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ÉTICA NO CUIDAR EM ENFERMAGEM: UMA PROPOSTA A SER CONSTRUÍDA NA GRADUAÇÃO

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Academic year: 2021

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ÉTICA NO CUIDAR EM ENFERMAGEM: UMA PROPOSTA A SER CONSTRUÍDA NA GRADUAÇÃO

Chirlaine Cristine Gonçalves1 Celênia Souto Macêdo2 Isabella Maria Filgueira Guedes Piancó3 Isabella Barros Almeida4 Francisco Assis Dantas Neto5

O cuidado vem se tornando, mais particularmente nas últimas décadas, um tema de destaque na Enfermagem e fora dela, o que evidencia a valorização desta prática no processo individual e coletivo da vida humana. O cuidar é visto como o conjunto de atividades e decisões direcionadas ao indivíduo, à família, ao grupo ou comunidade, tanto em situação de saúde quanto de doença, e se constitui em uma necessidade e recurso do ser humano. A autora enfatiza a dimensão integral do cuidar, através da manutenção e promoção da condição humana de viver, considerando a Enfermagem como a ciência e a arte de cultivar a vida através do cuidado, na busca de transformá-la. Visto que as primeiras relações referentes ao cuidado sejam vividas ainda enquanto acadêmico, buscou-se identificar o significado deste para os alunos concluintes da graduação do curso de Enfermagem, bem como detectar de que maneira e com qual importância o referido tema tem sido abordado. Para isso, foi aplicado um questionário semi-estruturado com questões abertas e fechadas, a 30 alunos do 5º ano/1 do curso de Enfermagem da Universidade Estadual da Paraíba. As respostas foram analisadas, tendo seus resultados quantitativos expostos em tabelas e gráficos e os qualitativos em discursos. Os resultados demonstraram que os pesquisados compreendem o cuidado como a essência da Enfermagem, uma assistência holística e humanizada. Entretanto, o cuidado não tem sido abordado de forma adequada e suficiente no curso de Enfermagem. O cuidado enquanto ideal moral da Enfermagem, não pode deixar de ser abordado nas instituições formadoras de profissionais de Enfermagem, torna-se necessário que

1

Enfermeira, doutoranda em ciência e tecnologia, mestre em saúde coletiva. Professora da FCM, coordenadora do CEP/CESED.

2

Pedagoga, mestre em ciências sociais, 3

Estudante de enfermagem do quarto período da FCM. Email: isabellaguedespianco@hotmail.com 4

Estudante do quarto período do curso de enfermagem da FCM. Email:bella_barros@hotmail.com 5

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haja uma preocupação maior com o tema já citado, e que este seja abordado de maneira suficiente na graduação do curso já citado.

Palavras Chaves: Enfermagem, Cuidado, Graduação em Enfermagem

INTRODUÇÃO

As discussões sobre a essência da Enfermagem vêm tomando vulto nos últimos anos, e vários estudos e eventos têm sido realizados, focalizando as especificidades do cuidado nesta área.

Observa-se que o curso em questão começa a sentir a necessidade de mudança no que concerne à ação de cuidar em sua prática, procurando resgatar o sentido humano, unindo a técnica ao aspecto subjetivo, singular do cliente, como também estimulando-o em sua contribuição no cuidado.

A Enfermagem passa atualmente por uma fase revolucionária, buscando discutir e questionar o seu conhecimento1. As influências político-sociais e econômicas, a própria história de Enfermagem e das práticas de cuidar e a sua inter-relação com a categoria gênero são atualmente o foco de discussões.

Durante o encontro enfermeiro-cliente, este deve ser visto como um todo para que o profissional possa atender satisfatoriamente a suas necessidades físicas, emocionais e sociais e seja estabelecido o compromisso com o bem-estar do cliente, o que é diferente do compromisso apenas com a cura.

Cuidar é uma forma de criar; é uma possibilidade de intervir e transformar as situações. Para transformar, na situação de cuidado, faz-se necessário a presença do ser enfermeiro(a) – aluno(a).“Estar com” o cliente é presentificar-se, modelando os movimentos que vão configurar a corporificação do cuidado – os movimentos que farão o cuidado se tornar existência2.

