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Parque dos Imigrantes: proposta de Parque Municipal no Distrito de Rio Maina, Criciúma - SC

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PROPOSTA DE PARQUE MUNICIPAL

DISTRITO DE RIO MAINA - CRICIÚMA

Florianópolis

2017

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PROPOSTA DE PARQUE MUNICIPAL

DISTRITO DE RIO MAINA - CRICIÚMA

Trabalho Final de Graduação I apresentado ao Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientador: Professor Silas Matias Azevedo

Florianópolis 2017

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PROPOSTA DE PARQUE MUNICIPAL

DISTRITO DE RIO MAINA - CRICIÚMA

Este Trabalho Final de Graduação I foi julgado adequado à obtenção do título parcial de Arquiteto e Urbanista e aprovado em sua forma parcial pelo Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Florianópolis, 04 de julho de 2017.

Professor e orientador Silas Matias Azevedo.

Universidade do Sul de Santa Catarina

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Agradeço primeiramente aos meus pais, por tornarem esse momento possível. Obrigada por toda contribuição, dedicação e paciência, não só nos anos de graduação, como em todos os anos da minha vida. Ao meu irmão, por entender os momentos distantes e sempre me esperar com um abraço sincero. À minha família, não existe nada que me deixe mais feliz que a nossa união e amor. Minha maior motivação é dar orgulho à vocês.

Obrigada ao meu namorado por estar comigo nos momentos de maior ansiedade, obrigada por me entender e ser a calmaria nos momentos que precisei. Obrigada também à sua família por todo o apoio que me deram nessa caminhada.

Agradeço também aos amigos e amigas que sempre torceram por mim e estiveram ao meu lado, alguns por anos, outros por meses, mas que de alguma forma me ajudaram a continuar. Em especial quero dizer um muito obrigada à Maria Cecília, por ser amiga e parceira nessa jornada.

Muito obrigada ao meu orientador Silas Azevedo, pelo suporte e incentivo, indispensável no desenvolvimento dessa primeira etapa. Aos professores e funcionários das instituições de ensino que estudei ao longo dos anos, cada aprendizado contribuiu para a minha formação.

Por fim, obrigada a todos que contribuíram diretamente ou indiretamente com a conclusão desse trabalho.

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Em uma cidade, entre as edificações, existe uma rede de espaços que criam e fortalecem conexões e manifestam as trocas e convívio humano. Os espaços públicos que preenchem com vida os vazios urbanos estão diretamente associados à construção das cidades, e influenciam as relações que se criam dentro delas. A cultura de um lugar, sua estrutura e hierarquia social refletem a maneira como os espaços comuns são planejados e controlados. Quanto mais diversificados e vivos os espaços de uma cidade, menos desigual torna-se a sociedade.

Criciúma convive cotidianamente com a carência de espaços de cultura e lazer, principalmente em áreas que não são alvo de projetos de melhorias da infraestrutura, como é o caso do Distrito Rio Maina, motivo norteador da proposta de Parque Urbano, uma vez que a região continua crescendo sem o devido investimento público em áreas de descanso e recreação para a população.

O presente Trabalho de Conclusão de Curso constitui de estudos referentes à espaços públicos e sua relação com os habitantes, análises da área objeto de estudo e pesquisas de referenciais projetuais, embasando o desenvolvimento de um projeto de Parque Urbano Municipal no Distrito de Rio Maina, subdividido em duas etapas: elaboração conceitual do Partido Geral, apresentado no presente trabalho, e o desenvolvimento da Proposta Paisagística, que será aprofundada na etapa posterior. Palavras-chave: Espaços públicos, parque urbano, paisagismo, Rio Maina, Criciúma.

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Figura 1.1: Localização do terreno...12

Figura 1.2: Distância dos parques municipais do Distrito...15

Figura 1.3: Praça do Clube Brotolândia...15

Figura 1.4: Praça da Paróquia Sto. Agostinho...15

Figura 2.1: Trafego de pedestres em São Paulo...17

Figura 2.2: Parque Ibirapuera - SP...17

Figura 2.3: Campo de girassóis Quzhou Luming Park...18

Figura 2.4: Trânsito de carros em Florianópolis...19

Figura 2.5: Deslizamento de terra na Bahia...20

Figura 2.6: Recorte do mapa de zoneamento de Criciúma...20

Figura 2.7: Inauguração do Paço Municipal de Criciúma...21

Figura 2.8: Parque das Nações em Criciúma...21

Figura 2.9: Percentual de árvores nas calçadas das cidades brasileiras...21

Figura 2.10: Rua Gonçalo de Carvalho, POA...22

Figura 2.11: Influência do Novo Urbanismo...23

Figura 2.12: Princípio 1...23 Figura 2.13: Princípio 2...24 Figura 2.14: Princípio 3...24 Figura 2.15: Princípio 4...24 Figura 2.16: Princípio 5...24 Figura 2.17: Princípio 6...25 Figura 2.18: Princípio 7...25 Figura 2.19: Princípio 8...25 Figura 2.20: Princípio 9...25 Figura 2.21: Princípio 10...26

Figura 2.22: Área degradada...26

Figura 2.23: Procedimentos de recuperação da área...27

Figura 3.1: Placa em homenagem aos imigrantes do Distrito...29

Figura 3.2: Av. dos Imigrantes em 1890...29

Figura 3.3: Loteamento do bairro Rio Maina...30

Figura 3.4: Síntese conceitual do bairro Rio Maina...30

Figura 3.5: Centralidades...31

Figura 3.6: Conexões...31

Figura 3.7: Eixos viários...32

Figura 3.8: Localização do terreno...32

Figura 3.9: Fotos do terreno / Conexão com a ferrovia...32

Figura 3.10: Centralização de equipamentos de cultura e lazer em Criciuma...33

Figura 3.11: Espaços de cultura e lazer em Criciúma...34

Figura 3.12: Mapa de sistema viário do recorte da área do terreno de projeto...35

Figura 3.13: Itinerários de transporte público no Distrito de Rio Maina...36

Figura 3.14: Zonas comerciais na Avenida dos Imigrantes...36

Figura 3.15: Mapa Cheios e Vazios...37

Figura 3.16: Mapa Uso do Solo...37

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Figura 3.18: Mapa de Zoneamento Urbano...39

Figura 4.1: Implantação Queen Elizabeth Olympic Park...41

Figura 4.2: Adequação do projeto à topografia...41

Figura 4.3: Conexão do Parque com o Rio Lea...41

Figura 4.4: Solução para a topografia do Parque Q. Elizabeth...42

Figura 4.5: Implantação Zaryadye Park...42

Figura 4.6: Perspectivas Parque Zaryadye...43

Figura 4.7: Jardins para a contemplação no Parque...43

Figura 4.8: Implantação Parque Manancial...43

Figura 4.9: Solução de acesso às áreas alagadas...44

Figura 4.10: Imagens Parque Manancial de Águas Pluviais...44

Figura 5.1: Esquema de localização do terreno...46

Figura 5.2: Curvas de nível do terreno...46

Figura 5.3: Mapa de diretrizes...47

Figura 5.4: Gráfico de respostas por região de Criciúma...48

Figura 5.5: Gráfico de respostas por região de Criciúma...48

Figura 5.6: Gráfico de equipamentos...48

Figura 5.7: Gráfico de respostas...49

Figura 5.8: Gráfico de respostas...49

Figura 5.9: Gráfico baseado em 230 respostas...49

Figura 5.10: Fluxograma...50

Figura 5.11: Esquema de acessos...51

Figura 5.12: Esquema de acessos...52

Figura 5.14:Corte da proposta: Rua Trezentos e Oito...52

Figura 5.15:Corte da proposta: Rua Trezentos e Dez...52

Figura 5.16:Corte da proposta: Rua João Colombo...52

Figura 5.17:Corte da proposta: Rodovia Luiz Lazzarim...52

Figura 5.18: Esquema de fluxos...53

Figura 5.19: Fatores Climáticos...54

Figura 5.20: Zoneamento da proposta...55

Figura 5.21: Conceito do paisagismo...56

Figura 5.22: Proposta Inicial...56

Figura 5.23: Proposta Final...56

Figura 5.24: Modificação das curvas de nível...57

Figura 5.25: Cotas de nível...57

Figura 5.26: Localização dos espelhos d’água...58

Figura 5.27: Esquema de composição de superfície...58

Figura 5.28: Caminhos sem finalidade...59

Figura 5.29: Criação de pontos de destaque...59

Figura 5.30: Equipamentos de apoio...60

Figura 5.31: Trajeto da ciclofaixa...60

Figura 5.32: Planta baixa geral da proposta...61

Figura 5.33: Proposta de parque urbano...62

Figura 5.34: Zoom da proposta...62

Figura 5.35: Proposta de parque urbano...63

(9)

