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S 0 PAULO Unl."..lloirl", TRABALHO ORALIMPACTO DAS TECNOLOGIASDE INFORMAc;AO NA GESTAO DA BIBLIOTECAUNIVERSITARIA
Uso estrateqico das tecnologias em inforrn acao
docurnentaria
CR
UESP
A INFO RMATIZACAO DA MAPOTECA DO INSTITUTO DE GEOCIENCIAS /
DA USP:
relato
de
sxperlencla
,
/
GUERRA, S.R.
Y. ~L~
ET
,
M.A
.
~
- : OLIVEIRA, E.B.P. M: ) SEVERINO,M. P.4 »> RESUMORelata a experiencia da Bibliote ca do Instituto de Geocisncias da USP na
intorrnatizacao de sua Mapoteca . 0 registro dos mapas no Banco de Dados Bibliograficos da Universidade (DEDALUS) requereu a formacao de uma equipe com representantes de diversas bibliotecas para estudar a mane ira como realizar a
cataloqacao e a lndexacao, A intorrnatizacao proporcionou a visibilidade dos mapas
e pas em evidencia tanto a necessidade do trabalho .em equipe como necessidade
de fazer doscricoe sblblloqratlcas adequad as a cada tipo de material.
Palavras-chave:
Armazenagem e recuperacao da tnforrn acao .Mapas.Visibilidade.ABSTRACT
It reports the the USP's Instituto de Ceocisncias Library experience with its map
collection computerizatio n. The register of maps in the University Bibliographic
Databank (DEDALU S) required the formation of a group with several libraries
repre sentatives to study the way catalogu ing and inde xation should be done. The
computerization offered visibil ity to the maps and highlighted the need of group work
and of making adequate bibliograp hicdescriptions to each sortof material.
K
eywords:
Information storage and retrieval. Maps. Visibility.1 INTRODU<;Ao
o
advento das redes digitais decornunlcacao
e da Internet provocaram rnudancas significativas na cornunicacao cientifica na medida em que ampliararn a interatividade entre produtores e usuaries da intorrnacao, 0 comparti lhamento e, nesse sentido. 0 acessoa
mtormacao (POBLACION, GOLDENBERG. 2001: MORESCHI, NORONHA, 2005).Nesse contexto, e importante chamar atsncao para um aspecto diretamente relacionado ao acesso: a
disponibilizacao
de conteudos em bancos de dados biblioqraticos,sejam eles de texto completo ou referenciais.E
comum que um material blblioqrafico deixe de ser acessado de maneira ampla por Ialta de registro em bases de dados ou, se registrado, par talta de descricao adequada, 0 que gera certa invisibilidade.Na Biblioteca do Instituto de Geocienclas da USP havia um exemplo bastante claro dessa invisibilidade: ate 0 infcio de 2004, os mapas constantes do acervo ainda nao estavam registrados no DEDALUS. 0 Banco de Dados Blblloqratlcos da Universidade. Eles estavam catalogadosem fichas disponibilizadas apenas para consulta local.
Para localiza-los, era necessaria uma exata cornpreensao do que se estava buscando (local e caracterfstica tscnica do mapeamento) e 0 auxilio do responsavel por essa parte do acervo. Era, tarnbern, comum que usuaries
"perdessem a viagem" porque, nao havendo a possibilidade de consulta online do material cartoqratlco disponfvel, deslocavam-seate0 Instituto porsupor a existencla do material.
Fazia-se clara a necessidade de registrar no DEDALUS esse material cartoqratlco,de forma a facilitarsua rscuperacao.
Adicione-se a essas quest6es, 0 fato de que os mapas do Instituto de Gsocienclas (IGc) sao bastante consultados nao s6 por membros do mundo acadernico, mas tarnbern por usuaries provenientes da iniciat iva privada, que neles buscam lntormacoes importantes para os projetos de suas empresas.
0
constante manuseio de um material cu]o suporte e tragil pode causar sua raplda deterloracao.A situacao
e
mais grave no caso dos mapas mais antigos, que nao foram reeditados e,portanto ,nao poderiam ser repostos ainda que houvesse verba para isso.A digitaliza<;ao dos mapas passou a ser vista com o uma forma de interromper 0 usa e a deterloracao, pois ao inves do documento em papel, sua versao eletronic a
e
que seria oferecida para a consulta do usuario. Os mapas originais deixariam de ser manus eados e ate emprestados, 0 que contribuiria enormemente para a sua preservacao, inclusi ve com a possibilidade de reposicao de materiais esgotados que por ventura sofressem algum dano. Propos- se, entao, acrlacao de uma base de dados com os registros cataloqraticos dos mapas e um link para 0 materialdigitalizado .
