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RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE)

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(1)

2015

Nuno Albuquerque

Filipe José Faria Costa

e

Rosa Maria da Silva Ferreira

16-11-2015

RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR DA

INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE)

Tribunal da Comarca do Braga

V. N. Famalicão – Instância Central

2.ª Secção do Comércio – J3

(2)

Cap ítu lo: IN TROD U ÇÃ O

2

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ... 3

2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DOS INSOLVENTES ... 4

2.1. IDENTIFICAÇÃO DOS INSOLVENTES ... 4

2.2. COMISSÃO DE CREDORES ... 4

2.3. O ADMINISTRADOR DE INSOLVÊNCIA ... 4

2.4. DATAS DO PROCESSO ... 4

3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª ... 5

3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS ... 5

3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DOS INSOLVENTES NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS ... 6

3.3. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA ... 6

4. CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA ... 8

5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA ... 9

6. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS CREDORES ... 10

7. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO ... 12

7.1. DA APENSAÇÃO DE ACÇÕES / EXECUÇÕES... 12

7.2. DA APREENSÃO DO VENCIMENTO ... 12

7.3. DA APREENSÃO DE BENS IMÓVEIS E BENS MÓVEIS SUJEITOS A REGISTO ... 14

7.4. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA ... 15

7.5. DO PEDIDO DE EXONERAÇÃO DO PASSIVO RESTANTE ... 16

8. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º CIRE) ... 25

(3)

Cap ítu lo: IN TROD U ÇÃ O

3

1. INTRODUÇÃO

Os devedores Filipe José Faria Costa e Rosa Maria da Silva Ferreira apresentaram-se à insolvência, tendo sido proferida sentença em 29 de setembro de 2015.

Nos termos do art.º 155.º do CIRE, o administrador da insolvência deve elaborar um relatório contendo:

a) A análise dos elementos incluídos no documento referido na alínea c) do n.º 1 do artigo 24.º;

b) A análise do estado da contabilidade do devedor e a sua opinião sobre os documentos de prestação de contas e de informação financeira juntos aos autos pelo devedor;

c) A indicação das perspectivas de manutenção da empresa do devedor, no todo ou em parte, da conveniência de se aprovar um plano de insolvência, e das consequências decorrentes para os credores nos diversos cenários figuráveis;

d) Sempre que se lhe afigure conveniente a aprovação de um plano de insolvência, a remuneração que se propõe auferir pela elaboração do mesmo;

e) Todos os elementos que no seu entender possam ser importantes para a tramitação ulterior do processo.

Ao relatório devem ser anexados o inventário e a lista provisória de credores.

Assim, nos termos do art.º 155.º do CIRE, vem o administrador apresentar o seu relatório.

(4)

Cap ítu lo: IDE N TIFIC AÇ ÃO E AP RE SE N TAÇ ÃO G ERAL DO S IN SOLVE N TE S

4

2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DOS INSOLVENTES

2.1. IDENTIFICAÇÃO DOS INSOLVENTES

Nome Filipe José Faria Costa

NIF 207 432 813

Nome Rosa Maria da Silva Ferreira NIF 208 893 237

Morada Avenida de São Cristóvão, nº 1461, 1º Direito, Cabeçudos, 4770-085 Vila Nova de Famalicão

Estado Civil Casados sob o regime de comunhão de adquiridos

2.2. COMISSÃO DE CREDORES

Não nomeada

2.3. O ADMINISTRADOR DE INSOLVÊNCIA

Nuno Carlos Lamas de Albuquerque

NIF/NIPC: 188049924

Rua Bernardo Sequeira, 78, 1.º - Apartado 3033 – 4710-358 Braga Telef: 253 609310 – 253 609330 – 917049565 - 962678733

E-mail: nunoalbuquerque@nadv.pt;

Site para consulta: Informações sobre o processo 

2.4. DATAS DO PROCESSO

Declaração de Insolvência:

Data e hora da prolação: 29-09-2015 pelas 14h00m Publicado no portal Citius – 01-10-2015

Fixado em 30 dias o prazo para reclamação de créditos.

