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A PARTICIPAÇÃO COMO PRINCÍPIO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA E DA GARANTIA DE DIREITOS DOS CIDADÃOS

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Academic year: 2021

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ISSN 2176-1396

A PARTICIPAÇÃO COMO PRINCÍPIO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

E DA GARANTIA DE DIREITOS DOS CIDADÃOS

Maria de Lourdes do Prado Krüger D’almeida 1- PUCPR Cloves Antonio Amissis Amorim 2- PUCPR Grupo de Trabalho – Políticas Públicas, Avaliação e Gestão da Educação Básica Agência Financiadora: não contou com financiamento.

Resumo

O presente artigo aborda a participação democrática como pressuposto ou requisito inerente à garantia do direito à educação. Nessa direção, defende-se que a escola é um espaço privilegiado para a vivência democrática e o aprendizado da participação. Isso se deve à constatação de que a democracia é construída na vivência e exige participação, diálogo, consensos, autonomia, entre outros princípios. O problema central da pesquisa é: a escola pública constitui-se num espaço de garantia do direito à educação de qualidade, no que diz respeito à participação no processo de vivência democrática? Como opção metodológica, a pesquisa utilizou a abordagem qualitativa e articulou procedimentos de pesquisa bibliográfica com procedimentos de pesquisa de campo. A análise bibliográfica apoia-se em: Arroyo (2007), Cury (2007), Dourado (2001), Eyng (2007), Estevão (2006), Freire (1996), Freitas (1998), Gadotti (2000), Gomes (2005), Lück (2000), Luiz (2010), Moreira (2002), Saviani (2001), Teixeira (1956) e nos documentos: Caderno 5 do MEC, Constituição Federal (1988), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996). No estudo de campo, são analisados dados coletados por meio de entrevistas estruturadas com 773 sujeitos, em escolas públicas. Na análise dos dados, observa-se que a maioria dos entrevistados do segmento da escola relata como modelo de gestão adotado pela escola o democrático e citam os mecanismos de participação recomendados em lei, dados que se contrapõem a formas de participação mais lembradas pelos pais, que são as reuniões que, infelizmente, muitas vezes, têm um formato de informativas e para entrega de avaliações, não promovendo a participação de fato. Portanto ainda existem muitos desafios a serem vencidos para que a escola pública constitua-se num espaço de garantia do direito à educação de qualidade, com respeito à participação no processo de vivência democrática.

1

Pedagoga pela Universidade Federal do Paraná (1991). Mestrado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2011). Atua como Pedagoga na Secretaria Municipal de Educação, no Departamento de Ensino Fundamental, trabalhando na Gestão Escolar como representante da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente em Situação de Risco para Violência. E-mail: maluprado@onda.com.br.

2

Psicólogo pela UFPR, Especialista em Didática, Mestre em Educação pela PUCPR, doutorando na mesma instituição. Docente do Curso de Psicologia da PUCPR desde 1991, atuando nos cursos de formação de professores. Consultor em Psicologia da Educação. E-mail:clovesamorim@hotmail.com.

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Palavras-chave: Educação. Vivência Democrática. Participação. Garantia de Direitos. Introdução

O presente artigo aborda a participação democrática como pressuposto ou requisito inerente à garantia do direito à educação. Nessa direção, defende-se que a escola é um espaço privilegiado para a vivência democrática e o aprendizado da participação. Isso se deve à constatação de que a democracia é construída na vivência e exige participação, diálogo, consensos, autonomia, entre outros princípios, pois “[...] toda ação é um ato partilhado, a ideia de participação faz-se a matriz de toda atividade humana e a criança na escola deve poder sentir quanto o seu desenvolvimento é um desenvolvimento em conjunto” (TEIXEIRA, 1956, p. 6).

A pesquisa orientou-se na abordagem qualitativa, abrangendo estudo bibliográfico, análise de documentos e dados do banco de dados do observatório de Violências nas Escolas da PUCPR. Os dados analisados foram extraídos da pesquisa empírica intitulada Educação

básica de qualidade para todos: políticas e práticas no contexto das escolas públicas, que

envolveu 14 escolas públicas de educação básica de sete municípios, incluindo Almirante Tamandaré, Araucária, Campo Largo, Colombo, Curitiba, São José dos Pinhais e Pinhais. A coleta de dados empíricos foi realizada por meio de entrevistas estruturadas, abrangendo 773 sujeitos participantes, sendo o total de 489 alunos, 51 professores, 24 equipes pedagógico-administrativas, 47 funcionários, 127 pais e 14 conselheiros tutelares. Na análise aqui desenvolvida, serão consideradas as percepções de pais e da equipe pedagógico-administrativa sobre gestão, modelo de gestão e formas de participação nas escolas.

