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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DEF

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – DEF

EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA NA PERFORMANCE DE CORREDORES VELOCISTAS: REVISÃO DE LITERATURA

FÁBIO RODRIGUES SILVA DE AZEVEDO

Natal – RN 2018

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FÁBIO RODRIGUES SILVA DE AZEVEDO

EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA NA PERFORMANCE DE CORREDORES VELOCISTAS: REVISÃO DE LITERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Campus Central, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Educação Física, sob a orientação do Prof. Romilson de Lima

Nunes.

Natal – RN 2018

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS Azevedo, Fabio Rodrigues Silva de.

Efeitos da suplementação de creatina na performance de corredores velocistas: revisão de literatura / Fabio Rodrigues Silva de Azevedo. - 2018.

21f.: il.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Educação Física. Natal, RN, 2018.

Orientador: Romilson de Lima Nunes.

Coorientador: Ciro Alexandre Mercês Gonçalves. Coorientador: Ewerton Leonardo da Silva Vieira.

1. Suplementação - TCC. 2. Creatina - TCC. 3. Velocista - TCC. 4. Corrida - TCC. I. Nunes, Romilson de Lima. II.

Gonçalves, Ciro Alexandre Mercês. III. Vieira, Ewerton Leonardo da Silva. IV. Título.

RN/UF/BSCCS CDU 796.011

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FÁBIO RODRIGUES SILVA DE AZEVEDO

EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA NA PERFORMANCE DE CORREDORES VELOCISTAS: REVISÃO DE LITERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Campus Central, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Educação Física, sob a orientação do Prof. Romilson de Lima Nunes.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________

Prof. Romilson de Lima Nunes

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Presidente da Comissão Examinadora

_______________________________________________

Prof. Ciro Alexandre Mercês Gonçalves

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Examinador Interno

_______________________________________________

Ewerton Leonardo da Silva Vieira

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Examinador Interno

Aprovado em __/__/____

NATAL/RN 2018

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, que me ajudou dando sabedoria e graça para concluí-lo. Agradeço também a todos os professores desta universidade que me acompanharam durante a graduação, em especial ao Prof. Romilson de Lima Nunes, responsável pela realização deste trabalho.

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SUMÁRIO 1. Introdução... 07 2. Métodos... 09 3. Revisão da literatura... 10 4. Discussão... 12 5. Conclusão... 15 6. Referências... 16

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RESUMO

Já está provado no meio científico o potencial que a creatina como suplemento ergogênico tem sobre os ganhos de hipertrofia muscular associada ao treinamento de força. Por ajudar também na explosão muscular dando um estímulo a mais numa recarga rápida de energia, seus efeitos também podem ser sentidos em esportes que exigem força e potência. O objetivo foi identificar os efeitos ergogênicos da suplementação de creatina em corredores velocistas. Esta revisão foi realizada com estudos compostos por artigos originais que relacionaram diretamente a suplementação de creatina com o desempenho aeróbio após uma seleção baseada em critérios de exclusão. O resultado reforçou a disseminação de informações conflitantes e imprecisas a respeito do uso de creatina com a finalidade de beneficiar atletas velocistas.

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ABSTRACT

EFFECTS OF CREATINE SUPPLEMENTATION IN THE PERFORMANCE OF SPEED CORRIDORS: LITERATURE REVIEW

The potential that creatine as an ergogenic supplement has over the gains of muscle hypertrophy associated with strength training has already been proven in the scientific world. By also aiding in muscle explosion by giving extra stimulus in a rapid recharge of energy, its effects can also be felt in sports that require strength and power. The objective was to identify the ergogenic effects of creatine supplementation on sprinter runners. This review was performed with studies composed of original articles that directly related creatine supplementation with aerobic performance after a selection based on exclusion criteria. The result reinforced the dissemination of conflicting and inaccurate information regarding the use of creatine for the purpose of benefiting sprinter athletes.

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1. INTRODUÇÃO

A corrida é uma das modalidades mais procuradas por indivíduos que querem melhorar seu condicionamento físico por oferecer uma melhor qualidade de vida, além de outros benefícios: tem baixo custo, é um tipo de treino onde o indivíduo não depende de outra pessoa e tem fácil acesso (pode-se correr em praticamente qualquer lugar). Por esses motivos ela acaba se tornando um esporte disponível a todos os interessados. Porém, a corrida também pode ser adotada por outros motivos, tais como: melhora nos níveis de colesterol (aumento do HDL, o bom colesterol e diminuição do LDL, o mau colesterol), prevenção de osteoporose, diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares e controle da hipertensão arterial, maior utilização de gordura como fonte de energia para o exercício gerando um maior gasto calórico e um controle do peso corporal, controle do estresse causando sensação de bem estar, superação de limites pessoais e, apesar de ser um esporte individual, pode-se praticá-lo em grupos ou com alguém do mesmo nível beneficiando o relacionamento social (OCARINO e SERAKIDES, 2006; SANTOS e BORGES, 2010; WEINECK, 2003; COGO, 2009; MASSARELA e WINTERSTEIN, 2009 apud BALBINOTTI et al, 2015, p.66).