O cuidado é tido como ideal moral da Enfermagem, cuja finalidade é proteção, crescimento e preservação da dignidade humana3. O cuidado envolve valores, vontade e comprometimento em cuidar, conhecimento, ações e conseqüências do cuidado. Todo cuidado humano está relacionado a respostas humanas intersubjetivas às condições da saúde-doença: conhecimento da interação pessoal-ambiental de saúde-doença, conhecimento do processo de cuidar da enfermeira, autoconhecimento e conhecimento de suas potencialidades e limitações.

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Nessa perspectiva, o cuidar como essência da profissão de Enfermagem passou, nas últimas décadas, a ser valorizado e pesquisado. O enfermeiro tem procurado se voltar mais para o ser humano no seu contexto biopsicossocial, cultural e espiritual, na busca de considerá-lo como um indivíduo que se encontra em crescimento, num constante processo de vir a ser.

Observa-se, atualmente, que uma pequena parcela dos educadores na área de Enfermagem tem se preocupado com o aprimoramento dos métodos didáticos para a obtenção de um melhor desempenho do aluno. Para o alcance dessa meta, os estudantes requerem auxílio especial em seus processos de formação, especificamente por apresentarem deficiências acadêmicas oriundas de formação secundária, ou do próprio indivíduo4.

A forma como a prática é desenvolvida, ainda com ênfase na doença e na cura, e as ações desempenhadas pela Enfermagem, ocupando a maior parte de seu tempo com procedimentos terapêuticos e com instrumentos de alta tecnologia, afastam cada vez mais o ser que cuida do ser que é cuidado5. Esta tem sido uma das constantes preocupações por parte de enfermeiras do Primeiro Mundo, que buscam resgatar o cuidar/cuidado na sua dimensão integral, através de aspectos tais como o toque, propiciando uma relação mais próxima e afetiva.

Percebe-se também que o enfermeiro, na sua condição de ser que cuida, precisa interagir mais com o ser que é cuidado, buscando propiciar uma atenção mais humanizada a partir das reais necessidades do cliente. Muitas vezes, envolvido pelas inúmeras atividades de seu cotidiano, esse profissional se distancia do cliente, até mesmo sem perceber.

Durante o curso de graduação em Enfermagem, é ministrada ao acadêmico uma série de informações teóricas sobre o encontro enfermeiro-cliente para o cuidado, as quais devem ser adicionadas à sua formação profissional, porém não lhe é transmitido o grau desse envolvimento. A grande maioria dos alunos têm dificuldade de chegar até o cliente. Daí a sensação de que o artista se amedronta diante da possibilidade de um contato com os elementos transformadores de sua imagem idealizada2.

Essas observações refletem as idéias em evidência na atualidade, no que diz respeito à necessidade de se conhecer o ser humano na sua totalidade, com sua subjetividade, incluindo a dimensão ética em seu comportamento pessoal, profissional e social. Tem-se observado que os profissionais, de uma forma geral, principalmente os da área de saúde, e em especial os enfermeiros, vêm procurando, voltar-se para o estudo do ser humano, enquanto ser em um mundo

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de relações; a Universidade entra nesse contexto, como algo de fundamental importância, pois cabe a ela capacitar o futuro profissional da saúde.

O questionamento sobre o significado do cuidado para alunos da graduação de Enfermagem é algo que vem sendo estudado na atualidade. Alguns clientes tendem a desenvolver um alto nível de carência afetiva e emocional, decorrente de seu afastamento familiar, de seu contato com as pessoas estranhas e até mesmo pelo seu estado patológico6. Essa carência pode ser suplantada através de seu relacionamento com o enfermeiro. Este, porém, por se encontrar muitas vezes envolvido por tarefas administrativas, limita suas ações assistenciais. O acadêmico, por ter suas ações predominantemente direcionadas ao ato de cuidar, possui maior oportunidade para esse relacionamento.

Torna-se necessário que a Universidade, enquanto instituição de ensino e formação profissional, possa incutir no acadêmico, durante todo o curso, a importância do cuidar dentro da Enfermagem, visto que é nela que o futuro profissional tem o seu primeiro contato com o cliente e é nesse momento que realiza suas primeiras ações relacionadas ao cuidar, para que o aluno consiga manter com seus clientes uma relação verdadeiramente de ajuda na satisfação das necessidades, destes últimos de forma harmoniosa e benéfica para ambos.

Ao buscar compreender o significado do cuidado para os alunos concluintes de Enfermagem e qual a importância que a graduação de Enfermagem tem dado ao cuidado, esta pesquisa foi norteada a partir dos seguintes questionamentos: Qual a concepção do cuidado para

os alunos concluintes de Enfermagem? De que maneira e com qual importância o cuidar tem sido abordado no ensino de graduação do curso em questão? O estudo foi fundamentado em

nossas observações e em estudos e experiências já publicadas.

