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100 vagas com salário inicial de R$ 6,2 mil

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SAMPAIO X FIGUEIRENSE

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www.oimparcial.com.br

LITERATURA: Wilson Marques lança

amanhã “Caravana – Passeios pela

História e Cultura do Maranhão"

IMPAR

Ano XCI Nº 35.494 | SÃO LUÍS-MA | QUARTA-FEIRA, 3 DE OUTUBRO DE 2018 | CAPITAL E INTERIOR R$ 2,00 @OImparcialMA @imparcialonline @oimparcial 98 99188.8267

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w w w . o i m p a r c i a l . c o m . b r

a n o s

TÁBUAS DE MARÉS TERÇA 2/10/2018 05H59 ... 0.5M 12H10 ... 5.6M 18H16 ... 0.6M

ELEIÇÕES

OPINIÃO

ELEIÇÕES

OPINIÃO

ELEIÇÕES

OPINIÃO

ELEIÇÕES

OPINIÃO

ELEIÇÕES

OPINIÃO

NOSSOS TELEFONES: GERAL 3212.2000 • COMERCIAL 3212-2086 • CLASSIFICADOS 3212.2020 • CAA - CENTRAL DE ATENDIMENTO AO ASSINANTE 3212.2012 • REDAÇÃO 3212.2010

SAI EDITAL DO CONCURSO DA AGU

DÓLAR

cotado em

R$ 4,018

-0,47%

VIDA

Entre o caos e a esperança

A campanha eleitoral deste ano, salvo engano de percepção pessoal, parece ter posto no ar uma sensação coletiva com misto de esperança, temor e incredulidade

diante das propostas apresentadas pelos candidatos.

100 vagas com salário

inicial de R$ 6,2 mil

CARLOS NINA

ADVOGADO

JANGUIÊ DINIZ

MESTRE E DOUTOR EM DIREITO

Eleições 2018: o pleito que

virou campo de guerra

LEONARDO MEIRELES

LEONARDOMEIRELES.DF@DABR.COM.BR

Sem medo, sem desilusão

Entramos na última semana antes das eleições com uma responsabilidade enorme como cidadãos. Porque temos a responsabilidade de pensar o Brasil não com a desilusão ou o medo,

dois sentimentos que têm norteado a campanha até agora.

Delação

de Palocci

pode afetar

campanha

Moro retira o sigilo de parte da delação premiada na qual o ex-ministro afirma que campanha de

Dilma Rousseff de 2014 custou o dobro do valor declarado ao TSE.

POLÍTICA

Roseana Sarney não

chamou o Meirelles

A campanha eleitoral está chegando ao fim, e a candidata do MDB ao governo do Maranhão, Roseana, filha de José Sarney, um dos políticos mais poderosos do Brasil desde a

ditadura militar, solenemente, ignorou o presidenciável de seu partido, ex-ministro da Fazenda e milionário, Henrique Meirelles. BASTIDORES\POLÍTICA

Horário

eleitoral

gratuito só

até amanhã

POLÍTICA

Saiba o que

pode e o que

não pode na

hora de votar

POLÍTICA

Justiça Eleitoral faz busca e apreensão em casa de candidato e gráfica

Criatividade para atrair clientes

Apesar do desânimo para as vendas no Dia das Crianças, comércio aposta em eventos e promoções

para atrair o consumidor, que tem sido mais cauteloso na hora das compras. NEGÓCIOS

DIAS DAS CRIANÇAS

IMPOSTO

DE RENDA

383 mil serão

notificados

para corrigir

declaração

NEGÓCIOS

"De boa" na

terceira idade

Pesquisa mostrou que boa parte dos idosos tem orgulho de suas realizações e sente-se jovem para aproveitar a vida.

VIDA

BRUTALIDADE

NO INTERIOR

Homem tenta

estuprar criança

de 11 anos

e acaba preso

GERAL REPRODUÇÃO DIVULGAÇAO\ASSESSORIA

PRÉDIOS

ROSA

Sinais de

atenção

ao câncer

de mama

O mês de outubro é dedicado à sensibilização da sociedade para o combate ao câncer de mama e também à prevenção do câncer de colo de útero.

A adesão da Prefeitura de São Luís à campanha do Outubro Rosa vai além da mudança da iluminação nos espaços. A proposta de iluminar os

monu-mentos é executada dentro de um conjunto de outras ações planejadas pelo poder público municipal, especialmente na área da saúde. VIDA

MAURICO ALEXANDRE MAURICO ALEXANDRE

POLÍTICA

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2

POLITICA

São Luís, quarta-feira, 3 de outubro de 2018

www.oimparcial.com.br

O QUE DIZ PALOCCI

» As duas campanhas de Dilma à Presidência custaram R$ 1,4 bilhão, sendo que apenas R$ 503 milhões foram declarados ao TSE » Lula indicou Paulo Roberto Costa para a Petrobras com a finalidade de “garantir ilicitudes”

» O pré-sal foi usado por Lula para conseguir dinheiro, a fim de finan-ciar campanhas do PT

» MDB chegou a travar votações no Congresso para obter a Diretoria Internacional da Petrobras » Medidas provisórias editadas nos governos do PT foram motivadas por propina

» Lula sabia da corrupção na Pe-trobras desde 2007 e optou pelo prosseguimento do esquema Apesar de não ser citado na delação, o ex-prefeito de São Paulo,

Fer-nando Haddad, candidato do PT à Presidência, pode ter a candidatura atingida, porque sua imagem está atrelada a de Lula. Outra candida-tura que pode ser prejudicada é da ex-presidente Dilma, que concor-re ao Senado por Minas Gerais. O cientista político Eurico Figueiconcor-redo, professor e diretor do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF), ressalta que o impacto imediato pode ser no voto dos eleitores indecisos.

“Existe uma polarização muito grande neste primeiro turno. A delação não vai influenciar quem já decidiu votar no Haddad e demais can-didatos do PT, mas poderá ter efeito nos indecisos que, segundo as pesquisas, representam um terço das intenções de voto. A liberação ocorreu na reta final da campanha”, afirmou.

O juiz Sérgio Moro recebeu críticas de petistas por levantar o sigilo da delação nessa última etapa da corrida eleitoral. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse, no Twitter, que Moro “não podia deixar de participar do processo eleitoral” e que o magistrado tenta “pela ené-sima vez destruir Lula”. O advogado Cristiano Zanin Martins, que de-fende Lula, afirmou que “a conduta adotada por Moro apenas reforça o caráter político dos processos e da condenação injusta imposta ao ex-presidente Lula”. A ex-presidente Dilma Rousseff contestou Pa-locci e desaprovou o fato de os depoimentos terem sido colhidos em abril deste ano e só divulgados agora, a “exatos seis dias da eleição”. Ao negar pedido da defesa de Lula para suspender uma ação penal que envolve o ex-presidente, Marcelo Odebrecht e Palocci, Moro cha-mou de “farsa” as alegações do petista de que o persegue. “Há sérias acusações por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Se são ou não procedentes, é questão a ser avaliada na sentença. Terá a defe-sa a oportunidade de apresentar todos os seus argumentos nas ale-gações finais, mas a farsa da invocação da perseguição política não tem lugar perante esse juízo”, escreveu o juiz. Procurada pelo jornal, a Odebrecht informou que segue “colaborando com a Justiça e reafirma o seu compromisso de atuar com ética, integridade e transparência.”

