Eduardo Luiz Longui
Seção de Madeira e Produtos Florestais
Influência do ambiente na anatomia da
madeira
Cerne, alburno, câmbio e casca
Alburno
Cerne
Câmbio
Casca
Conjunto de diferentes tipos de células que desempenham
funções distintas:
Sustentação da planta, condução de líquidos; transformação,
armazenamento e transporte de açúcares
Planos anatômicos de corte
Plano transversal
Plano longitudinal radial
Plano longitudinal tangencial
Planos anatômicos de corte
Jatobá
(Hymenaea sp.)
Secção transversal (micro) Secção longitudinal tangencial (micro) Secção longitudinal Radial (micro) Fo to s da s se cçõ es: http ://d el ta -in tke y.c om /w oo d/p t/w w w /b or co go e.h tm Fot os m ac ro: IP T Transversal (macro) Tangencial (macro) Radial (macro)Ocorrência natural - caso 1
Water deficit affects the wood vessels of Croton floribundus Spreng. in different vegetation types
Ocorrência natural - caso 2
Variações anatômicas do lenho e da folha em indivíduos de altura normal e anões de
Copaifera langsdorffii Desf.
Ocorrência natural - caso 3
Potencial de condutividade de água no sentido raiz-ramo em três espécies arbóreas de Cerradão
Plantada
Water deficit affects the wood vessels of
Croton floribundus Spreng. in different
vegetation types
Eduardo Luiz Longui, Diego
Romeiro, Luana Naves Testoni, Osny Tadeu de Aguiar, Roque Cielo Filho, Israel Luiz de Lima, Sandra Monteiro Borges Florsheim
Ocorrência natural - caso 1
Water deficit affects the wood vessels of Croton floribundus Spreng. in different vegetation types
Hipótese
As
características
dos
vasos
apresentam
maior
segurança
em
ambientes
mais
secos
e
estão
relacionados ao déficit de água.
Water deficit affects the wood vessels of Croton floribundus Spreng. in different vegetation types
FO
FO
FE/CE
CE
FE
1
2
3
4
5
CSP – Parque Estadual Cantareira CBSP - Parque Estadual Carlos BotelhoIES - Estação Experimental de Itapeva
AES – Estação Ecológica de Assis
CES – Estação ecológica de Caetetus
Ocorrência natural - caso 1
Water deficit affects the wood vessels of Croton floribundus Spreng. in different vegetation types
DAP (1m 30cm do solo)
15 árvores, 03 em cada local, DAP médio de 28 cm.
Water deficit affects the wood vessels of Croton floribundus Spreng. in different vegetation types
Ocorrência natural - caso 1
Water deficit affects the wood vessels of Croton floribundus Spreng. in different vegetation types
Water deficit affects the wood vessels of Croton floribundus Spreng. in different vegetation types
Maior déficit (vasos de maior diâmetro) Geadas
Ocorrência natural - caso 1
Water deficit affects the wood vessels of Croton floribundus Spreng. in different vegetation types Equation F P R2 VD = -95.075 + (11.000 * MT) 7.130 0.019 0.35 VD = -36.170 + (16.275 * MMT) 14.745 0.002 0.53 VD = 123.017 + (3.117 * WD) 38.798 0.001 0.74 VD = 105.188 + (14.929 * MWD) 59.638 0.001 0.82
VD = vessel diameter; MT = Mean temperature; MMT = Mean minimum temperature; WD = Water deficit. MWD = Months with water deficit
-- Eficiência:
maior área de vasos em local com o mais alto déficit hídrico.
Estratégia para otimizar o uso da água em períodos favoráveis?
-- Segurança: alta proporção de vasos múltiplos de quatro ou mais em local com
temperaturas mínimas mais baixas e presença de geadas (CBSP). Vasos com
menor diâmetro ocorrem em (CBSP e IES). Diminuir risco de embolismo?
Parcialmente confirmada
Water deficit affects the wood vessels of Croton floribundus Spreng. in different vegetation types
Hipótese
As características dos vasos apresentam maior segurança em ambientes mais secos e estão relacionados ao déficit de água.
Variações anatômicas do lenho e da folha
em indivíduos de altura normal e anões
de Copaifera langsdorffii Desf.
