usuários poderão fazer operações de escrita e que somente os usuários joão e ana podem ter acesso ao compartilhamento, através dos parâmetros “public = no”, “writable = yes”e “valid users = joao, ana”, respectivamente. Vale ressaltar que, para que os usuários ana e joão possam realizar alterações no diretório, deve ser atribuído permissão de leitura e escrita para os mesmos no sistema.

6.3. Testes Realizados

Para a exemplificação dos testes no servidor Linux, foi criado um diretório chamado compartilhamento dentro do diretório /home. Nesse diretório, foram inseridos dois subdiretórios, um subdiretório chamado publico, com o arquivo publico.txt, e outro subdiretório nao_publico, com o arquivo nao_publico.txt.

Ao serem criados todos os arquivos têm por padrão permissões delegadas pelo sistema, que são de leitura, escrita e execução para o dono do arquivo e permissão de leitura e execução para os demais usuários do sistema. No caso dos diretórios e arquivos criados o dono é quem cria os mesmos, mas pode existir mais de um dono, caso os demais usuários sejam pertencentes ao mesmo grupo do dono. Somente o dono dos diretórios e arquivos criados poderá realizar operações de escrita, independente dos parâmetros do compartilhamento.

Para o primeiro teste de compartilhamento, na seção global foi especificado share para o parâmetro security, dessa forma, o servidor não solicitará

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autenticação dos usuários para o acesso. Foi definido o tipo de acesso público para o diretório /home/compartilhamento/publico e que os usuários não poderão fazer qualquer tipo de operação de escrita no compartilhamento, definidos pelos parâmetros “public = yes” e “writable = no”, respectivamente. O nome do compartilhamento é “publico”, parâmetro “[publico]”. A figura 7 mostra esse compartilhamento no arquivo smb.conf.

[publico]

path = /home/compartilhamento/publico public = yes

writable = no

Figura 7: Compartilhamento feito no primeiro teste.

A seguir são apresentados testes de acesso aos compartilhamentos no servidor SAMBA em máquinas com a plataforma Windows.

Na figura 8 é mostrado como é visualizado o servidor SambaServer, definido pelo parâmetro “server string = SambaServer”, localizado em Grupo, que foi definido pelo parâmetro “workgroup = Grupo”, ambos na seção global. Como foi especificado o parâmetro “security = share”, não será necessário login e senha para o acesso ao Servidor.

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Figura 8: Tela que visualiza o servidor SambaServer.

A figura 9 apresenta a visualização dos compartilhamentos nao_publico e publico no

cliente Windows.

Figura 9: Tela que visualiza os compartilhamentos existentes no Servidor.

Na figura 10 é apresentado o arquivo publico, que está dentro do diretório do compartilhamento publico, especificado pelo parâmetro “path = /home/compartilhamento/publico” no Servidor. Como foi definido o

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parâmetro “public = yes”, não será necessário login e senha para acesso ao compartilhamento publico.

Figura 10: Tela com os recursos compartilhados do diretório publico.

A figura 11 apresenta a visualização do conteúdo do arquivo publico criado no compartilhamento publico no Servidor.

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Figura 11: Tela com o conteúdo do arquivo publico.

A figura 12 mostra o que acontece quando o usuário faz uma tentativa de alteração no diretório publico, como foi definido o parâmetro “writable = no”, a ação será vetada pelo serviço.

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Figura 12: Tela com a mensagem apresentada ao usuário, após a tentativa de alteração do arquivo.

Para o segundo teste de compartilhamento, foi definido um compartilhamento chamado não_publico para o diretório nao_publico. Na seção global foi especificado user para o parâmetro security, dessa forma, para acessar o servidor o usuário terá que se autenticar. O acesso ao diretório foi definido como não público, através do parâmetro “public = no”, sendo assim, necessariamente o usuário deverá se autenticar para acessar o diretório nao_publico, exceto se o usuário que realizou a autenticação anterior tenha permissão de acesso ao compartilhamento. Esse compartilhamento é mostrado na figura 13.

[nao_publico]

path = /home/compartilhamento/nao_publico writeable = yes

public = no

Figura 13: Compartilhamento usado no segundo teste.

A figura 14 apresenta a visualização do servidor SambaServer, definido pelo parâmetro “server string = SambaServer”, localizado em Grupo definido pelo parâmetro “workgroup = Grupo”, ambos na seção global.

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Figura 14:Tela que visualiza o servidor SambaServer.

A figura 15 apresenta a visualização da tela de autenticação do usuário para o acesso ao Servidor. Como foi especificado o parâmetro “security = user”, será necessária autenticação para o acesso ao Servidor.