LIGAÇÃO PERIGOSA

Responsável: Mivan Gedeon E-mail: gedeon3.3@gmail.com

ELEIÇÃO 2018

PARLAMENTARES

Curtidas

BRASÍLIA -DF

Denise Rothenburg

deniserothenburg.df@dabr.com.br

Delação de Palocci

pode afetar campanha

Moro retira o sigilo de parte da delação premiada na qual o ex-ministro afirma que

campanha de Dilma Rousseff de 2014 custou o dobro do valor declarado ao TSE

Judiciário na guerra eleitoral

Os últimos dias de campanha eleitoral apontam para o ativis-mo do Poder Judiciário, sem pre-cedentes. No Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Ricardo Lewandowski enfrentou o vice-presidente da Corte, Luiz Fux, e reforçou a liberação de entrevis-ta de Lula à Folha de S.Paulo. Mal Lewandowski anunciou sua deci-são, o juiz Sérgio Moro, do Paraná, levantou o sigilo de parte da de-lação do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci na qual o leque de acusações ao PT é farto. Nesse clima, o presidente do STF, Dias Toffoli, vê escoar por entre os dedos o plano de pacificar a Suprema Corte. Em São Paulo, ele e Lewandowski tiveram uma conversa nada amigável, quando o presidente relatou seu plano de levar o caso da entrevista a plenário. Como chefe supre-mo do Poder Judiciário, Toffoli se preparava para ocupar o lugar de pacificador após as eleições. Antes, porém, ele terá de acalmar os ânimos no próprio STF.

Começou, na noite da última segunda-feira, reafir-mando sua autoridade e cassando, de próprio punho, a liminar de Lewandowski. Nos bastidores, há quem diga que não poderia ter outra atitude, diante das cobranças do colega. O Judiciário, que planejava atuar para pacifi-car o país no pós-eleitoral, agora entrou na guerra das paixões eleitorais, tão dividido quando os partidos e os eleitores. Ou Toffoli acalma os ânimos por ali ou perderá o papel de pacificador.

Bolsonaro e Doria

Em 2016, Fernando Haddad subiu alguns pontos na eleição para prefeito de São Paulo, e a consequência foi a maioria anti-PT levar João Doria, do PSDB, à vitória no primeiro turno. A subida do candidato do PSL, Jair Bolso-naro, de quatro pontos na pesquisa do Ibope, deixa claro que não é impossível ao capitão reformado repetir a per-formance de Doria.

Bolsonaro e Haddad

Os cálculos do grupo mais próximo da campanha do capitão reformado são de que Haddad tem hoje o teto do PT. E daí, dificilmente sairá, ainda que a eleição seja em dois turnos. Os aliados dele já contam, sim, com a vitória.

Alckmin e Doria I

A esperança do PSDB é de que o medo da vitória de Bolsonaro, ou de Haddad, leve uma parcela do eleitora-do a dar ou ao petista ou ao capitão o mesmo destino de Celso Russomano em 2016. Ele despencou 10 pontos per-centuais na última semana da campanha para prefeito de São Paulo, levando o tucano João Doria, que estava bem atrás, à vitória no primeiro turno.

Alckmin e Doria II

O ânimo dos tucanos reside na pesquisa BTG pactual, divulgada ontem, que apontou números diferentes dos do Ibope. No levantamento do BTG, Alckmin tem um cresci-mento de três pontos, chegando a 11%, na frente de Ciro Gomes (9%). Bolsonaro aparece com 31%, e Haddad, 24%.

No embalo de Palocci/

Embora sua equipe conte

com a vitória no primeiro turno, Bolsonaro se prepara para a segunda rodada, e contra Fernando Haddad. Da mesma forma que seus opositores exploram as decla-rações de Hamilton Mourão com crítica ao 13º salário e ao adicional de férias, a turma do PSL de Bolsonaro vai passar a tratar da delação de Antônio Palocci, com denúncias contra o PT. De quebra, falará ainda do con-trole da mídia e da “democracia direta”, sem passar pelo Congresso, como prioridades do programa petista.

Nas ruas/

No Rio de Janeiro, um atento observador

fez questão de contar o tempo que levaria para passar a carreata pró-Bolsonaro na frente de sua casa, no últi-mo domingo. Foram mais de 40 minutos.

Movimentos

tar-dios I/

De olho nas

pesquisas que hoje apontam a divisão do país entre as candida-turas de Bolsonaro e Haddad, os governado-res do Espírito Santo, Paulo Hartung (foto), e de Santa Catarina, Eduardo Pinho Mo-reira, ambos do MDB, gravaram mensagens de apoio a Geraldo Al-ckmin. Ambos não são do grupo do presiden-te Michel Temer.

Movimentos

tar-dios II/

Hartung

menciona o risco de

a polarização aprofundar a divisão dos brasileiros de-pois das eleições. O apoio, entretanto, talvez tenha vin-do tarde. No vin-domingo, Vitória viu uma das expressivas manifestações em prol de Jair Bolsonaro.

MARCOS OLIVEIRA/AGENCIA

SENADO - 24/4/18

DIVULGAÇÃO

RENATO SOUZA

A

seis dias da votação do primeiro turno das elei-ções, a divulgação de parte da delação do ex-ministro Antônio Palocci caiu como uma bomba no Partido dos Trabalhadores (PT). O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, retirou o sigilo de alguns trechos do depoimento de Palocci. Às autoridades, ele detalha como era o esquema de aparelhamento da Petrobras e da captação irregular de ver-ba para uso na campanha da ex-presidente Dilma Rousseff. De acordo com Palocci, a eleição e reeleição da petista, em 2010 e 2014, custaram R$ 1,4 bilhão, sendo que a maior parte não foi declarada à Justiça Eleitoral — há quatro anos, o custo foi o dobro do apresen-tado ao TSE. Ele também acu-sa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de usar recursos do pré-sal para beneficiar o PT.

De acordo com o ex-minis-tro, Lula indicou Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abaste-cimento da Petrobras, em 2010, para “garantir espaços para a ilicitude”. A indicação dele teria ocorrido por conta da Odebre-cht ter encontrado dificulda-des para negociar o preço de um derivado de petróleo com o antigo gestor da área.

Os interesses da emprei-teira estavam voltados para a Brasken, controlada pelo gru-po. A empresa, de acordo com a delação, se aliou ao Partido Progressista (PP), que, na épo-ca, encontrava dificuldades em conseguir cargos no Executivo e juntos trabalharam para der-rubar o antigo gestor.

Palocci conta que a posse de Paulo Roberto Costa aten-deu aos interesses da Odebre-cht e do PP. “Luiz Inácio Lula da Silva decidiu resolver ambos os problemas indicando Paulo Roberto Costa para a Direto-ria de Abastecimento; que isso também visava garantir espaço para ilicitudes, como atos de corrupção, pois atendia tanto a interesses empresariais quan-to partidários”, disse.

A partir daí, houve grandes operações de investimentos e, simultaneamente, ações ilícitas voltadas para o abastecimento

financeiro de partidos políti-cos. O MBD, por sua vez, te-ria feito pressão, inclusive com votações no Congresso, para

obter a Diretoria Internacional da Petrobras. Palocci também relatou uma reunião com ele, Lula, Dilma e o então presiden-te da Petrobras, José Sérgio Ga-brielli, no Palácio da Alvorada, a fim de negociar repasses de R$ 40 milhões para a campa-nha de Dilma.

Lula trabalhou para que a Petrobras encomendasse a “construção de 40 sondas (para exploração do pré-sal) com a finalidade de garantir o futu-ro político do país e do Partido dos Trabalhadores”. Parte do di-nheiro das obras seria repassada em propina aos envolvidos. O ex-ministro apontou que Dilma também estava na reunião, e que Lula sabia dos desvios na Petrobras desde 2007.

Dentro de cinco dias, os elei-tores brasileiros irão às urnas para escolher o futuro presiden-te da República, os governado-res dos 26 estados e do Distrito Federal e 54 senadores, além dos representantes na Câmara dos Deputados, nas assembleias legislativas e na Câmara Legis-lativa do DF. Até amanhã (4), os candidatos poderão usar o horário de propaganda gratui-ta para conquisgratui-tar os votos do

eleitorado brasileiro, que soma 147.302.357 pessoas.

Pela legislação, é crime ar-regimentar eleitores ou fazer propaganda de boca de urna no dia da votação – neste ano, 7 de outubro, das 8h às 17h. Essa proibição está prevista na Lei 9.504/97 e tem pena de detenção de seis meses a um ano, que pode ser convertida em prestação de serviços à co-munidade, e multa.

