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Efeito do estresse por encharcamento no ciclo reprodutivo, no número de afilhos e no rendimento de grãos em trigo

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Efeito do estresse por encharcamento no ciclo reprodutivo, no

número de afilhos e no rendimento de grãos em trigo

Sydney Antonio Frehner Kavalco

1

, Rafael Noernberg

2

, Henrique de Souza

Luche

3

, Diego Bareta

4

, Cristiano Mathias Zimmer

5

, Luciano Carlos da Maia

6

e Antonio Costa de Oliveira

7

1Eng. Agrôn., Doutorando do Programa de Pós Graduação em Biotecnologia – Laboratório de

Genômica e Fitomelhoramento - Universidade Federal de Pelotas (PPGB/LGF/UFPEL) Pelotas,

RS, Email: skavalco@gmail.com. 2Eng. Agrôn., LGF/UFPEL Pelotas, RS. Email:

rafaelnornberg@yahoo.com.br. 3Eng. Agrôn., LGF/UFPEL Pelotas, RS. Email:

hluche@gmail.com 4Acad. Agro. LGF/UFPEL Pelotas, RS. Email: diego.baretta@hotmail.com.

5

Acad. Agro. LGF/UFPEL, Pelotas, RS. Email: cmz.zimmer@gmail.com. 6Eng. Agrôn.,

Professor UFPEL, Pelotas, RS. Email: lucianoc.maia@gmail.com. 7Eng. Agrôn., Professor

UFPEL, Pelotas, RS. Email: acostol@terra.com.br

Em condições naturais e agrícolas, as plantas estão expostas a ambientes desfavoráveis, o que resulta em algum grau de estresse. O encharcamento assim como a salinidade, o déficit hídrico e o congelamento são os principais estressores que restringem o crescimento e desenvolvimento, promovendo a diminuição da expressão do potencial genético das plantas (TAIZ; ZEIGER, 2004).

As respostas fisiológicas de sensibilidade ou não ao estresse são diferentemente reportadas, sendo que a tolerância ao alagamento pode variar de somente poucas horas para muitos dias ou semanas. Esta diferença de tempo se dá pelas possíveis diferenças estruturais entre as espécies, pela especificidade dos tecidos diretamente afetados, pelo estágio de desenvolvimento e pelas condições de temperatura (VARTAPETIAN; JACKSON, 1997). Solos encharcados estão presentes em vários estados brasileiros, somente no Rio Grande do Sul 5,4 milhões de ha são de Planossolos, destes um milhão de ha é utilizado com o cultivo do arroz, o restante desta área permanece subaproveitada para a produção de cereais. Neste cenário a busca de cultivares melhor adaptadas ao estresse por encharcamento, se faz de suma importância, devido à necessidade de genótipos mais produtivos, tolerantes e mais competitivos em relação ao custo benefício da produção de cereais.

Foram utilizados para os experimentos seis genótipos genitores (FUNDACEP 29, IPR 85, OCEPAR 11-JURITI, SAFIRA, BRS FIGUEIRA e BRS 117) e 15 populações segregantes em

F3 provindas dos cruzamentos destes genitores sob modelo dialélico completo sem os

recíprocos. A semeadura foi realizada em esquema de blocos casualizados com plantas espaçadas a 20 cm dentro e entre as linhas, no Centro Agropecuário da Palma da

Universidade Federal de Pelotas – CAP/UFPEL, com repetição em dois ambientes distintos

(com e sem encharcamento). Cada linha foi considerada uma repetição e avaliada individualmente. O estresse por encharcamento foi realizado do inicio do afilhamento ao inicio do florescimento, totalizando vinte dias. Foram avaliados os caracteres de Número de Afilhos Antes do Encharcamento (NAAE), Número de Afilhos Depois do Encharcamento (NADE), o Número de Afilhos Férteis (NAF), o Número de Grãos da Espiga Principal (NGEP), o Peso dos Grãos da Espiga Principal (PGEP) em gramas, de Dias da Emergência ao Florescimento (DEF), de Dias do Florescimento à Maturação (DFM) e de ciclo (CICLO). A análise estatística

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foi realizada no intuito de compararmos o efeito principal do encharcamento sobre os caracteres avaliados, com um modelo de análise fatorial, pelo programa WinStat (MACHADO; CONCEIÇÃO, 2003). Dessa análise resultaram a análise de variância e o teste de médias sob modelo de Tukey a 5% de significância, apresentados nas Tabelas 1, 2 e 3.