O problema central da pesquisa é: a escola pública constitui-se num espaço de garantia do direito à educação de qualidade, no que diz respeito à participação no processo de vivência democrática?

A democracia como modelo e a participação como princípio estão em debate há várias décadas no Brasil, embora a discussão tenha sido intensificada a partir da década de 1980, quando da aprovação da Constituição Federal de 1988, estabelecendo como princípios para a educação brasileira: obrigatoriedade, gratuidade, liberdade, igualdade e gestão democrática, essa última regulamentada pela Lei nº 9394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação do Brasil (LDB). A referida Lei reafirma o texto constitucional ao estabelecer no artigo 2º os fins da educação nacional, afirmando entre seus princípios: “[...] gestão

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democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino ” (BRASIL, 1996) e definindo, no artigo 14º, a gestão democrática como modelo de gestão das escolas públicas.

Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. (BRASIL, 1996).

Para se chegar à garantia do direito à educação participativa e democrática, tem-se desenvolvido um processo histórico de conquista e luta, mas infelizmente é possível observar que ainda temos um longo caminho a percorrer. Em muitas ocasiões, a garantia de direitos já assegurados é obtida na força da lei, sendo ainda necessárias mudanças culturais para garantia dos direitos. Nesse sentido, outra questão importante a considerar é que a afirmação da democracia, na legislação educacional, não garante que ela aconteça de fato, trata-se de um processo que precisa ser construído em conjunto. A análise acerca da questão proposta apoia-se em: Arroyo (2007), Cury (2007), Dourado (2001), Eyng (2007), Estevão (2006), Freire (1996), Freitas (1998), Gadotti (2000), Gomes (2005), Lück (2000), Luiz (2010), Moreira (2002), Saviani (2001), Teixeira, (1956), e nos documentos: Caderno 5 do MEC, Constituição Federal (1988) e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996).

O que se entende por gestão escolar?

A gestão escolar constitui-se uma dimensão importantíssima da educação, uma vez que, por meio dela, consideram-se a escola e os problemas educacionais globalmente, possibilitando uma visão estratégica e de conjunto. As concepções, e por consequência o modelo de gestão, foram vistas, segundo Freitas (1998, p. 2), “[...] como o ponto crítico da educação brasileira, na década de 80, a gestão educacional foi adquirindo centralidade na agenda de política educacional dos governos dos anos 90”. Tal centralidade deve-se à busca pela democratização do Estado, da sociedade e, obviamente, da escola, na tentativa de:

Engendrar um “novo” padrão de gestão educacional, reordenado segundo parâmetros da “modernização” do Estado e da sociedade, tornou-se projeto justificado tanto em razão de um presumido potencial que teria para assegurar a equidade e qualidade do ensino, quanto pelo seu possível papel instrumental no incremento da cidadania e da ordem democrática. (FREITAS, 1998, p. 2).

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A afirmação de Freitas reforça a importância e a complexidade na efetivação da gestão educacional democrática para assegurar a equidade e a qualidade do ensino. A gestão democrática fundamenta-se na concepção de democracia como sistema político que, segundo Estevão (2006, p. 29), “[...] corresponde a uma utopia que intenta a liberdade e a igualdade dos cidadãos. Ela está, por isso, intimamente articulada com os direitos humanos, encorajando à participação e empenho de todos na construção do bem comum”.

Essa ideia é bastante interessante e sugere o envolvimento de pessoas com vontade de gerar novos modos de fazer, pensar e administrar a educação pública. A gestão da escola pública envolve especificidades que vão muito além da aplicação de métodos e técnicas, pois necessita da participação efetiva e democrática da comunidade na gestão da escola, num ambiente de respeito, no qual todos os que estão direta ou indiretamente envolvidos no processo escolar possam participar das decisões que dizem respeito à organização e ao funcionamento da escola. Aí está a importância e a complexidade que envolve tal intento, pois essa forma de gestão não pode ser pautada no modelo tradicional, no qual ocorre a concentração de autoridade nas mãos de uma só pessoa, o diretor, que se torna o responsável por todas as decisões, mas precisa caminhar para uma forma de participação que propicie a distribuição da responsabilidade de maneira mais adequada, para atingir os objetivos identificados com a transformação social.

