Dados do Projeto Resultados para Sabrina Monteiro CONCEPÇÃO

Dados do Projeto Resultados para Sabrina

Monteiro

Pontuação desta tentativa:

13

Esta tentativa levou 101 minutos.

CONCEPÇÃO

Pergunta 1

/ 1 pts

1/13 - Qual o nome do seu projeto?

PROCESSOS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM ESTUDO DE INSPIRAÇÃO ETNOMATEMÁTICA Você respondeu PROCESSOS D

Pergunta 2

/ 1 pts

2/13 - Faça uma breve descrição dele para nós.

Conte-nos sobre a relevância do seu projeto para a educação brasileira. Sua Resposta:

Este projeto fez parte da pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Ensino da Univates, denominada “Processos de Ensino na Educação Infantil: Um estudo de inspiração Etnomatemática”, por Monteiro (2018). Teve por objetivo geral analisar de que forma o campo da Etnomatemática contribui para os processos de ensino na Educação Infantil de uma escola localizada no município de Lajeado/RS, sendo os sujeitos, 25 crianças de 4 e 5 anos. De cunho qualitativo e com inspirações etnográficas, os referenciais teórico-metodológicos fundamentaram-se na Etnomatemática, enaltecendo as

considerações das ideias iniciais das crianças, enfatizando que é possível operar, no

ambiente escolar, com os saberes trazidos pelas crianças, fruto de suas vivências familiares e culturais, que são conhecimentos etnos, juntamente com os escolares, consentindo com as afirmativas de Costi (2018). Nesta perspectiva, cumpre destacar que a Escuta Sensível, alicerçada em Barbier (2016) foi a base do projeto, uma vez que possibilitou compreender os conhecimentos das crianças, evidenciando que as crianças têm um papel fundamental no planejamento do professor. Teoricamente a metodologia da Escuta Sensível de Barbier (2016) propõe a promoção da consciência sobre as situações de opressão, assim como advoga uma postura consciente ao pesquisador na relação com o sujeito de pesquisa, seja para avaliar sua posição diante deste, seja para ouvi-lo com muita atenção. Ademais, Monteiro (2018, p. 97) enfatizou que, “[...] no início da pesquisa, esperava encontrar no campo empírico situações que me remetessem somente à Matemática”. Porém, a partir das interações, da temática emergente e da caminhada realizada com as crianças, constatou o

surgimento de muitas temáticas, reconhecendo que a Etnomatemática não se reporta apenas à Matemática; ela possibilita um olhar em um horizonte permeado de oportunidades a serem exploradas. À vista disso, investigar como práticas pedagógicas alicerçadas teórico-metodologicamente no campo da Etnomatemática apresentam-se em diferentes contextos, inferindo diretamente a uma reflexão por meio da Escuta Sensível, pois ela além de

transmitir emoções, dissemina interrogações e ressentimentos das crianças envolvidas, que refere-se a “[..] imersão de atenção” (BARBIER, 2016, p. 4). Ademais, o referido autor, faz menções em “[...] surpreender-se ao desconhecido” (ibidem), assim, a pesquisadora quando foi à campo, não tinha conhecimento prévio da temática emergente que poderia ser o elemento principal da sua pesquisa. Porém, durante esse momento, não há preocupação em fazer algum tipo de julgamento com as acepções enfatizadas pelas crianças e sim, através da empatia, pois ela é uma “[...] presença meditativa” (BARBIER, 2016, p.4) para o

pesquisador, entendendo a reciprocidade, também como empatia pelo outro. O clima de confiança e respeito, foi fundamental nesta pesquisa para o estabelecimento desta relação. Para tanto, a utilização de gravadores de escuta e filmadoras, como instrumento de

pesquisa, espalhados pela sala de aula, foram de suma importância para a pesquisa, pois ao final de cada encontro, a pesquisadora, ouvia e assistia o que emergia “silenciosamente” em cada canto da sala de aula. Isso facilitou muito o trabalho em relação a emergência das temáticas, que foram de subsídio na elaboração das situações de ensino e aprendizagem, podendo dentro de uma temática emergente diferentes explorações de conteúdo. Também tornou a própria relação com as crianças mais significativa e próxima, pois “[...] a escuta sensível é o modo de tomar consciência e de interferir próprio do pesquisador ou educador que adote essa lógica de abordagem transversal” (BARBIER, 1998, p.172). Quanto à análise dos dados emergentes, empregou-se a Análise Textual Discursiva preconizada por Moraes e Galiazzi (2007), evidenciando duas categorias, a saber, Sobre a emergência de racionalidades: Estudo de proporção, distância e tamanho dos planetas e Planetário e Observatório Univates: Uma oportunidade de “visitar” o céu. Tais resultados apontaram a Educação Infantil como potente para a construção de saberes e a importância da

valorização dos conhecimentos discentes, adquiridos por meio das experiências e vivências que compõem sua bagagem cultural.