Pode-se observar pela análise de variância (Tabela 1), que os caracteres que apresentaram diferenças estatísticas e significativas para a interação entre ambiente e genótipo a 1% de significância foram NADE, NAF, PGEP, DEF, DFM e CICLO, indicando interação entre o efeito de encharcamento com os genótipos avaliados. Para o efeito principal de genótipo, todos os caracteres apresentaram diferenças estatísticas significativas, indicando uma alta variabilidade entre os genótipos avaliados. Para o efeito principal de ambiente todos os caracteres também apresentaram diferenças estatísticas significativas menos o NGEP e o PGEP.

Tabela 1. Análise de variância de genótipos de trigo, conduzidos em dois ambientes de cultivo

(com e sem encharcamento), sobre os componentes do rendimento de grãos em cereais, LGF/UFPEL, 2011.

Variável Quadrados médios Média CV%

Ambiente Genótipo Interação Resíduo

NAAE 101,047 ** 18,682 ** 4,921 ns 2,719 9,032 18,253 NADE 233,2 ** 88,001 ** 21,892** 5,508 15,677 14,970 NAF 67,645 ** 60,559 ** 15,912 ** 4,427 13,712 15,345 NGEP 2,573 ns 96,905 ** 26,580 ns 13,957 46,002 8,121 PGEP 0,056 ns 0,119 ** 0,074 ** 0,031 1,667 10.488 DEF 34,727 ** 49,190 ** 34,519 ** 1,442 59,524 2,017 DFM 191,015 ** 34,017 ** 33,658 ** 0,209 45,627 1,003 CICLO 62,868 ** 52,436 ** 21,152 ** 1,668 101,151 1,228

Análise de variância realizada em esquema fatorial com blocos casualizados sem parcelas perdidas, ns não significativo e ** significativo a 1% de probabilidade pelo teste F sobre os caracteres de número de afilhos antes do encharcamento (NAAE), número de afilhos depois do encharcamento (NADE), número de afilhos férteis (NAF), número de grãos da espiga principal (NGEP), peso dos grãos da espiga principal (PGEP), peso médio de mil grãos (PMMG), dias de emergência ao florescimento (DEF), dias do florescimento à maturação (DFM), e ciclo (CICLO), das quinze famílias segregantes em F3 e dos seis genitores utilizados para realizar os cruzamentos.

Pela análise de médias observa-se que para o caráter NAAE (Tabela 2), a maioria dos genótipos apresentou um grande número médio de afilhos para o experimento conduzido posteriormente com encharcamento, não diferindo estatisticamente do genótipo com maior média (14,11) a cultivar CEP29. Os genótipos que diferiram da cultivar CEP29 foram os Cruzamentos 01, 06, 12 e as cultivares Juriti e IPR85, com reduzido número médio de afilhos para a primeira época de avaliação. Ainda para este caráter, no ambiente conduzido sem encharcamento somente a cultivar Figueira diferiu estatisticamente dos demais genótipos, com uma média de 14,55 afilhos por planta, com exceção dos Cruzamentos 07, 09, 12, 13, 14 e da Cultivar CEP29 que não diferiram. Alguns genótipos apresentaram diferenças em relação ao número de afilhos em comparação aos dois ambientes, isto ocorreu devido à grande variabilidade genética entre as famílias segregantes avaliadas.