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Cap ítu lo: AN ÁLISE DO S E LE ME N TOS I N CLU ÍDOS N O DO CU M EN TO RE FE RIDO N A AL ÍN EA C) DO N .º 1 DO ART IG O 2 4ª

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3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO

REFERIDO NA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª

3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS

Dispõe a alínea c) do n.º 1 do artigo 24ª do CIRE que o devedor deve juntar, entre outros, documento em que se explicita a actividade ou actividades a que se tenha dedicado nos últimos três anos e os estabelecimentos de que seja titular, bem como o que entenda serem as causas da situação em que se encontra. Os devedores procederam, de acordo com o disposto no nº 1 do artigo 24º do CIRE, à junção dos seguintes documentos

a) Relação de credores; b) Relação de bens;

c) Documento que explicita as actividades dos insolventes; d) Relação de acções e processos pendentes.

e) Assento de casamento; f) Assentos de nascimento; g) Recibo de vencimento;

h) Prestação de subsídio de desemprego; i) Certidão do registo criminal;

j) Contrato de comodato;

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Cap ítu lo: AN ÁLISE DO S E LE ME N TOS I N CLU ÍDOS N O DO CU M EN TO RE FE RIDO N A AL ÍN EA C) DO N .º 1 DO ART IG O 2 4ª

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3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DOS INSOLVENTES NOS

ÚLTIMOS TRÊS ANOS

A insolvente mulher trabalha por conta de outrem , na sociedade “Porminho Alimentação, S.A.” e aufere o salário mínimo nacional, no valor de € 505,00.

O insolvente marido trabalhou até novembro de 2013, na sociedade “A Cimenteira do Louro, S.A.”, data em que a sociedade despediu 63 trabalhadores, incluindo o ora insolvente. Em junho de 2014 começou a trabalhar na sociedade “Matos & CIA, Ldª”, com contrato a termo certo, pelo período de 6 meses, o qual caducou em dezembro de 2014.

Atualmente o insolvente marido encontra-se desempregado e aufere a título de subsídio de desemprego o montante diário de € 15,40, resultando um valor médio mensal de cerca de € 450,00.

3.3. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA

As conclusões que infra se enunciam sobre as causas da insolvência resultam da análise efectuada à inf ormação colocada à disposição do Administrador de Insolvência (petição inicial e documentos fornecidos), bem como das diligências efectuadas por este.

Deste modo, indicam-se os motivos justificativos da actual situação de insolvência dos devedores:

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Cap ítu lo: AN ÁLISE DO S E LE ME N TOS I N CLU ÍDOS N O DO CU M EN TO RE FE RIDO N A AL ÍN EA C) DO N .º 1 DO ART IG O 2 4ª

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 Os insolventes casaram em setembro de 1997 e tem um filho de 16 ano de idade que se encontra a estudar;

 A insolvente mulher trabalha por conta de outrem, na sociedade “Porminho Alimentação, S.A.”, e aufere o salário mínimo nacional, no valor de € 505,00;

 O insolvente marido trabalhou até novembro de 2013, na sociedade “A Cimenteira do Louro, S.A.”, data em que a sociedade despediu 63 trabalhadores, incluindo o ora insolvente, tendo-lhe sido atribuído o subsídio de desemprego no valor mensal de € 400,00;

 Em janeiro de 2014 o insolvente marido trabalhou apenas durante um dia numa empresa, não tendo comunicado esse facto à Segurança Social, no entanto a referida entidade teve conhecimento dessa situação e cessou de imediato a atribuição do subsídio de desemprego, exigindo ainda a devolução de algumas das prestações já pagas.

 Em junho de 2014 o insolvente começou a trabalhar na sociedade “Matos & CIA, Ldª”, com contrato a termo certo, pelo período de 6 meses, o qual caducou em dezembro de 2014.

 Atualmente, o insolvente encontra-se desempregado e aufere a título de subsídio de desemprego o montante diário de € 15,40, resultando um valor médio mensal de cerca de € 450,00.

 Os devedores contraíram diversos créditos bancários, nomeadamente, para adquirirem um veículo automóvel e a uma motorizada, mas devido à instabilidade profissional do insolvente marido e falta de rendimentos suficientes, ficaram sem capacidade para pagar atempadamente os seus compromissos.