Figura 15: Tela de autenticação do usuário para acesso ao Servidor.

Na figura 16 são apresentados os compartilhamentos nao_publico e publico, como são visualizados no cliente. Como foi definido o parâmetro “public = no”, será necessário login e senha para o acesso ao compartilhamento nao_publico.

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Figura 16: Tela que visualiza os compartilhamentos existentes no Servidor

6.4. Problemas encontrados e Soluções para os Mesmos

Durante a implantação da funcionalidade de compartilhamento de arquivos no SAMBA, foram verificados alguns problemas: “Negação" de Acesso aos Compartilhamentos e um Problema de Acesso no XP. No primeiro era possível o acesso ao servidor, mas não era possível o acesso aos compartilhamentos e no segundo quando era definido o tipo de acesso a um compartilhamento como não publico, não era ativado o campo de autenticação nome de usuário no XP.

6.4.1. "Negação" de Acesso aos Compartilhamentos

Na realização dos testes na máquina em que será realizada a implantação do servidor, denominada ServerSamba, foi encontrado o problema de negação de acesso aos compartilhamentos e em uma outra máquina denominada ServerLarc com as mesmas configuração o serviço funcionava corretamente.

6.4.1.1. Problema

Após feitas as configurações necessárias para o compartilhamento de arquivos no servidor SAMBA, era possível o acesso ao Servidor, com a exigência de

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autenticação ou sem a exigência de autenticação (de acordo com a configuração do parâmetro security), mas não era possível acessar o compartilhamento feito. A figura 17 apresenta a mensagem de erro apresentada na máquina cliente Windows (tanto XP quanto 2000).

Figura 17: Tela apresentada nas tentativas de acesso aos compartilhamentos.

6.4.1.2. Motivo do Problema

Após vários testes e pesquisa, descobriu-se que o SELinux estava ativo em algumas máquinas e outras não, sendo que o problema de acesso aos compartilhamentos ocorria nas máquinas em que o mesmo se encontrava ativo. Por esse motivo na máquina denominada ServLarc, na qual o SELinux não estava ativo, as configurações foram feitas e todos os compartilhamentos foram acessados sem problemas.

O SELinux (Security Enhanced Linux) é um serviço que fornece políticas de segurança ao sistema operacional Linux Fedora Core 5. Essas políticas limitam as ações dos usuários e programas, fornecendo proteção contra acesso não autorizado (ELLIS & FRIELDS, 2005). Vale ressaltar que, as políticas de segurança do SELinux devem ser implementadas de forma direcionadas, sendo que, políticas inflexíveis podem causar problemas na utilização do sistema pelos usuários, um exemplo foi o problema

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com o acesso às pastas compartilhadas pelo servidor SAMBA. Por padrão, o sistema utiliza políticas de segurança que afetam somente serviços de rede.

6.4.1.3. Solução

Através de pesquisas na Internet, foram encontradas duas soluções: desabilitar o SELinux para todo o servidor Linux; ou desabilitar o serviço especificamente para o serviço SAMBA (GASPARETTO, 2006). Foi escolhida a opção de desabilitar o serviço somente para o Samba, pois se fosse adotada a outra possibilidade o sistema ficaria totalmente desprovido da segurança do SELinux. Para a solução do problema foi necessária a execução dos comandos mostrados na figura 18. O primeiro desabilita o serviço SELinux para o SAMBA e o segundo reinicia o serviço SAMBA.

# setsebool -P smbd_disable_trans 1 # service smb restart

Figura 18:Comandos executados no servidor.

6.4.1.4. Testes

Após ter sido encontrada a solução para o problema de acesso aos compartilhamentos, o serviço SAMBA foi configurado em algumas máquinas, como servidor, para a execução de testes de acesso. Ao desabilitar o SELinux para o SAMBA, em todos os testes realizados os compartilhamentos foram acessados normalmente pelos clientes. A partir daí, foram refeitas as configurações do serviço SAMBA na máquina ServerSamba, que é o servidor de implantação do projeto.

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7. CONFIGURAÇÃO DO SAMBA COMO CONTROLADOR

PRIMÁRIO DE DOMÍNIO (PDC)

7.1. Visão Geral Controlador de Domínio

Um controlador de domínio é uma máquina central que armazena dados e gerencia as diversas interações existentes entre usuários e o domínio em uma rede, incluindo processos de logon de usuário, autenticação e acesso a diretórios. Com o um servidor de domínio o acesso é realizado de forma centralizada, sendo possível utilizar o nível de acesso por usuários nas máquinas, definindo quais usuários ou grupos terão acesso (CORPORATION, 2005).