Para o caráter de NADE (Tabela 2) sob encharcamento, o genótipo com maior número de afilhos foi o Cruzamento 07 (28,5), que diferiu estatisticamente dos Cruzamentos 01, 02, 03, 04, 06, 08, 09, 10, 11, 12, 15, e das cultivares Safira, Juriti e IPR85, os demais genótipos não diferiram estatisticamente. A cultivar Safira, foi o genótipo com maior média para o segundo

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grupo da análise, e diferiu estatisticamente dos Cruzamentos 01, 12 e das cultivares IPR85 e Juriti. Os demais genótipos não diferiram estatisticamente. Ainda para este caráter, sob o experimento conduzido sem encharcamento, observa-se que a cultivar Figueira foi o genótipo com maior número médio de afilhos, diferindo estatisticamente dos Cruzamentos 01, 02, 03, 04, 05, 06, 08, 10, 11, 15, e das cultivares Juriti e IPR85. O genótipo com maior média para o segundo grupo da análise foi o Cruzamento 15, que não diferiu dos demais genótipos do experimento. Os genótipos que obtiveram resultados diferenciados para os dois ambientes de condução foram os Cruzamentos 02, 03, 05, 06, 07, 08, 14, e as cultivar CEP29, com maior média de afilhos no ambiente com encharcamento. O único genótipo que obteve uma média de afilhos maior para o ambiente sem estresse foi o Cruzamento 12.

Tabela 2. Desempenho médio para os caracteres de afilhamento em trigo, sob modelo de

análise fatorial de médias para quinze genótipos segregantes e seus genitores conduzidos com e sem encharcamento, LGF/UFPEL, 2011.

NAAE NADE NAF NGEP

Gen./Amb. CE SE CE SE CE SE CE SE

CRUZ 01 6.83 A de 6.35 A b 10.13 A e-h 10.49 A c-g 8.51 A d-f 10.01 A b-e 44.56 A ab 51.35 A ab

CRUZ 02 9.39 A a-e 5.02 B b 17.70 A b-f 7.81 B e-g 16.46 A a-d 6.61 B e 51.74 A a 54.06 A a

CRUZ 03 9.65 A a-e 6.47 A b 18.34 A b-e 13.07 B b-g 14.49 A b-e 12.86 A b-e 42.23 B ab 53.40 A a

CRUZ 04 10.47 A a-e 6.27 B b 14.73 A c-h 12.97 A b-g 12.60 A b-f 11.53 A b-e 38.16 A ab 45.66 A a-c

CRUZ 05 11.32 A a-e 6.29 B b 22.40 A a-d 12.30 B b-g 18.47 A a-c 12.10 B b-e 45.69 A ab 38.36 A b-d

CRUZ 06 8.89 A b-e 6.05 A b 14.10 A c-h 8.45 B d-g 12.11 A c-f 7.70 B c-e 43.58 A ab 43.04 A a-d

CRUZ 07 15.29 A a 8.67 B ab 28.50 A a 17.50 B a-c 23.03 A a 14.76 B a-d 47.18 A ab 49.57 A ab

CRUZ 08 9.60 A a-e 6.35 A b 17.66 A b-f 12.7 B b-g 14.83 A b-e 12.54 A b-e 46.33 A ab 52.01 A ab

CRUZ 09 12.93 A a-d 10.03 A ab 17.08 A b-g 15.75 A a-f 14.66 A b-e 16.12 A ab 48.47 A a 50.22 A ab

CRUZ 10 9.60 A a-e 7.88 A b 14.05 A c-h 12.05 A b-g 11.65 A c-f 10.84 A b-e 44.07 A ab 35.14 B cd

CRUZ 11 9.49 A a-e 8.07 A b 13.87 A d-h 11.09 A c-g 12.01 A c-f 10.66 A b-e 41.36 A ab 40.37 A a-d

CRUZ 12 7.40 B c-e 10.97 A ab 9.33 B f-h 20.40 A ab 11.63 B c-f 21.31 A a 48.07 A ab 45.51 A a-c

CRUZ 13 12.09 A a-e 10.79 A ab 22.83 A ac 20.07 A ab 19.47 A a-c 16.81 A ab 48.28 A ab 46.34 A a-c

CRUZ 14 11.25 A a-e 8.87 A ab 22.27 A a-d 16.77 B a-d 18.68 A a-c 14.95 A a-c 44.92 A ab 45.32 A a-d

