CURSO
DE PÓS
-GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA
ELÉTRICA
UMA
METODOLOGIA
DE
MODELAGEM
E
ANÁLISE DAS
VIBRAÇÕES
DE
ORIGEM
MAGNÉTICA
NAS
MÁQUINAS
ELÉTRICAS ROTATIVAS
POR
ELEMENTOS
FINITOS
E
PROCEDIMENTOS
EXPERTMENTAIS
“Tese
submetida
como
parte dos requisitos para a obtençãodo
graude Doutor
em
Engenharia Elétrica'CARLOS GUILHERME DA COSTA
NEVES
....
UMA
ME'roDoLo‹;LA
DE
MODELAGEM
E ANÁLISE DAS
V1BRAçoEs DE
ORIGEM
MAGNÉTICA
NAs
MÁQUINAS
ELÉ'rRIcAs
RoTATIvAs
Pon
ELEMENTos
F1N1Tos
E
PRocEnIMENTos
EXPERIMENTAIS
Carlos
Guilherme da
Costa
Neves
'Esta tese foi julgada
adequada
para a obtençãodo
Títulode
Doutor
em
Engenharia
ElétricaA
d
t "S
td
E
I
rea e
co c
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raçao
em
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forma
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Pós-Graduação'Mt
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E 1 ‹ Í _' E _Prof.
Renato
Carlson, Dr. Ing. OrientadorProf. Ilde assana Decker, Dr. Sc.
A
Coor
enador _o 41rsoBanca
Examinadora:
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Renato
Carlson, Dr. Ing.Pre `
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Prof. Sadowski, Dr.
INPT.
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Pro osé
Roberto
Cardoso, Dr. Eng.Dar?
-Prof.
Michel
Lajoie-Mazenc, Dr. D'Etat.E
ff
;m
'
Prof.
Samir
N. Y. Gefges, Pp. D.“ESTIVE ,4P01ADO
Nos
0MBROs
DE
GIGANTES
”À
DEUS,QUE
ME
DEU
A
VOCAÇÃO
EAS
OPORTUNIDADES;À
MINHA
ESPOSA POR SEU CARINHO
E ESTÍMULO;À
MINHA
FAMÍLIA PELOGRANDE
INCENTIVO;AO
PROP.RENATO CARLSON QUE
ESCOLHEU
ESTERELEVANTE
TEMA
DE
TESE ECONFIOU-ME
A
RESPONSIBILIDADEDE
DESENVOLVE-LO SOB SUA ORIENTAÇÃO
SEGURA
E INSPIRADA.AO
PROF. EGRANDE AMIGO
NEWTON
SOEIROQUE
ABRIU-NOS ASPORTAS
DE
UM
NOVO
CONHECIMENTO.
EAO
PROF.NELSON SADOWSRI
POR SUAS
SUGESTÕES INTELIGENTES EGRANDE
AJUDA
NA
RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS.
AO
PROF.JOÃO
PEDRO
ASSUMPÇÃO BASTOS
POR
SUAS SUGESTÕESNO
TEXTO DOS
ARTIGOS E
AJUDA
NA
RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS.
AO
PROF.SAMIR
GERGES
QUE,COM
SUA
GENEROSIDADE, ABRIU-NOS ASPORTAS
DO
GRUPO DE
VIBRAÇÕES
EACÚSTICA
EDO
QUAL
NOS
SENTIMOS PARTE.AO
ENG.
SEBASTIÃOIAURO
NAU
EAO
PESSOAL
DA
SEÇÃO DE TECNOLOGIA
DA
WEG
MOTORES
PELO
FORNECIMENTO
DOS
MOTORES,
ENSAIOS ETRANFERÊNCIA
DE
CONHECIMENTOS
INDISPENSÁVEISAO
SUCESSO
DESTETRABALHO.
AOS
PESQUISADORES
DO
LEEIDE TOULOUSE
MICHEL
LAJOIE-MAZENC
EYVAN
LEFEVRE
POR
SUA
HOSPITALIDADE E SUGESTÕES DECISIVASAO ANDAMENTO
DESTE TRABALHO.
AO
ROBERTO
ROSTIROLLA POR SEU
APOIONA
RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS
INEORMÁTICOS.
AOS
DEMAIS
PROFESSORES
ECOLEGAS
DO
GRUCAD
QUE
COM
SUA AMIZADE
FAZEM
DESTEGRUPO MINHA SEGUNDA
CASA.AO
WILSON COSTA
EAO
MARCOS
PELACONVIVENCIA
EM
ALTO
NÍVEL.SUMÁRIO
SIMBOLOGIA
V
RESUMO
viiiABSTRACT
ixCAPÍTULO
1 -INTRODUÇÃO GERAL
CAPÍTULO
II -DEFINIÇÃO
DA
METOLOGIA
DE
MODELAGEM
E
EXPERIMENTAÇÃO
II.l
Geração de
Ruído
deOrigem
Magnética
nasMáquinas
Elétricas6
II.2 Caracterização das Forças Eletromagnéticas 7
II. 2. I
Forças
deLaplace
7II. 2.2
Forças
Magnetostritivas 7II. 2.3
Forças Magnéticas
811.3.
Modelos
deAcoplamento
Magnetomecânicos
8lI.3.I
Acoplamento
Unidirecional 9II. 3.2
Acoplamento
Bidirecional 9II. 3.3
Acoplamento
Interativo 10II.4
Metodologia
10II. 4.] Hipóteses 10
II. 4.2
Método
11II.5 Tipos de Ensaios Práticos 12
II.
5
. IMedição
das
Formas
de
Onda
dasForças Magnéticas
13II. 5.2
Medição
de
Vibrações 14 II. 5. 2. IEquipamentos
para Medição
de Vibrações 14II. 5.2.2
Determinação
Experimentaldas
Acelerações através deExperimentos
Rotacionais 16CAPÍTULO
111 _MCDELAGEM
ELETROMACNÉTICA
III.1 Introdução 18
III.2
Acoplamento
Forte dasEquações do
Campo
Eletromagnéticocom
asEquações
do
Circuito Exterior. 19III. 2.1
Caso
de
uma
Máquina
ElétricaGenérica
19 III. 2.2Caso
Especzfico
do
MIG
20
III. 2.3
Caso
Especzfico
do
MRC
22
III.3
Acoplamento
Fraco dasEquações do
Campo
Eletromagnéticocom
asEquações
do
Circuito Exterior 23I1I.4 Cálculo das Forças
Magnéticas
25
III.5 Transferência das Forças
Magnética
parao
Modelo
Estrutural.26
III.6
Conclusão
26
CAPÍTULO
Iv
_MCDELAGEM
MECANICA
IV. 1 . Introdução
27
IV.2.
Equações da
elasticidade27
IV. 2. I.
Relação deslocamento-deformação
27
IV
2.2. Relações constitutívasdo
material - Lei deHooke
28
IV
2.3
Equações
de
Equilíbrio29
IV. 2.4
Condições
de contornodo
tipo equilíbrio30
-IV
2.5Condições de
contorno .cinemáticas 31IV. 2.