Dentre as diversas funcionalidades que o serviço SAMBA oferece, certamente, a possibilidade de atuar como PDC em uma rede destaca-se como uma das mais importantes. Com o serviço SAMBA configurado como PDC em um servidor Linux, é possível a integração em um ambiente de rede de máquinas com plataformas diferentes, tais como Windows e Linux, que se autenticam sob o domínio do SAMBA (CORPORATION, 2005).

7.2. Configuração do arquivo smb.conf

Para a configuração do servidor SAMBA como PDC foram realizadas alterações nos principais parâmetros da seção global do arquivo smb.conf, localizado em /etc/samba, o passo a passo para a configuração é apresentado no decorrer do texto. A seção global é composta por muitos outros parâmetros de configuração referentes a outras funcionalidades de controlador de domínio, que podem ser disponibilizadas pelo servidor SAMBA. Todos os passos apresentados a seguir são para a configuração do servidor SAMBA com a distribuição Fedora Core 5 da plataforma Linux.

Passo 1: Definição do parâmetro workgroup, referente ao nome do grupo ou domínio do servidor Linux na rede, no caso é o nome do domínio definido como domainmac (SILVA, 2006b). A figura 19 apresenta o trecho do smb.conf referente ao parâmetro em

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questão. Vale ressaltar o fato de que esse parâmetro é o mesmo que foi configurado para o compartilhamento de arquivos descrevendo o servidor Linux na rede.

workgroup = domainmac

Figura 19: Definição do parâmetro workgroup no arquivo smb.conf.

Passo 2: Definição do parâmetro server string, o qual tem a função de descrever o servidor para toda a rede (SILVA, 2006b).

server string = ServerSamba

Figura 20: Definição do parâmetro server string no arquivo smb.conf.

Passo 3: Definição do parâmetro security, requerido para controle de acesso por domínio, já que é utilizado o controle de acesso local com usuários e grupos. A atribuição do valor yes ao parâmetro security é necessário, devido a exigência de autenticação dos usuários para acesso ao servidor PDC (SILVA, 2006b).

security = user

Figura 21: Definição do parâmetro security user no arquivo smb.conf.

Passo 4: Definição da conta de administrador do domínio através do parâmetro admin users(SILVA, 2006a). A figura 22 ilustra a especificação do usuário grj como administrador do domínio.

admin users = grj

Figura 22: Definição do parâmetro admin users para um usuário.

A conta de administrador do domínio tem permissão para a realização de operações de manutenção e administração de máquinas do domínio. Com uma conta de administrador do domínio, entre outras coisas, pode-se adicionar e remover máquinas do domínio. Também podem ser definidos grupos com permissão de administrador do domínio para os seus respectivos usuários cadastrados no mesmo, como mostra a figura 23.

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Figura 23: Definição do parâmetro admin users para um grupo.

Passo 5: Especificação do parâmetro domain logons, que quando definido o valor yes para o mesmo, tem a função de definir que o servidor SAMBA será usado para realização de logons no domínio e automaticamente tentará ser o PDC. Se for atribuído o valor no para o parâmetro, o login na rede não será validado (SILVA, 2006c).

domain logons = yes

Figura 24: Definição do parâmetro domain logons no arquivo smb.conf.

Passo 6: Especificação do parâmetro local master, que define se o servidor participará (yes) ou não (no) de eleições para navegador local do grupo de trabalho(SILVA, 2006e).

local master = yes

Figura 25: Definição do parâmetro local masterno arquivo smb.conf.

Automaticamente quando uma máquina entra em uma rede, ela solicita quem é o local master browser. Vence a eleição quem tiver o “maior número”, definido pelo parâmetro os level (nível do sistema operacional), se houver empate são utilizados outros critérios.

Passo 7: Especificação do parâmetro domain master, que define que a máquina está sendo configurada como servidor de domínio da rede(SILVA, 2006b).

domain master = yes

Figura 26: Definição do parâmetro domain masterno arquivo smb.conf.

