FORTALEZA - CEARÁ,QUARTA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2021
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Em junho de 1971, o professor e cineasta Eusélio Oliveira for-mou o Cinema de Arte Universi-tário, localizado no antigo Cen-tro Estudantil Universitário, da Universidade Federal do Ceará. Três anos depois, o local é no-meado como Casa Amarela Eu-sélio Oliveira (CAEO) e fixa ende-reço no número 2591 da Avenida da Universidade, onde soma 50 anos como um importante polo formador e produtor de audio-visual do País.
“O trabalho realizado pela Casa Amarela sempre atuou no tripé de formação, produção e difusão”, explica o diretor e fi-lho do criador do equipamen-to, Wolney Oliveira. Desde a fundação, a instituição oferece cursos nas áreas de fotografia, cinema e cinema de animação. “Foi quase um atrevimento criar um cinema de arte uni-versitária em plena ditadura militar”, ressalta.
Em meio século de história, a Casa agrega em sua lista de alunos personalidades como os cineastas Jane Malaquias e Ti-bico Brasil, assim como os fo-tógrafos José Albano e Silas de Paula. Durante este tempo, a
| CINEMA |
Pioneira na formação audiovisual, Casa Amarela
Eusélio Oliveira celebra 50 anos com programação virtual
organização também projetou iniciativas como o Cine Ceará - um dos principais festivais de Cinema do Brasil - por meio do apoio institucional. “Se hoje nós temos dois cursos superiores de cinema, um curso sequencial no Vila das Artes, o Porto Iracema e outras várias experiências, isso se deve muito ao trabalho da CAEO”, analisa Wolney.
A informação é repercutida pelo cineasta Glauber Filho, que descreve o equipamento como “um ponto de partida” para o cenário audiovisual. Ele afirma que muitos dos idealizadores de projetos da área participa-ram das atividades ofertadas no espaço. “Eles não passaram somente para aprender ou fazer capacitação. Eles participavam de uma dinâmica de construção de ações com os entes públicos, principalmente governamen-tais, para o desenvolvimento do cinema”, detalha.
Assim como Wolney - fre-quentador da casa desde os 11 anos de idade -, Glauber guar-da memórias afetivas com o local desde a sua participação
no primeiro curso básico de Cinema da cidade, ministrado por Eusélio. “Virou também um espaço do convívio, das nossas rotinas, eu fiz muitos amigos. Foi a base da minha formação e profissão, eu não conseguiria me perceber hoje sem essa ex-periência”, conta.
O depoimento é similar ao do cineasta de animação Tel-mo Carvalho, 59, um dos fun-dadores do Núcleo de Cinema de Animação Cearense (NUCA), instaurado desde 1993 na Casa Amarela. Ele menciona, tam-bém, o pioneirismo nas artes visuais. “A Casa Amarela foi pio-neira em cursos de audiovisual no Ceará, formou pessoas em uma época em que não havia cursos específicos, para cine-ma, fotografia e animação. Até hoje, por conta dos preços mais acessíveis e ofertas de bolsas, é o único lugar que muitos conse-guem ter seu primeiro contato com as artes”, menciona.
Telmo atuou como professor e coordenador em diversos anos até 2016, mas continua traba-lhando em projetos de educação e produção de curtas em par-ceria com o segmento. Entre as iniciativas criadas durante o seu período de colaboração, estão o CINUCA (Cineclube para Estu-dantes e Amantes da Animação), o 1º Seminário Internacional de Cinema de Animação, além de trabalhos como “Campo Bran-co” (1997) e “Em Busca da Cor” (2002). A experiência, cons-tata o cineasta, foi de grande
importância. “No Ceará fiz mi-nha carreira profissional como diretor e orientador de oficinas. São 35 anos que tenho esta rela-ção com o NUCA, indiretamente ou diretamente, ficando à fren-te ou como parceiro em projetos socioeducativos”, diz.
Enquanto a pandemia cau-sada pela Covid-19 ainda per-dura, as narrativas estão res-tritas ao ciclo de exposições fotográficas “Fotografia em Casa” e ao cineclube virtual “Cinema em Casa CAEO”. Os cursos da instituição estão in-terrompidos desde o início de 2020. No entanto, uma nova turma de fotografia está pre-vista para abrir em setembro, com aulas virtuais. “Os cur-sos aconteciam no primeiro e no segundo semestre, e ainda tinham cursos de férias, que existe uma procura porque já tem uma tradição, então é uma demanda muito grande”, explica Wolney. Caso o plano de imunização continue a pro-gredir no Ceará, a expectativa é que os cursos possam retor-nar ao formato presencial e a Casa continue rendendo boas histórias aos seus visitantes.
de experiências
audiovisuais
LARA MONTEZUMA laramontezuma@opovo.com.br
ESPECIAL PARA O POVO
CELEBRAÇÃO
PROGRAMAÇÃO
O equipamento desenvolveu uma programação com várias atividades que se estendem até o final de 2021. A ação de abertura acontece nesta quinta, 17, no site da instituição com a exposição virtual “Os Habitantes”, do projeto Revela 50, composta por 50 fotografias de Celso Oliveira.
Também terá a série “50 anos em segundos”, que reúne 10 depoimentos em vídeo gravados por personalidades da cultura. Já para a área da animação, a homenagem fica por conta da série “Anima 50”, um compilado de dez curtas com temáticas ligadas às cinco décadas da instituição. O
primeiro, que será lançado até o final de junho nos canais da instituição na web, é produzido por Telmo Carvalho, que assina a curadoria da série com Mariana Medina.