Figura 5.38: Área Ecológica...64

Figura 5.39: Área de esportes radicais...64

Figura 5.40: Proposta de parque urbano...65

Figura 5.41: Zoom da proposta...65

Figura 5.42: Zoom da proposta...65

Figura 5.43: Proposta de parque urbano...66

Figura 5.44: Praça de chegada...66

Figura 5.45: Proposta de parque urbano...67

Figura 5.46: Estação de trem...67

Figura 5.47: Proposta de parque urbano...68

Figura 5.48: Acesso norte...68

Figura 5.49: Pórtico de acesso: ZEIS...68

Figura 5.50: Rampa esportes radicais...68

Figura 5.51: Cortes da proposta...69

Figura 5.52: Corte AA¹...69

Figura 5.53: Corte BB¹...69

Figura 5.54: Corte CC¹...69

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1. INTRODUÇÃO AO TEMA...12 1.1 Introdução...13 1.2 Objetivo Geral...14 1.3 Objetivos Específicos...14 1.4 Procedimentos Metodológicos...14 1.5 Justificativa...15 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...16 2.1Espaço Público...17

2.2 Espaço Público x Qualidade de vida...18

2.3 Abandono da vida urbana...19

2.4 Problemas Urbanos...20

2.5 Importância da arborização urbana...22

2.6 Novo Urbanismo...23

2.7 Áreas Degradadas...26

3. DIAGNÓSTICO DA ÁREA...28

3.1 Contextualização Histórica e Evolução Urbana...29

3.2 Localização e Características físico-ambientais...31

3.3 Município de Criciúma...33 3.4 Sistema Viário...35 3.5 Mobilidade Urbana...36 3.6 Ocupação do Solo...37 3.7 Equipamentos Públicos...38 3.8 Legislação...39

4.1 Queen Elizabeth Olympic Park, Londres...41

4.2 Zaryadye Park, Moscou...42

4.3 Parque Manancial de Águas Pluviais, China...43

5. PARTIDO GERAL...45

5.1 Critérios para análise e escolha do recorte...46

5.1.1 Localização e Vizinhança...46

5.1.2 Topografia...46

5.2 Diretrizes Gerais e Projetuais...47

5.3 Programa de Necessidades...48

5.3.1 Região onde mora...48

5.3.2 Considera a que a comunidade onde vive é satisfatoriamente abastecida com opções de lazer?...48

5.3.3 Quais instalações são existentes em seu bairro?...48

5.3.4 Considera a linha férrea uma herança histórica importante e que deve ser conservada?...49

5.3.5 O que acha do trem como meio de locomoção?...49

5.3.5 O que gostaria de encontrar em um parque em sua cidade?...49

5.3.7 Programa de necessidades: fluxograma...50

5.4 Desenvolvimento da Proposta...51

5.4.1 Acessos...51

5.4.2 Revitalização de vias...52

5.4.3 Fluxos...50

(11)

5.4.6 Paisagismo...56

5.4.6.1 Evolução da Proposta...56

5.4.6.2 Modificação das curvas de nível...57

5.4.6.3 Elementos de marcação...58

5.4.6.4 Composição...58

5.4.7 Pontos de destaque...59

5.4.6 Equipamentos...60

5.5 Parque Municipal - Distrito de Rio Maina...61

5.5.1 Especificação da proposta: esportes...62

5.5.2 Especificação da proposta: integração...63

5.5.3 Especificação da proposta: recreação...64

5.5.4 Especificação da proposta: lazer...65

5.5.5 Especificação da proposta: praça de chegada...66

5.5.6 Especificação da proposta: estação ferroviária...67

5.5.7 Croquis e perspectivas...68

5.5.8 Cortes da proposta...69

CONSIDERAÇÕES FINAIS...70

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(13)

1.1 INTRODUÇÃO

Criciúma, cidade localizada no sul do estado de Santa Catarina, segundo Filho (2014) foi fundada oficialmente em janeiro de 1880, quando do ciclo da imigração europeia do século XIX com a chegada das primeiras famílias de imigrantes. Criciúma é conhecida hoje, por ser a capital brasileira do carvão e do revestimento cerâmico. No seu subsolo abriga uma das maiores reservas minerais do País. De acordo com Brasil (2017) a cidade conta hoje com aproximadamente 209.000 habitantes. Até a década de 1950, não houve outra atividade econômica em Criciúma que tivesse tanta representatividade quanto a mineração. A demanda de trabalhadores gerada pela extração de carvão, resultou em um aumento drástico da população, que ocasionou um desenvolvimento urbano acelerado não só no centro, mas em todas as áreas da cidade.

Na época, haviam minas de mineração por toda a região, o que deu origem às vilas com as residências dos operários e suas famílias, que desejavam uma moradia perto do local de trabalho. Foi em 1959, que por conta das várias vilas formadas e da povoação vertiginosa, o prefeito da época decretou a criação do Distrito de Rio Maina, recebendo este nome por conta do rio que cortava a região, o rio Maina.

Atualmente, o Distrito possui administração e comércio próprio, além da zona industrial têxtil, que se concentra no local. Segundo estatísticas do IBGE, a região possui cerca de sessenta mil habitantes, número este que aumenta drasticamente a cada ano, porém, a região não corresponde com a demanda de infraestrutura que esse crescimento exige, causando imensos prejuízos à qualidade de vida de seus moradores.

Baseada nessa carência de espaços públicos de lazer e áreas verdes que os usuários desse local enfrentam, e acreditando que

Figura 1.1: Localização do terreno.

ambientes eficientes e de qualidade interferem positivamente no conforto e percepção de vida dos habitantes, surge a intenção da criação de um Parque Municipal no Rio Maina.

A proposta será abordada no Trabalho de Conclusão de Curso com ênfase no resgate da qualidade de vida dos moradores do distrito e dos bairros adjacentes e do uso de áreas públicas como espaços de lazer e convivência, recuperando a identidade da região.

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1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para atingir os objetivos deste trabalho, será necessário:

Ÿ Elaborar um cronograma organizacional para, por meio dele, enumerar etapas de produção a fim de chegar ao produto final;

Ÿ Visita à órgãos públicos da cidade para coleta de informações e levantamento de dados sobre a área a ser analisada;

Ÿ Saída a campo para realizar levantamento fotográfico e reconhecimento físico do terreno;

Ÿ Entrevista com moradores e usuários do entorno para acompanhamento da situação atual do bairro.

Ÿ Realizar o levantamento de dados cadastrais e legais (urbanísticos e ambientais);

Ÿ Pesquisa bibliográfica em documentos de domínio público e internet;

Ÿ Pesquisa de referenciais urbanísticos em documentos bibliográficos e eletrônicos, encontrados em bibliotecas municipais e universitárias, acervo pessoal e internet.

Ÿ Reunião de dados para selecionar conteúdos de maior interesse no processo de realização do trabalho.

Ÿ Elaborar estudos a partir dos materiais selecionados que auxiliem na elaboração do projeto.

Elaborar um projeto de implementação de um parque municipal no Distrito de Rio Maina, na cidade de Criciúma - SC.

1.2 OBJETIVO GERAL

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Ÿ Entender as condições físicas do terreno e da área que abrange o mesmo, para assim realizar o projeto da melhor forma possível e que atenda todas as questões climáticas e topográficas;

Ÿ Analisar a demanda de áreas verdes existentes no recorte, considerando parques, praças e áreas de preservação permanente, com o intuito de compreender a necessidade da região;

Ÿ Compreender a valorização histórica do rio e do trilho de trem, que são limítrofes do terreno, com a finalidade de requalificar adequadamente a área sem que interfira no valor simbólico;

Ÿ Interpretar o conceito e funcionamento de projetos urbanos similares (referenciais projetuais), considerando resoluções de acessos, elevações do terreno e acessibilidade;

Ÿ Entender a realidade da comunidade, levando em conta as opções de lazer e edificações públicas existentes na região que o terreno abrange, para assim elaborar um programa de necessidades adequado para atender a região;

Ÿ Compreender o sistema viário local e estudar a escassez de fáceis acessos ao terreno, principalmente pelos bairros vizinhos.

(15)

(Brotolândia Clube), que oferece atividades de esporte (futsal/bocha) e lazer (boate/sauna), abrangendo em escala menor, comportando apenas o bairro Rio Maina.’’ (DA SILVA, 2010, p.5). O clube também conta com uma praça, que junto à praça da Igreja Santo Agostinho, tornam-se as maiores praças do distrito, mas que ainda assim, não são suficientes para atender a população.

É notória a falta de espaço adequado, de modo que surge a necessidade da elaboração de um projeto de espaço de lazer que concentre as demandas existentes pela população do Distrito e seu entorno.

