'MAURO
FACCIONI FILHO
ESTUDOS
DE
MODELAGEM
ELETROMAGNÉTICA
COM
O
MÉTODO
DAS
LINHAS
DE TRANSMISSÃO
(TLM)
FLORIANÓPQLIS
“‹›5`
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA CATARINA
/ øv
CURSO
DE Pos-GRADUAÇAO
EM
ENGENHARIA
ELÉTRICA
ESTUDOS
DE
MODELAGEM
ELETROMAGNÉTICA
COM
O
MÉTODO
DAS
.
LINHAS
DE TRANSMISSAO
(TLM)
")
Tese
submetidaàUniversidade Federal de Santa Catarina
como
parte dos requisitos para a 'obtenção
do
grau deDoutor
em
Engenharia
Elétrica.MAURO
FACCIONI
FILHO
ESTUDOS
DE
MODELAGEM
ELETROMAGNÉTICA
COM
O
MÉTODO
DAS
LINHAS
DE
TRANSMISSÃO
(TLM)
Mauro
Faccioni
Filho
'Esta
Tese
foi julgadaadequada
para obtençãodo
Título deDoutor
em
Engenharia
Elétrica,
Área
de Concentraçãoem
Eletromagnetismo, e aprovadaem
suaforma
final peloPrograma de Pós-Graduação
em
Engenh
1 Elétricada
Universidade Federal de Santai ~
if
. \. "|._` \\\
\ Profš.Aâma1ó0 Rãrzez . f Orientador\\"
,/Prof. Aguinaldo Silveira e Silva, Ph.D.
Coordenador do Programa de Pós-Graduação
em
Engenharia ElétricaBanca
Examinadora:aaa
¡ "`\.___`ÁP
of. Adroa1do~-l¶aizÍ-E/`,\fQr. _/ Presidentë“~~..._\ `É
Prof. eonardo
~
. . .de Menezes, Ph.D.os Christopoulos, Ph.D.
'e
'¬Prof. Gol i de Salvador Ferreira, Dr.
Prof. Walter Pereira
šrpes
J r., Dr.Prof. Enio
Valmor
Kassick, Dr.Dedicatória
Aos
meus
pais,Mauro
eWilma, que
me
ensinaram
oscaminhos da
linguagem,
essa facefugidia e fascinante
do
relacionamento dos
homens.
Ao
meu
filho,Guilhenne,
que
novamente
veiome
ensinar essecaminho,
mostrando
essamesma
faceque
acada
dia retornanum
gestode amor.
Agradecimentos
Não
há
como
evitaruma
grande
listade agradecimentos
num
trabalhocomo
este.
Devido
ao
tempo
que
tomou,
aos esforços múltiplos, aos sacrifíciosde alguns
eao apoio
incondicionalde
muitos, os quais gostariade
listar aqui(numa
listaque
certamente
será incompleta).Inicialmente
quero agradecer ao
meu
amigo Adroaldo
Raizer,que muito mais
que
orientartodo
o
escopo
desta tese, -sempresoube
olhar eentender todo
ocontexto
que
aenvolveu, fazendo-a
crescer e desenvolver-senum
esforçomútuo.
-Aos
colegasde todo
o Grucad
e outros laboratóriosda
UFSC,
onde
todos essesanos
partilhamo-s algunsótimos
momentos
de convívio
e discussões.›~`
Especialmente
aos professoresque
participaramdos
exames
anterioresde
mestrado
e
de
qualificação,colocando
excelentes sugestões,muitas
delas nesta tese utilizadas:Nelson Sadowski,
PatrickKuo-Peng, Enio
Kassick,Hans
Zürn,
Marcelo
Vanti,Leonardo
Menezes
emeu
amigo
João Pedro
Assumpção
Bastos.Na
Universidade de
Nottingham
gostariade
agradecerao
Prof. ChristosChristopoulos
e àAna
Vukovic.
Aos
amigos,
que
algunsmesmo
não
partilhando osproblemas matemáticos
que
me
tomaram, souberam sempre
prestaralgum
tipo especialde ajuda
ou
atenção:Golberi Ferreira,
Marcos
Vallim,Ênio
Padilha,Aldo
Mano,
Walter Clausen,
Fernando
Silva,Marco
Aurélio
Cremasco,
Ademir
Demarchi
.... ..E
acima
de tudo agradeço
àminha
família e aquele aquem
-dedico estetrabalho:
Guilherme.
VResumo
da Tese
apresentada àUFSC
como
parte dos requisitos necessários paraa-
obtenção
do
grau deDoutor
em
Engenharia
Elétrica.ESTUDOS
DE
MODELAGEM
ELETROMAGNÉTICA
COM
V I nr
O
METODO
DAS
LINHAS
DE
TRANSMISSAO
(TLM)
Mauro
Faccioni
Filho
Março
/ 2001Orientador:
Adroaldo
Raizer, Dr. EÁrea
de Concentraçao: EletromagnetismoPalavras-chave: Eletromagnetismo,
Modelagem
Numérica, Compatibilidade Eletromagnética,Método
das Linhas de Transmissão(TLM).
Número
de Páginas: 192.RESUMO:
Este
trabalho está voltadoao estudo
de
fenômenos
eletromagnéticos atravésde
modelos numéricos
de
discretizaçãono domínio do
tempo.
Nesta' tese os estudos estãobaseados no
Método
dasLinhas de Transmissão
-
TLM.
O
texto apresentadodescreve
o
método
detalhadamente
em
sua
versão
unidimensional,bidimensional
e tridimensional,uma
análisede
errosno
método,
epropõe
ainda
um
novo
modelo
de
célulaem
trêsdimensões.
Com
a versão unidimensional
é feitauma
aplicação original
para
o.caso
de
elemento
não-linearusado
em
sistemasde
compatibilidade eletromagnética, possibilitando predizer
o
comportamento do
componente
frente a interferências e ruídosconduzidos, o
que
anteriormente erafeito
apenas
de
forma
estatísticaou
experimental.Para
anova
célula tridimensionalé
desenvolvido todo
o equacionamento matemático
para sua fundamentação,
bem
como
código computacional
para aplicaçõesem
microondas
utilizandocavidades
ressonantes e guias
de
ondas.Os
resultadosalcançados validam
anova
célula, atravésde
comparações
com
resultados analíticos e -numéricos.Finalmente
são apresentados integralmente oscódigos computacionais desenvolvidos para o
trabalho.
Abstract of Thesis presented to
UFSC
as a partia] fulfilment of therequirements for the degree of
Doctor
in Electrical Engineering.ELECTROMAGNETIC MODELLING
RESEARCHES
WITH
THE
TRANSMISSION
LINE
METHOD
(TLM)
Mauro
Faccioni
Filho
March
/2001
Advisor:
Adroaldo
Raizer, Dr.Area
of Concentration: Electromagnetics.Keywords:
Electromagnetics, Numerical Modelling, Electromagnetic Compatibility,Transmission Line
Method
(TLM)
Number
of Pages: 192.ABSTRACT:
Thiswork
is about electromagneticphenomena
researches through discretenumerical modelling in the time domain.
These
researches are basedon
Transmission Line ModellingMethod
-
TLM.