Outro destaque é o projeto de digitalização do acervo de Eusélio Oliveira, construído por Ana Carla Sabino, professora-doutora do departamento de História da UFC. O material reúne centenas de documentos ligados à prática cinematográfica e ao cinema brasileiro. Os arquivos estão sendo tratados para serem disponibilizados. As demais atividades podem ser vistas no site da Casa Amarela.
Comemorações de 50
anos da Casa Amarela
Quando: a partir do dia 17 de junho de 2021
Onde: caeo.ufc.br e na página da CAEO no Facebook
CARL
US CAMPOS
tro Estudantil Universitário, da Universidade Federal do Ceará. Três anos depois, o local é no-meado como Casa Amarela Eu-sélio Oliveira (CAEO) e fixa ende-reço no número 2591 da Avenida da Universidade, onde soma 50 anos como um importante polo formador e produtor de audio-visual do País.
“O trabalho realizado pela Casa Amarela sempre atuou no tripé de formação, produção e difusão”, explica o diretor e fi-lho do criador do equipamen-to, Wolney Oliveira. Desde a fundação, a instituição oferece cursos nas áreas de fotografia, cinema e cinema de animação. “Foi quase um atrevimento criar um cinema de arte uni-versitária em plena ditadura militar”, ressalta.
Em meio século de história, a Casa agrega em sua lista de alunos personalidades como os cineastas Jane Malaquias e Ti-bico Brasil, assim como os fo-tógrafos José Albano e Silas de Paula. Durante este tempo, a
organização também projetou iniciativas como o Cine Ceará - um dos principais festivais de Cinema do Brasil - por meio do apoio institucional. “Se hoje nós temos dois cursos superiores de cinema, um curso sequencial no Vila das Artes, o Porto Iracema e outras várias experiências, isso se deve muito ao trabalho da CAEO”, analisa Wolney.
A informação é repercutida pelo cineasta Glauber Filho, que descreve o equipamento como “um ponto de partida” para o cenário audiovisual. Ele afirma que muitos dos idealizadores de projetos da área participa-ram das atividades ofertadas no espaço. “Eles não passaram somente para aprender ou fazer capacitação. Eles participavam de uma dinâmica de construção de ações com os entes públicos, principalmente governamen-tais, para o desenvolvimento do cinema”, detalha.
Assim como Wolney - fre-quentador da casa desde os 11 anos de idade -, Glauber guar-da memórias afetivas com o local desde a sua participação Em junho de 1971, o professor
Pioneira na formação audiovisual, Casa Amarela
Eusélio Oliveira celebra 50 anos com programação virtual
de experiências
laramontezuma@opovo.com.br
VIDA&ARTE
FORTALEZA - CE, QUARTA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2021
HENRIQUE ARAÚJO*
henriquearaujo@opovo.com.br *ESCREVE ÀS QUARTAS C O N F I R A E STA E O U T R A S C O LU N A S E M W W W. O P O V O . C O M . B R / C O LU N A SQUANDO A
ASTRAZENECA
APARECEU,
NINGUÉM ESTAVA
PREPARADO.
FOI COMO UM
TERREMOTO, UM
ACONTECIMENTO
QUE DESTROÇOU
BARREIRAS...
Crônica da vacina
A Pfizer, muito carente, insistiu enquanto pode. Escreveu emails desesperados nos quais suplicava por uma palavra, qualquer que fos-se, mas que o destinatário se dignasse a res-ponder, do contrário quedaria doente sabe-se lá de que moléstia, ela previa.
Mas do outro lado havia um interlocutor insen-sível para o que ela tivesse a dizer, de maneira que se passaram 30, 40, 50 mensagens, até chegar a 80, quando ela se convenceu de que bastava e deu tudo aquilo por encerrado: havia se cansado, não restava nada, era o fim.
Quando ele finalmente a procurou, muitos me-ses depois, Pfizer já estava noutra, imunizada da-quele vírus que a deixara como que cega para todo o corpo que não fosse o dele. A vida tinha se aber-to, e ela agora passava de mão em mão, de braço em braço, no que era feliz, muito feliz.
Com a Janssen foi pior. Jamais se prestou a qualquer resposta, simplesmente desapareceu, e ele sentiu na pele o que era abandono. Disse que viria, mas não veio, anunciou que chegaria, mas não chegou. Fez promessa, alimentou expectati-vas, deixou que a aguardassem repletos de uma
chama de esperança no futuro, apenas para frus-trá-los, para ensinar talvez que a vida é assim mesmo, como no poema de Carlos Drummond.
Quando a AstraZeneca apareceu, ninguém estava preparado. Foi como um terremoto, um acontecimento que destroçou barreiras sanitárias e desfez as normas do organismo, dobrando-o em mil pedaços, não deixando pedra sobre pedra.
Cheia de um vigor inconformista, pôs tudo abaixo, entrou no sangue dizendo a quem a pro-curasse que ou as coisas seriam como queria ou não seriam, expondo desde logo por que a chama-vam apenas de Astra no privado.
Porque seu astral se transmutava num segun-do? Talvez. Porque se dissesse que sim de manhã, de tarde já mudara de opinião, e ai de quem a acu-sasse de volubilidade ou inconstância. Era apenas como era: uma vacina contra a mesmice da vida. Que não duvidassem.
Em tudo a AstraZeneca era diferente da Co-ronavac, de feitio miúdo e fala mansa, que foi chegando e por, timidez, ficou, ganhando não apenas simpatia, mas amor. Um amor que
cresceu, cresceu, e hoje se traduz numa reali-dade: é mais presente na vida de qualquer um do que todas as demais.
No começo, porém, chegou a esnobá-la, a dizer que, houvesse uma alternativa, a trocaria por outra ou outro, porque com eles não havia distinção por gênero, amavam-se apenas com base nos índices de eficácia e proteção contra os riscos à saúde.