1.5 JUSTIFICATIVA

Atualmente os espaços de lazer estão cada vez mais restritos à lugares de uso privado. A necessidade de implantação de equipamentos públicos por parte das instituições governamentais vem se agravando, levando em consideração a ocupação urbana atual, que conta com muitos edifícios e poucos espaços livres.

O tema abordado deu-se pela carência de espaços públicos apropriados para o lazer no Distrito de Rio Maina, em Criciúma-SC. A cidade conta com dois parques municipais: O parque das Nações, no bairro Próspera, e o Parque Centenário, o qual abriga o Paço Municipal, que se encontra no bairro Pinheirinho. A distância que os moradores do distrito tem que percorrer para chegar até um dos parques torna a ida trabalhosa e acarreta na desistência dessa população de aproveitar as áreas de lazer que a cidade oferece.

O Distrito dispõe de poucos espaços para o lazer da comunidade, entre eles está ‘’uma edificação de uso misto

P N

P C

C R M

9,6km

6,8km

Figura 1.3: Praça do Clube Brotolândia

Fonte: Google Earth 2016. (Acesso: 23/03) Figura 1.2: Distância dos parques municipais do Distrito.

Fonte: imagem desenvolvida pela Autora.

Figura 1.4: Praça da Paróquia Sto. Agostinho

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2.1 ESPAÇO PÚBLICO

revitalização de áreas verdes, porém, o espaço nos centros urbanos que as mesmas são destinadas, ainda é bastante reduzido.

Na tipologia de espaço público de lazer, diferente das áreas de trajeto, é possível estabelecer um público alvo para cada situação, pois esse padrão é planejado de acordo com a necessidade da comunidade que o integra. Simultaneamente, o espaço público pode ser altamente versátil, já que numa mesma praça podem haver atividades variadas atraindo diferentes públicos.

Conforme Fernandes (2015), separar essas modalidades de espaços públicos não quer dizer que elas tenham que andar em caminhos diferentes. Com um planejamento adequado, esses locais podem desempenhar seus usos, um incorporado ao outro sem que haja complicações. Instalar comércio e serviço numa praça, por exemplo, pode garantir que a área seja usufruída com mais intensidade por um público que talvez não estaria em contato com o lugar caso não houvesse essas funcionalidades.

Um dos principais obstáculos do convívio harmonioso nas cidades é a divergência de opinião sobre o conceito de espaço público para cada pessoa. Conforme Borja (2006), por definição, o espaço público é aquele de posse coletiva e de desfrute comunitário, sendo possível dividi-los em duas modalidades: os de trajeto e os de lazer.

Os espaços públicos de trajeto, são destinados, a princípio, à locomoção da população. O grande tráfego de pessoas no mesmo percurso, atrai, consequentemente, comércios e serviços que dependem da visibilidade do consumidor, correspondendo aos locais onde a área comercial e a economia local se desenvolvem. (Id., 2006)

Os espaços públicos de lazer são destinados à usos recreativos, geralmente representados por praças e parques. Segundo Brum et al. (2013), o problema ambiental é um assunto que tem tomado grande importância na vida da população atual, e essas áreas de lazer são um dos aspectos vitais para a defesa do meio ambiente por conta da preocupação do planejamento com a

Figura 2.1: Trafego de pedestres em São Paulo

Fonte: http://viatrolebus.com.br (Acesso: 23/03)

Figura 2.2: Parque Ibirapuera - SP

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Antes de projetar um espaço público, é necessário entender a dinâmica da cidade e o cotidiano da população, assim a área planejada reflete a carência e o desejo da comunidade.

Um bom projeto de espaço público não depende apenas de uma boa execução técnica; também deve ser o espaço certo, no lugar certo e para as pessoas certas. A cidade precisa ser vista sob seus múltiplos aspectos, sejam eles físicos, sociais, econômicos ou culturais. E é este olhar múltiplo que deve ser absorvido pelas políticas públicas. (MOTA, 2013).

O Documento Cidades Sustentáveis do Ministério do Meio Ambiente afirma a importância dos parques urbanos para atingir metas de sustentabilidade quando cita como estratégia principal a “melhoria da qualidade ambiental das cidades”, a qual traça a elaboração de planos e projetos urbanísticos integrados com as ações de transporte e trânsito e a aplicação das áreas verdes públicas das cidades e da conservação do patrimônio ambiental urbano, tanto o construído como o natural e paisagístico como medidas para tal melhoria.

Um espaço público acessível, com manutenção, iluminação adequada e mobiliários de qualidade, incentiva os habitantes a utiliza-lo e a zela-utiliza-lo. Áreas de qualidade transmitem sensação de ordem e ocasionam o comprometimento do poder público e dos cidadãos de manter a estrutura da cidade viva, trazendo à tona a coletividade da população.

Figura 2.3: Campo de girassóis Quzhou Luming Park.

2.2 ESPAÇO PÚBLICO x QUALIDADE DE VIDA

A urbanização é um fenômeno presente na maior parte do mundo atual. O espaço urbano é fruto das relações mantidas entre os homens no decorrer do tempo. As grandes cidades são concentrações de meios de produção e consumo, cultura e tecnologia, apresentando uma complexidade de conflitos ambientais e sociais, oferecendo péssima qualidade de vida aos seus habitantes.

As mudanças ambientais e urbanas causadas pelo homem são constantes temas de estudo atualmente, os quais buscam soluções para a melhora da qualidade de vida do cidadão e o meio que vive, assim como a sua inter-relação.

Conforme A.Vieira (2009), os benefícios gerados por espaços públicos de entretenimento proporcionam a melhoria de vida do ambiente urbano com a expectativa do acontecimento de experiências sociais e oportunidades de lazer da comunidade, que estimulam o desenvolvimento humano e a convivência entre as pessoas. Além disso, as áreas verdes que geralmente se encontram nesses espaços contribuem para o bem-estar do homem e influenciam o microclima através da amenização da temperatura, aumentando a umidade do ar e a

absorção de poluentes.

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O surgimento dos automóveis às cidades como principal meio de locomoção foi o fator determinante para o futuro do planejamento Urbano. Segundo Gehl (2015), foi por volta de 1960 que grandes quantidades de carros invadiram o mundo todo, marcando o início do processo de priorização dos veículos diante ao bem-estar da população. A percepção de que os carros eram o futuro das cidades repercutiu diretamente na qualidade de vida da população. A precariedade dos transportes públicos pode ser considerada a principal causa da alta procura por veículos particulares, já que no Brasil, os transportes públicos como metrôs e ônibus são caros e sem qualidade, o que leva o cidadão a optar por uma alternativa mais confortável e que atenda suas necessidades, mesmo que o custo seja mais alto.

Outro ponto, conforme Vargas e Castilho (2015) é que, embora hoje haja uma maior consciência social que condena a visão de que áreas urbanas são caracterizadas unicamente como bloqueio ao transito e à modernidade, ainda existe a visão fundamentalista da preservação, na qual essas áreas estão sujeitas a usos passivos ou neutros, espaços sem vida.

2.3 ABANDONO DA VIDA URBANA

É então que se observa um processo de esquecimento e abandono do espaço público, gerando, segundo Santana (2005), sombras urbanas, que interferem no bem-estar e qualidade de vida da população, contribuindo para o desperdício de infraestrutura da cidade.

Um parque de bairro genérico, que esteja preso a qualquer tipo de inércia funcional de seu entorno, fica inexoravelmente vazio por boa parte do dia. E aí se estabelece um círculo vicioso. Mesmo que o vazio não seja atingido por várias espécies de praga, ele exerce pouca atração devido ao número restrito de frequentadores potenciais. Chega a entediá-los terrivelmente, porque a agonia é enfadonha. Nas cidades, a animação e a variedade atraem mais animação; a apatia e a monotonia repelem a vida. E esse é um princípio crucial não apenas para o desempenho social das cidades, mas também para seu desempenho econômico. (JACOBS, 1961)

Mesmo que a praça não consiga responder às funções para as quais foi projetada, é inegável o valor desses espaços na malha urbana, seja na conservação do meio ambiente, no enriquecimento da paisagem ou na organização da malha. Áreas urbanas como parques e praças não devem servir apenas para serem observadas, e sim utilizadas frequentemente pela população, afinal, a melhor maneira para garantir sua preservação é com o uso.

Um bom planejamento urbano acompanhado da mudança da mentalidade das pessoas é essencial para desencadear um processo de humanização das cidades, que as transforme em ambientes democráticos e justos à toda a população.

Figura 2.4: Trânsito de carros em Florianópolis.

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conseqüentemente na conformação de espaços livres e construídos do seu território. Hoje, mesmo com a prática da mineração sendo bastante reduzida no município, a sua presença nos espaços livres residuais ainda é notável. Tais áreas representam atualmente porções significativas do território da cidade, a maioria delas em situação de degradação ambiental.

