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Contextos de aprendizagem: Web 2.0 e o contexto escolar THE WEB AS AN INTERACTIVE EDUCATIONAL TOOL - EDU

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Academic year: 2021

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Contextos de aprendizagem: Web

2.0 e o contexto escolar

THE WEB AS AN INTERA CTIVE EDUCA TIONAL T OOL

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Objetivos de Aprendizagem

• Compreender o que são contextos de aprendizagem.

• Compreender as formas de uso da Web 2.0 no contexto escolar.

Contextos de aprendizagem: Web 2.0 e o contexto

escolar

Conteúdo organizado por Priscila Costa Santos em 2018 do livro Unleashing

Web 2.0: From Concepts to Creativity, publicado em 2007 por Morgan

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Introdução

No tema anterior apresentamos algumas diferenciações e comparações entre a Web 1.0, 2.0 e 3.0. Tais apontamentos eram necessários para que pudéssemos nos aprofundar sobre os tipos de web e a educação.

Agora, iremos enfatizar o uso de ferramentas da Web 2.0 em diferentes contextos, para isso, apresentaremos pesquisas acadêmicas que tratam desse tópico. Neste tema, iremos nos dedicar ao estudo do contexto escolar e ao uso de ferramentas da Web 2.0.

Para Figueiredo (2016), um contexto de aprendizagem é

um conjunto coerente de fatos, circunstâncias e pessoas que acompanham e concretizam uma situação de aprendizagem – o que acontece, para e por que acontece, onde acontece, como acontece, quando acontece e a quem acontece: “O que acontece” representa as atividades que ocorrem durante o processo de aprendizagem, incluindo os processos de avaliação; “Para e por que acontece” corresponde aos objetivos da aprendizagem e aos motivos que sustentam esses objetivos; “Onde acontece” refere-se ao espaço, físico e virtual, simbólico, cultural e político onde a aprendizagem decorre, incluindo as componentes materiais; “Como e quando acontece” descreve as estratégias de aprendizagem; “A quem acontece” inclui alunos, professores e os outros atores envolvidos no processo de aprendizagem. (p. 813)

Em seu texto A pedagogia dos contextos de aprendizagem, Figueiredo (2016) argumenta que os contextos de aprendizagem são todos os eventos, sejam presenciais, híbridos, on-line, por meio de metodologias ativas, em que se

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aprende, independentemente de serem formais ou informais. Assim, ao passo que selecionamos dois contextos de aprendizagem – o escolar e o universitário – como pontos de reflexão sobre o uso das ferramentas da Web 2.0, também retomamos a reflexão, realizada na Unidade 1, sobre o uso das tecnologias digitais como suporte para a alteração ou desenvolvimento de práticas pedagógicas que sejam alinhadas com o currículo, com os objetivos de ensino-aprendizagem e também com os

anseios dos discentes.

O uso da Web 2.0 no contexto escolar

No artigo Práticas pedagógicas com a web 2.0 no ensino fundamental, os autores Bassani, Barbosa e Eltz (2013) apresentam um panorama das práticas pedagógicas, com o uso da Web 2.0, desenvolvidas nos anos finais do ensino fundamental. A pesquisa de cunho exploratório analisou 256 artigos de diversas fontes: Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (SBIE, 2012), Workshop em Informática na Educação (WIE, 2012) e Revista Novas Tecnologias na Educação (Renote, 2012 – números 1, 2 e 3 do volume 10).

Apesar de o levantamento realizado pelos pesquisadores demonstrar que a

quantidade de produções acadêmicas que focalizam o uso da Web 2.0 nos anos finais do ensino fundamental ainda ser reduzida, alguns pontos merecem destaque. Da amostra total de 256 artigos, somente cinco produções contemplavam o

objetivo da pesquisa. Desses cinco artigos selecionados, destacam-se o uso de três ferramentas da Web 2.0: o blog, o prezi e o Google Earth. Enquanto espaço de compartilhamento, colaboração e criação de conteúdos, sejam textos, imagens ou vídeos, e principalmente pela publicização das atividades pedagógicas, o blog, no contexto educacional, é uma das ferramentas da Web 2.0 mais utilizadas.

