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As transformações no fluxo migratório: um diálogo com o serviço de referência ao imigrante, refugiado e apátrida de Campinas

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As transformações no fluxo migratório: um diálogo com o serviço de

referência ao imigrante, refugiado e apátrida de Campinas

Luis Felipe Fortunato Foiadelli1

RESUMO

O presente estudo se insere no contexto das atividades do Observatório das Migrações de São Paulo organizado pela prof. Drª Rosana Aparecida Baeninger (FAPESP/CNPq) inserido no Núcleo de Estudos de População “Elza Berquó” (NEPO/UNICAMP) e tem por objetivo entender as recentes transformações do fluxo migratório internacional na cidade de Campinas (BAENINGER, 2017) a partir da experiência e das informações obtidas no Serviço de Referência ao Imigrante, Refugiado e Apátrida de Campinas.

JUSTIFICATIVA TEÓRICA

O Brasil na passagem do século XIX para o século XX apresentava uma população migratória majoritariamente europeia (SPRANDEL, 2015), tendo Campinas entrado nas rotas migratórias por meio de uma política assimilacionista (HALL, 2003)2

. A necessidade do estudo surgiu por Campinas desde o século XIX, segundo Semeghini (2006) estar na rota das rotas migratórias, devido ao processo da sua formação, onde Campinas apresentava um grau de diversificação tanto na agricultura quanto nas atividades urbanas, gerando não apenas uma cidade no centro econômico globalizado (SASSEN,1998), mas uma região metropolitana atrelada a uma dinâmica estruturada a partir da produção cafeeira que possibilitou a formação da segunda região metropolitana mais rica e importante para o comércio transnacional, concentrado na cidade de Campinas (SEMEGHINI, 2006).

Em um primeiro momento a região de Campinas foi marcado pelo ciclo do açúcar paulista entre os séculos XVIII e XIX (BAENINGER, 1996), chegando na metade do século XIX a região metropolitana de Campinas seria palco das principais mudanças da estruturação do complexo cafeeiro (SEMEGHINI, 2006 & BAENINGER,

1 Graduado em Geografia – NEPO/Unicamp.

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A ideia do Estado-Nação brasileiro na época era eugenista, com o embranquecimento da raça (SEYFERTH, 2002), sendo as leis imigratórias restringidas aos europeus brancos, impedindo a entrada de outras nacionalidades consideradas “indesejáveis” (SPRANDEL, 2015).

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1996), estimulando a diferenciação da divisão social do trabalho, ou seja, transição do trabalho escravo para o trabalhador livre e assalariado (BAENINGER, 1996).

Com os fins dos subsídios públicos na inserção dos migrantes internacionais pós-guerra, houve mudança nos volumes migratórios, diversificação na composição de imigrantes internacionais e das dinâmicas de inserção laboral para o comércio e indústria e novas modalidades migratórias. Neste contexto, a tabela a seguir apresenta a diminuição no estoque de imigrantes internacionais na cidade de Campinas, com base no Censo Demográfico, apenas no censo de 1991 que pequeno aumento com relação ao censo anterior (Tabela 1):

Tabela 1

Evolução da população total e de imigrantes internacionais Estado de São Paulo e Campinas

1920,1940,1950,1970,1980,1991,2000,2010

Segundo Baeninger (2017) as imigrações internacionais no Brasil a partir da década de 1950 vêm sofrendo transformações em sua composição, diferente do quadro de meados do século XIX e início do século XX. Enquanto a Europa volta a receber uma quantidade elevada de imigrantes devido ao envelhecimento populacional e a reconstrução pós-guerra (MÁRMORA, 2010; BASSO, 2013) no Brasil, no entanto é visto um quadro diferente, diversos fatores, como acordos bilaterais entre os países da América do Sul, inquietações acerca do processo migratório eugênico e mudanças legislativas, influenciaram e influenciam nas transformações da composição da população de imigrantes internacionais (MÁRMORA, 2010; BAENINGER, 2017).