CRUZ 15 10.37 A a-e 7.07 A b 17.48 A b-f 13.23 A b-g 14.66 A b-e 12.03 A b-e 45.27 A ab 43.31 A a-d

BRS177 7.97 A a-e 8.14 A b 20.95 A a-d 18.97 A a-c 16.68 A a-c 16.99 A ab 50.74 A a 51.47 A ab

Safira 9.66 A a-e 7.67 A b 19.09 A b-d 15.75 A a-f 14.96 A b-e 12.42 A b-e 51.32 A a 48.02 A a-c

Juriti 5.95 A e 4.92 B b 7.31 A h 6.65 A g 5.75 A f 5.80 A e 41.90 A ab 49.11 A a-c

Figueira 13.60 A a-c 14.55 A a 24.32 A ab 24.40 A a 20.37 A ab 21.45 A a 52.20 A a 50.68 A ab

IPR85 6.90 A de 5.79 A b 8.15 A gh 7.27 A fg 7.05 A ef 6.80 A de 34.21 A b 29.13 A d

CEP29 14.11 A ab 10.48 B ab 23.94 A ab 16.56 B a-e 18.77 A a-c 14.86 A a-c 52.14 A a 47.67 A a-c Médias seguidas de mesma letra maiúscula na mesma linha para cada caráter (comparação de ambientes) e minúsculas na mesma coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de significância para os caracteres de número de afilhos antes do encharcamento (NAAE), número de afilhos depois do encharcamento (NADE), número de afilhos férteis (NAF) e número de grãos da espiga principal (NGEP).

Para o caráter NAF (Tabela 2), sob encharcamento observa-se que o Cruzamento 07 obteve a maior média para o número de afilhos, diferindo estatisticamente dos Cruzamentos 01, 03, 04, 06, 08, 09, 10, 11, 12, 15 e das cultivares Safira, Juriti e IPR85. A cultivar Safira foi o genótipo de maior média para o segundo grupo de médias formado pela análise, diferindo estatisticamente apenas da cultivar Juriti. Para o ambiente sem encharcamento, observa-se

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que a cultivar Figueira obteve a maior média para o número de afilhos, diferindo estatisticamente dos Cruzamentos 01, 02, 03, 04, 05, 06, 08, 10, 11, 15 e as cultivares Safira, Juriti e IPR85. O Cruzamento 03 obteve a maior média para o segundo grupo formado pela análise, não diferindo dos demais genótipos. Para análise entre ambientes observa-se que os Cruzamentos 02, 05, 06, 07 obtiveram diferenças estatísticas com médias superiores para o ambiente com encharcamento. O único genótipo que obteve diferença significativa entre ambientes, e com maior média de afilhos para o ambiente sem encharcamento foi o Cruzamento 12, com uma resposta fisiológica bem acentuada para os caracteres de afilhamento avaliados.

Para o caráter NGEP (Tabela 2), sob encharcamento observa-se que os Cruzamentos 02, 09 e as cultivares BRS177, Safira, Figueira e CEP29 obtiveram as maiores médias, diferindo estatisticamente apenas da cultivar IPR85. Todos os demais genótipos não diferiram dos genótipos de maior média. Para o ambiente sem encharcamento observa-se que o Cruzamento 02 obteve a maior média para o número de grãos, diferindo estatisticamente dos Cruzamentos 05, 10 e da cultivar IPR85. O Cruzamento 05 obteve a maior média para o segundo grupo gerado pela análise de médias, não diferindo dos demais genótipos avaliados. Para a comparação entre ambientes, o Cruzamento 03 obteve maior número de grãos no ambiente sem encharcamento e o Cruzamento 10 obteve maior número médio de grãos para o ambiente com encharcamento, os demais genótipos avaliados não apresentaram diferenças estatísticas significativas na comparação entre ambientes.

