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ESTRUTURA DE MADEIRA DOS PISOS RELATÓRIO DE INSPECÇÃO E DIAGNÓSTICO. EDIFICIO R. DOS LÓIOS, nº 59, 59A e 59B PORTO

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ESTRUTURA DE MADEIRA DOS PISOS

RELATÓRIO DE INSPECÇÃO E DIAGNÓSTICO

EDIFICIO R. DOS LÓIOS, nº 59, 59A e 59B PORTO

PORTO

(2)

INDICE

01 INTRODUÇÃO

02 DESCRIÇÃO DO EDIFICIO

03 IDENTIFICAÇÃO DO ESQUEMA ESTRUTURAL

03.1 INTRODUÇÃO PAREDES

03.2 PAREDES

03.3 VIGAMENTOS DE MADEIRA

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01 | INTRODUÇÃO

O presente relatório refere-se à análise do estado estrutural dos pisos e cobertura em estrutura de madeira do edifício sito na R. dos Lóios, 59, 59A e 59B na cidade do Porto. Foi efectuado pelo Núcleo de Conservação e Reabilitação de Edifícios e Património (NCREP) do Instituto da Construção (IC) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) a pedido do Colectivo Condição Urbana na pessoa da Arq. Adriana Floret.

Para a sua execução o IC-FEUP procedeu a diversas visitas técnicas ao edifício tendo em vista o levantamento do esquema estrutural, a caracterização geométrica das peças de madeira que o compõem e a determinação do seu estado físico.

Assim, este estudo tem como objectivo concluir acerca do estado de conservação da estrutura de madeira do edifício e da sua capacidade resistente global mantendo o uso inicial do edifício que se pensa ter sido o da sua última utilização: comércio/escritórios e habitação.

O presente relatório tem por base:

− A visualização dos elementos estruturais nas diversas inspecções; − A medição do teor de humidade das vigas;

− A leitura da resposta dos elementos de madeira ao impacto de um martelo;

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02 | BREVE DESCRIÇÃO DO EDIFICIO

O edifício objecto de análise do presente estudo situa-se na rua dos Lóios nºs 59, 59A e 59B, na cidade do Porto, Figura 1. Pelas suas características arquitectónicas /construtivas terá sido edificado em meados do século XIX.

Figura 1– Planta de localização do edifício em análise

A sua configuração e lógica de ocupação vão de encontro ao que se construía na época na cidade do Porto: edificio esteito e alto, com R/C, 3 pisos e um piso recuado, tendo no entanto uma variante, a ocupação do espaço posterior do edificio lateral direito em relaçao ao alçado principal, Figuras 2 e 3. O R/C possui as habituais 2 entradas: uma directamente para o comércio do R/C, e que na realidade è constituida por duas portas, e outra de acesso aos pisos superiores. O edifício terá sofrido alguns acrescentos, nomeadamente com aproveitamento do piso recuado para área anexa ao 3º piso. Esta alteração levou à eliminação da clarabóia que pontuaria a escada interior. Os pisos 1 e 2 aparentemente terão funcionado como espaços de comércio: escritórios e armazém, Figuras 4 a 7.

Figuras 2 e 3 – Alçado principal e enquadramento da rua ; Alçado lateral direito 1 – R. dos Lóios 2 – Largo dos Lóios 3 – R. das Flores 4 – R. Mouzinho da Silveira 1 4 3 2

(5)

Figuras 4 e 5 – Fachada principal e caixa de escadas

Figuras 6 e 7 – Espaço no 1º piso de apoio à loja do R/C

A planta do edifício, em forma de L, exibe uma organização muito simples (Figuras 8 e 9). O corpo principal sobre a rua dos Lóios tem 5,5m de largura de fachada por 5,0m de profundidade. O segundo corpo, que se desenvolve perpendicularmente a este, possui cerca de 9,0mx4,0m. A caixa de escadas com (3,2x3)m2 encontra-se no corpo principal

encostada ao alçado posterior.