No dia da eleição, também é vedado o uso de alto-falan-tes e amplificadores de som, bem como a realização de co-mícios e carreatas e a promo-ção de qualquer propaganda de candidato ou partido político. Também é proibido transportar eleitores até o local de votação, uma prática que era comum no passado, especialmente nos lo-cais de difícil acesso. Somente a Justiça Eleitoral pode

forne-cer transporte e alimentação no dia da eleição.

Durante a votação é per-mitida manifestação indivi-dual e silenciosa do eleitor. Ou seja, a pessoa pode usar bandeiras, broches, dísticos e adesivos durante a votação. É probido, porém, qualquer ato que caracterize manifestação coletiva, como aglomeração de pessoas usando roupas pa-dronizadas.

Começou na última segunda-feira (1º) o prazo para deputados e senadores proporem emendas ao Orçamento de 2019, indican-do a destinação de recursos para suas bases eleitorais. Apesar do período eleitoral, eles têm até o dia 20 deste mês para acessarem o sistema on-line do Congres-so Nacional determinando para que ações, obras ou serviço

pú-blico o dinheiro será direciona-do. Cada parlamentar tem direi-to a propor até R$ 15,4 milhões, distribuídos em no máximo 25 emendas individuais.

Segundo a legislação, metade dos recursos deve ser destinada a executar serviços públicos de saúde. Ao todo, R$ 9,2 bilhões estão previstos no projeto de Lei Orçamentária Anual para o

ano que vem, conhecido como Ploa 2019. Visando garantir uma liberação mais equilibrada das verbas por parte do Poder Exe-cutivo, em 2015 foi aprovada uma Emenda Constitucional obrigando as emendas indivi-duais a serem impositivas, isto é, o governo deve executá-las ao longo do ano que vem. O perí-odo aberto hoje também vale

para as emendas coletivas, que poderão ser apresentadas pelas bancadas estaduais e comissões permanentes da Câmara e do Senado. Cada estado e o Distri-to Federal tem direiDistri-to a prever despesas de quase R$ 170 mi-lhões, distribuídas em até seis emendas, sendo ao menos uma para Educação, uma para Saúde e outra para Segurança Pública.

Segundo AntônioPalocci, a posse de Paulo Roberto na Petrobras atendeu aos interesses da Odebrecht e do PP

Horário eleitoral gratuito só até amanhã

(3)

3

POLITICA

São Luís, quarta-feira, 3 de outubro de 2018

CONFIRA A LISTA:

Justiça Eleitoral faz

busca e apreensão

na casa de candidato

Juiz deferiu, a tutela de urgência, que candidato “Carioca do Povo” não

divulgue/distribua o encarte publicitário, além da busca e apreensão do

material gráfico, documentos e notas fiscais do serviço

BASTIDORES

bastidores@oimparcial.com.br Raimundo Borges

Parte expressiva da elite

brasileira abandonou a

socialdemocracia pelo fascismo

Do presidenciável do PT, Fernando Haddad, ontem, em campanha no Rio, acusando os tucanos de responsáveis pelo giro de parte da elite brasileira rumo à extrema-direita.

2

1

Os candidatos Eliziane Gama (PPS) e Weverton Rocha (PDT) durante coletiva de imprensa, na sede do PDT

LEIÇÕES 2018

LEIÇÕES 2018

Saiba o que pode e o que não pode na hora de votar

Maranhão terá “Lei Seca” no fim de semana da eleição

3

Em caso de derrota de Roseana, no domingo 7, Maura

Jorge também terá sua oligarquia municipal de Lago da Pedra arrastada no vendaval de 2018. Ela representa o município em que a família Jorge manda há quase 40 anos, trocando de posição tal qual ocorre no Ma-ranhão com os Sarney.

Se rede social render voto como os candidatos espe-ram, o jornalista Luiz Pedro, que disputa uma cadeira na Câmara, será um dos mais votados do PT. Sem dinhei-ro e sem estrutura, ele está usando com competência o poder das mídias digitais para tornar sua campanha virtu-al uma ferramenta de forte aproximação com o eleitor.

Mesmo estando firme em sua campanha ao Palácio dos Leões, tendo ultrapas-sado Roberto Rocha nas pesquisas, ao redor de 5%, Maura Jorge (PSL) é o sonho de Roseana levar a disputa para o 2º tur-no. Para isso, Maura teria de dar uma cambalhota nas urnas e furar todas as previsões das pesquisas. Responsável: George Raposo E-mail: gdinamite@gmail.com

Roseana não chamou

o Meirelles

A campanha eleitoral está chegando ao fim, e a candida-ta do MDB ao governo do Maranhão, Roseana, filha de José Sarney, um dos políticos mais poderosos do Brasil desde a ditadura militar, solenemente, ignorou o presidenciável de seu partido, ex-ministro da Fazenda e milionário, Henrique Meirelles. Pelo que consta, nenhum candidato do MDB ao governo estadual ou a qualquer outro mandato ouviu o cha-mamento “Chame o Meirelles!”, como ele tanto se oferece.

A candidatura de Meirelles, alias, é uma bordoada na lógica política. Para quem tanto se gaba no horário eleitoral de ser o homem-solução para todas as crises em todos os governos, nem o MDB entendeu o seu empenho em disputar a Pre-sidência da República na eleição mais complicada desde a redemocratização do Brasil. Pior ainda, a razão de Meirelles torrar, do próprio bolso, R$ 45 milhões e não passar dos 2% nas pesquisas. Ele gasta tanto dinheiro, com cara de contenta-mento, como se estivesse pronto para disputar o segundo turno. Enquanto Roseana nem pensa em chamar Meirelles, na con-tramão da lógica, se abraça com fervor à imagem de arquivo do ex-presidente Lula, preso em Curitiba, exibida em seu progra-ma eleitoral, como se fosse progra-manifestação recente. O irmão dela, deputado Sarney Filho, que foi ministro do Meio Ambiente de Michel Temer, também o ignora em sua propaganda, a exemplo do outro emedebista de peso, Edison Lobão, que está no fim do quarto mandato de senador e lutando pelo quinto. Caso seja elei-to, tira o aliado José Sarney da histórica primazia de único políti-co a passar 40 anos no Senado, em toda a história da República.

O grupo Sarney-Lobão está vivendo em 2018 a campanha mais aperreada de sua longa dominação política no Maranhão. Lobão se agarra ao programa Luz para Todos como sendo obra sua, e não dos governos Lula e Dilma, de quem foi ministro de Minas e Energia. Também explora imagens de arquivo com o ex-presidente preso. Todos são do MDB de Henrique Meirel-les, mas nenhuma palavra de agrado ao ex-ministro. Já o che-fe da oligarquia, José Sarney, permanece nos bastidores, dan-do as coordenadas e detonandan-do Flávio Dino, nos artigos que escreve dominicalmente em seu jornal – a quem comparou a Josef Stalin, o facínora e tirano que exterminou entre 20 e 30 milhões de pessoas em campos de extermínio na 2ª Guerra.

Tiro no pé (1)

A apreensão do jornal-panfleto “Maranhão em Foco”, de responsabilidade do candidato a deputado estadual Paulo Roberto Pinto, o Carioca, anteontem, no principal terminal de integração de ônibus em São Luís, rendeu busca e apreensão, pela PF, autorizada pelo TRE, na Grá-fica Escolar, integrante do Sistema Mirante.

Tiro no pé (2)

O jornal apócrifo fazia denúncias falsas contra os candida-tos a senador Weverton Rocha e Eliziane Gama, integrantes da chapa de Flávio Dino. Dizia que Weverton era ficha suja, con-denado pelo STF, e Eliziane dava cobertura a estelionatário. As notícias são falsas e revelam o ambiente de desespero dos candidatos Edison Lobão e Sarney Filho, da chapa de Roseana.