The
whole
method
is described in its one,two and
three-dimensional versions.
A
new
three-dimensional cell is proposedand
error analysis ispresented.
An
original application with non-linear element ismade
using the one-dimensional version. This
component
is usedon
electromagnetic compatibility forconducted transient suppression,
and
this application can substitute statisticaland
experimentalmethods
prediction. For thenew
three-dimensional cellwas
developed themathematical foundations as well as its computational
code
forwaveguides and
resonatorsapplications.
The
results validate the propositionby
comparisons with analyticaland
other numerical results. Finally all codes developed for thiswork
are presented.SUMÁRIO
DEDICATÓRIA
... ..¡iiAGRADECIMENTOS
... ..IvRESUMO
... ..vABSTRACT
... ..v¡SUMÁRIO
... ..vI¡LISTA
DE SÍMBOLOS
... ..i×LISTA
DE
FIGURAS
... ..xIII ,-'- 1.APRESENTAÇAO
E
CONCEITOS
... ..011.1 INTRODUÇÃO E ROTEIRO ... .. 01
1.2
ALGUMA
BIBLIOGRAFIA ... ..041.3 DISCUSSÕES SOBRE COMPATIEILIDADE ELETROMAGNETICA ... ..O6 1.4 REFLEXÕES SOBRE
MODELOS
EMODELAGEM
... ..112.
MÉTODO TLM
UNIDIMENSIONAL
... .. 142.1 INTRODUÇÃO ... .. 14
2.2 CONCEITOS GERAIS
DO
TLM
UNIDIMENSIONAL ... .. 152.3
COMPORTAMENTO
NÃO
LINEAR -O
VARISTOR ... .. 262.4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... ..32 2.5 CONCLUSÃO ... ._ 36 3.
MÉTODO TLM
BIDIMENSIONAL
... ..37 3.1 INTRODUÇÃO ... ..37 3.2NÓPARALELO
... ..38 3.3 NÓSÉRIE ... ..51 3.4 CONCLUSÕES ... ..71 4.MÉTODO TLM
TRIDIMENSIONAL
... ..72 4.1 INTRODUÇÃO ... ,..72 4.2NÓS
TRIDnvIENsIONAIs ... ..73 4.3NÓ
SIMÉTRICOCONDENSADO
... ..81 4.4 CONCLUSÕES ... ..92 vii5.
NOVA
CÉLULA
TRIDIMENSIONAL
... .. 5.1 INTRODUÇÃO ...5.2 DESCRIÇÃO
DO
MODELO
... ..5.3 RESULTADOS PRELIMINARES E DISCUSSÕES ... ..
5.4
CAMPOS
ELETROMAGNETICOS ... .. 5.5 EXCITAÇÃO ... .. 5.6 RESULTADOS ETESTES ... .. 5.7 CONCLUSÕES; ... .. 6.DISPERSAO
E
ERROS
EM
TLM
... .. 6.1 INTRODUÇÃO ... ..6.2 DISPERSÃO E ERROS
EM
TLM
BIDIMENsIONAL...6.3 CÉLULA TRIDIMENSIONAL
TCC
6.4
CONCLUSÃO
... _.7.
CONCLUSOES
... .. 7.1 INTRODUÇÃO ... ..7.2 REVISÃOECONTRIBUIÇÕES ... ..
7.3 DIFICULDADES,
NOVAS
PROPOSIÇÕES, CONCLUSÃO ... ..ANEXO
1 -CÓDIGO
COMPUTACIONAL
PARA
O
VARISTOR
ANEXO
2 -CÓDIGO
COMPUTACIONAL
COM
A
CÉLULA
TCC
REFERENCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ..B
Cc
D
E
f
G
H
1 [IJJ
fzK
zL
R
[S1[sff
[sf
IT
Vvw
V
VE
VD
X
LISTA
DE
SÍMBOLOS
induçao magnética
velocidade
da
luz capacitânciaindução
elétricacampo
elétrico freqüênciacondutância
elétricacampo
magnético
corrente elétrica matriz identidadedensidade
de
correntenúmero
da
iteraçãono
processo
de
cálculoconstante
do
varistorcomprimento
totalda
linhaindutância
resistência elétrica
matriz
de
espalhamento
inversa
da
matrizde espalhamento
transposta
da
matrizde
espalhamento
tempo
coeficiente
de
transmissãovelocidade
de
propagação da onda
velocidade
de
propagação
em
um
meio
qualquer
potencial elétrico
potencial elétrico
do
ladoesquerdo
do
nó
1D
potencial elétrico
do
lado direitodo nó
1D
variável
de posição
no
eixox
variável
de posição
no
eixoy
variávelde posição
no
eixo Zadmitância
impedância
impedância
característicaimpedância
equivalentedo
indutor
modelado
impedância
equivalentedo
capacitormodelado
impedância da
carga
expoente
na equação não
lineardo
varistorconstante
de
faseespaço
discretizadono
eixox
espaço
discretizadono
eixoy
espaço
discretizadono
eixo zcomprimento
discretizado genéricotempo
discretizado (passode
tempo)
quantidade de carga
elétrica discretizadaquantidade
de
fluxo
elétrico discretizadopermissividade
elétricapermissividade
elétrica relativapennissividade
elétricado
espaço
livrefluxo
elétrico ç ` ' coeficientede
reflexãocomprimento
de
onda
permeabilidade magnética
permeabilidade magnética
do
espaço
livrepermeabilidade
magnética
relativaH
condutividade
elétricafreqüência angular
Prefixo subscrito
k
indicao
número
da
iteraçãoSufixo
subscrito
d
s ex
Y
Z flL
distribuído
por unidade de
comprimento
relativo à fonte relativo a errograndeza
no
eixox
grandeza
no
eixoy
grandeza
no
eixo znúmero
do nó
(qualquer) relativo àcarga
Sufixo sobrescrito
V i rAbreviaturas
TLM
FDTD
DF
DT
FD
TD
1D
2D
3D
EMC
EMI
incidente sobreo
nó
refletidodo
nó
Transmission Line
Modelling
F
initeDiference
-Time
Domain
Domínio
da
Freqüên
Domínio
do
Tempo
Frequency
Domain
Time
Domain
Unidimensional
Bidimensional
Tridimensional
Electromagnetic
CompatzbilzlyElectromagnetic
Interƒerence Xl ciaFEM
TCC
SCN
DFT
F
initeElement
Method
Three-dimensional Current
CellSymmetrical
Condensed
Node
Discrete
Fourier
Trahsform
Figura 1.1 - Figura 1.2- Figura 2.1 - Figura 2.2 - Figura 2.3 - Figura 2.4 - Figura 2.5 - Figura 2.6 - Figura 2.7 - Figura 2.8 - Figura 2.9 - Figura 2.10- Figura 2.11 - Figura 2.12- Figura 2.13 - Figura 2.14- Figura 2.15 - Figura 2.16 - Figura 2.17- Figura 2.18 -
LISTA
DE
FIGURAS E
TABELAS
Diagrama
com
os principais termos utilizadosem
compatibilidadeeletromagnética.