Figuras 8 e 9 – Plantas do piso do R/C e do piso 1

O piso do R/C, à cota da rua, tem 3 portas sobre o alçado principal: duas permitem aceder directamente a um espaço de comércio (actualmente desactivado) e a terceira porta dá para um corredor de acesso à caixa de escadas e aos pisos superiores. Ao fundo

(6)

do corredor e antes de se chegar à caixa de escadas existem 2 compartimentos à direita num piso semi-elevado em relação à cota da entrada. Parte destes espaços podem ocupar o que inicialmente poderia ter sido um espaço exterior. Os pisos superiores, e que serão referidos mais em detalhe posteriormente, apresentam, fundamentalmente, no corpo principal um compartimento único que se estende desde a fachada principal até à caixa de escadas, e no corpo secundário, paralelo à rua dos Loios, dois ou três compartimentos contíguos.

De forma a simplificar a leitura deste relatório, os compartimentos irão ser designados pela letra C e numerados, associando-lhes o n.º do piso e um n.º de ordem (Figura 10). Assim, por exemplo, C2_3 designa o compartimento n.º 3 do piso 2. Já CE significa caixa de escadas e CR compartimentos do andar recuado.

a) Planta do piso de rés-do-chão (cota de entrada: C0_1 e piso semi-elevado: C0_2)

b) Planta do piso 1 c) Planta do piso 2

d) Planta do piso 3 e) Planta do piso recuado

Figura 10 – Plantas de arquitectura dos vários pisos com a numeração dos compartimentos

CE C1_1 C1_2 C1_3 CE CR C3_2 C3_1 C2_1 C2_2 C2_3 CE C0_1 C0_2

(7)

Os pisos superiores ao piso do r/c possuem unicamente uma sala com duas janelas para a fachada da rua dos Lóios com acesso directo pela caixa de escadas (Ci_1), com excepção do compartimento C3_1 que possui uma divisória provisória em estrutura de madeira e contraplacado. As escadas dão ainda acesso a outros dois compartimentos contíguos, que se situam no corpo secundário. Os pisos 2 e 3 possuem algumas variantes no que respeita ao corpo secundário; no piso 2 existe um desnível do compartimento 1 para o compartimento 2; no piso 3 existe um WC no varandim lateral da escada e uma escada de acesso ao piso recuado que, como já se referiu anteriormente, foi sujeito a obras de ampliação para permitir alguns compartimentos novos de apoio à habitação do piso 3. A Figura 11 à Figura 18 apresentam algumas imagens dos compartimentos do edifício.

Figura 11 – Corredor de entrada Figura 12 – Compartimento C2_3

(8)

Figura 15 – Escadas de acesso do piso 3 ao piso

recuado Figura 16 – Piso recuado

Figura 17 – Compartimento de trapeira no piso

recuado Figura 18 – Compartimento do piso recuado

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3

| IDENTIFICAÇÃO DO ESQUEMA ESTRUTURAL

03.1 | INTRODUÇÃO

De forma a efectuar-se um correcto levantamento do esquema estrutural dos vigamentos de apoio aos pisos torna-se necessário levantar o soalho de forma a permitir a inspecção directa das vigas de madeira da estrutura. Esta inspecção permite não só concluir acerca do estado físico de cada peça, mas também do estado das entregas do vigamento de madeira nas paredes de alvenaria. Esta acção foi facilitada pelo facto dos compartimentos apresentarem os soalhos com ataque de caruncho, tendo a arquitectura optado pela sua substituição. Assim, foi possível o seu corte e levantamento no perímetro de cada compartimento, permitindo a visualização do vigamento.

Como nota, refere-se que a entrega dos vigamentos do edifício lateral esquerdo são visíveis na parede meeira nos compartimentos Cn_1 nos diversos pisos, Figura 21.

