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Principais distúrbios psiquiátricos encontrados/atendidos nos serviços de urgência e emergência em saúde: uma revisão integrativa de literatura.

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Main psychiatric disorders found / attended in the emergency

and emergency health services: an integrative literature

review

Principais distúrbios psiquiátricos encontrados/atendidos nos serviços de urgência e emergência em

saúde: uma revisão integrativa de literatura Principales disturbios psiquiátricos encontrados / atendidos en los servicios de urgencia y emergencia en salud: una revisión integrativa de literatura

ABSTRACT

Objective: To identify the main psychiatric disorders found / attended in the emergency and emergency health services, through the literature. Methodology: Descriptive, exploratory, literature review type study. Results: The sample consisted of 23 documents, published between the years of 2000 and 2017. It was detected that among the diagnoses of metal disorders that most affect the population stand out in psychiatric emergencies, psychomotor agitation, suicide attempt, anxiety and deliruim. Conclusion: Therefore, the psychiatric disorders found and treated in the emergency and emergency health services are emergencies that may represent a significant and imminent risk of death or serious injury.

RESUMO

Objetivo: Identificar os principais distúrbios psiquiátricos encontrados/atendidos nos serviços de urgência e emergência emsaúde, por meio da literatura. Metodologia: Estudo descritivo, exploratório, do tipo revisão de literatura. Resultados: A amostra foi composta por 23 documentos, publicados entre os anos de 2000 a 2017. Detectou-se que dentre os diagnósticos de transtornos metais que mais acometem a população destacam-se nas emergências psiquiátricas, a agitação psicomotora, tentativa de suicídio, ansiedade e deliruim. Conclusão: Portanto os distúrbios psiquiátricos encontrados e atendidos nos serviços de urgência e emergência em saúde são emergências que podem representar risco significativo e iminente de morte ou de lesão grave.

RESUMEN

Objetivo: Identificar los principales trastornos psiquiátricos encontrados / atendidos en los servicios de urgencia y emergencia en la salud, por medio de la literatura. Metodología: Estudio descriptivo, exploratorio, del tipo revisión de literatura. Resultados: La muestra fue compuesta por 23 documentos, publicados entre los años 2000 a 2017. Detectó que entre los diagnósticos de trastornos metales que más afectan a la población se destacan en las emergencias psiquiátricas, la agitación psicomotora, intento de suicidio, ansiedad y deliruim. Conclusión: Por lo tanto, los disturbios psiquiátricos encontrados y atendidos en los servicios de urgencia y emergencia en salud son emergencias que pueden representar un riesgo significativo e inminente de muerte o de lesión grave.

Mariane Carvalho da Costa¹ Juliane Danielly Santos Cunha³ Raysa Emanuela Beleza da Silva²

ISSN: 2447-2301

¹Enfermeira. Especialista em Urgência e Emergência pela Universidade Católica Dom Bosco - UCDB/ Teresina-PI. E-mail: maricarvalhocosta@gmail.com

²Enfermeira. Especialista em oncologia pela Universidade Estadual do Piauí - UESPI/Teresina-PI. E-mail: raysabeleza@hotmail.com

³Enfermeira. Mestranda em Saúde e Comunidade pela Universidade Federal do Piauí – UFPI/Teresina-PI. E-mail: juliane_enfer@hotmail.com

Descriptors

Psychiatric emergency. Psychiatric crisis. Urgency and emergency.

Descritores

Emergência psiquiátrica. Crise psiquiátrica. Urgência e Emergência.

Descriptores

Emergencia psiquiátrica. Crisis psiquiátrica. Urgencia y Emergencia.

Sources of funding: No Conflict of interest: No

Date of first submission: 2017-12-28 Accepted: 2018-01-10

Publishing: 2018-03-20

Corresponding Address

Mariane Carvalho da Costa Rua Paissandu, 1627 – Centro CEP: 64001120 Teresina

Teresina – PI. Telefone: (99) 81626572

Email:

maricarvalhocosta@gmail.com

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INTRODUÇÃO

A saúde mental é o estado de funcionamento harmônico que os indivíduos desenvolvem para viver em constante interação com a sociedade. É a capacidade de conduzir a própria vida, sendo capazes de reconhecer suas limitações. Já a doença mental é considerada quando as pessoas não conseguem desenvolver ou manter-se em estado harmônico para viver com a sociedade ( STEFANELLI; FUNKUDA; ARANTES, 2008).