Corona ouvia tudo calada, numa sabedoria mi-lenar que herdara desde o nascimento, numa pro-víncia distante de um país muito antigo. Sabia que sua hora chegaria, que venceria não pela rapidez ou pela insistência, mas porque era onipresente, acudia a quem a procurasse, atendia a quem ne-cessitasse, servia-se do desejo e desejava servir.
Amiga, esposa, marido, amante, família, conhecido, despachante, garçom, garçonete, motorista. Por todo lado estava a Corona ban-queteando-se com quem lhe apetecia, entregan-do-se mesmo a quem se havia encantado com uma tal de Cloroquina, uma falsa curandeira que prometia trazer o amor em 24 horas, mas só produziu taquicardia.
Mostra CORPOEMDESOVA estará na programação do Festival Online Festa do Sol DIVULG A ÇÃO/G ABRIEL SIL VA
O
MELHOR
DA A G E N DA C U LT U R A L
Q U E R D I V U L GA R S E U E V E N T O ? R E P O R T E R @ O P O V O . C O M . B RTOUR VIRTUAL
EXPOSIÇÃO
PARDO NÃO É PAPEL
MUTHA
O Instituto Tomie Ohtake disponibiliza um tour virtual em 360º pela exposição “Pardo é Papel”, de Maxwell Alexandre. Por meio das artes visuais, Maxwell reflete sobre identidade negra.
Onde: www.360up.com.br/tourvirtual/
pardopapel/
O MUTHA – Museu Transgênero de História e Arte expõe diversas obras de artes de forma gratuita e virtual. Na foto, o trabalho “Aonde Eu Estou Agora?”, da artista FEFA, que integra a Galeria “Transespécie” do MUTHA. O museu foi criado pelo pesquisador, artista e autor transgênero Ian Habib.
Onde: www.mutha.com.br
INFORMAÇÕES SOBRE ATRAÇÕES, DATAS E HORÁRIOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS ORGANIZADORES DOS EVENTOS
TRADIÇÃO, TEATRO
E PERFORMANCE
MOSTRA CURTA
VAZANTES
CIRCUITO ARTÍSTICO VIRTUALO Festa do Sol - Circuito de Artes, Culturas e Negócios Criativos do Ceará dá início à segunda semana de programação on-line hoje, 16. A partir das 17h30, tem apresentação de cultura popular tradicional com Carroça de Mamulengos; teatro de Joaquina Carlos e performance da artista visual e performer INDJA (foto).
Quando: hoje, 16, a partir das 17h30min Onde: Festa do Sol no YouTube
A VII Mostra Curta Vazantes: Cinema em Comunidade acontece até 30 de junho, com exibição on-line e gratuita de 23 curtas-metragens. A programação ocorre no site oficial do evento e na Plataforma Cardume. As atividades ainda contemplam programas temáticos, oficinas, debates e palestras gratuitas. Na foto, o curta-metragem espanhol “Marcianos”, de David Del Aguila.
Quando: até 30 de junho
Onde: www.curtavazantes.com.br e www.
cardume.tv.br/
ENTRE O BATUQUE
E A HISTÓRIA
CURSOS COM BOLSA
LIVE
CCBJ
Em comemoração aos 13 anos de formação humana e musical do Grupo de Música Percussiva Acadêmicos da Casa Caiada, da Universidade Federal do Ceará (UFC), acontece a live “Casa Caiada: batuque e história” hoje, 16, às 17 horas, no Instagram. Doutora em Educação Brasileira, coordenadora e regente da Casa Caiada, a professora Catherine Furtado participa de um bate-papo especial mediado por Sarah Santos, também integrante do grupo.
Quando: hoje, 16, às 17 horas
Onde: @academicosdacasacaiada no Instagram
A Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) está com inscrições abertas até hoje, 16, para 24 cursos básicos gratuitos e on-line. Há, inclusive, oferecimento de bolsas. Podem inscrever-se crianças a partir dos 8 anos de idade, jovens e adultos, por meio de formulário disponível virtualmente. As vagas são prioritariamente destinadas aos moradores do Grande Bom Jardim.
Quando: até hoje, 16
Onde: www.bit.ly/ChamadaBasicosCCBJ2021
Obra “Aonde Estou Agora?”, da artista FEFA
DIVULG
A
ÇÃO/FEF
FORTALEZA - CE, QUARTA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2021
CLOVISHOLANDA@OPOVO.COM.BR | *ESTA COLUNA É PUBLICADA TODOS OS DIAS
CLÓVIS
HOLANDA
CLOVISHOLANDA@OPOVO.COM.BR | *ESTA COLUNA É PUBLICADA TODOS OS DIAS
HOLANDA
UNIÃO NO PARAÍSO
Tendo adiado mais uma vez seu casamento religioso e a festa em virtude da pandemia, médicos Márcio Parahyba Jr. e Bia Porto Parahyba escolheram as Maldivas para uma cerimônia local já em clima de lua de mel. Ela trajando Lucas Anderi e ele de linho, trocaram as juras de amor eterno e alianças, seguindo para pôr do sol, jantar e pernoite na desejada suíte Bubble, do resort Finolhu. Em formato de uma bolha inflável, o aposento permite aos casais contemplarem as estrelas em um trecho completamente deserto e privativo do arquipélago. Funcionários deixam o local após fim do serviço, garantindo o sonho romântico de um lugar no universo “só para nós dois”. Mais fotos em @pauseopovo, perfil da coluna no Instagram.
E NA FILA
DA VACINA...
