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Falência Hepática na UTI V PÓS-SCCM

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Academic year: 2021

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V PÓS-SCCM

(2)

PAMELA LIPSETT, MD

Etiologias comuns e fisiopatologia

da falência hepática na UTI

(3)

Considerações

 Na falência aguda a identificação se baseia

principalmente na presença de INR superior a 1,5 e de encefalopatia sem presença de doença hepática prévia

 A evolução predominante é o aparecimento em 1 a 2

semanas - porém pode ocorrer em até 6 meses após o insulto

 A divisão entre a forma aguda e crônica é feito de

acordo com o desenvolvimento dos sintomas antes do aparecimento da encefalopatia

(4)
(5)

Considerações

 A Falência Hepática Aguda se relaciona com o uso de

drogas em 58% dos casos

 A toxicidade pelo acetaminofen tem aumentado nos

últimos 20 anos tanto pelo uso intencional quanto o não intencional

 Na ingesta intencional do acetaminofen o tratamento

efetivo em 4 horas do evento tem resultado em poucos casos de evolução para FHA

 Em pacientes que desenvolvem FHA com ingesta não

intencional, 38% deles fizeram uso de outras drogas concomitantemente

(6)

Considerações

 Há associação significante dos níveis de ALT (TGP) e

bilirrubinas com o prognóstico

 A obesidade é fator agravante na FHA

 Quanto à mortalidade pacientes com FHA, a

presença de encefalopatia graus 3 e 4 ou a presença de coma se relacionam com incidência maior

 Nos pacientes com falência hepática crônica, a

função hepática prévia e o número de insultos são fatores prognósticos

(7)

Considerações

 Quando 80% da função hepática está presente e o

insulto é único, 60% dos pacientes se recuperam, enquanto que nesta mesma condição inicial um segundo insulto aumenta consideravelmente a mortalidade

 Outras associações com maior mortalidade observadas

foram a presença de falência de múltiplos órgãos e internação prévia recente

 Em pacientes que tem quadro de descompensação

hepática prévia a incapacidade de ser transplantado leva o indivíduo à morte

 A infecção é evento precipitante importante destas

descompensações

(8)

Fisiopatologia

 Se relacionam com desfecho

 SIRS

 Ventilação mecânica  Níveis de albumina

 Taxas de Tempo de Atividade de Protrombina

(9)

Hepatite Hipóxica

 Etiologia principal é a presença de choque séptico  Leva a alta mortalidade

 AST eleva no primeiro dia mais que os demais

marcadores e define mais adequadamente a sobrevida

 Atingem valores de pH mais baixos que os pacientes de

outras doenças e tem queda da hemoglobina superior àquela esperada nas situações que acometem

frequentemente pacientes críticos

 Apresentam ainda aumento da IL-6 e aumento dos

ácidos biliares (cerca de 8 vezes mais que o aumento da bilirrubina, devido à inibição do mecanismo de feedback)

(10)

Mortalidade

 Menor mortalidade associada a menor necessidade

de terapia de suporte

 Maior mortalidade tem-se relacionado com o

desenvolvimento de insuficiência renal aguda (IRA)

 Níveis séricos de AST (TGO) superiores a 1000 U/L

se relacionam com pior prognóstico

(11)

Conclusões

 Identificar os pacientes com ALF através dos níveis

elevados de INR e a presença de alterações mentais;

 a etiologia mais comum é o uso de acetaminofen;  a doença possui fatores desencadeantes;

 a hepatite hipóxica se associa comumente com a

sepse e tem mortalidade de 80%.

(12)

MERVYN SINGER, MD

Tratamento das complicações

comuns da FHA

(13)

Considerações iniciais

 A falência hepática é pouco frequente mas

catastrófica

 Geralmente tem uma evolução diferente em

pacientes compensados e descompensados, sendo a mortalidade muito superior no último

 Nos pacientes com cirrose, as causas mais

encontradas seriam o álcool, a esteatose e a hepatite

 Quanto ao prognóstico destes pacientes, a graduação

de Child-Pugh, presença de sangramento e ascite estão relacionados com maior mortalidade

(14)

Complicações

 Infecção

 A infecção aumenta a susceptibilidade do cirrótico às doenças

e eleva a mortalidade destes em 4 vezes

 As principais infecções encontradas são a peritonite bacteriana

espontânea (PBE), a infecção do trato urinário e a translocação bacteriana

(15)

Complicações

 PBE

 Quando associada à insuficiência renal aguda (IRA), apresenta

77% de mortalidade

 Esta mesma condição, sem a presença de IRA, teria

mortalidade de cerca de 5%

 A PBE traz um risco de mortalidade de 20% a cada ano

(16)

Complicações

 Síndrome Hepatorrenal

 Ocorre o aumento da sensibilidade aos vasoconstrictores  Estreita relação entre a mortalidade e a presença de ascite

refratária e hiponatremia

 Sangramento

 Mesmo em pacientes sabidamente cirróticos, outras causas de

sangramento podem estar presentes

 A endoscopia precoce é uma grande arma para a terapêutica

(17)

Tratamento

 Sangramento

 ABC

 Reposição de hemoglobina para manter os níveis em torno de

8 g/dL

 Tratar infecção - quinolona ou ceftriaxona

 Usar terlipressina - segunda opção somatostatina, octreotide

ou vasopressina com nitroglicerina

 Sangramento não controlado, tamponamento por balão  TIPS em casos selecionados

 Uso da sonda nasogástrica após 24 horas  Uso profilático de beta bloqueadores

(18)

Tratamento

 Encefalopatia

 Não é causa de morte

 Uso de antibióticos não absorvíveis reduz risco  Importante tratar a causa precipitante

 Alimentar o paciente com fórmulas estandard, incluindo

proteínas, altas taxas de caloria e fibras

 Uso de lactulose e enemas

 Considerar mecanismo de ação, biodisponibilidade,

farmacodinâmica e farmacocinética das drogas a serem usadas nestes pacientes

(19)

Tratamento

 Correção da coagulopatia  Reposição de albumina

 Diagnóstico do aparecimento de miocardiopatias e

conduta específica

 Manuseio do lactato

 Controle e correção das alterações de eletrólitos  Controle da ascite

 Reposição de tiamina.