Percebe-se, a partir desse panorama, que os espaços livres de Criciúma têm permanecido em segundo plano, principalmente devido ao crescimento urbano acelerado sobre uma zona degenerada, sendo assim, restam poucos espaços livres de qualidade planejados na região.

Figura 2.5: Deslizamento de terra na Bahia.

De acordo com Francisco (2014), a expansão das atividades industriais intensificou a urbanização, fato que atrai até hoje milhões de pessoas para as cidades, provocando a expansão da rede urbana sem o devido planejamento. Como resultado desse fenômeno áreas inadequadas são utilizadas para a moradia. Encostas de morros, áreas de preservação permanente e áreas próximas a rios são loteadas e ocupadas desenfreadamente, resultando muitas vezes em catástrofe.

A e s p e c u l a ç ã o i m o b i l i á r i a n a s c i d a d e s c r e s c e desordenadamente e em ritmo acelerado, gerando centros altamente saturados. Conforme Saboya (2008), esse problema acarreta principalmente na infraestrutura, que tende a ser sobrecarregada em algumas áreas provocando o desmatamento de áreas verdes, a derrubada de edifícios históricos e culturais e áreas de lazer cada vez mais fechadas e particulares.

Segundo Pamplona e Trindade (2015), a cidade de Criciúma teve seu desenvolvimento urbano ligado à exploração de carvão, afetando diretamente a sua configuração ambiental e urbana, e

2.4 PROBLEMAS URBANOS

Fonte: http://acordacidade.com (Acesso 21/06)

Figura 2.6: Recorte do mapa de zoneamento de Criciúma.

Fonte: Prefeitura de Criciúma. (Acesso 25/03)

Grande parte das áreas mineradas de Criciúma é atualmente considerada Zona Especial de Interesse da Recuperação Ambiental (ZEIRAU) pelo Plano Diretor vigente, como é o caso do terreno a ser estudado (Figura 2.7). Tais zonas são descritas pelo próprio Plano como ‘’áreas que não apresentam condições de ocupação com uso urbano e que devem ser recuperados ambientalmente’’ (CRICIUMA, 2012).

0 300 600 m

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Referindo-se à espaços públicos de lazer, conforme Pamplona e Trindade (2015) a obra mais significativa foi o Parque Centenário, onde foi implantado o Paço Municipal de Criciúma, formado pela prefeitura, teatro e um monumento homenageando os colonizadores da cidade. O projeto mais recente nesse quesito se deu em 2011, com a construção do Parque das Nações, no Bairro Próspera. O parque foi instalado sobre áreas mineradas e fornece um espaço público de recreação que vem sendo bastante utilizado pela população, carente desses tais espaços.

Figura 2.7: Inauguração do Paço Municipal de Criciúma, em 1981.

Fonte: http://mcacoelho.com (Acesso: 21/06) Figura 2.8: Parque das Nações em Criciúma.

Fonte: http://clicatribuna.com (Acesso: 21/06)

2.5 IMPORTÂNCIA DA ARBORIZAÇÃO URBANA

Os espaços verdes públicos têm ganhado destaque atualmente e vem sendo defendidos cada vez mais por conta do papel que exercem na organização da malha urbana. São geradores de uma continuidade ecológica cultural, essencial no progresso de sustentabilidade ambiental das cidades.

A arborização urbana caracteriza-se especialmente pela plantação de árvores em parques, praças, calçadas e vias públicas, se constituindo em uma das mais relevantes atividades da gestão urbana, devendo fazer parte dos planejamentos urbanísticos das cidades. Segundo Santos (2001), atualmente os espaços verdes são essenciais a qualquer planejamento urbano, definindo usos à tais áreas, como recreação, contemplação ou passagem, sempre sendo de uso comunitário. Além dos propósitos citados, as áreas verdes possuem outras importantes funções como requalificação paisagística, estética e valorização da qualidade da vida local como valorização econômica das propriedades do entorno. Dentro da vertente ambiental, pode também ser citado a absorção da radiação e a redução do impacto da água da chuva, assim como a promoção da natureza dentro das cidades.

Figura 2.9: Percentual de árvores nas calçadas das cidades brasileiras.

(22)

A vegetação arbórea pode ser, inclusive, caracterizada como mobiliário urbano, como um elemento essencial para o bom funcionamento de espaços livres de edificação. Conforme Emer et al. (2011), uma arborização adequada estimula o enriquecimento da paisagem e explora de maneira harmoniosa os elementos do paisagismo, dando prioridade à utilização de espécies locais, o que promove maior identidade ao bioma das cidades.

A busca por espécies ideais na área urbana é primordial quando se deseja um planejamento arbóreo coerente. A vegetação escolhida terá relacionamento com todos os elementos do seu entorno, incluindo passeio, ruas e redes de água, esgoto e energia, por este motivo a definição das espécies deve ser feita com clareza no estudo de viabilidade, nos processos de implantação e manutenção.

[...] arborizar não é plantar mudas, ao acaso, na cidade. As árvores do perímetro urbano são constantemente ameaçadas pelo descuido da população e do Poder Público e pela instalação ou mesmo localização dos equipamentos destinados ao atendimento das necessidades públicas (rede elétrica, de água e esgoto, por exemplo). Assim, é de suma importância a correta orientação das prefeituras acerca do planejamento da arborização urbana, desde a escolha adequada da espécie até a forma de plantio e conservação das árvores, sem que estas interfiram nos serviços e equipamentos de utilidade pública evitando ainda o sacrifício das árvores, prejudicando o paisagismo urbano. (CABRAL, 2013, p.13)

Desta forma, entidades públicas possuem o dever de que haja

incentivo junto à planos de arborização e plantio para que a população se conscientize da importância e dos benefícios que projetos desse meio podem oferecer à cidade, sempre aproximando agentes ambientais dos moradores para que a estratégia de crescimento arbóreo seja eficiente, propiciando também a educação ambiental para a sociedade.

Figura 2.10: Rua Gonçalo de Carvalho, POA. Conhecida como a rua mais bonita do mundo.

Fonte:https://edukavita.blogspot.com.br (Acesso 01/04)

2.6 NOVO URBANISMO

O crescimento desordenado e a falta de planejamento das grandes cidades originou inúmeros problemas urbanos que assombram a vida da população diariamente. No final do século XX o n o v o u r b a n i s m o s u r g e n o s E s t a d o s U n i d o s c o m o u m a

(23)

resposta à difusão dos subúrbios americanos. A carta do novo urbanismo de 1996 é um referencial quando se almeja a requalificação de um bairro inter-relacionado com um centro urbano maior. Segundo Andrade et al. (2013), a carta é um leque de pontos que visam abranger o bem-estar humano e a sustentabilidade das cidades, voltando para a preservação de patrimônios naturais e urbanos.

RESPEITA

Ÿ

Os cidadãos

Ÿ

A escala humana

Ÿ

O meio ambiente

VALORIZA

Ÿ

O pedestre

Ÿ

O intercâmbio

social

Ÿ

O espaço público

Ÿ

A natureza no

contexto urbano

PROMOVE

Ÿ

Diferentes usos

Ÿ

Senso de

comunidade e

inclusão social

Ÿ

Integração local

Ÿ

Melhor

desempenho das

cidades

INFLUÊNCIA DO NOVO URBANISMO

Figura 2.11: Influência do Novo Urbanismo

Fonte: Imagem desenvolvida pela Autora

Conforme Macedo (2007), o novo urbanismo “tem atenção para o equilíbrio necessário entre as construções, para atender as necessidades humanas e o ambiente natural, para a preservação do patrimônio histórico, e para a participação da comunidade e gestão sobre os espaços dos bairros.”, sendo assim, se desenvolve de forma mais reflexiva, compreendendo a sociedade em que estamos inseridos e se esforça para criar projetos coerentes com a região no qual está inserido, pensando no desenvolvimento futuro e a preparando com uma infraestrutura que acomode o aumento populacional que essa possa receber.

Vários autores listam os princípios que são utilizados em projetos deste gênero, Lucchese (2008) os especifica em dez tópicos:

1. Facilidade para pedestres: consiste em facilitação de caminhos, criação de vias rápidas para pedestres para que estes não necessitem de outro meio de transporte. Estimula o uso dos passeios e atraem as pessoas à utilizarem o espaço urbano.

2. Conectividade: é a interação de todos os bairros da cidade por meio de espaços e transportes públicos. A malha viária conectada facilita o deslocamento da população e cria cruzamentos qualificados para que o caminhamento do pedestre seja mais seguro.

Figura 2.12: Princípio 1.

(24)

3. U s o m i s t o e d i v e r s i d a d e : v i s a m e l h o r a r o aproveitamento dos espaços na cidade, residências, comércio, serviço e lazer dividem a mesma zona, o que facilita o atendimento das necessidades dos usuários sem grandes deslocamentos;

Figura 2.13: Princípio 2.