Vacinação completa, com duas doses, rumo aos 12% da população brasileira, e vamos vendo cada vez mais gente conhecida exibindo alegremente o braço ou o comprovante. Se em um primeiro momento os fiscais de comorbidade ficavam questionando quais os motivos para certas pessoas terem prioridade na fila, a dúvida agora é mais político-conceitual, digamos assim. É que no mundo na Internet, nada se apaga da memória. Daí que fica estranho, para dizer o mínimo, pessoas anti-vacina radicais, que criaram termos como vaChina, agora surgirem comemorando em postagens a imunização. Oi? Neste quesito, viva a coerência do PR, que dentro da sua postura e conduta anti-ciência, segue negando receber a dose que tanto criticou ou esconde que tenha feito. Já os apoiadores...
TURISMO
Ivana Bezerra, presidente do Visite Ceará – Fortaleza Convention & Visitors Bureau, anuncia parceria com o Sindicato Estadual dos Guias de Turismo do Ceará. Primeira ação foi o lançamento do Projeto “Guias do Ceará”, para capacitar os profissionais na divulgação de conteúdos que promovam sua atuação e o Estado como destino.
GOURMET
Lia Freire reúne hoje, no início da noite, alguns profissionais do mercado de eventos para apresentar seu novo espaço e possibilidades de serviços com o tradicional carimbo do Barbra`s Buffet. O charmoso ambiente fica na rua Leonardo Mota, 1973, Aldeota, muito sugestivo para reuniões sociais e corporativas de pequeno e médio porte.
Entre freios morais e desejos
COM ROTEIRO de Pedro Henrique Lopes e direção
de Diego Morais, a obra debate o desejo
DIEGO MORAIS/DIVULGAÇÃO
| AUDIOVISUAL |
Experimento cênico “Transe” inicia temporada gratuita
Com roteiro de Pedro Hen-rique Lopes e direção de Diego Morais, o experimento cênico “Transe”, que estreia dia 17 de junho, põe em cena debate so-bre conflitos de personalidade a partir da história de um garoto que cria um personagem de si mesmo ao entrar na prosti-tuição. O roteiro é baseado em relatos reais de garotos de pro-grama e suas experiências na criação de múltiplos persona-gens para exercer a profissão. É possível sair ileso quando você deixa de ser você?
Disponível para ser assistido no horário em que o espectador preferir, entre 17 de junho e 18 de julho de 2021, “Transe” tem in-gressos gratuitos com retirada pelo Sympla (https://www.sym-pla.com.br/transe__1226473).
“Transe” é um drama que acompanha o embate entre João (Pedro Henrique Lopes), um jovem inseguro com sua aparência e receoso de seus de-sejos libertinos, e Nicolas (Oscar Fabião), um “michê” extrava-gante e cheio de luxúria. Junto
Transe
Quando: de 17 de junho a 18
de julho
Ingressos retirados: sympla.
com.br/transe__1226473 com o dinheiro rápido da
pros-tituição começam a vir os remé-dios psiquiátricos para reverter os danos da vida de excessos de Nicolas. As crises, as vozes, as alucinações e o fato de não se reconhecer afetam o modo de pensar, sentir e agir de João. Numa espécie de transe, eles mergulham um no outro para tentar encontrar sua verdadei-ra essência. A partir da história, a obra discute tabus que envol-vem a sexualidade humana e a saúde mental.
“Quis criar uma trama de embate entre duas personalida-des, sem cair no óbvio do con-flito maniqueísta entre o anji-nho e o diabianji-nho. Colocamos em oposição momentos diferentes da carreira do protagonista,
como o começo cheio de pudo-res, quando ele tinha medo de dar vazão aos desejos, até uma fase mais libertina e liberta. E questionamos o quanto as nos-sas inseguranças nos impedem de viver como queremos”, anali-sa o autor e ator Pedro Henrique Lopes”. “O Nicolas é um jovem sem pudores, instintivo, que se joga e não tem medo de conse-quências. O maior desafio foi ter que me despir das censuras e dos pudores porque o persona-gem não tem essa trava. Ele não deixa de fazer algo por receio do que os outros vão pensar, o que acaba acontecendo a todos nós em algum momento”, acrescen-ta o ator Oscar Fabião.
O curta-metragem foi filma-do em uma única locação: um
apartamento em Santa Teresa. Com os desafios impostos pela pandemia e a consequente pes-quisa sobre novas linguagens artísticas, “Transe” se propõe a investigar as possibilidades da união entre o teatro e a tela, na utilização de diferentes enqua-dramentos e projeções.
“O Transe foi um projeto idealizado para o teatro. Quan-do a gente se deparou com a ne-cessidade de explorar a lingua-gem do audiovisual. A ideia era contar a história através da câ-mera, mas sem perder a atmos-fera de teatralidade e, para isso, a gente usou alguns recursos do palco, como jogos de luz, ima-gens projetadas sobre os atores e movimentos específicos”, des-creve o diretor Diego Morais.
CELEBRAR
MODA
Mulheres evidentes da Cidade começam a receber o convite para o lançamento da linha EA7 em Fortaleza. Trata-se do braço da Armani de roupas esportivas, com tecidos tecnológicos e materiais esportivos de alta performance. Francisco Campelo é quem articula a ação.
DIVULG
A
ÇÃO/ ADID
AS
A rede de restaurantes Hard Rock Internacional completa 50 anos e anuncia parceria com o jogador Lionel Messi, que será o embaixador da marca nos próximos cinco anos. O anúncio faz parte da “Live Greatness”, a nova campanha que o Hard Rock lançou pelo seu Jubileu de Ouro, rememorando o passado e vislumbrando o futuro. Na Capital, o HRC Fortaleza, no RioMar, presenteia os clientes com 50% de desconto em um dos lendários hambúrgueres da marca, o Legendary Burger. Basta comparecer até hoje, dia 16, ao restaurante usando qualquer blusa do Hard Rock do mundo.