Múltiplos
caminhos
de interferência.Linha
de transmissãocom
parâmetros distribuídos.Trecho
de linha de transmissão e equivalentecom
impedância.Linha
de transmissãocom
fonte e carga.Tensões incidentes e refletidas sobre o
nó
n.Equivalente para
o nó
n deuma
linhacom
perdas.Equivalente para o primeiro nó, junto à fonte.
Último nó da
linha, junto à carga.Equivalente de
Thévenin
do
último nó, junto à carga.Capacitor junto à carga (nó
m)
e seumodelo
stub.Equivalente
do
últimonó
com
capacitor.Curva
característicado
varistor.Seção
transversal de varistor. _Sistema de
4
terminaiscom
fonteextema
e elementonão
linear.Medição
e simulaçãoda
tensão sobre a cargaem
funçãodo
tempo.Onda
padronizada de surto de tensão.Varistor de 11 volts
com
surto 1,2x 50
us de50
volts de tensãomáxima.
Varistor de 11 volts
com
surto 1,2x 50
us de 100 voltsde
tensãomáxima.
Varistor de '11 volts
com
surto 1,2x 50
us de
200
volts de tensãomáxima.
Figura 3.1 -
Nó
Paralelo.Figura 3.2 - Tensões incidentes
em
um
nó
Paralelo.Figura 3.3 -S
Tensão
incidente unitária (a), reflexão e transmissões (b).Figura 3.4 - Interligação dos nós e suas posições relativas ao
nó
central.Figura 3.5 - Célula básica
do
nó
Paralelo.Figura 3.6 - Equivalente de
Thévenin
para onó
paralelo.Figura 3.7 - Célula
do
nó
Paralelocom
stubs capacitivo e condutivo.Figura 3.8 - Equivalente de
Thévenin
para onó
Paralelo.Figura 3.9 -
Nó
Série.Figura 3.10 - Associação
de
nós Série.Figura 3.11 -
Nó
Sériecom
impedâncias características e tensões incidentes erefletidas.
Figura 3.12 - Equivalente de
Thévenin
do
nó
Série.Figura 3.13 -
Nó
Sériecom
stub indutivo.Figura 3.14 - Equivalente de
Thévenin
do nó
Sériecom
stub.Figura 3.15 - Equivalente de
Thévenin do nó
Sériecom
stub e perdas.Figura 3.16 -
Contorno
condutivona
porta4
para onó
Série. Figura 3.17 -Contorno
isolantena
porta4
para onó
SérieFigura 3.18 -
Contomo
de impedânciaZ
na
porta4
para onó
Série.Figura 4.1 -
Composição
com
dois nós Série eum
nó
Paralelo.Figura 4.2 -
Composição
com
dois nós Paralelo eum
nó
Série.Figura 4.3 -
Nó
Expandido
tridimensional.Figura 4.4 -
Malha
tridimensionalcom
Nó
Expandido.Figura 4.5 -
Nó
tridimensional Escalar.Figura 4.6 -
Nó
Condensado
Assimétrico.Figura 4.7 -
Nó
SimétricoCondensado
(SCN).Figura 4.8 - Separação dos três nós Série
que
constituem oSCN.
Figura 4.9 - Pulso de tensão incidente e reflexões resultantes
no
SCN.
Figura 4.10 -
Região
do
espaçocom
o
nó
SCN.
Figura 4.11 -
Desenho
esquemático demalha
com
onó
SCN.
Figura 5.1 - Figura 5.2 - Figura 5.3 - Figura 5.4 - Figura 5.5 - Figura 5.6 - Figura 5.7 - Figura 5.8 - Figura 5.9- Figura 5.10 - Figura 5.11 - Figura 5.12 - Figura 5.13 - Figura 5.14- Figura 5.15 - Figura 5.16 - Figura 5.17 - Figura 5.18- Figura 5.19-
Distribuição de capacitâncias e indutâncias
em
uma
regiãodo
espaço. '
Modelo
T
de linha de transmissãocom
perdas.Linhas
em
composição
tridimensional: (a)com
perdas; (b)sem
perdas ecom
representação das correntes refletidas e incidentes.Célula
TCC
sem
perdas ecom
correntes incidentes e refletidas.Representação esquemática
da
linha da direção x.8
Representação esquemática
da
linhada
direção y.Representação esquemática da linha
da
direção z.Incidência de pulso unitário e reflexão decorrente.
Malha
tridimensional e as conexões entre portas.Evolução da
cavidade ressonante a partir deum
circuito LC.Circuito
LC
e cavidade ressonantecom
paredes condutorassem
perdas.
Diagrama
esquemáticodo programa
computacional.Cavidade
IxIxI metro, excitação (1:10, 1:10, 8), saída (2,2,2).Resultado analisado
no domínio do
tempo. Células: ]0x10xI0.Cavidade
Ixlxl metro, excitação (1:10, 1:10, 8), saída (2,2,2).Resultado analisado
no domínio da
freqüência (DFT). Células: I 0x1 Ox] 0. 'Cavidade
0,5xIxI metro, excitação (I:5, 8, 8), saída (2,2,2). Células:5x1 Ox] 0.
Cavidade
4xIxI metro, excitação (I:40, 1:10, 8), saída (8,2,2).Células: 40xI0xI0.
Cavidade
IxIxI metro, saída (2,2,2), células: I0xI0xI0. Excitação:(a) 1:10, 1:10, 8; (b) 1:10, 8, 8; (c) 8, 8, 8.
Cavidade
IxIxI metro, células I0xI0xI0, excitação (1:10, 1:10, 8).Saída (a) I,I,I; (b) 3,3,3; (c) 4,4,4; (d) 5,5,5.
F
Cavidade IxIxI metro, células I0xI0xI0, excitação (1:10, 1:10, 8).
Saída (a) 6,6,6; (b) 3,2,2; (c) 4,2,2; (d) 5,2,2
Figura 5.20 - Figura 5.21 - Figura 5.22 - Figura 5.23 - Figura 5.24 - Figura 5.25 - Figura 5.26 - Figura 5.27 - Figura 5.28 - Figura 5.29 - Figura 5.30- Figura 5.31 - Figura 5.32-
Cavidade
1x1x1 metro, células 20x20x20, saída 2,2,2,. Excitação: (a)1:10, 1:10, 8; (b) 1:10, 8, 8; (c) 8, 8, 8.
V
Cavidade
1xIx1 metro, células 20x20x20, excitação (1:10, 1:10, 8).Saída (a) 3,3,3; (b) 4,4,4; (c) 5,5,5; (d) 7,7,7
com
excitação (1:20, 1:20, 15).Componentes
decampo:
(a) Magnético; (b) Elétrico. 'Grafo
do
circuito definido pela Célula TridimensionalTCC.
Campo
elétricoE,
obtidono
ponto (2,2,2),com
excitaçãono
plano(1:10, 1:10, 8).
Linha
sólida~
célulaTCC;
linha pontilhada-
nó
SCN.
Campo
elétricoEx
obtidono
ponto (5,5,5),com
excitaçãono
plano(1:10, 1:10, 8).
Linha
sólida-
célulaTCC;
linha pontilhada-
nó
SCN.