6 Equações da
elasticidadeem
função do
deslocamentosomente
V 31
IV.3
Equação
da dinâmica
dosmeios
contínuos 31IV
3. IEquação
de
equilíbrio 31IV. 3.2
Equação
de
Lagrange
33I
V
3.3Aproximação
pelo
método
de
elementos finitos34
IV.4.Resolução
das equaçõesda dinâmica
36
CAPÍTULO
v
-ANÁLISE
MODAL
EXPERIMENTAL
V.
1 . Introdução39
V.2 Funções
Respostaem
Freqüência40
V.3
Modelo
Modal
43V.4
Técnica de Estimação
de parâmetros44
Exemplo
de Aplicação
V. I - Excitaçãopor
impacto 53Exemplo
deAplicação
V2
- Excitaçãopor
shaker 55V.5.
Conclusão
59CAPÍTULO
VI
-ANÁLISE
DOS
MODELOS
ESTRUTURAIS
DOS
MOTORES
VI. 1 . Introdução
60
VI.2 Análise
da
viabilidade deum
modelo
numérico
bidimensional para OMRC
61 VI.3 Análisedo
modelo
bidimensionaldo
MIG
66
VI.4 Análise considerando
Condição
deContorno
deDeslocamento
nulo.68
VI.5.
Conclusão
69
CAPÍTULO
vil
-MODELAGEM
E ANÁLISE
Dos
ESFORÇOS
ELETROMAGNETICOS
VII.l Introdução 71
VII.2
Modelagem
do
Motor
de RelutânciaChaveado
71VII. 2. 1 Cálculo
das
Correntes Elétricas72
VII. 2.2 Cálculo
das Forças Magnéticas
73VII.3
Modelagem
do
Motor
deIndução
de Gaiola78
VII. 3. I Cálculo
das
Correntes Estatórícas e Rotórícas78
VII. 3.2 Cálculo
das Forças Magnéticas
80
VII. 3. 3
Ensaio
para Medição da Força
Magnética
Radial 81VII. 3.
4
Análiseda Força
Magnética
Radial obtidapor
Cálculo deCampos
83EXPERIMENTAL
VIII.1 Introdução 89
VIII.2
Método
de
SuperposiçãoModal
89Exemplo
de
Aplicação 1(Motor de
induçãode
gaiolaà
vazio)92
Exemplo
de
Aplicação2 (Motor de
induçãode
gaiolaà
plena
carga)96
Exemplo
de
Aplicação 3(Motor de
RelutânciaChaveado)
100Exemplo
de
Aplicação4
(Alteraçõesna
estruturado ]W€C)
103 VIII. 3Conclusão
106CAPÍTULO
IX
-CONCLUSÕES
E
SUGESTÕES
PARA FUTUROS
TRABALHOS
~
ANEXO A
-TRANSFORMAÇOES
MODAIS
110
ANEXO
B
-DADOS
DOS
MOTORES
118SIMBOLOGIA
Fc:
Densidade
volumétrica de força.Í :
Densidade
superficial de corrente.Ê:
Indução
magnética.Fm:
Densidade
volumétrica de força magnetostritiva.Ê:
Campo
indutor.ut Penneabilidade magnética.
pr
Densidade
volumétricado
material.Fmg:
Densidade
volumétrica de força magnética.A:
Área
da
secção transversaldo
dente estator.po: Penneabilidade magnética
do
ar.F¡ (t):
Força magnética
em
funçãodo
tempo, agindoem
um
dente i.Fi (co): Espectro
de
Fourierde
Fi (t).Vi (t) :
Tensão de
saída dabobina
de detecção defluxo
iJ:
Densidade
de corrente elétrica.6: Condutividade elétrica.
v( t):
Vetor da
tensão.R:
Matriz das resistênciasCC
dos enrolamentos.L: Matriz
que contêm
as indutâncias de cabeças de bobinas.N¢(
t): Matrizde
enlace defluxo.
i(t):
Vetor
correnteno
enrolamento.¢( t):
Fluxo
magnético.A(
t) : Potencial vetor magnético.M:
Matriz permeabilidade magnética.N:
Matriz condutividade elétrica.P
eQ:
Matrizesque
relacionam as equaçõesdo
campo
e as equaçõesdo
circuito0:
Dev:
A(t): À: oc: Ji: VextL: Ven:T:
Fdi [e]: ÍDL... [011 E: T:V:
Z: l<1]= [¢1]= [fi]= ú):K:
M:
C:Vetor
matriz nula.Tennos
fonte (devido aos imãspennanentes
e tensões aplicadas). Passode
cálculo.Fator
que depende da configuração
dos enrolamentos (sérieou
paralelo). Condutividade corrigida nas barrasda
gaiolaCorrente induzidas
na
gaiola. Matriz tensões de linha.~
Matriz tensoes de fase.
Vetor
equivalente a Luna densidade de força avaliada sobreuma
superficiearbitrária.
Vetor
unitáriononnal
a superficie.Força
global exercida sobreum
corpo magnético.Vetor
coluna referente àdeformação
local sofridapor
um
materialem
um
ponto.
Operador
diferencial.Vetor
tensão mecânica.Módulo
deYoung.
Coeficiente de Poisson. Energia cinética.
Energia potencial total.
Lagrangeano.
Vetor
deslocamento dos nós.Vetor
velocidade dos nós.Vetor
aceleração dos nós.Freqüência natural.
Matriz
de
rigidezdo
sistema.Matriz das
massas
globaisdo
sistema. Matriz de amortecimentosdo
sistema.ík:
Vetor
das amplitudescomplexas
das kharmônicas
das forças equivalentes aplicadas acada
nó.rc
\;1¡ .
Coordenada modal
na
posição de excitação i.rui :
Coordenada modal
na
posição demedição
k.cor: Freqüência natural para cada
modo
r.Afk :
Resíduo complexo do
r-ésimomodo.