MELHOR COMPANHIA
CICLOS
Hoje é dia de desejar feliz aniversário a Raquel Fiúza, Luciana Lobo, Ticiana Brígido, Martinha Assunção. Saúde!
Gony Arruda dedicou o 12 de junho a fazer companhia à mamãe, Carmem Arruda, cheia de vitalidade, aos 95 anos, no apartamento do Rio de Janeiro.
Pause O POVO
Acompanhe no Instagram da coluna mais fotos de eventos, personalidades, consumo e outras notícias. Acesse @pauseopovo.
Empresário José Bastos, aniversariante do último dia 10, celebrou a data em almoço com Denize e os filhos Miriam e Bruno Bastos. Saúde!
NATUREZA
Paulo Sérgio Porto e Larissa em registro no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, destino cercado por matas e cachoeiras de águas cristalinas localizado em Alto Paraíso de Goiás (GO).
A DOIS
Micheline e Edilson Pinheiro escolheram a praia de Guajiru para o 12 de junho. Hospedagem foi na charmosa Vila Vagalume. Também por lá Fafá e Fernando Santana.
VIDA&ARTE
FORTALEZA - CE, QUARTA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2021
O que é e como jogar
1. O jogo é constituído de 81 quadrados numa grade de 9 x 9 quadrados, subdivivida em nove grades menores de 3 x 3 quadrados. 2. Cada fileira (vertical e horizontal) deverá conter números de 1 a 9. 3. Cada grade menor, de 3 x 3 quadrados, deverá conter números de 1 a 9.
4. Nas fileiras horizontais e verticais da grade maior, cada número deverá aparecer uma só vez.
SUDOKU
PALAVRAS CRUZADAS
23 DE SETEMBRO A 22 DE OUTUBRO 23 DE OUTUBRO A 21 DE NOVEMBRO 22 DE NOVEMBRO A 21 DE DEZEMBRO 21 DE JUNHO A 22 DE JULHO 23 DE JULHO A 22 DE AGOSTO 23 DE AGOSTO A 22 DE SETEMBRO
22 DE DEZEMBRO A 20 DE JANEIRO 21 DE JANEIRO A 19 DE FEVEREIRO 20 DE FEVEREIRO A 20 DE MARÇO 21 DE MARÇO A 20 DE ABRIL 21 DE ABRIL A 20 DE MAIO 21 DE MAIO A 20 DE JUNHO
Brincar
Os mundos de Liz.
DANIEL BRANDÃO
www.estudiodanielbrandao.comContos de Moscarau.
KARLSON GRACIE E BRENO TAVEIRA
@karlsongracieMulher Listrada.
DOMITILA ANDRADE
@mulherlistradaHORÓSCOPO PERSONARE
www.personare.com.br | a.martins@personare.com.brPEIXES
AQUÁRIO
CAPRICÓRNIO
SAGITÁRIO
ESCORPIÃO
LIBRA
VIRGEM
LEÃO
CÂNCER
GÊMEOS
TOURO
ÁRIES
Procure avaliar se seus métodos estão desatualizados e tente buscar outros caminhos, já que a
harmonia Lua-Urano nutre o pensamento arrojado. Transitando na área de crise, a Lua forma aspectos tensos com Mercúrio e Júpiter, evidenciando falhas de abordagem sobre os desafi os.
Como alerta a tensão lunar com Júpiter e Mercúrio, procure evitar se envolver em polêmicas ou se comprometer do ponto de vista material. Lua e Urano harmonizados no eixo amizades-relacionamentos tendem a lhe fazer se dedicar com entusiasmo ao intercâmbio de ideias.
A tensão lunar com Júpiter e Mercúrio alerta para que sua atuação não afaste demais as pessoas de suas zonas de conforto. O pensamento inovador pode contribuir com ações arrojadas, tirando seu desempenho do lugar-comum, pois Lua e Urano se harmonizam no eixo trabalho-cotidiano. O uso das redes virtuais
tende a se aumentar agora, mas cuidado com falhas de interpretação que nutram polêmicas, dada a tensão lunar com Júpiter e Mercúrio. Sua postura pode se revestir de jovialidade, dando energia ao discurso, como sugere o trígono Lua-Urano no eixo comunicação-amizades.
Procure refletir sobre o impacto de suas ações antes de realizá-las. Seu lado corajoso pode ser sentido com o trígono Lua-Urano, o que lhe faz ser inovadora na vida prática. Tente evitar radicalismos, pois a Lua tensionada a Júpiter e Mercúrio sugere julgamentos inconsistentes.
Tente aproveitar que Lua e Urano harmonizados dinamizam o pensamento criativo e tente caprichar nas propostas. Situações de estresse podem ameaçar o desenvolvimento do trabalho em parceria, como alerta a tensão lunar com Júpiter e Mercúrio, o que exige recuo estratégico para repensar certas ações.
Tente não se afastar das obrigações que pedem maiores reflexões, pois a tensão lunar com Júpiter e Mercúrio aponta falhas de julgamento. Prazeres tendem a aflorar na harmonia Lua-Urano, conectando-lhe com seu lado criativo, o que ajuda a contornar os obstáculos.
Procure valorizar os aspectos prazerosos da intimidade, que fi cam em alta diante do trígono Lua-Urano. Tente ser mais criativa na rotina. A tensão lunar com Júpiter e Mercúrio no circuito patrimonial-social alerta com relação à gestão das fi nanças. Cuidado com gastos sem planejamento.
Lua e Urano se harmonizam no eixo relacionamentos-comunicação, sugerindo um intercâmbio de ideias. Contudo, o trato interpessoal também pode ser desafi ador, especialmente para resolver interesses confl itantes na gestão do cotidiano, dada a tensão lunar com Júpiter e Mercúrio.