(8)

Cap ítu lo: CONTA BILIDA DE , DO CU ME N TOS DE P RE ST AÇ Ã O DE CON TAS E DE IN FORM AÇ Ã O FIN AN CE IRA

8

 Encontra-se pendente contra os devedores o seguinte processo de execução:

o Processo n.º 5269/15.3T8VNF, a correr termos na Comarca de Braga, V. N. Famalicão - Instância Central, 2.ª Secção de Execução – J1.

 Estado da execução: Pendente.

 Os insolventes celebraram um contrato de comodato com Leonel Fernando Ribeiro de Sousa, para cedência a título gratuito do imóvel onde habitam, ficando a cargo dos insolventes as despesas com energia eléctrica, água, gás e condomínio;

A conjugação destes factores levou a que os Requerentes se vissem totalmente impossibilitados de cumprir com as suas obrigações.

4. CONTABILIDADE,

DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE

CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA

No relatório apresentado ao abrigo do art.º 155.º do CIRE, deve o Administrador da insolvência efectuar uma análise do estado da contabilidade dos devedores e a sua opinião sobre os documentos de prestação de contas e de i nformação financeira juntos pelos devedores.

Contudo, o presente dispositivo não tem aplicação porquanto não sendo os insolventes comerciantes, não estão obrigados legalmente a ter contabilidade organizada.

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Cap ítu lo: PE RSPE CT IVAS DE M AN U TE N ÇÃ O DA E MPRE SA

9

No que se refere à informação financeira prestada pelo s devedores e que se encontra descrita em termos de activos e passivos, foram entregues as declarações de IRS dos anos de 2012, 2013 e 2014, das quais resulta, o seguinte:

I R S

Valores declarados 2012 2013 2014

Rendimento Cat. A/H € 13.562,50 € 14.984,53 € 11.117,27

Rendimento Cat. B - - -

Rendimento Cat. E- Capitais - - -

Rendimentos prediais - - -

Mais valias Alineação

onerosa imóveis - - -

Alienação onerosa de partes

sociais - - -

Juros de retenção poupança - - -

5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA

Tendo em conta o supra referido, designadamente, a circunstância dos insolventes não serem no momento comerciantes, não se referenciou qualquer empresa de que aqueles sejam titulares, não tendo, por isso, aplicabilidade o presente dispositivo.

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Cap ítu lo: Ce n ár io s P OSSÍVE IS E SUAS CON SE Q U ÊN CIAS P AR A OS CR EDORE S

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6. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS

CREDORES

A assembleia de credores de apreciação do relatório delibera sobre o encerramento ou prosseguimento do processo de Insolvência.

Decorre do artigo 1.º do CIRE, que o processo de insolvência tem como escopo a liquidação do património de um devedor insolvente e a repartição do produto obtido pelos credores .

Estão sujeitos a apreensão no processo de insolvência todos os bens integrantes da massa insolvente, a qual abrange todo o património dos devedores à data da declaração de insolvência, bem como os bens e direitos que el a adquira na pendência do processo.

Como referem Carvalho Fernandes e João Labareda [1], da conjugação dos n.ºs 1 e 2 do art. 46.º resulta que, em rigor, a massa não abrange a totalidade dos bens do devedor susceptíveis de avaliação pecuniária, mas tão só os que forem penhoráveis e não excluídos por disposição especial em contrário, acrescidos dos que, não se ndo embora penhoráveis, sejam voluntariamente oferecidos pelo devedor, quanto a impenhorabilidade não seja absoluta.

1

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Cap ítu lo: Ce n ár io s P OSSÍVE IS E SUAS CON SE Q U ÊN CIAS P AR A OS CR EDORE S

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São absolutamente impenhoráveis “os bens imprescindíveis a qualquer economia doméstica que se encontrem na residência permanente do executado (…)”.

Assim, não se procedeu à apreensão dos bens móveis existentes na residência dos devedores por se tratar de bens imprescindíveis à respectiva economia doméstica.

O signatário encetou diligências no sentido de averiguar a existência de bens no património dos insolventes, nomeadamente junto da Conservatória do Registo Predial e Automóvel e Repartição de Finanças, tendo sido localizado os bens infra descritos no inventário.