Para o caráter PGEP (Tabela 3) sob encharcamento observa-se que o Cruzamento 02 obteve a maior média, diferindo estatisticamente do Cruzamento 04 e das cultivares Juriti e IPR85, os demais genótipos não diferiram. Para o experimento conduzido sem encharcamento, observa-se que o Cruzamento 02 obteve novamente a maior média para o peso dos grãos, diferindo estatisticamente dos Cruzamentos 05, 10 e da cultivar IPR85. Os demais genótipos não diferiram. Para a comparação entre ambientes, observa-se que os Cruzamentos 03, 04 e 07, obtiveram médias estatisticamente superiores para o ambiente sem encharcamento e que os Cruzamentos 05, 10 e 13 obtiveram médias estatisticamente diferentes e superiores para o experimento com encharcamento.

Para o caráter DEF (Tabela 3), sob encharcamento o genótipo que apresentou maior média foi o Cruzamento 07, diferindo estatisticamente dos Cruzamentos 01, 02, 03, 04, 06, 10, 11, 12, 13 e das cultivares Juriti e IPR85. Para o segundo grupo de médias observa-se que os Cruzamentos 04 e 10 obtiveram a maior média, diferindo estatisticamente dos Cruzamentos 06, 12 e da cultivar IPR85. Os demais grupos não diferiram. Para o experimento sem encharcamento observa-se que o Cruzamento 12 obteve a maior média, diferindo estatisticamente de todos os demais genótipos. Para o segundo grupo de análise, observa-se que o Cruzamento 08 obteve a maior média, diferindo estatisticamente dos Cruzamentos 01, 02, 04, 06, 10, 11, 13, 14 e das cultivares BRS177, Safira, Juriti, IPR85 e CEP29. Para o terceiro grupo de análise, observa-se que a cultivar Safira obteve a maior média, diferindo estatisticamente dos Cruzamentos 01, 06 e das cultivares IPR85 e CEP29. Para o quarto grupo de análise, observa-se que o Cruzamento 01 obteve a maior média, diferindo da cultivar IPR85, o genótipo com menor média para este caráter. Na comparação entre ambiente notamos que apenas o Cruzamento 01 e a cultivar CEP29 obtiveram médias superiores para o ambiente encharcado e que os Cruzamentos 02, 03, 05, 08, 11, 12, 13, e 14, obtiveram médias superiores para o ambiente sem encharcamento.

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Tabela 3. Desempenho médio para os caracteres de ciclo em trigo, sob modelo de análise

fatorial de médias para quinze genótipos segregantes e seus genitores conduzidos com e sem encharcamento, LGF/UFPEL, 2011.

PGEP DEF DFM CICLO

Gen./Amb. CE SE CE SE CE SE CE SE

CRUZ 01 1.73 A ab 1.90 A ab 58.34 A c-f 55.67 B g-i 47.84 A c-e 46.17 B ce 106.17 A a-e 101.84 B e-g

CRUZ 02 2.17 A a 2.03 A a 56.84 B d-g 60.67 A c-f 49.83 A b 43.00 B gh 106.67 A a-e 103.67 B b-g

CRUZ 03 1.60 B ab 1.98 A a 56.67 B e-g 64.67 A bc 52.00 A a 42.00 B g-i 108.67 A a-d 106.67 A a-e

CRUZ 04 1.39 B b 1.82 A a-c 58.67 A b-f 60.17 A c-g 48.17 A b-d 45.34 B de 106.84 A a-e 105.50 A a-g

CRUZ 05 1.66 A ab 1.21 B cd 60.00 B a-e 64.50 A bc 49.33 A bc 42.34 B g-i 109.34 A a-d 106.84 A a-d

CRUZ 06 1.73 A ab 1.64 A a-d 53.67 A gh 51.67 A i-j 53.34 B a 56.00 A a 107.00 A a-e 107.67 A a-d

CRUZ 07 1.53 B ab 1.92 A ab 64.34 A a 63.17 A b-d 45.67 A fg 44.83 A ef 110.00 A ab 108.00 A ab

CRUZ 08 1.64 A ab 1.97 A a 62.84 B a-c 65.67 A b 42.33 A h 42.67 A g-i 105.17 B a-e 108.34 A ab

CRUZ 09 1.72 A ab 1.62 A a-d 62.50 A a-c 62.17 A b-e 41.00 B h 45.67 A de 103.50 B e 107.83 A a-c