(9)

Figura 19 – Avaliação do estado das madeiras do piso

de C1_3 Figura 20 – Compartimento C3_2 com o vigamento de madeira à vista

03.2 | PAREDES

O edifício apresenta as paredes resistentes, assinaladas a vermelho na Figura 22, em perpianho de granito. No entanto, no piso 2, e marcado a azul na Figura 22, identificou-se um troço de parede resistente executado no que habitualmente se designa de taipa de rodízio. A Figura 23 apresenta uma imagem desta parede. Só uma prospecção permitirá verificar se neste alinhamento e nos restantes pisos se mantém este tipo de parede. As paredes interiores aparentam ser de tabique simples: tábuas costaneiras verticais com fasquiado horizontal, reboco de pardo e acabamento estucado.

Refira-se que foi possível medir a espessura da parede meeira com o edifício lateral esquerdo em relação à fachada, concluindo-se ser uma parede de perpianho de granito de 24cm.

Figura 21 – Entrega do vigamento do edifício vizinho na parede meeira

(10)

Figura 22 – Planta do piso 2 com indicação das paredes de perpianho (vermelho) e a parede de taipa de rodízio (azul)

Figura 23 – Parede de taipa de rodízio do 2º piso

Não foram detectadas patologias relevantes nas paredes de granito. Há, no entanto, uma padieira de pedra de um vão que divide 2 espaços no R/C (C0_1) elevado, Figura 24, que apresenta uma abertura de junta que pode indiciar algum movimento, aparentemente já antigo, Figura 25 e Figura 26.

Abertura de junta em padieira de granito

C0_1

C0_0

Figura 24 – Planta do R/C com indicação da zona de abertura de junta

C2_1

C2_2 C2_3 CE

(11)

Figura 25 – C0_1: abertura de junta em

padieira Figura 26 – Pormenor da junta

03.3 | VIGAMENTO DE MADEIRA

De uma forma geral a estrutura de madeira repete-se nos pisos 1, 2 e 3, quer no número de vigas por compartimento, quer nas suas secções. Face à arquitectura e aos vãos do edifício, cada compartimento possui um esquema de vigas independente.

Apresentam-se em seguida as plantas estruturais dos pisos onde se representam apenas os vigamentos principais do pavimento e algumas vigas existentes sob as paredes divisórias de tabique. Note-se que estas vigas, que existem sob todas as paredes divisórias, possuem secções semelhantes às das vigas dos pisos. Algumas destas vigas encontram-se marcadas nas plantas e são designadas pela letra F (associada a Frechal). Não se encontram marcados os ripados de sustentação do estuque dos tectos.

As plantas estruturais por piso são apresentadas nas peças desenhadas em A3. As vigas encontram-se identificadas em planta e numeradas em cada compartimento de V1 a Vn.

Associado a cada compartimento apresenta-se ainda um quadro de vigas onde, para além do vão do compartimento, se faz a identificação de cada viga, da sua secção média, do seu estado geral, do estado dos apoios definidos por alinhamentos A e B, do teor de humidade e outras observações que se considerem relevantes. A caixa de escada está referenciada nos níveis em que foi possível efectuar a sua observação.

(12)

PLANTA DO PISO 1 VT V3 V2 V1 C1_1 V9 V8 V7 V6 V5 V4 V3 V2 V1 F1 A B C1_2 C1_3 V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 VP V'1 V'2 V'3 V'4 V'5 V'6 V'7 V10 F2 A B B' A B

Figura 27 – C1_1: Vigas V1, V2 e V3 Figura 28 – C1_1: Viga V6 Figura 29 – C1_2: Viga V1

Figura 30 – C1_2: Vigas V’2 a F1 Figura 31 – C1_2: Vigas V’2 a F1 Figura 32 – C1_3: Vigas V’2

Designação elemento Tipo elemento Secção média (m2); Ø (m)

