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TELECONFERÊNCIA NACIONAL DO BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S.A. Resultados do Ano de de fevereiro de 2008

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TELECONFERÊNCIA NACIONAL DO BANCO ITAÚ

HOLDING FINANCEIRA S.A.

Resultados do Ano de 2007

13 de fevereiro de 2008

Operadora: Bom dia e bem-vindos à teleconferência do Banco Itaú Holding

Financeira. Todos os participantes estão conectados apenas como ouvintes e mais tarde será aberta a sessão de perguntas e respostas, quando serão dadas as instruções para os senhores participarem. Caso necessitem de assistência durante a teleconferência, teclem “asterisco zero”. Cabe lembrar que esta teleconferência está sendo gravada.

Agora, gostaria de passar a palavra à Srta. Daniela Ueda, da FIRB Financial Investor Relations Brasil. Por favor, Srta. Daniela, pode prosseguir.

Srta. Daniela Ueda: Bom dia, senhoras e senhores. Obrigada por nos

aguardarem e sejam bem-vindos à teleconferência do Banco Itaú Holding Financeira S.A. em que serão discutidos os resultados do ano de 2007.

Cabe lembrar que esta teleconferência, acompanhada de slides, está sendo transmitida simultaneamente pelo site de relações com investidores, www.itauri.com.br.

Antes de prosseguir, gostaria de esclarecer que eventuais declarações feitas durante esta teleconferência sobre as perspectivas dos negócios do Banco, projeções e metas operacionais e financeiras são meras previsões baseadas nas expectativas da administração em relação ao futuro do Banco. Estas expectativas são altamente dependentes das condições do mercado, do desempenho econômico geral do país, do setor e dos mercados internacionais. Portanto, estão sujeitas a mudanças.

Conosco hoje em São Paulo estão os senhores Roberto Setubal, Presidente do Banco Itaú Holding Financeira, Henri Penchas, Vice-Presidente Sênior de Controle Econômico do Banco Itaú Holding Financeira, Silvio de Carvalho, Diretor Executivo de Controladoria do Banco Itaú Holding Financeira, Candido Bracher, Presidente do Banco Itaú BBA, e Marco Antunes, Diretor de Contabilidade do Banco Itaú Holding Financeira.

Inicialmente, o Dr. Roberto apresentará os resultados do ano de 2007. Depois, os executivos responderão às questões formuladas por telefone ou e-mail.

Agora, eu gostaria de passar a palavra ao Dr. Roberto Setubal.

Sr. Roberto Setubal: Bom dia para todos, é uma satisfação estar com vocês

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Itaú, os resultados de 2007, e um pouco das perspectivas que nós estamos verificando para frente. Eu queria começar pela apresentação rapidamente para que a gente possa depois entrar para as perguntas, que eu acho que é o ponto, talvez, de maior interesse.

Em relação aos resultados do quarto trimestre, enfim, já está amplamente anunciado, tivemos um resultado no final do trimestre de R$ 2.029 milhões total e um recorrente de R$ 1.789 milhões. Como item extraordinário, nós tivemos neste quarto trimestre a venda das ações da BM&F e da Bovespa, que levaram a essa diferença de resultado no trimestre. No ano, o resultado do Banco ficou em R$ 8.474 milhões, com um retorno sobre patrimônio de 32% e um resultado recorrente anual de R$ 7.179 milhões, com um retorno sobre patrimônio recorrente de 27% e um crescimento do valor recorrente em relação a 2006 de 15,9%.

Os grandes destaques do ano são os crescimentos na carteira de crédito, especialmente na carteira de veículos que, em 12 meses, chegou a crescer 64%. Também a área de pequenas e médias empresas, a carteira de pequenas e médias empresas teve um forte crescimento mais concentrado, inclusive, no último trimestre do ano, com um crescimento de 11%, e eu vou falar mais disso mais à frente.

Na tela seguinte, tela 3, nós fazemos um demonstrativo, uma conciliação entre o resultado recorrente e o resultado formal, onde o grande destaque do ano, que ocorreu no terceiro trimestre, foi a venda da participação na Redecard, que somou um resultado de R$ 1,050 bilhão, esse trimestre tivemos as vendas das ações Bovespa e BM&F, como eu mencionei, e também tivemos o efeito negativo ao longo do ano, que somou R$ 558 milhões, principalmente, relacionado a planos econômicos, que somam mais de R$ 400 milhões.

Na tela 4, nós podemos ver alguns outros números como, além do resultado, que eu já mencionei, podemos ver também o patrimônio líquido do Banco, que cresceu a R$ 29 bilhões, com um crescimento de 23% sobre o ano anterior. Nosso índice de Basiléia, que está em 17,9%, um número muito elevado, mostrando a forte capitalização do Banco e a possibilidade do Banco continuar crescendo a carteira de crédito a taxas bastante elevadas e sem que seja necessário nenhum aporte de capital dos acionistas. Também o Banco mostra que está preparado para eventuais aquisições que possam ser feitas ao longo dos próximos meses ou anos. O índice de eficiência continua melhorando, 46%, e acho que um fator muito importante neste ano foi a contribuição da melhoria do índice de inadimplência na formação do resultado. Terminamos o ano com uma inadimplência de 4,4%, medida pela carteira que está há mais de 60 dias sobre o total da carteira.

Na tela 5, nós vemos também algum detalhe da operação do Banco, um pouco mais detalhada a formação do resultado do Banco. Nesse sentido, eu

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queria destacar a tesouraria, que teve nesse trimestre uma normalização, com o resultado de R$ 313 milhões, comparado com o resultado negativo, levemente negativo que nós tivemos no trimestre anterior. Esse número está bastante em linha com a média dos últimos trimestres, dos trimestres, dos últimos, talvez, digamos, 12, 18 meses, excluindo o terceiro trimestre, portanto, voltamos à normalidade nesse sentido. Com isso, o produto bancário teve uma evolução maior esse trimestre, 8,4%, e somou no ano R$ 30,5 bilhões, com um crescimento em relação ao ano anterior de 17%. Um aspecto positivo que eu mencionei foi a melhoria nos resultados de crédito de liquidação duvidosa, que se reduziram de um trimestre para o outro e houve uma redução no ano como um todo, caindo de R$ 5.3 milhões do ano passado para R$ 5.1 milhões este ano. Essa redução na carteira de crédito de liquidação duvidosa reflete uma melhoria na qualidade da nossa carteira de empréstimos, dando, portanto, uma boa perspectiva para o ano de 2008. A despesa não decorrente de juros teve uma evolução de 13%, ainda inferior à evolução do produto bancário, e esta despesa não decorrente de juros tem uma evolução forte, a gente vê dessa forma, muito em função da expansão que o Banco vem tendo. Nós temos abertos agências, nós estamos expandindo todas as áreas de negócios e essa expansão do Banco, que reflete-se no aumento de despesa, nós acreditamos que o investimento que, de certa forma, nós estamos fazendo na expansão dos negócios vai se refletir em crescimento e resultados futuros que justifiquem esse aumento de despesas agora.

