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ESTADO DO ACRE SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE AÇÃO FISCAL NOTA TÉCNICA

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ESTADO DO ACRE

SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE AÇÃO FISCAL

NOTA TÉCNICA

Tendo em vista a implantação das Áreas de Livre Comércio de Brasiléia, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul, e das alterações promovidas na legislação que regula a matéria, O Departamento de Gestão de Ação Fiscal - DEGAF presta os seguintes esclarecimentos:

1 - DO PRINCÍPIO BÁSICO PARA APLICAÇÃO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS NO ÂMBITO ESTADUAL:

As Áreas de Livre Comércio são áreas que receberam por extensão os benefícios concedidos à Zona Franca de Manaus, conforme Decreto Lei nº 288/67, Lei Federal nº 8.857/94, decreto nº 1.357/94 e Convênio ICM 65/88.

2 - DOS BENEFÍCIOS FISCAIS CONCEDIDOS 2.1 Relativamente às Operações Interestaduais:

- Isenção do ICMS, concedido pelo Estado de origem, às saídas de produtos industrializados de origem nacional para comercialização ou industrialização nas Áreas de Livre Comércio, desde que o estabelecimento destinatário tenha domicílio na área beneficiada;

- Crédito Fiscal Presumido concedido pelo Estado do Acre (destinatário) igual ao valor do imposto que teria sido pago na origem em outras unidades da Federação se não houvesse a isenção.

2.2 Relativamente às Operações Internas:

- Isenção do ICMS nas remessas de outras localidades do Estado do Acre para as Áreas de Livre Comércio;

- Crédito Fiscal Presumido equivalente à alíquota de 12% sobre o valor da mercadoria, caso não houvesse a isenção.

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2.3 Relativamente às Operações de Importação – Lei 1.215/96 e Decretos 927 e 928/96.

- Em relação à tributação com as operações de importações de mercadorias estrangeiras efetuadas por empresas estabelecidas nas áreas de Livre comércio de Brasiléia, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul, fica diferido para a etapa de Circulação. - Encerra-se o diferimento nas seguintes situações:

a) Na saída de mercadorias do Estabelecimento importador;

b) Na utilização ou consumo das mercadorias no estabelecimento do importador.

c) Fica dispensado o pagamento do imposto diferido, no caso de utilização de máquinas e equipamentos incorporados ao Ativo Fixo ou Imobilizado do estabelecimento importador, desde que permaneçam nestas condições, por prazo não inferior a 04 (quatro) anos.

- Na saída subsequente das mercadorias, bens ou das que resultem da sua industrialização é concedido os seguintes créditos fiscais:

 70% (setenta por cento) do débito gerado pela respectiva saída, quando destinado ao consumo no interior das Áreas de Livre Comércio; e

 10% (dez por cento) do valor das operações de que decorrer a saída subsequente, nos demais casos.

- Recolhimento do ICMS – Através do DAM, bem como os prazos de recolhimento dos tributos, serão fixados em regulamento, obedecendo os critérios estabelecidos na Lei nº 1.197, de 02 de julho de 1996.

- Ficam excluídos dos benefícios acima descritos, os seguintes produtos: a) Armas e munições de qualquer natureza;

b) Automóveis de passageiros; c) Bebidas alcóolicas;

d) Perfumes;

e) Fumos e seus derivados.

 Nas Operações de transferências de mercadorias importadas, entre estabelecimentos do mesmo titular, situado na mesma Área de Livre Comércio o valor da saída não poderá ser inferior ao preço de custo da referida mercadoria.

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3 – DAS CONDIÇÕES PARA CONCESSÃO DOS BENEFÍCIOS

3.1 – Aplicam-se os benefícios aos:

- Produtos remetidos de estabelecimentos situados fora da área beneficiada para contribuintes domiciliados na Área e habilitados junto à SUFRAMA – o benefício não se aplica às operações em que o remetente e o destinatário estejam localizados na mesma área;

- Produtos Industrializados (incluído os semi-elaborados) – significa dizer que os produtos primários não estão abrangidos pela isenção;

- Produtos de origem nacional, exceto os produtos importados, ainda que já nacionalizados;

- Produtos destinados à comercialização ou industrialização na área beneficiada, exceto os bens para uso, consumo ou destinados ao ativo fixo (estes não estão incluídos nos benefícios);

3.2 Não se aplicam aos seguintes produtos: armas e munições, perfumes, fumo, bebidas alcoólicas e automóveis de passageiros;

3.3 Das Demais Condições:

- Indicação expressa da isenção na Nota Fiscal mediante o abatimento, pelo remetente, no preço da mercadoria do valor equivalente ao imposto que seria devido se não houvesse a isenção;

- Isenção condicionada à comprovação da entrada efetiva dos produtos no estabelecimento destinatário;

- Os produtos beneficiados pela isenção não poderão sair da área beneficiada, no prazo de 5 anos, salvo se para outra área também beneficiada. Os produtos que saírem antes do prazo de 5 anos perderão o direito àquela isenção, hipótese em que o imposto devido será cobrado, com os acréscimos legais cabíveis, pelo Estado de origem, bem como será exigido o estorno do crédito presumido pelo Estado do Acre;

- Os Produtos objetos de industrialização na área de livre comércio não estão sujeitos ao decurso do prazo de cinco anos;

Não geram direito ao crédito presumido:

 documentos fiscais não desembaraçados nos órgãos de fiscalização;

 documentos não registrados nos livros fiscais e os correspondentes às mercadorias isentas ou não-tributadas.