Estado geral Apoio A Apoio B Teor Humidade Notas Fotos

V1 viga Ø=0,20m bom bom bom 12% Manter

V2 viga 0.14x0.14 razoável/fendas secagem, empeno razoável, fendas secagem, ataque caruncho 0,5cm

razoável 12% A subsituir (não é

urgente)

V3 viga 0.14x0.14 bom, fenda

secagem bom, fenda secagem

razoável, fenda secagem, ataque

caruncho 1cm

12% Manter

V4 viga 0.20x0.20 bom, fenda

secagem bom, fenda secagem bom, fenda secagem 12% Manter

V5 viga 0.14x0.14 bom razoável/bom, fenda secagem, ataque caruncho 0,5 cm bom 12% Manter V6 viga 0.14x0.14 bom razoável/bom, fenda secagem, ataque caruncho 0,5 cm bom 12% Manter 28

V7 viga Ø=0,20 excelente excelente excelente 12% Manter

V8 viga 0.14x0.14 bom razoável/bom, ataque

caruncho 0,5 cm bom 12% Manter

V9 viga 0.20x0.20 excelente excelente excelente 12% Manter

V10 viga 0.14x0.14 bom razoável/bom, ataque

caruncho 0,5 cm - 12% Manter

F1 frechal fendas de secagem, ataque localizado de caruncho com 0.5cm a meio vão Manter

PISO 1

Compartimento: C1_1, l = 5,50m No apoio B vêem-se as vigas da casa vizinha

27 Designação elemento Tipo elemento Secção média (m2);

Ø (m) Estado geral Apoio A Apoio B Teor Humidade Notas Fotos

V1 viga 0.15x0.20 bom bom

bom 0,5cm de ataque de caruncho entre B e B' Se for demolida a parede de alvenaria existente no C0_3, será necessário prever uma estrutura para apoiar o

vigamento

29

V2 viga 0.15x0.20 bom bom bom

V3 viga 0.15x0.20 bom bom bom

V4 viga 0.15x0.20 bom bom bom

V5 viga 0.14x0.14 bom, fenda de

secagem bom, fenda de secagem bom, fenda de secagem

V6 viga 0.14x0.14 bom, fenda de

secagem bom, fenda de secagem bom, fenda de secagem

V7 viga 0.15x0.20 excelente excelente excelente

VP frechal 0.15x0.20 excelente excelente excelente

V'2 viga 0.08x0.08 bom V'3 viga 0.08x0.08 bom V'4 viga 0.08x0.12 bom V'5 viga 0.08x0.12 bom V'6 viga 0.08x0.12 bom V'7 viga 0.08x0.12 bom VT viga secundária 0,10x0,10 razoável A remover, passando o apoio das vigas secundárias a ser feito directamente na parede ou no elemento estrutural F1 frechal 0.15x0.12 bom 30, 31 PISO 1 Compartimento: C1_2, l = 4,40m 30 Designação elemento Tipo elemento Secção média

(m2); Ø (m) Estado geral Apoio A Apoio B Teor Humidade Notas Fotos

V1 viga 0.20x0.20 bom bom bom 14%

Encontra-se em zona de demolição. Pode ser

utilizado noutro sitio

V2 viga 0.25x0.25

bom, com fendas de secagem

Humidade, sem

interferências estruturais bom

Meio vão - 13%; apoio A - 17%

Encontra-se em zona de demolição. Pode ser

utilizado noutro sitio

32 V3 viga 0.25x0.25 bom, com fendas de secagem Deficiências (rotura) no apoio direito com necessidade de reforço a

60cm do apoio

bom apoio B - 14%

Terá que ser reforçado. Em alternativa, subsitui-se pela V2 (maior que

a V1) PISO 1

(13)

PLANTA DO PISO 2 A B C2_1 V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 C2_2 C2_3 V1 V9 V8 V7 V6 V5 V4 V3 V2 V1 V10 F1 VE 1 VE 1 VE 2 VE 2 VE 1 V E1 VE VE1 VE2 VE1 VP VP VP VP VP VP VP A B A B V2 V3