Sr: Autovalor
do
r-ésimomodo.
h(t) z
Função
respostaem
fieqüência
medida.N:
Número
de
modos
demodos
no
intervalo de amostragem.{F}:
Vetor
força.{r}:
Vetor
de
deslocamentosmodais
[P]z Matriz modal.
m¡:
Massa do
modo
i.ki: Rigidez
do
modo
i.ci:
Amortecimento do
modo
i.n:
Número
de
graus de liberdade i.Gsk
(coh) : Matrizde
transferênciada
estrutura mecânica.N:
Número
demodos.
uf :
Coordenada modal na
posição de resposta S.uf:
Coordenada modal
na
posição de excitação k.RESUMO
Neste
trabalho,uma
metodologia baseadano modelo
de acoplamentomagnetomecânico
unidirecional éempregada na
modelagem
das vibrações mecânicas deorigem magnética
nasmáquinas
elétricas rotativas.O
método
de elementos finitos,aplicado às
equações
deMaxwell
e às equações da elastodinâmica,bem
como,
ométodo
de análise
modal
experimental são usados paramodelar
e analisar ocomportamento
magneto-elástico dos
Motores de
RelutânciaChaveados
e dosMotores
de Indução de Gaiola.O
modelo
eletromagnético dos motores permite o cálculo das correntes elétricas e das forçasde
origem
magnética.Um
sistemacomposto
de bobinas de detecção defluxo
é utilizado afim
de
avaliar estas forças experimentalmente.Do
ponto de
vista das estruturas mecânicas, optou-se pormodelos que além da
visão qualitativa dos
fenômenos
propiciassem a determinação de parâmetros estruturais dos motores.Dentro
desse contexto são efetuados estudos decomparação
entremodelos
bidimensionais e tridimensionais,bem
como
a validação destesmodelos
através de técnicasde
análisemodal
experimental.A
técnicade
análisemodal
experimentalalém
deútil
na
validação dosmodelos
estruturais, é capaz de determinar os amortecimentosda
estrutura,
que
são parâmetros de dificil obtenção via cálculo.As
vibrações deorigem
magnética,em
pontos específicosda
estrutura dos motores, são calculadas atravésda
técnica de superposição modal,que
possibilita a utilizaçãode
amortecimentosmodais
como
variáveis de entradano
cálculoda
resposta forçada.Nossos
objetivos. principais são investigar as vibrações deorigem
magnética eix
ABSTRACT
In this work, a
methodology
based in the unidirectionalmagneto-mechanic
coupling
model
is applied to simulate themechanic
vibrationsof
magnetic origin in rotative electric machines.The
fmite elementsmethod,
applied toMaxwell
and
elastodynamic equations as well as the experimentalmodal
analysis are used formodeling
and
analyzing the magneto-elastic behaviorof
theSwitched
ReluctanceMotors and
Squirrel-Cage Induction Motors.The
electromagneticmodels
areused
to calculate the electric currentsand
magnetic
forces.A
system
composed
of
flux
detection coils isused
in order to evaluatethese forces
by
measurements.
The
mechanical models
allow the determination of motors structural parametersbesides the qualitative vision
of
the Vibrationphenomenon.
In this contextcomparison
studies
among
two-dimensionaland
three-dimensionalmodels
as well as the validationof
these
models
through techniquesof
experimentalmodal
analysis aremade.
This technique is useful for determinationof
structuresdamping
coefficients, since calculate these parameters is a very difficult task.The
vibrationsof magnetic
origin, in specific pointsof
the electricmotor
structure,are calculated through the
modal
superposition method; thismethod
allows to use themeasured
modal
damping
coefficients as input variables in the forced responsecalculation.
Our
objective are focused specially in vibrationsof
magnetic originand
validationINTRODUÇÃO GERAL
Vários
fenômenos
fisicosocorrem
simultaneamentenuma
máquina
elétrica rotativa,além da
conversão eletromecânica de energia.Uma
parteda
energia elétrica é convertidaem
perdas e dissipada termicamenteno
espaço circundanteenquanto que
outra partemuito
inferior,mas
igualmente importante, é irradiadacomo
ruido para o ambiente.O
objetivo deste trabalho é estudar osfenômenos
acoplados magneto-elásticos,no
que
se refere às vibrações mecânicas deorigem magnética
nasmáquinas
elétricas rotativas,bem
como,
validar ametodologia
demodelagem
adotada através de procedimentos experimentais.A
preocupação
com
este tipo defenômeno
refleteuma
tendência crescente dos projetistas demáquinas
elétricasem
reduzirO
ruído acústico. Estapreocupação
tem
como
origem
deuma
parte, as exigências dos usuáriosque
consideram
atualmenteO
ruídoum
fator poluentedo
ambiente, ede
outra parte, acaracterística nefasta das vibrações sobre as estruturas vizinhas.
No
presente trabalho estudou-se dois tipos demáquinas
elétricas:O
Motor
deRelutância
Chaveado
(MRC)
eO
Motor
de
Indução de Gaiola(MIG).
No
casodo motor
de induçãode
gaiola a variaçãoda
carga alteraO
módulo
e a fase das correntes rotóricas.Devido
a isso, Omódulo
e a freqüência das forças magnéticas e os níveis das vibraçõestambém
variam.Outro
aspecto relevante éO
uso de inversores para controlar a velocidade,que
produzem
níveisde
ruídomagnético
mais elevadosdo
que
aquelesda
alimentação senoidal. Esteaumento
sedeve
àsharmônicas
de forças magnéticas adicionais, geradas pela distorção harrnônicada
tensãoda
fonte.As
vibraçõesno
MRC
sedevem
essencialmente às forças de atração radiais entre estator e rotor, jáque O
MRC
apresenta pólos salientes tantono
rotorcomo
no
estator.O
fato
da
indutância dos enrolamentos variarno tempo
conforme
o rotor gira, fazcom
que
as forças magnéticas eem
conseqüência as vibraçõesvariem
muito.Além
disso asformas
de
onda
das correntes nas fases semodificam
de acordocom
a regiaoda
Capítulo I 2
O
motor
de relutânciachaveado
é construtivamente simples, de baixo custo e,o
fato
do
seu conversor ser tolerante à faltas, fazdo
MRC
um
forte competidorem
muitas aplicações industriais e domésticas. Entretanto, apesar destas vantagenso
MRC
apresenta até então níveisde
vibrações maioresque
seus competidores.Embora
patenteadoem
1972
[1],o
MRC
não
se tornou importanteem
pesquisa até a publicaçãodo
artigo deLawrenson
[2]em
1980, e só recentemente tentativas de analisar e reduzir as vibrações amn
nível aceitávelforam
empreendidas. Durante adécada
de 80
um
pequeno
número
deMRC(s)
comerciais eum
número
maior
de protótipos disseminou a idéiaque o
MRC
é inerentemente ruidoso.não há nada que
proveque
oMRC
não
possa ser projetadode fonna
a possuirum
baixo nível de vibrações, e jáque
a pesquisano
tocante aoMRC
está longe de se exaurir, é
prematuro
afinnar que
oMRC
possua
altos níveis de vibrações.O
primeiro artigo sobre vibraçõesno
MRC
foi publicado porCameron
et al [3].Neste
adeformação
elásticada
coroado
estatorcomo
um
anel, e a oscilação lateral dospólos
do
estator são apontadascomo
as principais fontesde
ruído.Wu
et almostraram
em
[4], atravésde dados
experimentais,que
a vibraçãoprovocada
pelo desligamento deLuna fase é
maior que
aprovocada quando da
sua ligação e que, quantomais próximo da
posição alinhada a fase for desligada,
maior
será a vibração.Uma
avaliação teórica das forças radiais foi publicadapor
Miller [5].Sadowski
et al [6] calcularam a distribuição de forças magnéticas locais e a resposta dinâmicada
estruturado
MRC
à estas forças pormeio
de elementos finitos.Besbes
et al [7] calcularam as forças magnéticas pelo princípiodos
trabalhos virtuais e vibraçõesdo
estator demn
motor
de relutância variável(MRV)
pormeio
de elementos finitos, verificando os resultados pormeio
de experimentos.Colby
et al [8] utilizaram ométodo
de elementos fmitosna
determinaçãodos
modos
de
vibração eargumentos
heurísticosforam
desenvolvidos para indicar quais condiçõesde
operação excitam os diferentesmodos.
