CRIANÇAS
MENORES
DE
10
ANOS
ENVOLVIDAS
EM
COMPETIÇÕES
PROMOVIDAS
PELAS
FEDERACOES
ESPORTIVAS
DE SANTA CATARINA
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.
FLORIANÓPOLIS
CRIANÇAS
MENORES
DE
10
ANOSENVOLVIDAS
EM
COMPETIÇÕES
PROMOVIDAS
PELAS
FEDERAÇÕES
ESPORTIVAS
DE SANTA CATARINA
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a
conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.
Coordenador do Curso: Edson Cardoso Orientador: Suely Grosseman Mattosinho
Coorientador: Leila Cristiane
Machado
FLORIANÓPOLIS
Trabalhode conclusão no Cursode Graduação em Medicina, -Universidade Federal de Santa Catarina
~ ~
1. Esportes para crianças-participacao em competiçoes 2. Esportes para crianças treinamento intensivo. 3. Treinamento intensivo para crianças - aspectos médicos.
Ao
Conselho
Estadual de Desportos e as Federações Esportivasde
SantaCatarina pela atenção e disponibilidade
no
fornecimento dos dados pesquisados;À
Leila CristianeMachado
pela sua importante colaboração na orientação deste trabalho;`
À
SuelyGrosseman
Mattosinho pela sua paciência ecompreensão sempre
presentes
no
processo de criação e orientação deste trabalho;Ao
meu
pai,que
me
ensinou a grandeza das coisas simples e pelo seuamor
e
confiança
amim
depositados;Ao
Sol,à
Lua
e aoMar
Obrigado!INTRODUÇÃO
... ._OBJETIVOS
... ..REVISÃO
DE
LITERATURA
MÉTODOS
... ._RESULTADOS
... ..REFERÊNCIAS
... .. . . . . . - - . . . . . . .- . . . . « z ‹ . . . . .. . . . . . . . . - . . ‹ . . - .. . . . . . . z . - ~ .-DISCUSSÃO
... ..CONCLUSÃO
... .. . . . . . . . . . . . . ...A
Pediatriatem
como
um
de seus principais objetivos, estimularo
desenvolvimento fisico, psicomotor e psicossocial
da
criançal.Segundo
Marcondes”, entre os fatoresque
influenciamo
desenvolvimento,pode-se citar os intrínsecos,
como
herança genética e fatores neuroendócrinos e os extrínsecos, taiscomo,
ambientais gerais e os especiaiscomo
nutrição,atividade fisica e estimulação bipsicossocial.
O
presente estudo teráem
foco a atividade fisica.A
atividade fisicapode
ser divididaem
2 tipos: a) inerente ao indivíduo eb)
programada
(também chamada
prática esportiva). Esta últimapode
serprogramada
deforma
lúdicaou
objetivandoo
rendimentocada
vezmaior
dascrianças, visando sua participação
em
competições?A
prática esportivapode
propiciar o desenvolvimentoda
criatividade, fortalecimentoda
auto-estima, estímulo à socialização” e à capacidade detomar
decisões e de lidarcom
situações de stress.
Também
promove
a aptidão fisica ea
saúde deforma
global”.Quando
não
respeitados os limites fisicos e psíquicosda
criançapodem
ocorrer efeitos negativos, fisicosou
emocionais. Entre estes, pode-se citar lesões músculo-esqueléticascom
prejuízono
crescimentofl distúrbios alimentares ehidro-eletrolíticosfl depressão, insegurança, aprendizado de
comportamento
obsessivo e até
mesmo
desleal, , entre outros?Pelo exposto acima, pode-se observar
que
a vigilância esportivatem
seu papelbem
definido na
Pediatria Preventiva?As
competições esportivastêm aumentado
deforma
progressiva eníveis sócio-culturais?
O
Brasilnão
foge à regra,porém
há poucos dados
disponíveis sobre
o
número
de crianças envolvidasem
esportes e competições?Em
Santa Catarina,em
particular,não há
nenhum
dado
divulgado a2.
OBJETIVO
O
objetivo deste trabalho é fazerum
levantamentoda
quantidadede
crianças abaixo de 10 anosque
participaram de competições oficiaispromovidas
pelas Federações Esportivas especializadasem
Santa Catarina,de
1995a
1997.Além
disto apresentauma
breve revisão de literatura sobreo
treinamento3.
REVISÃO
DE LITERATURA
A
infância é caracterizada poruma
grande necessidade de atividade física,a qual é fator importante para
o
desenvolvimento e crescimento.A
forma,intensidade, freqüência e duração desta atividade inerente a criança são subconscientemente determinadas por elas,
conforme
suas necessidades e limitesfisicos. Este tipo de atividade habitual
predomina
antesdos
10 anosíQuanto
à atividade fisica programada, esta propiciao
desenvolvimentode
força muscular, flexibilidade, resistência, equilíbrio, velocidade,
coordenação
bem
como
capacidade de contração e relaxamento.Também
é importante parao
desenvolvimento psicossocial pois estimula a força de vontade, disciplina,
autodomínio, coragem, autoconfiança, solidariedade e respeito às regras?
O
treinamento fisico regularou
atividade fisicaprogramada
devem
estimular o desenvolvimento de todos os órgãos e sistemas através
do
treinamento de todas as funções
como,
aeróbicas, anaeróbicas, força, resistênciae coordenação.
Se o
treinamento for direcionado auma
destas funçõespredominantemente
poderá causar danos à saúde e ao desenvolvimento musculo-esqueléticol.