O lucro recorrente do Banco, como eu falei, chegou a R$ 7,1 bilhões, com um crescimento de 15,9%.

Na tela 6, a gente pode observar um pouco a evolução das carteiras de empréstimo, que atingiram R$ 127 bilhões, sendo que a principal evolução se deu na pessoa física, em particular na carteira de veículos, que atingiu no final do ano R$ 29 bilhões. O Itaú tem tido uma forte evolução na carteira de veículos. Hoje o Itaú é o líder no mercado de veículos, e isso tem sido um importante contribuinte para a formação de resultados do Banco Itaú.

Destaques no trimestre também a forte evolução na carteira de grandes empresas, e no ano tivemos um crescimento total de 36% na carteira de empréstimos.

Na tela seguinte, nós vemos que a carteira de empréstimos tem crescido desde 2003 a um ritmo de 30% ao ano, em média. A carteira de pessoas físicas crescendo em um ritmo mais rápido, ou seja, de 43%. A carteira de pessoas jurídicas está em um nível um pouco mais lento, especialmente em função das grandes empresas, que têm um crescimento mais baixo, em função das alternativas de mercado de capitais.

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Na tela 8, a gente procura mostrar já a participação nossa no mercado de crédito imobiliário. Aqui nós estamos vendo as concessões de crédito imobiliário que estão sendo feitas trimestre a trimestre, as contratações, aliás, trimestre a trimestre, já mostrando claramente uma tendência muito forte de crescimento na contratação de crédito imobiliário. Também queria comentar com vocês a nossa parceria com a Lopes, que nós anunciamos ao final de 2007, parceria essa que tem como objetivo atrair mais financiamentos imobiliários para o Banco Itaú. Essa parceria é feita dentro do conceito de que a Lopes – que é a maior corretora de imóveis no Brasil, estando presente nas maiores cidades do Brasil – direcionará preferencialmente, aliás, direcionará seus os clientes apenas para o Banco Itaú. Esse direcionamento, nós acreditamos, criará uma oportunidade muito grande da gente conseguir ampliar bastante a carteira de crédito imobiliário ao longo dos próximos anos. Essa parceria tem 20 anos de prazo, portanto, é uma perspectiva de longo prazo, que nós acreditamos que a área imobiliária terá um desenvolvimento muito grande ao longo dos próximos anos e, portanto, essa parceria é um importante elemento na nossa estratégia de aquisição de empréstimos.

Na página 9, nós podemos observar a evolução muito favorável que nós tivemos ao longo do exercício de 2007 no índice de inadimplência, voltando a patamares muito melhores do que nós convivemos em 2007 e 2006. O índice de cobertura continua muito sólido, no nível de 157%, apesar do grande crescimento da carteira.

Na parte de recursos, na tela 10, nós podemos verificar também uma forte evolução nossa na captação de recursos junto a clientes. Nós crescemos 26%, atingindo R$ 363 bilhões de captação. Portanto, um número bastante forte, incluindo as carteiras administradas e fundos de investimentos que não fazem parte do nosso balanço; são captações que ficam off balance.

Na tela seguinte, a gente pode verificar a evolução ao longo destes anos. Estamos em ritmo de 28%, que é um ritmo bastante forte de evolução.

Na receita de prestação de serviço, na tela 12, nós tivemos uma evolução positiva de 12%, com evoluções mais fortes na área de operações de créditos e outros, sendo que na carteira, no nível de serviços de conta corrente, nós tivemos uma evolução, uma "involução" esse ano, em função da política do Itaú. O Itaú adotou reduzir um pouco as tarifas bancárias no meio do ano passado e estamos bastante satisfeitos com a estratégia adotada, porque isso tem levado a um ritmo maior de abertura de contas correntes e uma satisfação maior dos nossos clientes.

Em termos de despesas, no que a gente pode observar na tela 13, nós verificamos uma forte evolução nas despesas, 13% no ano, sendo que 8% no último trimestre. As despesas estão evoluindo, conforme eu mencionei, muito em função da expansão do Banco e isso tem sido, vamos dizer assim, uma tônica forte nossa nessa fase do Brasil de crescimento mais sólido, mais

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rentável. Nós vemos uma excelente oportunidade de o Banco continuar expandindo os seus negócios e acreditamos que as expansões – temos aberto a um ritmo de 150 agências por ano, todas as áreas de negócios praticamente têm tido ampliações e, evidentemente, essa ampliação ela leva a uma expansão das despesas do Banco.

Tela 14, eu acho que é uma tela importante, mostra como o Banco Itaú está muito capitalizado, muito forte e, além do nosso patrimônio líquido de R$ 29 bilhões, nós temos lucros ainda não realizados em nosso portfolio de ativos que somam R$ 8,5 bilhões e, como pode ser observado nessa tela, com uma evolução muito grande em relação aos R$ 2,5 bilhões que nós tínhamos em dezembro do ano anterior, então, somamos mais de R$ 6 bilhões nesse ano, principalmente, os três itens que mais fortaleceram esses lucros não realizados são a participação na Bovespa, que nós não vendemos, nós vendemos apenas uma parte daquilo que nós tínhamos das ações da Bovespa e BM&F, e retivemos uma parcela ainda expressiva e, se vendêssemos a preço de mercado no dia 31 de dezembro, teríamos resultados a realizar de Redecard e Bovespa e BM&F bastante significativos, como pode ser observado, e o total somaria R$ 8,49 bilhões.