Tiro no pé (3)

De acordo com o documento em poder do TRE, foram impressos 500 mil exemplares do “Maranhão em Foco”, ao preço de R$ 27.110,25, na nota fiscal. O estranho é que Ca-rioca é candidato a deputado estadual e estava detonando com os candidatos a senador, que não são seus concorrentes.

Emperrou

A campanha do ex-governador José Reinaldo ao Senado, acompanhando a chapa do tucano Roberto Rocha, candida-to a governador, empacou. Assim como Robercandida-to Rocha travou seu projeto de chegar ao Palácio dos Leões, José Reinaldo tam-bém sofre na lentidão de Rocha, volume morto das pesquisas.

Apoio a Jerry

“Nós precisamos de um conjunto de lideranças para fazer com que este projeto de mudança continue no Maranhão. Então, precisamos de uma bancada federal de densidade, de peso, com qualidade, lealdade e confiança”, afirmou Flá-vio Dino, pedindo voto para Márcio Jerry para se tornar de-putado federal de sua absoluta confiança.

PEDRO DE ALMEIDA

U

m dia depois do

ma-terial de campanha do candidato a depu-tado estadual Carioca ser apreendido pela Polícia Ci-vil, a Justiça Eleitoral fez busca e apreensão na casa do candi-dato e em mais dois endereços. A decisão atendeu a uma re-presentação do candidato We-verton Rocha (PDT), que ingres-sou na Justiça Eleitoral ainda ontem para, em caráter liminar, recolher o material produzido pelo candidato e apreender do-cumentos que estão ligados à contratação do serviço.

“Como meio de verificar os valores gastos, bem como a sus-pensão de distribuição do ma-terial e que sua utilização fos-se proibida em qualquer meio de propaganda eleitoral”, diz a decisão liminar do juiz Alexan-dre Lopes de Abreu.

O juiz deferiu, a tutela de ur-gência, que o candidato “Carioca do Povo” não divulgue/distribua o encarte publicitário, sob pena de multa, em caso de descumpri-mento, no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Determi-nou, ainda, a busca e apreensão do material (500 mil exemplares) na casa do candidato Carioca, na sede do seu partido, o PRTB, e na empresa que imprimiu o encarte publicitário, a Gráfica Escolar S.A, que edita o jornal O Estado do Maranhão.

Entenda o caso

Quatro pessoas suspeitas, sendo um homem e três mulheres, foram detidas na manhã de ontem, pela Polícia Civil do Maranhão, no Terminal da Praia Grande. Os suspeitos estavam distribuindo material contra os candidatos Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS). O material, que simulava um jornal, trazia chamadas acusatórias contra os candidatos ao Senado da coligação “Todos pelo Maranhão”.

O candidato a deputado estadual Carioca do Povo, logo depois do ocorrido, assumiu a autoria do material e disse que agiu dentro da lei. Os candidatos Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS) ingressaram na Justiça para tirar de circulação os exemplares feitos pela campanha do candidato.

GUIOVANA CURY

Pode ir vestindo a camisa do candidato? Pode comprar bebida antes do dia? Poucos

dias antes das eleições, sur-gem muitas dúvidas acerca das regras no local de vota-ção e nas urnas. Para esclare-cer tudo, O Imparcial fez uma lista do que pode e o que não

pode na hora de votar. Lembre-se: no dia da votação, você precisa ter em mãos seu tí-tulo de eleitor e um documento oficial com foto, que pode ser carteira de identidade,

passapor-te, carteira de categoria profis-sional reconhecida por lei, certi-ficado de reservista, carteira de trabalho, Documento Nacional de Identidade (DNI) ou carteira nacional de habilitação).

SAULO MARINO

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-MA) proibiu o consumo de bebida alcoólica em todo o estado do Maranhão durante o período eleitoral, que vai das 16h de sábado (6),

até as 23h59 de domingo (7), dia da votação.

Descumprir a Lei Seca ma-ranhense caracterizará deso-bediência civil, e o infrator será conduzido à delegacia ci-vil, estando sujeito a deten-ção e multa.

A Portaria nº 742/2018 foi

assinada na segunda-feira (1º), pelo secretário de Es-tado da Segurança Pública, Jefferson Miler Portela e Silva. Seu objetivo é garantir “pre-servação da ordem pública, das pessoas e do patrimô-nio” durante todo o proces-so eleitoral.

A lei tem caráter estadu-al, já que são os estados que decidem sobre a proibição da venda e do consumo de álcool no dia da eleição, bem como sobre o prazo que a chamada deve durar. Por isso, ela pode existir em algumas cidades e em outras, não.

Não pode tirar foto

  É proibido que o eleitor leve para a urna apa-relho celular, máquina fotográfica, filmadora ou equipamento de radiocomunicação. A mesa receptora pode reter esses equipamentos en-quanto o eleitor estiver votando. Eleitores que tirarem fotos da urna ou com a urna podem ser presos. Portanto, nada de selfies! 

-Pode vestir camisa do candidato

Manifestações individuais e silenciosas, elei-torais ou partidárias são permitidas - camisas e adesivos estão liberados. Mas, até o término das eleições, são proibidas as aglomerações de pessoas com roupas padronizadas, com ban-deiras, broches e adesivos que caracterizam algum tipo de manifestação coletiva em apoio a candidato ou partido político.

-Não pode fazer campanha

É proibido uso de alto-falantes, a promoção de comícios e carreatas, a propaganda de boca de urna e a divulgação de material de campanha.

Publicação de novos conteúdos ou impulsio-namento de propagandas digitais na internet também está vedada. A desobediência a esta norma é crime. Também é proibido que ser-vidores da Justiça Eleitoral, mesários e fiscais partidários usem roupas ou objetos com pro-paganda de partido político.

-Não pode vender bebida alcoólica

A “Lei Seca” normalmente acontece da noite anterior ao dia de votar e vai até a noite depois da eleição. Estabelecimentos que venderem bebidas alcoólicas durante esse período po-dem ser fechados, e eleitores que estiverem consumindo em locais proibidos podem ser multados. Mesmo em lugares em que seja permitido o consumo do álcool, pessoas que causarem tumulto poderão ser presas.

-Pode levar “cola” com o nome dos candidatos

É permitido anotar os nomes e números dos candidatos em um papel e levar para a urna, para lembrar de todos. Lembre-se: em papel, e

não no celular. A Justiça Eleitoral disponibiliza on-line um modelo de cola para impressão.

-Pode votar usando shorts, bermuda ou chinelo

É permitido ir com trajes informais. 

-Quem não votar no primeiro turno pode ir no segundo

Os turnos são independentes e quem não pôde votar no primeiro pode ir no segundo, desde que a ausência seja justificada no prazo legal. O prazo é de 60 dias, a contar da data da elei-ção, ou de 30 dias da data de retorno ao Brasil para quem estava no exterior. 

-Não pode declarar o voto via mensagem

Em aplicativos de mensagens SMS ou What-sApp, onde não se pode escolher o que quer ou não ver, declarar o voto pode ser considerado como boca de urna. Entretanto, posts em re-des sociais como Twitter e Facebook são per-mitidos, pois existe a possibilidade das outras pessoas filtrarem essas informações.  