O
treinamento especializadoou
intensivo precoce édefinido
porKunzs
como
aquele realizado a longo prazo,com
fieqüência
mínima
de 3 diasna
semana
e antesda
puberdade. Objetivao
acréscimodo
rendimento e aparticipação periódica
em
competições.Este tipo- de treinamento
quando
em
excessopode
trazerproblemas
taiscomo:
a) deficiênciana formação
escolar devido ao grandetempo
e atençãoglobal; c) as atividades lúdicas infantis importantes
no
desenvolvimentoda
personalidade
ficam
reduzidas pois a criança preenche praticamente todo seu diacom
as atividades escolares eo
treinamento esportivo. Isto éobservado
principahnente
em
esportescomo
ginástica rítmica e artística(também
conhecidas
como
ginástica olímpica), natação e atletismo.Grupe9,
em
1985,também
enfatiza estes problemasquando o
treinamento precoce ultrapassa os limites de tolerânciada
criança.Chega
até aafirmar que
estas
perdem
o direito de ser criança, as experiências eo
contato socialalém
do
mundo
esportivo, eque
gerahnente são vítirnas deuma
família desestruturada, e expostas aum
excessivo stres psicológico e fisiológico.A
tendênciano
treinamento intensivotem
sido ade
incorporar criançascada
vez mais
jovens, a ponto de, nas modalidades de natação, ginástica olímpicae patinação por exemplo, o treinamento ser iniciado a partir de
4
a 5 anos”.A
faixa etária entre 5 e ll anos é caracterizada por apresentar musculaturafraca,
ampla
flexibilidade,pouca
capacidade de concentração emovimentos
eatitudes próprios
da
infância.Os
programas
esportivos nesta etapanão
devem
pressionarnem
ultrapassar as capacidadesda
criança,ao
invés dissodevem
serlúdicosl.
O
ossoem
desenvolvimento diferedo
adulto por ser mais poroso eplástico,
podendo
ocorrer fraturas unicorticais(em
“galho verde”)ou
deformações
ósseassem
fraturas. Entretanto, o periósteo e por issopode
permanecer
intactomesmo
na
presença deuma
fratura óssea,o que
ajudana
redução e acelera
o
processo de consolidação óssea”.Outra importante característica
do
osso infantil são as placasou
fisesde
crescimento.
São
estruturas cariilaginosas a partir das quais ocorreo
crescimento longitudinal dos ossos.Há
urna maior susceptibilidade destas estruturasa
lesõesdas placas
de
crescimentocomumente
encontradas são: separaçãoou
fraturasdestas por traumas agudos, lesões por uso excessivo e repetitivo
como
aque
ocorre
na fise
distaldo
rádio de atletas ginastascom
conseqüentefechamento
prematuro desta e distúrbio
no
desenvolvimentocom
defonnidade óssea edoença
articular crônica”.
As
apófises
são centros de ossificação nos pontos de ligamentodo
tendãocom
o
osso, presentesna
infância.Quando
há
tração das unidadesmúsculo-
tendinosas, esta se concentra
nas apófises
podendo
ocorrer avulsãoaguda
destaestrutura.
Se
a tração for crônica e repetitivapode
levar a microavulsões eirritação crônica determinando
uma
apofisite de tração".A
doença
de Osgood-Schlattercomum em
patinadores e ginastas éum
exemplo,
aonde
ocorreuma
apofisitedo
tubérculoda
tíbia”.A
atividade fisica atravésda
contração muscular estimula aformação
ecrescimento ósseo.
Por
outro lado se for excessivapode
levar a reabsorção óssea?Não
há
conclusões exatas sobre a idade ideal para iniciaro
treinamento eparticipação
em
competições esportivas. Sugere-seum
limitemínimo
de
idadede
8 anos para natação e tênis de mesa, 9 anos para ginástica, 10 anos para futebol e
tênis, 11 anos para atletismo,
canoagem,
handebol e volley-ball, 13 anos parabasketball e 15 anos para levantamento de pesol.
Muitos
autoresafinnam
que
a idade óssea émelhor
que a idadecronológica para definir se a criança está biologicamente
amadurecida
para participar de treinamento e competições.A
idade óssea ideal seria de 14 anos?4.
MÉTODOS
Este estudo foi transversal, descritivo e
com
eixo temporal histórico.A
população
estudada constituiu-se de todas as crianças abaixode
10anos, inscritas
em
competição oficiais,promovidas
por 15 Federações Esportivas existentesem
Santa Catarina nos anos de 1995,1996
e 1997. 1Foi obtido junto ao cadastro
do Conselho
Estadual de Desportos a listagemdas Federações Esportivas de Santa Catarina,
em
número
de 36,com
osrespectivos endereços, telefones e
nomes
dos seus presidentes. Foi enviada correspondência a 35 Federações, explicandoo
objetivodo
estudo e requisitandoa colaboração
no
fomecimento
de dados, atravésdo
preenchimentoda
Fichade
Coleta de
Dados
(Apêndice I).A
Federação
Catarinensedo Desporto
Universitário foi descartada por atender
somente o
público universitário.Na
ficha
de coleta
foram
solicitados os seguintes dados. 1)número
de atletas abaixode
10~
anos inscritos
em
competiçoes nos anos de 1995,1996
e 1997; 2) clube, escolaou
outra entidade aos quais os atletas pertenciam: e 3) cidade deorigem
destasentidades. V
Apenas
7 Federaçõesresponderam
às correspondências neste primeirocontato.
Um
segundo
contato, foi então realizadocom
as28
outras Federações viatelefones, fax e/ou pessoal. Este, propiciou
também
a obtenção demais
informações
em
relação às particularidades inerentes aalgumas modalidades
esportivas,
que foram
fornecidas por responsáveis destas Federaçõesque
também
Foi observado
que 02
Federaçõesestavam
com
endereços desatualizados,o
que
impossibilitouo
contato.As
ll Federaçõesque
não responderam ao
segundo
contato,foram
insistentemente contatadas e após explicaçãoda
importância
na
obtenção dos dados,mais
9 Federações responderam.Restaram
apenas as Federações Catarinenses de Hipismo,
Xadrez
ePesca
eDesporto
Subaquático
que não
fomeceram
seus dados.De
um
totalde 36
Federações existentesem
Santa Catarina, 15não
promoveram
competições para crianças abaixo de 10 anos.São
elas: basketball,bocha
e bolão, esqui aquático, futebol sete, handebol, ciclismo, paddle,paraquedismo, punhobol, tiro ao alvo, Volley-ball, remo, trialhlon, futebol e culturismo e musculação.
O
limiteminimo
de idade para participar de competições das Federações éde 12 anos para Volley-ball, punhobol, e basketball, 13 anos para
o
tiro ao alvo,14 anos para o triathlon e 16 anos para
o
culturismo e musculação.Cabe
ressaltarque
as Federações Catarinense de Volley-Ball, Basketball ePunhobol
afirmaram
que
estes atletaspoderiam
estarem
regime de treinamento paracompetirem
quando
atingirem idademínima
exigidaou
participandode
competiçõesnão
organizadas pelas Federações.