Falando um pouco dos nossos negócios, em cada um dos segmentos de negócios, só para relembrar, nós temos o Banco Itaú, que atua nas nossas ações junto aos correntistas do Banco. Temos o Itaú BBA, que é a nossa operação que atua junto às grandes empresas e a parte de banco de investimentos e temos também o que nós chamamos de Itaucred, que é os financiamentos que nós concedemos a não-correntistas do Banco.

Na tela 16, a gente pode ver o resultado do último trimestre e o resultado do ano, com resultados muito fortes no último trimestre no Banco Itaú e na Itaucred, que levaram com que o nosso ROE no último trimestre atingisse 25%, um resultado bastante positivo.

Na tela 17, nós vemos a mesma coisa para o resultado do ano, que mostra uma consistência muito forte em relação ao resultado do ano anterior. No caso do Itaú BBA, que tem uma queda de rentabilidade, isso se deu principalmente em função da redução e recuperações de crédito de liquidação duvidosa e uma performance inferior da tesouraria no ano de 2007, mas ainda entendemos que um RAROC de 20% do resultado sobre o patrimônio de 20% em uma operação corporate é uma performance bastante boa.

Nas telas 18 e 19, nós fazemos uma recapitulação daquilo que nós tínhamos proposto para o ano de 2007, então nós nos propusermos à redução de inadimplência, nós atingimos. O índice de eficiência teve uma pequena piora em função dessa expansão mais forte que nós estamos tendo, mas ainda estamos em níveis benchmark no Brasil. O crescimento da carteira foi superior, nós tínhamos programado 25%, tivemos um crescimento de 36% no

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ano. O aumento de receita de prestação de serviços nós tivemos 10%, tínhamos nos programado para um crescimento um pouco menor do que esse, abrimos agências, expandimos Chile e Uruguai e Argentina, conforme nós tínhamos, mais ou menos, programado. Abrimos lojas Taií, enfim, tivemos melhoria nos índices de eficiência. O quarto trimestre, nós esperávamos atingir o even das três operações, a FIC atingiu o break-even, a FIT ficou muito próxima e a FAI está um pouco mais atrasada, até porque ela é uma operação mais recente, mas deverá atingir o break-even da Taií ao longo do ano de 2007, essa é a nossa expectativa, aliás, de 2008. Carteira de automóveis, nós tínhamos dado uma expectativa de crescimento de 40%, acabou crescendo 64%. Melhoria no índice de inadimplência, nós tivemos uma pequena redução no índice de inadimplência, aliás, de eficiência da área de veículos, e tivemos um pequeno aumento no índice de inadimplência na carteira de veículos, que foi um pouco maior do que a gente esperava, mas os nossos indicadores não dão nenhuma perspectiva de uma deteriorização da carteira da inadimplência na carteira de veículos. Nós estamos bastante tranqüilos e confiantes em relação à performance da carteira de veículo. A parte de cartão de crédito tivemos um crescimento inferior ao que nós tínhamos nos programado, crescemos 17%, tínhamos proposto crescer 20%. Tomamos já várias medidas ao longo deste ano para recuperar isso ao longo de 2008 e, enfim, crescemos um pouco abaixo de mercado e queremos crescer um pouco acima de mercado em 2008 para voltar aos patamares em que a gente estava. A inadimplência melhorou um pouco, foi até melhor do que estava. Então, de uma forma geral, eu acho que cumprimos bastante bem aquilo que nós tínhamos nos proposto para o ano de 2007.

Agora falando na perspectiva de 2008, estamos falando de uma perspectiva de crescimento nas carteiras de pessoa física da ordem de 30%, pessoa jurídica, 25%, a evolução da receita de serviços da ordem de 8%, um pouco prejudicada também em função das limitações, regras, com relação às pessoas físicas na conta corrente que o Banco Central introduziu; vão criar alguma limitação no crescimento de receita e vão fazer até nesse específico item ter uma redução nas receitas para o ano de 2008, uma pequena redução. Estamos imaginando manter os atuais níveis de eficiência, mesmo mantendo a nossa expansão, nós estamos já sentindo também um crescimento maior de receitas ao longo de 2008 e manutenção nos níveis atuais de inadimplência.

Na última página, na página 21, nós temos uma história dos nossos resultados. O resultado oscila um pouco em função de resultado extraordinário, lucros recorrentes. Por outro lado, são bastante consistentes ao longo do ano, com um crescimento bastante sólido e consistente.

Então, eu termino aqui a apresentação, estou aqui com o Candido, o Henri e o Silvio, e ficamos aqui abertos para perguntas.

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Sessão de Perguntas e Respostas

Sr. Carlos Macedo (Goldman Sachs): Bom dia senhores, parabéns pelo

resultado. Eu queria fazer duas perguntas, na verdade, a primeira é em relação ao pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio, o pagamento de dividendos esse ano teve impacto sobre a alíquota efetiva de imposto de renda, que foi bastante mais alta que a dos outros bancos, e eu queria entender se o Itaú vai voltar a pagar juros sobre capital próprio em 2008, a gente pode esperar uma alíquota efetiva de imposto de renda mais baixa durante o ano, apesar do aumento da CSLL? E a segunda pergunta é em relação à margem financeira. Eu queria entender o total de crédito subiu 12%, porém, a margem subiu para apenas 2%, que queria entender se a mudança de mix, a margem não, as operações bancárias, o resultado sobre as pressões bancárias subiu apenas 2%. Queria entender que se houve alguma mudança de mix que colaborou para as operações bancárias subirem tão menos que a quantidade de crédito na carteira?