CRUZ 10 1.75 A ab 1.29 B b-d 58.67 A b-f 58.00 A e-h 47.00 A d-f 44.84 A ef 105.67 A a-e 102.84 B d-g

CRUZ 11 1.68 A ab 1.58 A a-d 55.17 B f-h 58.00 A e-h 49.66 A b 45.00 B ef 104.83 A c-e 103.00 A c-g

CRUZ 12 1.76 A ab 1.47 A a-d 51.84 B h 74.00 A a 51.84 A a 35.83 B j 103.67 B e 109.83 A a

CRUZ 13 1.88 A ab 1.52 B a-d 57.33 B d-g 60.33 A c-f 49.00 A bc 41.50 B hi 106.33 A a-e 101.83 B e-g

CRUZ 14 1.78 A ab 1.53 A a-d 61.34 A a-d 59.84 A d-g 46.34 A e-g 41.00 B i 107.67 A a-e 100.84 B gh

CRUZ 15 1.68 A ab 1.47 A a-d 60.84 B a-e 63.67 A b-d 45.84 A fg 42.50 B g-i 106.67 A a-e 106.17 A a-f

BRS177 1.85 A ab 1.81 A a-c 63.17 A ab 57.34 A f-h 47.00 B d-f 50.17 A b 110.17 A a 107.50 B a-d

Safira 1.73 A ab 1.64 A a-d 60.83 A a-e 60.84 A c-f 44.84 A g 45.50 A de 105.67 A a-e 106.34 A a-f

Juriti 1.47 A b 1.53 A a-d 57.84 A d-g 57.17 A f-h 46.67 A d-f 34.00 B k 104.50 A de 91.17 B i

Figueira 1.61 A ab 1.76 A a-d 63.50 A a 62.67 A b-d 44.84 A g 43.50 B fg 108.33 A a-e 106.17 B a-f

IPR85 1.37 A b 1.10 A d 51.67 A h 49.50 A j 38.34 B i 47.00 A cd 90.00 B f 96.50 A h

CEP29 1.85 A ab 1.70 A a-d 60.50 A a-e 53.84 B h-j 49.00 A bc 47.67 B c 109.50 A a-c 101.50 A fg Médias seguidas de mesma letra maiúscula na mesma linha para cada caráter (comparação de ambientes) e minúsculas na mesma coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de significância para os caracteres peso dos grãos da espiga principal (PGEP), dias de emergência ao florescimento (DEF), dias do florescimento a maturação (DFM) e de ciclo (CICLO).

Para o caráter de DFM (Tabela 3), sob encharcamento observa-se que o genótipo de maior média foi o Cruzamento 06, diferindo estatisticamente dos Cruzamentos 01, 02, 04, 05, 07, 08, 09, 10, 11, 13, 14, 15 e das cultivares BRS177, Safira, Juriti, Figueira, IPR85 e CEP29. Para o segundo grupo de análise, observa-se que o Cruzamento 02 obteve a maior média, diferindo estatisticamente dos Cruzamentos 01, 07, 08, 09, 10, 14, 15, e das cultivares BRS177, Safira, Juriti, Figueira e IPR85. Para o terceiro grupo de análise o Cruzamento 01 obteve a maior média, diferindo estatisticamente dos Cruzamentos 07, 08, 09, 15 e das cultivares Safira, Figueira e IPR85. Para o quarto grupo de análise, observa-se que o Cruzamento 15 obteve a maior média, diferindo dos Cruzamentos 08, 09 e da cultivar IPR85. Para o quinto grupo de análise, observa-se que o Cruzamento 08 obteve a maior média, e diferiu estatisticamente da cultivar IPR85. Para o experimento sem encharcamento nota-se que o genótipo de maior média foi o Cruzamento 06, diferindo estatisticamente de todos os demais genótipos. Para o segundo grupo de análise, observa-se que a cultivar BRS177 foi o genótipo de maior média, diferindo estatisticamente de todos os demais genótipos. Para o terceiro grupo de análise, observa-se que a cultivar CEP29 obteve a maior média, diferindo estatisticamente dos