" SCampo
magnéticoHy
obtidono
ponto (2,2,2),com
excitaçãonuma
linha (1:10, 8, 8). Linha sólida
-
célulaTCC;
linha pontilhada-
nó
SCN.
Campo
magnéticoHy
obtidono
ponto (4,4,4),com
excitaçãonuma
linha (1:10, 8, 8). Linha sólida
-
célulaTCC;
linha pontilhada-
nó
scN.
u
Campo
magnéticoHz
obtidono
ponto (5,5,5),com
excitaçãono
plano (1:10, 1:10, 8). Linha sólida
-
célulaTCC;
linha pontilhada-
nó
SCN.
Campo
magnéticoHz
obtidono
ponto (2,2,2),com
excitaçãonuma
linha (1:10, 8, 8). Linha sólida-
célulaTCC;
linha pontilhada-
nó
SCN.
Guia
de ondas.Guia
de ondas10x10 cm,
resultadoem
Ey,com
plano de excitação(1, 3:7, 3:7).
Ponto
de saída: (a) I80,5,5; (b) 180,3,3; (c) 180,5,2.Guia
de ondas5x5
cm, resultadoem
Ey,com
plano de excitação (1,3:7, 3:7). Ponto de saída: (a) I80,5,5; (b) 180,3,3; (c) 180,5,2.
Figura 6.1 - Frente de
onda
incidente a 45°.Figura 6.2 - Pulso incidente
na
porta 2 ne reflexões resultantes.Figura 6.3 -
Nó
paralelocom
portas 1 e 3 condensadas eem
aberto.Figura 6.4 - Circuito de
4
terminais, passivo e linear.Figura 6.5 - Gráfico de dispersão
em
malha 2D.
Figura 6.6 - Resposta
em
freqüência para célulasTCC
de diferentesdimensões
Figura 6.7 - Resposta
em
freqüência-
modo
310.Figura
A1.l
-Diagrama
esquemáticodo programa
ID.Figura
A2.1
-Diagrama
esquemáticodo programa
3D com
a célulaTCC.
TABELAS
Tabela 5.1 - *
Quadro
de freqüências de ressonância.Tabela 6.1 - Experiência
com
cavidade ressonante e diferentes células.Tabela 6.2 - Resultados numéricos
do
teste de dispersão.cAPÍTULo
1
ou .
APRESENTAÇAO
E
CONCEITOS
1.1
_
INTRODUÇÃO
E
ROTEIRO
Este é o texto de
um
trabalho voltado ao estudo defenômenos
eletromagnéticosatravés de
modelos
numéricos de discretizaçãono domínio do
tempo.O
tratamento de problemas eletromagnéticos básicos,como
porexemplo
as forças eos
campos
em
torno deum
condutor, linhas de transmissão a dois condutores,campo
entreduas placas, entre vários outros,
pode
ser feito de maneira simples e eficaz analiticamente.Porém
oscampos
próximos
deuma
antena de microondas, forçasem
interação nos motorese chaves seccionadoras, guias de
onda
nãohomogêneos
ou
de formato irregular,ou
mesmo
linhas de transmissão a multicondutores e trançadas, são de solução muito difícil eexigem
técnicas especiais. Váriosmodelos
numéricosforam
evêm
sendo desenvolvidoscom
este objetivo,amparados no
poder de cálculo dosmodernos
computadores.No
caso ainda mais específico de problemas eletromagnéticoscom
microondas, ondas milimétricasou
com
fenômenos
transitórios, osmétodos
numéricos resolvidosno
domínio do tempo
(métodos diferenciais, conhecidos porTD
-
Time
Domain
Methods)
apresentam-se
com
maior eficiênciado
que aquelesno domínio da
freqüência (métodosintegrais, conhecidos por
FD
~
Frequency
Domain
Methods).Entre os principais
métodos
demodelagem
encontram-se o das Diferenças Finitas(FD
-
Finite Difierence), o dos Elementos Finitos(FEM
~
FiniteElement
Method), OMétodo
dosMomentos
(MoM
-
Moments
Method), e oda
Modelagem
por Linhas deTransmissão
(TLM
-
Transmission Line Modelling Method),além
de muitos outroscom
aplicaçoes mais específicas.O
método
TLM
baseia-se nas equações diferenciais das linhas de transmissão,CAPÍTULO ¡ - mmooupío
2
obtendo então tensões e correntes para cada
nó
propagando-se pelamalha
de acordocom
o Princípiode
Huygens
[1,6].Os campos
Elétrico eMagnético
são obtidos das tensões e correntes respectivamente.Uma
enorme
vantagem
destemétodo
é a simplicidade efacilidade para
o
entendimento de seus fundamentos, pois a teoria de linhas de transmissãoé condição básica nos conhecimentos
da
engenharia elétrica e eletrônica.O
método
TLM
teveorigem
em
artigono
início dos anos70
[1 l],onde
ométodo
foi elaborado
em
sua versão bidimensional.Logo
depois, ainda nos anos 70, foidesenvolvido
um
modelo
tridimensional [l2,l3].Devido
especialmente à aindapequena
capacidade computacional das
máquinas
naquela época, o progresso inicialdo
método
foi lento.Em
1987
Peter Johns apresentou a proposta deum
novo modelo
tridimensional [l4],ocasionando a partir de então seu rápido progresso,
acompanhado
da
disseminação doscomputadores
pessoais e de sua crescente capacidade de processamento ememória.
Nesta
tese os estudos demodelagem
defenômenos
eletromagnéticos estão baseadosno
Método
das Linhas de Transmissão-
TLM.
O
texto aqui apresentado descreve 0método
detalhadamente, deforma
inauguralem
língua portuguesa, desde a versãounidimensional até a tridimensional,
propondo
aindaum
novo modelo
de célulaem
trêsdimensões,
uma
aplicação original para o caso de elemento não linear usadoem
sistemas de compatibilidade eletromagnética,além
de várias aplicações e estudos comparativos.Um
roteirode
leiturapode
ser proposto para este texto, considerando os diferentes níveis deconhecimento do
leitorcom
referência aométodo
e aomodelo
utilizados,permitindo assim
que
determinadas seçõesou
capítulos inteirospossam
ser simplesmentesaltados, ou, ao contrário, detidos para
uma
análiseem
detalhe. çO
Capítulo
1,além
de fazer a apresentação geraldo
trabalho, apresentauma
bibliografia genérica para os interessados
em
estudos demodelagem
numérica
e especificamenteo
método
TLM,
assimcomo
diversas outras fontes consultadas para estapesquisa.
Abre
também
algumas
seções para a discussão de temas que serão recorrentesna
tese.