Passo 8: Especificação do parâmetro preferred master, que define se o servidor terá ou não vantagens de ganhar uma eleição local. Isso garante ao servidor algumas vantagens para ganhar a eleição caso aconteça desempate por critérios (SILVA, 2006e).

preferred master = yes

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Passo 9: A figura 28 apresenta os comandos necessários para a ativação do servidor SAMBA para o suporte a senhas criptografadas (SILVA, 2006d).

encrypt passwords = yes

smb passwd = /etc/samba/smbpasswd

Figura 28: Definição dos comandos para ativação de senhas criptografadas

A utilização de senhas criptografadas é um requisito muito importante ao configurar o SAMBA como um servidor PDC. Através da criptografia as senhas trafegam de maneira mais segura na rede, dificultando a captura das mesmas por outras pessoas. Após fazer qualquer alteração no arquivo smb.conf, é recomendado utilizar o comando testparm, que faz uma verificação da sintaxe e indica erros de configuração. Se o servidor SAMBA estiver sido configurado como PDC, o retorno do comando deve apresentar a seguinte mensagem: “Server role: ROLE_MAIN_PDC”. Se houver algum erro de configuração o comando retorna o erro, nesse caso deve-se rever as configurações feitas no smb.conf (SILVA, 2006f).

7.3. Criando contas de máquinas no domínio

Para que as máquinas clientes se autentiquem no servidor de domínio SAMBA, é necessário que essas sejam cadastradas no servidor SAMBA. Existem duas maneiras de cadastrar as máquinas clientes no servidor, manual e automática. A seguir são apresentados os comandos para a configuração de forma manual da conta da máquina no domínio.

Passo 1: Primeiramente, deve ser criado um grupo no qual as máquinas serão cadastradas para se autenticarem sob o domínio do SAMBA (ZAGO, 2006a).

A figura 29 apresenta o comando groupadd, que é necessário para a criação do grupo maquinas, no qual as máquinas clientes do domínio do SAMBA serão inseridas.

# groupadd maquinas

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Depois de criado o grupo para a inserção das máquinas, devem ser executados dois comandos, passos 2 e 3, para finalizar o processo de criação da conta de maquina no SAMBA.

Passo 2: A figura 30 apresenta o primeiro comando necessário para a criação de uma conta de máquina no domínio e tornar a mesma parte do grupo maquinas. Com esse comando é criada a conta de máquina no arquivo /etc/passwd. O comando visualizado na figura 30, executado no servidor, cria a conta da maquina net no grupo maquinas. È necessário à especificação do caracter $ logo após o nome da máquina para criar a conta (SILVA, 2006f).

# adduser -g maquinas -s /dev/null -d /dev/null net$

Figura 30:Primeiro comando para adicionar a conta de máquina no domínio (ZAGO,

2006a).

Passo 3: A figura 31 apresenta o segundo comando necessário para a criação de uma conta de máquina no domínio. Com esse comando é criada a conta de máquina no arquivo /etc/samba/smbpasswd. Não é necessário especificar $ no final do nome da máquina (SILVA, 2006f).

# smbpasswd -a -m net

Figura 31:Segundo comando para adicionar a conta de máquina no domínio (ZAGO,

2006a).

7.4. Configuração do cliente - Máquina Windows

Depois de feitas as devidas configurações no servidor SAMBA para executar a funcionalidade de controlador de domínio, a próxima etapa a ser executada é a configuração do cliente para a autenticação sob o domínio do servidor SAMBA.

Recomenda-se que sejam realizados testes entre o cliente e o servidor para verificar se a comunicação está acontecendo corretamente, isso pode ser feito executando o comando ping (ZAGO, 2006a). Se não for verificado problema de comunicação, então a rede está funcionando corretamente.

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As configurações descritas a seguir para configuração das máquinas clientes para a autenticação sob o domínio do SAMBA foram realizadas em clientes Windows 2000 e XP, sendo que em outras versões da plataforma Windows as configurações não foram testadas. A configuração necessária no cliente para autenticar no domínio do servidor SAMBA é feita basicamente nas propriedades do sistema. Vale ressaltar que, para realizar as configurações no cliente é necessário estar logado como administrador.

7.4.1. Configurações em propriedades do sistema

Passo 1: Acessar as propriedades do sistema, para isso deve-se clicar com o botão auxiliar em “Meu computador”, e logo após em propriedades. A Figura 32 apresenta as propriedades do sistema, para iniciar as configurações acessar a aba “Nome do computador” e pressionar “ID de rede” (ZAGO, 2006b).

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Passo 2: A figura 33 apresenta a visualização do assistente para a identificação de rede, que é o ponto de partida para a inserção do cliente no domínio. Para seguir em frente com a configuração basta pressionar <AVANÇAR>.

Figura 33: Tela do assistente para a identificação de rede.

Passo 3: A figura 34 apresenta a tela para a escolha da opção que melhor descreve o computador. Para continuar a configuração, selecionar “Este computador faz parte de uma rede corporativa e o utilizo para conecta-me a outros computadores no trabalho” e pressionar <AVANÇAR >.