Superar o modelo tradicional de gestão e construir processos democráticos é um grande desafio frente aos processos históricos e às vivências de cada comunidade escolar. Para caminhar na direção de formas mais democráticas e trabalhar na desconstrução de práticas centralizadoras, é fundamental considerar o modo como as pessoas envolvidas na efetivação desses processos compreendem a gestão escolar. Com o objetivo de compreender o entendimento da equipe pedagógico-administrativa (EPA) e dos pais/responsáveis sobre gestão escolar, foi perguntado a eles: o que você entende por gestão escolar? Na análise das respostas, foram identificadas seis categorias: Dirigir, organizar, administrar: EPA (32%), Pais (18%); Definição de funções, desempenho: EPA (12%), Pais (1,9%); Participação democrática, coletiva: EPA (28%), Pais (3,8%); Visão do todo: EPA (20%), Pais (0,9%); Outros: EPA (8%), Pais (15,2%); Não sabe: EPA (0%), Pais (60%). Com isso, observaram-se as seguintes compreensões:

Gestão escolar entendida como dirigir, organizar, administrar: foram assim

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órgãos da escola” (EPA 7); “[...] é a forma de administrar a escola” (EPA 12); “[...] forma de direcionar o trabalho dentro do estabelecimento” (EPA 20); “[...] gestão é gerenciar e deixar tudo organizado” (Pai 4); “Gestão é a organização da escola” (Pai 7); “Administração da escola” (Pai 35); “Diretor é que indica qual é a educação” (Pai 105); “É o ensino, a administração voltada para um ensino das crianças” (Pai 119).

Gestão escolar entendida como definição de funções, desempenho: foram assim

explicadas: “[...] equipe que possa desenvolver trabalhos para melhorar a qualidade do ensino” (EPA 10); “[...] é todo corpo de coordenação, que vai direcionar o trabalho do corpo docente” (EPA 14); “[...] equipe que trabalha em função do andamento da escola” (EPA 19); “Responsabilidade pela escola” (Pai 42); “Administração é boa, conversam, atendem” (Pai 62).

Gestão escolar entendida como participação, democrática, coletiva: foram assim

explicadas: “[...] tomada de decisão de forma coletiva” (EPA 4); “[...] tem que ser democrática” (EPA 15); “[...] trabalho coletivo” (EPA 16); “[...] é uma hierarquia que precisa existir, mas que há necessidade de ser democrática e participativa” (EPA17); “[...] articulação da direção com todos os membros da comunidade escolar” (EPA 24); “[...] Gosta de direção e pedagoga da escola tem participação e atenção” (EPA 15); “Participar profundamente no que foi atribuído” (Pai 57).

Gestão escolar entendida como visão do todo: foram assim explicadas: “[...] gestão

escolar é quando o todo da escola está indo bem. É saber organizar a escola como um todo” (EPA 2); “[...] tudo o que se trabalha na escola, o conjunto” (EPA 11); “[...] gerir todo o espaço, as pessoas, flexibilidade de estar em todas as dimensões da escola: professores, pais, administrativo, financeiro” (EPA 18); “[...] algo que se conquista e se trabalha no dia a dia, visão ampla de todos os segmentos da escola. A gestão é APPF, conselho, direção juntos com visão ampla e democrática” (EPA 23); “Comandar bem desde o ambiente até o entorno com professores formados” (Pai 19).

Entre os Outros, houve os seguintes posicionamentos: “[...] escola ter autonomia, o

estado, a escola e o pedagogo também” (EPA 9); “[...] dificuldade, responsabilidade grande: alunos, professores” (EPA 21); “Educação em sala de aula” (Pai 13); “O que eles ensinam” (Pai 20); “Pessoa que se propõe a fazer algo, que tenta mostrar” (Pai 23); “Ela é muito boa aqui na escola” (Pai 47); “Formação do aluno e do ser humano” (Pai 68); “Não sei, não posso ir em reuniões, mas o pai que vai” (Pai 98); “[...] é boa” (Pai 113, Pai 115).

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Não sabe, desconhece: “Não sei, mas não tenho o que reclamar” (Pai 16); “Não sei

explicar” (Pai 37); “Não lembro” (Pai 61); “Não tenho a mínima ideia” (Pai 81); “Desconheço” (Pai 126).

É importante observar que tanto alguns pais como EPA consideram a gestão como uma forma de dirigir, administrar e organizar a escola, reforçando a ideia de Lück (2000, p. 11):

[...] constitui uma dimensão e um enfoque de atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino orientadas para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no conhecimento.

Observa-se, ainda, a tendência em delegar a gestão à direção e à equipe pedagógica da escola, quando ocorrem citações sobre funções, desempenhos, a visão do todo e comandar tudo, pois alguns já ensaiam uma visão que aponta para a gestão democrática e a participação como uma forma de gestão escolar.

