DO
LABORATORIO DE ECOLDGIA APLICADA
DO
,
INSTlTUTO UNIVERSITARIO DOS A<:;ORES
2
Ecologia e
Metodo~de C;ombate
it
"lagarta das Pest.gens"
Mythimna (Cirphis) unipuncta
Hew.
(Lepidoptera, Noctuidae)
V ASCD GARCIA
Dlractor do L. E. A.JOAD
T A VAHES Alsblenle T6cnlco A2IIRltA PONTA DELGADA ACORES 1977ECOLOGIA E METODOS DE COMBATE A "LAGARTA DAS PASTAGENS"
======================================================
Mythimna (Cirphis) unipuncta Haw.
Par
VASCO M. V. S. GARCIA
Diractor do L.E.A.
e
JOAO TAVARES
Assistanta
T~cnicodo L.E.A.
LABORAT~RIO
DE ECOLOGIA APLICADA
1977INDICE
======
ARGRADECIMENTOS
P~gina1
INTRODUC~O2
CONSIOERAC~ESGERAIS
3
POSIC~O SISTEM~TICA4
SITUAC~O GEOGR~fICA4
CLIMA
5
HABITAT. TIPO ALIMENTAR (SUA
ADAPTAC~O)6
MIGRAC~ES
7
MORfOLOGIA
a
o ovo
a
A LARVA
9
- MEDIDA DAS LARVAS
10
- MEDIDADAS CAPSULAS CEfALICAS
11
- ASPECTO EXTERNO DAS LARVAS
12
CRISALIDA
13
OS ADULTOS
13
MATERIAL E METODOS
14
TECNICAS DE AMOSTRAGEM
15
a) - DAS LARVAS
15
b) - DOS AOULTOS
16
TECNICAS DE CULTURA EM LABORATORIO
16
a) - CULTURA DAS LARVAS
16
b) - CULTURA DOS ADULTOS
17
c) - CASOS DE
'
PARASITISMO.
Mvthi~aunipuncta
18
ESTUDO DA
EVOLUC~ODAS
POPULAC~ESLARVARES DA
LA~ARTADAS
-
OBSERVAC~ESDE CAMPO
ENSAIO DE METODOS DE LUTA INTEGRADA
MATERIAL E METODOS
a) -
PRODUTOS fITOSSANITARmOS ENSAIADOS
b) - APARELHAGEM UTILIZADA NOS TESTES DE
PESTICI-DAS
c) -
MODO DE PROCEDER AO TESTE
CONDIC~ES
DE
UNIfORMIZAC~ODOS ENSAIOS
ENSAIOS REALIZADOS
DISCUSS~O
DOS RESULTADOS DOS ENSAIOS
CONCLUS~ES
BIBLIOGRAfIA
•••••
•••
•
18 21 21 21 23 24 24 25 25 26 28AGRADECIMENTOS
Eate eatudo foi realizado no Laborat6rio de Ecologie
A-plicada de Univeraidade dos A~orea, entre Outubro de 1976 e Maio
de 1977.
Eate trabalho foi parcialmente subaidiado pela Comiss~o
Nacional dD Ambiente, pelo Progra.a Pecu~rio dos A~orea e pela Se
cretaria Regional do Equipamento Social e Ambiente.
A Comissao Nacional do Ambiente incluiu esta linha de
trabalhos no seu programa de estudos sobre as ~gua8
portuguasaa.
interiores
2
-INTRODU~~O
=:11=====-==
Par alturas de 19700 a Ilha de Sio Miguel - Aoores, foi
objecto de yma explos!o populac!onal anor.al de cna.Bda • lagarta
das paatagans " Mythi~na (Cirphie) ynipuncta.
HawD
As causas desta invas!o foram bastante graves para a
a-gro-pecu6ria dB Ilhs. Para 81~m da deatruio!o das culturas de gr~
.Iness coa especial incid~ncia no trigo, milhe e na8 pastagBns
(fora. tamb'. ob8Brvados ataques ne betBrraba e nas batatss), ho~
ve a register um .aprego intensivQ de diversos pesticides de
~BiQr au menor taxicidadsQ De sntre astas, pademos citar 0
MALA-TI~O, PARATIAO, DIPTEREX
e
0 DIElDREX.A lagarta que fai abjecta deste combate foi identifica-da pela pri.eira vez nos Aoorss pelo espaoia11sta de Lap1d4ptero8
H. REBEL, em 1938.
E- 1965, a sue presenoa roi registada nu. campo dB
.i-lho pelos asrviooe de fitossanidade AS Estac!a Agr4ria de Pont a
Delgada.
Actual~Bnts, tam side 8ssinalada um pouco per todo a A~
quip'lsgo doe Acoress Recentemente (1976) foi Basinalado um
ata-que dests praga ne Ilha,do PicG~
E: 8vidente que os- m~todos de luta quillica e.preguas '8_
1970 8m SID Miguel resolveram 0 problema .omeRtlneamante. ~as, p~
a-- 3
-percebemos totalmente (de8iquilibrios bio16gicos, polui~lo agrIco
18 e mesmo efeitos sobre 0 homam), tamos de encarar que num
futu-ro pr6ximo 0 ueo (e abuso) da luta quI.ica oontra esta praga nurn
ecosistema fechado como s!o as ilhas, levar' fatal.ente ao apare-cimento de fen6menos de resistlncia aos pesticidas. E ai, teremos
fechado 0 cielo e atingido 0 ponto sail regrasso.
Assi., imp~e-s8 0 desenvolvimento da novas t6cnicas de
combate.
Numa primsire fase, a Lute Integrada, cOllplellentando
a ac~!o dos- pesticides com lIeios bio16gicos de luta.
Numa segunda fase (e parece-nos possIvel porque se
tre-ta de ilhas), 0 emprego ell grande escala da Luta 8io16giea.
Exemplos anteriores de.onstram-nos que a luta 8io16gica
(e por maioria de razlo eLute Integrada) resultam sobretudo em
zonas eco16gic8s iaoladas, dado que 0 i.paoto dos predadorea e
dos parasitas sob ohospedairo 6 facilitado pela insularidade.
£ nesta linha de rumo e iniciando os 8studos eeo16gicos
referentes a esta praga de grande importAncia para a eoonomia
a-gr'ria A~oreana que realizallos 0 prese~tB trabalho 0 qual se int~
gra no programa de pesquisas do Laborat6rio de [cologia Aplicada
da Universidade dos A~ores.
Ao iniciarmos 0 estudo da "lagarta das pastagens" proc~
rallos inicial.entesitu'-la do ponto de vista sistem'tico e eco16 gico.