Segundo Gomes (2005), o blog é

uma página na web que se pressupõe ser atualizada com grande frequência através da colocação de mensagens – que se designam “posts” – constituídas por imagens e/ou textos normalmente de pequenas dimensões (muitas vezes incluindo links para sites de interesse e/ou comentários e pensamentos pessoais do autor) e apresentadas de forma cronológica, sendo as mensagens mais recentes normalmente apresentadas em primeiro lugar. (p. 311)

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Para este autor, os blogs possuem duas funções educacionais: recurso pedagógico e estratégia pedagógica.

Enquanto recurso pedagógico os blogs podem ser um espaço de acesso à informação especializada ou um espaço de disponibilização de informação por parte do professor. Você se recorda de que, na Unidade 1, os dados do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic. br) apontaram que os blogs foram a plataforma mais acessada para preparação de aulas?

O uso de blogs como espaço de acesso à informação, para Gomes (2005), insere-se na

pesquisa e inventariação de blogs que tratem de temáticas com possíveis enquadramentos curriculares ou extracurriculares, que apresentem informação cientificamente correta e adequada aos níveis etários com os quais cada professor esteja a trabalhar e que seja da autoria e responsabilidade de pessoas e/ou instituições de mérito e credibilidade. (p. 313)

Para este autor, o papel do professor é essencial na escolha do blog, seja para indicar aos seus discentes, respeitando a faixa etária e os conteúdos que foram divulgados, ou para o uso na preparação de suas aulas.

O blog nesse contexto pode ser um instrumento relevante para tratar sobre temas controversos, como o uso de drogas na escola ou a diversidade de gênero e sexual. Por sua vez, ainda como recurso pedagógico, o blog pode ser um espaço de

disponibilização de informação por parte do professor. O docente seria o responsável por disponibilizar, periodicamente, informações relevantes para o processo de ensino-aprendizagem, respeitando os conteúdos ministrados. Para Gomes (2005), o uso do blog, além de ser mais uma fonte de recursos, também pode ser uma forma de “incentivar uma prática de consulta (e estudo) continuada, ao invés do ‘estudar antes do teste’” (p. 313).

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Enquanto estratégia pedagógica, o blog pode assumir a forma de: 1) portfólio digital; 2) espaço de intercâmbio e colaboração; 3) espaço de debate – role-playing; e 4) espaço de integração.

Para Gomes (2005), a forma como essa ferramenta é mais usualmente empregada no Ensino Superior é enquanto portfólio digital, porém, não há impedimento para que alunos do Ensino Médio possam realizá-lo. O portfólio é um recurso didático que exige do discente um olhar para o seu processo de aprendizagem, inserindo intencionalmente as informações e os documentos que fazem parte do seu percurso formativo, ou seja, vai além do que somente inserir documentos ou imagens em

um arquivo. O blog, nesse sentido, pode ampliar as formas de representação da aprendizagem, ou seja, os discentes podem utilizar imagens, textos, vídeos ou músicas.

O blog, como espaço de intercâmbio e colaboração entre escolas, versa

sobre a potencialidade no uso desse recurso como interlocutor entre escolas ou comunidades de aprendizagem. Assim,

a possibilidade de desenvolvimento de projetos de comunicação, intercâmbio e colaboração entre escolas pode assumir as mais diversas formas e abarcar as mais diversas temáticas. Um blog pode, por exemplo, servir de espaço de encontro a um conjunto de escolas de pequena dimensão, geograficamente isoladas, com reduzido número de alunos [...], ajudando assim a diminuir esse isolamento e aumentar as oportunidades de convívio e socialização dos seus alunos e professores. (GOMES, 2005, p. 314)