As
Federações de tiro ao alvo só iniciam treinamento aos 13 anos, as deparaquedismo
e culturismonemusculação
aos 15anos.
Para posterior discussão são apresentadas 2 classificações propostas pela
American
Academy
of
Pediatrics(AAP)
Committee
on
SportMedicine
and
Fitness
em
1994.Uma
delas refere-se ao graude
contato dos esportes(Quadro
II) e baseia-seno
fato deque há maior
riscode
lesões por colisãocom
outros atlelas
ou
objetos inanimados quantomaior
for o contato.A
outra classificaçãotem
importância nas consultas de avaliação pré-participação pois relaciona os esportesconforme o
grau de esforço estático e dinâmico(Quadro
III). Esta possibilita prever as implicações decada modalidade
esportivana
presença de doenças cardiovasculares e pulmonares, pois os exercícios estáticosprovocam
uma
carga de pressão e os dinâmicosuma
cargade
volume
parao
ventriculo esquerdo”.Limitações
do
estudo:Quanto
ao delineamento e a população o estudo ideal seriao
longitudinalobservando se as
mesmas
crianças se inscrevem acada ano
em
eventos esportivos.O
local maisadequado
para pesquisaro
envolvimento de criançasem
esportes, seria a escola,aonde
poder-se-ia obterdados mais
precisosde
todas ascrianças
que
participam de atividades fisicas regulares extra curriculares,pagas
ou
gratuitas,com
objetivo lúdicoou
de competir oficialmente;Devido
aos custosde
filiação dos atletas junto as Federações Esportivas etambém
aonúmero
limitante imposto pelas equipesde cada
modalidade, muitascrianças
podem
não
terem sido selecionadas para disputar as competições,porém
estão participando dos treinos para chegar a equipe principalou
participaremde
outras competições. Portanto, neste estudonão
estão todas as criançasque
treinam para competições esportivasem
Santa Catarina. Entretanto, existe nesteestudo a visão
do
mínimo
de
crianças envolvidas eo
leitordeve
terem
mente que
esta é apenas a “ponta
do
iceberg” eque
a partir deste estudo vários outrosdevem
advir para avaliaçãodo
envolvimento das crianças aquinão
incluídas.1. Fed. Cat. 2. Fed. Cat. 3. Fed. Cat. 4. Fed. Cat. 5. Fed. Cat. 6. Fed. Cat. 7. Fed. Cat. 8. Fed. Cat. 9. Fed. Cat.
Musculaçao
l0.Fed.Cat
l1.Fed. Cat. l2.Fed. Cat. 13 .Fed. Cat. 14.Fed.Cat
15.Fed. Cat 16.Fed. Cat. l7.Fed. Cat. l8.Fed.Cat
de Atletismo*de Automobilismo*
de Badminton*
de
Basketballde
Bicicross*de
Bocha
eBolão
de
Canoagem*
de
Ciclismode
Culturismo e ~ de Desporto Universitáriode
Esqui Aquático de Futebolde
Futebol de Salão* de Futebol Setede
Ginástica*l9.Fed. Cat.
de
Karatê*20.Fed. Cat. de Motociclismo. 21 .Fed. Aquática
de
Santa Catarina 22.Fed. Cat.de
Pâiddle23.Fed. Cat. de
Paraquedismo
\24.Fed. Cat. de *Pesca e
Desporto
Subaquáticoø " 25.Fed. Cat. 26.Fed. Cat 27.Fed. Cat 28.Fed. Cat 29.Fed.
Cat
30.Fed.Cat
3 l .F ed.Cat
32.Fed.Cat
33.Fed.Cat
de
Hwd¢bK34.Feâ.
cai
à Hi
'"`r
6 13151110' 35.Fed.
de
Remo
de SantaCatanna
df? Judô* 36.Fed. de Triathlon de SantaCatarma
de
Punhobol
de
Squash*
de Surf*
de
Tae
Kwon
Do*
deTênis* de Tênis de
Mesaø
de Tiro aoAlvo
deVela
eMotor
de Volley-Ball deXadrez»
*o Não fomeceram dados ou estavam com endereços desatualizados. Federações que promovem competições com crianças menores de 10 anos.
Quadro
II - Classificação dos Esportes pelo Contato .Contato/Colisão
Contato Limitado
Sem
Contato
Basquetebol
Box
Saltoomamental
Hóquei
FutebolAmericano
Artes marciaisRodeio
Rúgbi
Paraquedismo
FutebolHandebol
Polo Aquático Luta Livre Beisebol Ciclismo - -Canoagem
em
corredeirasEsgrima
Saltoem
alturaSalto
com
vara Ginástica Olímpica LacrosseHipismo
Patinação Esquina
neve Esqui AquáticoSquash
Volley-ballWindsurf
SurfArco
eflecha
Badminton
BolicheCanoagem
de águascalmas
Remo
Dança
Arremesso
de peso AArremesso
de dardoArremesso de
disco GolfeLevantamento
depeso
Caminhadas
Tiro ao alvoComda
Vela
Mergulho
submarino Treinamento de forçaNatação
Tênis deMesa
Levantamento
depeso
TênisQuadro
III - Classificação dos Esportes pelo EsforçoIntensidade Alta e
Moderada
Demanda
Estática eDemanda
Dinâmica
AltaDemanda
Estática Alta aDinâmica
Moderada
Alta a
a
Moderada
eDemanda
Moderada
eDemanda
Estática
Baixa
Dinâmica
Baixa
Box*
Remo
Esqui CiclismoEsgrima
FutebolAmericano
Hóquei
Rúgbi
Corrida de Velocidade Patinaçãode
Velocidade Polo Aquático Luta LivreBadminton
Beisebol Basquetebol _ PingPong
Caminhada
FutebolSquash
Natação
Tênis Volley-Ball ' /Arco
e FlechaAutomobilismo
SaltoOrnamental
Hipismo
Saltos (Atletismo)Arremessos
(Atletismo) Ginástica Olímpica Karatêou Judô
Motociclismo
Rodeio
Vela
Esqui AquáticoParaquedismo
Levantamento de Peso
*IntensidadeBaixa
(Demanda
Estática eDinâmica
Baixas) BolicheCríquete
Golfe
Tiro ao alvo
* Participação de crianças não recomendada
5.
