A DA S N O S Q UA RENT A A N O S D A C O N STITUI ÇÃ O D A REPÚBLI CA GUES A – Impact o e E voluç ão · C oor denaç ão Manuel A fonso V az, os Bot
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Esta obra reúne contributos de oradores participantes nas Jor-nadas “Nos quarenta anos da CRP/76: Impacto e evolução da Constituição”, organizadas pela Escola do Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, que decorreram nos dias 6 e 7 de outubro de 2016. Estas Jornadas contaram com a presença e intervenção de Sua Excelência o Senhor Presidente da República, de deputados constituintes, de presidentes eméri-tos do Tribunal Constitucional, de juízes do Tribunal Constitucio-nal, de deputados da Assembleia da República e do Parlamento Europeu e de professores de Direito Constitucional e de outras áreas do Direito, provenientes de várias Faculdades de Direito. Nos seis painéis que compuseram as Jornadas, abordaram-se temas nucleares do Direito Constitucional, assim como a eficácia irradiante da Constituição em todo o sistema jurídico, numa pers-petiva temporal que se estendeu desde a sua origem até à atua-lidade. A importância do evento, refletida na qualidade científica das intervenções, impõe esta publicação.
www.uceditora.ucp.pt
JORNADAS NOS
QUARENTA ANOS
DA CONSTITUIÇÃO
DA REPÚBLICA
PORTUGUESA
Impacto e Evolução
Coordenação Manuel Afonso Vaz,
Catarina Santos Botelho,
JORNADAS NOS
QUARENTA ANOS
DA CONSTITUIÇÃO
DA REPÚBLICA
PORTUGUESA
Impacto e Evolução
Jornadas nos quarenta anos da Constituição da República Portuguesa – Impacto e Evolução
Coordenação de MANUEL AFONSO VAZ, CATARINA SANTOS BOTELHO, LUÍS HELENO TERRINHA, PEDRO COUTINHO
© Universidade Católica Editora . Porto
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Coleção · Atas
Coordenação gráfica da coleção · Olinda Martins Capa · Olinda Martins
Revisão e paginação · Margarida Baldaia
Data da edição · maio de 2017 Tiragem · 200 exemplares Execução gráfica · Papelmunde, lda. Papel · Reciclado branco
Tipografia da capa · Prelo Sans Medium / Prelo Sans Bold ISBN · 978-989-8835-19-2
JORNADAS NOS
QUARENTA ANOS
DA CONSTITUIÇÃO
DA REPÚBLICA
PORTUGUESA
Impacto e Evolução
Coordenação Manuel Afonso Vaz,
Catarina Santos Botelho,
Luís Heleno Terrinha, Pedro Coutinho
Índice
NOTA INTRODUTÓRIA 9
Manuel Afonso Vaz
PAINEL I – A CONSTITUIÇÃO POLÍTICA 15 Aspirações constitucionais e força normativa da Constituição
– Requiem pelo «conceito ocidental de Constituição»? 17
Catarina Santos Botelho
PAINEL II – A CONSTITUIÇÃO DOS DIREITOS (FUNDAMENTAIS) 51
As grandes opções constituintes em matéria de direitos fundamentais 53
J. C. Vieira de Andrade
O direito dos refugiados na Constituição em 1976, 1996 e 2016 69
Sofia Pinto Oliveira
O direito fundamental à proteção dos dados pessoais e a privacidade
40 anos depois 85
Filipa Urbano Calvão
O princípio da dignidade da pessoa humana na Constituição
da República Portuguesa de 1976 103
Benedita Mac Crorie
PAINEL III – A CONSTITUIÇÃO E A EUROPA 113 Os Tribunais Constitucionais numa encruzilhada: entre as Constituições
Nacionais e a Carta de Direitos Fundamentais da União Europeia 115
A Europa e a Constituição: o espaço das constituições nacionais
no modelo constitucional europeu 133
Patrícia Fragoso Martins
PAINEL IV – A EFICÁCIA IRRADIANTE DA CONSTITUIÇÃO 151 Cumprir a Constituição na Família: tendências desconformes
na interferência estadual 153
Rita Lobo Xavier
A proteção dos direitos do idoso na Constituição da República
Portuguesa de 1976 e no nosso ordenamento jurídico 169
Paula Ribeiro de Faria
A eficácia irradiante da Constituição da República Portuguesa
sobre o Direito Administrativo 181
Marta Portocarrero
PAINEL V – GARANTIA DA CONSTITUIÇÃO
E PROCESSO CONSTITUCIONAL 193
O impacto da declaração de inconstitucionalidade nos quarenta
anos da CRP76 195
Raquel Carvalho
Os limites materiais da revisão constitucional: reflexividade, reflexão
e contingência do sistema jurídico-constitucional 213
Luís Heleno Terrinha
PAINEL VI – A CONSTITUIÇÃO ECONÓMICA 243 Compromisso político, económico e social 245
Guilherme d’Oliveira Martins
A subordinação do poder económico ao poder político num contexto
de globalização e de crise 257
NOTA INTRODUTÓRIA
MANUEL AFONSO VAZ. Presidente do Centro Regional do Porto da
Universidade Católica Portuguesa. Professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa.