Sr. Roberto Setubal (Banco Itaú): Carlos, bom, começando um pouco com a parte fiscal, eu vou só fazer um comentário de que sim, nós voltaremos a usar mais intensamente no ano de 2008, mas eu vou passar para o Henri, ele vai dar mais detalhes sobre isso, uma explicação mais adequada. Em relação a operações bancárias, o resultado de operações bancárias que a gente mostra na tela 5 cresceu 2% no trimestre e 18% no ano, ainda assim inferior à evolução da carteira de crédito, como você observou, a carteira de crédito evolui 16% e a operação bancária evoluiu 18%. Lembrando que, quando a gente fala " operações bancárias ", evidentemente, as receitas das operações de crédito estão aí dentro, mas não são as únicas receitas que estão aí dentro; você tem receitas de depósitos, fundos não está, só está a receita de serviço, mas, tem todas as receitas ligadas as atividades dos clientes, ativas e passivas com o Banco e, evidentemente que a parte passiva, ela não tem o mesmo tipo de crescimento que as operações ativas. Outro aspecto do resultado menor na evolução da margem, há, evidentemente, uma mudança de mix e uma, vamos dizer assim, pressão de redução de spread em relação aos spreads anteriores. Se a gente olhar os números, até que o Banco Central publica, a gente vem observando que os spreads estão se reduzindo ao longo dos anos e isso vai fazendo com que a margem financeira das operações de empréstimo vão se reduzindo também ao longo do tempo, então isso faz com que a margem das operações bancárias cresça menos, de fato, que a carteira de crédito. Então, eu estou passando para o Henri, para ele comentar um pouco a questão fiscal.

Sr. Henri Penchas (Banco Itaú): Bom dia, Carlos. Sr. Carlos (Goldman Sachs): Bom dia.

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Sr. Henri (Banco Itaú): Carlos, conforme você pode ver, inclusive na nota 15

A2, grande parte desta remuneração que estará sendo paga no dia 3 de março refere-se a juros sobre capital próprio, que serão dedutíveis de imposto de renda agora em 2008. Então, já temos R$ 1,677 bilhão brutos que representarão uma redução de base desse valor, economizando 40%, caso seja aprovada a nova alíquota de contribuição social sobre o lucro. Dependendo da taxa de juros de longo prazo que for sendo definida para os próximos trimestres, ainda declararemos mais alguma coisa, de modo a preencher, como sempre temos preenchido, o limite máximo da dedutibilidade fiscal desta parte da remuneração dos acionistas.

Sr. Carlos (Goldman Sachs): Perfeito. Mas, então uma pergunta a mais:

dado o aumento da taxa CSLL, vocês esperam contabilizar algum tipo de crédito tributário em cima das diferenças temporárias ou alguma coisa desse gênero?

Sr. Henri (Banco Itaú): Estamos aguardando a aprovação da medida e como

virá. Você tem no nosso balanço o montante que nós temos de créditos tributários. Vamos ver o que vai acontecer, se ela realmente for aumentada, e a orientação eventual do Banco Central, se houver. De acordo com a técnica contábil e desde que a gente tenha a perspectiva de realização, iremos contabilizá-la.

Sr. Carlos (Goldman Sachs): OK. Perfeito.

Sr. Jorg Friedemann (UBS Pactual): Oi, bom dia senhores. Na verdade, eu

tenho duas perguntas. A primeira diz respeito à política de provisionamento que o Banco tem adotado. O Banco Itaú sempre tem sido mais conservador do que seus pares no provisionamento, e a gente percebeu que nesse trimestre a provisão excedente se manteve estável, com uma menor recuperação de crédito e isso contribuiu para que houvesse uma deteriorização mais acelerada da cobertura. No ano passado vocês tinham 168% em índice de cobertura e isso evoluiu para 157% em dezembro de 2007. Então, eu gostaria de saber se esta política está mudando, se vocês vão se tornar um pouco mais agressivos e como isso deve evoluir para 2008? Essa é a primeira pergunta. A segunda pergunta diz respeito à expansão planejada para 2008. Vocês estão pretendendo manter o índice de eficiência estável, e eu gostaria de saber qual é o número de agências, se vocês já têm esse número, que vocês pretendem abrir em 2008? Obrigado.

Sr. Roberto (Banco Itaú): Em relação ao número de agências, vamos abrir

algo do tipo 130 agências, está no nosso programa de abertura de agências, mantendo, que nem eu mencionei, uma expansão do Banco nas suas várias linhas de negócios. Em relação à questão de provisão excedente, nós temos uma política de provisões. Provisão excedente está muito ligada à qualidade da carteira e muito ligada às perspectivas econômicas e perspectivas de perdas adicionais na carteira. Nós mantivemos a mesma política ao longo do

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ano; não fizemos nenhuma alteração na política. A redução a que você se referiu, ela ocorreu muito em função de que a situação macroeconômica muito estável, a qualidade da nossa carteira melhor, dentro dos modelos que a gente usa para determinar o montante de provisão excedente, não requerem provisões a mais daquelas que nós temos hoje no balanço do Banco.

Sr. Jorg (UBS Pactual): Só, então, complementando, para 2008, no caso do

provisionamento, vocês acreditam que esse índice de cobertura tende a ser mantido de maneira estável ou tende a reduzir mais? Em relação ainda à eficiência, vocês acreditam que o total de despesas deve ficar muito acima de inflação esse ano?

Sr. Roberto (Banco Itaú): Bom, em relação a provisões, eu não sei te dar

um número, mas eu diria que a tendência é que o índice de cobertura caia, e isso porque a qualidade da carteira, a situação macroeconômica toda, vamos dizer assim, não nos faz crer que deve haver um aumento muito significativo eventual de provisões extraordinárias, então deve cair o índice de cobertura em função disso. Com relação às despesas, deve ficar acima da inflação, sim, seguindo, provavelmente, números mais parecidos do que o ano anterior.

Sr. Jorg (UBS Pactual): Tá OK. Muito obrigado.

Sr. Luis Adaime (Credit Suisse): Bom dia a todos. Eu tenho algumas

perguntas: a primeira em relação às operações de cessão de crédito para o Banco, vocês dão um disclosure aqui na nota 7E sobre as cessões de crédito. A primeira pergunta, essas cessões são feitas para uma empresa do grupo para a recuperação, correto? Ou são feitas para o mercado no geral, para quem que é feita essa cessão?

Sr. Henri (Banco Itaú): Henri falando. Luis, são feitas por uma empresa

securitizadora do grupo, conforme está na nota explicativa também, e isso não traz nenhum efeito no resultado do Banco, ela é totalmente anulada por provisão adicional para manter o crédito exatamente no status que ele estava.

Sr. Luis (Credit Suisse): Correto, mas, ao mesmo tempo, no ano passado,

vocês davam o disclosure que não tinha impacto no resultado, mas que baixaria a provisão, carteira em montante igual, quer dizer, você não teria um resultado, você não teria um efeito no resultado, mas, sim, no balanço? Eu estou correto ou mudou essa operação?