Ell, 1976, v4riaa larvas d08 dltillos estados de Mythi.na
4
-ta Bio16gica da An~ib~~ ' _ C!'iC::-i) onds fcram postos am
cultura, em co~digbas ~ont~0::(-~ ~s i~mDeraturap humidada a fota
da naquela Estsg'6.a P2:':;:, 1'-,'.::b<:,.:)O :.:~,) l et''ilas de fi?1!estia kOhniella Lepid6ptaro cujos C~~~ e~G ';~il:~q~0~ para multiplicag!o de
para-8stava ultrapassada. f idGntiii.~?~~o oorrects deve sar Mythimna
(Cirphis) ~2~
estudo foi
de SPULER
(1908)0Ha!lJ~ ~
um
Lspid6ptaro dade habitos nocturnos e a diferenciag§o siete~~1'5~~ ~ beseada principalmente na caracteri
tes.
r
muito comum nos oli~~~ ~r icais. sub-tropicais e tempera-dos quentss.ARMADURAS GENITAlS
a. -- __
--&.
I
d.. - - - _Fig~ 1 - 8) : ~hulD valvar
F 19. 2 - a) b) d) ;~-. ;f, n 5.. 8 I ~) C8.Ma.l. ::-f, ain:j'
.
.. t""12..;L .-bolsa c) ap6fise 8nte~ior I ! d) ap6fi sB p~8terior5
-gitude 25" 30' W), a influ8ncia moderadora do clima oce4nico, sob
a aC910 de corrente quente do Golfo do M~xico, confere-lhe
cers-cteristic8S que enquadram nestes tipos clim~ticos.
s.
Miguel ~ a maior e mais importants das ilhas A~oreanas com u.s supsrr!cie de 750 Km2 e 170.000 habitantes.
A
sue sconolli8 , pl'atic8ments a agro-pecu~ria, com umaagricultura, viticultura e explora9!0 florestal sm decad@ncia pr2,
greesiva, estando a serem substituides por uma quase monocultura
de pastagell.
CLIMA
==111101::;'
o
clime da Il~a de Sio Miguel ~ do tipo atlAntico, comcarecter!sticas sub-tropicais (nevoeiros, slevada humidade relati
va, invernos pouco frios). As temperaturas m'dias anuais s80 as
8eguintes:
lnverne Verlo
Ar 13Q 232
Mar lag 20Q
Oetalhando 0 clima, podemos observer 0 mapa rornecido
pelos Servi90s Msteoro16gicos de Ponta Oelgada, referente eo anD
de 1976 (Figura 3).
Comparando os elementeos deste ano (1976) com as m~dia8
de trinta anos, salienta-Be 0 geguinte:
- A temperatura m~dia do ar foi muito semelhante ~
~~-die normal.
."
....
IC C 11 III ::::J IQ • ~MESES
JANEIRO fEVE;REIRO MA.Rt;O ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NO\lEMBRO DEZEMBRO
CARACl ERISTICAS CLIMATOLOG
r:AS
(PontaDBlg·:~·
J
TEMPERATURA gC. HORAS DE INSOLA~AO PRECIPITACAO EM mm M'dia Normal 1976 Mltdia Normal 1976 M'dia Norma.1 1976 14,4 14,9 79,6 77,1 120,1 1BO,0 14,2 13,4 90,B 111,4 99,.7 110,4 14,4 13,8 120,5 115,3 105,4 79,4 i 15,1 14,0 136,9 137,6 66,6 42,1 16,5 16,2 157,7 151,5 62,4 22,2 -18,8 19,1 162,4 196,6 42,1 76,1 20,8 21,3 191,7 202,5 27,1 41,9 22,0 21,0 204,1 212,4 20,8 99,9 21,0 20,2 170,9 120,5 81,4 183,8 19,0 18,3 135,8 141,3 102,8 59,8.
-16,8 17,0 93,2 83,9 120,4 147,1 .~ 15,3 14,4 80,9 88,2 101,7 10 7,,4 . ----~-~-.
-.
'-~"'''''''~'''''''''-A~'''''''~_''' __ '''_'_'''''''S'''''''"_'''- 6
-que um pouco mais elevada nos meses de Junho, Julho B
Agosto de 1976.
- 0 que distinguiu este ana e 0 que 0 caracterizou
mar-cadamente foi a pluviosidade (+ 200 mm do que a m~di8
de 30 anos), concentrando-se de forma excepcional as
chuvas nos meses de verlo cujas diferencas apressntam a seguinte distribuic;lo:
+ 34,0 mm em Junho
+ 14,8 mm em Julho
+ 79,1
mm
em Agosto+102,4 11111 em 5etembro
- Este aspecto, foi excepcionalmente favor6vel ao des en
volvimento vegetativo das culturas e infestantes esp~
claimante durante a Ver!o (CARNEIRO 1977, comunicag~o
passosl).
o
mapa das condic~es ambientais de Remddios - Lagoa quese encontra situado a 300 metros de altitude e Cerrado dos
Bezer-ros situado a 537 metros de altitude, locais onde foram feitas 8S
observac;l5es de evoluc;lo das populac;l5es"larvare8, encontra-se
in-completo no que respeita aos mesas de Marc;o e Abril de 1977. Isto
deve-se ~ impossibilidade de fornecimento, pelos servicos, dos da
dos referente8 a eS8es meses (Figura
4).
HABITAT
====c==
Na Ilha de Sio Miguel predominam os prados permanentas,
constitu!dos fundamentalmente por: Lolium peranna Brot.
'"Tj 1-' -10 c: 1-1 ro .f;:o INSTITUTO NACIONAL-METEOROLOGIA-GEOFISICA SEAVI~O REGIONAL -A~ORE5 1976-1977 _~ . _ _ _ ~~~ ""'""=-.r . ... ...,, ~ _ _ _ -~ ,...~ _ · .. _...-...r-.,_"" _-.--... _n»(,._ ~ ·
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Trifolium re~ans L.
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Dac t ,' 's :t' -, ,.., ,."""',..,.,,,., ~.,~ I
_~:.. ... ::: ~';~;'::~!:...S~':::' L. ~
Phleum Dratsnse L.
_.~ ~.Jt~~..",....~_"-,"",,
A vegetag§a de grarnineBs uti lizada durante 0 presents 8~
riedade 5-237 sando 0 primeiro para OB es~ados mais avan9ados 8 0
Verificou-se urns parfaits adapta9~o~ quando repentlnamen te S8 fazia a mudan98 da grami ne8 a a martalidade era praticamente nula.