(4)

OP

São Luís, quarta-feira, 3 de outubro de 2018

IN

IAO

Jornalismo: 3212-2010/3212-2049 Anuncie: 3212-2086/ 3212-2030 Classificados: 3212-2087 Seja um vendedor: 3212-2071 Geral: aqui-ma@oimparcial.com.br

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Pedro Freire

Diretor-Presidente

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Diretor de Gestão e Novos Negócios pedrohfreire@oimparcial.com.br Raimundo Borges Diretor de Redação borges@oimparcial.com.br Celio Sergio Superintendente Producão celiosergio@oimparcial.com.br

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Responsável: Zezé Arruda

E-mail: zezearruda@oimparcial.com.br Nessa data, O Imparcial trouxe como destaque a seguinte manchete: Presidência do TJ, desta vez, é no voto? Os 27 desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) estariam juntos para escolher os próximos integrantes da Mesa Diretora que iriam comandar o Judiciário estadual no biênio 2018/2019. E o diferencial deste pleito foi uma eleição bem apertada e não por aclamação como em pleitos anteriores.

w w w . o i m p a r c i a l . c o m . b r

Leia em todas as plataformas

Ano XCI Nº 35.130 | SÃO LUÍS-MA | TERÇA-FEIRA, 3 DE OUTUBRO DE 2017 | CAPITAL E INTERIOR R$ 2,00 @OImparcialMA @imparcialonline @oimparcial 98 99188.8267

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HOJE TEM

Na Biblioteca Benedito Leite, em São Luís, mais uma edição do projeto “Lê pra mim?” , que recebe artistas e personalidades para lerem livros infantis para crianças de 5 a 10 anos idade

33º máx

24º min

TÁBUAS DE MARÉS COTAÇÕES PREVISÃO DO TEMPO MARÉ BAIXA 11h21 ...0,9m 23h39 ...0,7m MARÉ ALTA 05h02 ...5,5m 17h38 ...5,6m DÓLAR cotado em R$ 3,154 EURO cotado em R$ 3,70 -0,39% -0,86%

Sol com algumas nuvens. Não chove.

Prefeitos vão a Brasília por mais recursos

POLÍTICA

Os 27 desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) estarão juntos amanhã, às 9h, para escolher os próximos integrantes da Mesa Diretora que irá comandar o Judiciário estadual no biênio 2018/2019. E o diferencial deste pleito deverá ser uma eleição bem apertada e não por aclamação como em pleitos anteriores.

POLÍTICA SEM ACLAMAÇÃO

Presidência do TJ,

desta vez, é no voto?

INÉDITO

DAVID BECKER/GETTY/AFP

SAMPAIO QUER CASA CHEIA

Independentemente do resultado do jogo de ontem à noite contra o Fortaleza, o Sampaio Corrêa poderá levar o maior público da temporada, no sábado (7), quando decidirá vaga de finalista da Série C no Estádio Castelão. ESPORTES

Maranhenses no Mais Você Maranhenses se apresentam em festival de teatro em São Paulo IMPAR Pragrama realiza encontro de cinco gerações de uma família IMPAR Representante do Maranhão, Rafael Suzuki, termina em 3º lugar e sobe ao pódio pela primeira vez na Stock Car

ESPORTES Em busca do 4º Título Nacional

Show de horrores

58 mortos e mais de 500 feridos no mais violento tiroteio da história dos Estados Unidos

Um ataque durante show ao ar livre em Las Vegas, nos Estados Unidos, deixou 58 mortos e 515 feridos. A tragédia já é considerada o maior ataque a tiros da história do país. A polícia identificou Stephen Paddock, de 64 anos, como autor dos disparos e afirmou que não há nenhum indicativo de que esteja conectado a algum grupo terrorista. PÁGINA TRÊS

Maranhão é o maior produtor de carvão do país

Produção da silvicultura e da extração vegetal alcança R$ 548,5 milhões no estado. Os da-dos são da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), divulgada pelo IBGE.

negócios

Moto Club marca eleição de diretorias ESPORTES Pesquisa aponta que 54% querem Lula preso HONORIO MOREIRA\OIMP\D.A PRESS Conta de luz será mais cara neste mêsNEGÓCIOS O Data Folha apontou ainda que

66% acreditam que Lula não vai ser preso. Instituto ouviu 2.772 pessoas em 27 e 28 de setembro. POLÍTICA DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO GLOBO.COM

3 de outubro de 2017

Exercício de democracia

Retrato

da

história

Há cinco anos, o Brasil se espantou com as multidões que tomaram as ruas de Norte a Sul do país. Começaram como manifestações difusas, sem que ficasse claro o objetivo que as mobilizava. A di-versidade marcava as reivindicações — de temas particulares a pautas nacionais e até internacionais. A ausência de líderes definidos provou ser aquele um movi-mento inédito, sem precedentes na his-tória verde-amarela.

As mídias sociais mostraram a for-ça. Eram capazes de convocar adultos e crianças para saírem de casa e protestar. A princípio, ficou visível o que não que-riam. Posteriormente, os desejos se afu-nilaram no Fora, Dilma. Este ano, nova demonstração de poder. A greve dos cami-nhoneiros, alimentada por informações que circulavam na palma da mão, para-lisou a nação e obrigou o país a amargar prejuízo que se refletiu no PIB.

Neste fim de semana, duas

manifes-tações coloriram as vias das principais cidades brasileiras. De um lado, os que se opõem à candidatura de Jair Bolso-naro à Presidência da República. Capi-taneados pelas mulheres que se sentem discriminadas pelo postulante do PSL ao Palácio do Planalto, milhares de cidadãs registraram o desagrado com ênfase, mas civilizadamente — sem agressões e sem quebra-quebras.

De outro lado, marchas e carreatas deram apoio ao capitão. Percorreram ruas, buzinaram, tremularam bandei-ras, exibiram cartazes. Tal como a dos opositores, a exteriorização dos bolso-naristas transcorreu na mais absoluta ordem e total respeito à lei. Trata-se de fato alvissareiro. Sobram razões para o aplauso.

A ida pacífica às ruas — numa eleição polarizada como a do próximo domingo — serve de prova do amadurecimento da população. Conviver com o diferente é

natural, faz parte da democracia. Teses opostas têm espaço para se exprimir, ar-gumentar e, se for o caso, uma ou outra se impor. A arma não pode ser outra senão o diálogo. A força bruta é instrumento da tradição autoritária, que só conhe-ce a unanimidade fruto de opressão, ja-mais de acordo costurado em mesa de negociações.

Ao ver o espetáculo do fim de semana, cria-se a expectativa de que os indecisos e os determinados a se abster mudem de ideia. Eles podem votar para eleger quem os representa, tenha ou não demonstrado bom resultado nas pesquisas. Ou para im-pedir que o candidato da oposição ganhe. Ou para robustecer a vitória do vencedor. É importante manifestar-se. A omissão representa autocassação. O eleitor tem o direito de marginalizar-se. Mas abdicar de decidir tem preço — como incapaz, ser governado por alguém que o outro escolheu. Sem reclamar.

É normal, nos meios de

comunicação, serem adotadas técnicas de orientação mediante as quais as pessoas possam pautar suas atividades perante cer-to tipo de problema que esteja a exigir uma conduta o possível correta. Fala-se assim, por exemplo, em “cartilha para o eleitor” ou em “manual de sobrevivência do per-dido na selva”. Com esse tipo de providên-cia pretende-se atingir um público seleto, levando-lhe de forma resumida e objetiva aquele tipo de informação que, não fosse assim, somente seria obtido com grande perda de tempo em pesquisa e estudo.

Deparei-me com essa ne-cessidade a partir da constatação, base-ada na realidade, de que a grande mídia é hoje dominada por agentes da esquer-da ou, quando não, por simpatizantes do marxismo cultural. Essa gente são expertos em divulgar com espavento apenas aqui-lo que lhes traga afinidade ideológica. Ou, mais aperfeiçoadamente ainda, quando demonstram grande expertise em escon-der do público dados que não são de seu interesse, ideologicamente falando. É onde se situa a chamada “desinformação”. Ao final desta crônica terei oportunidade de voltar ao assunto, referindo-me especial-mente aos vídeos sobre o “#Elenão”.

É muito justo, pois, que se tente orientar o eleitor sobre algumas “ra-zões para NÃO votar em Bolsonaro”. Nes-sa faina procurarei ser o possível sucinto

e objetivo. Assim:

1 – Kit gay. Ideologia de gênero. Se você quer ver seu filho na es-cola aprendendo a ser boiola — não vote no Bolsonaro.

2 – Se você acha que o BN-DES deve continuar a financiar obras de ditadores comunistas e corruptos, com o dinheiro que melhor seria orientado para construir obras no Brasil, em prol do de-senvolvimento nacional — não vote no Bolsonaro.