Analisando
estes artigos nota-se a falta deuma
ferramentade
análise versátil,que
tome
rápido e fácil parao
projetista demáquinas
o estudo das vibraçõesno
MRC.
Com
este intuito será utilizada a técnicade acoplamento
fracoque além
de possuirum
tempo
de
cálculo reduzidoem
relação a técnica de resolução simultânea [6], apresenta outracondição
em
que
as vibrações sejammenos
intensas,não
será necessário repetiro
cálculodo
fluxo
magnético. Portantocom
esta técnica pode-se adequar as condiçõesde
operação às características físicasdo
motor, deuma
maneira
rápida.No
casoda
máquina
de induçãode
gaiola de esquilo onúmero
de artigos publicadoscom
relação a vibrações émuito
amplo,porém
algumas
dúvidas persistem ao longo dos anosbem
como
as técnicas ultrapassadas demodelagem
não permitem
a obtenção de resultados satisfatórios.Nos
artigos deVerrna
et al [ll] eTimár
et al [13] são determinadas as forçasradiais,
bem
como
a resposta dinâmicada
estrutura analiticamente.Mas
aabordagem
analítica adotada possui alguns inconvenientes, taiscomo:
-
não
pode
detenninar todos oscomponentes harmônicos
do
ruído, jáque
não
incluitodos os efeitos
que
detemúnam
o
fluxo no
entreferro [14].-
não
é capaz de determinarcom
exatidão o efeitoda
corrente induzida nas barrasdo
rotor.-
não
calculacom
exatidão as fieqüências naturais de vibraçãoda
estrutura [12].Portanto para analisar
o
ruído deorigem magnética na
máquina
de indução é necessário Luna ferramentamais eficaz que
a analítica, talcomo
o
método
de elementosfmitos.
Neste
trabalho utilizaremos ométodo
de elementos finitos tantona
modelagem
eletromagnética
como
na
modelagem
mecânica
do
motor
de relutânciachaveado
edo
motor
de induçãode
gaiola. Será utilizadoum
modelo
matemático completo
capaz decalcular as correntes
em
diversas condições de operação, calcular as forçasde origem
magnética
e seu espectro de freqüências,bem
como
a respostadinâmica da
estruturado
estator.
No
capítulo II,o
fenômeno
de geração de ruído deorigem magnética
é explicado,as forças eletromagnéticas,
bem
como,
osmodelos
deacoplamento magnetomecânicos
são caracterizados.
Baseado
nas hipóteses estabelecidas a metodologia deabordagem
do
fenômeno
de vibrações deorigem
magnética é definido.Os
procedimentosde medição
Capítulo I 4
No
capítulo III são apresentados osmétodos
demodelagem
empregados na
simulação dos
Motores
deIndução de
Gaiola e de RelutânciaChaveado,
bem
como
ométodo
de cálculo das forças magnéticas.O
capítuloIV
é dedicado amodelagem
do problema
de elasticidade utilizando oMétodo
deElementos
Finitos.No
capítulo V, os procedimentos de análisemodal
experimental são descritos e usados para extrair as freqüências naturais,modos
de vibração e amortecimentosda
estruturas dos motores
em
estudo.Os
valores das fieqüências naturais e osmodos
de vibração serão utilizadosna
validação dosmodelos
estruturaisdo
motores e os amortecimentos serão utilizadosno
cálculoda
resposta forçada.No
capítulo VI, atravésdo
programa de
análise por elementos fmitosAN
SYS,
osmodelos
estruturais dos motoresem
estudo são discretizados.Com
bases 'nestesmodelos
estruturais as fieqüências naturais e
modos
de
vibração são calculadas. Estudos de validaçãodo
modelo
estrutural bidimensionaldo
MRC
são efetuados, atravésda
comparação
com
os resultados obtidos através deum
modelo
tridimensionaldo
mesmo.
No
casodo
MIG,
o estudode
validação é feitocom
base nos resultados obtidosno
capítuloV.
No
capítulo VII são apresentados resultados relativos amodelagem
e análise eletromagnética dos motores.São
determinadas: a distribuiçãodo fluxo
magnéticona
estrutura magnética, as correntes elétricas
nos
enrolamentos estatóricos e rotóricos, a distribuição das forças deorigem magnética nos
dentesda
estruturado
estator. Estas forças magnéticas serão transferidas àmalha
mecânica
parao
cálculo das vibrações.No
capítulo VIII, a teoriaque dá
embasamento
aoMétodo
de
SuperposiçãoModal
é introduzida e esta técnica é utilizada para calcular a resposta forçada dos motoresem
estudo, as fontes de excitação serão as forças magnéticas obtidasno
capítulo VII, sendoque
os amortecimentos obtidos experimentalmenteno
capítuloV
serão' introduzidosno
cálculo, a fim de possibilitar
um
estudo quantitativo das vibrações deorigem
magnética nestes motores. Atravésda comparação
entre as harmônicas das forças magnéticas,~
modos
de vibração e espectros das vibraçoes calculadaso comportamento
vibratório das estruturas é analisado.A
seguir, as vibrações calculadas sãocomparadas
às vibraçõesmedidas
parafins
de
validação. Finahnente neste capítulo, são feitos estudos visando acAPíTULo
11DEFINIÇÃO
DA METOLOGIA
DE
MODELAGEM
E
EXPERIMENTAÇÃO
II.1
Geração
de
Ruído
de
Origem
Magnética
nas
Máquinas
ElétricasAs
forças radiais devidoao
campo
magnético do
entreferro são as maiores fontesde
vibração deorigem magnética
e de ruídoem
máquinas
elétricas [34]. Se ofluxo
fosse distribuído senoidalmente, e senão
houvessem
pulsações defluxo,
aonda
de forçamagnética
em
tomo
da
periferia seriauma
curvado
tipo senzPx
,ou
seja, para cada pólomagnético haveriam
dois pólos de força.Na
realidade,porém
a distribuição espacial deforça
magnetomotriz
e de densidade defluxo
contêm harmônicas
de enrolamento, e de ranhura, detemiinadas pelo tipo de enrolamento,número
e geometria das ranhuras,bem
como
de saturaçãono
ferro [14],dando origem
a pulsações de altafieqüência
nas forças magnéticas radiais [34]. Estas pulsaçõespodem
ser vistascomo
uma
série de ondas deforça senoidais
ou
harmônicas
espaciais (“modos”), girando a diferentes velocidades,cada
Lunacom
o dobro
de pólosque
ocampo
magnético
que
lhedeu
origem. Idealmente,as
m
harmônicas
espaciais de forçamagnética
podem
ser representadoscomo
na figura
2.1, juntamente
com
0
tipo dedeformação que provocam.
ra) (b) (=) td) te)
Fig. 2.1 -
Harmônicas
espaciais de força magnética: (a)m=0;
(b)m=1;
(c)m=2;
(d)m=3;
(d)
m=4.