Um
resumo
bastante genérico sobre problemas de compatibilidade eletromagnética é colocado, ecomo
tais problemas estão presentesno
dia a dia tantoda
engenharia,como
na
própria
ordem
de preocupaçõesda
populaçãoem
geral.A
seguir, considerando os problemascom
que
os engenheirosdevem
tratar e as ferramentasque
dispoem
para isso, eCAPITULO 1 - INTRODUÇÃ 0
3
computacional dispuseram, é feita
uma
discussão sobremodelos
emodelagem,
argumentando
sobre a superposição de percepções ie formas deanalisar o real
com
que
se é obrigado a lidar.A
partirdo Capítulo 2
é feitauma
descrição detalhadado
método
TLM,
iniciandocom
o estudodo
caso unidimensional (ID).O
equacionamento matemático completo
é apresentado, tendocomo
perspectiva acompreensão do
processo fundamentaldo método,
que
é a discretizaçãoda
linha de transmissão, a aplicaçãoda
teoriada
transmissão ereflexão, e
como
esse processopode
serimplementado
computacionalmente através de “passos de tempo”.É
feita a análise deum
elemento decomportamento não
linearchamado
Varistor (Variable Resistor), eum
modelo
computacional específico édesenvolvido,
com
a finalidade de predizer ocomportamento do componente
em
casos de supressão de transientes eletromagnéticosem
linhas de alimentação elétricaou
detelecomunicações. .
No
Capítulo
3
é apresentado omodelo
bidimensional (2D)do
método,como
uma
extensão natural
da
teoriado
modelo
1D.Dois
tipos de nós bidimensionais são apresentados,dependendo da forma
de ligação das linhas de transmissão:Nó
Paralelo,onde
as linhas estão conectadasem
paralelo;Nó
Série,onde
duas linhas são ligadasem
série
formando
um
circuitocom
topologia bidimensional.O
modelo
tridimensional (3D) é apresentadono
Capítulo 4, que descreve odesenvolvimento das principais células tridimensionais e suas topologias, e
como
osmodelos
2D
influenciaram na
sua formação.A
célula SimétricaCondensada
(SCN)
éapresentada genericamente,
bem como
suas principais equações matemáticas, pois váriasanalogias serão tecidas
em
relação a essemodelo quando
for proposta anova
célula.A
nova
célula é colocadano
Capítulo 5,onde
é feita a descriçãodo
modelo
edesenvolvidas suas expressões matemáticas fundamentais. Tal célula é então
denominada
de
TCC
por ter topologia tridimensional e estar relacionada às correntes elétricas circulantesno
interiordo
circuito (Three-dimensional Current Cell).São
realizados os primeiros testes para verificar a capacidade da matriz de espalhamento da célula, e seucomportamento quando
em
análise de circuitos ressonantes.A
seguir é feita a proposta deum
mapeamento
de correntesno
interiorda
célulacom
respeito aoscampos
elétricos eCAPÍTULO 1 _ INTRODUÇÃO
4
Testes utilizando tal
mapeamento
são realizados e os resultadoscomparados
a resultados obtidoscom
o própriométodo
TLM
(SCN)
ou
com
resultados analíticos.O
Capítulo 6 descreve alguns estudos relativos a erros ocasionados pela dispersão, e alguns testescom
a célulaTCC
onde
os resultadosdemonstram
a incidência da dispersão nos valores obtidos. Tais valoresvêm
para concordarcom
as regras genéricas demodelagem
com
relação adimensionamento
de malhas, ecomo
taldimensionamento
intervém
no
resultado procurado.Finalmente o Capítulo
7
apresenta as conclusões geraisdo
trabalho, os resultados obtidos e discussões,bem
como
as expectativas de trabalhos futuros e oscaminhos de
pesquisa abertos pela
modelagem
proposta na tese.Em
Anexo
são transcritos dois códigos computacionais escritos para realizar ostestes propostos
no
corpoda
tese.O
primeiro código é referente aomodelo
do
Varistor e afonna
de aplicaçãodo comportamento
não linear dentrodo
cálculocom TLM.
O
segundo
éreferente à aplicação
da
célulaTCC
para análise de cavidades ressonantes. Tais códigos são apresentadoscom
a intenção de fornecer subsídios adicionais ao estudioso demétodos
numéricos e sua
implementação
computacional,ou
como
simples exercícios.Apesar da
razoável extensão obtida pelo conjuntoda
tese, espera-seque
o texto sejaclaro e de leitura fluente, afastando-se de passagens obscuras
ou
insuficientementeexplicadas. Esta motivação determinou a divisão
em
capítulos e seu sequenciamentonum
desenvolvimento progressivo. Isto permitetambém,
para aquelesque
jáconhecem
o tema, concentrarem-se apenas nas proposições originaisdo
trabalho.A
próxima
seção apresenta algumas palavras sobre a bibliografia consultada erecomendada
para os interessadosno
tema
damodelagem
edo
eletromagnetismo, e depois,concluindo este capítulo, são discutidos alguns conceitos básicos sobre compatibilidade numérica e problemas relativos à
modelagem
defenômenos da
natureza,que
serão retomadosem
várias partesda
tesecomo
temas recorrentes.1.2
-
ALGUMA
BIBLIOGRAFIA
CAPÍTULO] - INTRODUÇÃO
5
compor
a base teórica deste trabalho,uma
série de outros, muitas vezes de temas atédíspares entre si,
foram
surgindo quase que deforma
aleatória, ao sabor dos interessesoriginados
em
um
ou
outro ponto de destaque das leituras,ou
numa
inusitadaconexão
entre temas.
Algumas
dessas referências, inicialmente,culminaram
em
dissertaçãode
mestrado,
onde estavam
muitas das sementes dos trabalhos posteriores [l].As
pesquisas teóricas, aplicações computacionais e testes realizados,deram origem
a vários artigos apresentados
em
congressos nacionais e internacionais [2,3,4,32,46],bem
como
publicadosem
importantes revistas internacionaisda
área [47,48]. Nesses artigosestão colocados
resumidamente
muitos dos temasque
nesta tese estão descritosem
detalhe.Ao
ladodo
estudodo
método
TLM,
vários outrosmétodos
podem
ser vistos,com
a perspectiva de entender as diversas soluções demodelagem
adotadas e perceberquando
éimportante aplicar tal
ou
qual método, equando
é preciso adotar mais deum
numa
soluçãohrbrida [5,8,9,lO,2l].
O
método
TLM,
por sua vez,tem
vasta quantidade de artigos publicados, tantosobre seu desenvolvimento enquanto
modelo
como
quanto a aplicações tecnológicascom
seu emprego.Os
artigos iniciaisdo
método,que
deram origem
e fundamentação teórica e matemática, são praticamente recentes e muito importantes devido à qualidadedo
texto epela originalidade das proposições [1 l ,l2,13,14,24,44,49].
Apesar da
razoável (e dispersa) quantidade de artigos publicados sobre o tema,há
um
livro exclusivamente dedicado aotema
[6],onde
praticamente toda a teoria sobre ométodo
está colocada, servindocomo
referência fundamental para esta tesebem
como
paraqualquer estudo
que
venha
a ser realizadona
áreada
modelagem
eletromagnética.Acompanhando
essa intenção de descrição genéricado
método, pode-se encontrarna
referência [7]
um
interessante estudo realizado antesdo
surgimento domodelo
tridimensional adotadoem
TLM
atualmente.E
denotando a importânciaque
ométodo
veioa tomar
no
final dos anos80
e especialmente durante os anos 90, alguns laboratórios depesquisa fora
do
Brasil vieram a se dedicar quase que exclusivamente ao seu desenvolvimento, gerandouma
série de teses [l5,16,l7,l8,l9],o que
ocorreutambém
no
Brasil posterionnente [l,25,28].
