N A R O T A
D O S Ó RGÃOS :
O s Ó r g ã o s n a
H i s t ó r i a e n a A r t e
d o s A ç o r e s
23 maio 2015
Só Concertos: ... 10 TUBOS
Concertos + Jantar + Livro (*):... 25 TUBOS
EVENTO SOLIDÁRIO para apoiar a
ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM DE ANGRA DO HEROÍSMO
4 i g r e j a s - 4 co n c e r t o s
U m a e x p e r i ê n c i a ú n i c a
BILHETES
Concertos:
18h00: Igreja de São Francisco
João Vaz e Isabel Albergaria, órgão a quatro mãos
19h00: Igreja do Colégio
Olga Lysa, órgão
19h45: Igreja da Sé
João Vaz, órgão
20h30: Igreja de São Gonçalo
Isabel Albergaria, órgão
Jantar e Palestra:
21h00
: Convento de São Gonçalo
Isabel Albergaria
Dinarte Machado
Apoios:
R o t a r y C l u b e d e A n g r a d o H e r o í s m o
C i d a d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l
Foi constituído em 13 de Outubro de 1978 e reorganizado a 5 de Abril de 2004, depois de um período de suspensão da actividade.
Integra o movimento rotário, ou simplesmente Rotary, fundado em 1905 por Paul Harris nos Estados Unidos da América, com o objetivo de estimular e fomentar o ideal de servir como base de todo o empreendimento digno, promovendo e apoiando: a) o desenvolvimento do companheirismo como elemento capaz de proporcionar oportunidades de servir; b) o reconhecimento do mérito de toda ocupação útil e a difusão das normas de ética profissional; c) a melhoria da comunidade pela conduta exemplar de cada um na sua vida pública e privada e d) a aproximação dos profissionais de todo o Mundo, visando a consolidação das boas relações, da cooperação e da paz entre as nações.É actualmente a maior Organização Não Governamental (ONG) do mundo com representação em 207 países e envolvendo mais de um milhão e trezentos mil membros. Neste espírito, o rotário acredita que, através do companheirismo que procura desenvolver entre as pessoas, contribuirá significativamente para criar novas amizades e uma maior boa vontade entre todos para a solução dos problemas que afligem o mundo. Por isso, em tudo o que pensa, diz ou faz, um rotário aplica A Prova Quádrupla ou seja interroga-se sempre 1 – Se é a VERDADE, 2 – Se é JUSTO para todos os interessados? 3 – Se criará BOA VONTADE e MELHORES AMIZADES e 4 – Se será BENÉFICO para todos os interessados?
Anualmente o Rotary Clube de Angra do Heroísmo Cidade Património Mundial realiza jantares, palestras, conferências, um torneio de golfe e um concerto musical, que lhe permite contribuir financeiramente para os projectos levados a cabo pela Fundação Rotária Portuguesa e pela Fundação Rotária Internacional, e apoiar localmente pessoas e instituições carenciadas . Dos apoios mais recentes destacam-se a atribuição anual de duas bolsas de estudo a estudantes carenciados, a doação de 4 seringas perfusoras e impressora multifunções para o hospital de dia do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, doação à Associação dos Amigos dos Deficientes da Ilha Terceira de um guincho para apoiar as crianças deficientes a montar os cavalos no Centro Equestre o Malhinha e a doação ao Centro de Oncologia dos Açores de 500 guarda-chuvas para utilizar no rastreio do cancro da mama,
O evento “NA ROTA DOS ÓRGÃOS: Os Órgãos na História e na Arte dos Açores” integra este conjunto de actividades e pretende atingir dois objectivos: 1) angariar verbas para apoiar a Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo na aquisição de modelos de simulação da prática de cuidados de enfermagem e 2) contribuir para a divulgação do valioso património que constitui o conjunto de órgãos de tubos existente em Angra do Heroísmo.