Esse trabalho teve como objetivos identificar o significado do cuidado para os alunos da graduação do curso de enfermagem e detectar de que maneira e com qual importância a universidade tem abordado o cuidar na enfermagem.

CAMINHO METODOLÓGICO

A pesquisa foi descritiva, com método de abordagem quantiqualitativo.

A investigação teve como cenário a Universidade Estadual da Paraíba, que foi escolhida como espaço da pesquisa por ser o único local no município de Campina Grande a capacitar, em nível superior, profissionais no curso de Enfermagem.

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O estudo foi direcionado ao 5º Ano/1 do curso de Enfermagem. A escolha dessa população deu-se em virtude dos alunos serem concluintes e, portanto, terem cursado quase a totalidade dos componentes curriculares do projeto pedagógico implantado na UEPB em 1998.

Assim, a população do estudo foi constituída por 31 alunos, porém a amostra estudada foi composta por 30, o que corresponde a 96,7% da população, visto que um dos concluintes é a pesquisadora e, para se evitar tendenciosidade, a mesma não respondeu ao questionário.

É oportuno salientar que o projeto da pesquisa foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da UEPB, para apreciação e autorização do seu desenvolvimento na referida instituição. Com o parecer favorável do Comitê, a pesquisadora dirigiu-se à turma concluinte, a fim de explicitar sua proposta de estudo, destacando a metodologia a ser utilizada na pesquisa.

Vale ressaltar que o posicionamento ético da pesquisadora, com relação ao desenvolvimento da pesquisa, foi norteado a partir das diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos, estabelecidas na resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, em vigor no país7.

Os resultados foram analisados quantiqualitativamente, apresentando os dados quantitativos em gráficos e tabelas, e os dados qualitativos em discursos.

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Caracterização da Amostra Estudada

A população estudada foi predominantemente constituída de mulheres, concentrando-se 81,4% na faixa etária de 21 a 25 anos, sendo, destas, 77,7% solteiras. A prática profissional de Enfermagem é constituída quase exclusivamente por mulheres, o que foi confirmado na pesquisa8.

Nota-se, atualmente, que os novos profissionais da Enfermagem formados pela Universidade Estadual da Paraíba, em sua maioria, são jovens, o que pode vir a ser um elemento que dificulte a prestação do cuidado, visto que este necessita, também, de experiências prévias pessoais do futuro enfermeiro que possibilitem uma compreensão dos fenômenos relativos à vida e, mais particularmente, aos processos de doença e morte.

Mapeamento do Cuidado na Graduação

Ao questionarmos qual a importância que a graduação do referido curso, têm dado à preparação do aluno para o cuidado, observou-se que 66,6% dos pesquisados acham que a graduação tem dado pouca ênfase a este.

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“Se nos referimos ao cuidado do ser humano em todos os seus aspectos biopsicossocial, além do espiritual, o curso dá apenas uma maior ênfase ao cuidado físico”.

(Aluno 5)

Os alunos que apresentam, em seus discursos, uma visão mecanicista do cuidado (20% da amostra), referem que a graduação tem dado total importância ao mesmo. Para 13,4%da amostra, a graduação não tem dado nenhuma importância ao cuidado,

O berço do cuidado em Enfermagem encontra-se na graduação, visto que é nesse momento que o futuro profissional mantém seu primeiro contato com o cliente. Essa interação é um espaço no qual o aluno começa a estabelecer aproximações com a Enfermagem e com o cuidar, ao vivenciar experiências de cuidado com os clientes durante os estágios, tendo como modelo a professora, que, de acordo com o seu envolvimento e comportamentos de cuidado no cotidiano do ensino, vai influenciar a visão da Enfermagem e de cuidado para os alunos, contribuindo para que eles construam as suas próprias visões do cuidar/cuidado9.

Observa-se que a preocupação do curso de graduação relacionado ao cuidado ainda é limitada a formar o profissional técnico, o que gera uma deficiência no desempenho profissional, pois deveria haver uma preocupação maior com a preparação no que está relacionado ao cuidar/cuidado.

“A graduação importa-se com o preparo do aluno para o cuidado de uma forma muito precária; os conteúdos são transmitidos visando apenas técnicas perfeitas e o cuidado, que vai além disso, passa a uma posição secundária”.