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Figura 34: Tela das opções de descrição do computador.

Passo 4: A figura 35 visualiza mostra a tela para a escolha da rede que vai ser utilizada. Para informar que a máquina faz parte de um domínio, selecionar “Minha empresa usa uma rede com um domínio”, pressionar <AVANÇAR>.

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Figura 35: Tela das opções de escolha do tipo de rede do computador.

Passo 5: A figura 36 apresenta a tela de informações sobre a conta do usuário e o domínio. Preencher o campo nome de usuário com um usuário cadastrado no SAMBA e o domínio com o nome que foi especificado para o parâmetro workgroup, neste caso domainmac, no arquivo smb.conf do servidor SAMBA. Depois, pressionar <AVANÇAR >.

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Figura 36: Tela de informações sobre a conta do usuário e o domínio.

Passo 6: A figura 37 ilustra a tela de informações sobre o domínio do computador. Preencher o campo nome do computador com o nome da máquina cliente e domínio do computador com o domínio definido para o servidor SAMBA, como já foi descrito anteriormente. Depois, pressionar < AVANÇAR >.

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Figura 37: Tela de informações sobre o domínio do computador.

Passo 7: A figura 38 apresenta a tela com os campos nome de usuário, que deve ser preenchido com um usuário que tenha permissão de administrador do domínio do servidor SAMBA, lembrando que essa permissão é dada no arquivo smb.conf, através da especificação do parâmetro admin users = grj. O campo Domínio deve ser preenchido conforme foi especificado o parâmetro workgroup no smb.conf do servidor SAMBA, no caso domainmac. Por fim, pressionar < OK >.

(39)

Passo 8: Na figura 39 é apresentada a tela que fornece a opção para adicionar um usuário do SAMBA no cliente. Fica a cargo do administrador do domínio adicionar ou não um usuário no cliente, pressionar < AVANÇAR >.

(40)

Passo 9: Na figura 40 é apresentada a tela final do Assistente para a identificação da rede.

Figura 40: Tela de conclusão do Assistente para a identificação da rede.

O computador deve ser reinicializado para que as alterações tenham efeito. Após a reinicialização a máquina se encontra no domínio domainmac do servidor SAMBA. Foram realizados testes de acesso ao servidor SAMBA com usuários cadastrados, assim como também com usuários não cadastrados, todos os testes foram executados com êxito.

8. IMPLEMENTAÇÃO DE SCRIPTS NO SAMBA

Para facilitar o trabalho dos administradores de rede podem ser desenvolvidos scripts, que nada mais são que trechos de códigos que ao serem executados realizam as ações indicadas nos mesmos. Com a utilização de scripts no servidor SAMBA podem ser executadas tarefas como: cadastro, exclusão, alteração de usuários no servidor SAMBA, entre outras.

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Na figura 41 é apresentado um script para inserção de usuários no servidor SAMBA.

1 #/bin/bash

2 echo –n “informe o novo usuario” 3 read user

4 if [-d /home/$user] ; then

5 echo “usuário já cadastrado”

6 Sleep 2

7 else /usr/sbin/adduser –s /bin/false $user

8 smbpasswd –a $user

9 echo “usuario cadastrado”

10 Sleep 2

11 fi;

Figura 41: Script para cadastrar usuários no SAMBA (MENESES, 2006).

Ao executar o script apresentado na figura 41, chamando o nome do arquivo que contém o código apresentado, primeiro será solicitado o nome do usuário a ser inserido, que será guardado na variável chamada user, linhas 2 e 3, respectivamente. Depois, é feita uma verificação, sendo que se o usuário existe é apresentada uma mensagem informativa, caso contrário o usuário é inserido no SAMBA, das linhas 4 até 11.

A figura 42 apresenta o script que lista os usuários cadastrados no SAMBA. 1 #/bin/bash

2 clear

3 echo –n “Usuários cadastrados no SAMBA:”

4 cut: -d: -f1 /etc/samba/smbpasswd | sort | more

Figura 42: Script para visualizar usuários no SAMBA (PENHA, 2006).

Na execução do código apresentado na figura 42, a tela do terminal é limpa e é mostrada na tela a mensagem “Usuários cadastrados no SAMBA”, linhas 2 e 3. O comando da linha 4 lista na tela todo o conteúdo do arquivo smbpasswd, que contém as informações dos usuários cadastrados no SAMBA.

Neste documento foram apresentados apenas dois scripts, para apresentar uma visão geral de como construí-los. Vários outros podem ser implementados e, também, utilizados para a construção de uma aplicação que automatize várias funções do administrador.

(42)

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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