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Projeto integrador. A importância do uso de pluviômetros. Justificativa. Conexão com: Geografia, Ciências e Matemática.

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Academic year: 2021

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Projeto integrador

A importância do uso de pluviômetros

 Conexão com: Geografia, Ciências e Matemática.

 Líder do desenvolvimento do projeto: professor de Matemática.

Neste projeto os alunos pesquisarão sobre as causas e os riscos de alguns desastres naturais no Brasil causados pelas chuvas. Os alunos acompanharão diariamente durante um mês o volume de precipitação na região em que fica a escola. Esse contato com a elaboração, coleta de dados e análise do experimento, mediado pelo professor, possibilita a observação sistemática do fenômeno. Assim, os alunos terão condições de formular hipóteses e realizar interpretações sobre o mesmo. Poderão comparar os dados coletados com a tabela de índice pluviométrico da cidade em que residem, e, consequentemente, estimar o quanto se espera de chuva naquele mês, desde a primeira medição. Por fim, podem buscar soluções para atenuar problemas socioambientais e divulgar essas informações para a comunidade a fim de conscientizar as pessoas do papel transformador que têm.

Justificativa

Explorar os fenômenos estatísticos, sociais e ambientais de maneira associada pode favorecer a compreensão dos alunos dos fenômenos em si e contribuir para que se percebam como agentes transformadores da sociedade.

Compreender os principais conceitos relacionados ao tempo atmosférico (calor, temperatura, pressão, comportamento dos gases, umidade relativa do ar) dão suporte para que eles consigam analisar os dados e levantar hipóteses sobre quais fatores influenciam nas condições de tempo local.

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Com isso, o trabalho pretendido com este projeto favorece o desenvolvimento do pensamento crítico-reflexivo sobre as práticas humanas e a interferência no meio ambiente, apontando problemas como enchentes de deslizamentos decorrentes das ações humanas e, por isso, torna-se necessário discuti-las a fim de transcender tais problemas.

Objetivos

 Perceber questões socioambientais relacionadas a desastres naturais e ocupações irregulares.

 Debater a necessidade de políticas sociais.

Competências e habilidades

Competências desenvolvidas

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a

investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a

consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em

princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

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Habilidades relacionadas* Geografia

(EF07GE01) Avaliar, por meio de exemplos extraídos dos meios de comunicação, ideias e estereótipos acerca das paisagens e da formação territorial do Brasil. Ciências

(EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados por catástrofes naturais ou mudanças nos componentes físicos, biológicos ou sociais de um ecossistema afetam suas populações, podendo ameaçar ou provocar a extinção de espécies, alteração de hábitos, migração etc.

Matemática

(EF07MA29) Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de grandezas inseridos em contextos oriundos de situações cotidianas ou de outras áreas do conhecimento, reconhecendo que toda medida empírica é aproximada.

(EF07MA35) Compreender, em contextos significativos, o significado de média estatística como indicador da tendência de uma pesquisa, calcular seu valor e relacioná-lo, intuitivamente, com a amplitude do conjunto de dados.

(EF07MA36) Planejar e realizar pesquisa envolvendo tema da realidade social, identificando a

necessidade de ser censitária ou de usar amostra, e interpretar os dados para comunicá-los por

meio de relatório escrito, tabelas e gráficos, com o apoio de planilhas eletrônicas.

*A ênfase nas habilidades aqui relacionadas varia de acordo com as atividades desenvolvidas no projeto.

O que será desenvolvido

Após a construção do pluviômetro e o monitoramento das precipitações durante o mês, os alunos elaborarão planilhas eletrônicas, gráficos e tabelas das análises relativas ao

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com a tabela de índice pluviométrico poderão analisar gráficos de distribuição pluviométrica. A partir dos dados, irão discutir sobre enchentes e deslizamentos de terra ou outros problemas decorrentes das chuvas (como a necessidade de racionamento de água), que ocorrem em determinadas épocas do ano, especialmente em áreas de serras desmatadas para ocupação humana, por meio de medidas de conscientização da população e de políticas públicas voltadas à construção de moradias populares.

Materiais

 Computadores com acesso à internet, planilhas eletrônicas e editor de textos instalados.  Impressora.

 Material para construir um pluviômetro.

Etapas do projeto

Cronograma

 Tempo de produção do projeto: 1 mês e meio/6 semanas/2 aulas por semana.  Número de aulas sugeridas para o desenvolvimento das propostas: 12.

Aulas 1, 2 e 3: Construção do pluviômetro

A partir de algumas notícias regionais sobre problemas urbanos relacionados à chuva, como enchentes, deslizamentos ou falta de água, promover uma discussão com os alunos a fim de que eles se posicionem e pesquisem sobre as principais causas desses problemas. A seguir, algumas indicações que podem ser exploradas.