Outro dado significativo é um grande número de pais que desconhecem o que é gestão escolar, apontando para a necessidade de um trabalho no sentido de divulgar e trazer reflexões sobre a temática, inclusive esclarecendo o papel dos pais e dos estudantes nesse processo, levando em conta a contribuição de Anísio Teixeira (1967, p. 13), que em sua luta pela democracia já afirmava, há quase 50 anos, que o “[...] desenvolvimento relativamente recente da história humana” fundava-se no “[...] pressuposto de que ninguém é tão desprovido de inteligência que não tenha contribuição a fazer às instituições e à sociedade a que pertence” e que a sociedade democrática não acontece de forma espontânea e deliberada, ela precisa ser uma opção “[...] e só se realiza, se é que chegará um dia a realizar-se, por um tremendo esforço educativo” (TEIXEIRA, 1956, p. 10).

Qual o modelo de gestão adotado pela escola?

Durante a pesquisa, foi perguntado à equipe pedagógico-administrativa qual o modelo de gestão adotado pela escola na qual atuam e dos 24 participantes da pesquisa: 17 responderam apenas com uma palavra: democrática (70,8%); 3 responderam democrática

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responderam não saber por não ter tido acesso ao Projeto Político-Pedagógico (8,3%); 1 não quis responder (4,1%).

O reconhecimento da gestão democrática como modelo adotado pela escola é grande para as equipes pedagógico-administrativas. Entretanto, esse dado não se confirma quando cruzado com as respostas dos pais, o que leva a refletir que muitas vezes as respostas ocorrem em virtude de um discurso politicamente correto no meio educacional. Embora provavelmente nos documentos institucionais das escolas de fato esteja definida a gestão democrática como modelo, tal definição não garante a gestão democrática como prática. Ainda assim, dificilmente alguém teria coragem de declarar outra forma de gestão como tradicional ou autoritária.

A constituição de práticas referendadas no princípio da participação da gestão democrática, conforme normatizado na Constituição Federal, na LDB e no Plano Nacional da Educação, requer a superação de processos de históricos de gestão, conforme esclarece Cury (2007).

A gestão democrática, enquanto temática histórica nos move em direção contrária àquela mais difundida em nossa trajetória política, em que os gestores se pautam ora por um movimento paternalista, ora por uma relação propriamente autoritária. Paternalismo e suas variantes, autoritarismo e congêneres são formas de pensar e agir sobre o outro não reconhecido como igual. (CURY, 2010, p. 1).

A superação do movimento paternalista e do autoritarismo exige autoavaliação constante e práticas que favoreçam a cooperação e o respeito aos outros como iguais, pois a gestão democrática requer “[...] ao mesmo tempo, transparência e impessoalidade, autonomia e participação, liderança e trabalho coletivo, representatividade e competência a gestão democrática é uma gestão de autoridade compartilhada” (CURY, 2007, p. 2).

Acredita-se que a gestão democrática3 favorece a garantia de direitos quando defende a participação coletiva e responsável na definição de princípios, objetivos e decisões a serem tomadas, quando da elaboração coletiva do Projeto Político-Pedagógico, do Plano de ação e do Regimento Escolar. Assim, para garantir a participação da comunidade escolar e dar voz a essas categorias, deve-se optar pela gestão democrática, para tanto, conforme Eyng (2007):

3

A gestão implica um ou mais interlocutores com os quais se dialoga pela arte de interrogar e pela paciência em buscar respostas que possam auxiliar no governo da educação, segundo a justiça. Nessa perspectiva, a gestão implica o diálogo como forma superior de encontro das pessoas e solução dos conflitos. [...] A gestão, dentro de tais parâmetros, é a geração de um novo modo de administrar uma realidade e é, em si mesma, democrática, já que se traduz pela comunicação, pelo envolvimento coletivo e pelo diálogo. (CURY, 2007).

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Na definição da concepção de gestão é essencial ter presente que sua finalidade está em promover a negociação e a liderança na tomada de decisão que exige visão interdisciplinar e sistêmica, além do domínio de técnicas administrativas e capacidade para aprender coisas novas, de análise e de julgamento no enfrentamento dos desafios da educação [...] (EYNG, 2007, p. 187).

A gestão democrática envolve a participação coletiva, possibilitando o comprometimento dos envolvidos, as decisões, o mecanismo de controle, participação esta que traz responsabilidade e sentimento de pertença.