Dessa form a. os mapas foram sendo eadastrados no DEDA LUS seguindo o AACR2 e 0 MARC21,com 0 desenvolvimento em paralelo de uma base de dados local para insercao dos registros atrelados aos documentos eletr6nicos. com a
possibilidade de visualizacao da imagem digital. Assim, os registros foram sendo migrados do DEDALUS para a base GEOMapas. A diqitallzacao do material cartcoratlco esta sendo realizada com recursos pr6prios do IGc, com a colaboracao da
secao
Tecnica de Informatica , que utiliza um scanner de rolo HP DesignJet 815MFT e gera arquivos em extensao JPEG, com 300 DPI de resoluc ao. Os dados gerados sao armazenados em um micro servidor.e c6pias de sequranca sao gravadas em DVD.
Essa base tsra seu uso regulamentado pelas normas de direitos autorais
vigentes no pais, ou seja , 0 aeesso aos registros blolloqraflcos sera franqueado via Internet a todos os interessados em saber sobre a material cartcqrat ico existente no IGe, porern s6 sera permitida a vlsualizacao dos mapas a partir de computadores localizados na Biblioteca,sem possibilidade de downloaddos arquivos.
Dada a tarefa comum as duas propostas (a insercao de dados cataloqratlcos do material cartoqratico do IGc tanto no DEDALU S como na base local), parte das atividades necessarias
a
sua irnpternantacao foi desenvolvida2OBJETIVO DO CADASTRAMENTO DOS MAPAS DO IGC
Cadastrar a colecao de mapas da Biblioteca do Inst ituto de Geociencias
no Banco de Dados Biblloqrat icos da Univers idade de Sao Paulo (DEDALUS). com vistas a uma posterior miqracao desses dados para uma base de dados interna que possibllltara 0 acesso ao documento em formate digital.
3 DESENVOLVIMENTO DA METODO LOGIA DE TRABALHO
A Biblioteca do Instituto de Geoclenctas conta com mais de 5.800 mapas
topoqratlcos, geol6gicos, pedol6gicos, geomorfol6gicos e de veqetacao , do Brasil
(nacionais, estaduais e municipais) e do mundo em diversas escalas e
apresentacoes acondicionados em 18mapotecas.
o
cadastrame nto dos mapas no DEDALUS iniciou-se no final de 2004.sendo que ate entao nao havia registros desse tipo de material no Bancode Dados.
Devido ao pioneirismo da iniciativa e as especificidades dos
rnapas
,
foram encontradas varias dificuldades tanto na oescrlcao ffsica quanta na indsxacao dos documentos. Por esse motivo, propos-sa ao Sistema Integrado de Bibliotecas daUSP (SIBI/USP). em seu planejament o estrateq ico de 2005. 0 desenvolvimento de
um projeto para "aprimorar a cataloqacao e indsxacao do material cartoqrafico
existente nos acervos das bibliotecas " da Universidade, com a dofinlcao de uma
metodologia comum a todas as bibliotecas que possuam esse tipo de material em
seus acervos (APRIMORAMENTO..., 2005; APRIMORAM ENTO ..., 2006). Trata-se dosassim chamados MAPE AR Ie MAPEAR II.
A partir desses projetos, foi desenvolvida uma planilha especffica para
catalocacao do material no DEDALUS e colaborou-se com 0 aperte icoamento do
Vocabulario Control ado da USP atraves da complernentacao/inclusao de termos
qeoqraticos (APR IMOR AME NTO...,2006).
Foram migrados para 0 DEDALUS cerca de 5.000 registros de mapas
indexados em bases internas da Faculdade de Filosofia. Letras eCiencias Humanas
(FFLCH), do Instituto de Oceanografia (10) e do Centro de Biologia Marinha
bibliotecas participantes do Projeto com 0 cadastramento de seus respectivos acervos .
Assim, no decorrer de 2005, a Biblioteca do IGc deu continuidade ao
trabalho iniciado no ana anterior,mas seguindo as detinicoes adotadas nos Prajetos
MAPEAR I e II.
4 METODOLOGIA
A Biblioteca do IGc possui um acervo de mais de 5.800 mapas. Antes do
inicio da mforrnatizacao da Mapoteca. eles estavam catalogados de forma
simplificada em fichas em papel e sua recuperacao era feita por assunto (nome
qeoqratico) em cataloqolocal.
A insercao de dados no DEDAL US envol veu diferentes atividades
exercidas por tuncionarios de varies setores da Bibli oteca: Diretoria, Secao de
Proce ssamento Tecnico e Setor de Mate rial Audiovisual, ao qual esta atrelada a
Mapoteca. Adicionalmente , contou-se com apoio da Secao de Informatica do
Instituto. Foram estabelecidas as seguintes atividades :
} levantamento do
nurnero
de mapas acondicionados em cada mapotec a. comseus respectivos nurneros de tocalizacao e tornbo, a tim de identiticar
possiveis extravios e nurneros de tornbo/loc allzacao vagos;
;.. cataloqacao de todos os mapas atraves do preenchimento de plani lha
especifica,desenvolvida atravesdos Projetos MAPEAR;
r cadastramento do material no DEDA LUS, com registro de tocalizacao no
acervo da Universidade .