Durante 0 pr8sante trabalho n!o ~ possive1 incluir dad06 loeais sabre c assunto em foco. no 8ntanto~ segundo RICHARD ~ 1976
as migra95es d!o-se sollt§riamente ou ~m grupos, e derivam prine
i-palmente duma mudanQ8 apreci~vBl daB condig5es clim~ticas e
eco16-gieas. 0 Dr. KARL V~ fRISCH (1957) par SUB vez diz-nos que 0
in-secto ~ limitada per urn 8spa~D-t8mpo, deslacando-s8 ~ medida das
suas necessidadss. Tambem SPITZ e DURUP (efe GARRIDO, 1974)
da
conta da tBnd~neia dests Lepid6pterD para S8 deslooar do Nbrte para 0
Sul. BALACHOW5KY s MESNIL (1973) ao notar a presen98 de Mythimna u
nipuneta Hawo em portug~l cita 0 ssw car~cter acsntuado de
Lspid6-ptsro migrat6rio~ lE POINTE (cfo GARRIDO, 1974) ressalta 0 papsl
importants dos inimigos da praga no S8U dssaparacimenta 8 migra9~o.
s
-nha lugar uma migra~60 , nece8s'rio qua se reunB uma s§rie de corr
di;3ss climatoldgicasD teis come; temperature. 'otoper!odo~ pre~
s!o atmosf~rica. ionizB9io do arg humidade, 9tCe~ com urn
datermi-nado grau de equilibrioo Aliado a estes rectos D vento n08
adul-tos tem importante contribute para ajudar au contrariar as aeus
deslocamentos; as larvas~ po~ e~8mplo~ sao limitadas pale sua
10-como9!O. Os deslocamentaa quando S8 n~o diD per mct!yos dB alimen
te~!o sic para poder encontrar as condi~58S desajadas n6
reprodu-~~o, hiberna~~o~ 8tC,~ 0 factor s9xualidade n~o , de ignorer em
todo eate vasta fendmanop que ~ 8 migrsQlo6
Na continua9~o dsste trabalho: pensamos 6X6mina~ ,com
pormenor as causae daB migrag5Gs dests Lepld6ptero nee ilhaa dos
MORFOLOGIA ==========
Ao realizar-se ~~ estudo rna~fD16gicD~anatdmico de um ifr
secto ~ necess~rio efectuar-se 8 sua criaolo laboratorial ou
aB-guir de parto a IU8 awolugio nm naturaZ8m
o
~at8ri81 para c estudo laboratorial a que nosdedica-mos partiu dae larvas dB -lagarta dss pastagans~ capturadas em di
versas zonas da IlMa de SID Miguel - Agoras.
- 0 DVO
OS QVOS s~o 8sf~r!CDB 8 urn POUCD achatados na parte
su-,
perior, li60s quando abservados ~ lu~a binocularp a sua
superf!-cie ~ muito uniformecom urn pontsado muito fino. (Figura 5)
-
~-da, ~ medida que 0 tempo vai passando adquirern urns cor creme, a
quando parto de eclosao tomam uma cor escurao
As dimens~es aproximadas dos avos sao as seguintes:
- diametro segundo a largura~ ••• Q . o o • • • O,54 mm
- diametro segundo a altura.o ••• 0942 a 0,46 mm
Os avos s~o postos pela fAmea geralmente em grupos ou
em linha, de prefer~ncia tendo como suporte a rede de nylon das
caixas. Mant~m-se aglomeradcs par uma BubstAncia viscosa pasta
P£
la famea no acto da posture? que as protege tamb6m da desseca9~0 •
• A LARVA
Estes insBctos t§m metamorfOB8s completaso
Apresentam seis estados larveres9 denominadcs L
1, L2,
L
3, L4, L5 eL6, distintos ate chegar
a
fase de crisalida (pupa).Sofrem transforma9~es taie em forma e tamanho9 que m?~s correcto
seria a descri~~o de cada estado. No entento este trabalho foi j~
feito por outros autores (BALACHOWSKY 1972 e CARRIDO 1974). Mas
interessa caracte~izar para as 8sp~cies A~oreanas~ a evolu930 das
dimens~es larvares, no inicio e no fim de cada estado.
Em cada estado
ha
a caracterizar dais momentos.o
primeiro logo a seguir ao despreendiment6 da cuticulae partes afins em que, S8
da
0 endurecimento dos novas tecidospar quitiniza9aoj ~ ainda neSSB momenta que S8
da
0 seu maiorde-senvolvimento a que t@m maior podar devorador.
o
segundo momento d 0 de inactividade, sendo perte dapr6xima muda, tendo ums· paragem mais ou menos intensa, consumindo
todas as subst~ncias que tern no seu aparelho digestive, sando a
ID
-A cor das larvas ~ vari~vel eonsoante a estado 1arvar e a sua alimenta9~0. Quando estas eondi9~es s~o id~ntieas a popula-980 ~ homogenea.
Vamos portanto apresentar apenas a estudo da ev01u9~0
das dimens~es, e uma breve earaeteriza9ao do aspeeto larvar exter no.
Medida das larvas
Para evitar erros na sua determina980 utilizou-se a se-guinte proeesso:
s~o:
- a primeira medi9~0 Bra feita eerea de doze horas a se guir ~ muda, sendo a segunda feita na e~psula eef~li
e a da muda" seguin te.
a material usado para tal era a eraveira, e as larvas foram as eolhidas nos meses de Setembro a Outubro na zona do Cerrado dos Bezerros e Rem~dios-Lagoa.
Das larvas em observa9~o, ehegou-sa ~ 8eguinte
eonelu-Larva do Cerea de final do Larva do Cerea de final do Larva do Cerea de final do Larva do Carea de final do erimeiro astado 12 horas ap6s a primeiro astado seSjund:J estado 12 horas ap6s a segundo estado tereeiro estado 12 horas ap6s a tereeiro estado guarto estado 12 horas ap6s a quart'? estado eelosao muda muda muda 1,67 mm 3,4Cl mm 3,99 mm 5,22 mm 7,63 mm 10,11 o11rr 12,2C mm 14,52 mm
11
-Larva do guinto estado
Cerea de 12 horas ap6s a muda 16,08 mm
final do quinto estado 19,19 mm
Larva do sexto estado
Cerea de 12 horas ap6s a muda 27,84 mm
final do sex to estado 34,59 mm
Os intervalos provenientes entre os estados, como ja
foi exposto, resultam segundo pareee, do incremento de crescimen-to entre cada estado, como pelos valores a seguir se notar~:
No que diz respeito ~ voraeidade dos diferentes estados
lar~ares pelos dados qus eonhecemos e pelas observa~~es feitas de duz-se:
o ataque s6 se mostra intensivo nos primeiros estados larvares quando a vegeta~!o ~ pouco abundante.
- 0 ataque toma valores eatastr6ficos quando as lar\r.as S8 eneontram no ~ltimo estado.