Uma escola que vivencia direito de participação acolhe e envolve as famílias com a educação dos filhos, promovendo encontros para discutir questões relativas aos direitos humanos. Outro ponto forte é a construção de espaços de avaliações com representantes dos diversos segmentos da comunidade escolar, visando o aprimoramento das ações desenvolvidas. Prestar atenção ao ambiente da escola, abrangendo infraestrutura e pessoal, buscando promover um espaço humano, democrático, aberto ao diálogo e à afetividade, com direitos e deveres estabelecidos.

Existe participação da comunidade na gestão da escola? De que forma?

O Caderno 5 do MEC – Conselho Escolar, Gestão Democrática da Educação e Escolha do Diretor traz reflexões bem interessantes quanto à importância da participação, afirmando que a participação constitui uma das bandeiras fundamentais a serem implementadas pelos diferentes atores que constroem o cotidiano escolar (BRASIL, 2004, p. 15). A participação pode ser entendida como:

[...] processo complexo que envolve vários cenários e múltiplas possibilidades de organização. Ou seja, não existe apenas uma forma ou lógica de participação: há dinâmicas que se caracterizam por um processo de pequena participação e outras que se caracterizam por efetivar processos em que se busca compartilhar as ações e as tomadas de decisão por meio do trabalho coletivo, envolvendo os diferentes segmentos da comunidade escolar. Isso quer dizer que alguns processos chamados de participação não garantem o compartilhamento das decisões e do poder, configurando-se como mecanismo legitimador de decisões já tomadas centralmente. (BRASIL, 2004, p. 26).

Para que ocorra a participação de fato são necessários cuidados com os mecanismos legitimadores de poder, especialmente com a tendência de alguns diretores a conduzir todas as ações, sem solicitar previamente as sugestões da comunidade escolar.

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Mas a participação ainda é um desafio e exige formação. Quem sabe se começar com essa geração que está nas escolas, seja possível haver uma participação de fato, conforme preconiza Luiz (2010, p. 60):

A formação para uma participação que signifique “ser parte, fazer parte e tomar parte”, três elos de uma concepção que vai muito além de meras consultas sobre eventuais temas que são apresentados aos pais dos alunos, ocorre no interior do amplo movimento que se deseja democrático na sociedade brasileira, nos limites da reforma do Estado e das novas demandas do capital transnacional que se impõem aos países como uma nova forma de colonização econômica.

O sistema de ensino gerido democraticamente é aquele no qual as decisões (técnicas, pedagógicas e financeiras) são fruto de amplas discussões com a comunidade e com profissionais envolvidos dos diferentes setores e níveis da educação.

Para obter um panorama da participação da comunidade na gestão da escola foi feito o seguinte questionamento à equipe pedagógico-administrativa e aos pais: Existe participação da comunidade na gestão da escola? A tabela a seguir mostra a opinião dos entrevistados. Tabela 1 – Existe participação da comunidade na gestão da escola?

PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE PAIS % EPA %

SIM 79 62,2% 23 95,8%

NÃO 26 20,5% 1 4,2%

NÃO RESPOSTA 22 17,3% 0 0%

TOTAL 127 100% 24 100%

Fonte: Dados da pesquisa Educação básica de qualidade para todos: políticas e práticas no contexto das escolas públicas, realizada pela equipe do Observatório de Violências nas Escolas da PUCPR.

Comparando os dados, observa-se que, na visão dos pais, ainda é necessário criar mecanismos para ampliar a participação, o que, na visão da EPA, já está quase plenamente ocorrendo, mas acredita-se na participação democrática, entendida a partir da possibilidade de efetivo envolvimento, no qual são necessários o diálogo e a tomada de decisão coletiva, abrindo mão de interesses pessoais para atingir objetivos comuns.

A gestão implica um ou mais interlocutores com os quais se dialoga pela arte de interrogar e pela paciência em buscar respostas que possam auxiliar no governo da educação, segundo a justiça. Nesta perspectiva, a gestão implica o diálogo como forma superior de encontro das pessoas e solução dos conflitos. (CURY, 2015, p. 1). A gestão democrática pressupõe a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar; a garantia de pleno acesso às informações referentes aos assuntos escolares a todas as pessoas da escola, pedagogos, professores, funcionários, educadores, alunos e familiares; a garantia do respeito à vontade da maioria, possibilitando o

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comprometimento dos envolvidos, decisões, mecanismo de controle, participação esta que traz responsabilidade e sentimento de pertença.

