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BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS

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Academic year: 2021

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EDIÇÃO no 30 – Junho/2010

S

UMÁRIO

Biodiesel 3 Produção e Capacidade 3 Atos Normativos 3 Preços de B3, B4 e B5 4

Entregas dos Leilões 5

Preço de Matéria-Prima 5 Matérias-Primas utilizadas 6 Produção regional 6 Entregas de Biodiesel 6 Etanol 7 Produção e Consumo 7 Exportação 7 Frota Flex-Fluel 7 Preços e Margens 8 Paridade de Preços 9 Preços do Açúcar 10 Internacional 10

Evolução do consumo de biodiesel e etanol em países selecionados 10

A

PRESENTAÇÃO

Nesta edição do Boletim são apresentados dados sobre produção e preços de biocombustíveis, entre outras informações. Os destaques são dois pequenos textos informativos sobre ganhos de área com a evolução da produtividade da cana-de-açúcar e a oportunidade de esta cultura agrícola ingressar num novo mercado: o diesel renovável.

O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar mais transparente as informações sobre biocombustíveis, divulgando-as de forma consolidada para agentes do setor, órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e público em geral.

É distribuído gratuitamente por e-mail e está disponível para consulta pelo endereço www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html.

Muito obrigado, A Equipe do DCR

DESTAQUES

Consumo de biodiesel no Brasil se aproxima da Alemanha

No Brasil, com a entrada do B5 em janeiro passado, o crescimento do consumo de biodiesel tem sido expressivo. Nos quatro primeiros meses de 2010, consumimos 759 milhões de litros. Na Alemanha, que é tradicionalmente o principal produtor e consumidor de biodiesel no mundo, o consumo totalizou 883 milhões de litros no mesmo período (vide gráfico na pág. 10).

Área preservada com a evolução da produtividade da cana-de-açúcar

Aumento de produtividade significa produzir mais com menos. Na próxima página apresentamos uma simulação da área preservada devido à evolução da produtividade da cana-de-açúcar.

Biodiesel: gráfico com preço do óleo de soja

Nesta edição acrescentamos no tópico de “Evolução das Matérias-Primas do Biodiesel” a cotação do óleo de soja em São Paulo (sem ICMS). Antes era apenas a cotação da soja em grão.

Diesel renovável a partir de açúcares: novas oportunidades para a cana -de-açúcar no Brasil

O diesel renovável é um biocombustível derivado de biomassa renovável para uso em motores do ciclo diesel. É um pouco diferente do biodiesel tradicional, pois não utiliza óleos e gorduras de origem vegetal e animal no processo produtivo. Nessa inovação tecnológica, a principal matéria-prima é os açúcares, como aqueles presentes no caldo da cana-de-açúcar ou mesmo em outras fontes como a celulose.

Institutos e empresas ao redor do mundo estudam a introdução comercial do diesel renovável. Já existem iniciativas nessa direção no Brasil. Trata-se de mais uma alternativa para obtenção de substitutos renováveis ao óleo diesel derivado de petróleo.

Nessa nova rota, de modo semelhante à produção de etanol, micro-organismos promovem a fermentação dos açúcares, mas o produto resultante é um composto com propriedades físico-químicas de um diesel, e não mais de um álcool. As diferenças básicas entre esses novos processos são a existência ou não de etapas intercessoras. Alguns obtêm diretamente o diesel renovável, outros passam por produtos intermediários, requerendo processos de destilação ou hidrogenação para se chegar ao produto final. (continua na próxima página)

Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis

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2 Página

O que se destaca é que tudo isso é mais uma interessante janela de oportunidade para o Brasil. No nosso país, a cana é cultura agrícola com mais tempo em atividade comercial: 500 anos de história. Ademais, no momento presente, os derivados energéticos da cana (etanol e bioeletricidade) superam a participação da tradicional da energia hidroelétrica na Matriz Energética Nacional. O próprio etanol, há anos, é um produto muito competitivo graças, em boa medida, ao extraordinário potencial energético da cana.