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Cruzamentos 02, 03, 04, 05, 07, 08, 09, 10, 11, 12, 13, 14, 15, e das cultivares Safira, Juriti e Figueira. Para o quarto grupo de análise, observa-se que o Cruzamento 09 obteve a maior média, diferindo estatisticamente dos Cruzamentos 02, 03, 05, 08, 12, 13, 14, 15 e das cultivares Juriti e Figueira. Para o quinto grupo de análise, observa-se que a cultivar Figueira obteve a maior média, diferindo estatisticamente dos Cruzamentos 12, 13, 14 e da cultivar Juriti. Para o sexto grupo de análise, observa-se que o Cruzamento 13 obteve a maior média, diferindo estatisticamente do Cruzamento 12 e da cultivar Juriti. Para o sexto grupo observa-se que o Cruzamento 12 obteve a maior média diferindo da cultivar Juriti. Na comparação entre ambientes, nota-se que os Cruzamentos 01, 02, 03, 05, 11, 12, 13, 14, 15 e as cultivares Juriti, Figueira e CEP29 obtiveram médias superiores para o ambiente com encharcamento e que os Cruzamentos 06, 09 e as cultivares BRS177 e Figueira, obtiveram médias superiores para o ambiente não encharcado.

Para o caráter CICLO (Tabela 3) sob encharcamento observa-se que o genótipo de maior média foi a cultivar BRS177, diferindo estatisticamente dos Cruzamentos 09, 11, 12 e das cultivares Juriti e IPR85. Para o segundo grupo de análise, observa-se que o Cruzamento 11 foi o genótipo de maior média, diferindo estatisticamente da cultivar IPR85, esta ultima foi o genótipo de menor média. Para o experimento sem encharcamento, observa-se que o Cruzamento 12 foi o genótipo de maior média, diferindo estatisticamente dos Cruzamentos 01, 02, 10, 11, 13, 14 e das cultivares Juriti, IPR85 e CEP29. Para o segundo grupo de análise observa-se que o Cruzamento 02 foi o genótipo de maior média, diferindo estatisticamente das cultivares Juriti e IP85. Para o terceiro grupo de análise, observa-se que a cultivar IPR85 foi o genótipo de maior média diferindo estatisticamente da cultivar Juriti, esta ultima foi o genótipo de menor média para este caráter no ambiente sem encharcamento. Na comparação entre ambientes, nota-se que os Cruzamentos 01, 02, 10, 13, 14 e as cultivares BRS177, Juriti e Figueira obtiveram médias superiores para o ambiente com encharcamento e que os Cruzamentos 08, 09, 12 e a cultivar IPR85 obtiveram médias superiores para o ambiente sem encharcamento.

Cada família analisada respondeu de forma diferenciada ao estresse, ou seja, pode-se inferir que o componente ambiental foi um fator importante na produção de trigo. Estudos recentes com a cultura do trigo permitem realizar inferências através da análise dialélica sobre o controle genético de genótipos com elevado número de afilhos, destacando a ação gênica de sobredominância como a principal responsável pela sua expressão (NAZEER, 2004). Os resultados indicam que o estresse por encharcamento em trigo está intimamente ligado a capacidade que as plantas têm de detectar e responder aos estímulos do estresse, diferenças estatísticas significativas foram encontradas para caracteres do afilhamento, do rendimento de grãos e de ciclo. Os genótipos mais promissores para seleção visando à tolerância ao encharcamento são representados pelos cruzamentos 07 (CEP29 x BRS177), 08 (CEP29 x Safira), 12 (IPR85 x Figueira), 13 (BRS177 x Safira) e 14 (BRS177 x Figueira).

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Referências

MACHADO, A.; CONCEIÇÃO, A.R. Programa estatístico WinStat: sistema de análise

estatístico para Windows. Pelotas, RS, 2003. Disponível em:

http://minerva.ufpel.edu.br/~amachado/WinStat.EXE.

NAZEER, A.W. Genetic architecture of some agronomic traits in diallel cross of bread wheat.

Pakistan Journal of Biological Science, Faisalabad, 7(8): 1342-1342, 2004.

Referências

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