3 – Se você acha que o governo

deve continuar a apoiar o MST em suas tropelias de invadir propriedades produ-tivas, trazendo insegurança ao meio rural e concorrendo para aviltar o PIB nacional — não vote no Bolsonaro.

4 – Se você acha que o Brasil deve continuar a ser envenenado com aquela propaganda oficial em prol do aborto e do casamento gay, tudo afinado com a campanha orientada para destruir a família — não vote no B.

5 – Se você acha que o go-verno brasileiro deve voltar a apoiar o Ma-duro bolivariano, em nome da solidariedade do Foro de S. Paulo, concorrendo para que milhares de venezuelanos venham buscar comida e segurança aqui no Brasil — não vote no B.

6 – Se você acha que a onda crescente de medo, sangue e violência le-tal que inferniza o Brasil, produto final da aliança entre crime organizado, cartéis da droga e partidos comunistas (Farc), pode ser combatida com o discurso piedoso dos eternos fariseus — não vote no B.

7 – A série poderia conti-nuar ao infinito pois motivos não faltam para aqueles que, nostálgicos do PT, an-seiam para que o Brasil volte aos 13 anos

de lulismo. Assim, votar no B., nem pensar. P.S. – Volto aos vídeos sobre os badala-dos “#Elenão”, acerca da realidade de seus verdadeiros números, essa caixa secreta que a mídia insiste em esconder do público. É dito apenas que se trata de uma iniciativa promovida por mulheres do meio artísti-co que usam sua celebridade para provar, segundo apregoam, que “Ele”, Bolsonaro, seria fortemente rejeitado pelo eleitora-do feminino.

Os números na verdade seriam estridentemente bem diferentes, a acreditar-se no apanhado feito por Cláudio Humberto em sua coluna do dia 27.09 último. São números impressionantes. Para maior fidelidade ao texto, vai tudo entre aspas:

“Vídeos ‘ele não’ recebem enxurrada de ‘dislikes’. Vídeos de celebri-dades contra a candidatura de Jair Bolso-naro (PSL) divulgados no You Tube, têm recebido enxurrada de manifestações de desagrado (ou “dislikes”), que superam em muito o número de “likes” curtidas de apoio à mensagem. O vídeo da cantora Annita, por exemplo, até o fechamento da coluna, tinha a aprovação de 17 mil pessoas, con-tra 783 mil “descurtidas” do vídeo”.

“O vídeo onde Daniella Mercury também se posicionou pelo ‘#Ele-não’ teve 19 mil likes (favoráveis) contra 1 milhão de dislikes.”

“As atrizes Letícia Saba-tella (11 mil likes e 790 mil dislikes) e Letí-cia Collin (dez mil contra 650 mil dislikes) também aderiram ao “#Elenão”.”

É chocante a brutal

dife-rença entre as duas concorrentes de opi-nião. As mulheres, que dizem ser contra o candidato, acabarão dando um baita susto surpresa aos propagandistas da desinfor-mação.

Renato Dionísio de Oliveira nasceu no Município de Pindaré-Mirim (MA). Fixou residência em São Luís, em 1965. Bacharel em História pela Universida-de FeUniversida-deral do Maranhão. Em 1982, se incorporou à Escola Universida-de Samba Favela do Samba, tornando-se seu principal incentivador, colaborador e produtor. É incentivador do Bloco Tradicional Os Vampiros, uma das expressões do car-naval do Maranhão. Idealizou, criou e produz uma das maiores expressões da cultura maranhense: o Bumba Meu Boi Pirilampo, um dos mais consa-grados do nosso folclore.

RAZÕES PARA NÃO VOTAR EM BOLSONARO

A energia do urânio

induz ao crescimento

sustentável

A tecnologia nuclear já não é mais alvo fácil dos que se opõem à sua utilização como fonte geradora de ener-gia elétrica. Também, pudera. Com o passar do tempo, a ampliação do conhecimento e o uso cada vez mais disseminado de suas imensas aplicações pacíficas — a geração de energia elétrica e a utilização na medicina são apenas duas delas — a energia nuclear foi vencen-do resistências a ponto de ser considerada hoje tecno-logia insubstituível em dezenas de países, a maioria deles desenvolvidos.

A utilização segura do urânio como insumo básico da produção do combustível nuclear passou a ser am-bição comum a dezenas de países, atraídos pelo que esse mineral representa de indução ao crescimento e à modernização técnico-científica. O Brasil possui a sexta maior reserva de urânio do mundo. Isso significa que, no futuro, o Brasil terá condições de exportar a produ-ção excedente, depois de atendida a demanda interna. O cenário é positivo para a produção e comercia-lização do urânio, pelo fato de que os ecologistas tor-naram-se mais amenos na crítica à indústria nuclear. Eles concordam que o segmento poderia ser alternativa para o meio ambiente, comparando com a queima de combustíveis fósseis, altamente poluentes. Por exem-plo, uma tonelada de urânio gera a mesma quantidade de energia que 116 mil toneladas de carvão, sendo que a geração de energia de origem nuclear não gera emis-sões de gases, causadores do efeito estufa no planeta.

O urânio também é, em termos operacionais, muito mais barato, correspondendo a 5% do custo da opera-ção de um reator, enquanto que, comparado ao gás, este impacta em 75% os custos operacionais de uma usina a gás. Segundo estudos do Uranium Institute de Lon-dres, os reatores alimentados por 63 mil toneladas de urânio estão evitando o lançamento de 2,3 bilhões de toneladas/ano de gás carbônico (CO2), uma quantidade equivalente a 2/3 da emissão desse poluente no mundo.

A discussão que se trava hoje sobre a maior partici-pação da fonte nuclear na matriz energética brasileira traz em seu bojo diversos fatores que precisam ser pon-derados, entre esstes o fato de que a energia nuclear é mundialmente reconhecida pelas comunidades cien-tíficas como uma opção energética eficaz e importante na diversificação de suas matrizes. Mesmo discreta, a contribuição da fonte nuclear à matriz energética bra-sileira é muito importante, especialmente para a re-gião Sudeste.

Em todo o mundo, a crise energética está impon-do aos países a revisão de suas posições com relação à energia nuclear, considerando-a uma das alternativas disponíveis de geração segura de energia elétrica. Trata-se de um novo momento para o Trata-setor nuclear: a busca de soluções para a utilização do urânio de forma cada vez mais confiável, econômica e segura.

Como todos os minerais, urânio é um recurso finito, mas especialistas no assunto afirmam que com a reto-mada da pesquisa geológica — não podemos esquecer que só 30% do território brasileiro foram pesquisados —, com desenvolvimento de novas técnicas de mine-ração e da otimização da capacidade geradora de ener-gia nas usinas nucleares, o mundo deverá depender por várias décadas do uso desse combustível natural. E mais: de acordo com a necessidade da geração futu-ra da energia nuclear, pela primeifutu-ra vez, o urânio trilha concretamente o próprio caminho comercial, criando o seu verdadeiro mercado.

NUNA NETO

PEDRO

LEONEL

ADVOGADO E-MAIL: PLPCADV@GMAIL.COM

REINALDO GONZAGA

PRESIDENTE INDÚSTRIAS NUCLEARES BRASILEIRAS (INB)

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São Luís, quarta-feira, 3 de outubro de 2018

5

CARLOS NINA

ADVOGADO

Eleições 2018: o pleito que virou campo de guerra

As eleições se aproximam e, em 2018, ganham contornos diferentes dos últimos pleitos. Desta vez, o processo está muito mais polarizado. Parece que o Brasil se di-vide entre esquerda e direita, coxinhas e mortadelas. Essa polarização tem levado a um "ufanismo eleitoral" assustador. Quase não se debate mais política; ao contrário, o que acontece são verdadeiros bate-bocas, discussões acaloradas, xingamentos mú-tuos. Aparentemente, a situação está mais desrespeitosa do que as brigas de torcidas esportivas.