O cenário possível que se apresenta para os credores é , pois, no sentido da liquidação do activo.

Assim, considerando que:

1. É notória a situação de insolvência e a insuficiência de valores activos face ao Passivo acumulado;

2. Os bens apreendidos a favor da massa são provavelmente de valor inferior às dívidas contraídas;

3. Não havendo Plano de Pagamentos;

o Administrador da Insolvência propõe que se delibere no sentido da liquidação do activo e partilha da massa insolvente .

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Cap ítu lo: OUT ROS E LE ME N TO S IM PORT AN TE S PAR A A TR A MIT A ÇÃ O U LT ERIOR D O PROC ESSO

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7. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO

ULTERIOR DO PROCESSO

7.1. DA APENSAÇÃO DE ACÇÕES / EXECUÇÕES

Nas acções / execuções pendentes contra os insolventes não se discute qualquer questão cuja decisão que venha a ser proferida possa afectar a massa insolvente (no sentido de lhe acrescentar ou retirar bens ou valor), pelo que não se requer a apensação das mesmas.

No que se reporta aos processos executivos o pedido de apensação apenas se justificará em caso de dificuldade de apreensão para a massa insolvente dos bens penhorados no âmbito desses processos, o que, até ao momento não se verifica, pelo que não se requer a apensação dos mesmos.

7.2. DA APREENSÃO DO VENCIMENTO

No relatório apresentado nos termos do disposto no artigo 155.º do CIRE, deve ser feita menção quanto à apreensão (montante apreendido) ou não do vencimento dos insolventes pessoas singulares e, no caso de não apreensão, deverá constar, de forma sucinta, a justificação para a não apreensão.

O vencimento deve ser apreendido com destino à satisfação dos credores dos insolventes, fazendo parte da massa insolvente que

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Cap ítu lo: OUT ROS E LE ME N TO S IM PORT AN TE S PAR A A TR A MIT A ÇÃ O U LT ERIOR D O PROC ESSO

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abrange todo o património do devedor e os bens e direitos que ele adquira na pendência do processo (art.º 46.º, n.º 1, do CIRE). Na execução singular (art. 824ºdo C.P.C.) determina -se que a impenhorabilidade estabelecida no n.º 1 do preceito (2/3 dos vencimentos, salários ou prestações de natureza semelhante auferidos pelo devedor e bem assim das prestações periódicas auferidas a título de aposentação ou qualquer outra regalia social) tem como limite máximo o montante e quivalente a três salários mínimos nacionais à data de cada apreensão e, como limite mínimo, quando o executado não tenha outro rendimento (e o crédito exequendo não seja de alimentos), o montante equivalente ao salário mínimo nacional.

Na execução universal em que a insolvência se traduz, e no caso particular em que é requerida a exoneração do passivo restante, estabelece a lei o princípio de que todos os rendimentos que advenham ao devedor constituem rendimento disponível, a ser afecto às finalidades previstas no art. 241º do C.I.R.E. (cumprimento das obrigações do devedor), excluindo porém desse rendimento disponível – e logo dessa afectação do património do devedor ao cumprimento das obrigações para com os seus credores – o razoavelmente necessário para o sustento minimamente digno do devedor e do seu agregado familiar, não devendo essa exclusão exceder, salvo decisão fundamentada do juiz em contrário, três vezes o salário mínimo nacional.

Uma diferença entre os dois regimes é de realçar, desde logo o facto da norma do C.I.R.E. não mencionar qualquer limite mínimo objectivo, aludindo antes a um conceito indeterminado –

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Cap ítu lo: OUT ROS E LE ME N TO S IM PORT AN TE S PAR A A TR A MIT A ÇÃ O U LT ERIOR D O PROC ESSO

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o razoavelmente necessário para o sustento minimamente digno do devedor e seu agregado.

Assim, considera-se adequado dever interpretar-se o art. 239º, nº 3, b), i) do C.I.R.E. no sentido de que a exclusão aí prevista tem como limite mínimo o que seja razoavelmente necessário para garantir e salvaguardar o sustento minimamente digno do devedor e seu agregado familiar.