RESULTADOS
5.1
Crianças
envolvidasem
competições
oficiaisDas
36
Federações cadastradasno
Centro Estadual Desportos, 15afirmaram
haver organizado competiçõescom
atletas de idade inferiora
10 anos,entre os anos de
1995
a 1997. O' totalde
atletas inscritos porano
foide 1679
em
1995;
1794
em
1996
e2040
em
1997.Como
sepode
observar, as artes marciais (karatê, taekwon
do
e judô) e futebol de salãoforam
as modalidadescom
maior
número
de atletas inscritos seguidos pela natação, ginática, tênis e atletismo. _5.2. Particularidades
de
algumas
Federações
5.2.1. Idade de inicio de treinamento
Segundo
informações obtidas dealgumas
Federações,normalmente
ascrianças iniciam treinamento a partir de 5 anos
na
canoagem
e bicicross,6
anosno
karatê, 7 anosna
ginástica olímpica, vela emotor
e taekwon
do
e9
anosna
F
ederaçao
- Atletasem
1995
Atletasem
Atletasem
1996
1997
11(%)
H
(%)
n
(%)
Fed. Cat Fed. Cat. Fed. Cat. Fed. Cat. Fed. Cat. Fed. Cat. Fed. Cat. Fed.Cat
Fed. Cat. Fed.Cat
Fed.Cat
Fed. Cat. Fed.Cat
Fed.Cat
Fed.Cat
deJudô
de
Futebol de Salãode
Karatêde
Tae
Kwon
Do
de
Aquática deSC
de
Ginásticade
Tênis de Atletismode
BicicrossdeAutomobilismo
de
Squash
de
Canoagem
Vela
eMotor
de
Badminton
de
Surf524
(31,20)454
(27,03) 186 (11,07) 134 (7,98) 104 (6,19) 145 (8,63)90
(5,36)22
(l,31) 12 (0,71)4
(O,23)4
(0,23)612
(34,11)385
(2l,46)254
(14,15) 161 (8,97) 135 (7,52) 93 (5,18)94
(5,23)29
(l,6l)22
(l,22) 6 (O,33) 2 (0,11) 1 (0,05)54s(2ó,só
492
(24,1122ó(11,07
23s(11,óó
132 (s,92 171 (3,323sz
(4,0135
(1,71334
(1,óó1 8 (0,39 16 (0,781 5 (0,241 2 (0,091 1 (0,041ToTAL
1679
(100) “1794
(100)2040
(100)5.2.2. Caracteiísticas
de algumas
competições e treinamentosA
Federação Catarinense de Ginástica,promove
campeonato no
estilode
apenas a integração destas crianças, fornecendo premiação a todos
os
participantes.A
Federação
Catarinense de Futebolnão
épromotora
direta doscampeonatos envolvendo
criançasna
faixa etária deste estudo, porém, a própriaentidade informou
que
as Ligas Municipais de Futebol, filiadas à Federação, sãoresponsáveis pela
promoção
destes campeonatos,sem
a
obrigação de divulgarem resultadosou número
de participantes à “entidademãe”.
As
Federações Catarinense de Karatê eTae
Kwon Do
afirmaramque o
ensino e treinamento destas artes marciais para crianças,devem
serprogramadas
com
atividades lúdicas edo
cotidiano infantil..Consideram
necessário, darliberdade para
optarem
em
realizarou
não
as atividades propostas pelo instrutor,caso contrário elas
perdem
a
motivação pelo esporte.A
Federação
Catarinense de Karatêpromove
competições para atletasabaixo de ll anos
somente
na
categoria Kata.Neste
estilo de competiçãonão há
confronto
ou
contato fisico entre os adversárioso que
evitaria lesões decorrentesde
uma
luta.São
realizadas seqüências demovimentos
simulandouma
luta,onde
6.
DISCUSSÃO
6.1.
Envolvimento de
crianças nos esportesA
quantidade de crianças abaixode
10 anos envolvidas nas competições esportivaspromovidas
pelas Federações de Santa Catarina épequena
secomparada
aosnúmeros da
população de Santa Catarinana
faixa etária entre 5 e10 anos.
Os
números
totais de atletascorresponderam
a0,3%
em
1995,0,31%
em
1996
e0,35%
em
1997
desta população,que
era de 553294,564324
e575550
criançasnos
respectivos anos,conforme
as projeçõesda
Secretaria deSaúde
de Santa Catarina.Mesmo
assim pode-se observarum
crescimentodo
número
destes atletas.Como
já foi enfatizadona
metodologia osnúmeros
obtidos refletemsomente
as crianças que se destacaram paracompor
as 'equipesprincipais.
Não
estão incluídas aqui aquelas que, apesarde
terem treinado paraestas competições
não
terem sido escolhidasou que tenham
participadode
outras competiçõesnão
oficiais.No
Brasil osdados
existentes são poucos.Da
Costaã realizouum
levantamento junto ao Ministério
da
Educação
em
1986,onde
observou 346.791atletas abaixo de 18 anos filiados a clubes esportivos
que
correspondia aum
aumento
de7%
na
participação destes atletasem
relação a 1969.Também
seobservou
que o
número
de participantesem
competições escolares erade
4.693.885 crianças e adolescentesem
1984
eem
1985aumentou
para 6.078.889.Este crescimento era compatível ao
número
de
competições estudantis,que
Outro
estudo realizado entre1992
e 1993 por Lovisolo et al”no
Rio
deJaneiro
com
703
crianças de 10 a 14 anos,demonstrou que
87,8%
destaspraticavam
alguma forma
de esporte forada
escola e86,1%
praticavam atividade esportiva extracurricular dentroda
escola.Em
1988,44%
da
população americana entre 6 e 18 anos estava envolvidaem
esportesnão
escolares e 5,13 milhõesem
esportes universitários”.6.2.
Esportes mais
PraticadosNo
presente estudo asmodalidades que
apresentarammaior
número
de
competidoresforam
artes marciais, futebol de salão, natação, ginástica olímpica,tênis e atletismo.