 CENTRO NACIONAL DE MONITORAMENTO E ALERTAS DE DESASTRES NATURAIS. Pluviômetros nas comunidades. Disponível em: <www.cemaden.gov.br/pluviometros-nas-comunidades/>. Acesso em: 26 out. 2018.

 PREFEITURA DE VITÓRIA. Pluviômetros ajudam comunidades e Defesa Civil a monitorar

desastres naturais. Disponível em: <www.vitoria.es.gov.br/noticia/pluviometros-ajudam-comunidades-e-defesa-civil-a-monitorar-desastres-naturais-16118>. Acesso em: 26 out. 2018.

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 PREFEITURA DE VITÓRIA. Pluviômetros e voluntários ajudam Defesa Civil a monitorar desastres naturais. Disponível em:

<www.vitoria.es.gov.br/noticia/pluviometros-e-voluntarios-ajudam-defesa-civil-a-monitorar-desastres-naturais-16321>. Acesso em: 26 out. 2018.

Após realizarem a pesquisa, explicar a utilidade e o funcionamento de pluviômetros e propor a construção de um. Explicar como se dá o cálculo do volume de chuva a partir da altura da coluna de água no pluviômetro e auxiliar os alunos na construção do aparelho. Pode-se indicar que pesquisem mais sobre como construir e/ou como funciona o pluviômetro em vídeos disponibilizados na internet. A seguir, estão indicadas duas sugestões para a construção do pluviômetro.

 MANUAL DO MUNDO. Como fazer um pluviômetro, o medidor de chuvas (experiência). Disponível em: <www.manualdomundo.com.br/2014/01/como-fazer-um-medidor-de-chuvas-o-pluviometro/>. Acesso em 26 out. 2018.

 NOVA ESCOLA. Como construir um pluviômetro. Disponível em:

<https://novaescola.org.br/conteudo/3300/como-construir-um-pluviometro>. Acesso em: 26 out. 2018.

Com o pluviômetro construído, orientar sobre como posicioná-lo no pátio da escola. É importante que o local escolhido seja plano, aberto e distante de obstáculos como paredes, casas, prédios, árvores que impeçam a água de atingi-lo. Organizar a turma, dividindo os alunos em grupos, os quais serão responsáveis pelas coletas dos dados nas próximas semanas. Cada grupo deve construir um quadro para registrar as medições diárias da precipitação. Observe um modelo.

Precipitação de chuva na região da escola

Dia da coleta 1 2 3 4 5 6 ... Precipitação (mm) 0 2 5 0 3 0 ...

Aulas 4 a 8: Explorando os problemas relacionados às chuvas

Organizar os alunos em grupos e disponibilizar algumas notícias cujo contexto seja os problemas relacionados à chuva: seca, enchentes, deslizamentos de terra etc. Direcionar a

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planejamento das cidades. Dependendo do contexto da região em que a escola se localiza, pode-se dar ênfase ao problema da falta de chuva, das secas e/ou do racionamento de água.

Nesta conversa, discutir questões como: ocupação irregular de áreas de risco, ausência de área de mata nas cidades, que dificulta ou impede a absorção de água pelo solo e reposição da água dos lençóis freáticos, o planejamento das cidades e construções próximas a rios, a ocorrência de enchentes relacionada a problemas de limpeza urbana (com o lixo entupindo os bueiros coletores de águas pluviais) etc.

A seguir, algumas sugestões de notícias que podem direcionar a conversa e o debate.  AGÊNCIA IBGE. Desastres naturais: 59,4% dos municípios não têm plano de gestão de

riscos. Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012- agencia-de-noticias/noticias/21633-desastres-naturais-59-4-dos-municipios-nao-tem-plano-de-gestao-de-riscos>. Acesso em: 26 out. 2018.

 AGÊNCIA IBGE. Estudo inédito mostra moradores sujeitos a enchentes e deslizamentos. Disponível em:

<https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/

noticias/21566-estudo-inedito-mostra-moradores-sujeitos-a-enchentes-e-deslizamentos>. Acesso em: 26 out. 2018.

 CENTRO NACIONAL DE MONITORAMENTO E ALERTAS DE DESASTRES NATURAIS. Mapa interativo. Disponível em: <www.cemaden.gov.br/mapainterativo/>. Acesso em: 26 out. 2018.

 CENTRO NACIONAL DE MONITORAMENTO E ALERTAS DE DESASTRES NATURAIS. Riscos geo-hidrológicos. Disponível em: <www.cemaden.gov.br/categoria/riscos-geo-hidrologicos/>. Acesso em: 26 out. 2018.