Vários atletas profissionais e amadores tem recorrido aos suplementos alimentares para ganhar performance em treinos e competições. Entre eles, os corredores velocistas. Esse tipo de corredor é especialista em corridas de velocidade em curta distância, sendo a mais famosa a de 100 metros rasos (temos também a de 200m e de 400m). Nesta categoria específica conhecemos atletas famosos como o jamaicano Usain Bolt e o brasileiro Robson Caetano (LEMERMEIER, 2018).

Uma das substâncias que tem se destacado entre esses praticantes para ganho de performance é a creatina (ou ácido metil-guanidinoacético). Entre seus principais efeitos ergogênicos estão o desenvolvimento da massa magra e explosão muscular (CÂMARA e DIAS, 2009). No corpo, a creatina é convertida em creatina fosfato, substância de ocorrência natural no músculo e utilizada durante os primeiros segundos (8-10s) em uma explosão rápida de energia, o suficiente para uma corrida de 100 metros (SILVA, 2001). Esse tipo de corrida pode ser considerado como uma prova de velocidade pura, por ter caráter fosfogênico (o substrato energético utilizado é a fosfocreatina). Sua via fosfogênica de fornecimento de energia é ATP-CP (adenosina trifosfato – creatina fosfato), característica de exercícios com alta

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intensidade e curta duração (cerca de 10 segundos). Já uma corrida de 150 metros, caracterizada como corrida de resistência de velocidade, tem caráter glicolítico (seu substrato energético é a glicose) (OLIVEIRA e colaboradores, 2013). Por isso, a creatina é bastante benéfica em esportes que exigem força e potência no atletismo (corridas de velocidade, lançamentos, saltos e arremesso). Essas modalidades possuem uma semelhança entre si: na maior parte do tempo, requerem potência e há pouca contribuição da parte aeróbica.

O motivo da realização deste trabalho é fazer com que o corredor velocista tome conhecimento da maneira correta do consumo de creatina para ajudá-lo a atingir suas metas tendo como base princípios científicos comprovados.

O objetivo é identificar os efeitos ergogênicos da suplementação de creatina em corredores e o específico é identificar esses mesmos efeitos em corredores velocistas.

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2. MÉTODOS

Inicialmente foram pesquisados nos sites PUBMED e SCIELO artigos de língua portuguesa e inglesa que apresentassem, direta ou indiretamente, relação entre suplementação de creatina e corredores velocistas. Foram utilizadas as palavras-chave “suplementação”, “creatina”, “velocista” e “corrida”, tanto em português quanto em inglês.

A pesquisa deu-se com uma revisão de literatura que é o processo de busca, análise e descrição de um corpo do conhecimento em busca de resposta a uma pergunta específica. Essa busca cobre todo o material relevante que é escrito sobre um tema: livros, artigos de periódicos, artigos de jornais, registros históricos, relatórios governamentais, teses e dissertações e outros tipos.

A busca bibliográfica resultou em sete artigos originais obedecendo aos critérios de inclusão, de acordo com os objetivos do estudo. Além das pesquisas propriamente feitas, também foram coletados artigos científicos encontrados em várias publicações específicas para reforço deste trabalho: Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, Revista Brasileira de Fisioterapia, Revista de Medicina, Revista Brasileira Ciência e Movimento, Revista de Nutrição, Revista da Educação Física, Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, The American Journal of Clinical Nutrition, Journal of Strength and Conditioning Research, Medicine & Science in Sports & Exercise, Revista Española de Fisiologia,

Journal of Athletic Training, revista digital EFDeportes.com, livro Suplementação de Creatina, sites Gazeta do Povo, Portal da Educação Física e Webrun.

Os critérios de inclusão dos artigos foram os possíveis efeitos ergogênicos da suplementação de creatina especificamente em corredores velocistas.

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3. REVISÃO DA LITERATURA

Oliveira e colaboradores (2013), utilizando 12 homens da equipe de atletismo com idades entre 18 e 25 anos, compararam os resultados dos testes de velocidade (30 metros), sprint de 100 metros e corrida de 40 segundos. A equipe foi dividida em dois grupos de seis atletas cada, praticantes de provas de corrida de velocidade (100 e 200 metros), submetidos a um mesociclo (3 semanas) de treinamento específico, acompanhado de um programa de suplementação, onde um grupo realizou a ingestão de creatina, sendo administrada 20 gr/dia divididos em 4 doses de 5 gr durante a primeira semana (5 dias), seguido por uma fase de manutenção de 3 gr/dia na segunda e terceira semana (10 dias). O outro grupo seguiu o mesmo protocolo de suplementação, mas no lugar da creatina, ofereceu-se placebo. A pesquisa mostrou uma melhora significativa do grupo creatina na performance dos sprints de 100 metros quando comparado ao grupo placebo. Os testes de velocidade (30 metros) e a corrida de 40 segundos não apresentaram diferença significativa entre os grupos.