Ao
lado das tesesuma
série de dezenas artigos, dos quais são citados aqui unicamente os relevantes para a matériaem
estudo [20,26,29,33,34].CAPÍTULO 1 - ¡1v1¡aoD1/ÇÃO
6
eletromagnetismo naturalmente
foram
utilizados, procurandosempre comparar
as soluçõesanalíticas e expressões matemáticas
com
aquelas' oriundasda
discretização edo
modelamento, além
de procurar entender as variações,mesmo
que mínimas,do
entendimento dos autores quanto ao
fenômeno
real. Entre esses trabalhos estão aqueles voltados ao eletromagnetismoem
geral [9,3l], às linhasde
transmissão e propagação[22,23,27,39], circuitos elétricos [30] e antenas [35].
Considerando a compatibilidade eletromagnética
como
fonte de interessepermeando
todo o contextodo
trabalho, desde a partida para as pesquisas de teoria básicaaté as aplicações práticas (ou pelo
menos
0 direcionamento delas), vários trabalhospodem
ser citados, especificamente os livros [36,37,38,42], as dissertações e teses [l5,28,45], os catálogosde
fabricantes de produtos [40,43] e asnormas
técnicas e os artigos [2,3,4,4l].Finalmente, considerandoxa dificuldade inerente ao processo de
modelagem
defenômenos
de eletromagnetismo, e não apenas estes,mas
toda perspectiva de leiturado
reale sua transcrição para figuras e relacionamento dinâmico de tais figuras,
um
importanteartigo de defesa dos
métodos
demodelagem
[49] levou a leiturasem
campos
bem
mais
distantes,
mas
não
menos
instigantes [50,51,52].As
próximas
seções discorrerão sobre os conceitos básicos de compatibilidadeeletromagnética e sobre os processos de
modelagem,
sem
dúvida sobum
ângulo pessoal e,desde então, necessariamente
marcados
poruma
reflexão parcial e passíveis de contra- argumentação(como
deve
ser o raciocínio científico).1.3
-
DISCUSSÕES
SOBRE
COMPATIBILIDADE
ELETROMAGNÉTICA
Não
é o intuito desta seção descrever técnicas de supressão de interferênciaseletromagnéticas.
Nem
discutircomo
as interferênciaspodem
afetar 0 funcionamento de equipamentosou
mesmo
serem
responsáveis por danos biológicos. Será apenas o de apresentar alguns conceitos básicos sobre o tema, ecomo,
de posse desses conceitos, ostrabalhos de engenharia
podem
ser direcionados visando o fortalecimento matemático e de ferramentas para o tratamento destecampo
recente da ciência.Mesmo
que
se considere aCAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
7
preocupação
com
interferências de rádio-transmissão já virdo
iníciodo
século, apenashá
algumas décadas o
tema da
interferência eda
compatibilidade eletromagnéticas veio a ser tratado isoladamente.Porém,
como
sepode
verem
vários congressos eem
revistas, alguns casos são tratadoscomo
polêmicas,onde
uma
boa
dose de “crença” está envolvida nos debates (vide os casos dos telefones celulares, e ainda a questão das descargasatmosféricas).
De modo
muito
genérico,um
sistema de compatibilidade eletromagnética é divididoem
três partes: a fonte emissora de interferências,o
receptor sujeito às interferências, e omeio
poronde
transitam as interferências, conectando fonte e receptor.Compatibilidade é definida
como
a capacidade de todas as partesdo
sistema funcionaremsatisfatoriamente, isto é, dentro de suas características e especificações, a despeito das
interferências eletromagnéticas existentes.
Ainda
demodo
genérico, são consideradas fontesde
interferência: dispositivoseletro-eletrônicos criados pelo
homem;
pulsos oriundos de reações nucleares; descargas atmosféricas e eletricidade estática; ruídos cósmicos.Como
receptoresde
interferências estão basicamente os sistemas e sub-sistemaselétricos desenvolvidos pelo
homem,
desde linhas de transmissão até micro-equipamentoseletrônicos. Justamente tais equipamentos eletrônicos, fortemente susceptíveis às interferências, é
que
vieramdemandar
maiores estudosna
áreada
compatibilidade.Como
meios de propagação
pode-se dividir naquelesque
guiam
as interferênciasdiretamente entre a fonte e o receptor
(chamam-se
interferências conduzidas), e aquelesque
propagam
as interferências pelo espaço(chamam-se
interferências irradiadas).Além
disso as interferênciaspodem
se originarem
um
determinado sistema paraafetar
um
outro, distante,mas
também
pode
afetaro
próprio sistemaonde
se origina.Na
figura l.l são apresentados os termos utilizadosna
área de compatibilidade eletromagnética, etambém
um
diagramademonstrando
as relações intra-sistema e inter- sistemas.Os
principais termos utilizados são as abreviaturasEMC
(Electromagnetic Compatibility),EMI
(Electromagnetic Intelƒerence), eEMS
(ElectromagneticCAPÍTULO 1 Y INTRODUÇÃO
8
EMC
Compatibilidade Eletromagnética (capacidade de funcionamento satisfatório)
Interferências eletromagnéticas Susceptibilidade eletromagnética
(introduzindo ruídos) g (sofrendo interferências) 1 1 pm-3 0 pnipfig I I para outros | I de outros i i do próprio
sistema sistemas sistemas sistema
Compatibilidade inte rsistemas Compatibilidade intrasistema
Figura 1.1 - Diagrama
com
os principais termos utilizadosem
compatibilidade eletromagnéticaA
susceptibilidade eletromagnética define o quantoum
sistema é susceptível às interferências eletromagnéticas . existentesno
meio.A
expectativa, então, éque
no
desenvolvimento
do
sistema,menor
seja a sua susceptibilidade.E
a outra expectativa éque
menor
seja oi graude
interferências lançadas para o meio, e para si próprio.Controlar o
meio
éuma
dificuldade muito maior, pois muitos dos fatoresque
odeterminam não
são passíveis de controle.A
figura 1.2 apresentaum
diagramaonde
sãomostrados os diversos
caminhos
poronde
transitam as interferências [38].Do
lado esquerdo estão os sinais que necessariamente deverão ser transmitidos parao
funcionamento
do
sistema, edo
lado direito as diversas possibilidades de sinais espúrios eruídos. Note-se
que
junto ao próprio sinal desejado sejuntam
interferências intra-sistema, difíceis de compatibilizar.Além
dissohá
uma
interação entre os dois lados, fazendocom
que se tenha múltiploscaminhos
de cruzamento.A
primeiramedida
num
projeto de engenharia é eliminaro
quanto possível os ruídos originadosna
fonte, pois ali estãonum
campo
restrito, portantocom
um
graumenor
de dificuldade.