Eduardo Luiz Longui, Natália de OliveiraCosta, Roque Cielo Filho, Israel Luiz de Lima, Sandra Monteiro Borges Florsheim
Variações anatômicas do lenho e da folha em indivíduos de altura normal e anões de Copaifera langsdorffii Desf.
Hipótese
Os indivíduos anões de Copaifera langsdorffii apresentam
características diferenciadas na anatomia do lenho e da
folha
que
devem
relacionar-se
às
variações
na
disponibilidade de água entre os dois ambientes.
Ocorrência natural - caso 2
Variações anatômicas do lenho e da folha em indivíduos de altura normal e anões de Copaifera langsdorffii Desf.
Fotos: J.B.Baitello
Estação Ecológica de Itapeva (EEcI) –
Cerradão/Floresta Estacional
Semidecidual – árvores de estatura
normal (acima de 10 metros).
Estação Experimental de Itapeva (EExI)
– Campo Rupestre – árvores anãs
(cerca de três metros).
10 m
50 cm
Variações anatômicas do lenho e da folha em indivíduos de altura normal e anões de Copaifera langsdorffii Desf.
Ramo (primeiro ramo a bifurcar)
e diâmetro padronizado)
Ramos de cinco árvores em cada local (EEcI, EExI)
Ocorrência natural - caso 2
Variações anatômicas do lenho e da folha em indivíduos de altura normal e anões de Copaifera langsdorffii Desf.
FLO CR FLO CR FLO CR
Barra = 250 µm
Variações anatômicas do lenho e da folha em indivíduos de altura normal e anões de Copaifera langsdorffii Desf.
Pontoações intervasculares
↓ Pontoações = ↓ chances de embolia ?
2 4 6 8 10 12 14 a b a b P ont oaçõ es (µ m)
Flo Laj Flo Laj
Intervasculares Raiovasculares
FLO CR FLOBarra = 50 µmCR
Ocorrência natural - caso 2
Variações anatômicas do lenho e da folha em indivíduos de altura normal e anões de Copaifera langsdorffii Desf.
2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 E sp essu ra da par ede das fi br as (µ m) a a Flo Laj C om pr im ent o das fi br as (µ m) 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 a a
FloFLO LajCR FLO CR
Indicação de idade aproximada
Variações anatômicas do lenho e da folha em indivíduos de altura normal e anões de Copaifera langsdorffii Desf.
Barra = 100 µm Fr equência de est ôm at os (nº m m -2 ) 0 10 20 30 40 50 FLO CR a b
Maior frequência de estômatos para compensar o menor diâmetro de vasos ?
Ocorrência natural - caso 2
Variações anatômicas do lenho e da folha em indivíduos de altura normal e anões de Copaifera langsdorffii Desf.
F o to : J. B. Ba it e llo
Estação Experimental de Itapeva (EExI) – Campo Rupestre –
árvores anãs.
50 cm
Este ambiente produz bonsais naturais de copaíba??!!
Variações anatômicas do lenho e da folha em indivíduos de altura normal e anões de Copaifera langsdorffii Desf.Confirmada
Os resultados sugerem que os indivíduos de altura normal investem mais em
eficiência no transporte hídrico, enquanto que os indivíduos anões investem
em maior segurança, apresentando características anatômicas típicas de
plantas de ambientes mais secos (menor diâmetro de vasos e maior
frequência de estômatos).
Hipótese
Os indivíduos anões de Copaifera langsdorffii apresentam características diferenciadas na anatomia do lenho e da folha que devem relacionar-se às variações na disponibilidade de água no solo entre os dois ambientes.
Ocorrência natural - caso 2
Variações anatômicas do lenho e da folha em indivíduos de altura normal e anões de Copaifera langsdorffii Desf.
Potencial de condutividade de água
no sentido raiz-ramo em três espécies
arbóreas de Cerradão
Eduardo Luiz Longui, Laura de AraújoAlves, Antônio Carlos Galvão de Melo, Israel Luiz de Lima, Sandra Monteiro Borges Florsheim
Hipótese
O potencial de condutividade de água difere no sentido
raiz-ramo
entre
Handroanthus
ochraceus
(ipê
amarelo),
Copaifera
langsdorffii
(copaíba)
e
Ocotea
corymbosa (canela).