Fonte: imagem desenvolvida pela autora.

Figura 2.14: Princípio 3.

Fonte: imagem desenvolvida pela autora.

4. Diversificação das moradias: facilita a interação no dia a dia de pessoas de diferentes classes sociais, idades e raças, permitindo a criação de vínculos pessoais, fundamental para o crescimento do bairro;

5. Qualidade do projeto arquitetônico e urbanístico: projetos bem desenvolvidos, pensando no futuro do local sem que se negue a sua história.

Figura 2.15: Princípio 4.

Fonte: imagem desenvolvida pela autora.

Figura 2.16: Princípio 5.

(25)

6. Estrutura de um bairro tradicional: estruturação os bairros com quadras tradicionais, porém com diferentes tipos de funções desde a habitação ao trabalho, desenvolvidos de forma equilibrada para uma vida autônoma;

7. Aumento da densidade: maior quantidade de pessoas em um menor espaço projetado, visto a grande demanda por habitações e espaço livre escasso nos dias atuais;

Figura 2.17: Princípio 6.

Fonte: imagem desenvolvida pela autora.

Figura 2.18: Princípio 7.

Fonte: imagem desenvolvida pela autora.

8. Transporte público ambientalmente adequado: criação de vias exclusivas de transporte público, sem interferir ou sem ser interferido diretamente pelo transito local;

9. Sustentabilidade: princípios sustentáveis, como reutilização de águas pluviais, de resíduos, iluminação solar, etc.;

Figura 2.19: Princípio 8.

Fonte: imagem desenvolvida pela autora.

Figura 2.20: Princípio 9.

(26)

10. Qualidade de vida: visar sempre bem-estar social dos usuários.

Segundo Andrade et al. (2013), princípios como estes podem ser trabalhados individualmente em pontos deficitários da cidade, ou no caso da oportunidade da criação de um novo espaço, podem ser criadas as chamadas cidades compactas, que agregam os conceitos do novo urbanismo de forma mais generalizada, mesclando moradia, trabalho e creio num mesmo ambiente, sem padrões rígidos.

O ponto central dessa nova proposta de planejamento urbano é a escala humana: as pessoas são os reais usuários dos espaços e é preciso otimizar espaços nas cidades para que tais sejam ocupados. O novo urbanismo busca a adequação de projetos arquitetônicos de forma integrada ao meio natural onde está inserido.

Figura 2.21: Princípio 10.

Fonte: http://itdpbrasil.org.br/

Segundo Moreira (2004 apud MOURA, 2015) áreas degradadas são extensões naturais que perderam a capacidade de recuperação natural após sofrerem distúrbios.

A degradação é um processo induzido pelo homem ou por acidente natural que diminui a atual e futura capacidade produtiva do ecossistema. De acordo com Belensiefer (1998) áreas degradadas são aquelas que perderam sua capacidade de produção, sendo difícil retornar a um uso econômico. O termo degradar conforme Ferreira (1986) pode ser interpretado como: estragar, deteriorar, desgastar, atenuar ou diminuir gradualmente (Id., 2015, p.4).

De acordo com Moura (2015), as principais ações para que as áreas degradadas possam voltar a ser produtivas consiste no desenvolvimento e estabelecimento de sistemas de manejo do solo seguido da revegetação do local de maneira inclusive, a propiciar o retorno da fauna. É necessário o conhecimento básico e a utilização de princípios ecológicos do ecossistema que se vai trabalhar, além do conhecimento das causas da degradação e formas de recuperação, é preciso, também, conhecer as necessidades sociais, econômicas e os aspectos culturais da comunidade humana local.

2.7 ÁREAS DEGRADADAS

Figura 2.22: Área degradada.

(27)

Segundo Brun et al (2000 apud MOURA, 2015), para que seja possível obter novo uso da área, é necessário que ela esteja em condições de estabilidade física, se situada em morro, aterro e/ou depressão de terreno por exemplo, em condições de estabilidade química, ou seja, a área não deve estar sujeita a reações químicas que possam gerar problemas nocivos à saúde humana e ao ecossistema e se, pós-mineração, pode-se adicionar os requisitos de estabilidade geológica, áreas utilizadas com a finalidade de conservação ambiental.

A Legislação Ambiental Brasileira tem seu texto bastante exigente no que se refere à recuperação de áreas degradadas. De acordo com Brasil (1989), a partir de 1989, segundo o decreto lei 97.632, todas as empresas de mineração são obrigadas a apresentar ao órgão ambiental um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), documento que recomenda a adoção de procedimentos para estabelecer ou restabelecer a cobertura vegetal nas áreas degradadas, prática conhecida como revegetação.

Figura 2.23: Recuperação da área degradada.

Fonte: Barbosa (1992).

Barbosa et al. (1992) recomenda para os trabalhos de recuperação os seguintes passos:

Ÿ Pré-planejamento: Essa fase contempla o Estudo de Impacto Ambiental que identifica áreas de referência que serão ou não alteradas durante a mineração e que poderão ser usadas para orientar o recobrimento vegetal; o Relatório de Impacto Ambiental que identifica todos os impactos associados com a mineração e atividades relacionadas; e o Plano de Recuperação que define os objetivos de recuperação ambiental a curto e a longo prazo.

Ÿ Remoção e estocagem do capeamento do solo: O revestimento vegetal do local minerado pode corrigir ou diminuir os impactos provocados pela mineração sobre os recursos hídricos e visuais da área.

Ÿ Obras de engenharia na recuperação: o controle de taludes e de água é um fator importante para alcançar a estabilidade de áreas mineradas

Ÿ Manejos de solo orgânico: A mineração de superfície exige a retirada da vegetação e da capa superior do solo existente sobre o minério. O manejo do solo e da matéria orgânica influencia tanto os rendimentos obtidos na produção agrícola como a qualidade ambiental.

Ÿ Preparações do local para plantio: É essencial que se conheçam as características químicas do material que será o meio de crescimento e o como isso afeta o crescimento das plantas.

Ÿ Seleções de espécies de plantas: A escolha de espécies para utilização em recuperação de áreas degradadas deve ter como ponto de partida estudos da composição florística da vegetação remanescente da região.

Ÿ Propagações de espécies: A propagação de espécies refere-se ao crescimento de espécies lenhosas em um viveiro para plantio posterior em áreas a serem recuperadas.

(28)
(29)

Os descendentes italianos dedicaram-se à extração de carvão mineral. Segundo Ferro (2010), a localidade do Rio Maina foi se desenvolvendo aos poucos conforme ia recebendo mais famílias de imigrantes. A criação de loteamentos e a ampliação da malha viária também motivou muitas pessoas a residirem no bairro, já que proporcionou o fácil acesso à região. O comércio em desenvolvimento ocasionou uma região mais atrativa, ampliando ainda mais o número de famílias residentes na localidade.

Segundo Da Silva (2010), A construção da Avenida dos Imigrantes, no centro do bairro, permitiu o rápido escoamento da produção agrícola e industrial, pois ligava diretamente o Rio Maina ao bairro Pinheirinho. Conforme a citação abaixo, entre os anos de 1957 e 1978, essa avenida continuou atuando como forte rota de crescimento.

No período 1957-1978, a ocupação ocorre pela a m p l i a ç ã o d a m a l h a v i á r i a e m e i x o s perpendiculares à Av. dos Imigrantes, deixando de

Por volta de 18 0 se espalhou por toda a Europa uma forte 6 crise agrícola. egundo S Massaro (2009) os italianos viram no brasil um meio de continuar sendo produtores rurais, condição que já não era mais possível na Itália. Em 1888, o Brasil precisava de mão de obra para trabalhar nas plantações de café, a Itália então na crise, viu a emigração como forma de resolver os problemas internos, assim, os dois governos oficializaram um acordo onde o governo brasileiro cedia a terra para os imigrantes trabalharem, enquanto o governo italiano subsidiava o transporte de navio até o Brasil.

Conforme Santos (2013) os primeiros imigrantes italianos chegaram na região do Rio Maina em 1890. De acordo com Leny (2017), em entrevista com o professor aposentado Jorge Darós, na época as famílias recebiam em media 25 hectares de terra, os imigrantes plantavam milho, batata, feijão, trigo e criavam cavalos e gados. A terra significava a vida e a liberdade para os imigrantes, visto que todos vinham da Itália fugindo da pobreza e da crise.

Ainda segundo Leny (2017), nos primeiros anos a agricultura era o núcleo central da colonização. Por volta de 1910 a 1913 é que houve a mudança da vocação da agricultura para o carvão.

3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E EVOLUÇÃO URBANA

Figura 3.2: Av. dos Imigrantes em 1890.