Dinarte Machado:
Organeiro, palestrante convidado e
colaborador no evento
Desde muito jovem esteve ligado à música, surgindo o primeiro contacto com os órgãos de tubos ainda com vinte anos de idade, por necessidade imperiosa de restauro no órgão da Igreja Matriz de S. Jorge, no Nordeste, ilha de S. Miguel, lugar que o vira crescer. Em 1987 monta atelier em Ponta Delgada, dedicando-se exclusivamente ao trabalho de organaria, efetuando o seu primeiro restauro: órgão da Igreja Matriz da Ribeira Grande, em S. Miguel. Depois vão-se sucedendo em órgãos dos Açores, Madeira, Continente e Espanha e até à data realizou setenta e sete restauros em órgãos históricos, na sua maioria da escola de organaria portuguesa, da segunda metade do século XVIII, em cuja área é especialista. No campo da construção tem feito alguns órgãos de pequena dimensão para estudo e contruiu nove instrumentos de maior envergadura, como o que se destinou à Igreja do Colégio do Funchal. Realizou os inventários dos órgãos dos Açores e da Madeira, cujos trabalhos já se encontram publicados. Em 1993, trabalhou em Espanha, com o Mestre Organeiro, Gerhard Grenzing, no restauro do órgão histórico do Palácio Real de Madrid. No Encontro Internacional realizado em Mafra, no ano de 1994, demonstra a existência de diferenças entre os órgãos espanhóis e portugueses a partir da segunda metade do século XVIII. Foi responsável pelo restauro dos seis órgãos da Basílica de Mafra, construídos no reinado de D. João VI, conjunto único no mundo e que representa o expoente da escola de organaria portuguesa, cujo trabalho foi inaugurado em 15 de Maio de 2010. Foi este trabalho reconhecido com o Prémio Europa Nostra em 1 de Junho de 2012. Em Julho de 2010 foi condecorado com a comenda da Ordem de Mérito, por Sua Exa. Senhor Presidente da República. Foi-lhe atribuída a Insígnia Autonómica de Mérito Profissional, pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, em Junho de 2014. Recentemente foi-lhe atribuído o título de Especialista Honoris Causa, pelo Instituto Politécnico de Lisboa.
Organistas
João Vaz
Natural de Lisboa, João Vaz é diplomado em Órgão pela Escola Superior de Música de Lisboa, sob a orientação de Antoine Sibertin-Blanc, e pelo Conservatório Superior de Música de Aragão em Saragoça, onde estudou com José Luis González Uriol, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. É doutorado em Música e Musicologia pela Universidade de Évora, tendo defendido a tese A
obra para órgão de Fr. José Marques e Silva (1782-1837) e o fim da tradição organística em Portugal no Antigo Regime, sob a orientação de Rui Vieira Nery, sendo também
licenciado em Arquitectura pela Universidade Técnica de Lisboa. Tem mantido uma intensa actividade a nível internacional, quer como concertista, quer como docente em cursos de aperfeiçoamento organístico. Efectuou mais de uma dezena de gravações discográficas a solo, salientando-se as efectuadas em órgãos históricos portugueses. Em 1998 colaborou com o organeiro Dinarte Machado na organização do simpósio «Órgãos dos Açores». Como executante e musicólogo tem dado especial atenção à música sacra portuguesa, fundando em 2006 o grupo Capella Patriarchal, que dirige. O seu trabalho de edição musical, objecto de publicação em Portugal e em Espanha, abrange obras conservadas na Biblioteca Nacional de Portugal, Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra e Biblioteca Pública da Universidade de Coimbra, Biblioteca Municipal do Porto, Biblioteca Pública de Évora e Biblioteca do Paço Ducal de Vila Viçosa. As suas publicações incluem artigos que incidem sobretudo na música de tecla portuguesa. O seu artigo «Dynamics and Orchestral Effects in late Eighteenth-Century Portuguese Organ Music: The Works of José Marques e Silva (1782-1837) and the Organs of António Xavier Machado e Cerveira (1756-1828)», incluído em Interpreting Historical Keyboard Music, publicado em 2013 pela editora Ashgate, é o primeiro texto publicado internacionalmente que enfatiza a identidade dos órgãos portugueses de final de setecentos. Lecciona actualmente Órgão na Escola Superior de Música de Lisboa, tendo também exercido funções docentes no Instituto Gregoriano de Lisboa, Universidade de Évora e Universidade Católica Portuguesa (Escola das Artes). Fundador do Festival Internacional de Órgão de Lisboa em 1998, é actualmente director artístico do Festival de Órgão da Madeira e das séries de concertos que se realizam nos seis órgãos da Basílica do Palácio Nacional de Mafra (de cujo restauro foi consultor permanente) e no órgão histórico da Igreja de São Vicente de Fora,
Isabel Albergaria
Natural de S. Miguel, Açores, iniciou os seus estudos de órgão no Conservatório Regional de Ponta Delgada com Ana Paula Andrade, prosseguindo-os na Escola de Música do Conservatório Nacional com Rui Paiva. Concluiu a licenciatura em órgão na Escola Superior de Música de Lisboa com João Vaz. Frequentou também masterclasses orientadas por organistas de referência como Luigi Ferdinando Tagliavini, José Luis González Uriol, Daniel Roth, Andreas Liebig e Andrea Marcon. É mestre em Musicologia Histórica pela Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, encontrando-se actualmente a concluir o doutoramento em Musicologia Histórica com a tese A tradição organística nos Açores: a produção
autóctone na sequência da importação dos instrumentos de Joaquim António Peres Fontanes e António Xavier Machado e Cerveira, sob a orientação de Luísa Cymbron e
Gerhard Doderer. Tem realizado concertos em diversas temporadas de órgão em Portugal e em Espanha. Foi organista convidada para a inauguração dos seis órgãos da Basílica de Mafra, em 2010, e desde então é organista permanente dos ciclos de concertos a seis órgãos que ali se realizam mensalmente. Foi directora artística do Festival Órgãos dos Açores 2012. Na qualidade de musicóloga tem desenvolvido uma intensa actividade em torno da temática dos órgãos dos Açores: participou como conferencista no II Encontro Ibero-Americano de Jovens Musicólogos, com a comunicação «O órgão em Portugal após as lutas liberais: a actividade organeira nos Açores no século XIX como consequência da importação de instrumentos de Joaquim António Peres Fontanes e António Xavier Machado e Cerveira»; no I Seminário Nacional «A Música na Província Portuguesa da Ordem Franciscana», com a comunicação «Os órgãos das igrejas conventuais franciscanas dos Açores»; no IV Encontro Nacional de Investigação em Música, com a comunicação «A revitalização do património organístico dos Açores na sequência do 25 de Abril e da criação da região autónoma»; e no III Simpósio Internacional de Música Ibero -Americana, com a comunicação «O repertório com órgão nos Açores após as lutas liberais: o caso das Matinas da Semana Santa do Padre Silvestre Serrão». É professora de Órgão no Conservatório Regional de Ponta Delgada. Fundadora e coordenadora do grupo infanto-juvenil «Os pequenos cantores de S. José» e organista titular do órgão histórico da Igreja de São José, daquela cidade.
Olga Lysa
Olga Lysa é licenciada em Piano e Órgão pelo Conservatório Superior Estatal P. I. Tchaikovsky de Kiev. Obteve o diploma do Curso Superior de Piano sob orientação de A.Muravsky em 1983 e diploma do Curso Superior de Órgão sob orientação de Galina Bulybenko em 1988 com a classificação máxima.
Realizou pós-graduações com organistas como: Leopoldis Digris (Lituânia), Ferdinand Klinda (Eslováquia), A. Sacetti (Itália), Leo Kremer (Alemanha), Gaston Arel (Canadá) e Prof. José Luís Gonzáles Uriol (Espanha).