Sr. Henri (Banco Itaú): Não, você está perfeitamente correto, Luis.

Sr. Luis (Credit Suisse): Então, no caso, quer dizer, ano passado vocês

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bi, mais ou menos, R$ 999 milhões no balanço, esse ano, imagino que, como essa operação aumentou de R$ 2,8 bi para R$ 3,4 bi, que esse impacto seria ainda maior, agora, se não me falha a lógica, esses empréstimos estariam incluídos no teu non-performing, ou seja, se ajustássemos por esse valor, o teu non-performing ratio seria um pouco mais alto. Correto ou não?

Sr. Roberto (Banco Itaú): Está correto conceitualmente, agora, é preciso

tomar um pouco de cuidado porque, na verdade, o que nós fazemos é uma antecipação das baixas, então os números não necessariamente seriam exatamente esses, porque uma parte disso ocorreria, de fato, ao longo do ano. O que nós baixamos no primeiro trimestre, talvez nós, de certa forma, antecipamos um pouco, o que poderia ocorrer no segundo, no terceiro ou no quarto trimestre, então a conta não é simples assim, não é só somar os números do que estaria no balanço.

Sr. Luis (Credit Suisse): Quer dizer, estaticamente eu fiz aqui só um cálculo

rápido aqui, óbvio que pegando estaticamente, talvez o efeito fique exagerado, mas o non-performing ratio aumentaria, mais ou menos, na casa de R$ 50 bi, vocês teriam guidance ou uma idéia de quanto que aumenta esse ratio se você incluísse esse ajuste?

Sr. Roberto (Banco Itaú): Eu acho que aqui não temos, é menor do que

isso, esse cálculo que você fez seria o máximo. Evidentemente, se você fizer isso ajustando os anos anteriores, também você vai ter... A tendência é a mesma de queda de non-performing loan, só que o cálculo sendo diferente, o número será diferente, mas, a tendência de queda é a mesma.

Sr. Luis (Credit Suisse): Perfeito. Só mais uma pergunta, vocês davam um

disclosure que era excelente no terceiro tri até, vocês só teriam o non-performing por segmento, por tipo de carteira, tinha do cartão de crédito, do veículo. Nesse trimestre eu não achei no ITR, eu não sei se é uma informação que vocês não dão mais ou, talvez, me faltou a atenção aqui, bom, enfim, esse disclosure ainda está sendo dado?

Sr. Roberto (Banco Itaú): Não, Luis, você fez a lição perfeitamente, nós não

fizemos o disclosure esse trimestre, nós resolvemos deixar de fazer porque os concorrentes não fazem esse disclosure, nós estávamos, assim, um pouco incomodados de fazer alguns disclosures que a concorrência não faz.

Sr. Luis (Credit Suisse): Perfeito, então, só aproveitando, perfeitamente

compreensível. Tinha tido um aumento, aliás, até discutimos no último conference call, do non-performing para veículos. Agora na teleconferência vocês mencionaram que esperam que melhore o non-performing, o que, talvez, o mercado esteja alinhando erroneamente, é que a gente tem acompanhado o crescimento vertiginoso da carteira, na casa de 25%, 30% em taxas anuais, mas, ao mesmo tempo, as despesas de provisão não têm aumentado no mesmo nível, fazendo a cobertura cair. A gente não tem mais

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esse disclosure por segmento, quer dizer, esse aumento que a gente estava vendo nos veículos, a gente não tem mais como ter uma idéia se está melhorando, se está piorando. Vocês poderiam só dar uma idéia por segmento, mais ou menos, dizer como é que está a tendência? O que vocês esperam para 2008?

Sr. Roberto (Banco Itaú): Nós não estamos dando mais essa indicação, da

mesma forma em que nós não estamos revelando o número que ocorreu no último trimestre. Mas, por exemplo, em relação à carteira de veículos, especificamente, a gente está bastante tranqüilo, eu posso te garantir isso, ela está com uma performance muito boa, os indicadores antecedentes continuam bastante sólidos, então não há nenhuma preocupação de nossa parte em relação a isso.

Sr. Luis (Credit Suisse): Só mais uma pergunta, eu não quero monopolizar

o call, mas, a Taií, vamos supor que, vocês mencionaram o break-even agora em dezembro. Seria interessante se desfazer dessa operação ou realmente a aposta é mais ao longo prazo, porque o cenário setorial para esse tipo de business mudou muito nos últimos três anos, desde que vocês começaram a esse greenfield, ou realmente é talvez mudar o modelo um pouco? Como é o que está essa questão?

Sr. Roberto (Banco Itaú): Taií, estamos satisfeitos com ela, acreditamos

que, apesar de ela não estar contribuindo para o resultado, o que se construiu até agora em termos de ativos, o que se construiu em termos de número de clientes, em cartões, em relação com os clientes das Lojas Americanas e do Pão de Açúcar é um franchising que tem hoje, eu diria, um valor bastante significativo. Se a gente fosse vender - não estamos pensando nisso, mas só para explorar um pouco a questão que você levantou -, teria um valor fantástico pelo potencial que tem ali dentro. Este ano de 2008, a operação, por exemplo, do Pão de Açúcar, que é a operação que está mais avançada em termos de timing, e ela vai ter resultados positivos. Agora esse business é um business que deve estabilizar, e a gente continua acreditando nisso, em um RAROC da ordem de 30%. Então, eu continuo muito convicto que isso continuará sendo uma linha de negócios que nós vamos desenvolver e estamos no caminho de chegar lá, eu não tenho nenhuma dúvida disso.

Sr. Luis (Credit Suisse): OK, muito obrigado pelas respostas.

Sr. Jason Mollin (Goldman Sachs): Meu colega Carlos Macedo fez a minha

pergunta com um português muito melhor, mas, tenho uma outra pergunta relacionada à estrutura do capital do Banco. Agora com uma proporção de BIS de mais de 17%, podemos esperar um programa de stock buyback mais agressivo, ou outras medidas que aumentariam leverage? Me entendem?

