1-T
í
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ii.
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iii
í
í
íí.
MARCELO
BENEDET TOURNIER
HPREVALÊNCIA
D0
DISTÚRBTQ
DE
ATAQUES
NÃo-
EPTLÉPTICOS
PS1coGÊN1coS
No
AMBULATÓRTO
DE
EPILEPSIA
no
HOSPITAL
SANTA TERESA
-»SÃ0
Pnnno
75
299
-‹ 03
DE
ALCÂNTARA
/Sc
Trabalho
apresentado
àUniversidade Federal
de Santa Catarina, para
aconclusão
do Curso
de
Graduação
em
Medicina.
Florianúpolis
Universidade
Federal
de Santa Catarina
PREVALÊNQA
no
DISTÚRBIG
DE
ATAQUES
NÃo-
EPILEPTICQS
1>s1coGÊN1cos
No
AMBULATÓRIQ
DE
EPILEPSIA
Do
HQSPITAL
SANTA TERESA
-
sÃo
PEDRQ
DE
ALCÂNTARA
/sc
Trabalho
apresentado
àUniversidade Federal
de Santa
Catarina,para a conclusão
do Curso
de
Graduação
em
Medicina.
Presidente
do
Colegiado:
Prof. Dr.Ernani
Lange
de
São
Thiago
Orientador:
Dr.Paulo Cesar
Treviso! BittencourtFlorianópolis
Universidade
Federal
de Santa Catarina
(Í
.- |~,_¡
- ¢.›\.v_
Ora,
ao nosso
DEUS
e
Pai
sejadada
glória _ pelos séculosdos
séculos.Amém.
” (Fp. 4:20)À
minha
amada
Michelle,minha
companheira
e auxiliadora,por
todasas
vezesque
me
estimuloue
me
mostrou
meus
erros,dou-te
meu
amor
e
fidelidadepara sempre
“Honra
teupai
e tuamãe,
como
o
SENHOR
teuDeus
teordenou,
para que
seprolonguem
os teus dias,e
para que
tevá
bem
na
terra
que
o
SENHOR
teuDeus
te dá. ”(Dt
5:16)Agradeço,
em
caráter especial,meu
orientador e amigo, pela dedicação prestada e pelovínculo
que
durará, certamente, atéo
fimde
nossas vidas;minhas mais
profundas gratidões atodos os
que
diretaou
indiretamentecolaboraram
para a elaboraçao deste estudo.Não
citareinomes,
poisquero
que
dividaincom
eqüidade
os méritos e todomeu
carinho.SUMÁRIO
DEDICATÓRIA
... IIAORADECIIVIENTOS
... .IIISUMÁRIO
... .. ivRESUMO
... ..v
SUIvI1\/IARY ... .. VI 1INTRODUÇÃO
... .. I 2REVISÃO
DE
LITERATURA
... .. 3 3OBJETIVO
... .. ó 4MÉTODOS
... .. 7 5RESULTADOS
... .. S óDISCUSSÃO
... .. 12 7CONCLUSOES
... .. IôNORMAS
ADOTADAS
... .. IvREFERÊNCSIAS BIBLIOGRÁFICAS
... .. Is ivPrevalência
do
distúrbiode
ataques não-ep1Íle'pt'icos psicogênicos rio ambulatório deepilepsia
do
HospitalSanta
Teresa- São Pedro
de Alcântara
/ SC.Marcelo Benedet Toumier,
Universidade Federal
de
Santa Catarina.Introdução:
A
Desordem
deAtaques
Não-Epilépticos Psicogênicos(DANEP)
éum
diagnóstico razoavelmentecomum
em
pacientesencaminhados
com
diagnóstico de epilepsia ao neurologista. Rotuladoscomo
“hi.stéricos”, ainda são tratadosindignamente
e inadequadamente. Objetivos: Estudar a prevalência de pacientesencaminhados
com
diagnóstico presumível de epilepsia que,na
verdade, são portadores deDANEP.
Métodos:
Foi utilizada
uma
casuística de 100 pacientescom
diagnóstico de epilepsia,sendo
avaliadosprevalência de
DANEP
isoladaou
com
epilepsia associada, sexo, faixa etária,eletroencefalograma
(EEG),
conflitos psicossociais e uso de drogas anti-epilépticas(DAES).
Resultados:
Dos
100 pacientes,80,0%
tinham
epilepsia,15,0%
DANEP
e5,0%
a associação deambas.
Encontrou-se75,0%
dos pacientesdo
sexo feminino.A
faixa etáriamédia
foi de 40,2 :E13,71.
Em
25,0%
dos pacientesforam
identificadosproblemas
conjugais eem
15,0%,
história deabuso
sexual.Dos
pacientescom
DANEP
pura, 3tomavam
DAEs
(15,0%
- p<0,003). 12pacientes
foram
diagnosticadoscomo
DANEP
(60,0%)
sem
a necessidadedo
EEG.
Nenhum
paciente
com
DANEP
teveum
EEG
anormal,mas
houve
l casocom
EEG
incaracterístico.Conclusões:
l5,0%
dos
pacientesestavam
tomando
DAES
desnecessariamente.Em
60,0%
dospacientes
com
DANEP
o diagnóstico foi feitosomente
com
basena
história,mostrando que
nem
sempre
oEEG
é necessário.A
percepção destadoença
pelo clinico é vital paraque
o pacientepossa ser
conduzido
deuma
maneira
digna enao
iatrogênica.Endereço
para correspondência:Marcelo Benedet
Tournier-
e-mail:mac@grad.ufsc.brUniversidade Federal
de
Santa Catarina. Hospital UniversitárioPolydoro
Ernanide São
Thiago. Centro de Estudos.88040-970
-
Santa Catarina-
Brasil.SUMMARY
Prevalence of Non-Epileptic Attack Disorder
(NEAD)
in the epilepsyambulatory of
Hospital Santa Teresa
-
São Pedro
de Alcântara/SC. Marcelo Benedet
Tournier, Universidade Federalde
Santa Catarina. Introduction:NEAD
is acommon
diagnostic in patients referredwith epilepsy to a neurologist.