Para saber qual a forma de participação da comunidade na gestão da escola, foi feito o seguinte questionamento à equipe pedagógico-administrativa e pais: Qual a forma de participação da comunidade na gestão da escola? A tabela 2 mostra a opinião dos entrevistados sobre qual a forma de participação.

Tabela 2 – Formas de participação da comunidade na gestão

FORMA DE PARTICIPAÇÃO PAIS % EPA %

Associação de pais e mestres e funcionários (apmf) 7 8,5% 17 40,4%

Conselhos de escola 4 4,8% 13 30,9%

Colegiados 0 0% 1 2,3

Reuniões 40 48,7% 5 11,9

Palestras 3 3,6% 1 2,3

Bilhetes 2 2,4% 0 0

Atividades extra curriculares, projetos, festas 2 2,4% 4 9,5

Caixa de sugestões, dar opiniões 4 4,8% 0 0

Gremio estudantil 0 0% 1 2,3

Outros 9 10,9% 0 0

Não sabe 11 13,4% 0 0

Total de respostas 82 100% 42 100%

Fonte: Dados da pesquisa Educação básica de qualidade para todos: políticas e práticas no contexto das escolas públicas, realizada pela equipe do Observatório de Violências nas Escolas PUCPR.

Novamente observa-se que não há consenso entre a opinião de pais e EPA, pois a maioria dos pais cita as reuniões como mecanismo de participação e a EPA traz a APMF e Conselhos de Escola, que é o que orienta a legislação para que ocorra a gestão democrática.

Ainda há muito a aprender para praticar a democracia, pois historicamente passa-se por um período de regime militar que orientava para o respeito às ordens, sem questionamentos ou críticas, e somente a partir de 1980 o autoritarismo passou a ser criticado, na esteira das grandes e contínuas transformações sociais, científicas e tecnológicas que passaram a exigir maior participação da sociedade nos diversos espaços sociais, sendo as escolas apontadas como lugares que poderiam favorecer o exercício da cidadania por meio de uma educação para a democracia.

A LDB nº 9394/96 destaca a importância da articulação entre comunidade e escola, estabelecendo no Art. 12, Parágrafo VI, que os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola. Esse artigo reforça a importância da participação da comunidade na gestão escolar. Todavia essa

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participação não pode ser encarada como um mecanismo de controle, mas, sim, de responsabilidade pelo processo pedagógico e de formação do cidadão e da própria sociedade.

A participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática das escolas, possibilitando o envolvimento de profissionais e usuários no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização do espaço educativo. Além disso, proporciona um melhor conhecimento dos objetivos e metas, estrutura e organização e de sua dinâmica, das relações das escolas com a comunidade e favorece uma aproximação. Essa participação está relacionada não somente ao acesso da população aos serviços públicos de qualidade, mas, também, à tomada de decisões dos seus interesses.

Uma gestão democrática precisa da participação ativa da comunidade, no momento de partilhar o poder e tomar uma decisão. Implica a efetivação de novos processos de organização e gestão baseados em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos e participativos de decisão. Nesse sentido, a participação constitui um processo fundamental a ser implementado pelas diferentes pessoas que constroem o cotidiano da educação.

O Conselho Escolar é um importante espaço no processo de democratização da escola, à medida que reúne: diretores, professores, funcionários, estudantes, pais e outros representantes da comunidade para discutir, definir e acompanhar o desenvolvimento das questões administrativas, pedagógicas e financeiras que possam intervir no funcionamento da escola.

É no Conselho que os problemas da gestão escolar devem ser discutidos e é nele que as reivindicações educativas serão analisadas para, se for o caso e dependendo dos encaminhamentos e da votação em plenária, serem aprovadas e remetidas para o corpo diretivo da escola que se encarregará de colocá-las em prática. (GADOTTI, 2000, p. 72).

Os conselhos de escola devem representar a comunidade escolar no enfrentamento de desafios educativos e de problemas sociais, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Dentre esses desafios, poderia ser citada a garantia de direitos de crianças e adolescentes, inclusive o direito de exercitar a cidadania, a participação e a educação de qualidade.

A participação e a cooperação ocorrem necessariamente a partir da convivência da criança com seus pares, com os adultos e com o diálogo, que é fundamental a uma unidade de ensino e cuidado que se pretenda democrática. A importância do diálogo é sintetizada por Moreira ao ouvir a opinião de especialistas na área:

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[...] o diálogo é visto como instrumento de ensino, de mediação entre grupos distintos, de democratização da escola e da sociedade, de criação de consensos culturais e cognitivos, de eliminação de barreiras entre as diferenças. (MOREIRA, 2002, p. 4).