(Aluno 20)

Ao serem questionados em quais componentes da graduação o cuidado foi abordado, 70% da amostra indicaram Enfermagem em Saúde Mental e Humanização da Assistência (ministradas pela mesma docente), sendo a última eletiva, e que, portanto, nem todos os alunos cursam, o que geraria, a partir da ênfase a ela dada pelos participantes da pesquisa, um déficit maior na abordagem do cuidado.

Ainda relacionado aos componentes em que o cuidado foi abordado, 30% dos alunos acrescentaram, além dos componentes já citados, Exercício da Enfermagem, Enfermagem em Clínica Cirúrgica e Enfermagem em Saúde da Mulher.

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Desde a década de 1950, Madeleine Leininger considera o cuidado como a essência da Enfermagem e como o seu foco distinto, dominante, central e unificador10. Logo, é indispensável que o cuidado seja abordado em todos os componentes da graduação, pois, no momento em que o especificamos como um componente essencial da Enfermagem, fica definido o compromisso com o bem-estar, que é diferente do compromisso com a cura, comum a outras profissões. Além disso, o domínio de conhecimento da Enfermagem é o de experiência humana de saúde, a qual tem início na graduação, ainda enquanto acadêmico do curso, e a natureza de interação que esta assume com a sociedade é o cuidado.

Ao serem questionados se existia algum componente curricular que tivesse como princípio o cuidado, 90% responderam que sim. Porém, 10% da amostra referem não ter cursado nenhuma disciplina que tenha o cuidado dentro da Enfermagem como princípio.

Dos alunos que relatam existir um componente curricular onde o cuidado é tido como princípio norteador, 92,6% indicaram Humanização da Assistência como este componente e 7,4% Humanização da Assistência e Enfermagem em Saúde Mental.

No que se refere à opinião dos alunos em relação aos componentes nos quais o cuidado deveria ser abordado, 66,6% da amostra acham que o cuidado deveria ser abordado em todos aqueles nos quais o aluno tivesse contato direto com cliente, ou seja, em componentes como Enfermagem em Clínica-Cirúrgica, Enfermagem em Clínica-Médica, Enfermagem em Saúde da Mulher, Enfermagem em Saúde da Criança e do Adolescente, UTI, Emergência, enquanto 33,4% acham que o cuidado deveria ser abordado em todas as disciplinas da graduação.

“Excluindo disciplinas como histologia, citologia, genética e bioquímica, as quais detêm mais aspectos laboratoriais, acho que todas as outras que têm contato direto com o cliente deveriam”

(Aluno 24)

O cuidar é o modo de ser essencial à pessoa humana e que precisa estar presente em tudo, representando não só um instante de atenção, mas “...uma ‘atitude’ de ocupação, preocupação,

de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro”11. Logo, observa-se que o cuidar está presente em tudo que o ser humano faz, envolvendo não só o preocupar-se com a própria existência como também o interagir com o outro, cuidando e sendo cuidado.

“Seria bom que o cuidado fosse abordado em todos componentes da graduação, em todo tempo, mas deveria haver um componente específico

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no currículo, que tivesse como princípio único o cuidado em Enfermagem”.

(Aluno 21)

A partir da análise dos discursos, foi possível verificar a necessidade de haver uma disciplina cujo princípio fosse o cuidado, a fim de que fosse transmitido ao acadêmico de Enfermagem o verdadeiro significado do cuidar/cuidado, aquele que não significa apenas suprir as necessidades básicas do cliente. Cada pessoa é um mundo único e complexo, e lidar com suas diferenças é um desafio a ser vencido. Faz-se premente uma assistência de Enfermagem com qualidade, visando à humanização e à individualidade do cuidado. Esta assistência deve ter o seu berço na Universidade, visto que é na instituição de ensino que o futuro profissional começa a desenvolver suas primeiras noções sobre o cuidado.

Na seqüência do questionário, foi levantado, junto aos estudantes, como o cuidado, com relação à análise e vivência, tem sido experenciado nos campos de estágios supervisionados. Para que o cuidado realmente ocorra na sua plenitude, o cuidador precisa associar a competência técnica instrumental à competência emocional nas relações interpessoais.