Se antes política era um assunto saudá-vel de ser debatido, hoje pode até virar caso de polícia. Não se aceita mais o contradi-tório, a opinião divergente. Parece que, se

eu não penso igual a você, nunca nos en-tenderemos e seremos eternamente rivais. Como se não fôssemos capazes de enten-der o ponto de vista do outro ou mesmo mudar de ideia.

Até compreendo, apesar de não concor-dar com toda essa raiva. Afinal, a situação política do País é das piores possíveis. Desse desacerto nos três Poderes, decorrem cri-ses na educação, segurança pública, saúde, economia, enfim, todos os âmbitos da nossa vida. Estamos mergulhados em uma grave crise, acima de tudo moral e institucional. Isso tudo causa uma revolta na população, que se desespera na busca por possíveis so-luções – que têm que vir, em parte, de fato, dos políticos que dirigem o País.

Nesse tempo, os mais exacerbados se agarram a nomes como tábuas de salva-ção e transformam pessoas – candidatos a cargos eletivos – em quase divindades e atribuem a elas o poder de tirar o Brasil do buraco. Acontece que qualquer outro po-sicionamento que não aquele que a pessoa

estabeleceu como o caminho a ser seguido é tido como errado, qualquer outro can-didato é logo taxado como incompetente. Que engano.

Primeiro: por mais bem intencionado que qualquer postulante nesta eleição es-teja, não será ele sozinho que irá reverter a situação atual. Ele pode ter a iniciativa, mas precisará da colaboração de diversas instâncias para realizar as melhorias ne-cessárias. Não é uma tarefa fácil, de fato.

Mas não devemos depositar em uma pes-soa a esperança da salvação do país. Isso, inclusive, causa uma "cegueira" que pode ser muito arriscada. Não ver outras possibi-lidades é um grande erro. Segundo: não há porque brigar tanto, disseminar tanto ódio contra o que pensa desigual. Defender uma convicção política não significa execrar ou achincalhar quem não concorda. É possível discordar, respeitando a outra parte.

Política não é religião. Político não é Deus. Até porque, em uma democracia, ao menos em tese, o poder emana do povo.

Os 90 anos

do Opus Dei

IVES GANDRA MARTINS FILHO

PMINISTRO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST)

Há 90 anos, um sacerdote espanhol de 26 anos, fa-zendo seu retiro em Madri, recebia uma iluminação de Deus, que respondia a uma inquietação que lhe vinha no coração desde os 16 anos, quando vira umas pegadas de pés descalços na neve, de um carmelita, e que o movera a entrar no seminário, tocado pelo que via pessoas serem capazes de fazer de sacrifício por amor de Deus. Em 2 de outubro de 1928, S. Josemaria Escrivá dizia que “viu” o Opus Dei: homens e mulheres buscando a perfeição cristã no meio do mundo, pela santificação do trabalho e da fa-mília, numa época em que o ideal de santidade era visto como exclusivo de padres, monges e freiras.

Naquele dia, quando ordenava os papéis de suas ano-tações de retiro, e ouvia os sinos da Igreja de Nossa Se-nhora dos Anjos tocando perto dali, percebeu que o que Deus lhe pedia era dedicar-se a difundir uma mensagem — da santificação do trabalho — e de fundar uma insti-tuição — a que chamou depois “Opus Dei”, Obra de Deus —, que organizasse os mais diversos meios de formação, no que chamava “Uma Grande Catequese”, para vencer a ignorância reinante sobre a própria mensagem cristã: recolhimentos, retiros, palestras, aulas, conversas... orga-nizadas em centros de formação, colégios, universidades, hospitais, escolas agrícolas... para universitários, operá-rios, camponeses... de todas as profissões, cores, credos e línguas... Em suma, sem distinções sociais, políticas, econômicas, de gênero ou de raça, pois como dizia, “só há uma língua e raça no mundo, a dos filhos de Deus”.

A mensagem central do Opus Dei foi acolhida pela Igreja Católica no Concílio Vaticano II a ponto do papa Paulo VI dizer que Mons. Escrivá foi precursor do concí-lio naquilo que este teve de mais revolucionário: o reco-nhecimento da “chamada universal à santidade”, confor-me consta da Constituição Dogmática “Luconfor-men Gentium”. Ou seja, todos os batizados estão chamados a buscarem esse ideal de excelência ética combinado com a excelên-cia técnica: bons cristãos, bons profissionais, bons pais e mães de família.

Essa mensagem se faz mais premente em tempos nos quais os valores morais, cristãos e familiares são coloca-dos em xeque. Não é por menos que o fundador do Opus Dei começava seu livro “Caminho” com um ponto de re-flexão que marca o ideal de todo cristão, a imitação de Cristo: “Que a tua vida não seja uma vida estéril. —Sê útil. — Deixa rasto. — Ilumina com o resplendor da tua fé e do teu amor. Apaga, com a tua vida de apóstolo, o rasto viscoso e sujo que deixaram os semeadores impuros do ódio. — E incendeia todos os caminhos da terra com o fogo de Cristo que levas no coração”.

Como dizia Arnold Toynbee, no seu Um Estudo da História, quando a realidade macro nos parece esmagar, pelas suas perspectivas assustadoras de uma civilização em degradação, o olhar para o micro, de que o mal está em nós mesmos, pelas nossas faltas e pecados, torna a solução mais acessível. Assim, podemos lutar contra os nossos defeitos e ajudar os que fazem parte do meio am-biente laboral, familiar e social a que pertencemos a se-rem melhores, graças ao nosso otimismo, trabalho e ora-ção, apoiados na Misericórdia Divina.

Dos 90 anos do Opus Dei, participei dos últimos 42, dedicando-me inteiramente a tornar realidade esse ideal de santificação própria e alheia, especialmente no tra-balho profissional. No que a mensagem de S. Josemaria Escrivá sempre me ajudou foi em ensinar o know-how dessa santificação do trabalho: ter, todos os dias, uns mo-mentos de meditação, para conversar com Deus sobre os problemas da vida, ajudando a enfrentá-los com a visão que Deus tem deles; frequentar mais assiduamente os sa-cramentos da eucaristia e penitência; procurar aproximar meus amigos de Deus; encarar o trabalho como aquilo que posso oferecer a Deus e aos demais de melhor, pela competência no que faço.

Ao evocar esses anos de Opus Dei, não posso deixar de registrar que conheci a Obra por intermédio de meus pais, Ives e Ruth — que, para mim, são exemplo de vivên-cia do ideal de santificação da vida profissional e matri-monial —, quando a Obra começava no Brasil nos anos 1960. E — coincidências da vida — hoje lembro de dois diletos amigos da cúpula do Judiciário, que guardam re-lação com essa data comemorativa: o ministro Dias To-ffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), cujos pai e tio se empenharam em conseguir o imóvel para o primeiro centro da Obra no Brasil, na cidade de Marília; e a ministra Rosa Weber, presidente do TSE, que nasceu justamente num 2 de outubro, aniversariando junto com a Obra, como sempre lhe recordo, ao cumprimenta-la neste dia. Parabéns!

Assim, ao celebrar os 90 anos da Obra, justamente no “Ano do Laicato”, juntamente com milhões de cristãos e não cristãos no mundo inteiro, já que também no ecu-menismo S. Josemaria foi precursor na Igreja, como lem-brava a S. João XXIII, concluo essas reflexões com o ponto 815 de “Caminho”, que atualmente mais me tem estimu-lado na luta interior por ser melhor cristão e profissional: “Queres de verdade ser santo? — Cumpre o pequeno dever de cada momento; faz o que deves e está no que fazes”.