Desde 1980 iniciou a carreira de concertista tendo-se apresentado como solista. Como organista tem colaborado com diversos conjuntos instrumentais e vocais. Olga Lysa foi solista de Órgão no “National House of Organ and Chamber Music" de Kiev e acompanhante do Coro Masculino Nacional Revutsky da Ucrânia. Durante este período leccionou ainda no Instituto Superior Estatal de Cultura na Cátedra de Direcção Coral. Participou ainda em diversos festivais de música contemporânea nas repúblicas da Ex União Soviética e na Europa.
Desde Janeiro de 1995 até Setembro de 2000 foi professora convidada de Órgão no Conservatório Regional da Horta e organista titular da Igreja Matriz desde a inauguração oficial do seu Órgão (11 de Maio de 1996).
No ano de 2000 deslocou-se para o Continente onde exerceu o cargo de professora na Escola Luís António Maldonado Rodrigues em Torres Vedras e no Instituto Gregoriano em Lisboa.
Reside em Angra desde o ano de 2001 onde lecciona Piano e Órgão no Conservatório Regional de Angra do Heroísmo. De 2005 até 2012 foi organista da Sé Catedral de Angra do Heroísmo.
Ao longo dos anos de serviço lectivo nos Conservatórios como professora, já apresentou-se como solista em diversos tipos de conjunto em concertos e outros eventos culturais.
Igreja de São Francisco
Construtor
António Xavier Machado e Cerveira, op. 22, 1788 Funcionamento
Mecânica do teclado suspensa, tração dos registos mecânica Extensão . Registos
Dó1-Dó3 //Dó#3-Mi5 ; 11 registos ME e 11 registos MD Pisantes . Pedais
Pisante (anulador cheios*); 2 Pisantes (Tambores Dó, Fá) Fole
2 Foles em cunha suspensos, gerador de vento elétrico, colocado em 2011 Diapasão . Vento . Temperamento
430 Hz; pressão do ar 68mm; temperamento desigual Registação
Observação: A caixa do instrumento apresenta-se como móvel policromado, com a fachada marcada por três campos e por tubos palhetados em posição horizontal. Encontra-se colocado numa tribuna ao lado do Coro alto, do lado do Evangelho. Originalmente munido de três foles, o sistema de produção de vento estava situado na nave lateral, por detrás do instrumento e à altura da tribuna do órgão, tendo sofrido algumas modificações ainda no Século XIX. No decorrer do restauro, terminado por Dinarte Machado em 2011, dois dos foles originais foram instalados novamente na própria tribuna do órgão, mas dentro da caixa do mesmo.
Orgãos
Mão esquerda Mão direita
Trompa Clarim (horiz.)
Recímbala * Corneta, 5v *
Símbala * Resímbala *
Compostas de Vintedozena, 5v * Símbala *
Compostas de 19ª, 3v * Compostas de 19ª, 4v *
Dozena * Voz Humana
Quinzena * Flauta em 12
Flautado em 6 tapado Flautim
Flautado em 6 aberto Oitava real e 12ª
Flautado de 12 tapado Flautado de 12 tapado
Órgão da Igreja do Colégio
Construtor
António Xavier Machado e Cerveira, op.56, 1798
Funcionamento
Mecânica do teclado suspensa, tração dos registos mecânica
Extensão . Registos
Dó1-Dó3 //Dó#3-Fá5 ; 10 registos ME e 10 registos MD
Pisantes . Pedais
Pisantes em balancete (anulador de cheios*), pisantes em balancete (anulador palhetas) 2 Tambores (Dó, Fá)
Fole
Fole em cunha, não original, gerador de vento elétrico, colocado nos anos de 1980
Diapasão . Vento . Temperamento
442 Hz; pressão do ar 71 mm; temperamento desigual
.
.