Pode ser desafi ador entrar em acordo com as pessoas agora, pois a Lua se estressa com Júpiter e Mercúrio. A economia criativa se mostra efi ciente no cotidiano, visto que Lua e Urano se harmonizam entre o setor das rotinas e o fi nanceiro, permitindo-lhe otimizar recursos alternativos.
Procure ter o cuidado nos gastos e a prudência na vida social, como alerta a tensão lunar com Júpiter e Mercúrio. Você pode acabar buscando prazeres como modo de diversifi car a rotina, pois Lua e Urano formam trígono entre o setor de lazer e seu signo, despertando seu lado jovial e criativo.
Tente não subestimar a complexidade dos problemas, pois a tensão lunar com Júpiter e Mercúrio sugere equívocos. O otimismo tende a afl orar com Lua e Urano harmonizados nas áreas familiar e de crise, o que elev a criatividade na administração da vida doméstica e dos obstáculos.
O SANTO
Santa Julita e São Ciro
O ANJO
Hekamiah
Julita viveu na cidade de Icônio na atual Turquia. Fazia parte da alta aristocracia cristã de sua região, e se tornaria viúva logo após dar à luz. Seu filho, Ciro, tinha 3 anos quando Diocleciano, imperador de Roma, começou a perseguir cristãos. Julita tentou fugir, mas foi presa. O governador da região tirou-lhe o filho dos braços, transformando Ciro em “ferramenta” de tortura enquanto Julita era submetida ao
flagelo para renegar sua fé. Um dia a criança pulou dos joelhos do governador e gritou junto da mãe: “Também sou cristão! Também sou cristão!”. O governador empurrou Ciro, fazendo-o rolar pelos degraus do tribunal. Julita foi espancada e decapitada. Era o ano 304. São Ciro tornou-se o mártir mais jovem do cristianismo, precedido apenas dos Santos Mártires Inocentes, exterminados pelo rei Herodes. Este Anjo protege as pessoas que ocupam posições de comando. Ajuda a combater os tratantes, obter vitórias e libertar os oprimidos. Interfere na coragem e fidelidade. Pessoas sob sua influência terão uma aura natural de paz. Sua sinceridade é refletida através da nobreza e autoridade da sua personalidade e prestígio. Fiel a seu juramento, tem caráter franco, leal e bravo, suscetível às questões de honra.
FORTALEZA - CE, QUARTA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2021
LEDAMARIA@OPOVO.COM.BR | *ESCREVE ÀS SEGUNDAS E QUARTAS
LÊDA
MARIA
LEDAMARIA@OPOVO.COM.BR | *ESCREVE ÀS SEGUNDAS E QUARTASMAIS,
MAIS
MOLDURAS
Peças lindas para abastecer os olhos e o coração
R
ecuperando a Cultura. Venha de olhos e mente bem abertos para fruir as experiências que as exposições “50 Duetos” e “Águas de Março” proporcionam. Com esta mensagem, a Fundação Edson Queiroz garante que, desde ontem, o Espaço Cultural Unifor está de portas abertas para as visitas presenciais, levando os visitantes ao cumprimento de todos os protocolos de biossegurança. Funciona de terça a sexta-feira, das 9 às 18 horas, e aos sábados e domingos, das 10 às 18 horas.Q
uando os Museus existentes em Fortaleza, principalmente o MAUC, da Universidade Federal do Ceará, seguirão o exemplo, permitindo e incentivando as pessoas a utilizarem o tempo para uma atividade cultural, educativa e associativa?EXPOSIÇÃO DE ARTE
UM PROGRAMA QUE LIBERTA
Maggy Montenegro e Gabriela Castro Eliane na companhia de Lúcia Medeiros, Terezinha Rolim e a filha Daniele
Nany People: “É essencial ter coragem”
NANY PEOPLE vive matriarca de uma trupe
teatral consagrada por espetáculos LGBTQ+.
DIVULGAÇÃO
| CINEMA |
Atriz estrela comédia “Quem Vai Ficar Com Mário?” recém-estreada nos cinemas
Famosa no teatro por humo-rísticos como “TsuNany”, a atriz Nany People, orgulhosa de sua luta para se assumir e se aceitar trans, ganha, enfim, do cinema, um papel no qual pode comba-ter os males do preconceito se-xual: a comédia “Quem Vai Ficar Com Mário?” já em cartaz. Sob a direção do chinês nascido em Taiwan e radicado no bairro do Catete, no Rio, Hsu Chien Hsin, Nany vira Lana, matriarca de uma trupe teatral consagrada por espetáculos LGBTQ+. Tudo no universo onde ela trabalha, tendo Fernando (Felipe Abib) como diretor, faz lembrar “A Gaiola das Loucas” (1978), em-bora sua inspiração seja a co-média italiana “O Primeiro que
Disse”, de Ferzan Ozpetek. Mas essa referência ganha outros tons no momento em que o dramaturgo do grupo, Mário Brüderlich (Daniel Ro-cha), herdeiro de uma cerve-jaria no Sul do País, resolve voltar para casa para sair do armário diante do pai con-servador (Zé Victor Castiel). Ali, o que era vaudeville vira chanchada das boas.
“O conservadorismo só está na cabeça de quem se deixa guiar por ele e não na de pes-soas que não enrustiram sua natureza, como eu. Imagina ser o que eu sou hoje no corpo de um menino há 45 anos”, disse Nany ao defender o compor-tamento matriarcal de Lana.
“Hsu me convidou para encar-nar a harmonia, a mãe que apa-ra as arestas, percebendo que a cultura é o único passaporte para a gente ser alguém. Lana sabe moderar uma questão sem julgar as pessoas”.