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4 - APLICAÇÃO DOS BENEFÍCIOS ÀS EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL

4.1 Na remessa de empresa não optante para empresa optante:

- Aplicação da isenção nas operações interna e interestadual (considerando que não há impedimento para proceder ao abatimento do valor do imposto no documento fiscal, vez que o remetente apura o imposto pelo confronto entre débitos e créditos);

- Não há concessão de crédito presumido pelo Estado do Acre à empresa optante destinatária, considerando que a empresa recolhe o imposto sobre o seu faturamento, bem como se encontra vedado pelo art. 24 da Lei nº 123/06;

Obs. Não ocorre nenhum prejuízo, considerando que o Estado apenas cobrará a diferença de alíquotas por ocasião das entradas de mercadorias provenientes de outras Unidades da Federação;

- Caso a mercadoria esteja sujeita à substituição tributária, o crédito fiscal presumido será considerado para efeito de cálculo do imposto devido por substituição, considerando que a ST está fora do cálculo do Simples Nacional.

4.2 Na remessa de empresa optante para empresa não optante:

Tanto na operação interna como na operação interestadual não se aplicam os benefícios fiscais, considerando que a empresa remetente não tem como abater no preço da mercadoria o valor do imposto. Exceção o que prescreve a Resolução CGSN nº 10/2007 c/c a LC nº 127/2008, permite que a mesma transfira o crédito ICMS, na mesma proporção do seu débito, a partir dos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2009, nos termos do Art. 23 da LC 123/06.

4.3 Na remessa de contribuinte optante para empresa optante:

Tanto na operação interna como na operação interestadual não se aplicam os benefícios fiscais, considerando que não há como operacionalizá-los.

4.4 Na operação de importação:

Aplicação dos benefícios dispostos na Lei nº 1.215/96, considerando que o ICMS - Importação está fora do cálculo do SIMPLES, conforme dispõe o art. 13, inciso XIII, alínea “d” da Lei nº 123/06.

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5 - COMO FUNCIONAM OS BENEFÍCIOS FISCAIS DAS ALC’s

Exemplos de cálculos:

5.1. Operação Interestadual

5.1.1 Aquisição no Estado de São Paulo de mercadoria nacional industrializada para comercialização no Acre:

ALC Demais Localidades

Valor da mercadoria 1.000,00 1.000,00

Desconto 7% -70,00 -

Valor Líquido 930,00 1.000,00

Crédito: Presumido 70,00 Crédito Real 70,00

5.1.2 Entrada da Mercadoria no Estado do Acre

ALC Demais Localidades

Valor da mercadoria 930,00 1.000,00

Antecipação (17,53%) 163,03 175,30

Crédito Real 163,03 175,30

5.1.3 Saída (Composição da Base de Cálculo das ALC's.) da Mercadoria no Estado do Acre

ALC

Valor da mercadoria 70,00 (1.000 – 930)

Frete 10,00

IPI, PIS e COFINS 10,00

Base de Cálculo 90,00

Multiplicador (17,53%) 15,78

Valor a Recolher 15,78

- Obs.: As vendas de mercadorias para consumidores finais de outras localidades, internas e interestaduais que sejam compatíveis com o consumo pessoal da pessoa física e não contribuintes de ICMS, que não tenha caráter de comercialização, não caberá a cobrança de ICMS.

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5.2. Operação Interna

5.2.1 Aquisição no Município de Rio Branco de mercadoria nacional industrializada para comercialização em Brasiléia (ALC)

ALC Demais Localidades

Valor da mercadoria 1.000,00 1.000,00

Desconto (12%) -120,00 -

Valor Líquido 880,00 1.000,00

Crédito Presumido 120,00 Real (17%) 170,00

5.2.2 Saída Interna da Mercadoria

ALC Demais Localidades Valor da mercadoria 1.056,00

(880 + 20%)

1.200,00 (1.000+20%)

ICMS (17%) 179,52 204,00

Crédito Presumido 120,00 Real (17%) 170,00

Valor a Recolher 59,52 34

5.2.3 Carga Tributária Efetiva:

ALC R$ 59,52 Demais Localidades R$ 204,00

Redução: 70,92%

5.3. Operação de Importação

5.3.1- Saída Interna da Mercadoria Importada das ALC's. ALC/CONSUMO INTERNO Demais Localidades Base de Cálculo* 1.000,00 1.000,00 ICMS – IMPortação (17%) 170,00 (17% ) 170,00 Crédito Presumido 119 (170,00 x 70%) 100 (1.000,00 x 10%) Valor a Recolher 170,00 – 119,00 = 51,00 170,00 – 100,00 = 70,00

* A base de cálculo é o que está descrito no Art. 5º, Inciso II, alíneas “a” até “e” do Dec. 008/98, acrescido da MVA do Produto.

Rio Branco, 1º de abril de 2011.

EVALDO OLIVEIRA DA SILVA

Referências

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