Ocorrência natural – caso 3
Potencial de condutividade de água no sentido raiz-ramo em três espécies arbóreas de Cerradão
Potencial de condutividade de água no sentido raiz-ramo em três espécies arbóreas de Cerradão
Raiz – RZ
Base do Troco – T1
Topo do Tronco – T3
Ramo – RO
Meio do Tronco – T2
Cinco árvores de cada espécie com idade entre 05 e 10 anos (15 no total)
Handroanthus ochraceus (ipê amarelo), Copaifera langsdorffii (copaíba) e
Ocotea corymbosa (canela).
Ocorrência natural – caso 3
Potencial de condutividade de água no sentido raiz-ramo em três espécies arbóreas de Cerradão
Diâmetro dos vasos (µm)
a
b
b
ab
b
b
c
ab
a
ab
a
c
b
b
b
65
75
85
95
105
115
125
RZ
T1
T2
T3
RO
H
C
O
Potencial de condutividade de água no sentido raiz-ramo em três espécies arbóreas de Cerradão
O. corymbosa - RZ. Escala: 500µm O. corymbosa – T1. Escala: 500µm
Diâmetro dos vasos (µm)
Ocorrência natural – caso 3
Potencial de condutividade de água no sentido raiz-ramo em três espécies arbóreas de Cerradão
Potencial de condutividade de água no sentido raiz-ramo em três espécies arbóreas de Cerradão
Afunilamento pode contribuir na
economia de água na raiz,
“dificultando” a passagem na base do
tronco?
Em contrapartida, pode implicar em um
aumento de pressão e maior eficiência
na condução de água na base do
tronco?
Frequência dos vasos (nº mm
-²)
c
c
bc
b
a
b
b
b
b
a
d
cd
bc
b
a
0
10
20
30
40
50
60
RZ
T1
T2
T3
RO
H
C
O
Ocorrência natural – caso 3
Potencial de condutividade de água no sentido raiz-ramo em três espécies arbóreas de Cerradão
H. ochraceus - RZ . Escala: 500µm H. ochraceus - RO. Escala: 500µm
Frequência dos vasos (nº mm
-²)
Potencial de condutividade de água no sentido raiz-ramo em três espécies arbóreas de Cerradão
Mesma condução:
1 vaso com 40µm
16 vasos com 20µm
256 vasos com 10µm
Figuras de Tyree et al., 1994
Ocorrência natural – caso 3
Potencial de condutividade de água no sentido raiz-ramo em três espécies arbóreas de Cerradão
Agrupamento de vasos (%)
b
a
a
a
a
b
a ab ab ab
ab a
b ab b
a
b ab ab ab
ab b ab ab a
a
b
b
b
b
ab b ab b
a
0
20
40
60
80
100
RZ T1 T2 T3 RO
RZ T1 T2 T3 RO
RZ T1 T2 T3 RO
O
H
S
G
M3
M4+
Ocotea
corymbosa
Handroanthus
ochraceus
Copaifera
langsdorffii
Potencial de condutividade de água no sentido raiz-ramo em três espécies arbóreas de Cerradão
M o d ific a d a d e : h ttp ://w w w .b io g 1 1 0 5 -1 10 6. or g/ de m o s/ 1 0 5 /uni t5/ ai rbu bbl es .h tm l
Recuperação do embolismo
Brodersen et al., 2010Agrupamento de vasos (%)
Ocorrência natural – caso 3
Potencial de condutividade de água no sentido raiz-ramo em três espécies arbóreas de Cerradão
Potencial de condutividade de água no sentido raiz-ramo em três espécies arbóreas de Cerradão
Condutividade estimada - (DV/2)
⁴/FV (Carlquist, 1989)
a
a
a
b
b
c
bc
b
b
b
b
ab
b
c
c
0
500000
1000000
Handroanthus
ochraceus
Ocotea
corymbosa
Copaifera
langsdorffii
RZ
T1
T2
T3
RO
Ocorrência natural – caso 3
Potencial de condutividade de água no sentido raiz-ramo em três espécies arbóreas de Cerradão
Potencial de condutividade de água no sentido raiz-ramo em três espécies arbóreas de Cerradão
Hipótese
O potencial de condutividade de água difere no sentido raiz-ramo entre
Handroanthus ochraceus (ipê amarelo), Copaifera langsdorffii (copaíba) e Ocotea corymbosa (canela).
Parcialmente confirmada
A condutividade da base do tronco para o ramo foi similar entre Ocotea
corymbosa e Copaifera langsdorffii, aumento até o topo do tronco e redução
para o ramo, mas diferiram de Handroanthus ochraceus, sem variação na
parte aérea.