Medidas das c~psulas eef~licas
Nas v~rias medi9~es efectuadas~ verifieou-se que as di-ferenQas sao minimas, por isso podemos eonsid8r~-las constantes para eada 8stado 8 muda, sendo os valores obtidos nestas
lar-OISTRIBUI~~O DO CRESCIMENTO PELOS ESTADOS LARVARES
INCREMENTO DO CRESCIMENTO ENTRE OS ESTADOS LARVARES
L1/L2 = L3/L4 L2/L3 -L2/L3 L3/L4 L4/L5 L4/L5 L5/L6 L5/L6
Fig. 6 Crescimento dos estados 1arvarea
de Mythimna unipuncta Haw.
=
=
=
3,933% 16,066% 19,266% 9,733% 51%12
-varas, tendo a vantagem de se saber com maior rigor pelas
medi-~~es da c~psula cefalica a que estado larvar pertence determinado exemplar.
Em cada capsula cef~lica fizeram-se duas medi908s sendo designadas por X a largura e por Y a altura (Figura 7).
Valores m~dios
Prime ira muda
· ...
X 0,38 mm"
"
·
.
.
.
.
. . .
. .
.
.
Y 0,25 mm Segunda muda·
. .
.
.
.
.
. .
.
.
.
X 0,65 mm"
"
·
...
Y 0,60 mm Terceira muda • ••••••••••• X 1,00 mm II"
· ...
Y 0,85 mm Quarta muda·
...
X 1,55 mm"
"
· .
.
.
.
.
.
.
. .
.
.
Y 1,45 mm Quinta muda· .
. .
. .
. .
. .
. .
X 2,28 mm"
"
• • • • • • • • • • • • Y 2,26 mmAspecto externo das larvas
Segundo BALACHOWSKY (1972) as lagartas de Mythimna uni-puncta Haw., podem alcan~ar 3,5 cm ds comprimento. Quando eclodem
t~m aproximadamente 1,5 mm e a cor ~ pardo escuro sem que se note contornos como se evidencia a partir da primeira muda. A partir desta a sua colora9!o conforms a alimenta9!o toma tons variados desde 0 amarelo ao verde claro a tons escuros.
As larvas, co~o as de todos os lepid6pteros, s!o do ti-po eruciforme e constam de cabe9a, t6rax (com 3 segmentos) e abd6 men (com 10 segmentos). 0 t6rax possui 3 pares de pates verdadei-ras, e 0 abd6men cinco pares de falsas patas ou pseud6podos (Fig~
Larva do sexto estado de Mythimna unipuncta.
Cabe~a do primeiro estado de Mythimna unipuncta.
ras 8 e 9).
As larvas, chegando ao final do sexto Bstado, conv8rte~
-se em cris~lidas (pupas). Pararn de comer e esvaziam 0 seu conteu
do intestinal. 0 corpo transforma-se, tomando a aspecto
represen-tado nas figuras 10 e l l .
Na fase de cris~lida j~ se diferenciam bem os machos
das fAmeas encontrando-se no 61timo anal abdominal urnas
sali~n-cias que como mostra a figura 10 e l l , slo diferentes nos machos
e fameas. As cris~lidas dos machos s~o menoras do que as das
f~-meas, os tamanhos m~dios do seu comprimento s!o para os machos 15
mm e, para as fAmeas 16 mm, nfto sendo este um car~cter demarcado
de diferencia9~0 sBxual.
05 ADULTOS
==========
Passada a fase de cris~lida eata rompe-sa 9 deixa sair
os adultos. Tal como na cris~lida estes tam por vezes tamanhos di
ferentas, e isto devido ao regima alimentar e do habitat, a qua
estiveram sujeitos no estado larvar. As transforma9~es nlo sa
no-tam s6 no no-tamanho tendo tamb~m influ~ncia no tom de cor. 0 seu ta
rnanho vai em m~dia de 30 a 38 mm (GARRIDO 1974J.
Nas asas anteriores em forma de disco com urn fundo
n8-gro possuem urn ponto branco. As aaas posteriores sao de cor
es-branquicada e por veZ8S acinzentada.
o
macho e a f~mea, distinguem-s8 bem pele fase ventralFig.S Larva d. l~ estad. de Mythimna unipuncta HQw.
(vista lateral) A~pl. 40x
Fig. 9 Larva di. 1 !?es tad. de Agr.ti~
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c::. ~ <; i :::l I r-1 r-1 ~. 'I"'i ~14
-larga. No macho, 0 abd6men possui dois tufas pilosos, que n~o
8-xistem n2 f~mea (Figura 12).
~ATERIAL E MrrODOS
==================
o
estudo das popula9~es da vulgarmente chamada ~la;~rt~das pastagens" foi levado a cabo par meio de amostragsns de campo
consistindo estas essencialmente na recolha de larvas, em interv~
los de tempo regulares (duas vezes par semana) ao longo de v~rios
meses (de Outubro de 1976 a Abril de 1977).
Para efectuar as colheitas das larvas, houve que 9stab~
lecer uma t~cnica que permitisse uma certa uniformidade da
obser-Por outro lado, as larvas colhidas nas pa5tagens foram
pastas em cultura no laborat6rio e houve.portanto que proceder ao
estabelecimento de uma tdcnica simples para a cultur~ jas larvas
e a cria~ao dos adultos at~
a
ovopo5i980.A primeira e mais interessante conclusao das 3mostra-gens foi a evid~ncia de qua aquila que,se chama vulgarmente
"la-garta das pastagens", pelo menos em Sao Miguel e durante a maiar
parte do outono, Inverno 8 parte da Primavera, nao ~ 56 a ~ythi
mna unipuncta
Haw.,
rn~s outras espdcies de Noctufdeos, prinCipal~ent8 do g~nero Agrotis.
Urna grande quanti dade de pupas de A~rotis sp. foi por
n6s detectada num cam~o da Esta~!o Agr~ria em Pants Delgada.
Par-te destas pupas foi utilizada para ensaiar a aC9ao dum pesticida,
a TRICLORFAO.