Ora, verifica-se, in casu, que a insolvente mulher trabalha por conta de outrem, na sociedade “Porminho Alimentação, S. A.”, aufere o salário mínimo nacional, no valor de € 505,00.

Por seu turno, o insolvente marido encontra-se desempregado e aufere a título de subsídio de desemprego o montan te diário de € 15,40, resultando um valor médio mensal de cerca de € 450,00. Face ao entendimento supra manifestado e ao valor do salário auferido pelo insolvente marido, considera -se não dever ser aprendido qualquer montante do salário e subsidio auferido por aqueles, pois que o mesmo é imprescindível para o respectivo sustento condigno do agregado familiar.

7.3. DA APREENSÃO DE BENS IMÓVEIS E BENS MÓVEIS SUJEITOS

A REGISTO

Das diligências efectuadas no sentido de averiguar a exi stência de bens no património dos insolventes, nomeadamente junto da Conservatória do Registo Predial e Automóvel, foi possível localizar os bens infra descritos.

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Cap ítu lo: OUT ROS E LE ME N TO S IM PORT AN TE S PAR A A TR A MIT A ÇÃ O U LT ERIOR D O PROC ESSO

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 Veículo automóvel ligeiro de passageiros, marca Ford, modelo Ford C-Max, do ano de 2009, com a matrícula 49-II-37.

 Motociclo, marca Honda, modelo Honda JF31, a gasolina, do ano de 2012, com a matrícula 66-NC-80.

7.4. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA

Caso disponha de elementos que justifiquem a abertura do incidente de qualificação da insolvência, na sentença que declarar a insolvência, o juiz declara aberto o incidente de qualificação, com carácter pleno ou limitado – cfr. al. i) doa rt.º 36.º do CIRE.

Nos presentes autos a sentença que decretou a insolvência não declarou, desde logo, aberto aquele incidente .

Assim, nos termos do n.º 1 do art.º 188.º do CIRE, até 15 dias após a realização da assembleia de apreciação do relatório, o administrador da insolvência ou qualquer interessado deverá alegar, fundamentadamente, por escrito, em requerimento autuado por apenso, o que tiver por conveniente para efeito da qualificação da insolvência como culposa e indicar as pessoas que devem ser afetadas por tal qual ificação, cabendo ao juiz conhecer dos factos alegados e, se o considerar oportuno, declarar aberto o incidente de qualificação da insolvência, nos 10 dias subsequentes.

Sem prejuízo, regista-se, desde já a inexistência de indícios que fossem do conhecimento do administrador e passíveis de determinar a qualificação da insolvência como culposa.

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Cap ítu lo: OUT ROS E LE ME N TO S IM PORT AN TE S PAR A A TR A MIT A ÇÃ O U LT ERIOR D O PROC ESSO

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7.5. DO PEDIDO DE EXONERAÇÃO DO PASSIVO RESTANTE

Os insolventes vieram requerer a exoneração do passivo restante, nos termos do disposto no art.º 235. ess do CIRE.

Deve, nos termos do n.º 4 do art.º236.º do CIRE, o administrador da insolvência pronunciar-se sobre o requerimento.

É possível delinear a seguinte factualidade com interesse para a emissão do presente parecer, face aos elementos documentais constantes do processo (petição inicial e informaç ões prestadas pelos Requerentes, sentença que decretou a insolvência bem como a relação provisória de credores apresentada nos termos dos artºs 154.º e 155º CIRE):

1. Os insolventes casaram em setembro de 1997 e tem um filho de 16 ano de idade que se encontra a estudar;

2. A insolvente mulher trabalha por conta de outrem, na sociedade “Porminho Alimentação, S. A.”, e aufere o salário mínimo nacional, no valor de € 505,00;

3. O insolvente marido encontra-se desempregado e aufere a título de subsídio de desemprego o montante diário de € 15,40, resultando um valor médio mensal de cerca de € 450,00.

4. Os devedores contraíram diversos créditos bancários, nomeadamente, para adquirirem um veículo automóvel e a uma motorizada, mas devido à instabilidade profissional do insolvente marido e falta de rendimentos suficientes, ficaram sem capacidade para pagar atempadamente os seus compromissos.