Skare e colaboradores (2001) também avaliaram o efeito da suplementação de creatina sobre a performance no sprint de 100 metros. Contaram com 18 atletas velocistas do sexo masculino que foram divididos em dois grupos: o grupo creatina ingeriu 20 gr/dia de creatina com 20 gr/dia de glicose e o grupo placebo ingeriu 40 gr/dia de glicose. Houve uma redução no tempo de sprint pelo grupo creatina. Os autores atribuíram essa redução ao aumento de fornecimento de fosfocreatina durante a realização do trabalho em função da suplementação realizada.

Com as pesquisas de Javierre e colaboradores (1997) foram avaliados os efeitos da creatina sobre um sprint de 150 metros realizado por 20 velocistas que realizaram a suplementação de 25 g/dia de creatina por três dias. Não houve melhora significativa com o experimento.

Aaserud e colaboradores (1998), utilizando jogadores de handball em um teste de 8 sprints de 40 metros com intervalo de 25 segundos entre os sprints, avaliaram seus desempenhos após uma suplementação de creatina por 14 dias (20 gr/dia durante 5 dias seguido de 2 gr/dia durante 9 dias). Foi observado somente uma melhora no tempo dos 3 sprints finais.

Já Rosário e colaboradores (2006) examinou os efeitos da suplementação de 30 gr de creatina divididas em seis doses de 5 gr de creatina acompanhadas de 95 gr de carboidrato, durante 24 horas, no desempenho de um único sprint de corrida de 400 metros. Os pesquisadores escalaram 10 indivíduos fisicamente ativos com

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idades entre 18 e 25 anos. Foram divididos em dois grupos de 5 indivíduos cada. O Grupo Creatina recebeu a creatina com carboidrato e o Grupo Placebo consumiu apenas suco artificial, todos nos mesmos horários. O resultado foi que não houve melhora significativa no grupo Creatina devido a possibilidade da quantidade ingerida ser maior do que a preconizada (20 gr) e a falta de tempo para que fosse absorvida pelo músculo esquelético.

Delecluse e colaboradores (2003) pesquisaram em nove sujeitos treinados em corridas de velocidade os efeitos da suplementação com monohidrato de creatina por sete dias. Utilizaram 0,35 gr de creatina por kg de peso corporal. O teste consistia numa corrida de 40 m. Não foram observadas mudanças significativas.

Gomes e Aoki (2005) associaram a suplementação de creatina e aumento de performance em exercícios concorrentes (exercícios de corrida seguidos por exercícios de força). Os pesquisadores elencaram dezesseis estudantes do sexo feminino, com idade média de 20 anos, moderadamente ativas. Elas foram divididas em dois grupos: 8 mulheres foram suplementadas com creatina e as outras 8 com placebo (maltodextrina). O tempo de suplementação durou 12 dias, onde 5 dias foram de suplementação (4 g/dia) e 7 dias foram de manutenção (3 g/dia). As que foram suplementadas com placebo também obedeceram ao mesmo protocolo. Foram realizados testes de corrida com duração de 20 minutos seguido de um teste de 1 RM do leg press e de testes com três séries de repetições a 80% de 1 RM do mesmo exercício. No grupo suplementado com creatina houve uma manutenção na força dos testes de repetições máximas subseqüentes à corrida devido a um maior estoque de creatina intramuscular.

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4. DISCUSSÃO

Dos estudos incluídos nesta revisão, foram observados alguns efeitos positivos pelo uso da suplementação de creatina tais como redução do tempo de sprint de 100 metros devido ao aumento na oferta energética de fosfocreatina e aumento na capacidade de repetição máxima no teste de força máxima.

Em relação ao aumento na oferta energética de fosfocreatina (OLIVEIRA e colaboradores, 2013; SKARE e colaboradores, 2001) é porque, com a alta carga de creatina no organismo devido a fase de carregamento e manutenção, houve um acréscimo de creatina intramuscular mantendo a disponibilidade da fosfocreatina durante o exercício realizado, fazendo com que o corpo tenha uma rápida provisão de energia (GUALANO e colaboradores, 2014). No teste de velocidade de 30 metros e no teste de corrida de 40 segundos não houve melhora de desempenho porque no primeiro teste, por ter uma distância menor e que leva aproximadamente 4 segundos em média para sua conclusão, não há necessidade de um aporte energético de fosfocreatina para o tempo de trabalho realizado. Com o segundo teste, esta corrida se caracteriza como prova de resistência de velocidade, com caráter glicolítico cujo substrato energético é a glicose, uma fonte em que a creatina não atua (OLIVEIRA e colaboradores, 2013).