Lovisolo”,
no
mesmo
estudo realizadono Rio
de Janeiro, aqui já apresentado, mostraque
os esportescom
maior
número
de praticantes nasescolas
foram
em
ordem
decrescente: corridas, ginástica olímpica, basketboll e futebol. Já fora das escolas osmais
procuradosforam
futebol, ginástica' olímpicae volley-ball. Estes diferentes perfis de procura pelos esportes estariam
relacionados a disponibilidade dos
programas
esportivos escolares, enquanto que, forada
escola a procura seria influenciada por tradições culturais destapopulação
e
o
desejo de participação social através daquelas atividades.Nos
EUA
a participação de criançascom
10 anos nosprogramas
esportivos comunitários entre1987
e1988
foimaior
nas modalidadesde
beisebol, natação, basketball e futebol nesta ordem”.
\
Uma
pesquisa nacional realizadano Canadá
em
1988
(theCampbell
Survey of the Well-Beingof
Canadians)mostrou que
a natação aparececomo
desta idade
seguem
o
beisebol e hóquei e entre asmeninas
a patinação eo
esquina
neve”.No
Japão,em
1993 as atividades esportivas mais populares nas escolaselementares
foram
em
ordem
decrescente minibasketball, futebol e beisebol".Os
clubes esportivosna
Suéciaem
1989 que
apresentaramo maior
número
demembros
entre 10 e 12 anosforam
futebolem
ambos
os sexos, seguidode
hipismo e ginástica olímpica entre as
meninas
e hóqueino
gelo e natação entre os meninos”.A
natação aparececomo
a atividade esportivamais
popularna
Inglaterra entre jovensdo
sexo masculino e feminino”. Futebol, corrida ebadminton
seguem
nestaordem
de freqüência pelos meninos, enquantoque
entre asmeninas
segue-se pelo
badminton
e hóqueide campo”.
Em
estudo feito pelo Ministérioda
Educação
de Portugal entre os anosde
1990
e 1991, estimou-seque
as competições escolarescom
maiornúmero
de
atletas entre 10 e 16 anos
foram
futebol, atletismo e basketball nesta ordem”.Na
Holanda, as Associações Esportivas de ginástica olímpica, tênis e natação, vinculadas àConfederação
Esportiva Holandesa,congregavam
(naordem
apresentada)o
maiornúmero
de
membros
em
1992”.Cabe
ressaltarque
os esportes procuradoscom
maior
freqüêncianos
vários estudosforam
futebol, natação e ginástica olímpica.No
entanto,como
pode
ser observado a maioria dos estudos referem-se a populaçõesacima
de 10 anos,o
que
impossibilitacomparações
deste estudocom
a literatura pesquisada.Os
esportesque aparecem
com
maior
freqüência entre os mais praticados são quasesempre
universais.Mesmo
que
existaalgum
esportecom
grande predominânciaem
determinado país, dificilmente ele é praticado unicamenteuso deste
como
instrumento de “marketing”também
contribui para suapopularização”.
6.3.
Morbidade
Relacionada
aosEsportes
mais
praticadosAs
artes marciais eo
futebol de salãoforam
considerados esportesde
contato
ou
colisãosegundo
a classificação dos esportes pelo graude
contatoproposta pela
AAP
em
1994”. Estas modalidades esportivas,que aparecem
neste estudocom
os maioresnúmeros
de atletasem
competições, oferecemmaior
riscopara lesões traumáticas agudas decorrentes
de
colisõescom
objetos inanimadosou
com
outro participante.Cabe
ressaltarque
esta classificaçãonão
se relacionacom
as lesões por excesso de uso.A
práticade
ginástica olímpica,canoagem
de corredeiras, squash,bicicross, surf e
o
saltoem
altura ecom
vara dentrodo
atletismo, sãoconsideradas
como
atividades de contato limitado e portantocom
menor
probabilidadede
colisões.Porém
quando
estasocorrerem
podem
ser tão gravescomo
nos esportesde
contato”.Foram
classificadascomo
esportessem
contato eque
portantonão
ofereceriam riscos para lesões traumáticas agudas: natação, vela, badminton,
canoagem
em
águas calmas, tênis e as provas de atletismocomo
corridas, arremesso de peso, dardoou
disco.Já
em
relação à classificação dos esportes pelo esforçotambém
proposta pelaAAP
em
1994,aparecem
as artes marciais, bicicross, corridas de velocidade, badminton, futebol, squash, natação, tênis, automobilismo, hipismo, ginásticaolímpica, vela e motor, saltos e arremessos
como
esportes de intensidade altaa
moderada
eque
portantopodem
oferecer sobrecargas dinâmicas (volume) e/oudoenças cardíacas graves
ou
até levar a morte súbitana
vigência destas.São
consideradas condições
que
contra-indicam a prática destas atividades:hipertensão grave
não
controlada, cardiomiopatia hipertrófica, prolapsode
valva mitral associada a históriade
síncopesou
história familiarde morte
súbita”.Aseguir serão
comentados
individualmente estudos relacionados aos riscos específicos de alguns esportes.6.3.1. Artes Marciais
Wilkerson2^ contra-indica a prática das artes marciais àqueles
com
ausênciaou
perda de função deum
olhoou
rim, hepatomegalia, esplenomegalia, distúrbiosconvulsivos
mal
controlados, insuficiênciapuhnonar
e instabilidade atlantoaxial.Existe o cuidado
em
adequar lutadores de artes marciaisem
categorias pelo peso, idade e habilidades (corda
faixa) afim
de
diminuirproblemas
decorrentesdo
desequilíbrio entre os adversários.Na
práticado
judô, a criançaemprega
grande esforço para enfrentaro
adversário, necessitandoum
traballiomuscular
acima
de suas capacidadesmesmo
quando
este forda
mesma
categoria.T
ambém
é observadoque
até os 12 anos,o judoca não
domina
a técnicade
empregar o
minimo
de esforço aproveitando amassa
e forçado
adversário.O
desconhecimento de técnicas de amortecimento das
quedas
eo
usode
golpes proibidos resultamem
acidentescomo
entorses, luxações, fraturas e atémesmo
morte”.