Observação: Proveniente, provavelmente, do antigo Convento da Graça, o uso de
madeiras preciosas do Brasil e a renúncia à policromia do instrumento documentam, de uma maneira significante, os princípios estruturais e ornamentais das caixas já tardias do organeiro real de Lisboa. Colocado no centro do coro alto, o órgão sofreu, por parte de Luís Esteves Pereira, uma intervenção com profundas modificações no plano sonoro. Apesar de bem documentadas, não foi possível refazer estas alterações no âmbito de uma posterior revisão, realizada por Dinarte Machado em 1994.
Mão esquerda Mão direita
Trompa de batalha (horiz.) Clarim (horiz.) Símbala, 4v Compostas de 22ª, 4v Vintedozena, 4v Símbala, 3v
Dezanovena e 22ª Flautim
Quinzena Corneta real, 5v Oitava Flautado de 6 tapado Oitava real e 15ª, 5v
Clarão, 5v Voz humana
Flautado de 12 tapado Flauta travessa Flautado de 6 aberto Flauta em 12 Flautado de 12 aberto Flautado de 12 aberto
Registação atual
Mão esquerda Mão direita
Trompa de batalha (horiz.) Clarim (horiz.) Símbala, 4v Compostas de 22ª, 4v Vintedozena, 4v Símbala, 3v
Dezanovena e 22ª Flautim
Quinzena Corneta real, 5v Oitava Flautado de 6 tapado Oitava real e 15ª, 5v
Clarão, 5v Voz humana
Flautado de 12 tapado Flauta travessa Flautado de 6 aberto Flauta em 12 Flautado de 12 aberto Flautado de 12 aberto
Órgão da Sé
Construtor
Dinarte Machado, Nº1, 1993 Funcionamento
Mecânica do teclado suspensa, tração dos registos elétrica Extensão . Registos
3 Teclados Dó1-Dó3 //Dó#3-Fá5; Ped. Dó1-Fá2; 25 registos ME e 26 registos MD, 7 registos do pedal
Anuladores . Acoplamentos . Registos Auxiliares Anulador cheios II*, anulador palhetas horiz. II**;
Acoplamentos III-II, I-P, II-P, III-P; Rouxinol; dispositivo para ativação “registos inteiros” Fole
1 primeiro fole paralelo, 4 foles em cunha (Man.), 2 foles paralelos (Ped.), 1 pequeno fole de caixa em linha (Pos. Costas), gerador de vento elétrico
Diapasão . Vento . Temperamento
440 Hz; pressão do ar 80 mm (Ped.) 78/75 mm (Órgão Principal ME/MD), 74 mm (Órgão Pos.), 72 mm (Pos. Costas); temperamento igual
Registação:
POSITIVO DE COSTAS (I Teclado)
ÓRGÃO PRINCIPAL (II Teclado)
Mão esquerda Mão direita
Flautado de 12 tapado Flauta travessa Flautado em 6 tapado Pífano
Quinzena Quinzena
Corn Inglês Cornetilha
Trémolo Corn Inglês
Mão esquerda Mão direita
Flautado de 24 tapado Flautado de 24 aberto Flautado de 12 aberto Flautado de 12 aberto Flautado de 12 tapado Flautado de 12 tapado Flautado em 6 tapado Flautado em 6 tapado
Flautim Oitava real
Oitava real Voz humana
Quinzena * Quinzena *
Dezanovena* Compostas de Dozena e 19ª, 2v*
Símbala, 2v* Cheio, 2v*
Resímbala, 2v* Símbala, 2v*
Clarão, 3v* Corneta, 4v*
Trompa real* Trompa real*
Trompa de batalha (horiz)** Clarineta (horiz)** Fagote (horiz)** Clarim (horiz)**
Mão esquerda Mão direita
Flautado de 12 tapado Flauta travessa Flautado em 6 tapado Pífano
Quinzena Quinzena
Corn Inglês Cornetilha
Trémolo Corn Inglês
ÓRGÃO DO PEDAL Flautado de 24 aberto Flautado de 24 tapado Flautado violão Flautado de 12 aberto Flautado de 6 aberto Bombarda em 24 Trombeta em 12
Observação: Até 1982 existiram na Sé Catedral de Angra dois instrumentos: órgão grande, colocado do Lado da Epístola sob o segundo arco lateral da nave e um mais pequeno, ou seja, o órgão do Padre Serrão, instalado do Lado do Evangelho, sob o arco lateral da nave desse lado. Na mencionada data, os dois órgãos foram devorados por um violento incêndio, apenas dois anos depois de terem sido parcialmente afetados pelo sismo ocorrido em 1980.