Então é fundamental a cada escola abrir espaços para que os estudantes, a comunidade e a equipe escolar conversem entre si, levantando pontos a serem melhorados nos espaços e nas atividades a serem desenvolvidas.

Garantia do direito à educação de qualidade: respeito e participação democrática

Não é qualquer educação que dará conta de garantir a democracia. Ela deve ser uma educação que transcenda a garantia de acesso à escola, uma escola de qualidade voltada à vivência dos princípios democráticos, objetivando formar um estudante em sua integralidade, que participe efetivamente na constituição de uma sociedade mais justa.

A educação é um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988 e é um bem público de caráter próprio por implicar a cidadania e seu exercício consciente, por qualificar para o mundo do trabalho, por ser gratuita e obrigatória e por ser, também, dever do Estado.

Assim como o direito à educação foi conquistado por meio de lutas históricas, o tema da gestão democrática da educação surge a partir dos movimentos que resultaram em conquistas democráticas para a sociedade brasileira durante a década de 1980. Tais manifestações tiveram como bandeira a luta em defesa da escola pública e por melhores condições de trabalho e remuneração para os professores, incluindo também reivindicações por mudanças na gestão da organização da educação e a valorização do magistério como profissão.

[...] a situação educacional configurada a partir das reformas instituídas pela ditadura militar logo se tornou alvo da crítica dos educadores, que crescentemente se organizavam em associações de diferentes tipos, processo esse que se iniciou em meados da década de 1970 e se intensificou ao longo dos anos de 1980. (SAVIANI, 2001, p. 45).

A determinação legal não garante a vivência da democracia, pois é necessário que toda a comunidade escolar reconheça as possibilidades, responsabilidades e benefícios da gestão democrática na educação. Freire (1996, p. 25) afirma que: “[...] não se muda a cara da escola por portaria. Não se decreta que, de hoje em diante, a escola será competente, séria e alegre. Não se democratiza a escola autoritariamente”. A vivência da democracia exige a criação de espaços nos quais professores, funcionários, alunos, pais e/ou responsáveis possam discutir

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criticamente o cotidiano escolar. Nesse sentido, para que a escola seja de fato democrática, precisa vivenciar alguns princípios. A função da escola é formar indivíduos críticos, criativos e participativos, com condições de participar criticamente do mundo do trabalho e de lutar pela democratização da educação em nosso país.

Uma escola que se pretenda democrática é aquela na qual as decisões pedagógicas e financeiras passam por discussões com a comunidade e com profissionais envolvidos dos diferentes setores e níveis da educação.

É indiscutível que a escola tem um papel fundamental na construção de uma sociedade que vivencie a democracia, pois pode desenvolver ações para a formação de cidadãos, por meio de práticas para o reconhecimento e vivência de princípios democráticos.

A escola democrática é, por sua vez, a escola que põe em prática esse ideal democrático e procura torná-lo a atitude fundamental do professor, do aluno e da administração. [...] deveremos julgar cada um dos fatores da escola: currículo, métodos, organização, ou sejam, atividades, processos e relações entre os três grupos de trabalho da escola, alunos, professores, administradores.(TEIXEIRA, 1956, p. 4).

A escola tem uma função social clara. Ela deve garantir o direito à educação com qualidade para todas as crianças e adolescentes. Não se pode discutir as características de uma escola que vivencia princípios democráticos sem pensar no contexto mais geral no qual a escola está inserida e na cultura por ela transmitida.

Um dos maiores desafios da história da educação é organizar uma escola que seja, ao mesmo tempo, de qualidade e democrática, isto é, que não ofereça aos pobres uma escolaridade pobre, mas que efetivamente consiga que os alunos, mesmo socialmente desprivilegiados, aprendam. (GOMES, 2005, p. 286).

Para a vivência de princípios democráticos, é importante conhecer as trajetórias dos sujeitos: “precisa-se conhecê-los como sujeitos plenos, concretos, em percursos sociais complexos [...] conhecê-los não apenas como alunos, mas como pessoas” (ARROYO, 2007, p. 68). O autor afirma ainda que se ignoram suas trajetórias sociais, de classe, gênero, raça e idade. Sabendo pouco sobre eles, não há condições de capacitá-los para se entender e para entender o mundo em que lhes toca viver (ARROYO, 2007, p. 104).