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5. Têm a as seguintes despesas mensais: a. Educação do filho - € 60,00;

b. Transporte escolar do filho - € 25,00; c. Alimentação do filho na escola - € 35,00; d. Alimentação do agregado familiar - € 200,00;

e. Transporte da insolvente para o local de trabalho - € 80,00;

f. Despesas com a casa, designadamente com energia eléctrica, água, gás e condomínio - € 200,00;

6. Os insolventes celebraram um contr ato de comodato com Leonel Fernando Ribeiro de Sousa, para cedência a título gratuito do imóvel onde habitam, ficando a cargo dos insolventes as despesas com energia eléctrica, água, gás e condomínio;

7. Os seus credores e respectivos créditos são os seguintes:

Credores Fundamento Montante ConstituiçãData

o Data Venciment o BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS, S.A., SOCIEDADE ABERTA Conta de DO n.º 45354574502 347,58 01-09-2015 30-09-2015 BANCO BPN PARIBAS PERSONAL FINANCE, S.A

Crédito relacionado pelos insolventes 347,00 N/D N/D BANCO SANTANDER CONSUMER PORTUGAL, S.A. Proc. Executivo n.º 5269/15,3T8VNF, cujo título executivo é

uma livrança 14.295,87 14-10-2010 22-04-2015 BANCO SANTANDER TOTTA, S.A. Contrato de empréstimo 9316633 15.238,85 17-01-2014 25-02-2014 BANCO SANTANDER TOTTA, S.A. Saldo descoberto de conta de DO n.º 0000.333171650020. 31 126,66 15-09-2014 01-10-2015 BANCO SANTANDER TOTTA, S.A. Saldo negativo gerado pela utilização

de cartões de crédito

348,59 03-12-2014 01-10-2015

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PORTUGAL, S.A. COFIDIS, SUCURSAL EM PORTUGAL, S.A. Contrato de crédito "Conta Certa" 2.353,90 01-03-2014 01-12-014 POPULAR SERVICIOS FINANCIEIROS, E.F.C., S.A. Crédito relacionado pelos insolventes 50,00 N/D N/D

8. Encontra-se pendente contra os devedores o seguinte processo de execução:

a. Processo n.º 5269/15.3T8VNF, a correr termos na Comarca de Braga, V. N. Famalicão - Instância Central, 2.ª Secção de Execução – J1.

9. Os requerentes, de acordo com a informação constante das certidões do registo de nascimento, nunca foram declarados insolventes nem nunca beneficiaram anteriormente de exoneração do passivo restante.

10. De acordo com as informações constantes das certidões de registo criminal, não foram condenados por sentença transitada em julgado por algum dos crimes previstos e punidos nos artigos 227.º a 229.º do Código Penal nos 10 anos anteriores à data da entrada em juízo do pedido de declaração da insolvência ou posteri ormente a esta data.

11. Apresentaram-se à insolvência em 24 de setembro de 2015, a qual foi decretada por sen tença proferida no dia 28 do mesmo mês.

*-* Isto dito:

Dispõe o disposto no art.º 235º do CIRE, que ”se o devedor for uma pessoa singular, pode ser-lhe concedida a exoneração dos créditos sobre a insolvência que não forem integralmente pagos

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no processo de insolvência ou nos cinco anos posteriores no encerramento deste”.

Os critérios de aplicação deste instituto estão previstos nos art.ºs 237.ºsegs. do CIRE. Não sendo aprovado e homologado na assembleia de apreciação do relatório qualquer plano de insolvência, cumprir-se-á dessa forma o requisito da alínea c) do art.º 237.º.

Quanto aos requisitos estabelecidos no art.º 238º (aplicáveis por força do art.º 237º., alínea a) do CIRE), o pedido foi deduzido conjuntamente com a apresentação à insolvência, pelo que nos termos do art.º 236, n.º 1, ele mostra-se tempestivo.