Referências:

BARBIER, R. A pesquisa-ação. Brasília (DF): Liber Livro, 2016.

COSTI, Adriana. Processos produtivos, Anos Iniciais do Ensino Fundamental e

ensino de Matemática: um estudo etnomatemático. Dissertação de Mestrado. Programa

de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Exatas da Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, 2018.

MONTEIRO. Sabrina. Processos de Ensino na Educação Infantil: Um estudo de inspiração Etnomatemática, Dissertação de Mestrado. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Ensino da Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, 2018.

MORAES, Roque; GALIAZZI, Maria do Carmo. Análise Textual Discursiva. Ijuí: Ed. Unijuí, 2007.

Pergunta 3

1

3/13 - Seu projeto foi criado para resolver qual questão da sua sala de aula? Ele atende qual demanda do currículo?

Faça uma breve descrição do seu projeto, ressaltando a consonância do mesmo com a BNCC.

Sua Resposta:

Ele teve por objetivo geral analisar de que forma o campo da Etnomatemática contribui para os processos de ensino na Educação Infantil de uma escola localizada no município de Lajeado/RS. Acredito que atende sim a demanda do currículo, independentemente da faixa etária, pois além de surgir através de uma temática emergente, foi permeado pela escuta sensível preconizada por Barbier (2016). Ademais, no caso desta pesquisa, ao interagirem, as crianças da Educação Infantil puderam expressar seus conhecimentos; além disso, é por meio das experiências que “as crianças também se deparam, frequentemente, com

conhecimentos matemáticos [...] que igualmente aguçam a curiosidade” (BRASIL, 2017, p. 41). Embora a BNCC não se refira diretamente ao termo Etnomatemática, destaca a importância da “[...] diversidade de saberes e vivências culturais” (BRASIL, 2017, p. 9), indicando assim, possibilidades para os discentes exporem seus saberes e construírem outros. Dessa forma, podem “conhecer a si e ao outro e compreender as relações com a natureza, com a cultura e com a produção científica” (BRASIL, 2017, p. 37).

Referências:

BARBIER, R. A pesquisa-ação. Brasília (DF): Liber Livro, 2016.

BRASIL, BNCC (2017). Base Nacional Curricular Comum. Disponível em:

<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf>. Acesso em: 15. set. 2019.

Pergunta 4

0

/ 1 pts

4/13 - Em que tipo de espaço é possível aplicar o seu projeto? Você respondeu Escola pública Você respondeu Escola particular Você respondeu Biblioteca Você respondeu Laboratório

Makerspace Você respondeu Museu Você respondeu Parque Você respondeu Internet

Pergunta 5

/ 1 pts

5/13 - Qual o público-alvo da sua proposta? Você respondeu

Alunos do infantil (3-5 anos)

Você respondeu

Alunos do Fund.I (6-10 anos)

Você respondeu

Alunos do Fund.II (11-14 anos)

Você respondeu

Alunos do Ensino Médio (15-18 anos)

Pergunta 6

0

/ 1 pts

Independente de idade, porém atenta-se pela ênfase dada em cada faixa etária. Você respondeu

Independente

quantidade ideal de participantes

Pergunta 7

1

/ 1 pts

7/13 - Valorização da diversidade e da inclusão na sala de aula.

Conte-nos sobre as articulações do projeto que valorizem a diversidade e a inclusão na sala de aula.

Sua Resposta:

O projeto possibilitou a participação das famílias, que acabaram aprendendo conceitos sobre os astros, evidenciados, principalmente, pelos relatos das mães, e suas comparações com filhos geraram uma situação permeada pela Etnomatemática. Essa participação acarretou a visibilidade da pesquisa desenvolvida na escola, nas famílias e na comunidade envolvida. Destaca-se a visitação ao Observatório da Univates, enfatizando novamente a pesquisa acadêmica com um compromisso social que contempla o público externo. Partindo desse pressuposto o encontro de “culturas é um fato tão presente nas relações humanas quanto o próprio fenômeno vida” (D’ AMBROSIO, 2002, p. 79), pois foi possível observar saberes não apenas matemáticos que emergiram durante a situação de aprendizagem. Em especial, D’Ambrosio (2002, p. 30) retrata que as ideias matemáticas, “particularmente comparar, classificar, quantificar, medir, explicar, generalizar, inferir e, de algum modo, avaliar, são formas de pensar”. Assim, é indispensável a valorização dos conhecimentos das crianças, adquiridos por meio das experiências e vivências que compõem sua bagagem cultural, porém reitera-se que a escuta sensível, realizada pelo professor é algo primordial para que possa dar subsídio as diferentes experiências, objetivando o êxito na aprendizagem.