Ao analisarmos os questionários, nota-se que nem todas as atividades desenvolvidas nos estágios precedem de uma análise sobre o cuidado, o que gera um caráter mecanicista à assistência prestada. O estágio é entendido como uma experiência compartilhada de vida, em que o encontro entre o acadêmico e o cliente atendido aprimora o “ser enfermeiro”12. O cuidado é a presença intencional e autêntica do enfermeiro junto a outra pessoa, que vive e cresce através dele, sendo difícil não relacionar assistência em Enfermagem com o cuidado.

Percebe-se, através da análise dos dados, que 75% das atividades desenvolvidas nos estágios supervisionados, que são realizados em Hospitais, Creches, Postos de Saúde, Unidades de PSF e Casas de repouso, são desenvolvidos sem análise sobre o cuidado.

A utilização de conhecimentos técnicos não é tudo de que as pessoas precisam, mas freqüentemente é o que se torna prioritário, ao utilizar-nos os clientes para depositar o que aprendemos em teoria e prática10.

Através da interação, do compartilhar, de reconhecer a experiência humana que é exclusiva a cada um de nós, porém também compartilhada, podemos realmente desenvolver uma prática de Enfermagem humanística, e teremos o cuidado em Enfermagem como o alicerce da profissão13.

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Nenhuma ação pode prescindir de uma reflexão; além disso, é importante que toda prática assistencial tenha como seu ponto básico a comunicação verbal ou não-verbal, tornando-se necessário que haja, tanto no acadêmico como no docente, a sensibilidade e a intuição para poder ouvir o cliente, e que todos possam compartilhar ao máximo suas experiências.

Os graduandos em Enfermagem, ao iniciarem sua prática profissional, sentem alguma dificuldade, pois a ansiedade em entrar em um ambiente novo e a aproximação com o cliente deixam o acadêmico com receio de não saber o que fazer inicialmente para ajudá-lo em suas necessidades, porém estas dificuldades vão diminuindo no decorrer do curso14. O estudo não confirmou o que dizem os autores, pois a maioria dos prováveis concluintes ainda sentem algum tipo de dificuldade ao realizarem o cuidado ao cliente, o que irá interferir na sua prática de cuidar, levando aqueles, na maioria das vezes, a manter uma posição de afastamento do cliente.

Analisando os resultados, é possível entender que estas dificuldade, ainda persistem no final do curso (83,4% da amostra apresentam alguma dificuldade), pois, como informam os participantes do estudo, o cuidado não foi suficientemente abordado, durante a graduação.

O enfermeiro ao desenvolver o cuidado, precisa passar segurança para o cliente, o que gerará um aumento da auto-estima deste e auxiliará na sua recuperação. Além disso, é esta segurança que dará maturidade profissional ao enfermeiro.

O encontro enfermeiro/cliente é meta a ser atingida, função específica do enfermeiro e não um mero acontecimento; é a interação planejada com objetivos definidos entre duas pessoas, em que ambas modificam seu comportamento, construtivamente, com evolução do processo de relacionamento. Este deve ser solidificado a cada dia para que o cliente se sinta fortalecido e o graduando consiga vencer as dificuldades que advirão15.

Quanto ao posicionamento dos educadores da área de Enfermagem, visto pela amostra, no tocante ao aprimoramento dos métodos didáticos para obtenção de um melhor desempenho no cuidado, 83,3% da amostra acham importante que se tenha este aprimoramento, embora refiram que apenas alguns professores se preocupam com este aspecto. E 16,7% acham necessário que haja este interesse, porém os professores não o apresentam.

Tem-se observado que o avanço das ciências nos leva a buscar sempre algo novo. Atualmente, faz-se premente uma mudança de atitude por parte da equipe de saúde. É necessário que a prática seja revista a cada dia, a fim de que o cliente possa ter o máximo de necessidades supridas.

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O docente não pode se acomodar com os métodos vigentes. Ao contrário, tem sempre que procurar se aprimorar, dentro das novas exigências da sociedade, pois o ser humano é um ser inacabado e incompleto, o que implica que, enquanto profissional, é necessário educar-se sempre. Concepções e Importância do Cuidado para o Aluno Concluinte de Enfermagem

O cuidar em um sentido amplo, existe desde que haja vida, fazendo parte de nossa existência de várias formas: no nascimento, na luta pela sobrevivência, na preservação da saúde, nas práticas de cura, na finitude do ser humano. Está também presente tanto no relacionamento entre as pessoas, quanto na relação que existe entre estas e o mundo em que vivem13.