Nada consta nos autos ou foi apurado pela administradora de insolvência quanto a terem os devedores fornecido informações falsas a que se refere a alínea b) ou ter beneficiado anteriormente desta exoneração do passivo restante (alínea c)). A aplicação do disposto na alínea d) do nº 1 do artigo 238.º do CIRE pressupõe a verificação de uma das seg uintes situações:

 o devedor não cumprir o dever de apresentação à insolvência, com prejuízo para os credores,

 ou se não existir esse dever, se se tiver abstido dessa apresentação nos seis meses seguintes à verificação da situação de insolvência, com prejuízo para os credores e sabendo, ou não podendo ignorar sem culpa grave, não existir qualquer perspectiva séria de melhoria da sua situação económica.

Estando em apreciação um pedido que foi formulado por pessoa s singulares, não estão os insolventes obrigados a apresentarem-se

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à insolvência no prazo estabelecido no art. 18, nº 1 do CIRE, tal como flui do nº 2 deste mesmo preceito, pelo que não se cuida de verificar a verificação em concreto da parte inicial da alínea d).

No que se reporta aos demais requisitos desta alínea d), de preenchimento cumulativo, são os seguintes:

 que devedor/requerente não se apresente à insolvência nos seis meses seguintes à verificação da situação de insolvência;

 que desse atraso resulte um prejuízo para os credores;

 que o devedor soubesse, ou pelo menos não pudesse ignorar sem culpa grave, não existir qualquer perspectiva séria de melhoria da sua situação económica.

Carvalho Fernandes e João Labareda sobre esta matéria escrevem que “para além da não apresentação à insolvên cia, a relevância deste comportamento do devedor, para efeito de indeferimento liminar, depende ainda, em qualquer destas hipóteses, de haver prejuízo para os credores e de o devedor saber ou não poder ignorar, sem culpa grave, que não existe «qualquer perspectiva séria da melhoria da sua situação económica».

Está aqui em causa apurar se a não apresentação do s devedores à insolvência se pode justificar por eles estarem razoavelmente convictos de a sua situação económica poder melhorar em termos de não se tornar necessária a declaração de insolvência”[…]

Ora, o conceito de prejuízo pressuposto na alínea d) do nº 1 do artigo 238 do CIRE consiste num prejuízo diverso do simples

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vencimento dos juros, que são consequência normal do incumprimento gerador da insol vência, tratando-se assim dum prejuízo de outra ordem, projectado na esfera jurídica do credor em consequência da inércia do insolvente (consistindo, por exemplo, no abandono, degradação ou dissipação de bens no período que dispunha para se apresentar à in solvência).

Entende-se que o simples acumular do montante de juros não integra o conceito de “prejuízo” a que se refere o art. 238, nº 1, al. d) do CIRE. [ ].

Com efeito, a mora resultante do atraso no pagamento, em abstracto, contribui sempre para o avol umar da dívida, designadamente em virtude dos juros que lhe estão associados, em especial quando estamos perante dívidas a instituições financeiras.

Ora, sendo a insolvência uma situação de impossibilidade de cumprimento de obrigações vencidas (cfr. art. 3, nº 1 do CIRE), lógica é a constatação de que estas vencem juros (cfr. arts. 804 e segs. do Cód. Civil), o que se traduz no aumento quantitativo do passivo do devedor.

Não pode, pois, considerar-se que o conceito normativo de prejuízo previsto na alínea d) do nº 1 do art. 238 do CIRE inclua no seu âmbito o típico, normal e necessário aumento do passivo em decorrência do vencimento dos juros incidentes sobre o crédito de capital, sob pena de se estar a esvaziar de sentido útil a referência legal a tal requisito (prejuízo de credores).

É que se tivesse sido essa a finalidade da lei, bastaria ter estabelecido o indeferimento liminar do pedido de exoneração do passivo restante quando o devedor se abstivesse de se

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apresentar à insolvência no período de seis mes es posterior à verificação dessa situação.

Terá, assim, que se entender que o simples decurso do tempo (seis meses após a verificação da situação de insolvência) não é suficiente para se poder considerar preenchido o requisito aqui em análise, uma vez que tal representaria, estar a valorizar -se um prejuízo que sempre estaria ínsito nesse decurso e que seria comum a todas as situações de insolvência, o que não se mostra compatível com o estabelecimento do prejuízo dos credores como requisito autónomo do indeferimento liminar do incidente. Tratando-se o prejuízo dos credores de um requisito autónomo deste indeferimento liminar, acrescerá o mesmo aos demais requisitos, surgindo, por isso, como um pressuposto adicional, que traz exigências distintas das pressupostas pelos outros, não podendo considerar-se preenchido por circunstâncias que já estão contidas num desses outros requisitos.