Os adultos de Mythimna s6 muito depois das de Agrotis
- 15
-an~lise das populB9Bes primaveris de Agrotis n~o podsr~, vir a ser utilizada como urn msia de preuisHo eco16g1ca da explosijo pop~
lacional de ~~himn~. Uma vez que esta ~ a verdadeira (e mais pe-rigosa) devoradora des pastagens~ poder~se-ia iniciar uma campa -nha de combate preventivo no infcio do Verao.
a) - Das farv~s
Para unlformizar esta tdcnicap dacidimos utilizer UII
sistema simplesj utilizando 0 seguinte material:
- urna cords que, depais de 8sticada corrasponda a urn quadrado com urn metro de lado;
- quatro estacas para fixer a corda que limita a
de urn metro quadrado;
~rea
- uma tesQura de cortar relva que elimin2 - dificuldade de procure das larvas na pastagem;
- urn termohigr6metro, para register. as condi96es da
a-mostragem;
urn aspirador de boca, para recolhsr as larvas rnais p~
quenas;
~ tubas de ca981 com ralha de reds fina, para transpor-ts das larvas8
Necessaria S8 tornou ainda, dada a pluviosidade da Ilha
e aquisi9~0 de material
a
prove de tempo: batas de borrecha, fa-tos imperme~ueis e luvas de borrachBaSalients-se este pormenor PQrque~ para se tsr confian9a nos dados obtidos9 as sa!das t~m de Bar obrigotoriamente bissema
16
-100% de humidade~ Algumas dales foram mesmo encontradas a sobrena dar. Os deta1hes aeste material aprssenta-se nas figs. 13, 14 e
15.
Utilizou-se uma armadilha luminosa, constituida por urn candeeiro tipo "PetromaxH , a petr61eo ou a gaz, de 300 Volts.
A reco1ha dos adultos atraidos pela 1uz fazia-se com
u-rna rede entomo16gica (tipo camaroeiro) para n~o danificar os in-sectas. Estes, depois de capturadosp eram colocadas numa caixa de
cultura de rede de organza fina, cdbica, de 50 cm de lado. Assim
eram as adultos transportados para 0 laborat6rios (Fig.16)
TrCNICAS DE CULTURA EM LABORATORIO
====~=============================Quer os adultos, quer as larvas g foram criados sempre
num laborat6rio especialments preparado (~rea de 60 ~ troe quadr~
dos) onde as condi90es de ambients eram controladas.
A temperatura nBBse laborat6rio era de 22QC
!
12C, e a humidade relatille ~Ja '70% + 10% e 0 fotppsriodo d;' 16 horas.As larvas rscalhidss no campo foram distribu!das confor me 0 fim a que S8 d9st~.nav6m:
- iso1ada~ em cilindros pl~sticos cobertos de reds fina
de cobra S em cujo interior S8 coloca 0 alimento veg~
tal, que mergulha num poqueno recipients com 'gua,
a-trav~9 de urn orificio da base do cilindro.
Este orificio suporta a vegetal com uma bucha de a1g£
Fig. 14 - T~cnicas
de corte da amostrB
gem para a
amostra-gem.
Fig. L5
campo ..
Fig. 15 " Ce ptura
de 1arva~ com asp!
Fig. 17 - Cultura de larvas em
17
-- em gruPQs~ em caixas de plastico de 2 litros de
capa-cidadB~ ands se calaca tamb~m alimento vegetal, (fig~
ra l7)e
A nutri9!a das larvas~ quer da Mythimna quer de Agratis
fai sempre ~ base de folhas de milho (Zea mays) ou de azev~m (Lo-lium perenns)D 0 suparte vegetal era produzido tamb~m no laborat6 rio, am vasos de pl~sti~o~ sob luz artificial do comprimento d8 ends da fotoss!ntese (tipo GRO-LUX)o
A humidade mantida na cultura das larvas ara ainda au-mantada par pulveriz895es di~rias com ~gua9 axcepto no caso ds
cria9~0 iaolede de larvasf par n!o ter side nacass~rio (a
humida-de do recipients inferior era suficienta).
b) - .£ul.tuI'a dos saul to..§!.
Os adultas capturados] au que 8clodiram das pupas obti-das em labarat6rio forem colocaobti-das em cultura nas j~ referidas caixes de organza, no interior das quais se calocavam um vaSD de suporte vegstals canstitufdo normalmenta par v~rios p~s de milho
jovt.m.
A ovoposi9ao d6-ss dificilmente no caso da Mythimna uni puncta Hawo Sabe-se~ no entento que para que se d~ a c6pula ~ ne-cessfrio urn vae pr'vie (CARRIDO, 1974). Dai, talvez, essa dificul dade. No entante, quando se obt~m as ouos, estes ficam situados a derentes ~s folhas jovens~ ainda snroladas de milho. Noutros ca-sos, mais raros~ na reds da caixa~
ovoposic;:~a
segue-se a uma c6pula f~cil e as ovos s~o postas em quantidades ~
derentes ~ organza da_caixa.
18 -com uma solu~~o de ~gua a~ucarada (87,5 grs. de ~gua e 12,5 grs • de a~6car) embebida em algod~o.
Para melhores resultados, conv~m pulverizar diariamente com ~gua 0 interior das caixas e 0 vasa com a milho.
c) - Casos de parasitismo de Mythimna unipuncta
- Larvar: Nas larvas do 52 e 6Q estados de Mythimn!.foi relativamente frequente encontrarem-se tufos de casulos pequenos
esbranqui~ados e numerosos, donde eclodiram Himen6pteros parasi-tas da familia ~raconidae, pertencentes ao g~nero Apanteles (GAR-CIA, comunica~!o pessosl). (f igura 18)
- Pupal: Das pupas, foi frequente obterem-se Himen6pts-ros parasitas da familia Ichneumonidae, pertencentes ~ especie
Ichneumon sarcitorius var. fumipennis Berth. (det. VALEMBERG, Ni-ce, 1976). De notar que, tanto quanta sabemos, esta esp~cie e no-va para os At;ores. (f igura 19)
Apenas estava referenciada para os At;ores, como parasi-ta pupal do g~n9ro Ichneumon, a especie I. Laetus 8rull~.
DAS PASTAGENS"
(M.
unipuncta Haw. e Agrotis sp.)===========
==..:Dado qus as larvas destas dUBs esp~cies nos aparecem a~
sociadas, nas pastagens de S~o Miguel, sendo dif!cil a distint,;:6o dos primeiros estados, considerou-se a amostragem larvar conjunta
a) Pbserva9~es de campo
Duas vezes por semana, de manh~~ em locals do lado SuI da Ilha de S~o Miguel (Rem~dios-Lagoa, 300m de alt.; Cerrado dos
19
-8ezerros, 537m alte) assinalados na carta de figura 20, pesquiza-ram-se ~reas de pastagem~
A ~rea prospectada em cada um daqueles locais foi de 1000 m2 em cada dia de observa9~o.
Nas ~reas de prospec9~o, faziam-se 10 amostragens de um metro quadrado cada, utilizando 0 material que atr~s j~
dascrBv9-mos. A popula9Bo larvar correspondente aos 1000 metros era depois estimada per interpola9~0.
Nos gr~ficos das figuras 21 e 22, vemos a an~lise da
frequ~ncia dos 8stados larvares, em percentagem.
