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Manoel Luciano Aviz Quadros*, Cristiana Maciel, Sandra Bastos & Iracilda Sampaio

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Academic year: 2021

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REPRODUÇÃO DO CAMARÃO CANELA - MACROBRACHIUM ACANTHURUS EM CONDIÇÕES CONTROLADAS DE LABORATÓRIO E MONTAGEM DE UM

ATLAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE ESTÁGIOS LARVAIS

Manoel Luciano Aviz Quadros*, Cristiana Maciel, Sandra Bastos & Iracilda Sampaio

Laboratório de Aquicultura, Universidade Federal do Pará, Campus Universitário de Bragança

. CEP: 68600-000 Cidade: Bragança-PA

Fone/FAX: (91) 425 1209. *Bolsa: PIBIC/CNPq

E-mail: cmaciel@ufpa.br/sbastos@ufpa.br/iracilda@ufpa.br RESUMO

Macrobrachium acanthurus é um camarão de água doce com relevante interesse comercial devido ao porte, boa aceitação no mercado consumidor, fácil manutenção e reprodução em cativeiro, rara incidência de doenças e altas taxas de fecundidade e fertilidade. O

desenvolvimento larval dessa espécie compreende 10 estágios segundo Choudhury (1970) que ilustrou as principais estruturas morfológicas de cada estágio. Dobkin (1971) complementou este trabalho com ilustrações em vista dorsal e lateral até o estágio IV. A larvicultura M. acanthurus foi realizada em sistema fechado dinâmico em tanques com capacidade de 70 litros, salinidade 16 e densidade de 100 larvas/litro. As larvas foram monitoradas diariamente para identificação dos estágios e avaliação das condições gerais. O desenvolvimento completo foi obtido a partir do 39º dia de cultivo e para descrição dos estágios larvais os exemplares foram fixados em solução de formalina e as exúvias conservadas em álcool glicerinado para confecção dos desenhos. Até o estágio V as metamorfoses foram regulares com cada muda correspondendo a um novo estágio. A partir do estágio VI a ocorrência de mudas não evidenciava obrigatoriamente o surgimento de um novo estágio. Diferenças no número e formato dos dentes do rostro nos estágios VII a IX foram identificadas em relação à descrição de Choudhury (1970). A confecção de um atlas associado a chave de identificação constitui uma importante ferramenta para a rotina da larvicultura, uma vez que permite a identificação dos estágios larvais baseados em suas características morfológicas.

PALAVRAS CHAVES

Macrobrachium acanthurus, camarão canela, larvicultura ABSTRACT

Macrobrachium acanthurus is a freshwater prawn with important commercial interest due to size, good acceptance in the consumer market, easy maintenance and reproduction in

captivity, rare incidence of diseases and high rates of fecundity and fertility. The larval development of this species is composed of 10 stages according to Choudhury (1970) that illustrate the main morphologic structures of each stages. Dobkin (1971) complemented this

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work with illustrations of dorsal and lateral views up to stages IV. The hatchery of M. acanthurus was accomplished in dynamic closed system in tanks with capacity of 70 liters, salinity 16 and density of 100 larvae/liter. The larvae were monitored daily for identification of the stages and evaluation of the general conditions. Complete development was obtained by the 39th day of cultivation. The samples were fixed in formol diluted to 10 % and the exuvias were conserved in alcohol with glycerine to make the drawings for the description of the larval stages. Until stage V the metamorphoses were regular with each moult

corresponding to a new stage. From the stage VI the moult occurrence didn't evidence the appearance of a new obligatorily apprenticeship. Differences in the number and format of the teeth and of the rostrom in the apprenticeships VII to IX were identified in relation to the description of Choudhury (1970). The making of an atlas associated with an identification key constitutes an important tool for the routine of the hatchery, once it allows the identification of the larval apprenticeships based on its morphologic characteristics.

INTRODUÇÃO

O camarão de água doce da espécie Macrobrachium acanthurus possui uma distribuição geográfica restrita às Antilhas e porção atlântica do continente americano, ocorrendo desde a Carolina do Norte (USA) ao sul do Brasil (Holthuis, 1952). Em várias regiões esse camarão é bastante explorado artesanalmente pelas populações ribeirinhas e constitui um recurso pesqueiro economicamente relevante. Apresenta grande porte, altas taxas de fertilidade e fecundidade, fácil manutenção e reprodução em cativeiro, por isso é

considerado potencialmente viável para o cultivo em escala comercial (Choudhury, 1970; New, 1995).

Estudos referentes à biologia reprodutiva dessa espécie foram realizados no estuário do rio Caeté, Bragança-PA, observando-se uma variação na abundância de acordo com as oscilações da salinidade (Quadros, 2002a). M. acanthurus apresenta reprodução durante o período chuvoso em diferentes regiões do Brasil. No estuário do Rio Caeté, Pará a reprodução ocorre entre os meses de janeiro a junho (Quadros, 2002a) e no Rio Ribeira do Iguape, São Paulo nos meses de dezembro e janeiro (Valenti, 1986).