Mas
como
essa fonte hipotéticapode
também
se comportarcomo
um
receptor, o
segundo
passo será justamente prepará-lo diminuindo sua susceptibilidade. Por último, tentar trabalharno
próprio ambiente eletromagnético tentando reduzir as possibilidades de caminho.cA¡=ín/Lo ¡ - INTRODUÇÃO
9
FONTES
/
EMISSORASSinaig da Emissões indesejadas
transmisão (ruídos)
Meios de transmissão Maias de transmissão ¡IIÍ9fl0¡0I18¡5 não intenciunais
AMBIENTE
/
Eu~:'rRoMAcNÉTxcoMBÍUS de ÍfflflSm¡S$ä0 Meios de transmisäo ¡|'IÍ9"U¡°fla¡S não intencionais
|m°Íf°fê"°¡as "3 Imerferências fora da fama de ffequéncia faixa de frequência
interferências de Imerferências de
banda estreita banda larga
~íí
Rscrspron DAS INTERFERENCIASFigura 1.2 - Múltiplos caminhos de interferência.
Tome-se
como
exemplo
uma
linha de transmissão de energia, ligando doisequipamentos
em
edificações diferentes.No
casoda
incidência de descarga atmosférica sobre a linhaou
próximo
dela,um
surto se propagará para os equipamentos.A
linha nesse caso está secomportando
como
omeio
conduzido para o surto,mas
também como
0
receptorcom
relação à descarga atmosférica.Não
é pos-sível eliminar a fonte, entãoum
estudo junto ao receptor (a linha) indicaria as possibilidades de transferi-la para tubulações subterrâneasou
sob cabos pára-raios -comomedida
de protegê-la de incidência direta.A
atitude atomar
dependerá dos custos envolvidos.Após
o surgimentodo
surto conduzidona
linha, passa-se ao estudo das formas de proteger os equipamentos alimentados por ela. Para isso
devem
ser colocados filtros e “desviadores”do
surto (no Capítulo 2 será apresentada amodelagem
deum
componente
não linearcom
essa função).Novamente
os custosenvolvidos
vão
determinar as aplicações a serem feitas.É
surpreendentecomo
paraum
czxrín/1.01 - nvmonz/çÃo
10
problema
real,maior
acomplexidade do
sistema .Na
verdade os problemasenvolvendo
compatibilidade eletromagnética são crescentes (qualitativa e quantitativamente), e os trabalhos técnicos e científicos
vêm,
em
muitos casos, rebocados por essademanda.
Sem
dúvida os problemas de compatibilidade tocam, a todomomento,
outroscampos
de estudodo
eletromagnetismo, taiscomo
microondas, antenas, linhas detransmissão, redes de energia e de telecomunicações,
mas
o enfoque é bastante diverso.Além
disso, alguns casos sãobem
específicos,como
porexemplo
sistemas de aterramento,proteção às descargas atmosféricas (pára-raios), sistemas de blindagem, supressores de
transientes, etc.
Ao
lado de todo esse trabalho científicohá
um
sistemáticomovimento
de nonnatização para produtos e sistemas, considerando a compatibilidade eletromagnética eníveis admitidos de interferência.
Atualmente
as mais conhecidas comissões denormatização estão
na
CISPR
(Comite International Special des Pertubatíons Radioelectriques),na
Europa, e nos EstadosUnidos
naFCC
(FederalCommunications
Commision)
[37,38].As
normas
publicadas por essas comissões, apesar das disparidadesexistentes entre elas, são as referências hoje para os níveis de aceitação dos produtos colocados nos mercados.
A
complexidade
crescente dos sistemas eletromagnéticos, e dos estudos necessários para sua compreensão,apontam no
entanto para modificações constantes nos níveis definidos pelasnormas
e,quem
sabe, sua uniformização.Os
trabalhos demodelagem
numérica parecem
se adequarcom
naturalidade aos problemasde
compatibilidade eletromagnética, justamente por sua capacidade de analisarproblemas complexos,
o que não
é possívelna forma
analítica.Além
disso,como
se irá discutirna próxima
seção, afonna
analítica das equações é apenasum
método
demodelagem
dosfenômenos
reais, enão
ofenômeno
em
si, e destaforma
amodelagem
numérica
está ao seu ladocomo
uma
nova
alternativa demodelagem
dosfenômenos da
natureza, decorrente
da
disposição dos sistemas computacionaiscomo
novos
instrumentos de trabalhodo
cientista.Justamente neste aspecto se enquadra o
modelo
da célula tridimensional propostano
Capítulo 5,como
uma
ferramenta auxiliar para estudos de problemas eletromagnéticoscomplexos
e de difícil geometria.A
aplicaçãoem
compatibilidade eletromagnética foium
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
1 1
excitação
também
pudesse ser feitaem
corrente (pensando porexemplo
em
sistemasde
aterramento, captores de descargas atmosféricas, paradiafonia, etc.),
ou
simplesmentesistemas
de
interferências irradiadas (volumescom
diferentes freqüências de transmissãocoexistentes, etc.).
~
1.4
-
REFLEXOES
SOBRE
MODELOS
E
MODELAGEM
A
proposição demodelos
para representar a realidadenão
éuma
novidade,de
forma
alguma. Representar a realidade éum
exercício constante demodelagem.
Aos
objetos são dados
nomes,
e para expressarum
fato é necessário criaruma
linguagemque
possa mostrar
dinamiçamente
esse fato. Tal linguagem éum
modelo do
fato.“Na
figuraçãoe
no
afiguradodeve
haver algo de idêntico, a fim deque
um
possa ser, demodo
geral,uma
figuraçãodo
outro.O
que
a figuração deve terem
comum
com
a realidade paraque
possaafigurá-la à sua maneira
-
corretaou
falsamente-
é suaforma de
afiguração.” [50]Com
isso está colocadoque
deve haveruma
semelhançada
maneira de ser daquilo quedeve
serrepresentado, o figurado,
com
aquiloque
o representa, a figuração.Essa
forma de
afiguração,
no
entanto,não
é aforma
em
sido
figurado,mas
uma
representação, assimcomo
alinguagem
tenta mostrar, através deum
conjunto de palavras e denomes,
determinado fato.
A
linguagem
computacional éum
modelo
de expressão, tentando criaruma
comunicação
com
uma
máquina
para que se possa introduzir determinados parâmetrose obter outros.