Já com o aumento na capacidade de repetição máxima no teste de força máxima (GOMES e AOKI, 2005), a suplementação de creatina ajuda no aumento de massa magra por causa da retenção hídrica, quando a molécula de creatina está armazenada dentro das células musculares e ligada ao radical fosfato que se constitui na forma de armazenamento de energia para exercícios de força e potência. Quando se realiza um programa de exercícios de maior intensidade, como por exemplo exercícios com pesos, é criada uma maior demanda de creatina. A suplementação vai então atender esta maior demanda e promover maior acúmulo de creatina dentro das células. Aumentando a concentração de creatina nas células musculares, é criado um gradiente osmótico (diferença de concentração) que provoca a entrada de água nas células musculares. Quando isso acontece é sinal que já aumentou a quantidade de creatina nas células e, portanto, já existe maior quantidade de energia armazenada. A partir da entrada de água nas células, o compartimento celular se expande e nos dias subseqüentes este mecanismo estimula a síntese de proteínas, e consequentemente, aumenta a massa muscular. Com Aaserud e colaboradores (1998) a melhora somente nos 3 sprints finais

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possivelmente é devido a uma alta carga de creatina no organismo onde aconteceu, durante os testes, a fase de carregamento e manutenção aumentando a creatina intramuscular e, com isso, mantendo a disponibilidade da fosfocreatina durante o exercício realizado, fazendo com que o corpo tenha uma rápida provisão de energia.

Alguns efeitos negativos também foram detectados devido a uma possível suplementação inadequada (25 gr) e uma metragem maior utilizada para o sprint (150 mt) (JAVIERRE e colaboradores, 1997). A explicação é que a metragem utilizada para esse tipo de sprint tem característica de corrida de resistência de velocidade que por sua vez tem caráter glicolítico, pois seu substrato energético é a glicose. Para uma melhor utilização da creatina um sprint de 100 metros seria mais adequado devido ao seu caráter fosfogênico com substrato energético sendo utilizado a fosfocreatina cuja via fosfogênica de fornecimento de energia é ATP-CP, característica de exercícios de alta intensidade e curta duração (cerca de 10 segundos). Em relação a suplementação inadequada, Gualano e colaboradores (2014) diz que foi estabelecido entre os pesquisadores um protocolo de suplementação da creatina onde a fase de carregamento seja entre 5 a 7 dias e que consista num consumo de doses altas entre 20 a 30 g/dia.

Com Rosário e colaboradores (2006) houve uma suplementação inadequada (30 gr) além da falta de tempo hábil para que a creatina fosse absorvida pelo músculo esquelético. Neste caso, a dose estava adequada mas não houve tempo suficiente para que a creatina fizesse efeito no organismo pois há necessidade de um tempo maior de adaptação: entre 5 a 7 dias para o carregamento e no máximo 3 meses para manutenção, segundo Gualano e colaboradores (2014). Em relação a corrida de 400 metros, também não haveria condições de a creatina surtir efeito devido ao caráter glicolítico da corrida.

No estudo de Delecluse e colaboradores (2003) não houve mudanças significativas no teste de corrida de 40 metros porque o motivo é que este tipo de corrida tem característica de teste de velocidade onde não há necessidade de um aporte energético de fosfocreatina.

Também existem indivíduos que já apresentam concentração intramuscular de creatina próximo ao ponto de saturação sem fazer uso de suplementação. Esse ponto de saturação equivale a um valor próximo a 160mmol/kg de músculo seco (é o limite máximo de concentração de creatina que o músculo humano é capaz de atingir). Os indivíduos que possuem essa concentração máxima de creatina

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muscular são denominados non-responders. São pessoas que possuem uma alimentação rica em fontes de creatina (carnes, peixes, etc.). Em cerca de 1 kg de carne pode ser encontrada de 2 a 5 gr de creatina, dependendo do tipo de alimento. Então, é possível que aqueles que consomem grandes quantidades desse tipo de alimento tenham uma quantidade suficiente de creatina para que seus músculos possam estar abastecidos. Isso pode explicar os resultados controversos encontrados em algumas pesquisas (CORRÊA, 2013)

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5. CONCLUSÃO

A realização de mais pesquisas envolvendo a suplementação de creatina com corredores deve ser realizada a fim de consolidar uma base mais concreta em relação aos conhecimentos disponíveis acerca do uso da substância enquanto recurso ergogênico para atletas.

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6. REFERÊNCIAS

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Referências

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