 EPOCA. Deslizamentos e enchentes: culpar as chuvas mais uma vez? Disponível em: <https://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2016/03/

deslizamentos-e-enchentes-culpar-chuvas-mais-uma-vez.html>. Acesso em: 26 out. 2018.  SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA. UFSCar. Geólogo discute

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<www.sbpc.ufscar.br/news/geologo-discute-solucoes-para-enchentes-e-deslizamentos-no-brasil>. Acesso em: 26 out. 2018.

Durante essas aulas é necessário que os alunos acompanhem os registros da precipitação que ocorre na região da escola e, dia a dia, comparem com os dados da tabela de índice pluviométrico da cidade, o que pode ser obtido em páginas da internet de meteorologia ou em órgãos públicos do município.

Além disso, é importante que realizem pesquisas sobre as políticas públicas que visam resolver ou atenuar os problemas causados pelas chuvas e pelo crescimento das cidades.

Aulas 9 a 12: Analisando os dados e divulgando informações

Durante essas aulas, auxiliar os alunos a organizarem os dados obtidos e construírem gráficos e tabelas e calcularem medidas de tendência central (precipitação por dia; quantidade de dias com precipitação e sem precipitação; precipitação média no período etc.). Orientá-los na tabulação dos dados da precipitação pluviométrica registrados, comparando esses dados com outros de anos anteriores da mesma época (tabela de índice pluviométrico). Para isso, os alunos podem utilizar planilhas eletrônicas.

Propor a produção de relatórios sobre o estudo, indicando a importância das pesquisas que tratam do tema, os problemas que a falta de planejamento das cidades pode ocasionar e a necessidade de políticas públicas que os sanem. Para corroborar com as informações dos relatórios elaborados, os alunos devem utilizar os gráficos, as tabelas e os dados coletados. Os relatórios podem ser divulgados em formato de jornal, que pode ser impresso e distribuído ou divulgado em meios digitais.

Sugestões de materiais para a pesquisa dos alunos

CENTRO NACIONAL DE MONITORAMENTO E ALERTAS DE DESASTRES NATURAIS.

Disponível em: <www.cemaden.gov.br/municipios-monitorados/>. Acesso em: 26 out. 2018.

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INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA. Disponível em: <www.inmet.gov.br>. Acesso em: 26 out. 2018.

Avaliação

Aulas Proposta de avaliação

1 a 3

Verificar como os alunos se posicionam em relação às notícias selecionadas, se compreendem os dados apresentados e se percebem os problemas ambientais relacionados à chuva e à ocupação irregular ou sem planejamento nas cidades.

Averiguar se os alunos conseguem realizar as pesquisas sobre pluviômetros, se compreendem como funciona.

Analisar se os alunos realizaram as etapas para a construção do pluviômetro corretamente.

4 a 8

Verificar como os alunos se organizam para coletar os dados relacionados à quantidade de chuva e se conseguem associar esses dados àqueles apresentados pelos institutos de climatologia ou pelas notícias veiculadas na mídia.

Avaliar se os alunos compreendem os problemas associados às chuvas e ao crescimento das cidades e se reconhecem algumas estratégias ou soluções para tais problemas.

9 a 12

Averiguar se os alunos associam os dados coletados e os utilizam de maneira coerente para dar base aos argumentos.

Verificar se os alunos conseguem utilizar as ferramentas para tabular os dados e representá-los por meio de gráficos apropriados.

Verificar se na produção dos relatórios para compor o jornal os alunos utilizam informações exploradas durante o projeto e o modo como associam essas informações aos dados relacionados à quantidade esperada de chuva em cada época do ano ou em cada região do Brasil ou da cidade em que residem.

Avaliação final

Verificar se os alunos conseguiram participar efetivamente da elaboração de cada uma das pesquisas realizadas para a construção do pluviômetro, se foi necessário um grande número de intervenções e se conseguiram expressar com clareza as opiniões e informações solicitadas.

Pedir a eles que detalhem os desafios que tiveram de enfrentar e perguntar se estes foram superados, explicando as soluções encontradas para isso.

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Avaliar se ocorreu uma reflexão sobre os problemas sociais e ambientais relacionados ao crescimento das cidades e à falta de planejamento desse crescimento e se percebem a necessidade de políticas públicas que solucionem tais problemas.

Por fim, avaliar se o cronograma foi suficiente para a implantação do projeto e se os objetivos definidos no início foram alcançados de maneira satisfatória e por quê.

Referência bibliográfica complementar

CARDOSO, D. Enchentes, deslizamentos e a sociedade em rede: um estudo sobre o fluxo de informação em desastres naturais a partir do caso de Petrópolis 2013. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Florianópolis, 2015.

CRISTO, S. S. V. Análise de susceptibilidade a riscos naturais relacionados às enchentes e deslizamentos do setor leste da bacia hidrográfica do rio Itacorubi,

Florianópolis - SC. Dissertação (Mestrado em Geografia), Universidade Federal de Santa Catarina, 2002.

Referências

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