6.3.2. Futebol
Num
estudo realizadocom
486
jogadoresde
futebol, entre 12 e 18 anosdo
prática deste esporte, foi evidenciado
que
70%
das lesões localizavam-seem
extremidades inferiores, principalmente
em
joelho26%
e tornozelo23%.
Ainda,estes autores
mostraram que
a incidência destasaumentou
com
a
idade econcluíram
que o
futebol entre os jovens é relativamente de baixo risco”, aindaque
estamodalidade
seja consideradade
contato”. Outros autorestambém
chamam
atenção para lesões decorrentesdo
cabeceio, entorsedo
tomozelo,hematomas
intramusculares, lesões oculares e dentais,que
possam
ocorrercom
a
práticado
futebol”.6.3.3. Ginástica olímpica
A
incidência de lesões ocasionadas pela práticada
ginásticaaumenta
com
nível de perícia etempo
desta prática e são maiscomuns
nos
exercíciosde
solo”.Com
freqüência são observadas lesões traumáticas e por excesso deuso?
São
exemplos de
lesões por excesso deuso
neste esporte: síndromedo
impacto
do
ombro,
espondilólise, lesão por colisãodo
punho, tendinite patelar, fratura tibialde stres e disjunção patelofemoral.
Também
são observadas outras conseqüênciascomo
fechamento
prematuroda
cartilagem epifisáriado
rádio, lesõesde
stress eosteocondrose
do
cotovelo, subluxaçõesdo
ombro
e apofisitedo
calcâneo”.Baixa
estatura e retardo puberal são frequentemente encontradosna
adolescência de mulheres ginastas”f3°. Vários estudos atribuem a
menarca
tardiaà
restrição alimentar” e ao treinamento i1itensivo32=f”'. Outrosalegam
que as criançascom
puberdade
tardiamantêm-se na
ginástica olímpica por propiciarmais por
mais
tempo
uma
baixa estatura e outras característicasque
facilitama
prática6.3.4. Atletismo
O
atletismopode
ser classificado basicamenteem
três tipos de eventos:corrida, salto e lançamento.
Os
atletas corredores são descritoscomo:
velocistas,corredores
de meia
distância, corredores de longa distânciaou
corredorescom
obstáculos.
A
grande maioria das lesões ocorre entre os velocistas e corredores â distância eno
membro
inferior.A
causamais
freqüente de lesões nos corredoresé o excesso
de uso
taiscomo
distensões musculares, tendinites, fraturasde
stress e síndromes compartimentais”.6.3.5.
Natação
As
lesões mais freqüentes nos nadadores sedeve ao
uso excessivode
todas as articulações
do
corpo, envolvendo principahnenteombro,
joelho e pé.São
descritas: tendinite dos extensoresdo
pé, disfunção patelofemoral, stressdo
ligamento colateral medialdo
joelho, tendinite supra espinha] edo
bíceps,instabilidade
da
articulação glenoumeral pela lassidão dos ligamentosdo ombro.
A
espondilólise e escoliosetambém
podem
ocorrer”.A
natação éum
dos melhores esportes para crianças asmáticas,mesmo
naquelas
em
que
obroncoespasmo
é induzido pelo exercício,onde o uso da
inalação
com
beta agonistasou
cromolin sódico antesdo
exercício possibilita aparticipação destas. Raramente,
o
ar quente eúmido
da
superficieda água
6.3.6. Tênis
A
práticade
tênisdemanda
resistência e força.É
observadoum
desenvolvimento exacerbadodo
braçodominante
nos tenistas,denominado
braçode
King Kong.
Caracteiiza-se peloaumento
assimétricoda
cintura escapular,depressão
da
escápula, postura protraidado
ombro
e hipertrofia musculardo
antebraço.
Há
também
grande solicitaçãoda
articulação glenoumeral durante osmovimentos do
membro
superior resultandoem
lesões por excessode
uso.O
cotovelo
do
tenista (distensãodo
extensor radial curtodo
carpoou
a epicondilitelateral e neuropatias dos nen/os mediano, ulnar, radial, longo torácico e axilar
causadas pelos seus encarceramentos entre
o
tendão, ligamento e ossotambém
érelatado. Durante
o
estirão de crescimento nos tenistas são freqüentes as lesõesdas placas epifisárias e apofisárias envolvendo
o
tubérculomaior do úmero, a
tuberosidade patelar,o
epicôndilo lateraldo
cotovelo e asapófises
de inserçãodo
tendão de Aquiles”. *
6.3.7. Esportes
em
geralA
síndromedo
excesso de treinamento é caracterizada por fadiga,irritabilidade, depressão, alterações
do
sono e reduçãodo
rendimentono
treinamento. Surge devido a
um
aumento do volume
e intensidadede
treinamento”
que
ultrapassa a capacidadedo organismo de
se adaptar aum
stressfisico”.
Tem
sido observadocom
freqüência nos atletas de resistênciacomo
atletismo e natação”.7.
CONCLUSÃO
O
presente trabalho observou que:* Artes marciais, futebol
de
salão, natação, ginástica olímpica, tênis e
atletismo foram, nesta ordem, as modalidades esportivas
que
apresentarammaior
número
de
criançasmenores de
10 anos, envolvidasem
competiçõespromovidas
pelas Federações Catarinenses nos anos de1996
a 1997.*
As
menores
idadesem
que
estas crianças iniciam treinamento
foram
5anos
na
canoagem
e bicicross, 6 anosno
karatê, 7 anosna
ginástica olímpica, taekwon
do
e vela emotor
e 9 anosna
natação.*
A
quantidade de criançasmenores de
10 anosenvolvidas
em
competições esportivas,
promovidas
pelas Federações de Santa Catarina,corresponde a 0,3%,
0,31%
e0,35%
da
população entre 5 e 11 anos nos anosde
1995,
1996
e 1997 respectivamente. Estes valores são surpreendentementebaixos
porém
não refletem
todas as criançasque
participaram de treinamentos ecompetições.
*
Houve
um
crescimentoda
participação
de
atletas abaixode
10 anosem
competições esportivaspromovidas
pelas Federações Esportivasde
SantaCatarina entre os anos de 1995 a 1997.