Área preservada com ganhos de produtividade na cana-de-açúcar

A questão do uso da terra é de extrema importância nos debates sobre a utilização de biomassa para fins energéticos. No início da década de 70, período de formulação do Pró-Álcool, a produtividade da cana-de-açúcar era de 39,9 ton/ha. A partir do desenvolvimento e inovação tecnológica no setor canavieiro, isso nas diversas etapas de produção da cana-de-açúcar, a produtividade saltou para 76,5 ton/ha em 2009. O resultado é que foram preservados 7,5 milhões de hectares plantados. Certamente, esse ganho de produtividade ao longo dos anos foi mais um fator importante para a redução de custos, o aumento da competitividade e o crescente uso da cana como um produto energético.

Fonte: MAPA. Elaboração: MME.

Na safra 2008/09, 61% da área colhida de cana-de-açúcar foram destinadas à produção de etanol, enquanto que 39% foram destinadas à produção de açúcar. Hoje em dia, os derivados energéticos da cana-de-açúcar (etanol e bioeletricidade) são a segunda maior fonte primária de energia no País (vide figura abaixo), com uma participação de 18%. Supera, inclusive, a fonte hidráulica (15,2%), ficando atrás apenas do petróleo (37,9%).

Matriz Energética de 2009

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3 Página Biodiesel: Evolução da Produçã o e da Capacidade Produtiva Mensais

Em junho de 2010, dados preliminares mostram que a produção alcançou 205 milhões de litros. No acumulado no ano, entre janeiro e junho, a produção atingiu 1.130 milhões de litros, contra 652 no mesmo período de 2009, com aumento de 73%. A atual capacidade instalada totalizou 386 milhões de litros/mês (4,6 bilhões de litros anuais). Dessa capacidade, 83% são referentes a empresas detentoras do Selo Combustível Social.

Biodiesel: Localização das Unidades Produtoras

Biodiesel: Últimos Atos Normativos e Autorizações de Produtores

 Legislação:

 Resolução ANP no 23/2010: tratam da especificação do Etanol Combustível;

 Instrução Normativa RFB/MF nº 1053/2010: dispõe sobre o Registro Especial de produção e importação de biodiesel.

 Produtores:

 Autorização de comercialização ANP nos 420/2010 (BIOCAMP/MT).

Região nº usinas Capacidade Instalada mil m3/ano % N 6 193 4% NE 5 597 13% CO 21 1.802 38% SE 10 837 18% S 8 1.260 27% Total 50 4.689 100%

OBS: contempla apenas usinas com Autorização de Comercialização na ANP e Registro Especial na RFB/MF.

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4 Página Biodiesel: Evolução de Preços – B3(jul/08-jun/09), B4(jul/09-dez/09) e B5 (a partir de jan/10)

O gráfico a seguir apresenta a evolução de preços de biodiesel (B100) e de diesel no produtor, na mesma base de comparação (com PIS/COFINS, sem ICMS). Os demais gráficos mostram os preços de venda da mistura obrigatória ao posto revendedor e ao consumidor final. Mostra-se, também, o comportamento das margens de revenda.

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5 Página Biodiesel: Evolução de Preço das Matérias -Primas

São apresentadas, no gráfico a seguir, as cotações da soja em grão e de seu óleo colocado em São Paulo.

Na Bolsa de Chicago, a cotação do óleo de soja, para contratos com entrega em set/10, apresenta oscilações desde início de junho, com tendência de alta na primeira quinze de julho. Em 19/07/10, a cotação estava em US$0,3835/lb, o que representa aproximadamente R$1,36 por litro de óleo de soja. Para efeito de comparação, em São Paulo, em 15/07//2010, o preço sem ICMS situava-se em torno de R$1,40/litro.

Biodiesel: Entregas nos Leilões e Demanda em 2008, 2009 e 2010

O gráfico abaixo apresenta a oferta de biodiesel resultante das entregas de biodiesel nos leilões públicos da ANP para abastecimento regular do mercado e nos leilões para formação de estoques. Mostra-se, também, a demanda estimada.

Cotação Internacional do Óleo de Soja

US$ cents/lb Fonte: Chicago Board of Trade - CBOT

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6 Página Biodiesel: Evolução da Produç ão Regional

A produção regional média, em maio de 2010, segundo dados da ANP, apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste-41,6%, Sul-25,2%, Sudeste-20,0%, Nordeste-8,6% e Norte-4,6%.