As três espécies mostraram afunilamento da raiz para a base do tronco, com
possível papel na economia de água e eficiência na condução.
Seed provenance influences the wood
structure of Gallesia integrifolia
Eduardo Luiz Longui, Israel Luiz de Lima, Ivelize Maciel Andrade, Miguel Luiz Menezes Freitas, Sandra Monteiro Borges Florsheim, Antonio Carlos Scatena Zanatto, Francides Gomes da Silva Júnior
Seed provenance influences the wood structure of Gallesia integrifolia
Hipótese
Plantas de diferentes procedências de Gallesia integrifolia
com genótipos distintos (polinização aberta) apresentam
variações
na
densidade,
anatomia
e
teores
de
extrativos, lignina e holocelulose quando plantadas em
local diferente daquele de origem.
Plantadas - caso 1
Seed provenance influences the wood structure of Gallesia integrifolia
Ribeirão Preto (RP), Bauru (BA) e Campinas (CA) – procedências das sementes.
Luis Antonio – plantio.
Plantadas - caso 1
Seed provenance influences the wood structure of Gallesia integrifolia
Seed provenance influences the wood structure of Gallesia integrifolia 45 50 55 60 RP CA BA
a
b
a
Vessel diameter (µm) 0,42 0,44 0,46 0,48 RP CA BAb
a
b
Basic density (g cm -3)Plantadas - caso 1
Seed provenance influences the wood structure of Gallesia integrifolia
As procedências RP e CA não apresentaram variação radial na densidade
(maior homogeneidade).
Seed provenance influences the wood structure of Gallesia integrifolia
RP
BA
CA
Vasos com menor diâmetro em CA
podem explicar a maior densidade.
Menor potencial de condução?!?!
Plantadas - caso 1
Seed provenance influences the wood structure of Gallesia integrifolia
320 340 360 380 400 RP CA BA
a
ab
b
Ray height (µm) 45 50 55 60 RP CA BAa
b
b
Ray width (µm)Seed provenance influences the wood structure of Gallesia integrifolia
RP
BA
CA
Raios mais volumosos em Ribeirão
Preto,
com
maior
potencial
de
armazenamento de amido.
Papel de reserva e na recuperação de
embolias.
Em Luis Antonio há seis meses de
déficit de água, raios mais largos podem
conferir uma vantagem para Ribeirão
Preto, o que explicaria, em parte, as
maiores
taxas
de
crescimento
e
sobrevivência observadas por Sebbenn
et al. (2009).
Plantadas - caso 1
Seed provenance influences the wood structure of Gallesia integrifolia
Hipótese
Plantas de diferentes procedências de Gallesia integrifolia com genótipos distintos (polinização aberta) apresentam variações na densidade, anatomia e teores de extrativos, lignina e holocelulose quando plantadas em local diferente daquele de origem.
Parcialmente confirmada
A densidade variou, cinco das nove características anatômicas diferiram entre as
procedências, sugerindo que apesar das mesmas condições de crescimento ocorreram
variações entre as procedências. O que possivelmente decorre das diferenças
genéticas das populações.
Maior densidade (CA) – Homogeneidade (RP e CA ).
Vasos de menor diâmetro (maior densidade), não influenciou negativamente no
crescimento comparando com as outras duas procedências.
Raios mais volumosos em RP, com maior potencial de armazenamento de amido
(reserva e recuperação de embolias, com alto déficit de água, raios mais largos podem
Propostas para discussão
•
M
uitos trabalhos brasileiros discutem com base em
trabalhos do hemisfério norte?
•
A
valiando a especialização: vasos com maior diâmetro
em ambientes com maior disponibilidade de água. É
correto transpor este conhecimento para a variação entre
Floresta Ombrófila e Cerrado ?
•
D
evemos estudar clones de nativas em diferentes
ambientes?
•
E
a genética, em que porcentagem ela influencia na
Equipe
Garcia Francides Sônia Roque Osny Melo Miguel Sandra IsraelDiego Ivelize Zannato
Dito
Carol Natália
Contato
Seção de Madeira e Produtos Florestais
(11) 2231 8555 ramal 2221
E-mail: elongui@if.sp.gov.br ou
edulongui@gmail.com