Fonte: http://portalriomaina.com.br (Acesso 08/04) Figura 3.1: Placa em homenagem

aos imigrantes do Distrito

(30)

ser uma ocupação linear. A ocupação passou a acontecer em quadras com a subdivisão em lotes menores nos dois lados da avenida. A partir do sul a ocupação abre-se em leque em direção à Ferrovia Teresa Cristina, à leste e ao Rio Maina, ao sul [...] na época a produção do espaço urbano ocorreu a partir da ação da Carbonífera Catarinense, que além de ser a principal empregadora, passuía as concessões da exploração das terras, de outros proprietários de terras. (FERRO, 2010. p.23)

Ainda conforme Id. (2010), nos anos seguintes o desenvolvimento urbano continuou em ritmo acelerado, espraiando-se por todo o território do bairro. Neste período, as operações de promotores imobiliários passam a ser cada vez mais efetivas, incorporando novas áreas para expansão. Com a compra de terra de proprietários fundiários, novos loteamentos e áreas industriais foram geradas.

A ferrovia Tereza Cristina e o rio Maina foram importantes limitadores físicos da expansão do bairro, fazendo com que o adensamento urbano se concentrasse em torno da Avenida dos Imigrantes. Segundo Santos (2013), Rio Maina foi categorizado como distrito em 10 de Abril de 1959, quando a cidade estava sob os cuidados do então prefeito Addo Caldas Faraco.

Por volta de 1987, alguns moradores tentaram sem sucesso a emancipação do distrito. alegavam que sozinhos poderiam continuar o progresso do mesmo. Temerosos, 80% da população optou por dizer ‘’NÃO’’ para o movimento emancipacionista. Continuando a pertencer ao municipio de Criciúma até os dias

5 1 5 3 2 6 7 4

Figura 3.3: Loteamento do bairro Rio Maina.

Figura 3.4: Síntese conceitual do bairro Rio Maina.

Fonte: Floriano (2014).

Adaptado pela autora.

1 - 1964 / Santa Rita 2 - 1973 / Severino Brogni 3 - 1979 / Montes Claros 4 - 1979 / Las Vegas 5 - 1981 / Manenti 6 - 1987 / Catarinense 7 - 2007 / Jardim das Hortências Av. dos Imigrantes

Limite do bairo Rio

Ferrovia

LEGENDA:

Fonte: Floriano (2014).

Adaptado pela autora.

Av. dos Imigrantes Limite do bairo Rio

Ferrovia Áreas alagáveis

Área de recuperação do rejeito de carvão

LEGENDA: 0 1000 2000 m 0 1000 2000 m N N

(31)

3.2 LOCALIZAÇÃO E CARACTERÍSTICAS FÍSICO-AMBIENTAIS

estabelecimentos, e uma área industrial com empresas nacionais e internacionais. Por se localizar na extremidade do município de Criciúma, mantém relações de proximidades com os munícipios de Forquilhinha, Nova Veneza e Siderópolis. A ligação com o centro da cidade é feita através do trajeto: Avenida Luiz Lazarim - Rua Álvaro Catão - Avenida Centenário.

O município de Criciúma localiza-se no sul do estado de Santa Catarina. É tangenciada pela rodovia federal BR-101 e cortada por algumas rodovias estaduais que ligam a cidade aos municípios de Araranguá, Maracajá, Forquilhinha, Nova Veneza, Siderópolis, Cocal do Sul, Morro da Fumaça e Içara.

O Distrito de Rio Maina localiza-se na porção noroeste do município de Criciúma. Segundo o censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Distrito possui 56.658 habitantes, que corresponde a 29.5% de habitantes criciumenses. Possui vinte e cinco bairros, onze vilas e doze loteamentos, somando 48 localidades. Conta com comércio próprio de aproximadamente mil

LEGENDA: 1 - Siderópolis 2 - Cocal do Sul 3 - Morro da Fumaça 4 - Içara 5 - Criciúma 6 - Nova Veneza 7 - Forquilhinha 8 - Maracajá 9 - Araranguá CENTRALIDADES RODOVIAS ESTADUAIS BR 101 LEGENDA:

Terminal de ônibus Central Terminal de ônibus Pinheirinho Centro do Rio Maina

Conexão Cidade Mineira / Sta Luzia Conexão Terminal Central

Conexão Terminal Pinheirinho / Av. dos Italianos Conexão Bairro Laranjinha / Metropol

Avenida Centenário

A região analisada, tem grande carência em áreas de cultura e lazer, que se concentram, na sua maioria, da região central da cidade. Sendo assim, o morador do Distrito para acessar os equipamentos percorre cerca de sete quilômetros até o centro de Criciúma, configurando a necessidade da implantação de equipamento público de lazer com mais acessibilidade à essa demanda da população.

Figura 3.5: Centralidades. Figura 3.6: Conexões.

Fonte: Floriano (2014). Adaptado pela Autora.

Fonte: Floriano (2014). Adaptado pela Autora.

N N 0 5000 10000 m 0 1200 2400 m

(32)

A Avenida dos Imigrantes, principal avenida do distrito, assume características de vetor principal na evolução e crescimento urbano do bairro, pois era o principal elo de ligação com a cidade de Criciúma para ao sul, e a norte com a localidade do bairro Metropol (outra forte centralidade de extração de carvão). Além disso, a Avenida no seu prolongamento a partir da bifurcação ainda liga-se à cidade de Nova Veneza.

O terreno a ser analisado para a realização do projeto se encontra em um ponto estratégico do bairro. É localizado próximo à Avenida dos Imigrantes e à rua João Colombo, rua de acesso ao distrito. Também fica entre o rio, que deu o nome ao distrito, e o trilho do trem, trazendo ao terreno um fator histórico que deve ser levado em conta.

A região é uma área degradada recuperada e tinha o monitoramento ambiental realizado pelo Ministério Público Federal. Atualmente o terreno é liberado para a realização de projeto de uso público de lazer. METROPOL NOVA VENEZA CENTRO DE CRICIÚMA Eixo Ferroviário Rio Maina

Avenida dos

Imigrantes

Rua João

Colombo Avenida Luiz Lazarim LEGENDA:

Figura 3.7: Eixos viários.

Fonte: imagem desenvolvida pela Autora.

Figura 3.8: Localização do terreno

Fonte: imagem desenvolvida pela Autora.

Figura 3.9: Fotos do terreno / Conexão com a ferrovia.

Fonte: da Autora. N N 0 500 1000 m 0 300 600 m

(33)

3.3 MUNICÍPIO DE CRICIÚMA

SIDERÓPOLIS COCAL DO SUL NOVA VENEZA IÇARA FORQUILHINHA MARACAJÁ MORRO DA FUMAÇA

O mapa apresenta a aglomeração de equipamentos públicos nas áreas centrais do município, e a ausência deles nas regiões oeste e sul, logo, os moradores dessas regiões, incluindo o Distrito de Rio Maina, necessitam de deslocamento para usufruir de espaços de cultura e lazer.

Segundo Jordão (2012 apud FLORIANO, 2014, p.46), para que a cultura e o lazer sejam direitos plenos, é preciso que os cidadãos tenham acesso a tais serviços. Para isso, é necessária a ampliação de espaços e eventos voltados às atividades que estimulam a formação de público. Logo, a proximidade desses equipamentos de todas as zonas residenciais do município, inclusive do Distrito, torna-se de grande necessidade para que a população tenha fácil acesso, gerando demanda para tais atividades e assim permitir seu crescimento.

1 2 3 4 5 6 8 9 10 11 12 7 13 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 A B C D A C B D AV. CENTENÁRIO ROD. JORGE LACERDA AV. J. E. DE LUCCA SC - 443

SC - 446

ROD. T. DOS SANTOS SC - 447 AV. CENTENÁRIO AV. CENTENÁRIO AV. CENTENÁRIO AV. CENTENÁRIO AV. UNIVERSIDADE AV. S. DUMONT ROD. LUIZ ROSSO ROD. GABRIEL ARNS BR - 101

ANEL VIÁRIO

ESPAÇOS CULTURAIS LIMITE DO DISTRITO

Figura 3.10: Centralização de equipamentos de cultura e lazer em Criciuma.

Fonte: Floriano (2014).