Biodiesel: Evolução do Desempenho Médio das Entregas de Biodies el nos Leilões Públicos

O desempenho médio das entregas nos leilões públicos da ANP é mostrado no gráfico a seguir. Nos últimos meses, situou-se em torno de 100%. Contratualmente, a faixa de variação permitida é entre 90% e 110%.

Biodiesel: Uso das Matérias -Primas na Produção do Biodiesel

O gráfico a seguir apresenta a evolução da participação das matérias-primas usadas na produção do biodiesel. No mês de maio, a participação ficou em 83,8% para o óleo de soja, 14,4% para o gordura bovina, 0,3% para óleo de algodão e 1,5% para outras matérias-primas.

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7 Página Etanol: Evolução da Produção e Consumo Mensais

Fonte: MAPA. Elaboração MME.

Etanol: Evolução da Exportação

As exportações brasileiras de etanol totalizaram 664 milhões de litros entre janeiro e junho de 2010. Isso corresponde a uma redução de 54% em relação ao mesmo período de 2009. As exportações para o mercado norte americano de forma direta e indireta (via CBI – CAFTA) totalizaram 151,6 milhões de litros neste período, volume 71% inferior ao do ano anterior. O preço médio (FOB) em maio foi US$0,52/litro, 4,5% inferior ao preço praticado em maio de 2010. Os principais destinos no mês de junho foram EUA (44,8 milhões de litros), Paises Baixos – Holanda (40,9 milhões de litros) e Coréia do Sul (34,2 milhões de litros).

PRODUÇÃO CONSUMO COMBUSTÍVEL

Etanol: Evolução da Frota Flex-Fuel

O licenciamento de veículos leves em junho de 2010 teve uma redução de 14,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, com 247,4 mil unidades. Desse total, os carros flex-fuel representaram 86,2%. Em junho de 2010, o setor automotivo alcançou a marca de 10,9 milhões de veículos flex-fuel licenciados desde 2003 e a participação estimada destes veículos na frota total de veículos leves é de 37%.

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8 Página Etanol: Evolução de Preços de Hidratado (Capitais Brasileiras)

Etanol: Evolução de Margens de Comercialização de Hidratado (Capitais Brasileiras)

Etanol: Evolução de Preços de Anidro e Hidratado no Produtor (Centro -Sul)

Os preços do etanol anidro e hidratado realizados no mês de junho tiveram pouca variação em relação ao mês anterior. Os preços do anidro e do hidratado encontram-se no mesmo patamar dos praticados no mesmo mês do ano anterior.

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9 Página Etanol: Evolução Histórica da Pari dade de Preços

Etanol: Paridade de Preço por Capital – Semana de 27.06.2010 a 03.07.2010

A paridade de preços, na última semana de junho de 2010, favoreceu o consumo de etanol em veículos flex-fuel em catorze capitais brasileiras. O consumo de etanol foi favorável na maioria das regiões brasileiras.

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10 Página Etanol: Evolução de Preços do Açúcar e do Petróleo em Relação ao Etanol

Em junho o preço do açúcar teve ligeira alta em relação ao mês anterior. O preço do petróleo e da gasolina manteve-se estável e o preço do etanol anidro teve uma leve queda.

Biodiesel: evolução do consumo em países selecionados

Etanol: evolução do consumo em países selecionados

Ressalva do Editor

A reprodução de textos, figuras e informações deste Boletim não é permitida para fins comerciais. Para outros usos, a reprodução é permitida, desde que citada fonte.

Distribuição do Boletim

A distribuição do Boletim é feita gratuitamente por e-mail. Aqueles interessados em receber mensalmente essa publicação,

favor solicitar cadastramento na lista de distribuição, mediante envio de mensagem para o endereço dcr@mme.gov.br.

Também está disponível para download em http://www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html.

Equipe do Departamento de Combustíveis Renováveis

Ricardo de Gusmão Dornelles (Diretor), Poliana Ferreira de Souza, Henrique Soares Vieira Magalhães, Luciano Costa de Carvalho, Marlon Arraes Jardim Leal, Paulo Roberto M. F. Costa e Ricardo Borges Gomide.

Referências

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