*
O
pediatra deveria ser treinado para estimular aprática esportiva saudável,
bem
como
prevenir, diagnosticar e tratar osproblemas
relacionados a esta prática,o
que contribuiria parauma
abordagem
mais globalda
saúdeda
criança. Isto se faz necessário
uma
vez
que, a participaçãonos
esportes está ocorrendoem
idades cadavez mais
precoces e os pais geralmentepedem
3.
REFERÊNCIAS
Behrman
E.R. Visão Geralda
Pediatria. In:Behmran
E.R.,Kliegman M.R.,
Arvin
M.A.,
editores.Nelson
Tratado de Pediatria, 15” edição.Rio de
Janeiro:Guanabara Koogan;
1997. p. 1-5.Marcondes
E. Fatoresdo
Crescimento. I11:Marcondes
E. -Desenvolvimento
da
Criança, la edição.Rio
de Janeiro: Sociedade Brasileira de Pediatria; 1994.p. 19-38.
Thompson
H. G., Scoles V.P.Medicina
Desportiva. In:Behnnan
E.,Kliegman
M.R.,
ArvinMF,
editores.Nelson
Tratado de Pediatria, 15” edição.Rio
deJaneiro:
Guanabara Koogan;
1997. p. 2265-72.Martens
R. Psychological Perspectives. In: Cahill R.B., Pearl J. A. editors.Intensive Participation in Children°s Sports, 1” edição.
Champaigh,
IL:Human
Kinetics Publishers; 1993: p. 127-32.
De
knop
P., Engströn L.M., Skirstad B,Weiss
M.R. Worldwide
trends inyouth sport. 1 st ed.
Champaigh,
IL:Human
Kinetics Publishers; 1996: p. 16-26.
Da
Costa
LP. Brazil. In:Knop
P.D,Engström
L.M., Skirstad B.,Weiss
M.
R.editors.
Worldwide
Trends in Yoith Sport, 1 st ed.Champaigh,
ILHuman
Kinetics Publishers; 1996: p. 16-26.
Mácek M.
Age
and
GeneralDevelopment.
In: Dirix A., Knuttgen H.G., TittelK., editors.
The
Olympic
Book
of Sports Medicine, 1 st ed. Oxford: Blackwell8.
Kunz
E.As
Dimensões Inumanas do
Esportede
Rendimento. In:Kunz
E., editor.Transformação
Didático-pedagógicado
Esporte. Ijuí: Ed. Unijuí, 1994:p. 43-56.
9.
Grupe
O.Top
level sport for childrenfrom
a educational viewpoint.International Journal of Physical Education 1995; 22(l): 9-16.
10. Renströn P.,
Roux
C. Clinical implicationsof
youth participation in sports. In:Dirix A., Knutten H.G., Tittel
K,
editors.The
olympicbook
sport medicine, 1 st ed. Oxford:Blck Well
Scientific Publications; 1988: p.469-87
.11. Saperstein A.L., Nicholas S.J _
Medicina
esportiva pediátrica eda
adolescência. In: Clínicas pediátricas
da América
do
Norte:Problemas
ortopédicos
comuns
II.Rio
de Janeiro: Interlivros; 1996: p. 967-985.12.
Commitee
on
SportsMedicine and
Fitness.Medical
conditions aifecting sports participation. Pediatrics 1994, 94(5): 7 57-60.13. Lovisolo H., Soares
AJG,
SantosM.D.
Educação
fisica nas escolasdo
Rio de
Janeiro. 1” ed.Rio
de Janeiro: UniversidadeGama
Filho/Conselho Nacionalde
Pesquisas; 1993.
14.
Martens
R.Youth
sports in theUSA.
In Smoll FL. Magill R.A.,Ash MJ.,
editors. Children in sports. 3 rd ed.
Champaigh,
IL:Human
KirreticsPublishers; 1988. p. 17-23.
15. See feldt V.,
Ewing
M.E.,Walk
S.Overview
of youth sportprograms
in theUnited States-Washinton: Carnegie Council
on
AdolescentDevelopment;
1992.
16. Stephens T., Craig C.
The
well-being of canadians: Highlightsof
the1988
Campbell”s Survey. -
Otawa: Canadian
Fitnessand
LifestyleResearch
Institute; 1990.V
17.
Yamaguchi
Y. National surveyon
sport activities of elementary schools.18. Engströn
L.M.
Irnportanceand
influenceof
behavioural aspectson
theparticipation
and
attrition of youth in sport. ln:Duquet
W.,
De Knop
P,Bollaert L., editors.
Youth
sport:A
social approach. 1 st ed. Brussels:VUB
press; 1993: p.
76-89
19.
White
A.,Rowel
N.
Active life stylos,na
evaluation of the project°swork.
London:
Sport Council; 1989.20.
Gonçalves
C. Atlas desportivo nacional:Banco
dedados
[National sportchart:
Data
bank]. Lisboa: Direção Geral dos Desportos; 1988.21.Buisman
A.,Lucassen
J.M.H. Ledental N.S.F. per 1 Jan. 1993 [Listof
members
Jan. 1 st 19993]Arnhem: Nederlandse
Sport Federatie. 1993.22.
De Knop
P., Engströn L.M., Skirstad B.Worldwide
Trends in youthsport. ln:De
krrop P., Engströn L.M., Skirstad B.,Weiss M.R.
editorsWorldwide
Trends in youth sport, 1 st ed.,Champaigh,
IL:Human
Kinetics Publishers;1996: p. 276-81.
23.
De Konp
P. Skirstad B., Engströn L.M.,Theeboom
M., Wittock
H. Sporta
Changing
Society. In:De
Knop
P,Engström
L.M., Skirstad B.,Weiss
M.R.
editors.
Worldwide
Trends inYouth
Sport, 1 st ed. Charnpaigh, ll.:Human
Kinetcs Publishers; 1996: p. 8-14.
24.
Wilkerson
L.A. Artes Marciais. ln: MellionMB.
Segredosem
Medicina
Desportiva. la edição. Porto Alegre: Artes Médicas; 1997: p. 471-80.
25. Corrêa A.A.P.
Judô
infantil. Revista Brasileirade
Educação
Física eDesportos 1973; 1716-21.
26.