Figura 33 – Viga V9 Figura 34 – Vigas compartimento C2_1 Figura 35 – Vigas da casa vizinha

Figura 36 – Vigas compartimento C2_3 Figura 37 – Viga V1, compartimento C2_3 Figura 38 – Viga V1, compartimento C2_3

Designação elemento

Tipo elemento

Secção média

(m2); Ø (m) Estado geral Apoio A Apoio B Teor Humidade Notas Fotos

V1 viga 0.08x0.23 excelente excelente excelente

V2 viga 0.08x0.23 excelente excelente excelente

V3 viga 0.08x0.23 excelente excelente excelente

V4 viga 0.08x0.23 excelente excelente excelente

V5 viga 0.08x0.23 excelente excelente excelente

V6 viga 0.08x0.23 excelente excelente excelente

V7 viga 0.08x0.23 excelente excelente excelente

V8 viga 0.08x0.23 excelente excelente excelente

V9 viga 0.08x0.23 bom, empeno excelente, fenda de

secagem ligeira bom, com empeno 33

V10 viga 0.08x0.23 excelente excelente excelente

VP viga 0.20x0.20 excelente excelente excelente

Suporta a parede divisória da caixa de escadas com o compartimento Compartimento: C2_1, l = 5,50m No apoio B vêem-se as vigas da casa vizinha

34, 35 Manter, aplicar tarugamento com a mesma secção das vigas. A estrutura do tecto é independente da estrutura do pavimento (e encontra-se alternada em relação a este) PISO 2 12% Designação elemento Tipo elemento Secção média

(m2); Ø (m) Estado geral Apoio A Apoio B Teor Humidade Notas Fotos

V1 viga 0.18x0.18 bom bom bom

Se for demolida a parede de alvenaria existente

no C0_3, será necessário prever uma estrutura para apoiar o vigamento

V2 viga Ø=0.18 bom bom bom

V3 viga 0.12x0.17 bom bom bom

V4 viga Ø=0.18 bom bom bom

V5 viga Ø=0.18 bom bom bom, fenda de secagem

V6 viga 0.12x0.17 bom bom bom

V7 viga 0.18x0.18 bom bom bom

PISO 2 Compartimento: C2_2, l = 4,00m 12% Designação elemento Tipo elemento Secção média

(m2); Ø (m) Estado geral Apoio A Apoio B Teor Humidade Notas Fotos

V1 viga 0.17x0.17 excelente excelente excelente

V2 vigas 0.17x0.17 excelente excelente excelente

V3 vigas 0,17x0,17 excelente excelente excelente

36,37,38 Encontram-se na

zona de demolição mas

pode vir a ser utilizada noutro sitio, assim como

a viga situada sobre a parede de tabique no mesmo alinhamento (se esta for demolida) PISO 2 Compartimento: C2_3, l = 4,50m Designação elemento Tipo elemento Secção média

(m2); Ø (m) Estado geral Apoio escada Apoio Parede Teor Humidade Notas Fotos

VP viga 0,20x0,20 excelente excelente excelente

VE1 viga 0,15x0,15 excelente excelente excelente

VE2 Viga 0,07x0,10 excelente excelente excelente

(14)

PLANTA DO PISO 3 V1 V2 V3 V4 V6 V7 V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 C3_2 C3_1 A B A B V9 V8 V7 V6 V5 V4 V3 V2 V1 V10 F1 V 5 A B Designação elemento Tipo elemento Secção média