Tendo-se em vista a proposta especi fica da Biblioteca do IGc de criar uma
base de dados propria com os docum entos cartoqraflcos digitalizados.
acrescentaram-se a essas outras duas atividades:
} a miqracao dos registros para uma base de dados interna,com veriticacaode
consistencla das inforrnacoes:
Atualmente. cerca de 79% do acervo de mapas ja esta cadastrado no
D
EDALUS
e migrado para abase interna, numtotalde 4.675 mapas.Comrelacao
a
digitalizagao, ja foram digitalizados 1.697 rnapas, com perspectiva de se finalizaressa atividade ate 0 final de 2008.
5CONSIDERACO ES FINAlS
A nnprementacao da informatizag8.o da Mapoteca demonstrou. na pratica, aquilo que muitas vezes
e
relatadoem textos:>-
a impossibilidade do trabalho individual quando se esta inserido emuma rede, 0 que foi evidenciado pela necessidade de transformar um projeto local emprojeto sisternico:
." a dificuldade (ou mesmo impossibilidade) de padronizar a csscricao de
diferentes materiais bibliograticos sem perda de intorrnacao:
);> a lrnportancla da tecnologia da tntorrnac ao para ampliar acsssos. disponibilizar a intormacao e, assirn , dar visibilidade ao material
informacional existente nos acervos.
o
que tarnbern traza
tona outra qusstao: a irnportancia da insercao dosdados do material blblloqratico nas bases, que deve ser feita seguindo uma polltica de cataloqacao e lndexacao que permita uma recuperacao precisa e uma posterior unitlcacao de bases de dados.
0
uso da mais avancada tecnologia da intormacao naoprescinde da adocao de c6digos, padr6es e protocolos que viabilizem a troca dedados entre os diferentes sistemasde lntorrnacao.
A expsriencia proporcionada por este trabalho foi bastante rica nao s6 em termos da aprendizagem de um ponto de vista tecnlco, mas tarnosrn no que tange ao apertetcoarnento de servlcos. Embora a proposta tenha side concebida para
atender uma comunidade mais local, verificou-se, atraves de contatos com
profissionais da lntormacao e pesquisadores. que outras bibliotecas que abrigam
material cartogratico tem interesse em desenvolve r trabalho semelhante:formar uma
base de dados com registros cartoqraflcos acompanhados de links para os documentos digitalizados como uma forma de ampliar 0 acesso e interromper0 usa
de documentos tao fraqels. Acredita-se que, por meio da uniao de interesses e estorcos,pode ser criada uma rede para 0 intercambio dessetipodeintormacao.
Diversas bibliotecas possuem em seus acervos materiais cartcqraticos muitas vezes de dificil obtencao e que, de forma geral, nao estao indexados em nenhuma base de dados sem, portanto, estarem "visiveis"
a
sociedade. A formacao de uma rede de intormacoes geol6gicas permitiria a disponibilizacao dessa intorrnacao aos pesquisadores. 1550 em muito beneficiaria a comunidade geologica nacional na medida em que a cooperacao entre instltulcoes com a objetivo de reunir. divulgar, dispon ibilizar e compartilhar intorrnacoes especfficas da area daria maior visibilidadea
producao nacional e contribuiria, assirn, para 0 desenvolvimentocientlfico do pais atraves do aproveitam ento dos recursos informacionais ora
disponiveis.
REFERENCIAS
APRIMORAMENTO dotratamento tecnico das colecoes cartoqraticasda USP
(Projeto 3):caderno de projeto.SaoPaulo:
Unive
rstdade
de Sao Paulo.SistemaIntegrado de Bibliotecas,2005.Relat6rio interno.
APRIMORAMENTO do tratamento tecnlco das colecoes cartoqraticasda USP
(Projeto 3)- fase II: caderno de projeto. SaoPaulo: Universidade de Sao Paulo. Sistema Integrado de Bibliotecas,2006. Helatorio interno.
OLIVEIRA, E.M.P. O.:NORONHA, D.Acornunlcacao cientffica e0 meio digital. lntormacao e sociedade: estudos ,v. 15,n. 1, p.75-92, jan.fjun. 2005.Disponivel em :<http://ww w.ies .ufp b.br/ojs2/index.php/ies/article/vi ew/53/15 23>. Ac esso em: 20
jun.2008.
POBLACION, D. A.; GOLDENBERG,S. Acta Cirurqica Brasileira: visibilidadee acessibilidade da producao cientifica naareada cirurgia experimental.Acta
Cirurgica Brasileira,v.16, n.3,jul./ago.fset.2001 .Disponivel em:
-chttp://www.scielo.brlscielo.php?script=sci arttext&pid=S0 102
-86502001000300001 &Ing=en&nrm=iso>.Acesso em:.05 jun. 2008.
1Sonia Regina Yale Guerra, Universidade de Sao Paulo,syoq@usp.br. 2MariaAparecida Laet.Universidade deSao Paulo.mlael@iqc.USD.br.
3Erica BeatrizPinto Moreschi deOliveira,Universidade de SaoPaulo, moreschi@usp.br.