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Sr. Roberto (Banco Itaú): Entendi perfeitamente, Jason, acho que a sua

pergunta está super correta, o Itaú, ao longo dos anos, sempre recomprou ações em tesouraria, como você mencionou aí. Essa política nós adotamos há muitos anos e de tempos em tempos fazemos isso, especialmente quando o mercado, às vezes, fica muito pessimista, a ação, por algum motivo, cai a preços muito baixos, a gente sempre cria essa oportunidade de comprar porque é uma política do Banco, já que o Banco tem um pouco de capital excedente, essa é uma oportunidade que a gente sempre olha. No mês de janeiro, nós compramos ações em tesouraria, eu não tenho os números aqui de cabeça, mas nós divulgamos ontem o volume de ações que nós compramos, é da ordem de 5 milhões de ações.

Sr. Jason (Goldman Sachs): Muito obrigado.

Sra. Lia da Graça (Banif Securities): Oi, bom dia. Eu queria saber com esse

novo patamar de Basiléia, a quanto, teoricamente, a carteira poderia crescer em bilhões de reais? E, segundo lugar, em referência ao índice de mobilização, que apesar da incorporação do BKB, o índice se reduziu muito de 2006 para 2007, e olhando a nota 3, a gente não consegue reconciliar, então eu agradeço o esclarecimento sobre a diminuição desse índice. Obrigada.

Sr. Roberto (Banco Itaú): Bom, o índice de Basiléia, 17%, quando a gente

olha para frente, claramente nós estamos crescendo a carteira, digamos, a 30%, 35%, como nós crescemos o ano passado 36%, e o resultado, o lucro sobre o patrimônio foi um pouco mais baixo do que isso. A tendência disso é, na medida em que a carteira cresça mais do que o ROE e do resultado que a gente tem, a gente ainda distribui aproximadamente 30% em dividendos, então a tendência é, digamos, que a carteira cresça mais do que a geração de resultado que, certamente, vai implicar em uma redução desse índice ao longo do tempo. A sua pergunta, de quanto poderia crescer, depende de várias outras formulações, a primeira é que prazo que estamos falando. Segundo é qual é o nível de rentabilidade que o Banco vai ter nesse período, quer dizer, eu vejo com muita tranqüilidade os próximos dois ou três anos de crescimento muito forte e ainda consigo ver na carteira de crédito crescendo a níveis de 30%. Portanto, acima da geração de capital interna, sem computar emissões de dívidas ou emissões de ações. O índice de imobilização, estamos olhando aqui, não sei exatamente, ninguém aqui na mesa tem uma consciência clara do que levou essa redução no índice de imobilização, mas, enfim, depois você pode procurar o Silvio e ele vai dar as explicações necessárias.

Sra. Lia (Banif Securities): OK, obrigada.

Sr. Carlos Firetti (Bradesco Corretora): Bom dia. A minha pergunta, eu

tenho duas perguntas, na realidade. A primeira, eu queria continuar um pouco nessa questão da cessão crédito, eu queria que vocês falassem um

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pouco mais sobre os critérios da cessão, eu sei que vocês têm modelos internos, mas, entender um pouco essas características desses créditos e tentar um pouco ter alguma previsibilidade em relação aos volumes que vão ser cedidos. Porque eu acho que o grande problema da cessão acabou caindo até em um certo poder discricionário, que acaba dando para aumentar ou reduzir volumes cedidos. Então, primeiro, eu queria entender esse ponto, e a segunda eu queria que vocês falassem um pouquinho sobre a estratégia para o consignado, como vocês esperam estar fazendo essa operação usando a operação interna, usando a rede e a Taií, e que mercado, segmento, vocês estariam focando? Obrigado.

Sr. Roberto (Banco Itaú): Bom, em relação à política de cessão de crédito,

eu acho que é importante ressaltar o que estava até implícito no meu comentário anterior é que nós temos uma política estável em relação a esta questão. Você falou em poder discricionário que, de forma nenhuma, é o caso. Temos uma política estável que se mantém ao longo dos trimestres, e por isso que no outro comentário que eu fiz, anterior, de que estava implícito esse fato de a política ser a mesma ao longo dos trimestres, eu comentei que mesmo se a gente fosse fazer o restating dos números sem considerar as cessões de crédito haveria a mesma tendência de queda porque a política é estável, como eu mencionei, então é apenas uma forma de calcular diferente um pouco, quer dizer, leva a um número um pouco diferente, mas, dada a consistência da política a longo do tempo, a tendência é a mesma. Com relação à política, o que a gente procura fazer, em princípio, é antecipar créditos que a gente tem muito baixa perspectiva de recuperação e isso, inclusive, o Banco Central olha e a gente tem uma política bastante estável nesse sentido de antecipar. Aquilo que a gente entende que são créditos que estão no balanço, mas que tem baixíssima perspectiva de recuperação, tipicamente que tende a provisão de 100%, a gente procura baixar, porque a gente entende que não tem sentido manter no balanço um crédito, eu entendo, que tenha uma baixíssima perspectiva de receber. Então, a política está muito alinhada em torno deste princípio.

Sr. Carlos (Bradesco Corretora): Tá bom. E sobre o consignado?

Sr. Roberto (Banco Itaú): Consignado, nós temos várias iniciativas, estamos

trabalhando dentro de agência, estamos trabalhando também com agentes, e continuamos trabalhando também na compra de crédito consignado, como fazemos junto ao BMG. E continuamos analisando alternativas de fazer uma aceleração na nossa presença nos mercados consignados via alguma aquisição, que não temos neste momento nenhuma perspectiva de fazer, mas continuamos analisando as oportunidades.

Sr. Carlos (Bradesco Corretora): Consignado para o setor privado, vocês

têm feito?

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Sr. Carlos (Bradesco Corretora): Tá bom, muito obrigado pela resposta. Sra. Maria Laura Pessoa (Unibanco Corretora): Bom dia a todos. Parabéns

pelo resultado, eu tenho duas questões. A primeira é com relação à Taií, queria saber se continua a expansão da rede de lojas para 2008, se tem um número já de lojas que vocês esperam abrir? O que está sendo a taxa de aprovação de crédito na Taií? E a segunda pergunta é com relação à carteira de créditos, se vocês pudessem abrir um pouco o que é a expectativa de crescimento do segmento de veículos e também para pequenas e médias empresas? Obrigada.