Além de estudos sobre a biologia reprodutiva, há necessidade do desenvolvimento de uma técnica de larvicultura apropriada para M. acanthurus, uma vez que o cultivo nessa fase apresenta várias dificuldades, não tendo sido estabelecido até o momento uma metodologia que alcance altas taxas de sobrevivência (Kutty et al, 2000). Dobkin (1974) apud Kutty et al. (2000) utilizou salinidades de 16 a 18 em tanques com densidade de 5 a 20 larvas/L. O surgimento de pós larvas foi relatado entre o 28º e o 38º dia de cultivo e sobrevivência entre 10 e 20%.

A primeira descrição dos estágios larvais, para esta espécie, foi realizada por

Choudhury (1970) que registrou a existência de 10 estágios, ilustrando as principais estruturas morfológicas de cada estágio. Dobkin (1971) complementou o trabalho citado anteriormente com ilustrações em vista dorsal e lateral dos quatro primeiros estágios. Guest (1979),

descreveu os estágios larvais de M. amazonicum, enfatizando as mudanças do telson e urópodos a cada metamorfose. Magalhães (1985), ilustrou as principais estruturas indicativas de mudança de estágio larval para M. amazonicum da Amazônia Central, com o registro da ocorrência de 11 estágios. Quadros, (2002b) acrescentou às ilustrações de Magalhães (1985), fotografias referentes a cada estágio larval, valorizando as principais estruturas indicativas de mudança a cada metamorfose.

A elaboração de uma chave de identificação com ilustrações que auxiliem na diferenciação de cada estágio durante o desenvolvimento larval de M. acanthurus constitui

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uma ferramenta fundamental para a rotina da larvicultura, além de possibilitar a análise do desempenho do cultivo em sistema fechado dinâmico.

MATERIAIS E MÉTODOS

Para a obtenção das larvas foram coletadas fêmeas ovígeras, com covos tradicionais (matapis), no furo do Taici, estreito braço de rio que comunica os rios Taperaçu e Caeté, município de Bragança-PA. As fêmeas ovígeras foram desinfetadas em solução de formol a 25 ppm e mantidas em caixas de eclosão (70 litros) com oxigenação constante e água na mesma salinidade (16) e temperatura (entre 28 e 30°C) utilizadas na larvicultura. Após a eclosão, as larvas foram sifonadas por gravidade para um recipiente graduado, com leve aeração para a homogeneização, e concentradas em um volume conhecido. O número de larvas foi estimado a partir da média de 20 unidades de amostra, com reposição, utilizando uma pipeta de 5mL de ponta cortada (Valenti, 1998).

A larvicultura foi desenvolvida em sistema fechado dinâmico em uma densidade de 100 larvas/L. Nesse sistema, ocorre a recirculação da água de cultivo por um filtro biológico que propicia um processo contínuo de nitrificação garantindo baixos níveis de amônia no decorrer do cultivo, assim como a eliminação de outros detritos decorrentes do metabolismo geral das larvas e dos náuplios de Artemia utilizados na alimentação (Valenti, 1998; Valenti & Daniels, 2000). A partir do V estágio larval foi ofertado alimento inerte (Valenti, 1998).

As larvas foram observadas diariamente com o auxílio de um microscópio óptico para a determinação do estágio de desenvolvimento e avaliação de condições gerais. Os

exemplares separados para confecção das ilustrações foram fixados em formol 10% durante 24 horas, em seguida foi utilizado uma solução de Hidróxido de Potássio (KOH) a 10% durante 2 horas para obtenção das exúvias que foram conservadas em uma solução de álcool glicerinado (50% de álcool 70 e 50% de glicerina). As ilustrações foram confeccionados em vista dorsal e lateral, enfatizando as principais características que identificam os respectivos estágios de desenvolvimento larval.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O tanque de cultivo foi povoado com aproximadamente 5600 larvas, onde os seguintes parâmetros foram registrados: salinidade 16; pH entre 7,8 e 8,1; temperatura entre 28 e 30 °C; concentração de nitrito entre 0,25 e 0,50 ppm e amônia praticamente nula. As primeiras pós larvas foram observadas no 39° dia do experimento, Choudhury (1970) relata a ocorrência de pós-larvas a partir do 32º dia de cultivo. Durante toda a larvicultura, as larvas apresentaram aspecto saudável e houve regularidade na metamorfose.

Os desenhos foram confeccionados em vista dorsal e lateral considerando-se os 10 estágios descritos por Choudhury (1970) e ilustrados por Dobkin (1971) até o IV estágio (Figuras 1 a 10). A tabela 1 apresenta a descrição das principais estruturas morfológicas características de cada estágio.

A metamorfose foi regular até o estágio V, onde cada muda correspondeu ao surgimento de uma nova característica. A partir do VI estágio as metamorfoses foram irregulares, com a ocorrência de muda, sem necessariamente o surgimento de uma nova estrutura, não

caracterizando um novo estágio larval. Choudhury (1970) registrou a presença de dentes na margem superior do rostro das larvas nos estágio VII (um dente), VIII (três dentes) e IX (4 a 5

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dentes). Essas características não foram observadas nas larvas utilizadas neste estudo. Os demais estágios descritos por este autor são comuns.