“Eu nunca soube o que é viver sem sermos atacados, mas sempre tive disposição para poder responder à al-tura. Mas muitas vezes não tive a doçura que a Lana tem. E isso é essencial: ter cora-gem”, diz Nany, referindo-se às confusões de Mário.
Na trama, o rapaz viaja ao Rio Grande do Sul para con-tar a verdade à sua família, mas tropeça num obstáculo: seu irmão, Vicente (Rômulo
Arantes Neto), assume-se antes dele, surpreendendo a todos. Mais complicado ain-da ele ficará ao perceber que está envolvido afetivamente com uma coach de marke-ting, Ana (Letícia Lima).
“Quando fui convidado para o projeto, notei que precisá-vamos fazer uma mudança estrutural em relação ao ori-ginal, de Ozpetek, não apenas trazer o contexto para o Brasil, mas também adaptar o humor para as pautas comportamen-tais mais urgentes de nosso tempo. Não podia aceitar pia-das machistas”, comenta Hsu. Produção deve estrear nas sa-las do Ceará nas próximas se-manas. (Agência Estado)
H
enrique Soàrez acaba de ser escolhido cônsul honorário da Finlândia, em Fortaleza para o Ceará, Piauí e Maranhão. Ele ocupará o cargo de seu pai Ednilton Soàrez, que terminou seu mandato ao final de 2020. O escolhido é formado em engenharia, e fez MBA nos Estados Unidos em Administração de Empresas. É casado com Veridiana e tem três filhas.Novo cônsul da Finlândia com a amada Veridiana e seus pais Leninha e Ednilton Soàrez
A
Sociedade Consular do Ceará tem 22 países bem representados através de mulheres e homens aprovados por sua competência e idoneidade, para representá-los. A atual diretoria está assim composta: Presidente- Fernanda Veras Carapeba Lundgaard Jensen, França; Vice presidente- Elfriede Reinhilde Lina, Áustria; Secretário Roberto Marinho, Cabo Verde; Tesoureiro- Janos Fuzesi, Hungria; Relações Públicas- Hans Fiege, Alemanha.PORQUE ela sabe espalhar alegria e benquerença,
seu aniversário recebeu a dose máxima de carinho. Eliane Cavalcante ganhou no último domingo almoço festivo, anfitrionado pela amiga-irmã Terezinha Rolim, em seu endereço, lindamente ornamentado de rosas brancas. E lá estavam as amigas alimentando-a de mensagens carinhosas, como foi a saudação da anfitriã. Eliane retribuiu com palavras que emocionaram o grupo.
BANCO MUNDIAL anunciou nesta terça-feira, 15,
os resultados da avaliação do ambiente de negócios nas 27 capitais brasileiras. Destaque para Fortaleza, que é a metrópole do Nordeste melhor avaliada no estudo, apesar dos desafios que tem associados a registro de propriedades, execução de contratos e pagamento de impostos. “Foi um orgulho para nós do APSV Advogados tomar parte num estudo de grande qualidade que mapeia oportunidades e desafios de Fortaleza/Ceará para a atração e promoção de negócios. Esse estudo certamente ajudará a reforçar acertos e corrigir o rumo para os próximos anos”, declara Rômulo Alexandre Soares.
Nêda Barros e Norma Lazar
Rute Bzyl e Eliane
ENCANTOS. O Grupo Verso
de Boca está no Instagram, apresentando seu mais novo vídeo-espetáculo “Para tão longo amor, tão curta vida”. www.instagram.com
O PÔR DO SOL da Beira
Mar vai ser apreciado hoje pelas integrantes do Grupo das Azuis, no cenário do novo restaurante Illa Mare, trazendo um novo conceito de gastronomia e de bem receber.
ONTEM a família e os amigos
da CoperCon CE cercaram a querida engenheira e gerente geral da entidade, Fabíola Andrade de mais afeto. Ela trocou de idade. A primeira homenagem foi das filhas Iara e Luísa e depois dos pais queridos Neysse e José Maria.
AMIGOS e colegas da
advogada e professora Vanda Sidou lembrando a passagem de seus 100 anos, se viva fosse. Uma mulher séria, culta, corajosa com realizações e trabalhos que marcam sua vida e seu testemunho de lutas em prol da Justiça e dos Direitos Humanos.
JÁ NAS LIVRARIAS “7 Visões
de Crise no Jornalismo Profissional” de Roberto Feith. Mais que a categoria, a publicação merece ser consumida pelos professores e estudiosos da profissão.
DIA DE JUNHO, os queridos
gêmeos Adauto e Humberto Bezerra completariam 95 anos. Entre os amigos muitas recordações, e entre os filhos e as mulheres amadas ainda as cores da saudade apagando qualquer arco- íris. Missas foram celebradas pelas famílias.
QUAL É A LOJA mais
provocativa de Fortaleza? Sem nenhuma dúvida a Porsche, encantando e alimentando desejos entre os apreciadores da coleção de carros mostrada.
NÃO DEIXEMOS de
comemorar São João e São Pedro. Sejamos criativos!
FORTALEZA permanece
atraente como praça para a politicagem. Lula e Bolsonaro agendam visitas até julho. Um quer passeata gigante, o outro motociata.
VIDA&ARTE
FORTALEZA - CE, QUARTA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2021
Cinema
&
séries
O “universo de super-heróis” é simples. Apesar de lidarem com seres que praticamente são deuses — ou são assu-midos como tais —, as obras beiram o simplório no trato maniqueísta do mundo. É o trunfo do “bem” contra o “mal”, discurso efetivo no cinema, nos quadrinhos, na política e até em relacionamentos. A base é a empatia e o objetivo é fazer com que o público torça para os mocinhos e saia, depois de tudo, incólume pelo processo.