Indo no caminho oposto das políticas migratórias com perfil ideal civilizatório específico na virada do século XIX para o século XX, o perfil dos imigrantes internacionais contemporâneo no Brasil é um migrante não branco, majoritariamente latino-americano ou de outro país do Sul Global (BAENINGER, 2017) onde a mudança

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no perfil migratório (interno e internacional) é mais rotativo e mais difícil de ser captado, por isso a necessidade de olhar o local para entender o global (BAENINGER, 2012). De acordo com o Gráfico 1 e Tabela 2 Campinas apresenta aumento de imigrantes do Sul Global com base no dados do Censo Demográfico e Sistema Nacional de Cadastros e Registros (SINCRE):

Tabela 2

Evolução dos imigrantes internacionais segundos país de nascimento Campinas/SP

1920,1940,1970,1980,1991,2000 e 2010

Gráfico 1

Percentual de imigrantes internacionais registrados (Registro Nacional de Estrangeiro - RNE), entre 2000 e 2016, residentes no município de Campinas, segundo ano de registro e continente de nascimento

Para identificar as mudanças dos processos migratórios no Brasil é necessário o uso de outras bases de dados, para além do Censo Demográfico, o uso de registros administrativos é essencial para captar e analisar informações ausentes ou incompletas nas bases de dados usuais, a busca por fontes de informação alternativas é uma atividade de pesquisa essencial (BAENINGER; FERNANDES, 2017). Neste trabalho para além do Censo Demográfico, foi usado o Sistema Nacional de Cadastros e

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Registros (SINCRE) e os dados das fichas cadastrais do Serviço de Referência ao Imigrante, Refugiado e Apátrida da Prefeitura de Campinas.

Para entender as transformações do fluxo imigratório e as novas modalidades migratórias no Brasil é importante dialogar com as mudanças estruturais na geopolítica e na economia brasileira como a reestruturação produtiva conduzida pelo capital financeiro e como a divisão internacional do trabalho se altera (HARVEY, 1992; SASSEN, 1998), o fortalecimento das relações Sul-Sul (MANRIQUE, 2012), o crescimento econômico brasileiro na primeira década dos anos 2000 (MANRIQUE, 2012) e o enrijecimento das políticas migratórias nos países desenvolvidos (MÁRMORA, 2010; BASSO,2013).

A construção de políticas públicas para os imigrantes e refugiados se torna efetiva e mais próxima de um ideal de política imigratória, quando ocorre o entendimento dos seus costumes, das suas demandas e sua relação com o novo país perpassando de uma política migratória de inserção laboral para uma política voltada de fato para os imigrantes(MÁRMORA, 2010 & MOREIRA, 2012), por isso a importância da construção e fortalecimento do Serviço de Referência ao Imigrante, Refugiado e Apátrida da Prefeitura de Campinas.

OBJETIVO

A partir do arcabouço teórico e dos dados obtidos das fontes de dados e dos registros administrativos o trabalho tem por objetivo contextualizar e compreender as transformações da imigração internacional no século XXI na região Campinas, através principalmente dos dados obtidos das fichas cadastrais do Serviço de Referência ao Imigrante, Refugiado e Apátrida da Prefeitura de Campinas, sistematizadas e organizadas em um primeiro momento de 2015 e 2017 (contando com 425 fichas) a nova etapa da pesquisa irá compor os dados referentes a 2018 e ao primeiro semestre de 2019, para assim compreender e problematizar as demandas e a distribuição dos imigrantes e refugiados na região metropolitana de Campinas.

METODOLOGIA/FONTE DE DADOS

Na metodologia deste trabalho devido os desafios de se construir indicadores que avancem nas dimensões descritivas da dinâmica migratória em termos de entradas, saídas e rotatividade (BAENINGER, 2012) para além do Censo Demográfico é

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utilizado registros administrativos, principalmente o da Prefeitura de Campinas, a fim de preencher as lacunas das bases de dados nos períodos intercensitários.

O trabalho para o GT Migração visa a discussão de 3 fontes distintas: Censo Demográfico (1920,1940,1950,1970,1980,1991, 2000 e 2010); Sistema Nacional de Cadastro e Registro de Estrangeiros da Polícia Federal (SINCRE) e Registros do Serviço de Referência ao Imigrante, Refugiado e Apátrida. Explicados a seguir:

Censo Demográfico

O Censo Demográfico representa o mais completo levantamento sócio-demográfico do país. Apresenta uma riqueza e plural de informações (migração interna e internacional, nupcialidade e família, mortalidade, mercado de trabalho), e a possibilidade de desagregação da informação, com estimativas a nível municipal e, até mesmo, intra município. Na parte de migração internacional, essa pesquisa constitui a única fonte de informação capaz de captar o estoque de imigrantes residentes no Brasil, documentados ou não, inseridos no mercado de trabalho formal ou informal, recém-chegados ou sobreviventes de processos migratórios mais antigos.