O desenvolvimento larval descrito para M. acanthurus proveniente do estuário do rio Caeté, Bragança-PA, apresenta poucas diferenças em relação a trabalhos realizados com outras populações da mesma espécie. O Sistema Fechado Dinâmico ofereceu resultados satisfatórios, possibilitando a conclusão do desenvolvimento larval e a montagem do Atlas. Não foi possível analisar a sobrevivência das larvas devido a retirada de parte dos exemplares do tanque de cultivo para confecção dos desenhos.

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Figura 1 – Zoea I: Olhos sésseis, carapaça lisa sem espinhos, rostro reto sem dentes, sexto somito contínuo com o telso. Escala = 1mm

Figura 2 – Zoea II: Carapaça com um espinho supra-orbital situado dorso-lateralmente e espinho pterigostomial no canto antero-ventral, rostro reto sem dentes. Escala = 1mm

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Figura 3 – Zoea III: Rostro com um dente dorsal, abdome com o sexto somito separado do telso e apenas o exopodito do urópodo está presente (endopodito ainda rudimentar). Escala = 1mm

Figura 4 – Zoea IV: Rostro com dois espinhos epigástricos na base do rostro, carapaça com o espinho antenal presente situado imediatamente acima do espinho pterigostomial, telso ainda em forma de leque e urópodo com exopodito e endopodito presentes. Escala = 1mm

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Figura 5 – Zoea V: Telso mais alongado com formato aproximadamente retangular, urópodo com exopodito e endopodito com maior número de cerdas plumosas. Escala = 1mm

Figura 6 – Zoea VI: Na parte ventral do abdome surgem pequenos brotos que constituem os pleópodos. Escala = 1mm

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Figura 7 – Zoea VII: Os pleópodos apresentam-se mais bem desenvolvidos com exopodito e endopodito ainda rudimentar sem cerdas. Escala = 1mm

Figura 8 – Zoea VIII: Pleópodos bem mais desenvolvidos com exopodito e endopodito bem evidentes e presença de cerdas plumosas no exopodito. Escala = 1mm

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FIGURA 1

Figura 9 – Zoea IX: Exopodito e endopodito dos pleópodos com cerdas plumosas e presença do apêndice interno em todos exceto no primeiro pleópodo. Escala = 1mm

Figura 10 – Zoea X: Desaparecimento do espinho no bordo látero-posterior do quinto somito no abdome, rostro com 6 a 7 dentes dorsais. Escala = 1mm

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Tabela 1 – Resumo esquemático das principais estruturas indicativas de mudança de estágio de Macrobrachium acanthurus.

Estágios estrutura

Zoea I Olhos sésseis, carapaça lisa sem espinhos, rostro reto sem dentes, sexto somito contínuo com o telso.

Zoea II Carapaça com um espinho supra-orbital situado dorso-lateralmente e espinho pterigostomial no canto antero-ventral, rostro reto sem dentes, abdome com um espinho no bordo látero-posterior do quinto somito e uma pequena chanfradura no quarto somito.

Zoea III Rostro com um dente dorsal, abdome com o sexto somito separado do telso e apenas o exopodito do urópodo está presente (endopodito ainda rudimentar).

Zoea IV Rostro com dois dentes dorsais, carapaça com o espinho antenal presente situado imediatamente acima do espinho pterigostomial, telso ainda em forma de leque e urópodo com exopodito e endopodito presentes.

Zoea V Telso mais alongado com formato aproximadamente retangular, urópodo com exopodito e endopodito com maior número de cerdas plumosas. Zoea VI Na parte ventral do abdome surgem pequenos brotos que constituem os

pleópodos.

Zoea VII Os pleópodos apresentam-se mais bem desenvolvidos com exopodito e endopodito ainda rudimentar sem cerdas plumosas.

Zoea VIII Pleópodos bem mais desenvolvidos com exopodito e endopodito bem evidentes e presença de cerdas plumosas no exopodito.

Zoea IX Exopodito e endopodito dos pleópodos com cerdas plumosas e presença do apêndice interno em todos exceto no primeiro pleópodo.

Zoea X Desaparecimento do espinho no bordo látero-posterior do quinto somito no abdome, rostro com 6 a 7 dentes dorsais.

AGRADECIMENTOS

Projeto Institutos do Milênio MCT/CNPq, SECTAM/FUNTEC. Manoel Luciano Quadros é bolsista PIBIC/CNPq desde 2002.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DOBKIN, S. A Contribution to knowledge of the larval development of Macrobrachium acanthurus (WIEGMANN, 1836) (Decapoda, Palaemonidae). Crustaceana 21: 294 – 297, 1971.

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amazonicum (Heller) (Decapoda: Palaemonidae). Crustaceana.37 (2): 141-151. 1979. HOLTHUIS, L. B. A general revision of the Palaemonidae (Crustacea, Decapoda, Natantia)

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