Sr. Roberto (Banco Itaú): Bom, em relação às lojas Taií, nós temos três

grandes iniciativas: a iniciativa com Lojas Americanas, com Pão de Açúcar e com lojas novas, e não temos nenhuma nova grande iniciativa, lembrando que Lojas Americanas começou há uns dois anos atrás e nós atingimos, basicamente, uma quantidade de lojas estável, que nós não estamos pretendendo abrir mais, enfim, pode ter algumas aberturas, mas são aberturas mais marginais. Nós não estamos com nenhum grande programa de expansão do número de lojas, já que atingimos o potencial destas três iniciativas. Com relação ao crescimento na carteira de veículos, eu não entendi muito a sua pergunta, porque se a gente voltar na tela...

Sra. Maria Laura (Unibanco Corretora): É porque vocês passam o guidance

da carteira como um todo, e não especificamente para o produto.

Sr. Roberto (Banco Itaú): Nós não temos aqui, nesse momento, esse

número, nós estamos mostrando, de fato, apenas o número fechado de pessoas físicas.

Sra. Maria Laura (Unibanco Corretora): OK, obrigada.

Sr. Rafael Camargo (Credit Suisse): Bom dia a todos. A minha pergunta é

com relação ao funding, eu queria saber qual que é o impacto que vocês esperam com esse novo compulsório de 25% nas operações de debêntures através do leasing. O que vocês esperam de impactos em termos percentuais para custo de funding para o ano que vem, e se vocês pudessem falar quanto que vocês têm em operações lastreadas em debêntures em aberto hoje?

Sr. Roberto (Banco Itaú): Olha, o impacto que a gente, primeiro, só lembrar

que o impacto não é exatamente sobre o saldo de debêntures, e sim sobre o CDI que a empresa de leasing passa para as demais instituições financeiras, então aquilo que a empresa de leasing se utiliza para fazer o funding dos seus ativos de leasing não tem nenhuma incidência de compulsórios. Isso é importante observar. Segundo, então é só sobre a parte que é repassada dentro do conglomerado, pois outro aspecto a ser considerado é que esse recolhimento se dará ao longo de vários meses e só vai terminar em 2009, as

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últimas parcelas. O impacto disso é no fundo, eu diria assim, um estreitamento de liquidez que o Banco Central está impondo ao mercado ao recolher até o final do período, se tudo continuar como está hoje, os saldos da ordem de R$ 40 bilhões. Isso, vamos dizer assim, tem um impacto de liquidez, provavelmente deverá ter alguma pressão de aumento de taxa ou de spread, alguma coisa assim, mas é difícil de avaliar imediatamente, eu diria assim, no momento imediato, hoje, na operação do dia-a-dia não há nenhum impacto, a gente vai sentir o impacto na medida que o aperto de liquidez for se fazer presente.

Sr. Rafael (Credit Suisse): Tá. Você tem hoje o número de operações, é o

volume, quanto que é alastrado em debênture hoje?

Sr. Roberto (Banco Itaú): Da operação de leasing, totalmente... Sr. Rafael (Credit Suisse): Do grupo como um todo.

Sr. Roberto (Banco Itaú): Eu não entendi.

Sr. Rafael (Credit Suisse): É do grupo, como um todo, só para a gente ter

uma idéia.

Sr. Roberto (Banco Itaú): Nós temos um pouco excesso de captação, eu

não sei te dizer o número, da ordem de, um pouco de excesso de captação de debênture em relação ao que nós estamos utilizando atualmente na carteira de leasing. Agora, temos que lembrar que, ao longo do trimestre, ao longo deste ano, nós teremos um volume muito grande de crescimento ainda na carteira de veículos que, provavelmente, pode absorver uma boa parte disso. Então, se eu não emitir mais debêntures, de certa forma, isso será absorvido.

Sr. Rafael (Credit Suisse): Tá. E só uma segunda pergunta com relação ao

crédito imobiliário. A gente tem visto que a carteira social, se você olha o dado do Banco Central, ela cresce muito mais forte em termos de volume, de balanço, ela cresce mais forte do que o que vocês estão apresentando. Isso é um resultado da competição que está muito forte, ou é uma questão de produto mesmo que, talvez, o crédito imobiliário olhado isolado, hoje ele ainda não é tão atrativo quantos outros produtos, então, seria uma questão de foco do Banco?

Sr. Roberto (Banco Itaú): Você tem razão, os números são esses no curto

prazo. Aí tem uma série de questões de exigibilidade. Só lembrando que hoje a carteira imobiliária é uma carteira compulsória em que os bancos têm que aplicar conforme sua captação e tem uma série de deduções em função de uma série de regras do passado que não vem ao caso aqui a gente lembrar. Por uma série de circunstâncias, a exigibilidade do Itaú cresceu menos nesses últimos tempos do que do mercado. Isso fez com que a gente, neste

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momento, esteja com um crescimento inferior ao mercado nos saldos. No entanto, nós olhamos esse negócio como uma coisa de 10, 15 anos para frente, eu diria que o volume, se a gente olhar, por exemplo, só pegar uma comparação. A nossa carteira de crédito imobiliário está na ordem de, um pouco abaixo de R$ 3 bilhões, e a nossa carteira de veículos está em R$ 30 bilhões. Evidentemente que a gente espera que, ao longo do tempo, a carteira de imobiliária vai ser muito maior do que a carteira de veículos, como é no mundo inteiro. Então nós estamos falando de alguma coisa que está no começo do início de um círculo, que vai ser muito grande e vai ser muito tempo. Então, nós estamos olhando isso em uma perspectiva muito mais longa, imaginando também que, vamos dizer assim, as aplicações que vão ocorrer serão muito acima da exigibilidade e o funding será muito diferente do que é hoje, de caderneta de poupança. Essa indústria, esse negócio, vai ter uma perspectiva, uma formatação muito diferente no futuro e é para isso que nós estamos nos preparando. Um exemplo disso, eu diria assim bastante visível, é a nossa associação com a Lopes, que vai gerar um volume de ativos muito grande ao longo dos próximos 20 anos.

Sr. Rafael (Credit Suisse): Tá ótimo, obrigado.

Sr. Aloísio Lemos (Ágora Corretora): Bom dia a todos. Com relação ao

crédito pessoal, é uma linha da carteira de crédito que tem evoluído, por exemplo, no terceiro trimestre teve queda de 1,9%, até para confirmar, aqui dentro está o crédito consignado, está certo?

Sr. Roberto (Banco Itaú): Certo.