(m2); Ø (m) Estado geral Apoio A Apoio B Teor Humidade Notas Fotos

V1 viga 0,08x0,23 bom excelente excelente fungo a 1/2 vão 41,42

V2 viga 0,08x0,23 bom excelente excelente

V3 viga 0,08x0,23 bom excelente excelente

V4 viga 0,08x0,23 bom excelente excelente

V5 viga 0,08x0,23 bom excelente excelente

V6 viga 0,08x0,23 bom excelente excelente

V7 viga 0,08x0,23 bom excelente excelente

V8 viga 0,08x0,23 bom excelente excelente

V9 viga 0,08x0,23 bom excelente excelente

V10 viga 0,08x0,23 bom excelente excelente

F1 fechal 0,15x0,20 bom excelente excelente

PISO 3

Compartimento: C3_1, l = 5,50m No apoio B vêem-se as vigas da casa vizinha

39, 40, Designação elemento Tipo elemento Secção média

(m2); Ø (m) Estado geral Apoio A Apoio B Teor Humidade Notas Fotos

V1 viga 0.08x0.22 bom/razoável empalme da viga ataque 0,5cm

V2 viga 0.08x0.22 bom/razoável ataque 1cm

V3 viga 0.08x0.22 bom/razoável empalme da viga bom

V4 viga 0.08x0.22 bom/razoável bom

V5 viga 0.08x0.22 bom/razoável bom

V6 viga 0.08x0.22 bom/razoável bom

V7 viga 0.08x0.22 razoável bom eventual

substituição É necessário nivelar as vigas Compartimento: C3_2, l = 4,70m PISO 3 43,44 Designação elemento Tipo elemento Secção média

(m2); Ø (m) Estado geral Apoio escada Apoio Parede Teor Humidade Notas Fotos

V1 a V7 viga 0,10X0,12 excelente excelente excelente

CAIXA DE ESCADAS

Figura 39 – vigas compartimento C3_1 Figura 40 – vigas compartimento C3_1 Figura 41 – Fungo na viga V1, compartimento C3_1

Figura 42 – Fungo na viga V1, compartimento

(15)

Maioritariamente as vigas possuem secção rectangular, com espaçamento médio de 0,60m. Pontualmente existem elementos de secção circular. De uma forma geral, considera-se que os elementos de madeira e as entregas considera-se encontram em bom estado. Também os pisos possuem pouca deformação associada, quer ao estado das madeiras, quer a um eficaz tarugamento destas vigas. Não se observam deformações relevantes nos pisos, nem a existência de calços sobre as vigas que contribuam para o seu nivelamento. Exceptua-se o compartimento C1_3 que apresenta alguma deformação das vigas com a consequente colocação de calços. Também neste caso algumas vigas apresentam deformação no seu plano por deficiente tarugamento em zonas localizadas.

Figura 45 – Vigamento tipo dos

compartimentos Cn_1 Figura 46 – Vigamento de C2_3

Refira-se que não se efectuou o levantamento estrutural do piso do andar recuado (CR) e da cobertura uma vez que, devido às alterações arquitectónicas e ao facto do projecto de arquitectura contemplar a recolocação da clarabóia sobre a caixa de escadas, estes pisos irão ser totalmente remodelados. A opção da manutenção de algumas vigas principais nestes pisos, e que aparentemente se encontram em bom estado, será tomada posteriormente em obra face às novas exigências do projecto de arquitectura, Figura 47 e Figura 48.

Figura 47 – Vigamento do compartimento da trapeira no piso recuado. Marcação da eventual localização da antiga clarabóia.

Figura 48 – Vigamento de um compartimento CR

(16)

Também a estrutura da escada (CE) apresenta bom estado estrutural. Esta constatação baseia-se quer no bom/razoável estado dos elementos observados, quer na inexistência de deformações importantes ou da ocorrência de vibrações significativas por utilização ou imposição de um impacto vertical. No entanto face à rotura de um tubo de abastecimento de água em andares superiores com consequente queda de água, a zona de arranque da escada no R/C alto encontra-se bastante degradada, Figura 49.