A análise dos discursos permitiu a identificação de dois temas centrais:

Cuidado: Uma assistência prestada como objetivo de manter ou recuperar as necessidades humanas básicas

Quando se utiliza, no processo de cuidar, intensa atividade mecânica da parte do prestador de cuidados, o cuidado em si é diminuído. É importante destacar que a Enfermagem, enquanto atividade humana voltada para o bem-estar do cliente, deve estar em equilíbrio com as dimensões físicas/psicológica/social/espiritual, para exercer com precisão a função de prestador de cuidado16.

Observou-se que 30% da amostra vêem o cuidado como algo mecânico, técnico.

“É toda assistência prestada pela Enfermagem, que vise manter ou recuperar as necessidades humanas básicas do cliente”.

(Aluno 18)

É importante destacar que o cuidado tido como atividade meramente mecânica perde parte de sua essência. É necessário que o ser humano seja visto holisticamente, um ser único e integral.

Cuidar origina-se do latim cogitare, cogitatem, que, em português, é entendido como cogitar, imaginar, pensar, tratar de, dar atenção, ter cuidado com a saúde, e tem a mesma evolução temática para o cuidado. Assim, a Enfermagem pode, epistemologicamente, dizer que assistir é cogitar, imaginar, pensar, dando à sua prática de cuidar, sentidos emocionais e racionais, que estão contidos na ação de cuidado17.

Quando falamos em cuidado enquanto ação, é importante que seja lembrado que uma das implicações desse cuidar é a intervenção que fazemos no corpo do outro, no seu espaço íntimo. Logo, é imprescindível que o profissional da saúde tenha não apenas a visão biológica e

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biomédica do cliente ao realizar o cuidado, mas uma visão completa, pois só assim deixaremos de realizar o cuidado mecânico e passaremos a realizar um cuidado humanizado.

Como instituição formadora de futuros enfermeiros, cabe à graduação não permitir que seja passada a idéia curativista e mecânica do cuidado, a idéia de ensinar Enfermagem, apenas voltada para o aspecto técnico, que, além de ser restritiva, pela reserva e distância entre o acadêmico o cliente, gera insatisfação para ambas as partes, e tampouco atende às necessidades psicossociais, espirituais e culturais do cliente.

O Cuidado: Assistência prestada que vê o cliente como um ser holístico.

A convicção de que as pessoas são totalidades expressa respeito. Os relacionamentos são baseados na resposta dada à totalidade dos outros, a qual está sempre presente. Esta convicção reconhece o fato de que, independentemente de mudanças que ocorrem com uma pessoa no decorrer da sua vida – tais como adquirir mais conhecimentos ou se tornar mais integrado consigo mesmo, através das experiências de vida – cada pessoa é tão completa como pode ser a cada momento18.

Para 70% da amostra, o cuidado é algo essencial dentro da Enfermagem, e passa a ser citado como sinônimo desta.

“O cuidado de Enfermagem pode ser definido como uma conotação de atenção, preocupação para, responsabilidade por, observar com atenção, com afeto e simpatia o cliente. O cuidado de Enfermagem é único e peculiar e este deve ser ético, humano e qualitativo”.

(Aluno19)

É muito gratificante, enquanto pesquisador, observar que o futuro profissional de Enfermagem apresente uma visão tão completa do cuidado, visto que grande parte da assistência prestada pelo enfermeiro está voltada para ele, e só poderemos falar em assistência de qualidade quando os profissionais de Enfermagem atentarem para o seu verdadeiro significado e começarem a ver o cliente como um todo, um ser que não só apresenta necessidades humanas básicas.

“O cuidado em Enfermagem não é apenas fazer o preparo psicológico do cliente, como aprendemos no início do curso, mas prestar uma assistência completa, ou seja, na qual seja usado um tratamento humanizado, tendo como início chamar o cliente pelo seu nome”.

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(Aluno 22)

O cuidado técnico pode ser ensinado, contudo o cuidado amplo, como processo interativo, precisa ser vivido para poder ser reconhecido e valorizado efetivamente enquanto essência da Enfermagem19.

De forma geral, é através de estar presente à totalidade do outro que os pedidos de cuidado de Enfermagem são ouvidos. O senso compartilhado de humanidade ajuda o enfermeiro a se afastar silenciosamente, a prestar auxílio quando apropriado, a falar de forma direta e sensível, a proporcionar conforto em níveis sutis e a ser ele mesmo, apesar de seu conhecimento e qualificação profissional.