N

0 1200 2400 m

(34)

01

REGIÃO CENTRAL DE CRICIÚMA

02

REGIÃO BAIRRO PINHEIRINHO

03

REGIÃO BAIRRO PRÓSPERA

04

REGIÃO DISTRITO DE RIO MAINA Mina Modelo (*) Corredor Cultural do Sesi Museu Augusto Casagrande Espaço Cultural Delupo Apart Hotel (**) Teatro do Sesi Casa do Agente Ferroviário Centro Cultural Jorge Zanatta Casa da Cultura Neuza Nunes Vieira Praça do Congresso Espaço Cultural Unesc Teatro do Colégio Rogacionista Museu Universitário do Extremo Sul Catarinense Paço Municipal: Ÿ Teatro Municipal Ÿ Centro Cultural Ÿ Biblioteca Pública Ÿ Pavilhão de exposição Ÿ Parque Centenário Espaço Cultural ACIC Parque das Nações Praça do trabalhador Praça da chaminé Casa da Cultura Praça Paróquia Santo Agostinho Praça Brotolândia Clube

O levantamento de espaços físicos onde se apresenta cultura e lazer em Criciúma proporciona perceber a necessidade de implementação de equipamentos públicos de lazer e cultura nas áreas distantes do centro dentro do município, entre os quais está o Distrito de Rio Maina. Esse possui comércio e serviço consolidados, norteados por uma via estruturada, a Avenida dos Imigrantes, além de representar quase 30% da população criciumense, segundo o censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) configurando-se como uma das centralidades do Município, de acordo com a definição de Guimarães (2004), que diz que centralidade é onde todos os serviços básicos que uma cidade precisa pra se sustentar se encontram. Tais serviços atendem não só aos moradores da zona urbana, como também aos que se situam em sua área de influência.

Fonte: Plano Municipal de Cultura de Criciúma, 2011. Adaptado pela Autora. Figura 3.11: Espaços de cultura e lazer em Criciúma.

(35)

Fonte: Imagem desenvolvida pela Autora.

3.4 SISTEMA VIÁRIO

conhecida por seu pólo gastronômico. Além disso, vias de importante acesso ao distrito como a própria Av. dos Imigrantes e a Rua João Colombo conectam-se à ela fazendo a ligação Centro - Distrito - Pinheirinho. A Rodovia Sebastião Toledo dos Santos, que passa próximo ao distrito, liga Siderópolis à Criciúma.

As intituladas vias coletoras, absorvem o tráfego gerado nas vias locais e distribuem para as vias de trânsito rápido, como as principais ou arteriais, por exemplo. Por meio dessas vias, o O parcelamento do Distrito de Rio

Maina configurou uma malha viária orgânica, na qual a distribuição das ruas é realizada desalinhadamente diante de um eixo principal, que por muitas vezes acaba congestionado por não suportar o grande fluxo de veículos que trafegam nesta rota em horários de pico.

A via que recebe maior trânsito dentro do Rio Maina são as consideradas principais da região. A Av. dos imigrantes que liga Av. Luiz Lazzarim ao centro do bairro possui apenas uma via para cada sentido, contendo constantemente fluxo intenso. A localização estratégica da Avenida dos Imigrantes concentra as atividades comerciais e de serviço do distrito, motivo pelo qual é abundantemente utilizada, não só por carros, como também por pedestres.

O fim da Avenida dos Imigrantes é delimitado pela rua Antônio Serafim, onde após acontece a bifurcação, absorvendo o fluxo da via principal, conectando o distrito ao bairro Metropol e à cidade de Siderópolis.

Outra via, caracterizada como via arterial, é a Avenida Luiz Lazzarim, onde se concentra a maior zona industrial do município. Ela liga o centro da cidade de

Criciúma à cidade próxima, Nova Veneza, deslocamento fica mais fácil de uma região para outra.

LEGENDA:

Via arterial - Rod. Sebastião T. dos Santos Via arterial - Av. Luiz Lazzarim

Via principal - Av. dos Imigrantes Vias coletoras

Vias locais

Terreno de projeto Rio

Ferrovia

Figura 3.12: Mapa de sistema viário do recorte da área do terreno de projeto.

0 330 660 m

(36)

3.5 MOBILIDADE URBANA

O Distrito de Rio Maina dispõe de linhas de ônibus diversas com origem tanto no Terminal Central quanto no Terminal do Pinheirinho. Tais linhas abrangem grande parte da população, levando em conta o critério usado como referência - caminhabilidade em um trecho até 300 metros.

Nota-se também que a Avenida dos Imigrantes é uma via de cruzamento entre diferentes linhas de ônibus, logo tal se configura como eixo acessível à grande parte dos moradores do Distrito.

Av. Centenário Limite do Distrito Faixa de 500m

Linhas que ligam o Distrito ao Terminal Central Linhas que ligam o Distrito ao Terminal do Pinheirinho

LEGENDA:

1

2

Terminal do Pinheirinho Terminal Central Centro do Distrito

1 2

Como é possível perceber no mapa, a Avenida além de ser eixo estruturador do desenho urbano, é centralidade educacional e comercial, concentrando em sua borda a maior zona de estabelecimentos de comércio e as principais escolas do Rio Maina, além dos equipamentos públicos se distribuirem no perímetro da via, reforçando sua importância.

Segundo Floriano (2014), a Avenida é configurada em duas zonas, sendo divididas pela Paróquia Santo Agostinho. A primeira zona configura um espaço mais caminhável pelos moradores, já que nesse trecho localizam-se estabelecimentos de uso diário, como bancos, supermercados, consultórios médicos e odontológicos, comércio de roupas e sapatos, entre outros. Já na segunda zona, a partir da igreja, se encontram lojas de materiais de construção, madereiras e estacionamentos rotativos, o que torna o eixo pouco utilizado por pedestres.

Figura 3.13: Itinerários de transporte público no Distrito de Rio Maina.

Fonte: Floriano (2014). Adaptado pela Autora.

Primeira Z on a Segunda Z o n a

Fonte: Floriano (2014). Adaptado pela Autora. LEGENDA:

Segunda Zona Segunda Zona

Paróquia Sto. Agostinho Terreno de projeto

Figura 3.14: Zonas comerciais na Avenida dos Imigrantes.

Avenida dos Imigrantes

N

0 1000 2000 m

(37)

3.6 OCUPAÇÃO DO SOLO

Ao analisar os mapas de Cheios e Vazios (Figura 3.15) e o mapa de Uso do Solo (Figura 3.16) é possível identificar que a maior aglomeração de edificações acontece ao leste do terreno, onde se situa a Zona de Interesse Social (ZEIS).

As edificações de maior porte localizam-se no decorrer da Avenida dos Imigrantes, sendo em sua maior parte constituída por comércio e pequenos serviços, como lojas, supermercados e postos de gasolina, e também às vias adjacentes à Rua João Colombo, onde

se concentram os serviços que necessitam de maior espaço, como mecânicas, oficinas, pequenas indústrias e centros educacionais. O restante do recorte é em sua maioria zona residencial de poucos pavimentos.

Ao norte do terreno encontra-se a região com maior número de áreas livres de edificação do recorte. A abundância de terrenos desocupados nesse local se dá pelo motivo de que a maior parte deles tem o solo alagadiço.

N N LEGENDA: Edificação existente Vazio urbano Edifício Residencial Edifício Misto Edifício Comercial e Serviço Edifício Intitucional Edifício Industrial Edifício Residencial -ZEIS Terreno analisado Curso d’água Ferrovia

Figura 3.15: Mapa Cheios e Vazios. Figura 3.16: Mapa Uso do Solo.

Fonte: Google Earth 2016. Adaptado pela Autora. Fonte: Google Earth 2016. Adaptado pela Autora.

0 125 250 m

0 125 250 m

(38)

3.7 EQUIPAMENTOS PÚBLICOS

Além de ser eixo estruturador da malha viária do Distrito, a Avenida dos Imigrantes se desenvolve como centralidade educacional, concentrando em sua borda as principais escolas públicas do Rio Maina. Ademais, outros equipamentos públicos se distribuem no perímetro da Avenida, reforçando sua importância para o distrito.

Vê-se dessa forma, a Avenida como núcleo do Distrito e centralidade urbana. A escolha estratégica do terreno, próximo às principais vias, garante a facilidade de acesso ao parque por meio de transporte público, assim como por veículo particular

SANGÃO LARANJINHA RIO SANGÃO RIO CANAL RIO RIO RIO RIO MAINA MAINA MAINA MAINA SANGÃO LARANJINHA RIO SANGÃO RIO CANAL RIO RIO RIO RIO MAINA MAINA MAINA MAINA SANGÃO LARANJINHA RIO SANGÃO RIO CANAL RIO RIO RIO RIO MAINA MAINA MAINA MAINA SANGÃO LARANJINHA RIO SANGÃO RIO CANAL RIO RIO RIO RIO MAINA MAINA MAINA MAINA 395,88 m² AREA VERDE I ÁREA VERDE II 5325,60 m²

DESM. DIST. IND. DE RIO MAINA 2003

ÁREA PERTENCENTE AE.F.D.T.C.

LEGENDA: Escolas Policlínica Associação de Moradores Centros Comunitários Polícia Militar Sub - Prefeitura Casa da Saúde Cemitério

Sindicato dos Mineiros Paróquia Sto. Agostinho Figura 3.17: Linhas de Ônibus que passam pelo Distrito e equipamentos públicos.