O blog como espaço de debate (role-playing) requer que os discentes ou escolas desempenhem papéis (role-playing) a fim de defender ou argumentar sobre questões relevantes em um debate, apresentando argumentos do ponto de vista do personagem ou da instituição que está sendo representada. Por exemplo: considere uma proposta de expansão do sistema de metrô de uma grande cidade em que foram levantadas as localidades que deveriam ter acesso a esse sistema. O problema é que moradores de um dos bairros argumentam que a chegada do metrô irá tirar a tranquilidade da vizinhança. Organizando a turma em dois grupos, um deverá interpretar os agentes do Sistema de Transporte Público, com o objetivo de argumentar sobre as vantagens no uso e na construção do sistema metroviário, e o outro grupo, por sua vez, representará a Associação de Moradores e deverá

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levantar argumentos contrários ou propostas de recolocação do metrô.

Esse exemplo representa uma das formas como o blog pode ser utilizado enquanto espaço de debate.

Finalmente, o último caso do blog como estratégia pedagógica diz respeito ao seu

uso como espaço de integração. Nessa proposta, a principal função do blog

consiste em promover um espaço em que discentes, em sua diversidade cultural, social, econômica, dentre outras, possam ter um local comum de debate. Ou seja, “a construção de um blog coletivo em que todos são chamados a colaborar apresentando as suas perspectivas, experiências e realidades culturais pode ser uma forma de promover a compreensão mútua e facilitar a integração dos alunos pertencentes a minorias étnicas e/ou culturais” (p. 315).

Voltando ao trabalho Práticas pedagógicas com a web 2.0 no ensino fundamental, sobre o qual estávamos discorrendo, em relação aos principais instrumentos da Web 2.0 utilizados no contexto escolar, especialmente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, iremos nos debruçar agora sobre o uso do prezi.

O prezi (<prezi.com>), atualmente é um dos principais recursos gratuitos de

apresentação de conteúdo. Dentre as características que apontamos da Web 2.0, o prezi possui inúmeras delas, como: a possibilidade de construção colaborativa em uma mesma apresentação, a inserção de diversos tipos de mídias digitais, uso com ou sem acesso à internet, a visualização da apresentação pode ser realizada off-line. A finalidade desse recurso é a construção dinâmica de apresentações, diferindo daquelas estáticas comumente realizadas no Power Point. No contexto educacional, essa ferramenta pode facilmente contribuir para a construção de narrativas digitais. A última ferramenta mencionada no artigo de Bassani, Barbosa e Eltz (2013) é

o Google Earth (<https://www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/>). Este recurso é

comumente utilizado nas aulas de Geografia e História, consiste em um navegador geográfico tridimensional que permite visualizar cidades, paisagens, relevos,

oceanos, enfim, todos os espaços que compõem o planeta Terra. Nesse recurso, além da ferramenta de localização, que pode ser utilizada a partir da busca por nomes de cidades ou pelas coordenadas geográficas, também há um espaço destinado ao contexto educacional.

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No campo “Viajante” estão disponíveis diversos conteúdos educacionais, pelos

quais os discentes são convidados a aprender sobre temas navegando pelos mapas. Um exemplo de tema é “O dia em que os dinossauros morreram”, em que são

apresentadas as regiões, os tipos de paisagens e relevos mais comuns no período em que os dinossauros habitavam o planeta, além de vídeos de pesquisadores relatando sobre as possíveis causas de sua extinção.

Figura 8.1 – Google Earth – viajante: educação

Fonte: Google Earth.

No tema seguinte, iremos apresentar a Web2.0 e a sua inserção no Ensino Superior através de duas pesquisas. Boas reflexões!

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Saiba Mais

Leituras:

O texto indicado a seguir, elaborado por Antonio Dias Figueiredo, defende uma concepção dos contextos de aprendizagem inspirada nas abordagens dos profissionais do design.

“A pedagogia dos contextos de aprendizagem.” Disponível em:

<https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/28989>. O texto indicado a seguir, elaborado por Patrícia Brandalise Scherer Bassani, Débora Nice Ferrari Barbosa e Patrícia Thoma Eltz, apresenta um panorama das práticas pedagógicas com o uso da web 2.0,

desenvolvidas nos anos finais do Ensino Fundamental.