Sob
o
efeito destas forças radiais,o
núcleodo
estator e a carcaça vibram,da
mesma
maneira
que
um
arco de aço,ou
um
sino cilíndrico,respondem
aum
golpe. Se omáxima
e opostas, e dois pontos intermediários de força nula (Fig. 2.1(c)).O
estator,portanto, será
deformado
elipticamente. Se omodo
efieqüência
deuma
determinadaonda
de
forçamagnética
coincidircom
omodo
e freqüência naturaldo
estator (condiçãode
ressonância)mesmo
uma
pequena
força de excitaçãopode
produzir vibrações muito elevadas [16].II.2
Caracterização das Forças
Eletromagnéficas
~
As
forças eletromagnéticasque
produzem
deformaçoes
periódicasem
certas partes das máquinas, sedividem
em
três tipos [17]:II. 2. I
Forças
deLaplace
As
forças de Laplaceagem
sobreum
condutor percorrido por corrente elétrica e imersonum
campo
magnético.Como
as correntes nas fasesvariam
no
tempo, as forçasnos
enrolamentostambém
variam, resultandoem
vibrações nos enrolamentos.O
ruído acústico é produzido pela transmissão das vibraçoes das bobinas para as partes ferromagnéticas.A
expressão geral para detenninar as forçasde
Laplace é:-z -› -
Fc
-
J ×B
(2.1) onde:Fc -
Densidade
volumétrica de força.Í -
Densidade
superficial de corrente._» ~
B
-Induçao
magnética.II. 2.2
Forças
MagnetostritívasAs
forças magnetostritivas estão presentesem
todos os materiais magnéticos compressíveis, sobre a influência de tunacampo
magnético. Estas forçassurgem
devido a tendênciado
circuitomagnético
de adotaruma
configuração
demínima
energia.Especificamente,
estas forçasagem
paracomprimir o
material e assimaumentar
suapermeabilidade [3].
Nas
máquinas
clássicas, as chapas de ferro-silício utilizadas são consideradasCapítulo II 8
- -› 1 » _.
õu
Fm,
=
p)
(22)
onde:
Fm
-Densidade
volumétrica de força magnetostritiva._.
H
-Campo
indutor.u
- Permeabilidade magnética.p -
Densidade
volumétricado
material.II. 2.3
Forças Magnéticas
As
forças magnéticasagem
sobre as partes ferromagnéticas imersasnum
campo
magnético.São
produzidas devido aum
gradiente de penneabilidade.As
vibrações induzidas estão ligadas àuma
variação periódicaou
impulsiva,provocada
pela excitação elétrica e as características geométricasda
máquina.São
descritasmatematicamente
por:_. 1...
Fmg
-
-
2 H.HV|.L (2.3) onde:Êmag -
Densidade
volumétrica de força magnética.-›
H
-Campo
indutoru
- Permeabilidade magnética.II.3
Modelos
de
Acoplamento Magnetomecânicos
A
escolhado
modelo
deacoplamento
dentrodo
estudo dosfenômenos
acoplados (eletromagnéticos,magnetomecânicos,
mecânico-acústicos, etc...), é funçãodo
nível deinteração entre as propriedades fisicas dos
fenômenos
em
questão, eda
relação entre as constantes de tempo.De
uma
maneira
geral pode-se classificar osmodelos de acoplamento
em
três tipos[711
-
acoplamento
unidirecional,também
chamado
demodelo
não
acoplado.-
acoplamento
interativo.Todos
estesmodelos
podem
ser aplicados dentrodo
estudo dosfenômenos
magnetomecânicos.
Os
fenômenos de acoplamento magnetomecânicos
semanifestam
por[7]:
- ação de forças magnéticas sobre a estrutura
do
materialem
questão(deformações elásticas
ou
plásticas).- influência das
deformações mecânicas
sobre as características magnéticas.- variação
do
módulo
deYoungl
em
funçãodo
campo
magnético
aplicado.II.3.I
Acoplamento
UnídirecionalO
acoplamento
unidirecional é válidoquando
as propriedades magnéticas eelásticas são fracamente acopladas, sendo suficiente calcular separadamente, e apenas
~ ~
uma
vez, a distribuiçaodo
campo
magnético, das forças magnéticas e asdeformaçoes
induzidas.
No
presente caso, asdeformações
são muito fracas, deforma que
ocampo
magnético
não
é afetado. Estemodelo
se adaptabem
ao estudo das vibrações deorigem
magnética
nas estruturas ferromagnéticascomo
motores e transfonnadores.A
figura
2.2mostra
o diagrama
deste modelo.Resolução Resolução das Equações Cálãöllo Êäfifgsrças das Equações
de Maxwell ag Mecânicas
~
Fig. 2.2 -
Diagrama
do
modelo
de acoplamento
unidirecional.Método
de resoluçaodiferenciada.
II. 3.2
Acoplamento
BidirecionalNeste
caso, osproblemas magnéticos
emecânicos
são resolvidos separadamente(como no
acoplamento
unidirecional)mas
após várias iterações,com
o objetivo de levarem
conta a variaçãodo
campo
magnético
em
funçãodo
deslocamento e vice-versa.O
processo iterativo é suspensoquando
uma
das grandezas(campo
magnético ou
deslocamento)
não
varia mais. Este tipo de acoplamento é aceitávelno
caso de cálculodos
deslocamentos sólidos (deformaçõesda armadura
móvel
deum
eletroimã, porI
O
módulo de Young (E), ou módulo de elasticidade, de um material é definido pela inclinação da curva de tensão (o') versus
Capítulo II 10
exemplo). Ele se aplica
bem
aosproblemas
estáticos e dinâmicos.A
figura
2.3 mostra o~ Equações de Maxwell Considerar For deslocamento Magnšêíscas Deslocamentos
Õ
Í
É
diagrama
deste modelo.Fig. 2.3 -
Diagrama
do
modelo
deacoplamento
bidirecional.Método
de resoluçãosucessiva.
II. 3.3
Acoplamento
Interativo(método
de resolução simultânea)O
modelo
deacoplamento
interativo consisteem
detemiinar, simultaneamente, a distribuiçãodo
campo
magnético
edo
campo
de deslocamento. Estemodelo
se justificaquando há
uma
interação importante entre osfenômenos
magnéticos e mecânicos. Este é o caso nas aplicaçoesonde
oscampos
magnéticos sãomuito
elevados, nos materiais fortemente magnetostritivos,ou
para osproblemas de
grandes defonnações.II.4
Metodologia
II.4.I Hipóteses
As
principais hipóteses adotadas dentrodo
nosso estudo sobre as vibraçõesde
~ ~
origem
magnética nos motores de induçaode
gaiola e de relutância chaveado, sao:2.