CESAR MORENO

SÓCIO DO ESCRITÓRIO BRAGA & MORENO

LEONARDO MEIRELES

LEONARDOMEIRELES.DF@DABR.COM.BR

A preservação do patrimônio familiar

Sem medo, sem desilusão

O planejamento sucessório é uma ferra-menta indispensável para a preservação do patrimônio familiar, mas esse é um tema que em sempre é tratado com prioridade pelas pessoas, seja porque não querem pensar na sua sucessão ou mesmo porque não querem antecipar a transferência de seu patrimô-nio naquele momento. De fato, não é fácil tratar da sucessão, mas, quando falamos em preservação de patrimônio, o planeja-mento sucessório é a ferramenta necessária. No caso de empresários, para o negócio se manter após a saída de seu fundador, a criação de regras e um planejamento orga-nizado são de suma importância para que, no ingresso dos sucessores, as regras criadas pelo fundador da empresa sejam seguidas

pelos novos sócios.

A criação de regras vai depender das par-ticularidades de cada família, dessa forma, o planejamento sucessório deve ser monta-do para seguir as vontades de seu mentor. Empresários que pretendem deixar um negócio já em andamento aos seus filhos podem iniciar o processo de ingresso desses herdeiros no negócio da família em vida, enquanto ainda esteja em plena atividade.

Para isso, pode se valer da doação com reserva de usufruto, por exemplo. Essa é uma forma de iniciar os seus sucessores no negócio, permanecendo o fundador com o direito de tomar as decisões na empresa, mediante a reserva do usufruto de voto, e também com o direito de receber os divi-dendos provenientes das quotas/ações do-adas aos seus sucessores, mediante a reser-va do usufruto econômico.

Essas ferramentas permitem que os su-cessores ingressem no negócio, mas ainda não tomem decisões ou recebam os divi-dendos provenientes daquela empresa, mas

comessem a ter definidas suas responsabi-lidades. Assim, quando do falecimento do fundador, tudo estará organizado, evitan-do assim desavenças entre os sucessores e por consequência a dilapidação do negócio familiar. Além das questões relacionadas à manutenção do patrimônio e ao convívio entre os herdeiros, o planejamento suces-sório pode, ainda, culminar em diversos outros benefícios, como minimizar ou até mesmo eliminar a carga tributária inciden-te sobre a transferência do patrimônio aos herdeiros no momento da sucessão.

São muitas as ferramentas que podem ser utilizadas para a implementação do planejamento sucessório, como doações, com ou sem reserva de usufruto, conforme exemplo acima, a constituição de holdings, a celebração de Acordo de Sócios, a realiza-ção de testamento, dentre outras formas, a depender do caso.

Não importa o tamanho do patrimô-nio, o importante é protegê-lo e garantir sua manutenção pelas próximas gerações.

Entramos na última semana antes das eleições com uma responsabilidade enorme como cidadãos. Porque temos a responsa-bilidade de pensar o Brasil não com a de-silusão ou o medo, dois sentimentos que têm norteado a campanha até agora. Ainda há alguns dias para pensar o país com es-perança e coragem. Infelizmente, os dois candidatos que lideram as pesquisas para a Presidência da República não deixam que o brasileiro “limpe” o pensamento e enxergue o futuro com olhos otimistas. Nem eles nem seus seguidores que, infe-lizmente, agem como torcedores de times de futebol e com uma paixão que só cega a razão com que precisamos guiar nossos

votos. Por que não pensar?

Pensar que a manutenção de alianças podres para conquistar o poder resultaram em um governo sem corrupção. Que as de-núncias investigadas pela Operação Lava-Jato apontam para um esquema que não tem data para terminar. Assim, os envolvi-dos nessa roubalheira que tomou conta do país nos últimos anos não podem voltar a governar. Não é possível considerar a pos-sibilidade de quem saqueou a Petrobras re-tornar ao Palácio do Planalto, mesmo que seja indiretamente. Um projeto de poder, feito para servir aos poderosos, não pode ser maior que um projeto realmente volta-do para a população.

Pensar que não dá para arrumar o país com um discurso belicoso, sem se aprofun-dar em projetos e deixar para outros aprofun-darem soluções — que também não são esclareci-das. Que se muda de pensamento de uma hora para outra, depois de várias

declara-ções contraditórias, como aquela que jus-tifica o salário menor para mulheres. Ou homenagear torturadores. Ou mentir di-zendo que não havia corrupção durante a Ditadura Militar, quando a verdade é de que não havia liberdade para investigar. E que tal se dizer cristão e prometer a liberação de armas para a população, contrariando sugestões do Vaticano e da Conferência Na-cional dos Bispos do Brasil?

Não é isso de que o país precisa. O Bra-sil necessita de projetos claros e detalhados para as crianças. Programas sérios para saú-de, educação e segurança. Equilíbrio entre inflação, juros e desempregos baixos e in-vestimentos e industrialização altos. Não é receita de bolo: é trabalho, esforço e criativi-dade. Nada vai sair como mágica nem com extremismos, mas com diálogo. A desilusão e o medo podem ser grandes agora, porém, têm tudo para piorar se os discursos que os carregam se transformarem em realidade.

Entre o caos e a esperança

A campanha eleitoral deste ano, salvo engano de percepção pessoal, parece ter posto no ar uma sensação coletiva com misto de esperança, temor e increduli-dade diante das propostas apresentadas pelos candidatos.

No seio das pessoas envolvidas nas campanhas prevalecem ignorância, into-lerância, radicalismo, raiva – senão ódio – e violência.

Opiniões divergentes já não toleradas, nem respeitadas. São atacadas com viru-lência, ofensas e insultos. Não há argu-mentação razoável, sequer responsável, senão mentiras, distorções de fatos. Um verdadeiro vale-tudo. Entre candidatos. Entre eleitores. Há os que se divertem e fazem piadas.

As redes sociais tornaram-se meios de comunicação saturados, estressantes. Abrir seus aplicativos e páginas pesso-ais desafia o autocontrole, para não se perder entre o que se pretendia fazer e as mensagens acumuladas e as que se

anunciam a cada momento.

O que acontecerá após as eleições é uma incógnita. Uma certeza é inexorável. Dependerá dos eleitores, salvo se tive-rem procedência as denúncias de frau-de e corrupção no processo eleitoral. Da manipulação da mídia, das pesquisas e das urnas eletrônicas às manobras no Poder Judiciário.

Onde está a verdade?

Não importa mais. Está perdida nes-se emaranhado de mentiras que ganhou até versão sofisticada - "fake news"-, sem perder a eficiência danosa que causa na opinião individual e coletiva.

No confronto das acusações, os ra-dicais apontam defeitos nos candidatos adversários, mantendo-se cegos quan-to aos vícios que maculam a história de seus escolhidos. Mesmo as denúncias e provas de corrupção, confirmadas até com a devolução de parte do roubo, são ignoradas.

Enfim, não disporão os eleitores de informações isentas, quer por causa do comprometimento da mídia, quer pe-las distorções impostas pela batalha de mensagens.

O que mais assusta, para quem sabe o que isso significa, é a continuidade da destruição dos valores da educação

in-fanto-juvenil, da família, do trabalho, da livre iniciativa, da liberdade de pensa-mento e religiosa. Assusta mais porque os arautos dessas medidas estão fazen-do esses discursos como parte de cam-panha, sem desmentidos de seus can-didatos. Estão, portanto, autorizados a anunciar esses desastres.

É isso que parece estar em jogo nas próximas eleições. Não vejo, como al-guns, um confronto de ideologias. Estas nada mais são do que rótulos para en-ganar falsos intelectuais e encobrir inte-resses escusos, pessoais ou de grupos. A disputa será entre a esperança e o caos anunciado.

Se tivéssemos uma disputa apenas para escolher novos dirigentes hontamente comprometidos com o bem es-tar da população e o desenvolvimento do País, não importaria o escolhido, pois seus objetivos seriam o mesmo e isso, naturalmente, os levaria a unir-se para esse fim, passadas as eleições.

Essa não é a realidade. Interesses par-tidários e pessoais espúrios continua-rão a prevalecer. A paz, portanto, não dependerá apenas dos eleitos, mas, aci-ma de tudo, dos eleitores. Pelas escolhas que fizerem e pelo que farão após essas escolhas.

JANGUIÊ DINIZ

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