Segundo Towsend (2002) definir o conceito de doença mental não é fácil, pois vários fatores devem ser considerados em tal definição, porém acrescenta que a doença mental pode caracterizar-se por um desajuste no ambiente interno ou externo de um individuo que são demonstrados por pensamentos, sentimentos e comportamentos que não são habituais para a sociedade.

Vários conflitos ocorrem no decorrer da vida e ficam marcados em cada individuo. De acordo com Espinosa (2000), a existência de patologias mentais é tão remota quanto à vida, porém a sua identificação e a terapêutica aplicada vêm sendo modificadas com o transcorrer do tempo e de acordo com os progressos da psiquiatria.

Considera-se crise psiquiátrica a fase da vida em que o sofrimento é intenso e acaba desencadeando uma desestruturação da vida psíquica, familiar e social de um individuo (SANTOS; COIMBRA; RIBEIRO,2010).

A situação de crise caracteriza-se por uma condição onde existe um distúrbio de pensamento, emocional ou comportamental, na qual seja necessário um acolhimento apropriado e rápido, focalizado no paciente, no intuído de evitar maiores prejuízos físicos ou emocionais e até mesmo extinguir possíveis riscos de vida (BARROS; TUNG; MARI, 2010).

Na psiquiatria o termo crise é usado para caracterizar as situações de urgências e emergências psiquiátricas, nas quais abrangem tentativas de suicídio, depressões, psicoses, síndromes cerebrais orgânicas. De acordo com a legislação e a Reforma Psiquiátrica, o atendimento as situações de crises, devem ser realizados nos Centros de Atenção Psicossocial, nas Emergências dos Hospitais, na Atenção Básica e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (BRASIL, 2002).

Em 2003, foi aprovada a Portaria nº1864/GM, que instituiu o componente pré- hospitalar móvel da política de

urgência, por intermédio da implantação de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O SAMU tem como obrigação realizar os acolhimentos psiquiátricos, com a finalidade de acompanhar os sujeitos em crise até a rede de atendimento de urgência (BRASIL, 2003).

De acordo com Santos, Coimbra & Ribeiro (2010), na crise psiquiátrica o paciente deve ser encaminhado ao hospital psiquiátrico, porém quando apresenta algum tipo de ferimento ou alguma alteração clinica, deve ser encaminhado ao pronto socorro.

Os indivíduos que se encontram em crise, sentem-se ineficazes para consentem-seguir mudanças, a ansiedade encontra-se elevada, tornando o sujeito disfuncional. Os pensamentos podem tornar-se obsessivos, transformando assim comportamentos. E os sentimentos podem afetar tanto físico como emocionalmente de forma diferente cada pessoa (TOWNSEND, 2002).

As urgências e emergências psiquiátricas podem ser definidas como quaisquer alterações agudas de origem psiquiátrica em que ocorram mudanças do estado mental de um individuo, as quais implicam em risco atual e significativo de morte ou injúria grave, para o paciente ou para terceiros, necessitando de intervenção terapêutica imediata (VEDANA, 2016).

Os serviços de urgência e emergência surgem como um dos pilares assistências do contexto da atenção assistencial ao doente mental, provido de uma rede de atenção diversificada, descentralizada e integrada à rede se serviços de saúde (CAMPOS& TEIXEIRA, 2001).

A emergência psiquiátrica é conflituosa, diante disso, é imprescindível uma intervenção imediata de uma equipe de profissionais que estejam bem treinados, com oobjetivo de evitar maiores danos à saúde do paciente ou de extinguir possíveis riscos asua vida e de terceiros (DELBEN& TENG, 2013).

De acordo com Fontana (2005), os atendimentos prestados aos doentes mentais devem ser realizados por uma equipe interdisciplinar, onde compreenda ações fundamentais de observação associada a avaliações rápidas, contenções em situações para segurança aos envolvidos e encaminhado adequado posteriormente.