Os
meios
ferromagnéticos são supostos conservativos, isto significaque
as perdasno
ferro ( correntes de Foucault e a histerese) são desprezadas. Considera-se portanto,que
a energia eletromagnética é totalmente transformadaem
energia mecânica.3.
As
chapas ferromagnéticas deambos
os motores são consideradas fracamente magnetostritivas, assim oacoplamento
unidirecionalpode
ser utilizado.4.
As
deformações
das estruturas são consideradas elásticas.5. Considera-se apenas as vibrações forçadas
em
regime
permanente.6.
As
forçasvariam
senoidalmente (harmonicamente)no
tempo.7.
É
assumido que
as vibraçõesdo
rotor são desprezíveis, jáque
as primeirasfreqüências naturais de vibração
do
rotor são elevadas.Assim
asmedições
sãofeitas
na
superficieextema
do
estator.8.
O
modelo modal
adotado édo
tipo viscoso.9.Todos
osmodelos
relativos aoproblema
eletromagnético sãobidimensionais.
II. 4.2
Método
Baseado
nas hipóteses citadasno
item anterior, a análisedo comportamento
dinâmico da
estruturamecânica
será feitaem
regime
harmônico.Neste
tipo de análise aresposta
dinâmica
em
regime pennanente
de tuna estrutura linear é obtida a partir deforças
que variam
senoidalmente (harmonicamente)no
tempo.A
fim
de realizar esta análisede
vibraçõesnos motores de
relutânciachaveado
e nosmotores
de indução de gaiolaseguiremos
as seguintes etapas:a)
Resolução do problema da
estrutura eletromagnética variávelno
tempo, paraobtenção das correntes. elétricas nas partes condutoras e a distribuição das forças magnéticas por
meio
do
método
do
tensor deMaxwell:
1)
No
casodo
MIG
serão obtidas as correntes nas fases e as correntesinduzidas
na
gaiola utilizando a técnica de resolução simultânea decampo
e equações de circuito [6].A
seguir, serão obtidas as forças magnéticas ao longodo tempo
a partir dasCapítulo II 12
vistas
como
condutores esim
como
fontes de corrente. Estametodologia
inédita foidesenvolvida especialmente para
o
MIG.
2)
No
casodo
MRC
as correntes nas fases serão obtidas utilizando a técnicade
acoplamento
fraco,que
consistena
obtençãodo
fluxo
concatenadonos
enrolamentosem
funçãoda
posição, das correntes estimadas eda
saturação, pormeio
deuma
sucessão de cálculosde
campo
estáticos, utilizando ométodo
de elementos fmitos.Com
estes parâmetros, as equações diferenciais de tensão associadascom
os enrolamentosda
máquina
eo
circuitodo
inversor são resolvidos pormeio
de integração numérica.b) Análise de Fourier para obter as
componentes harmônicas
das forças magnéticas. Estas componentes,em
termos demódulo
e fase, serão transferidas aomodelo
mecânico
na
etapa d.c)
Resolução do problema
mecânico,no
domínio da
freqüência, para obter aresposta vibratória
da
máquina
em
regime
livre,ou
seja, as fieqüências emodos
naturais de vibraçãoda
estrutura são obtidos.d)
Resolução
do problema
mecânico,no
domínio
da
freqüência, para obter aresposta vibratória
da
máquina
em
regime
forçado,ou
seja,com
o espectro das forças magnéticas, calculam-se as vibrações edeformações
forçadasda
estruturada
máquina.O
espectro das forças magnéticas écomparado
ao espectro das acelerações mecânicas (vibrações). Atravésda
análise destes espectros é possível determinar quaiscomponentes
harmônicas
das forças magnéticas excitamn
determinadomodo
de
vibração.Nesta
resolução será utilizado
o
Método
de
SuperposíçãoModal, que
resolve aequação
dinâmica da
estruturamecânica
considerando a matriz de amortecimento.Os
amortecimentos são
medidos
atravésda
Técnicade
AnáliseModal
Experimental e inseridosno modelo
mecânico.II.5
Tipos
de Ensaios
PráticosA
fim
de
validar os resultadosdo
cálculos serão realizados ensaios práticos,~
utilizando diferentes técnicas de
mediçao dependendo da
grandeza a ser medida, taisII. 5. I
Medição
das
Formas
de
Onda
das Forças Magnéticas
[16]Para
medição
dasformas de
onda
das forças magnéticas será utilizadoum
método
que
prevê a colocaçãode
bobinasde
detecção defluxo
ao longo de todo o estatorda
máquina.,uma
bobina
paracada
dentedo
estator.Na
figura
2.4 apresentamosum
diagrama
representativoda
técnica.Bobina. de detecçä Integrado: de fluxo _.
Ó
'¿:"B
ff-> \`-L z_.` 1-_ [B (1) ]2 Í:-i ii fui? 5Ͷ;Ê;~JA
Ê fz ¶_'_.«"" 2!-Í if ';;Í-' Estator .›"Fig. 2.4 -
Diagrama
da
técnica demedição
das ondas de força magnética.A
tensão de saídada bobina de
detecção defluxo
í éViu)
=
(2.4)A
densidade defluxo
magnético do
dente denúmero
i édada
porBi‹r›=ff-Lfziv-*ÉÊÊÍ <2.5›
onde
A
é a áreada
seção transversaldo
dente.A
forçamagnética
agindo sobre 0 dente ípode
ser calculada pela seguintefórmula:
Fim)
=
ÍB_iâL)i
(2.ó)0
onde
po é a permeabilidadedo
ar.O
espectro de Fouriernotado
como
Fi (co),que
corresponde acomponente da
forçacapítulo 11 14
Após
a obtenção de todos os F¡(co) (i=
1,2,3, ...,nd), asondas
de força magnéticapodem
ser analisadas de acordocom
seusmodos
e freqüências pormeio
deFFT.
II. 5.2
Medição
de
VibraçõesA
medição
de vibrações éum
processo de busca trabalhoso, boasmedições
sópodem
ser atingidas, seforem
preenchidos alguns requerimentos ligados ao sistema defixação da
estrutura, o sistema de excitação e o sistema de medição.II.5.2.1
Equipamentos
paraMedição
de Vibrações [281O
sistema de aquisição de dados e de processamento de sinaismudou
consideravelmente ao longoda
últimadécada
e continua amudar
rapidamentecomo
resultado dos avanços dos circuitos integrados eda
tecnologia dos computadores.Assim
as propriedades específicas de
um
determinadoequipamento variam muito
rápido, destemodo
um
equipamento
genérico será considerado aqui.A
medição
de vibraçõesgeralmente requer vários equipamentos.