- Nos Rem~dios (300m de alt.), a percentagem de larvas dos 6ltimos estados (4Q , 5Q e 5Q ), foi maior de Outubro a Dezem-bro e passou a ser ultrapassada pelas percantagans dos primeiros estados (lQ~ 2Q e 3Q ), a partir do m~s de Janeiro a at~ Abril(ne~
te 61timo mes n~o se verificou a 8xist~ncia de larvas nas pasta-gans).
- Cerrado dos 8ezerros (537m de alt.), a fen6meno da re
la9~0 percentual 9stados larvares jovens-6ltimos estados, mostra tenudncia para 0 dssaparecimento dos 6ltimos estados a partir de
Janeiro. Em Abril, nBo se observaram larvas nas amostragens.
o
gr~fico da figura 23, mostra-nos a evolu9~O globalda~ ':ula96es larvares nos dois locais da Ilha, onde foram feitas as colheitas. Verifics-se que a popula9~o larvar da zona dos Rem~
dios ~ de urn modo garal decrescente de Outubro a Abril (excepto ~
rna ligeira subida populacional de Dezernbro a Janeiro).
Na casa da zana de maiar altitude (Carrada das 8ezerros 537m alt), pelo contr~rio, h~ urna ligeira subida at~ Janeiro e de pois a popula98o cai verticalmente.
preceden-JI
,..,
SAO
MIGUEL
2.S·30'W TE · 37 830N---/-.
~i30'M. ~ VfLAFftANCA,0
Iil_. Fig 20 Zenas de prespe cc,;:ae de Nythimna . unipuncta Haw. e A~retis lip.c
CERRADO DOS BEZZERROS (537 m Alt.)~
~'1ESES . FREQutNCIA DOS ESTADOS LARVARES (em%)
lQ 2Q 3Q 4Q 5Q 6Q NOVEJI<lGRO 10 20 12,5 17,5 22,5 17,5 DEZEMBRO 16,666 7,142 19,047 21,428 11,904 23,809 JANEIRO 0 31,818 29,545 27,272 11,363 0 FEVEREIRO 11,764 11,764 29,411I
23, 529 5,882 17,647 ·F" MAR~O 0 37,5 31,25 31,25 0 0 ABRIL 000 0 ~~_~--:h.._ 0 100% Fig. 21 Evoluc;:~o da amostra( c;m dos estados larvares da "lagarta das pas tag ens 1/ (~,tlimn 8 • .\!nipunc ta Haw. Ag ro t i~.~..E.. )I
MESESOUTUBRO NOV
[rvlBRO
DE
ZEf~BRO
JANEIRO FEVEREIRO MAR~O ABRIL Fig.22
REMrOIOS -LA GOA (300 mAlt.) ---",,"" FREQUtruCIA DOS ESTADOS LARVAR~S (EM
%)
lQ 211 3Q 4Q 5Q 6Q 0 6,25 25 31,25 15,q25 21,875 I I I I < 1 i I 17,391 13,043 0 30,434 2l;739 17;391 I 0 25,0 0 37,5 25,0l~
9,090 18,181 36,363 36,363 0 0 , 33,333 33,333 16,666 16,666 0 0 0 33,333 16,666 0 16,666 )}$333 .. 0 0 0 0 0 0 . ",, ~ .. ~ E vol u t; aDd a a mas t r 8. iJ 8 m (~ ( I sec; tad n :-, 1 a l' 1/ a r 8 s d a "1. a 9 '" r tad as pastagens" (lI'lythimna uni.Eu..c!E..!9. H;)w. c ~sr!'oJLs-=r,:\
5000 4000 )000 01 e 0 0 CJ ... 0: 0 0. 2000 'Jl -r :::> 0: c:( - l W 0 o<l:
....
~ ILl L 1000 OUT. A,,"
\,,"
\",,"/
\
.,"
\ \ \ \ \ NO V. DEZ. JAN. \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \...
_--F --1 \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \Sitia dee Carr.da des 8azerres ( 537m Alt. )
Fig.2' Curva das panula9ies da "lagarta des p.atagens"
(Mythimna unipuncta Haw. e Agratis
ilha de S. Miguel-A~.re8
tes:
~-- Parece haver urn fen6rneno geral, que consiste na predo
minAncia dos ~stados larvares mais avan9ados (4Q , 5g
e 6Q ) at~ ao mAs de Janeiro. De Janeiro em diante,pa~
sam a predominar os estados larvares jovens (lQ, 2Q e
3Q ).
- Mythimna unipuncta Haw. e Agrotis sp. devem ter dia~
pausa hivernal larvar, na Ilha de S~o Miguel.
A altitude n!o parece ter a influAncia que seria de
sup~r nas popula93es larvares: Cerrado dos Bezerros a
537m de alt., 0 ndmero de capturas larvares foi
sem-pre superior ao n6mero de capturas dos Rem~dios ( 300
metros alt.). Isto confirma 0 facto de que, as Ilhas
dos A90res, dados os microclimas que possuem, s~c
zo-nas excelentes para estudos eco16gicos. De facto,
Re-m~dios, a 300 metros, s~o uma zona que teria
condi-9~~S eco16gicas melhores para 0 desenvolvimento das larvas das pragas em estudo, do que 0 Cerrado dos
8e-zerros, a 537 metros de alt. Mas 0 que se d~ ~ 0
in-verso; as causas s6 poder~o ser confirmadas por
estu-dos posteriores.
- A partir de Abril as popula93es larvares 8~0 nulas.
Isto poder~ explicar-se pela ninfose no solo das duas
esp~cies estudadas e podsr~ ser confirmado no futuro
pelas capturas dos adultos que v~o eclodindo e pela
pesquisa das pupas.
As popula93es de adultos de Mythimna unipuncta Haw. po~
suem pelo menos trAs gera93es, mas desconhece-se 0 seu voltinismo
21 -A primeira gera9~0 (Pl) inicia-se com a eclos!o dos a-dultos de abril e vai at~ meados de Junho.
r
urna gera9!0 de prep~ra9Wo da popula9!0 seguinte (P2), j~ importante e perigosa para as culturas. Mas ~ a terceira gera9!0 (P3) por alturas de Setem -bro, que toma valores catastr6ficos. As medidas de controlo devem visar a transi9!0 da Pl para a P2 (mAs de Junho), a fim de 'j~gu lar a explos!o populacional P2 - P3.
Os m~todos de combate ~ "lagarta das pastagens" usados
at~ ao presente, tAm sido baseados na luta quImica.
No entanto, atrav~s de uma firma Venezuelana, propried~
de do Sr. MEDEIROS, emigrante A90reano estabelecido em Caracas, foi possIvel recebermos urn novo produto at~ agora n!o utilizado em Portugal, 0 BIOTROL, em duas formula9~es diferentes. Foi~nos
assim possIvel, al~m de ensaios quImicos efectuar um ensaio de lu ta bio16gica, dado que 0 BIOTROL ~ uma bioprepara9!0 e n!o um pr~
duto quImico cl~ssico.