A maioria dos casos autolesivos são atendidos em algum tipo de serviço de saúde, principalmente na emergência, antes da tentativa fatal de suicídio. O inicio de contato é uma excelente oportunidade para que os 664

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profissionais de saúde identifiquem o possível nível de risco e possam intervir para reduzi-lo (VIDAL & GONTIJO, 2013). No entanto, nem sempre essa oportunidade é aproveitada pela equipe de saúde, seja pelas características do serviço/atendimento de emergência ou por despreparo e dificuldade para lidar com pacientes suicidas (VIDAL & GONTIJO, 2013).

Dentro desta conceituação ampla de atendimento psiquiátrico emergencial, são várias as condições médicas que podem levar à necessidade de avaliação e intervenção psiquiátrica de emergência Neste estudo, propomos identificar e analisar por meio de publicações cientifica, quais os principais distúrbios psiquiátricos encontrados/atendidos nos serviços de urgência e emergência em saúde.

METODOLOGIA

Trata-se de um trabalho de revisão bibliográfica. Para Lakatos e Marconi (2010), este tipo de pesquisa é indispensável para delimitação de um problema de um projeto de pesquisa para obter uma ideia precisa sobre o estado atual dos conhecimentos sobre um tema, sobre suas lacunas e sobre a contribuição da investigação para o desenvolvimento do conhecimento.

As principais fontes consultadas para a elaboração da revisão bibliográfica foram artigos em periódicos científicos, livros, teses, dissertações e resumos de congressos, que estavam de acordo com o problema a ser pesquisado, a partir do ano de 2000, através dos bancos de dados: Biblioteca Virtual da Saúde, Google acadêmico, Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Biblioteca Regional de Medicina (Bireme), disponibilizados no meio eletrônico.Foram encontrados 32 documentos, entre físicos e eletrônicos, principalmente em forma de artigos, porem foram considerados artigos que possuíam direto ou indiretamente alguma relevância com o problema pesquisado, dentre todos, foram selecionado 23 documentos, publicados entre os anos de 2000 a 2017. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O Ministério da Saúde considera que a rede de saúde mental deve ser formada por vários segmentos

assistenciais de acordo com as demandas do município e seus critérios populacionais. A rede de atenção pode contar com serviços de saúde mental na atenção básica, nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), leitos em hospitais, ambulatórios, etc. (COIMBRA et al., 2005).

Os serviços de urgência e emergência se estabelecem como espaços tensos e de muito estresse, tanto para os profissionais, como paciente e familiares. Um fluxo demasiado de atendimentos a pacientes em situações críticas, a baixa capacitação das equipes de atendimento e as carências estruturais do serviço e do sistema de saúde como um todo, levam os profissionais desses serviços a se posicionarem de maneira impessoal e com dificuldade de atuação de forma humanizada (VIDAL & GONTIJO, 2013).

Silva (2013) destaca que a maioria dos profissionais de saúde apresentam dificuldades no atendimento dos pacientes em crise psiquiátrica , seja por falta de experiência e conhecimento a cerca da saúde mental , seja por medo de serem agredidos ou por não acreditarem que o usuário encontra-se em sofrimento mental. A abordagem do paciente deve incluir a identificação de fatores predisponentes e precipitantes, com intervenções adequadas a cada um visando à resolução doquadro.

A objetividade na avaliação de urgência e emergência visa, fundamentalmente, odomínio da situação de risco que trouxe o paciente para atendimento de emergência e o estabelecimento do diagnóstico e a terapêutica adequada com a maior brevidade possível. No entanto, é importante realçar que avaliação com agilidade não significa ausência de observação do paciente (DEL-BEN etal., 2017).

Um atendimento caracterizado como emergência psiquiátrica exige tomadas de decisões imediatas para o controle situacional, podendo assim, limitar um diagnóstico psiquiátrico no primeiro momento. De acordo com Sallum & Paranhos (2010), é importante estabelecer o diagnóstico diferencial ao atendimento as emergências psiquiátricas, onde envolvem os Transtornos Mentais Orgânicos e Transtornos Mentais Psicóticos.