Figura 49 – Queda de água sobre arranque das escadas no R/C alto

Da

Figura 50 à Figura 53 apresentam-se as plantas estruturais com a classificação do estado

estrutural das vigas ou de parte delas, tendo como base a recolha dos elementos apresentados nos quadros de vigas já apresentados. De forma a facilitar a visualização do estado de degradação dos diversos elementos por piso, associou-se uma cor à classificação dada ao estado das vigas, cruzando a informação dos quadros com as peças desenhadas.

padieira em granito (partida)

C0_1

Figura 50 – Planta do rés-do-chão alto – Classificação das vigas da escada por estado estrutural/conservação

(17)

VT V3 V2 V1 C1_1 V9 V8 V7 V6 V5 V4 V3 V2 V1 F1 A B C1_2 C1_3 V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 VP V'1 V'2 V'3 V'4 V'5 V'6 V'7 V10 F2 A B B' BOM RAZOÁVEL DEFICIENTE LEGENDA A B

Figura 51 – Planta do piso 1 – Classificação das vigas do piso por estado estrutural/conservação

A B C2_1 V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 C2_2 C2_3 V1 V9 V8 V7 V6 V5 V4 V3 V2 V1 V10 F1 VE 1 V E1 VE 2 VE 2 V E1 VE 1 VE VE1 VE2 VE1 VP VP VP VP VP VP VP A B BOM RAZOÁVEL DEFICIENTE LEGENDA A B V2 V3

(18)

V1 V2 V3 V4 V6 V7 V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 C3_2 C3_1 A B A B V9 V8 V7 V6 V5 V4 V3 V2 V1 V10 F1 V 5 BOM RAZOÁVEL DEFICIENTE LEGENDA A B

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04 | CONCLUSÕES

O presente relatório tem como objectivo concluir acerca do estado estrutural e de conservação da estrutura de madeira do edifício sito na R. dos Lóios, 59, 59A e 59B na cidade do Porto. Foi efectuado pelo Núcleo de Conservação e Reabilitação de Edifícios e Património (NCREP) do Instituto da Construção (IC) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) a pedido do Colectivo Condição Urbana na pessoa da Arq. Adriana Floret.

Para a sua execução o IC-FEUP procedeu a diversas visitas técnicas ao edifício tendo em vista o levantamento do esquema estrutural, a caracterização geométrica das peças de madeira que o compõem e a determinação do seu estado físico.

Foi efectuada a inspecção visual das vigas e das entregas, foram medidos os níveis de humidade relativa em alguns elementos de madeira e foi ainda apreciado o som de resposta obtido por percussão produzido por impacto com um martelo nas vigas de madeira.

Estes procedimentos permitem concluir que:

• as entregas dos vigamentos nas paredes de alvenaria encontram-se em bom estado. Excepção ao piso C0_1 em que as vigas V2 e V3 possuem deficiências nos apoios, sendo necessário proceder à enxertia destas zonas com novas peças de madeira;

• as secções, espaçamentos e tarugamento das vigas dos pavimentos são suficientes, garantindo segurança no novo uso. Em locais pontuais poderá ser necessário repor algum tarugamento uma vez que as vigas apresentam alguma torção no seu plano;

• algumas vigas apresentam ataque de caruncho de 0,5cm a 1,ocm, mas que, aparentemente, se encontram inactivos e que face às secções da viga não reduzem de forma relevante a sua secção resistente.

(20)

Assim recomenda-se a manutenção dos elementos resistentes de madeira dos pisos com substituição de algumas vigas que estão em condições deficientes e que se indicam no ponto 3. Nesta substituição podem ser aproveitadas as vigas existentes em zonas a demolir e que se encontram em bom estado.

Recomenda-se ainda a limpeza das madeiras e a aplicação de um tratamento preventivo/curativo que passa pelas aspersão dos elementos de madeira a manter com um produto tipo “Sarpamer” que poderá também ser dado à trincha.

Porto, 08 de Junho de 2007 Aníbal Costa Prof. Catedrático - UA Esmeralda Paupério Eng. Civil - IC João Miranda Guedes

Prof. Auxiliar - FEUP

Tiago Ilharco Dias

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