Sistema Nacional de Cadastro e Registro de Estrangeiros da Polícia Federal (SINCRE)

Trata-se de um registro administrativo da Polícia Federal brasileira, por meio da qual se faz o controle de todos os estrangeiros com estada superior a 90 dias no Brasil. Por permitir desagregação a nível municipal, identificação dos amparos legais que garantem a permanência do/da imigrantes no país e tipo de visto, dentre outras variáveis, essa fonte será amplamente explorada na pesquisa

Registros do Serviço de Referência ao Imigrante, Refugiado e Apátrida

Trata-se de um banco de dados produzido pela equipe do Observatório das Migrações em São Paulo (FAPESP/CNPq – NEPO/Unicamp) a partir das fichas cadastrais dos imigrantes internacionais que procuraram o Serviço de Referência ao Imigrante, Refugiado e Apátrida da Prefeitura de Campinas. Esse serviço foi estruturado em 2016 (SCATOLINI; FRANCISCO, 2018), embora atendimentos a imigrantes internacionais sejam realizados há mais tempo, por servidores da Secretaria de Cidadania do município. Em uma primeira fase foi sistematizado e estruturado para os anos de 2015 a 2017 no Diagnóstico do Município de Campinas - SP (DEMÉTRIO;

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DOMENICONI, 2018), na segunda será apresentado os dados de 2018 e os dados do primeiro semestre de 2019.

RESULTADO DO TRABALHO

Com o Diagnóstico do Município de Campinas – SP: Atendimento ao Imigrante da Prefeitura Municipal de Campinas-SP: perfil de imigrantes internacionais registrados no Serviço de Referência ao Imigrante, Refugiado e Apátrida3, houve a sistematização e organização das informações no período de 2015 a 2017 das fichas cadastrais.

A partir das fichas organizou este diagnóstico, onde é possível visualizar algumas especificidades da migração internacional contemporânea na cidade de Campinas: os imigrantes que passaram pelo serviço 76% são da América Latina ou Caribe, logo após vem os africanos 16% e os asiáticos 7% e apenas 1% foram europeus. Dentre essa porcentagem 297 dos atendimentos, ou seja, aproximadamente 70% foram de haitianos (Gráfico 2). Este fato está relacionado da relação entre Haiti e Brasil, a migração internacional haitiana para o Brasil tem relação não apenas com o terremoto de 2010, mas com a presença economia e militar brasileira no Haiti e como a reestruturação econômica brasileira “convidava” trabalhadores imigrantes para o mercado de trabalho (MAGALHÃES, 2017). Já a partir das fichas entre 2018 e 2019(Gráfico 3) aumentou o número de diferentes nacionalidades que passam pelo serviço de Campinas, haitianos ainda apresentam predominância, de cerca de 75%, seguido pelos venezuelanos (7%) e cubanos (6%). Assim sendo, o número de haitianos, após conseguirem se fixar no país acabaram criando uma rede (SILVA,2017), no qual, familiares, amigos ou conhecidos estão usando dela para também para transitar ao Brasil e se for escolha do imigrante permanecer no país ou migrar para outro país, visto que o Brasil é um país de trânsito migratório (BAENINGER, 2017). Por sua vez, o número de venezuelanos vem aumentando em diversos países como no Brasil e mais especificamente na cidade de Campinas, devido à instabilidade geopolítica e crise econômica4muitos venezuelanos estão migrando para países da América Latina e

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Disponível em: <https://www.nepo.unicamp.br/catedra/producao.html>

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Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/01/24/crise-na-venezuela-o-que-levou-o-pais-vizinho-ao-colapso-economico-e-a-maior-crise-de-sua-historia.ghtml>

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somado ao processo de interiorização (SILVA, 2018), diversos venezuelanos acabaram perpassando e residindo até o momento na cidade de Campinas em algumas cidades do seu entorno também, com base nos dados das fichas cadastradas no serviço da prefeitura de Campinas.

Os cubanos por sua vez, devido ao fim do programa Mais Médicos5, muitos acabaram por querer continuar a residir o Brasil, acarretando em Campinas, um fluxo de cubanos para o serviço, a fim de se buscarem a regularização migratória no país. Todavia no dia 10 de julho de 20196o convênio do Mais Médicos com Cuba acabou tendo mudanças em suas resoluções, podendo influenciar na composição do fluxo de imigrantes cubanos no serviço.