O
mesmo
para a linguagem matemáticacom
suas expressões.Mas
algumas
vezes omodelo
se confundecom
a própria realidade que quer figurar.Não
que
isso seja possível a priori,mas
porque o criadordo modelo
o aceitacomo
tal,valorizando-o
como
o próprio real.Defendendo
uma
visão diferente e contrapondo-se àidéia
de que
osmodelos
matemáticos analíticos seriam os determinantesdo
certo edo
errado dos
fenômenos
físicos,em
1979
Peter Johnschamou
a atenção para este importante detalhe dizendoque “chegou
otempo onde
devemos
abrir nossasmentes
parao
fato deque
a matemática contínua é apenas
uma
técnica demodelagem,
eque
-osmodelos
discretosdevem
também
ser considerados” [49]. Sobre essa confusão entre omodelo
-e o real,que
justamente criava
um
ambiente conservador às iniciativas de avanço das pesquisas de\
cârƒruro 1 - 1NT¡zoDuçAo
12
modelos
discretosenvolvendo
osnovos
recursos computacionais, escreveu que,“em
algumas situações,
um
modelo
deum
processo físico parece predominar, enão
apenas osmodelos
altemativostendem
a ser negligenciados,mas
pior, omodelo começa
atomar
olugar
da
própria realidade.Eu
acredito que istotem
acontecido expressivamenteem
nosso usodo
cálculo.”E
mais: “o ponto interessante éque tendemos
a pensarno componente
físico
como
não-ideal e omodelo matemático
como
ideal. (...)O
fato éque
o capacitor e oindutor são a coisa real e o
modelo
de cálculo éuma
aproximação
não-ideal.” [49]No
método
TLM
as linhas de transmissão são utilizadascomo
base para criação dastopologias de' representação discreta dos
fenômenos
de eletromagnetismo.Ao
declararque
as equações matemáticasque
relacionamo componente
às tensões e correntes sãouma
aproximação não-ideal, quischamar
a atenção justamente ao fato deque
a idealidade éum
contra-senso,onde
o real,ou
seja, 0 objeto e suas relações dinâmicas, são o que interessade fato, e o que se
chama
de idealnada mais
édo que
uma
aproximação.Com
isto inverte arelação de forças e aceita o
comportamento
realcomo
o fatoem
si.Sendo
assim, permite aentrada de novas possibilidades de
modelagem,
novos pontos de vista de tentativa deexplicar,
ou
mostrar, o fenômeno.E
ainda, observandoque
um
modelo
deve partirdo
fenômeno
físico diretamente, e nãoda
tentativa demodelar 0
modelo
matemático, declaraque,
“mesmo
que o
modelo
discreto não seja mais acurado, provavelmente ele possa darum
melhor
entendimento dos erros numéricosdo que
omodelo
deum
modelo”
[49],referindo-se aqui à tentativa de se usar as técnicas matemáticas antigas para criar, sobre
elas, os
novos
modelos,ou
seja,“modelo
deum
modelo”.O
modelo
pressupõe o erro, é claro, pois éuma
figuração não-ideal.Por
idealentenda-se a capacidade de o
modelo
se aproximardo
realque
pretende figurar.E
o grau deerro dependerá dessa aproximação,
mas
tal aproximação terá seu preço.“Podemos
tornarnosso
modelo
maiscomplexo
e mais fiel à realidade,ou
podemos
torná-lo mais simples ede uso mais fácil.
Só
o cientista muito ingênuo acreditaque
omodelo
perfeito é aqueleque
representa perfeitamente a realidade. Este
modelo
teria osmesmos
defeitos deum
mapa
taogrande e detalhado quanto a cidade que representa,
um
mapa
retratando todos .os parques,todas as ruas, todos os edifícios, todas as árvores, todos os buracos, todos os habitantes e
todos os mapas.
Se
talmapa
fosse possível, sua especificidade destruiria seu propósito:CAPÍTULO 1 ‹ INTRODUÇÃO
13
simplificar tanto quanto
reproduzem
o mundo.”[5l]A
última frasedo
parágrafo anterior já propõeum
critério para a perspectivada
modelagem:
simplificar para reproduzir.E
por simplificação se entenderá a capacidadede
admitir
uma
certa porção de errosmas
ainda assim reproduzindo,ou
figurando,o
real (omundo).
Uma
outra perspectiva, quetem
acompanhado
as propostas demodelagem
eque
se manifestam
na
clareza, na simetria,na
concisão, é a estética.“Os
padrões matemáticos,como
os dos pintoresou
dos poetas,devem
ser bonitos.As
idéias,como
cores ou palavras,devem
se encaixar de maneira harmônica.A
beleza é o primeiro teste.Não
existe lugarpermanente para
uma
matemática feia.” Essa frase,do
matemáticoG.H.
Hardy, citadana
referência [52], demonstra
uma
expectativa de visão global de cada modelo,ou
seja,uma
característica inerente ao serhumano
de procurar a clarezada
expressão,mesmo
onde
um
fenômeno complexo
esteja presente.Não
parece ser esse o caso 'domodelo do
Nó
Simétrico
Condensado
(SCN)
no
método
TLM
tridimensional,com
sua matriz simétricaeCOITIPOSÍEI POI' ZCYOS C UIIS?
E
sendoum
modelo nada
maisque
a representaçãoda
realidade, evidentementetomada
a partir deum
específico ponto de vista e das disponíveis ferramentas de análise,será
sempre
um
modelo
provisório.Sob
o signoda
provisoriedade éque
o prêmioNobel da
Física de 1979 vai atacar as teorias mecanicistas, que
formaram
a base de muitos conceitosque
ainda se utilizam: “as teorias doscampos
elétrico e magnético, desenvolvidasno
século
XIX
por Michael Faraday eJames
ClerkMaxwell,
apoiavam-se sobreuma
base mecânica,em
termosde
tensões deum
meio
físico permeável, geralmentechamado
de éter.Os
físicosdo
séculoXDÇ
não estavam agindocomo
tolos-
todos eles precisamde
algum
tipo de visão de
mundo
hipotética para obter progressos, e a visão mecanicista pareciaum
caminho
tãobom
quanto qualquer outro.Mas
ela viveu demais.” [52]V
Com
essa idéia de provisoriedade e de erro inerentes aos processos derepresentação,
mas
também
da
necessidade de criação demodelos
claros para continuar aanálise da realidade e de seus fenômenos,
ou
seja,uma
crença na capacidade de expressão e de desenvolvimento, fez-se a base para os estudos e pesquisasdo
trabalho apresentado UÕSÍEI ÍOSC.CAPÍTULO
2
MÉTODO TLM
UNIDIMENSIONAL
2.1
_
INTRODUÇÃQ
Este capítulo apresenta
uma
breve introdução aométodo
TLM
em uma
dimensão.A
referência [1] apresentaum
estudo detalhado e vários resultados destemétodo quando
aplicadoem
estudos unidimensionais, epode
ser consultado pelos interessados.O
estudodo
método
em
sua versão unidimensional,no
entanto, é fundamental para o entendimentodo
modelo, pois ali se apresentam os conceitosda
discretização da linhade
transmissão,
que
então levarão aosmodelos
maiscomplexos
em
duas e três dimensões.Como
onome
do
método
já antecipa, omodelo
se baseiaem
Linhasde
Transmissão. Especificamente
em
linhas de transmissão a dois condutores. Este detalhe é importante ressaltar, pois,como
se veráno
capítulo 5,onde
é apresentadoum
novo
modelo
de célula tridimensional, tal analogia
com
dois condutores é perdida,mas
não a baseconceitual
da
discretizaçao das linhas.Além
disso é importante frisar que a Linha de Transmissão, tal qual a estudamos, éem
simesma
um
modelo,onde
os conceitos de resistência, capacitância, condutância e indutância são aplicados deforma
a permitir nossa visãodo
objeto e seu usodo
ponto devista
da
engenhariada
transmissao. ~“
Este capítulo inicialmente, então, apresenta brevemente o
modelo
TLM
unidimensional
(TLM-ID),
ecomo
ele é derivadodo
modelo
das Linhas de Transmissão. Alpartir de então é feitouma
aprofundamentodo modelo
TLM-1D
e é desenvolvidaum
nova
aplicação não-linear atravésda
modelagem
do comportamento do
varistor (resistorvariável).