LEGENDA:

Fonte: Floriano (2014). Adaptado pela Autora. Linha 218 - Boa Vista / Rio Maina

Linha 310 - Colonial / Vila Visconde / Rio Maina

Linha 308 - São Marcos / Metropol Linha 200 - Hospital Sta. Catarina / Rio Maina

Linha 224 - Colonial / Vila Francesa Linha 202 - Laranjinha / Rio Maina

Linhas se conectam ao Terminal do Pinheirinho

Linha Férrea Linha 306 - Jardim União / Vila Macarine / Rio Maina

Cruzamento das linhas 200 / 218 / 310 / 224

Avenida das Imigrantes - Cruzamento de todas as linhas Linhas se conectam ao Terminal Central

Terreno de projeto

0 300 600 m

(39)

3.8 LEGISLAÇÃO

Como é possível analisar no mapa de zoneamento urbano (Figura 3.18), o terreno estudado é classificado como ZEIRAU - Zona Especial de Interesse de Recuperação Ambiental. Ele ganha esse título por ter parte de sua extensão como área minerada. Segundo Pamplona e Trindade (2015), áreas como esta são descritas pelo próprio Plano Diretor como locais que não apresentam condições de ocupação com uso urbano e que devem ser recuperados ambientalmente. O próprio Plano considera a delimitação de áreas degradadas aptas à recuperações específicas para o lazer da comunidade. Essa definição é uma grande oportunidade de qualificação de espaços livres para uso e apropriação pública.

Conforme Criciúma (1994), a Lei nº 2.974, Art. 7º da Legislação Ambiental do Município de Criciúma, ao longo de rios os cursos de água, a faixa não edificável deve respeitar a largura mínima de 30 metros para cursos d’água com largura inferior a 10. Já sobre a Ferrovia, a faixa não edificável consiste em 15 metros de cada lado do trilho.

Figura 3.18: Mapa de Zoneamento Urbano.

Fonte: Prefeitura Municipal de Criciúma (2012). Adaptado pela Autora.

Zona Residencial 1 - até 2 pavimentos Zona residencial 2 - até 4 pavimentos Zona Residencial 3 - até 8 pavimentos Zona Mista 2 - até 4 pavimentos

Zona Central 3 - até 8 pavimentos Zona Especial de Interesse Social

Zona Especial de Interesse da Recuperação Ambiental Zona Especial de Interesse da Coletividade

LEGENDA: CANAL RIO RIO MAINA CANAL RIO RIO MAINA CANAL RIO RIO MAINA CANAL RIO RIO MAINA ÁREA VERDE II 5325,60 m² DESM. DIST

. IND. DE RIO MAINA

2003 ÁREA PERTENCENTE A E.F .D.T.C. ZEIRAU 1 - 2 - 2 2 - 4 2 - 4 3 - 8 2 - 4 1 - 2 1 - 2 1 - 2 1 - 2 1 - 2 1 - 2 3 - 8 2 - 4 2 - 4 2 - 4 N 0 150 300 m

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Os arquitetos também tinham como objetivo para o Parque Olímpico voltar a utilizar as margens do Rio Lea como ponto de encontro e lazer. Com a conclusão da requalificação, o rio se tornou o pulmão verde da cidade, proporcionando qualidade de vida aos moradores e turistas

Construído para as Olimpíadas de Londres de 2012, é o maior projeto Urbano da Europa criado nos últimos cento e cinquenta anos. O parque acolhe, além do estádio olímpico e do complexo aquático, um centro esportivo ao ar livre, bares, cafés e mercados.

4.1 QUEEN ELIZABETH OLYMPIC PARK, LONDRES

Figura 4.1: Implantação Queen Elizabeth Olympic Park

Fonte: https://terra.com.br (Acesso 29/03)

Segundo Design (2016), arquitetos responsáveis pelo projeto, a proposta foi sintetizar os séculos de tradição de parques britânicos, a realidade pós industrial da cidade e os avanços em sustentabilidade, criando assim, um novo perfil de parque para o século XXI.

Figura 4.2: Adequação do projeto à topografia.

Fonte: http://hargreaves.com/work (Acesso: 29/03). Figura 4.3: Conexão do Parque com o Rio Lea.

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A solução para a topografia empregada no projeto do Parque Olímpico Queen Elizabeth baseia-se na utilização de longas rampas com inclinação mínima que se desenvolvem por todo o terreno, resolvendo acessos e caminhos de forma acessível. O resultado desse planejamento foi bastante positivo e é interessante ser implementado no projeto desenvolvido neste trabalho, por conta de sua topografia acentuada.

Figura 4.4: Solução para a topografia do Parque Queen Elizabeth.

Fonte: Imagem desenvolvida pela Autora.

4.2 ZARYADYE PARK, MOSCOU

De acordo com Baratto (2015), o parque Zaryadye faz parte de um completo planejamento do Presidente Vladimir Putin de mostrar uma nova Moscou para o mundo. O escritório norte-americano Diller Scofidio and Renfro foi anunciado como o vencedor do concurso para o projeto. O complexo de 53 mil m² será uma continuação da Red Square, praça que é um cartão-postal da cidade.

Ainda, segundo Baratto (2015) o projeto visa criar um parque baseado nas origens russo e moscovita, fundamentando-se nas mais recentes tecnologias de construção e estratégias de sustentabilidade. O design leva em conta princípios do urbanismo selvagem, uma paisagem híbrida onde o natural e o construído convivem para criar um novo tipo de espaço público. Os arquitetos buscaram elementos característicos de bairro histórico onde o terreno está situado, como a pavimentação da Red Square combinados com exuberantes jardins, criando um novo parque urbano, que incorpora quatro tipologias da paisagem russa: ártica, estepe, floresta e pantanais. Um sistema de pavimentação único que combina perfeitamente a paisagem como superfícies de caminhada faz com que o parque não tenha tantos

Figura 4.5: Implantação Zaryadye Park

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Figura 4.6: Perspectivas Parque Zaryadye.

Fonte: http://.dsrny.com (Acesso 29/03)

Baratto (2015) também indica que o projeto conta com tecnologias sustentáveis que criarão microclimas dando a oportunidade de desfrutar de todas as estações o ano todo. Enquanto haver verão, haverá inverno. O parque Zaryadye foi projetado para trazer diferentes sensações simultaneamente.

O parque desfruta de espaços de contemplação com grandes jardins onde os visitantes podem sentar-se e aproveitar do contato com a natureza e a aproximação das pessoas que o projeto oferece. Espaços assim são de suma importância para a vitalidade do local, tornando-se uma fuga do ambiente urbano descontrolado, onde a população consegue momentos de paz e descanso.

caminhos demarcados, permitindo às pessoas a liberdade de se movimentar por onde quiserem.

4.3 PARQUE MANANCIAL DE ÁGUAS PLUVIAIS, CHINA

Figura 4.7: Jardins para a contemplação no Parque.

Fonte: Imagem desenvolvida pela Autora.

De acordo com Costa (2014), o projeto consiste em um parque situado em uma zona de manancial de trinta e quatro hectares, construído na área central da cidade de Haerbin. O local é cercado por estradas principais e desenvolvimento denso, logo, as fontes de água para essa zona úmida foram sendo cortadas e o pantanal estava ameaçado. Figura 4.8: Implantação Parque Manancial.

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Figura 4.10: Imagens Parque Manancial de Águas Pluviais.

Fonte: http://turenscape.com (Acesso 06/06)

Figura 4.9: Solução de acesso às áreas alagadas.

Costa (2014) ainda nos informa que, segundo o escritório Turenscape, responsável pelo projeto, a estratégia era transformar o pantanal em um parque de águas pluviais urbanas, que não só salvaria a área de extinção, como também proporcionaria novas experiências recreativas e estéticas para a cidade (Figura 4.8).

Plataformas, pavilhões e mirantes são conectados por meio de passarelas aéreas que ligam toda a borda do manancial permitindo que os moradores do entorno tenham a experiência de andar acima do terreno permitindo que os visitantes tenham vistas distantes e que observem a natureza no centro (Figura 4.10). Através da transformação desta moribunda zona de manancial, as águas pluviais, que frequentemente causavam inundações, são agora uma amenidade ambiental positiva na cidade.

Ao fazer a análise do projeto, é possível perceber que a solução de projeto para o terreno alagado foi bastante engenhoso e supriu todas as necessidades do local. O resultado final chama atenção por seus caminhos e acessos, que levam os visitantes da

borda do terreno, até as áreas inundadas, o que antes seria impossível. A solução adotada é interessante para a implementação no projeto prosposto neste trabalho, já que tal possui uma grande área alagadíça com vasta arborização nativa.

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Referências

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