Mesmo quando finge quebrar a lógica de “o bem vence o mal” — como no sucesso “Os Vinga-dores: Guerra Infinita” (2018) —, a Marvel tende ao status quo, ao familiar, ao confortável para o público. Eles fingem que mata-ram um personagem para sem-pre, o público finge que acredita. Assim, a gigante franquia do ci-nema se move num confortável tecido de obras formulaicas e, ao mesmo tempo, divertidas.
Ao se voltar para a televisão — ou o que se aproxima ao antigo conceito de televisão, o streaming —, a Marvel tateia a profundidade de persona-gens menos centrais. Foi assim com Wanda Maximoff (Eliza-beth Olsen) em “Wandavision”, Bucky Barnes (Sebastian Stan) em “Falcão e o Soldado Inver-nal” e parece ser assim em “Loki”, na jornada do persona-gem-título encarnado por Tom Hiddleston. E, curiosamente, a plataforma, para explorar essa nova profundidade encontrada nos super-heróis, aposta sem-pre em ferramentas que deri-vam da psicoterapia.
O exemplo mais evidente é o de “Falcão e o Soldado Invernal”. Sam Wilson (Anthony Mackie) li-teralmente tem experiência para lidar com sobreviventes de guer-ra com estresse pós-tguer-raumático. Justo o caso de Bucky Barnes, cujo passado é recheado de as-sassinatos atrozes. Em busca da “cura pela fala”, no dizer do pai da psicanálise, Sigmund Freud (1856—1939), o Soldado Invernal precisa quebrar a própria facha-da para expor a fragilifacha-dade. Para isso, ele tem uma terapeuta e um amigo/rival. Acaba que existe uma concorrência na jornada psicológica de um e no despertar identitário do outro, mas o foco aqui é psicanálise.
Essa noção de uma fachada é o ponto de inflexão também do episódio de abertura de “Loki”. A série não esconde o caráter tera-pêutico da relação entre o perso-nagem-título e o agente Mobius (Owen Wilson) — um psicote-rapeuta praticamente oniscien-te, artifício engenhoso dentro da sempre repetitiva lógica de via-gem no tempo da ficção. A opção mais bonita do seriado é pegar uma versão prévia do deus da trapaça. Quem está ali não é o Loki que seria capaz de se sa-crificar para impedir o plano de Thanos, mas o vilão responsável
pela morte do agente Coulson — e subsequente criação dos Vingadores do cinema.
Confrontado com o próprio futuro, Loki tem um insight — algo trabalhado na psicanálise, diga-se — sobre o próprio lu-gar dele no mundo e, mais do que isso, em si mesmo. Assim, ele entra em paz com a sua ra-zão de ser naquela realidade absurda e assume uma postura menos antagônica ao terapeu-ta. É quase como se os poderes maravilhosos da realidade de Mobius conseguissem forçar que Loki estabelecesse uma relação de projeção com o “psicanalis-ta” — você pode enganar a si, mas não ao seu “onisciente te-rapeuta”. Tudo fica mais diver-tido ainda quando é revelada a identidade do vilão que o agente da Autoridade de Variação Tem-poral (AVT) persegue.
Enfim, há “Wandavision”. E, claro, no ápice a obra decide vi-rar “filme de boneco”™ para in-vestir em batalhas de superpo-deres, mas é evidente que a vilã final é só uma concessão e tudo que ocorre é uma luta da Feiti-ceira Escarlate consigo mesma. O luto, tão abreviado na vora-cidade de uma megafranquia multibilionária como o Uni-verso Cinematográfico Marvel (MCU, da sigla em inglês), ganha o peso da alteração de realida-de realida-de uma superpessoa como Wanda Maximoff.
O tom surreal, que desabro-cha da memória afetiva da in-fância de Wanda na ficcional Latvéria — onde via seriados americanos enquanto aprendia inglês —, dá o tom da viagem interna. A opção vai além da mera indicação, do fan service vazio feito para empoderar o fã que “entende a referência”. Vira solução estética, quebra o ritmo narrativo pré-estabelecido do MCU, mostra que pode ir além de lutinhas e poderes.
As obras derivadas — spi-noffs — para Disney+ têm me-nos amarras que o corpulento MCU no cinema. Não precisam ser sucesso absoluto e girar a casa dos bilhões de dólares. Assim, há tempo para brincar de contar histórias.
Talvez haja espaço para o erro. O caminho para a matu-ridade narrativa dentro das cifras absurdas e tramas sem nexo passa por aí. Atualmen-te, a Marvel (a Disney?) aposta num truque recorrente — esse de expor a tridimensionalidade dos personagens a partir de viagens dentro de si mesmos — para provar que vai além de roteiros rasos sobre super-sseres se esmurrando.
Tanto quanto na vida, porém, na arte às vezes a gente precisa fingir saber fazer algo até trans-cender. Cabe mais ousadia no mundo. No fim, ninguém cobra que, sei lá, o Doutor Estranho derrote a Morte, de quem Tha-nos é consorte, em um infinito jogo de xadrez. Mas não é peca-do cobrar algo mais minimalista que o gozo constante de explo-sões em finais apoteóticos.
SUPER
HERÓIS
NO DIVÃ
ANDRÉ BLOC andrebloc@opovo.com.br
CENA de “Falcão e o Soldado Invernal”: Bucky e
Sam Wilson, junto a terapeuta Christina Raynor (Amy Aquino)
DIVULG
A
ÇÃO / DISNEY
SÉRIE Loki aprofunda trajetória do vilão da Marvel VISÃO (Paul Bettany) e Wanda (Elizabeth Olsen)
vivem uma espécie de fábula dissociativa em “Wandavision”