Poder-se-ia pensar quais seriam algumas características, ações e elementos de uma escola que se pretenda democrática. Entre elas, podem-se citar: o modelo de gestão, a elaboração coletiva do Projeto Político-Pedagógico, do Regimento Escolar e do Plano de Ação da Escola, acolhimento e envolvimento das famílias, formação continuada, a previsão

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em seu currículo explícito e oculto de espaços para discussão das temáticas em questão, momentos de avaliação das ações, cuidado com os ambientes da escola (infraestrutura e pessoal), um ambiente de respeito para com todos, com desenvolvimento de uma escuta ativa e aberta ao diálogo, respeitando a liberdade de expressão e as diferenças de opiniões, busca por processos de ensino aprendizagem participativos e ativos, realização de avaliação formativa de seus estudantes, tomando cuidado com a aprovação ou reprovação dos alunos, com a hierarquização humilhante, havendo diagnóstico preciso da realidade, entre outros.

Ter um cuidado especial com o acolhimento e o envolvimento das famílias com a educação dos filhos, promovendo encontros para discutir questões relativas à vida escolar das crianças e adolescentes. A forma de gestão da escola permite ou dificulta a vivência da democracia

A gestão democrática é entendida como um processo de aprendizado e de luta política que não se circunscreve aos limites da prática educativa, mas vislumbra, nas especificidades dessa prática social e de sua relativa autonomia, a possibilidade de criação de canais de efetiva participação e de aprendizado do jogo democrático e, consequentemente, do repensar das estruturas de poder autoritário que permeiam as relações sociais e, no seio dessas, as práticas educativas. (DOURADO, 2001, p. 79). A promoção de formação continuada, cursos, seminários, debates e atualização sobre o tema para professores, funcionários e alunos, para que tenham conhecimento dos seus direitos e deveres, da importância e das formas de participação é outra ação importante. Outra questão é o respeito pelos coletivos que convivem na escola e especialmente pelos alunos, pois se ensina mais pela prática do que pelo muito falar:

Que os alunos encontrem um dia boas lembranças dos tempos da escola dependerá de que lhes sejam dadas condições de viver com dignidade suas trajetórias humanas. Dependerá também, e muito de que a escola lhes propicie condições de viver com dignidade sua trajetórias escolares. Esta segunda possibilidade está em grande parte em nossas mãos. (ARROYO, 2007, p. 99).

Uma escola que pretende assegurar vivências democráticas precisa ter em seu currículo (explícito e oculto) um espaço privilegiado para o estabelecimento de diálogos sobre questões referentes aos princípios democráticos e sensibilização dos profissionais da educação, dos estudantes e da comunidade quanto as suas atitudes.

Segundo o Art. 2º, da Lei de Diretrizes e Bases da educação brasileira, a educação é dever da família e deve ser guiada pelos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tendo como fim, nesse sentido, como função da escola, formar indivíduos críticos,

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criativos e participativos, com condições de participar criticamente do mundo do trabalho e de lutar pela democratização da educação em nosso país. A vivência dos princípios democráticos pressupõe a participação ativa, a discussão e o diálogo, sendo necessário compreender a democracia como uma forma de vida e não como um regime de governo.

Considerações finais

A democracia defende o direito de participação de todos em todas as decisões que favoreçam a qualidade de vida em sociedade. Para que haja essa verdadeira participação, todos os indivíduos necessitam conhecer e viver, desde a sua infância, os princípios democráticos.

Tem-se a convicção de que a educação como política social tem um papel fundamental nas ações para a garantia da vivência de princípios democráticos e que a tarefa de ensinar para a vivência democrática é bastante difícil.

Acredita-se que a escola pública pode propiciar em sua prática vivências democráticas por meio do modelo de gestão adotado, da elaboração coletiva do Projeto Político-Pedagógico, do Regimento Escolar e do Plano de Ação da Escola, do acolhimento e do envolvimento das famílias, da formação continuada, do currículo explícito e oculto, do sistema de avaliação, do ambiente de respeito para com todos, da escuta ativa e aberta ao diálogo, respeitando a liberdade de expressão e as diferenças de opiniões, a busca por processos de ensino e aprendizagem participativos e ativos, entre outros.

Considera-se que o discurso legal e educacional é favorável à prática democrática, posto que a maioria dos entrevistados do segmento EPA relata como modelo de gestão adotado pela escola o democrático e cita os mecanismos de participação recomendados em lei: Conselhos de Escola, APMF, dados que se contrapõem a formas de participação mais lembradas pelos pais, que são as reuniões que, infelizmente, muitas vezes, têm um formato de informativas e para entrega de avaliações, não promovendo a participação.

Portanto, ainda existem muitos desafios a serem vencidos para que a escola pública constitua-se num espaço de garantia do direito à educação de qualidade, com respeito à participação no processo de vivência democrática.

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