Adiante se detalha a sua composi9!0.
MATERIAL E MrTODOS
==================
a) - PRODUTOS FITOSSANITARIOS ENSAIADOS
- TRICLORFAO - (Dipterex 80) - ~ um insecticida org~ no-fosforado, sol~vel na ~g~a, de origem alem! (Bayer) que age por contacto e ingest!o: Actua secund~riamente por inala9!0. Foi empregue na concentra9!0 de 0,4 gr. de produto comercial por
li 22 li
-tro de ~gua.
- PIRIMICARBE - (Pirimor) - Trata-se dum pesticida do
grupo dos carmabatos, de origem brit8nica (ICI) que age por cont~
cto e por vapor principalmente sobre os pulg~es das diferentes
culturas mesmo resistentes a cartos insecticides organo-
fosfora-dos. Foi empregue na concentra9io de 0,75 gr. de produto
comer-cial por litr~ de ~gua.
- BIOTROL XK - N~o se trata de um produto qu!mico, mas
de uma bioprepara9~0.
r
de origem americana (Nutrilite ProductsInc.) e ~ utilizado no controlo bioldgico de insectos,
especial-mente de larvas. de noctuideos. Na sua composi9io entra
essencial-mente uma bact~ria, Bacillus Thuringiensis Berliner, a 1,5%, com
com a potOncia de 7500 Unidades Internacionais por miligrama. Nlo
~ tdxico para as abelhas, os vertebrados ou as plantas. N~o tern ~
faitos cancer!genos, mutag~nicos, teratog~nicos ou outros efeitos
delet~rios.
Foi empregue nas concentra9~es de 75 gr. de produto
co-mercial por litr~ de ~gua, h dose normal: a de 7,5 gr. por litr~
de ~gua, a dose 10 vezes menor, para cQmparer com os efeitos do
BIOTROL PLUS, que se emprega nesta ~ltima concentra9~0.
Em Portugal, comercializou-se at~ 1976 urn produto
simi-lar, 0 THURICIDE. Mas tanto quanta sabemos (Lista dos Produtos
Farmaceuticos com Venda Autorizada 1977) foi retirado do mercado.
As sues caracter!sticas eram ali~s inferiores hs do BIO
TROL XK (THOMPSON-HAYWARD THECNICAL BULLETIN 1977).
- BIOT~OL PLUS - Eate produto foi 0 que mais nos inte-ressava testar, pois d correntemente usado nos U.S.A. e Venezuela
em lute integrada. ~ tamb~m uma bioprepara9io de Bacillus
- 23
-miligrama). Esta bioprepara98o cantem tambem eiretrinas, insecti-cides de origem vegetal, preparadas a partir das flores de plan-tas do K~nia e Con90o T6xic8e para 0 sistema nervoso dos insectos
provocam a sua paralisia em espa90 de tempo muito curto. S~o ino-fensivas para 0 homem e as abelhasa A sua acgao refor9a a aC9~0
do B. thuringiensi~. 0 SIOTROL PLUS contem 2% de piretrinas.A re~ tente percentagem , farmada par destilado de petr6leo
(8%)
e mat~ria inerte
(88,8%)e
Segundo julgamos9 sste produto nunca foi, at~ agora, in
troduzido em Portugal, e 6 de ccnfacgTIo bastante recentee
b) - APARELHAGEM UTILIZADA NOS TESTES DE PESTICIDAS
S~o seus canstituintes fundamentais:
Uma torre 8m ilDEXION~ contendo ao centro urn sixo ver-tical, no qual 88 deslocB uma pistols eldctrica de
pulveriza9aos
A
pistole g fixa a urn metro do solo(F!
gura 24):- Urna caixa pl~stica de 2 1~~ros9 com 0 material
bio16-gico a ensaier, colocada a urn metro do 'eixo da torre: - Uma s8mi-balan~a METTLER H54AR de taragem autom~tica,
sens!vel a 0,01 mg e urna esp'tula vibrante METTLER LV 2, para contrdlo da quantidade de pesticida pulveriz~
do:
- Quadrados de papal de f i1 tro de 16 cm2 de peso pdtv i!!, mente determinado, destinados a tsstemunhar a pulveri
zar;:~o:
- Urna pin~a para ssgurar os papeis pulv8~izado8 e urn s~
24
-raFa de csrveja) que imps9a os pap~is de Filtro de se
molharem com 0 l!quido que se acumula no fundo da cai
xa de teste.
c) - MODO DE PROCEDER AD TESTE
Coloca-se a caixa com os insectos a tratar na
davida (horizontal, no solo, a 1 metro da base - suporte do pulv~
rizador).
Previamente, coloca-se no fundo da caixa 0 suporte com
o quadredo de papel de filtro, de PSBO j~ determinado. Ap6s estas
operac~es pulveriza-se horizontalmente 0 produto, durante 10
sa-gundos, cronometrados. Pesa-se imadiatamente 0 papel pulverizado,
para se saber quais as condi9~es de pulveriza9Bo.
Seguidamente, deixam-se os insectos pulverizados,
den-tro da masma caix8, para observa~~o.
Temb~m se podem isolar ap6s a pulverizac~o: mas esta td cnica n!o foi usada nos nossos enseios, deixando-se os
eo contacto com 0 produto.
insectos
Os insectos testemunha, em igual n6mero, slo
pulveriza-dos a ~gua, usando outr~ pulverizador.
a saber:
Todos os testes Foram realizados nas mesmas condi9~es,
- Foi utilizado 0 mesmo n6mero de insectos para
munhas e tratados.
teste
(tempe 25 (tempe
-ratura: 222C
!
l2C; HR: 70%!
10% e fotoper!odo de 16horas}.
- Foi usado 0 mesmo regime alimentar.
- Foi usado 0 mesmo efeito de choque (pulveriza9!0 a
~-gua das testemunhas).
- Insectos da mesma idade (popula9!0 homog~nea).
- Regula980 uniforme da quantidade de solU980 pulveriza da.
o
resumo dos ensaios efectuados consta das tabelas dasfiguras 25 e 26.
Na tabela da figura 25, comparam-se ainda as concentra
9~es e as condi95es de pulveriza980 dos produtos. Comparam-se ai~
da as pulveriza9~es das testemunhas com as dos insectos tratados.
A ultima coluna da direita, mostra-nos 0 peso da ou da
solu910 pesticida, recebida pelos insectos.
Na tabela da figura 26, comparam-se as co~di9~es de tes
ta dos diferantas insactos no qua respaita ao astado tratado, tra
tamanto recabido, numaro inicial da indiv!duos a percantagam de
mortalidada no 12 dia ap6s 0 ansaio a no 82 dia ap6s 0 masmo.