Ex.mo Senhor Presidente da República, Senhor Prof. Doutor Marcelo
Rebelo de Sousa,
Ex.ma Senhora Reitora da Universidade Católica Portuguesa, Senhora
Prof. Doutora Maria da Glória Garcia,
Senhor D. António Augusto de Azevedo, bispo auxiliar do Porto, Senhor Diretor da Escola do Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, Senhor Prof. Doutor Manuel Fontaine,
Senhores professores e alunos, Senhoras e Senhores,
Uma singela palavra, Senhor Presidente da República, para lhe dar as boas-vindas ao Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa e para lhe agradecer ter acedido ao nosso convite para estar presente nestas Jornadas comemorativas dos 40 anos da Constituição Portuguesa de 1976.
Esta é uma data que, por ser tão próxima do surgimento no Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa (1978), não poderia deixar de aqui ser vivamente assinalada.
Na verdade, a Faculdade de Direito no Porto da Universidade Católica teve, desde o seu início, um relacionamento quase existencial com a Constituição. Bastará atentar que fazem parte do nosso patri-mónio nomes como Barbosa de Melo, Baptista Machado, Cardoso da Costa, Figueiredo Dias, Heinrich Horster, Manuel Afonso Vaz, Taipa de Carvalho, Rogério Soares, Rui Moura Ramos, Vasco Lobo Xavier, Vieira de Andrade, pensadores e mestres que ensinaram aos milhares de juristas aqui formados o valor normativo da Constituição. Alguns destes pensadores e mestres estão presentes como oradores nestas
Jornadas (Cardoso da Costa, Manuel Afonso Vaz, Rui Moura Ramos, Vieira de Andrade).
Mas, Senhor Presidente da República, basta olhar para a composição dos seis painéis destas Jornadas para aí encontrar especialistas notoria-mente reconhecidos como obreiros da normatividade que hoje é reco-nhecida à Constituição.
Na verdade, honra-nos ter connosco deputados constituintes (Jorge Miranda e Vital Moreira), presidentes eméritos do Tribunal Consti-tucional (Cardoso da Costa e Rui Moura Ramos), juízes do Tribunal Constitucional (Pedro Machete e Gonçalo Almeida Ribeiro), deputados da Assembleia da República e do Parlamento Europeu (Pedro Bacelar de Vasconcelos e Paulo Rangel) e tantos outros professores ilustres de Direito Constitucional e de outras áreas do Direito Público provenien-tes de várias Faculdades de Direito.
Na verdade, a Constituição é vida e vive dos seus cultores que no dia--a-dia a pensam e a aplicam. No programa destas Jornadas, espelha--se a intenção que tivemos em mente: fazer a ligação dos pensadores constituintes, que, desde 1975, fazem a Constituição, àqueles que na academia tiveram ou têm o encargo de a manter viva e de a legar mais atual às novas gerações.
Contudo, cuidar da normatividade da Constituição é tarefa que se estende hoje a todas as áreas do Direito. O painel desta manhã, mode-rado pela Senhora Prof. Doutora Maria da Glória Garcia, foi disso exce-lente exemplo. Sob o tema “A eficácia irradiante da Constituição”, seis Professores da nossa Escola de Direito demonstraram como a tarefa de “cumprir a Constituição” se efetiva no Direito da Família (Rita Lobo Xavier), no Direito do Trabalho (Júlio Gomes), no Direito da Proteção Social (Paula Ribeiro Faria), no regime civil da incapacidade dos maio-res (Raul Guichard) e no Direito Administrativo (Marta Portocarrero). Todavia, quem melhor que V. Ex.cia, Senhor Presidente da República, representará esta ligação, esta arte de, ao longo destes quarenta anos e quarenta anos depois, dar vida à Constituição?
Também por isto, compreenderá, Senhor Presidente, a honra e o pri-vilégio que sentimos em recebê-lo nesta casa. Muito obrigado!
Na pessoa do seu Diretor, Prof. Doutor Manuel Fontaine, quero tam-bém felicitar a Escola de Direito por esta iniciativa e agradecer todo o entusiasmo e empenho nela colocados, fazendo aqui especial men-ção à Senhora Prof. Doutora Catarina Botelho, ao Senhor Doutor Luís Terrinha e ao Mestre Pedro Coutinho, que cultivaram a ideia e a fize-ram frutificar.
Sei que a Escola de Direito tem estado particularmente ativa na reali-zação de Seminários, Conferências, Simpósios, trazendo até nós repu-tados especialistas nas mais diversas áreas da Ciência Jurídica. Não poderiam, pois, passar sem uma forte sinalização os quarenta anos da Constituição da República Portuguesa, que este ano se comemoram.
A todos, o meu sincero agradecimento