Os Transtornos Mentais Orgânicos compreendem as patologias que possuem etiologia demonstrável, como doença ou lesão cerebral ou qualquer comprometimento

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que leva a disfunção cerebral. Os mais comuns referem-se devido ao uso de substancias psicoativas; intoxicação por álcool; estados de abstinência por álcool, etc (SOUZA, 2013).

Os Transtornos Psicóticos são caracterizados pela ocorrência aguda de sintomas psicóticos, como alucinações, perturbações de senso percepções e desencadeadas por desorganizações de comportamento, não havendo etiologia orgânica (SOUZA, 2013).

Por se assemelharem a alterações decorrentes de transtornos mentais, os quadros orgânicos podem ser abordados de forma inadequada. Assim, o não reconhecimento dessas alterações orgânicas pode colocar o paciente em risco, pois se a causa fisiológica que provoca os sintomas pode não for o alvo da assistência há risco de complicação clínica (VERDANA, 2016).

ALTERAÇÕES MENTAIS MAIS FREQUENTES NOS

ATENDIMENTOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ANSIEDADE

Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, inquietação, nervosismo, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho (TEODORO, 2010). Segundo Castillo et al. (2000), os transtornos ansiosos são os quadros psiquiátricos mais corriqueiros tanto em crianças quanto em adultos, com uma prevalência estimada durante o período de vida de 9% e 15%respectivamente.

DELIRIUM

Conhecido também como o estado confusional agudo, é caracterizado por uma inquietação cognitiva com início agudo, curso flutuante, distúrbios da consciência, atenção, orientação, memória, pensamento, percepção e comportamento.

Trata-se de emergência médica, já sendo evidenciadas maiores taxas de mortalidade, maior tempo de internação e maiores índices de institucionalização, por ser uma alteração multifatorial, cada vez mais frequente e constantemente não diagnosticada e dessa forma não tratada adequadamente (LOBO et al., 2010).

AGITAÇÃO PSICOMOTORA

Caracterizado por inquietação, aumento da excitabilidade psíquica, resposta aumentada aos estímulos, irritabilidade, atividade motora e verbal exacerbada, inadequada e repetitiva, podendo cursar com agressividade (DALGARRONDO, 2000).

TENTATIVA DE SUICÍDIO

O suicídio é um fenômeno complexo e representa um grande problema de saúde pública. As manifestações associadas ao comportamento autolesivo são varias e conceituadas dentro de um conjunto de pensamentos e atos que englobam categorias: 1) suicídio completo; 2) tentativa de suicídio; 3) atos preparatórios para o comportamento suicida; 4) ideação suicida; 5) comportamento autoagressivo sem intenção de morrer; 6) automutilação não intencional e 7) automutilação com intenção suicida desconhecida. As tentativas de suicídio são mais comuns em mulheres, enquanto o suicídio consumido é mais observado em homens (VEDANA, 2016).

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o suicídio é responsável por uma morte a cada 40 segundos no mundo, gerando assim, um grave problema de saúde pública. Mais de 800.000 pessoas morrem de suicídio por ano (OMS, 2017). A abordagem a pessoa portadora de transtorno mental em estado de emergência e, em especial ao paciente que tentou suicídio, deve ser realizada com segurança, rapidez e qualidade, já que esse procedimento é fator decisivo na aceitação e adesão do individuo ao tratamento (VIDAL& GONTIJO, 2013).

Os profissionais de saúde, sobretudo os que atendem em setores de emergência, constantemente lidam com pacientes em situação de crise e que tentam suicídio. De forma semelhante aqueles que atuam na atenção básica, por possuírem um contato prolongado tanto com os pacientes como com as famílias, tendem a ter uma posição privilegiada na avaliação dos pacientes com risco eminente de suicídio (VIDAL & GONTIJO, 2013).

De maneira geral, na avaliação e no planejamento terapêutico desses transtornos, é fundamental obter uma história detalhada sobre o início dos sintomas e possíveis fatores desencadeantes. A ansiedade, por exemplo, passa a ser reconhecida como patológica quando é demasiada,

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desproporcional em relação ao estimulo. O modo prático de se distinguir ansiedade normal de ansiedade patológica é essencialmente avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, autolimitada e relacionada ao estímulo do momento ou não (CASTILLO et al.,2000).