“Práticas pedagógicas com a web 2.0 no ensino fundamental.” Disponível em: <https://doi.org/10.5335/rep.2013.3556>.

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Na ponta da língua

Referências Bibliográficas

BASSANI, P. B. S.; BARBOSA, D. N. F.; ELTZ, P. T. Práticas pedagógicas com a web 2.0 no ensino fundamental. Espaço Pedagógico, Passo Fundo, v. 20, n. 2, p. 286-300, jul./dez. 2013. Disponível em: <http://www.seer.upf.br/index.php/rep/article/ viewFile/3556/2357>. Acesso em: 7 dez. 2020.

FIGUEIREDO, A. D. A pedagogia dos contextos de aprendizagem. Revista

e-Curriculum, São Paulo, v. 14, n. 03, p. 809-836 jul./set. 2016. Disponível em:

<https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/28989>. Acesso em: 7 dez. 2020.

GOMES, M. J. Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica. VII Simpósio

Internacional de Informática Educativa – SIIE05. Anais… Leiria (Portugal), 2005. Disponível em: < https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4499/1/Blogs-final.pdf>. Acesso em: 7 dez. 2020

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ATIVIDADES DE AUTOESTUDO

a) Somente as assertivas I e II são verdadeiras. b) Somente as assertivas III e IV são verdadeiras. c) Somente as assertivas I, II e III são verdadeiras. d) Todas as assertivas são verdadeiras.

1. Analise as assertivas a seguir, em relação

aos contextos de aprendizagem:

I. Os contextos de aprendizagem são um conjunto de acontecimentos,

conjunturas e pessoas que fazem parte de uma situação de aprendizagem. II. Existem sete perguntas que devem nortear o estudo dos contextos de

aprendizagem, são elas: o que acontece, para e por que acontece, onde acontece, como acontece, quando acontece e a quem acontece.

III. Os contextos de aprendizagem são eventos, formais ou informais, onde se aprende.

IV. Os contextos de aprendizagem necessariamente envolvem o uso da internet e das TDIC.

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a) Somente uma assertiva é verdadeira. b) Somente duas assertivas são verdadeiras. c) Somente três assertivas são verdadeiras. d) Todas as assertivas são verdadeiras.

2. O blog é um dos principais recursos da Web

2.0. Sobre ele, assinale os itens corretos:

I. O blog é uma página na web que implica atualização periódica através de posts.

II. Os posts são mensagens constituídas por imagens ou textos, normalmente de pequenas dimensões, inseridas nos blogs.

III. Os blogs, enquanto recurso pedagógico, podem ser um espaço de acesso à informação especializada ou de disponibilização de informação por parte do professor.

IV. Os blogs, enquanto estratégias pedagógicas, podem assumir quatro formas: portfólio digital, espaço de intercâmbio e colaboração, espaço de debate – role-playing – e espaço de integração.

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3. Sobre os três recursos da Web 2.0

apresentados neste tema (blog, prezi e

Google Earth), assinale a alternativa correta:

a) O blog, enquanto recurso pedagógico, pode ser utilizado como espaço de integração, entretanto, muitas instituições escolares optam por utilizar essa ferramenta como repositórios de conteúdos.

b) O prezi, apesar de ser um dos principais recursos de apresentação de conteúdos, ainda é limitado, já que exige dos usuários um alto nível de conhecimento e o uso constante da internet.

c) O blog, enquanto estratégia pedagógica, pode assumir diversas formas, porém, somente o espaço de debate é capaz de promover a interação entre os usuários.

d) O Google Earth, ferramenta do Google, é comumente utilizado em aulas de História ou Geografia. Existe um espaço destinado exclusivamente para o uso educacional que vai além da visualização de cidades, paisagens, relevos e oceanos.

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Unleashing Web 2.0: From Concepts to Creativity

Gottfried Vossen and Stephan Hagemann Morgan Kaufmann Publishers © 2007

Referências

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