Neste contexto, terá que se dar ênfase particular à conduta do s devedores, devendo apurar-se se esta se pautou pela licitude, honestidade, transparência e boa-fé, no que respeita à sua situação económica, só se justificando o indeferimento liminar caso se conclua pela negativa.

Ao estabelecer, como pressuposto do indeferimento liminar do pedido de exoneração, que a apresentação exte mporânea do devedor à insolvência haja causado prejuízo aos credores, a lei visa os comportamentos que façam diminuir o acervo patrimonial do devedor, que onerem o seu património ou mesmo aqueles que originem novos débitos, a acrescer aos que integravam o passivo que estava já impossibilitado de satisfazer. São estes

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comportamentos desconformes ao proceder honesto, lícito, transparente e de boa-fé, os quais, a verificarem-se na conduta do devedor, impedem que a este seja reconhecida a possibilidade, preenchidos os demais requisitos do preceito, de se libertar de algumas das suas dívidas, para dessa forma lograr a sua reabilitação económica. Como tal, o que se sanciona são os comportamentos que impossibilitem, dificultem ou diminuam a possibilidade de os credores obterem a satisfação dos seus créditos, nos termos em que essa satisfação seria conseguida caso tais comportamentos não ocorressem.

Face à matéria fáctica que atrás se considerou relevante, nada foi apurado no sentido que aponte para que os insolvente s não tenham adoptado uma atitude de licitude, honestidade, transparência e boa-fé no que respeita à sua situação económica.

Por outro lado, igualmente não foi trazido aos autos qualquer elemento que aponte no sentido da culpa dos devedores na criação ou agravamento da situação de insolvência – está também preenchida a alínea e) do art.º 238.º.

Não consta, ainda, que os devedores tivessem sido condenados por sentença transitada em julgado por algum dos crimes previstos e punidos nos artigos 227.º a 229.º do Código Penal nos 10 anos anteriores à data da entrada em juízo do pedido de declaração da insolvência ou posteriormente a esta data – alínea f) do n.º 1 do artº 238.º do CIRE.

Por último, não resulta que os devedores tenham violado qualquer dos deveres de informação, apresentação ou colaboração previstos no CIRE – alíneas i) e g) do artº 238.º

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Os pressupostos formais previstos no CIRE estão preenchidos e não há elementos que levem o signatário a emitir parecer que pudesse concluir pelo indeferimento do ped ido.

Assim sendo, tendo em conta que nada há que aponte no sentido de ter mantido uma conduta contrária ao Direito, emite -se parecer no sentido que deve ser concedido aos insolventes a possibilidade de após o período de cinco anos previsto no artº. 239, n.º 2 do CIRE, se exonerar dos compromissos que até então não lhes seja possível saldar.

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8. INVENTÁRIO

(ART.S 153.º E 155º CIRE)

a) VENCIMENTO

Rendimento auferido pela insolvente mulher, na sociedade “Porminho Alimentação, S.A.”, no valor de € 505,00.

Subsídio de desemprego auferido pelo insolvente marido, no montante diário de € 15,40, resultando um valor médio mensal de cerca de € 450,00.

b) BENS MÓVEIS

Verba n.º 1

Veículo automóvel ligeiro de passageiros, marca Ford, modelo Ford C-Max, do ano de 2009, com a matrícula 49-II-37, no valor de --- € 7.700,00 Va l or de ve nda a p u ra do e m consu l ta do si te de ve nda w w w .sta ndvi rt u al .com, e m 16 de nove mb ro de 2015 de sva l ori za do de u m coe fi ci e nte de 30% do va l or de me rca do._ _ _ _ _ _ _ __ _ _

Verba n.º 2

Motociclo, marca Honda, modelo Honda JF31, a gasolina, do ano de 2012, com a matrícula 66-NC-80, no valor de ---€ 750,00

C) RELAÇÃO PROVISÓRIA DE CREDORES

(ART. 154º CIRE)

Referências

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