Gráfico 2 e Gráfico 3. Atendimentos realizados pelo Serviço de Referência ao Imigrante, Refugiado e

Apátrida da Prefeitura Municipal de Campinas, segundo principais países de origem (2015 a 2017)e (2018 a 2019) respectivamente.

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Programa criado em 2013 pela presidenta Dilma Rousseff, tinha como objetivo suprir a necessidade de médicos em municípios onde se tinha essa carência de serviço. Em 2018, Cuba sai do programa por questões políticas.

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Volta do convênio do Programa Mais Médicos com Cuba. Disponível em

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Fonte: Serviço de Referência ao Imigrante, Refugiado e Apátrida da Prefeitura Municipal de Campinas,

Secretaria de Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Cidadania, 2015 a 2019. Tabulações Observatório das Migrações em São Paulo – NEPO/UNICAMP-Fapesp/CNPq. Cátedra Sérgio Vieira de Mello/UNICAMP-ACNUR.

Nas tabelas 3 e 4 são evidenciados por quais unidades federativas, com base nas fichas cadastrais dos períodos 2015-2017 e 2018-2019, respectivamente os imigrantes acabaram entrando no país. Nota-se que entre 2015-2017 (não sendo necessariamente o ano de entrada) os imigrantes entraram principalmente por São Paulo, Acre e Amazonas. Já entre 2018-2019 São Paulo continua sendo o principal estado de entrada por quem passa pelo serviço, porém Mato Grosso do Sul e Roraima acabaram ganhando maior destaque entre esses anos, Roraima principalmente devido à imigração venezuelana.

Tabela 3 e Tabela 4 . Atendimentos realizados pelo Serviço de Referência ao Imigrante, Refugiado e Apátrida da Prefeitura Municipal de Campinas, segundo Unidade da Federação de chegada no Brasil (2015 a 2017) e (2018 e 2019) respectivamente.

Fonte: Serviço de Referência ao Imigrante, Refugiado e Apátrida da Prefeitura Municipal de

Campinas, Secretaria de Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Cidadania, 2015 a 2019. Tabulações Observatório das Migrações em São Paulo – NEPO/UNICAMP-Fapesp/CNPq. Cátedra Sérgio Vieira de Mello/UNICAMP-ACNUR.

Como o diagnóstico é possível desenhar melhor políticas sociais voltadas para o imigrante e refugiado (MOREIRA, 2012), através da pressão dos grupos de imigrantes e do poder público foi possível e criação e estruturação de um serviço específico para atender esta população, apesar de alguns percalços no caminho, hoje o

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Serviço de Referência ao Imigrante, Refugiado e Apátrida de Campinas é uma referência como registro de administrativo, entendendo melhor as problemáticas e demandas dos imigrantes e refugiados e como as políticas sociais podem usar dessa ferramenta para minimizar as desigualdades enfrentadas pelos imigrantes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Brasil não é um país desejado, mas possível de residência (BÓGUS; FABIANO, 2015) pautado numa legislação mais estruturada e pautada na garantia da documentação e regularização do imigrante ou refugiado no Brasil (BÓGUS; FABIANO, 2015 & OLIVEIRA, 2017), a experiência no serviço vem sustentando este argumento. Sendo a presença majoritariamente de imigrantes e refugiados vindos de países do Sul Global (BAENINGER, 2017) as migrações sul-sul (BAENINGER, 2018) em Campinas, principalmente haitianos, sírios, congoleses, angolanos e venezuelanos (DEMÉTRIO; DOMENICONI, 2018). Em 2019 o Serviço de Referência ao Imigrante, Refugiado e Apátrida continua a receber imigrantes e refugiados principalmente do Sul Global (BAENINGER, 2017) do Haiti e da Angola, mas nos últimos meses vem atendendo imigrantes cubanos (VILLEN, 2018) devido ao fim do Programa Mais Médicos7 o convênio entre Brasil e Cuba terminou e muitos cubanos acabaram querendo permanecer no país e buscam (neste caso o serviço) a regularização migratória. Todavia em julho de 2019 acabará saindo uma nova portaria, no qual, torna o cubano apto a não precisar pedir a solicitação de refúgio, deixando o Conare menos sobrecarregado com tal demanda, ainda que esta esteja sendo estruturada e estudada, visto que a portaria não contempla os familiares dos cubanos médicos.

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Programa criado em 2013 pela presidenta Dilma Rousseff, tinha como objetivo suprir a necessidade de médicos em municípios onde se tinha essa carência de serviço. Em 2018, Cuba sai do programa por questões políticas.

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