Os
equipamentos básicos consistem deuma
fonte de excitação,chamado
de excitador, para permitir oconhecimento
ou
controleda
força aplicada sobre a estrutura,
um
transdutor para converter omovimento
mecânico da
estrutura
em uma
sinal elétrico,um
amplificador
condicionador de sinal para casar as característicasdo
transdutorcom
asdo
sistema digital de aquisiçãode
dados, eum
sistemade
análise (ou analisador)onde
osprogramas
deprocessamento de
sinal e de análisemodal
estão residentes.Um
esquema
ilustrativo émostrado
na figura
2.5.Os
excitadores mais usados são o shaker (eletromagnéticoou
eletrohidráulico) e o martelo de impulso.O
aparelho preferido freqüentemente éo
excitador eletromagnético,o
qualtem
a habilidade,quando
propriamente dimensionado, de fornecer sinais de entrada largosque
resultamem
respostas fáceis de medir.Também,
a saída é controlada eletronicamente,algumas
vezesusando
realimentaçãoda
força aplicada.O
sinal de excitação,o
qualpode
ser adaptado à estruturaem
teste,pode
ser senoidal, randômico,ou
outro sinal apropriado.A
varredura senoidal consistena
aplicaçãode
uma
forçaharmônica
fzde
amplitude constantecom
uma
variedade de diferentes freqüências,partindo
de
valorespequenos
echegando
a valores grandes, cobrindo a faixa defieqüências de
interesse.A
cada
incrementono
valorda
freqüência de excitação, espera-resposta.
O
shakerdo
tipo eletromagnético consiste basicamente deum
motor
elétricolinear
composto
basicamentede
enrolamentosem
tomo
deum
eixo, a aplicação de correntealtemada
às suas bobinas causauma
forçaque
movimenta
o eixo axiahnente, o qual transmite a força para a estrutura.amplificador oscilador
.
excitador_
acelerômetro-~
analizador pre'-amplificador de FFTFig. 2.5 -
Esquema
demedição
de vibrações.Já
que
os shakers sãofixados
à estrutura de teste ecomo
estestêm massa
significante,deve
setomar
cuidadona
escolha dasdimensões do
shaker eno método
defixação
de
forma
aminimizar
o
efeitodo
shaker.O
shaker e suafixação pode
adicionarmassa
à estrutura sob teste. Esteproblema
pode
serminimizado
atravésda fixação do
shaker à estrutura
por
meio de
um
stinger.O
stinger consiste deuma
barra (de açoou
nylon)
fma
e curtaque
serve para isolar o shakerda
estrutura, reduzindo amassa
adicionada
ao
sistema, e fazendocom
que
a força seja transmitida axialmente, controlando a direçãoda
força aplicadamais
precisamente.Os
transdutores utilizados paramedir
a respostada
estrutura são conhecidoscomo
acelerômetros, e consistemde
duas massas, separadas pormeio
deum
material piezoelétrico,sendo que
uma
éfixada
à estrutura.O
material piezoelétrico atuacomo
Capítulo II 16
uma
mola
rígida. Isto fazcom
que o
acelerômetro tenhauma
freqüênciade
ressonância.A
máxima
freqüênciade
ressonância mensurável é usualmenteuma
fraçãoda
freqüênciade
ressonânciado
acelerômetro.A
impedância de
saída de muitos transdutoresnão
é adaptada à entrada dosequipamentos
de análise de sinal.Assim
os condicionadores de sinal, os quaispodem
seramplificadores
de correnteou de
tensão,casam
e freqüentementeamplificam
os sinaisantes de
serem
analisados.É
importantetambém
que
os sinais sejam propriamentecalibrados
em
termos de amplitude e fase ao longoda
faixa de freqüências de interesse.Uma
vez
condicionados, os sinais são levados ao analisadorque
executao
processamento
do
sinal.Há
muitos analisadoresem
uso.O
tipoque tomou-se
standard échamado
de analisadorde
FFT
(Fast Fourier Transfonn). Basicamente, o analisador deFFT
recebe sinais analógicos de tensãoque
representam aceleração (força, velocidade,deslocamento
ou
deformação)
de Lun amplificador. Este sinal é filtrado e digitalizadopara
computação.
O
espectro de freqüências discreto dos sinais e a correlação entre a entrada e várias saídas são calculados.O
sinais analisadospodem
então sermanipulados
das
mais
variadas formas para obtenção das freqüências naturais, razõesde
amortecimento
emodos.
II.5.2.2
Determinação
Experimental das Acelerações através deExperimentos
Rotacionais
A
medição
das acelerações é feitaem
diferentes pontosda
carcaçado
motor.O
motor
é posto a operarem
carga, geralmenteuma
máquina
CC.
A
velocidadedo motor
évariada de
um
valormínimo
aum
valormáximo.
O
espectrode
acelerações paracada
velocidade é obtido e
comparado
com
os das forças magnéticas para análise.Na
figura
Acelerõmfitlio Filtragem Amplificador II
Aqumção
ânálisc por1
FFT
Fig. 2.6 -
Esquema
representativoda
técnica demedição
de vibrações.II.6
Conclusão
Neste
capítulo foidefinida
ametodologia
a ser aplicadano
decorrerdo
trabalho,para
modelagem
e ensaio das vibraçõesde
origem
magnética nasmáquinas
elétricas rotativas.CAPÍTULO
111MoDELAGEM
ELETROMAGNÉTICA
III.1
Introdução
Neste
capítulo são apresentados osmodelos empregados na
simulação dosMotores
de
Indução de
Gaiola e de RelutânciaChaveado,
bem
como
ométodo
de cálculo dasforças magnéticas.
Normalmente
a estrutura eletromagnética está ligada amn
circuito exterior.A
escolha
do
método
de acoplamento
entre a estrutura eletromagnética eo
circuito exterior será funçãodo
tipo demotor
e dosfenômenos
presentesno
seu ftmcionamento,bem
como
de
um
compromisso
entre a exatidão dos resultados e otempo
gasto para obtê-los.Neste
trabalho são utilizadas duas técnicas demodelagem
demáquinas
elétricas.Uma
das técnicas utiliza elementos finitos para resolução simultânea das equações decampo
com
o
circuito conversor (acoplamento forte) e a outra utilizaum
modelo
baseado
em
circuitos elétricosque
descreve o conversor,no
qual os parâmetros magnéticosda
máquina
são obtidos por elementos fmitos (acoplamento fiaco).No
casodo
MRC
a técnica deacoplamento
forte,dá bons
resultados,mas
otempo
de cálculo é longo. Já a técnica de
acoplamento
fraco apresentatempo
de
cálculomenor
ea
comparação
entre os resultados obtidos mostrauma
boa
concordância.A
técnicade
acoplamento
fraco apresenta outra vantagem: se os ângulos dechaveamento
tiveremde
ser variados a fun de obter
melhor
desempenho
do motor não
há
necessidadede
recalcular as
equações
decampo
para obter as formas deonda de
corrente, isto éextremamente
vantajosoquando
se deseja estudar as vibrações deorigem
magnética.Para
o
MIG
somente
a técnica de acoplamento fortepode
ser utilizada,em
funçãoda
existênciade
circuito elétricono
rotor e dosfenômenos
de indução eletromagnética decorrentes.HI.2
Acoplamento
Forte das
Equações
do
Campo
Eletromaguético
com
asEquações
do
Circuito Exterior.Nesta
técnica a interação entre os circuitos elétricos magnético e elétrico é levadaem
conta pela adição das equaçõesdo
circuito externo a matriz de elementos finitos [27].III. 2.]