Referência:

D’AMBROSIO, Ubiratan. Da realidade à ação – reflexões sobre educação e matemática. 3. ed. Campinas – SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 2002.

APLICAÇÃO

Pergunta 8

/ 1 pts

8/13 - Quantas horas/aula são utilizadas?

Em torno de 60 horas de observação e 10 encontros (10 turnos)

Você respondeu

Em torno de 60

Pergunta 9

1

/ 1 pts

9/13 - Como funciona seu projeto na prática?

Registre aqui o passo- a-passo de aplicação do seu projeto, incluindo as atividades que são desenvolvidas em cada fase.

Sua Resposta:

1º encontro: Construção e reflexão sobre as ideias iniciais, num cartaz de papel pardo – O que existe no céu? – Respondendo os seguintes questionamentos: O que sabemos? O que queremos saber? Como vamos saber?

2º encontro: Construção do Planetário em sala de aula, baseado em Longhini (2009): O Universo em uma caixa.

3º encontro: Visitação ao Planetário da Univates.

4º encontro: Desenho sobre a visita pós-planetário, primeiro a socialização coletiva, após conversa individual.

5º encontro: Terra como grão de pimenta, situação de aprendizagem adaptada de uma oficina do Planetário da UFGRS.

6º encontro: Exploração de tamanhos e proporções da situação do dia anterior. 7º encontro: Passeio pelo bairro instigando o que tem além dos morros, exploração espacial.

8º encontro: Exploração no pátio do tamanho e distâncias entre Terra, Sol e Lua. 9º encontro: Observatório da Univates (turno: noite)

10º encontro: Fechamento: Retomada do cartaz das ideias iniciais. Conversa individual com as crianças que participaram da visita ao Observatório.

Referência:

LONGHINI, M.D. O Universo representado em uma caixa: introdução ao estudo da Astronomia na formação inicial de professores de física. Revista LatinoAmericana de Educação em Astronomia, 2009.

Pergunta 10

1

/ 1 pts

10/13 - Com quais competências, habilidades e conteúdos o seu projeto propõe trabalhar? Sua Resposta:

Como citado anteriormente, a temática partiu da emergência das crianças, assim fui conduzindo de uma forma que a cada dia, através das minhas observações, escuta e olhar sensível, pudesse no dia seguinte propor algo que viesse ao encontro do que as crianças queriam saber. Dessa forma, é possível trabalhar as mais diversas situações de

aprendizagem que envolvem as diferentes competências, habilidades e conteúdos, propostos pela BNCC.

AVALIAÇÃO

Pergunta 11

/ 1 pts

11/13 - Quais instrumentos são utilizados? Sua Resposta:

Para a produção de dados da pesquisa, foram utilizados roda de conversa, observações das crianças, entrevista semiestruturada com a professora titular, diário de itinerância, filmagens e fotografias. Mas a avaliação foi constante, observando as possibilidades individuais de cada criança.

Pergunta 12

1

/ 1 pts

12/13 - Como você avalia o desempenho dos alunos? Sua Resposta:

Por meio das interações da temática emergente e da caminhada que realizada com as crianças, constatou-se o o surgimento de outras. Com isso, reitera-se que as teorizações da Etnomatemática não se reportam apenas à Matemática; elas possibilitam olhar em um horizonte permeado de oportunidades a serem exploradas. Neste instante, enfatiza-se que as (in)conclusões não finalizaram, visto que a Educação Infantil é potente na construção de saberes, dessa forma, é indispensável a valorização dos conhecimentos das crianças,

adquiridos por meio das experiências e vivências que compõem sua bagagem cultural. Partindo dessa premissa, as crianças participaram do seu processo de aprendizagem, desempenhando um papel primordial, na qual aprenderam, e também puderam expressar seus conhecimentos.

MATERIAL COMPLEMENTAR

Pergunta 13

/ 1 pts

13/13 - Anexe aqui arquivos que nos façam entender melhor seu projeto ou visualizar detalhes

Você respondeu

Dissertação Sabrina Monteiro.pdf

Pontos onde ainda é possível corrigir o exame:

É possível ajustar manualmente a pontuação adicionando pontos positivos ou negativos a esta caixa.