O discurso a seguir caracteriza bem o que vem a ser o cuidado em Enfermagem.

“O cuidado de Enfermagem é agir em favor do cliente, sendo consciente de suas necessidades, buscando sempre satisfazê-las. O cuidar é dinâmico, uma vez que envolve a relação enfermeiro/cliente, onde ambos possuem sentimentos, motivações e comportamentos que juntos influenciam o cuidar. Além disso, o cuidar de Enfermagem significa conhecimentos, atuação, respeito, carinho e acima de tudo competência”.

(Aluno 24)

O cuidado é considerado como parte integral da vida humana e nenhum tipo de vida pode subsistir sem cuidado20. Se os fenômenos do cuidado forem plenamente estudados, um corpo distinto de conhecimentos de Enfermagem será descoberto, e terá impacto sobre a graduação e a prática do cuidado21. E, além disso, a Enfermagem terá conhecimento substancial para orientar práticas de cuidado em Enfermagem, tornando-se, dessa forma, uma disciplina distinta, com uma contribuição única no mundo22.

Assim, a palavra cuidado está íntima e, ousamos afirmar, definitivamente aderida à Enfermagem. Nenhuma profissão é mais cuidadora que ela, não podendo sequer ser questionada a importância do cuidado dentro dela.

Foi unânime a opinião dos discentes acerca da importância do cuidado. De forma geral, os pesquisados o indicam como algo essencial dentro da Enfermagem, e, mesmo que alguns graduandos tenham uma concepção limitada do cuidar, e, mesmo este ainda não sendo abordado como deveria, na maioria dos componentes curriculares, todos os concluintes demonstraram

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saber o quanto o ser humano necessita do cuidado e como ele é importante para o cliente e para a Enfermagem.

“O cuidado tem uma importância grandiosa, pois acredito que a finalidade da Enfermagem é o cuidar. Quando cuidamos do cliente de forma holística, promovemos saúde e sustentamos a vida” (grifo no

original).

(Aluno 24)

Como o Cuidado deve ser Abordado sob o Ponto de Vista do Concluinte: um Novo Desafio para Graduação.

O cuidado humano consiste em uma forma de viver, de ser, de se expressar. É um compromisso com o estar no mundo e contribuir com o bem-estar geral, na preservação da natureza, da dignidade humana e da nossa espiritualidade, é contribuir na construção da história, do conhecimento, da vida6.

O humano nasce de um interesse, de uma responsabilidade, de uma preocupação, de um afeto. Nota-se, através da análise dos dados obtidos na pesquisa, a preocupação em se ter uma nova abordagem do cuidado, na graduação, começando com relacionar o cuidar em todos os componentes curriculares.

“O cuidar deveria ser visto desde o início do curso, ou seja, inserido em todos componentes curriculares, como um todo. Não deveria ser mais abordado em um ou outro componente, pois toda base da Enfermagem, seja ela científica, básica, teórica ou prática, está diretamente ligada ao cuidar”.

(Aluno 14)

Outro aspecto merecedor de destaque, que aparece nos relatos dos estudantes, está relacionado a haver um componente específico que tivesse o cuidado como princípio.

“Seria importante que existisse um componente curricular específico, o qual, ou através de palestras, ou através da prática diária, o aluno tivesse maiores oportunidades para o aluno exercer o cuidado em Enfermagem, e que houvesse uma análise, a fim de avaliar o tipo de cuidado prestado ao cliente, se é um cuidado

(14)

(Aluna 20)

É importante destacar que, para os participantes da pesquisa, o enfermeiro precisa envolver o cliente em sua totalidade, de acordo com suas necessidades individuais. Logo, o cuidado tem que ser individualizado, pois o cliente é um ser humano que precisa ser considerado em sua singularidade, a partir de suas reais necessidades.

“Gostaria que o cuidado fosse abordado em cada componente, e fosse direcionado ao cliente específico como criança, idoso, mulher, pois cada um deve ser visto de forma individual”.

(Aluna 24)

Um aspecto digno de nota foi à preocupação com a interdisciplinaridade dos componentes, tendo como elo entre eles o cuidado:

“O cuidado deveria ser a base de todos os componentes, sempre dando ênfase a uma assistência humanizada. Era importante ter um componente específico para o cuidar no início do curso, pois este está relacionado com todos componentes do curso, e só assim saberíamos conhecer melhor o cliente que vamos assistir, não levando em consideração apenas o aspecto biológico”.