 Uso de corticoide foi associado a melhora da

sobrevida

(20)

Tratamento

 Transplante Hepático

 É um ponto controverso

 Pacientes cirróticos devem se manter por 6 meses em

abstinência para poderem ser aceitos para transplante

 A morte ocorre em 30% dos pacientes em um período de 2

meses

 O transplante hepático é o que traz melhor sobrevida - cerca de

70%

(21)

LEWIS KAPLAN, MD

Considerações metabólicas em pacientes

críticos com insuficiência hepática

(22)

Considerações

 A FHA tem relação com a amônia e a acidose metabólica  A acidose metabólica decorre da redução do clearance de

lactato acompanhada da presença de ácidos fixos (orgânicos)

 As alterações de hidrogênio que ocorrem na doença hepática

tem relação com a água corporal, proteínas e CO2

 As alterações de hidrogênio e as decorrentes destas se

relacionam com alterações da neutralidade elétrica e com o ânion gap

 Medicamentos e a ventilação mecânica, entre outros fatores,

influenciam neste balanço

 As alterações metabólicas decorrem de alterações do "strong

Ion", da albumina e do "strong ion" gap

(23)

Considerações

 A encefalopatia seria resultado de um Shunt

portossistêmico associado à falência hepática

 No stress oxidativo e nitrosativo ocorre ativação da

oxidação NADPH

 O edema cerebral seria um estado hiperosmótico,

com aumento de volume e lise dos astrócitos

 Recomendou fortemente evitar a hiponatremia.  A hipotermia terapêutica atuaria como protetor

neural atuando na osmolaridade cerebral,

metabolismo da glicose e oxigênio, entre outros

(24)

Considerações

 Na síndrome hepatorrenal ocorre vasodilatação

esplâncnica, diminuição volume, hiperdinamia,

diminuição tônus arteriolar, vasoconstricção extra-esplâncnica e aumento da liberação de RAAS, SNS e AVP não osmótico

 Na FHA a autoregulação está diminuida

 O uso de terapia substitutiva renal, pode ser mal

tolerada nos pacientes portadores de FHA, quando da presença de instabilidade hemodinâmica

(25)

Considerações

 A síndrome hepatopulmonar incluiria a vasodilatação

pulmonar intravascular e ausência de shunt

 A transfusão não é um evento benigno, possui muitos

riscos para o paciente e deve ser bem avaliada

 A alimentação deve levar em consideração a perda

proteica

 Não há vantagem individual entre os aminoácidos

ofertados

 Utilizar as recomendações da ESPEN

 Concluiu reforçando a importância de se manusear a

acidose e alcalose nestes pacientes

(26)

TYREE KISER, MD

Considerações sobre dose de

drogas na falência hepática

(27)

Considerações

 No transporte e metabolismo hepático há três vias de

passagem das drogas pelo fígado para o seu metabolismo

 Há as vias que utilizam o CYP450 e as que não, estas

com liberação direta pela bile

 Existe variabilidade na função do hepatócito quando

de diferentes graus de gravidade da disfunção hepática

 A fase 1 do metabolismo hepático está afetada

precocemente (oxidação, redução e hidrólise), enquanto a fase 2 é afetada mais tardiamente

(28)

Considerações

 A eficiência e efetividade de remoção de drogas

depende do clearance restritivo e o não restritivo

 As drogas podem ser de baixa, intermediária e alta

extração

 As drogas de baixa extração tem alta afinidade

proteica

 Biodisponibilidade da droga é a fração desta que

escapa da extração e metabolização

(29)

Considerações

 A doença hepática leva a alterações na extração das

drogas

 A colestase diminui a eliminação de drogas  A concentração de drogas é mais elevada nos

pacientes Child-Pugh B e C

 Os pacientes críticos normalmente tem alterações de

fluxo sanguíneo, colestase e alteração na função

hepática, relacionadas com a liberação de citocinas inflamatórias

(30)

Abordagem Prática

 Entender as limitações da avaliação da função

hepática

 Estimar a magnitude da redução da dose da droga

baseado na gravidade da disfunção hepática, propriedades de extração da droga, vias de

metabolismo responsáveis pelo clearance da droga

 Escolha da droga – mais eficaz e segura, que tenha

menor possibilidade de ser afetada pelo grau de disfunção hepática

(31)

Conclusões

 Como principal conclusão dar dose normal na

primeira utilização e diminuir as doses de manutenção;

 monitorar os níveis sanguíneos da droga sempre

que possível;

 escolher a droga mais eficiente que não afete

hepatócitos;

 estimar a redução da droga necessária;

 entender as limitações de avaliar a redução da

função hepática;

 usar sempre as evidências quando possível.

Referências

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