Sr. Aloísio (Ágora Corretora): Bom, eu tenho uma extensão da pergunta, e

eu vou fazer logo, que é justamente sobre o consignado adquirido. Agora há pouco foi comentado sobre o acordo com o BMG. As recentes mudanças sobre contabilização da cessão de créditos, que interfere mais para quem cede, talvez do que para vocês, mas, isso pode trazer uma modificação no padrão de cessão, de passar a ser mais sem co-obrigação ao invés de com co-obrigação, se eu estiver certo nesse raciocínio, eu gostaria que vocês comentassem sobre isso e que alteração isso traz no custo da cessão do ponto de vista de quem está cedendo, ou do preço que você paga por ela, por favor.

Sr. Roberto (Banco Itaú): De fato, na linha de crédito pessoal tem a carteira

de crédito consignado, que no caso particular do Itaú é muito pequena, enfim, já comentamos que estamos fazendo e empreendendo esforços para ampliar isso, e também está incluída a carteira que a gente compra no mercado onde, principalmente, o BMG tem uma presença importante, como você sabe. A perspectiva dessa carteira é, vamos dizer assim, e neste ano que passou, uma das razões pelas quais essa carteira teve uma evolução foi que o crédito pessoal não-consignado teve quase uma estabilidade no seu saldo, ou talvez até uma pequena queda em relação a dezembro, eu não me lembro bem, o

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crédito pessoal parcelado. Isso porque essa carteira tinha sido uma carteira que tinha subido o nível de inadimplência bastante, e foi uma carteira que nós controlamos bastante, então isso explica um pouco o porquê de a variação de saldos ao longo do ano ter ficado em torno de 5,5%. Outra explicação é exatamente essa que você falou que nós não crescemos muito, não sei nem se crescemos na compra de crédito consignado no mercado, só mantivemos a carteira mais ou menos estável, também isso tem um impacto, evidentemente, no crescimento. A perspectiva de comprar carteira, eu diria assim, nós não estamos agressivos nesse mercado de comprar carteira, e acredito que, se o mercado caminhar, como você está colocando, que é muito razoável a sua suposição, que ele caminhe para ficar um mercado onde a cessão é sem co-obrigação, evidentemente, os spreads vão subir nessa condição e vai mudar bastante a precificação desse mercado.

Sr. Aloísio (Ágora Corretora): Não há uma quantificação disso ainda?

Sr. Roberto (Banco Itaú): Não há uma quantificação disso, mas, certamente

muda bastante.

Sr. Aloísio (Ágora Corretora): Tá OK, obrigado.

Sr. Alexandre Cancherini (Merrill Lynch): Bom dia a todos. Gostaria de

fazer uma pergunta com relação a receitas de prestação de serviços. A gente viu que, da variação no quarto tri com relação ao terceiro, uma grande parte vem de serviços de corretagem e colocação de títulos, e de serviço de assessoria econômica e financeira. Eu queria ouvir de vocês qual que é a expectativa com relação a essas duas linhas em um cenário de maior volatilidade econômica? E se essa maior volatilidade dos mercados é um fator relevante de risco para a expectativa de crescimento de receita de prestação de serviço que vocês têm de 8% para o ano de 2008?

Sr. Roberto (Banco Itaú): De fato, o último trimestre do ano foi um trimestre

aquecido na área de investment banking, e isso gerou na corretora um volume muito relevante de receitas e está exatamente contabilizado nessa linha de serviços que você observou. Eu vou passar para o Candido, ele pode dar a você uma idéia melhor de como é que está vendo a evolução de investment banking, especificamente de IPOs e receitas em geral de investment banking para o ano de 2008.

Sr. Candido Bracher (Banco Itaú): Bom, infelizmente as receitas atuais de

investment banking são mais difíceis de se prever do que na parte de cash management, na parte de serviços, na parte de spreads de créditos, e todas as outras áreas em que nós atuamos. Olhando o mercado, como ele está se comportando no início desse ano, nós estamos vendo uma grande retenção de operações de IPO para que o grosso das nossas receitas são o grosso das nossas receitas de, estão na parte de renda variável, e essas receitas, enfim, neste primeiro trimestre do ano, a impressão é de que o mercado vai

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estar bastante tímido nessa área. No entanto, olhando o pipeline de operações que nós temos para esse ano, a nossa crença é que, em esse mercado se recuperando, o Banco voltará a ter ou poderá ter um nível de receitas de investment banking em 2008, comparável àquele que teve em 2007, que nós consideramos muito bom.

Sr. Alexandre (Merrill Lynch): Obrigado.

Sr. Jorg Friedman (UBS Pactual): Agradeço pela disponibilidade uma vez

mais, a minha pergunta eu creio que é rápida. É só olhando o guidance de 2008 de crescimento de pessoa jurídica que vocês fizeram, vocês falam de 25% sem incluir o Itaú BBA. As grandes corporações, acredito que talvez tenham um crescimento projetado menor, e isso traria o número consolidado de PJ mais para baixo? Vocês conseguem dar um disclosure consolidado de pessoa jurídica, incluindo o Itaú BBA? Obrigado.

Sr. Roberto (Banco Itaú): Usando um pouco as palavras que o Candido

usou, eu diria que os volumes de créditos também na área de corporate são mais imprevisíveis, e também, de certa forma, os volumes muitas vezes estão ligados a operações de mercado de capitais, os famosos "bridge loans", onde você faz uma operação de empréstimo para depois transformar aquilo em uma operação de mercado de capitais, então tem uma certa oscilação que é difícil de prever, então a gente prefere não prever números ligados à área de corporate, porque elas são muito mais difíceis de fazer essa previsão.

Sr. Jorg (UBS Pactual): OK, então, obrigado.

Sr. Roberto Setubal (Banco Itaú): Mais uma vez agradeço a presença de

vocês todos nesse conference call, acho que foi uma ótima oportunidade de a gente sentir aqui as preocupações, as perspectivas, como é que vocês estão sentindo a evolução, então para nós também foi bastante interessante, bastante útil essa conversa com vocês. Então eu deixo aqui um abraço para todos e até uma próxima ocasião.

Operadora: A teleconferência do Banco Itaú Holding Financeira está

encerrada. Agradecemos a participação de todos e tenham um bom dia. Obrigada.

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