O órgão grande foi cedido pela rainha D. Maria II à Sé de Angra do Heroísmo; a nau que iria levar o instrumento a Macau ficou sujeita a uma série de reparações com a consequente descarga dos bens transportados. Após vários anos depositado em terra firme, sempre com as indicações do seu construtor, Joaquim António Peres Fontanes, o Bispo de então, solicitou à Rainha a cedência do instrumento.
O já acima mencionado órgão do padre Serrão foi construído por ele próprio em 1841, aquando da sua transferência do Continente para a Ilha Terceira.
Ainda antes do incêndio de 1982, os dois instrumentos deviam ter sido removidos pelo organeiro Luís Esteves Pereira, de Vila Nova de Famalicão, com a finalidade de libertar aquele espaço, enquanto se procedia ao seu restauro. A desmontagem foi efetuada e, tendo sido na altura retirados apenas os tubos dos dois órgãos, tanto os foles como os someiros dos dois instrumentos ficaram totalmente reduzidos a cinzas. Logo a seguir ao incêndio surgiu a ideia de se construir um novo órgão, a colocar no mesmo local. Foi incumbido de o fazer o próprio Luís Esteves Pereira que, na altura, seguia com o restauro do órgão da Igreja de Nossa Senhora do Carmo (Colégio) de Angra do Heroísmo. O Inesperado falecimento de Luís Esteves Pereira, em 1992, não permitiu a realização do projeto proposto.
Ficou então, encarregado o organeiro Dinarte Machado de tratar da construção de um novo órgão para a Sé Catedral. Este decidiu, para a realização de um projeto completamente novo, aproveitar todos os elementos que se conservaram do anterior órgão da autoria de Joaquim António Peres Fontanes; foi principalmente na planificação tonal que se procurou respeitar os conceitos técnicos e estéticos daquele organeiro. Atualmente, trata-se do órgão de maiores dimensões existente nas ilhas dos Açores.
Órgão do Recolhimento de São Gonçalo
Construtor
Joaquim António Peres Fontanes, 1793
Funcionamento
Mecânica do teclado suspensa, tração dos registos mecânica
Extensão . Registos
Teclado Dó1-Dó3 //Dó#3-Ré3 ; 8 registos ME e 10 registos MD, 2 registos inteiros
Pisantes . Pedais
2 pisantes em balancete (anulador de cheios*)
Fole
Fole em cunha com bombeador no interior da caixa, gerador de vento elétrico colocado em 1996
Diapasão . Vento . Temperamento
428,2 Hz; pressão do ar 68 mm; temperamento desigual
Observação: Móvel que mantém todas as características estruturais e ornamentais, tasl como conhecidas pelos trabalhos do organeiro lisboeta: três planos da fachada com registos palhetados em posição horizontal. O instrumento encontra-se, hoje em dia, no coro alto do antigo convento, encostado à parede norte. Restaurado por Dinarte Machado em 1996.
Mão esquerda Mão direita
Oitava real * Oitava real *
Dozena * Dozena *
Flautado de 6 tapado * Flautado de 6 tapado *
Quinzena * Quinzena *
Dezanovena e 22ª * Dezanovena * Flautado de 6 tapado Oitava real * Mistura, 4v (reg. int.) * Vintedozena * Símbala, 3v (reg. int.) * Flautado de 12 tapado Flautado de 12 tapado Voz humana
Flautado de 12 aberto Flautado de 12 aberto Fagote (horiz.) Oboé (horiz.)