Schmidt
-Olsen
S., Jorgensen U.,Kaalund
S., Sorensen J . lnjuriesamong
young
soccer players.The
American
Journalof
SportsMedicine
1991; l9(3):273-5.
27.
Howe
W.B.
Futebol. In: MellionM.B.
Segredosem
Medicina
Desportiva. la28. Petron D.J. Ginástica. In: Mellion
M.B.
Segredosem
Medicina
Desportiva. laedição. Porto Alegre: Artes Médicas; 1997: p. 429-32.
29. Peltenburg A.L., Erich
W.B.M. Beminck
M.
JZonderland
M.L., HuisveldI.A. Biological maturation,
body
composition,and growth
of femalegymnasts
and
control groups of schoolgirlsand swimmers, aged
8 to 14 years: a cross- Sectional survey of1064
girls. Int J SportMed
1981; 15:36-42.30.
Malina
R.M.
Biological maturity status ofyoung
athletes. In:Malina R.M.,
editores.
Young
athletes: biologicaland
educational perspectives.Champaigh,
IL:
Human
Kinetics Publishers; 1988: 121-40.31.
Warren
M.P.
The
effects of exerciseon
pubertal progressionand
reproductive function in girl. J. Clin EndocrinolMetab
1980; 51:1150-7.32.
Baker
E.,Mathur
R., Kirk R, William son H.Female
runnersand
secondamy
amenorrhea: correlation with age, parity, mileage
and plasma hormonal
and
sex-hormone-binding globulin concentrations. Fertil Steril 1981; 361183-7.
33. Frish R.E., Gotz-welbergen
AV.,
Mc
Arthur J .W., et al.Delayed menarche
and amenorrhea
of college athletes in relation to age of onset of training.JAMA
1981; 246:1559-63.34. Theintz G.,
Howald
H.,Alleman
Y., SisonenkoPC.
Growth
and
Pubertaldevelopment
ofyoung
femalegymnasts and swimmers: a
correlation withparental data. Int J. Sports.
Med.
1989; 10:87-91.35. Difiori J .P.,
Pufier
J .C. Esportes de Ginásio e Pista. In: MellionM.B.
Segredos
em
Medicina
Desportiva, 1” edição. Porto Alegre: ArtesMédicas;
1997: p. 422-9.36. Stricker P.R. Puffer J .C.
Natação
In: MellionM.B.
Segredosem
Medicina
Desportiva, 1” edição. Porto Alegre: Artes Médicas;
1997
: p. 411-17.37. Nicola T.L. Esportes de Raquete. In: Mellion
M.B.
Segredosem
Medicina
38.
Brandão
M.R.F., Russell L.,Matsudo
V.K.R.
Os
efeitosdo
excessode
cargafisica sobre as variáveis psico-fisicas. Revista Brasileira de Ciência e
As
competições esportivastêm
aumentado
deforma
progressiva e englobado crianças cada vez mais jovensna
maioria dos países eem
todos osníveis sócio-econômicos.
O
estudo realizado foi transversal, descritivo ecom
eixo temporalhistórico.
A
população constituiu-sede
crianças abaixo de 10 anos inscritasem
competições
promovidas
por 15 Federações Esportivas de Santa Catarinanos
anos de 1995,1996
e 1997.Foram
contactadas 33 Federações dentre as36
cadastradasao Conselho
Estadual de Desportos para obtençãode dados
sobreo
número
e procedência destas crianças inscritasem
competições, eparticularidades.próprias de algumas Federações.
Um
total de 15 Federaçõespromoveram
competiçõescom
crianças nestafaixa' etária totalizando
1679
criançasem
1995,1794
em
1996
e2040
em
1997,o
que
correspondeu respectivamente a0,3%,
0,31%
e0,35%
da população
catarinense entre 5 e 10 anos.As
modalidades que apresentarammaior
número
de competidores,na
faixaetária estudada,
foram
artes marciais, futebol de salão, natação, ginásticaolímpica, tênis e atletismo.
São
apresentados riscosde
decorrentesda
sua prática.O
pediatra deve estar atento às vantagens e desvantagensda
prática esportiva, estirnulando-a e orientando paraque
esta ocorra deuma
forma
The
competitionshave been
rising in a progressiveway
and
its practice hasbeen
involvingyounger
children in the majority of the countriesand
in all social-economic
groups.This study
was
cross-sectionaland
descriptive, with historical temporalaxis study
was
carried out in childrenunder
10 years old, inscribed incompetitions
promoted
by
the 15 Sport Federationsof
Santa Catarinabetween
1995
and
1997.Out
of the36
Federations registeredon
Sport State Council, 33Were
contacted to obtain data about thenumber
of
under 10 children inscribed incompetitions
Fifteen Federations
have promoted
competitions whit1679
children in1995,
1794
children in1996 and 2040
children in 1997. That corresponds to0,30%,
0.31%
and 0,35%,
respectively, of the population of the state,betweem
5and
10 years old. VMartial arts
had major
number
fo competitors, followedby
five-a-sidefootball,
swimming,
gymnastics, tennisand
trackand
field. It is presented thelesions that can result
from
these modalities.The
pediatrician shouldbe aware
of the advantagesand
disadvantagesof
FICHA
DE
COLETA
DE
DADIDS
MODALIDADEz
NOME
DO
.w'EEz
FONE
A.,ONTATOz
SNDNIERO
DE CRIANÇAS ABAIXO DE
10ANOS
INSCRITAS
EM
COMPETIÇÕES
OFICIAIS
DA
FEDERAÇÃO
CLUBE/ESCOLA/ENTIDADE MUNICÍPIO
1995
1996
1997
Obs: caso a modalidade praticada por sua Federação,
não
esteja dentrodos
padrões para O preenchimento
da
ficha, favor contatarcom
os pesquisadores.Não
deixe de respondero
questionário, rz-.osso objetivo principal é colaborarcom
o engrandecimento
do
desportoem
noêêso ezstaëzõ.TCC
UFSC
CM
¿-‹ - 0374 \ ' Ex.l N-ChfiflhTCC
UFSCCM
0374. › Autor: Lagni, Giovana Mar.Título: Crianças menores de IO anos envo \ ' . 97230511» Az 535 4 ' . 2 2 Ex.l UFSC BSCCSM _ *Q _..___.__ __ __¬__f