(Aluno 15)

Outro fator mencionado é o conhecimento acerca do cliente, o que é muito importante na questão do cuidar, pois, como foi visto, cada ser humano possui suas próprias características e, embora o acadêmico tenha a consciência de que o cliente precisa ser visto de forma integral, ele percebe que existe um direcionamento para o cuidar mecânico, o que preocupa os alunos concluintes.

“Espero que a arte de cuidar seja abordada de uma forma holística, e que os clientes não sejam tratados como meros objetos, onde nós apenas realizamos procedimentos, sem se preocupar com seus sentimentos”.

(Aluna 2)

Essa visão é corroborada por outro aluno, que afirma:

“O cuidado deveria ser melhor explorado, pois, na maioria dos componentes, é visto meramente como a realização de tarefas mecânicas. Ele deveria ser orientado na tentativa de ver o ser humano como um

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todo, onde as tarefas relacionadas ao fazer estariam juntas às relacionadas às de proporcionar o bem-estar do cliente, o que é diferente de tratar ou curar o cliente”.

(Aluno 5)

Como se observa nos relatos dos acadêmicos, é necessário que a graduação de Enfermagem dê um enfoque maior ao cuidado em seu sentido mais amplo, onde sejam considerados os medos, os sentimentos, sonhos, desejos, as necessidades físicas, psicológicas, espirituais, culturais e sociais, ou seja, onde o cliente seja considerado de forma integral. E só poderemos falar de assistência humanizada a partir do momento que tivermos uma equipe de Enfermagem humanizada, e a Humanização da Assistência tem que começar desde os primeiros encontros do enfermeiro com o cliente, que acontecem quando aquele ainda é acadêmico, na Universidade.

CONCLUSÃO

Todo ser humano busca o cuidado pela vontade de sobreviver, e, nessa busca ao cuidar, surge a Enfermagem, uma profissão que está presente em todos os momentos importantes da vida da humanidade.

O cuidado acontece nos seres, a partir deles, para eles e através deles. O cuidado está na construção do saber humano, na organização da vida dos seres, nas alegrias, nas tristezas, na vida e na morte.

É de vital importância destacar que o cuidado de Enfermagem não está restrito a atos, procedimentos ou técnicas executadas. O cuidado é um processo que se inicia para si, continua para o outro e evolui na busca do bem-estar de ambos.

Além disso, ele só será realizado a partir do momento em que o cliente seja visto em sua totalidade, como um ser que possui necessidades físicas, psicológicas, espirituais, culturais e afetivas.

Ao pensar na assistência de Enfermagem, que almejamos, não podemos deixar de refletir sobre qual concepção temos acerca do cuidado, e como vemos os atuais modelos assistenciais dentro desta nossa concepção. Nesse contexto, surgem as instituições formadoras de profissionais.

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O aluno exerce um papel importante para a transformação do modo como atua o docente, a partir do momento que sai do papel passivo de copiador e fazedor de tarefas e assume uma postura ativa.

Na nossa pesquisa, pudemos perceber que, apesar da visão holística e humanizada dos futuros enfermeiros, os mesmos detectam que a graduação não o tem abordado em seus componentes. Logo, é gerada uma deficiência no aluno, pois, como foi analisado, a maioria, sente alguma dificuldade em realizar o cuidado.

Outro fator importante na pesquisa está relacionado ao aprimoramento dos métodos didáticos. Na visão dos participantes do estudo, apenas alguns professores se preocupam com este aprimoramento. A qualidade do ensino da Graduação de Enfermagem, como descrita, pelos alunos, convida o corpo docente a se comprometer com uma contínua superação, buscando delinear uma Enfermagem cada vez mais humana e competente, a fim de justificar sua existência pela relevância de seus serviços prestados ao ser humano.

Nossa expectativa é de havermos contribuído para uma reflexão sobre a importância que a graduação tem dado ao cuidado, e a concepção deste para os concluintes. Esperamos que ocorra um amadurecimento por parte da instituição, pois vivemos num momento de transição de paradigmas. Enfrentar mudanças já não constitui uma questão de opção; só assim conseguiremos captar a essência da Enfermagem: o cuidado em seu real sentido.

REFERÊNCIAS

1.WALDOW, V. R. Cuidado Humano: o resgate necessário. 2ed. Porto Alegre: Sagra Luzzato, 1999. 136 p.

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