De acordo com Souza (2013) os quadros psicóticos podem estar associados a agitação psicomotora e comportamentos agressivos, assim como a intoxicação por substancias psicoativa e a síndrome de abstinência alcoólica.

A agitação psicomotora e o comportamento agressivo não são particularidades de nenhuma condição patológica específica e, portanto, sugere uma ampla procura do diagnóstico diferencial. Alguns transtornos mentais como esquizofrenia e episódio maníaco, nos quais os distúrbios do pensamento e do humor implicam numa percepção distorcida da realidade, podem cursar com períodos de agitação psicomotora e/ou violência (DEL-BEN etal.,2017).

Ainda que a agitação psicomotora seja considerada um sinal de indício ou risco de comportamento agressivo ela não pode ser confundida com a agressividade e não justifica o uso de intervenções restritivas e coercivas (VEDANA, 2016).

Um dos objetivos básicos do atendimento de urgências e emergências psiquiátricas é o reconhecimento de quadros orgânicos, ou seja, situações que se manifestam com alterações mentais e comportamentais, mas são ocasionadas por alterações fisiológicas e morbidades orgânicas (síndromes demências, infecção, etc). O delirium é um exemplo de quadro orgânico que se manifesta com alterações do estado mental (VEDANA, 2016).

O uso de substâncias psicoativas é uma comorbidade frequente com os transtornos mentais. Nem sempre é possível estabelecer com exatidão a relação temporal ente padrão de uso da substância psicoativa e início/evolução/remissão dos sintomas psiquiátricos, sem o auxilio de exames de triagem. A confusão de pensamentos do individuo em episódio psicótico agudo pode, por exemplo, influenciar na qualidade das informações relatadas (DEL-BEN et al., 2017).

De acordo com Verdana (2016), é de suma importância que os profissionais de saúde se engajem em maneiras estratégicas no âmbito das políticas publicas em

saúde mental e reabilitação dos indivíduos com transtornos mentais, principalmente os com ideação suicida e tentativa de suicídio. Não basta que o sujeito sobreviva, é necessário trabalhar o sofrimento do indivíduo, as motivações e fatores relacionados ao suicídio e a promover reconstrução de novos modos de subjetividade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De maneira unânime observou-se que a maioria dos quadros psicóticos podem estar acompanhado de agitação psicomotora e comportamento agressivo. De acordo com as leituras dos estudos encontrados ressalta-se que os quadros de emergências psiquiátricas podem estar centrados nos diagnósticos de confusão mental, ansiedade, risco de suicídio, percepção sensorial prejudicada, entre outros.

As emergências psiquiátricas podem ocorrer em qualquer fase da vida de um individuo, podendo representar risco iminente de morte ou de lesão grave, como exemplo, os distúrbios citados anteriormente. Tornando assim, de grande importância que os profissionais de saúde tenham pleno conhecimento técnico-cientifico no tocante as patologias que variam de doenças crônicas a emergências psiquiátricas.

Outros casos também são relatados em algumas pesquisas, como a esquizofrenia, etilismo e depressão, porém por serem doenças crônicas e com tratamento de controle, mas que caso não tratadas podem possuir uma evolução prejudicada, levando a uma emergência psiquiátrica com desenvolvimento de sinais e sintomas.

O acolhimento em emergências psiquiátricas representa um momento crítico caracterizado pela fragilidade e instabilidade do cliente e grande responsabilidade para o profissional de saúde. Acreditamos que seja de grande relevância o desenvolvimento de mais pesquisas que envolvam o aprimoramento e aprofundamento dos conhecimentos em relação aos pacientes psiquiátricos e suas principais emergências.

Quanto maior for a experiência da equipe no manejo de situações de emergência psiquiátrica, melhor será o desenvolvimento do atendimento prestado, pois a adequação do comportamento da equipe de profissionais de saúde é um aspecto fundamental para a prevenção de

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comportamentos violentos.

REFERÊNCIAS

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