Caso
deuma
Máquina
ElétricaGenérica
Usando
o potencial vetormagnético
A,
ocampo
magnéticona
máquina
pode
ser escritocomo:
v×/H×v×A=J-õÕf%t+v×%¿mB,_
(3.1)onde
u
é a permeabilidade magnética,J
é a densidade de corrente,o
é a condutividadeelétrica.
A
densidade de correnteJ
nos enrolamentosda
máquina
é geralmente desconhecida,mas
pode
ser relacionada à tensão nos enrolamentos v( t) pormeio
dasequações
do
circuito elétrico:vu)
z
mu)
+Ld¡(%
+dN¢(%
(az)
onde
v(t) éo
vetorda
tensão,R
é a matriz das resistênciasCC
dos enrolamentos,L
é amatriz
que
contêm
as indutânciasde
cabeças de bobinas,N¢(t)
é a matriz de enlace defluxo
e i(t) é o vetor correnteno
enrolamento.O
fluxo
magnético ¢(t) é relacionado ao potencial vetormagnético
A(
t). .A
equação
(3.1) é discretizadapor
meio do método
de elementos fmitosbidimensional, e as derivadas
no
tempo
das equações (3.1) e (3.2) são discretizadascom
o algoritmo ,B [26].Um
grande sistema matricial de equações é então obtido:A lP_1Y!<*)_¬í_1/_z_:;¶`{_l___;lÊ1Í
_______
__=
ymxo
¡BR+yAtL
=lí9_:2l1Y¶<â-êflifl/_zi_z_P_*_l_i,_í1;?2P_ ---ly-íâ:_êfll+KÍÀQ
--P (is-1)R+1/A'tL ¡(t-Az) ___¡í ›-> f_` L-Le-r í .___._íCapítulo III 20
____1Ê _ _ _ _ _ _ . _ _ __? ______ __
i-Bcvm
+
im-1›Cv‹r-At)
I(33)
onde
M
eN
são as respectivas matrizes, penneabilidade magnética e condutividadeelétrica.
P
eQ
são as matrizesque
relacionam as equaçõesdo
campo
e as equaçõesdo
circuito elétrico. 0 é 0 vetor matriz nula,
D
ev
são os termos fonte ( devido aosimãs
pemianentes
e tensões aplicadas). A(t) é o passo de cálculo, 7» éum
fatorque depende da
configuração
dos enrolamentos (sérieou
paralelo).O
sistema inteiro é resolvido passo apasso
com
respeitoao
tempo, e as incógnitas A(t) e i(t)podem
ser calculadas.O
movimento do
rotor é levadoem
conta pormeio
da
técnica deBanda
de
Movimento
com
elementos quadrilaterais especiaisno
entreferro [25].III. 2.2
Caso
Especçfico
do
MIG
Para o
MIG
não há
imãs permanentes.O
sistema de equações 3.3 se reduz então az ___I` ‹-›E
'-* :› "90 f>1~¶<f>f_¿leië____:fâ1:__
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+ 0_____
__°_____
__+lIéõã;‹“õl+i‹B~1›‹zv,,‹t-Mi
“W
As
densidadesde
corrente induzidasna
gaiola, serão calculadas passo a passono
tempo,
pela expressão abaixo:_
õA
_
0-c[A(t)_Au
-
Ar]J,
_
ecat
_
At(35)
onde
6° é a condutividade corrigida das barras para levarem
conta a resistência dos anéisda
gaiola.As
barrasda
gaiola são consideradas perfeitamente curto-circuitadas pelos anéis.Nas
motoresde
indução os enrolamentos são gerahnente ligadosem
três tipos principais de conexão:a)
Conexão
em
estrelacom
fio
neutroNeste
caso as tensõesVm
são as tensões fase-neutro aequação
(3 .4) pemiite aobtenção direta das correntes nas fases.
b)
Conexão
em
polígono_. ~
Para esta conexao, as tensões entre fases
Vem,
sao aplicadas sobre os enrolamentos.A
equação
(3.4) permiteo
cálculo direto das correntes If de cada fase escrevendoVmL=Vm.
As
correntes Iipodem
ser obtidas apartir de:Ij
=
Ifi_l -c) Ligação
em
estrelasem fio
neutroUma
vez
que
osn
enrolamentos são ligadosem
estrelasem
fio
neutro,somente
n-1 correntes são linearmente independentes.E
as tensões de alimentação são as tensõesde
linha
Vem. Denominando
i*o
vetor das (n-1) correntes independentes.A
relação entre i* e If paraum
enrolamento trifásico (n=3)pode
ser posta sob a forma:1 o
-1,,
_*1,=`0
1_11
=K1
(3.7)E
a relação entre as tensões de linhaVeme
as tensõesde
faseVw
é:V
ex:_
O 0IV
CV
3 81 O 1 extl.
_
extl.. ( ° )~ ~
A
substituição das expressoesem
3.7 e 3.8em
3.4 resultano
sistema de equaçoes específico para estaconexão
em
estrela,mostrado
abaixo:Capítulo III 22 z~> ‹-›‹-+
§1_~¶<fÃfÁéf_E
____
__-fi1:1_<Kfytxo
fKT[BR+%tL]K
il)
' s<_fi_:_1>_1!«íâ:f>;‹1f_%laL%<1~fi>PK
<t-M
K
/
À
°×-3* ` T 1 AtQ
i'1'<'f'[(5`Í1Í1i_¬f%;L]í<_"(1-_ÃÍ)+
0*i-õ¢ve,.‹f›l*l‹õ-1›cvs.‹t-zw
(39)
As
correntes inpodem
ser calculadas pela expressão abaixo:. n-1.*
in
= (-1)21
k (3.10)k=l
III. 2.3
Caso
Específicodo
AMC
Para o
MRC
não há imãs
permanentes.O
sistema de equações 3.3 se reduz entãoaz lÊ"_1Y!<°_“:_¿;1Ê`í_L_-;Ê1Í__-_
YAÍÀQ
5|sR+%
L
_(B-1)M(r-A1)+1/MN
5(1-B)P
A(t-At)
l/
ÍB`l`1iíi1%;
ij l`i(iÍÍKö`¶ + --F Q-O* í¡_.__ I-In>
Cr/ 1-P \í __4_i 5 '''''' "I;xt';z¡§ ''''''"
l~~~~~ eeeee
el
I-Bcvmu)
"(3-1)cvm(¢-At)
('
)onde
C
éuma
matriz identidade, poisno
MRC
não há conexão
entre asfases.Vm
éo
vetor