Dos produtos fitossanit~rios ansaiados, dois revelam-se
ineficazes nas condi95es do tasta:
- 0 "DIPTEREX", sobra pupas da Agrotis.
TABELi\ I PESAGEM DOS PAPEIS PRODUTO CoNCENTRA~A'O SECoS PUL VERI ZADoS Dl r EREN~AS I 0,11679 'gua 0,13200 0,01521 I DIPTEREX 0,4 gr/1 I I 0,11575 peatici 0,13094 0,01519 a -0,11236 'gus 0,12779 0,01543 BIOTRoL PLUS 7,5 gr/l 0,11135 pestici 0,12682 0,01547 dm -0,11170 ,gus 0,12083 0,00913 PI R 11'<OR 0,075 gr/l 0,11602 pesticJ: 0,13273 0,01671 de BIOTROL XK 75 gr/1 0,11520 'gus 0,12741 0,01121 0,11610 pestici dB --0,12276 0,00666 0,115)9 'gua 0,12975 0,01416 8IOTROL XK 7,5 gr/1 0,11646 pestici 0,12955 0,01309 da -Fig. 25 :Quadre cemparative das cendi<;ies de aplica<;ae des predutes fitesanitaries ensaiades
TARELA n I N~; E C TO E .j T ,\UO T 9 J.\ TAr'; E rJ T 0 Nlll\iEtW INICIAL ~ de ~ORTALIDADE AP05 T[ ;~ T!l,f)O DE INDIV1DUU:3 lQ DIA 811 DIAS ligUlil 20 0 40 AGROTIS sp. P U f · A; DIIPTEREx 20 0 20 'gua 40 0 2,5 AGROTI.3 so. LARVA) Ll BIOTROL PLU 40 95 100 ~gua 20 0 5 AGROTe; so. LARVA') Ll PI r\ 1 i"iOI~ 20 0 2,5 'gua 40 0 0 MY T H I (,NI~ sp. LARVi\5 L2 40 BIOTROI. XK 0 100 'gua 40 0 10 AGIWT} , sp. [ilR i,'A} L7 8IB~ROl XK 40 0 17,5 F'ig.26 l'..llJadre de en~l i~e cemparad:ol des resultades das aplic8GifIJs des predutes fitesonitaries ensalades.
.. .-.-.~ SITIOS FREWUENCIA LARVAR POR ESTADOS TOTAL DE -... -.-., ~"" A~10STRA L1 L2 L3 L4 LS L6 GERAL GEM : I
.
c:r: : 0 0 WC::X:L:l 13 14 25 14 ::E:Oc:r: 7 13 86 W -l a:: 0.
0 Il::i c:rena:: 13 33 31 37 20 21 155 a:: ow a:: ON w w u m SITIOS NQ TOTAL DE LARVAS / AMOSTRAGEM / MES TOTAL DE AMOSTRA GE~1 -OUT. NOV • DEZ. JAN. FEV. MAR. ABR..
H c:r 0 0 \.U c:r t.:l 32 23 8 11 6 6 0 86 ~Oc::x: w -l a:: o ' • 0 a:: c:rena:: a:: 0 W n:::ON 40 42 W W 44 17 16 1 155 U CD I An~lise das amostragens da "lagarta das pastagens" (Mythimna unipuncta Haw. e Agrotis sp.) I I- ~6
-Registe-se que 0 PIRIMOR ~ um carbamato utilizado ape-nas na luta anti-afidiana.
o
BIOTROL XK na concentra9~0 reduzida a 10% mostrou fr~ ca ou nula aC9~0: 17,5% de mortalidade, contra 10% dos insectos testemunhas, ao 8Q dia.o
8IOTROL XK na concentra9~0 normal actuou francamente bem:ao 82 dia, a mortalidade era de 100% (nul a nas testemunhas).o
BIOTROL PLUS (com piretrinas, portanto) naconcentra-9~0 normal, teve urn efeito surpreendente: ao lQ dia, 95% de mort~
lidade sobre larvas do lQ estado de Agrotis. Ao 82 dia, a mortali dade era de 100%.
A pulveriza9~0 a ~gua das pupas de Agrotis revelou 40% de mortalidade ao 89 dia e 0 pesticida, 20%. Mas pensamos que es-ta mores-talidade se deve es-talvez ao facto da humudifica9!0 do tegu-men to pupal ter permitido 0 ataque por fungos.
CONCLUSOES
--- Mythimna unipuncta Haw.
e
urna s~ria praga das pasta-gens dos A90res, cuja ecologia necessita de estudos mais profun-dos, para poder ser combatida par m~todos de luta integrada.- No entanto, pode-se inferir desde j~ que a altitude, na Ilha de S!o Miguel, n~o parece ser urn grande factor limitante, pelo menos at~ cerca dos 500 metros, possivelmente porque se tra-ta de um Lepid6ptero cujas larvas 6e desenvolvem excelentemente em zonas h~midas.
- A popula9~0 'larvar parece decrescer anualrnente de Ou-tubro a Abril, ate Ber quase nula~
Observa9~es complementares mostrar~o a sua evolu9!O na Primavera e no Ver!o.
- ~7
-- Mythimna unipuncta Haw. aparece no mesmo nicho -
eco16-gico d~ outros Lepid6pteros da mesma famIlia (especielmente do g!
nero Agrotis) que s~o tamb~m designados vulgarmente por n legerta
das pastagens ".
- r
poss!vel que, no futuro, seja possIvel prever es e~plos~es populacionais de Mythimna unipuncta, pele avaliaolo de
e-volu~lo das popula~Bes primaveris de Agrotis. Esta ~ltima, menDs
preocupante como praga aerviria do "term6metro ecoldgicc" pare 0
desencadear de campanhas preventives contra aquela.
- As bioprepara~aes ensaiadas (8IOTROL XK e 8IOTROL
PL-US) revelaram-se bastante eficazes. Pensamos que se dsver~
proce-der a imediatos ensaioB de campo, principalmente com 0
PLUS, de efeito maia potente e mais r6pido.
BIOTROL
- 0 aparecimento de Himen6pteros parasitas de larvas em
quantidades interessantes (g~nero Apanteles, dafemIlia
Braconi-dae) e de parasitas de pupas (g~nero Ichneumon, famIlia
Ichneumo-nidae) leva-nos a pensar que a luta bio16gica com base na largada
maci~a de parasitas na epoca devida, poder~ vir a ser um Axito
nas Ilhas. Um novo parasita pupal de Mythimne unipuncte Haw. d in
dicado para as A90res: Ichneumon sarcitorius var. fumipenis Berth •
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-BIBLIOGRAFIA
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