Tagged
as “hysterics”, they are still treatedWrongly and
withoutdignity. Objectives:
To
study prevalence of patients referred with diagnosis of epilepsy, that, intruth, are cariying
NEAD.
Methods:
100
patientswere
picked with diagnosis of epilepsy,and
evaluated about the true diagnosis
of
epilepsy orNEAD
(or both), sex, age, eletroencefalograms(EEG),
psychosoeial conflictsand
'use of anti epilepticdmgs
(AEDS).
Results:80,0%
ofpatients
had
epilepsy,15,0%
NEAD
and
5,0%
had
both.75,0%
were
female.The
mid-age
was
40,2
i
13,71.25,0%
had
marital/familial.problems and
15,0%
historyof
sexual abuse. 3 patientswith
NEAD
were
takingAEDS
(15,0%
- p<0,003). 12 patientswere
diagnosed asNEAD
(60,0%)
without the necessity
of
EEG.
No
patient withNEAD
had
anormal.EEGS,
butone had
aincaracteristic, but
normal
EEG.
Conclusions:
15,0%
of patientswere
takingAEDs
unnecessarily.
60,0%
of
patientswere
diagnosed asNEAD
with basison
the historyand
examination,
showing
thatEEG
is not allways necessary.Awareness
of this diseaseby
thephysician is vital to the patient to
be
Wellmanaged
in a decentand
non-iatrogenicway.
Mailing Adress:
Marcelo Benedet
Tournier-
e-1nail:mac@grad.ufsc.brUniversidade Federal
de
Santa Catarina. Hospital UniversitarioPolydoro
Ernanide São
Thiago. Centrode
Estudos.88040-970
-
Santa Catarina~
Brasil.1
INTRODUÇÃO
A
Desordem
de Ataques
Não-Epilépticos Psicogênicos(DANEP)
caracteriza-se porepisódios paroxísticos recorrentes
que
lembram
crises convulsivas,porém
carentes decaracterísticas clinicas e eletroencefalográficasl.
Antigamente
conhecido pelo termo“pseudocr1`ses”, epilepsia histérica, entre outras
denominações,
talnomenclatura
vem
sendo
substituída por ser
menos
pejorativa e ofensiva aos pacientes portadores deste transtorno 2.São
também
excluídos desta as crises cuja etiologiapode
ser explicada por causas orgânicas taiscomo
sincope deorigem
cardiovascular, distúrbios metabólicoscomo
hipoglicemia/ hipocaleemia, desordensdo
sono, entre outrasl.A
prevalência estimadade
DANEP
émuito
variávelsegundo
as várias populaçõesestudadas.
De
5 a20%
de
pacientes diagnosticadoscom
epilepsiaencaminhados
ao neurologistaparecem
terDANEP
3”.Os
casos reconhecidoscomo
“falhade
tratamento” de epilepsia,sendo
estudados
mais
intensivamente,mostraram
20%
de prevalênciade
DANEP.
Dos
pacientescom
DANEP,
entre 1.0 a80%
têm concomitantemente
crises epilépticas,confundindo
ocasionalmente os resultados diagnósticos e terapêuticoss.O
fenômeno
da
DANEP
tem
sidodocumentado
em
várias culturas.Uma
litogtrafiababilônica, datada entre
718
e616
A.C. refere-se a episódios dedesmaios
equedas
devidas achoques
emocionais,ou
à“mão
de Ishtar”(divindade babilônica símboloda
força e fertilidadefemininas)5.
Alguns
manuscritos, atribuídos a Hipócrates, a “epilepsia histórica” era descrita eatribuída
ao
úteroflutuando no corpo
ecausando
sintomasno
localonde
este repousavaó.O
primeiro registro
de
divisão entre “epilepsias ordinárias e histéricas”coube
a Aretaeusi/.Contudo, Freud
foium
dos primeiros a descrever sistematicamente tais crisesg. Ele descrevias ossintomas
da
“histero-epilepsia”ou
“histeria maior”,segundo
os ensinamentos de Charcot.A
sintomatologia incluía crises convulsivas; “zonas liisterógenas” (áreas hipersensíveis
do
corpo, asquais
quando
estimuladasdesencadeavam
uma
aura); distúrbios da sensibilidadecomo
anestesiahistérica da pele; paralisia e,
em
casosmais
graves, contraturas musculares.Freud
também
2
Fyodor Dostoevsky
(queem
sua obra“O
Idiota”, descreve crisesextremamente
singularesem
seu protagonista, caracterizadas por
um
êxtase deextrema
felicidade, seguidos deuma
sensaçãode
culpa e melancolia extremas), diagnosticadas pelosmédicos
como
epilepsia,eram de origem
neurótlíca. Entretanto, suasdocumentações
e manuscritos sobre sua experiênciacom
a moléstiamostravam
características de crises tônico-clônico generalizadas,com
estados pós-ictaisconfusionais, depressivos, afásicos e ainnésicosgw. Charcot,
em
1874, já conhecia o fatoda
concomitância
de
DANEP
e epilepsiaem
um
mesmo
paciente,descrevendo
em
seus trabalhos a “hystérie à crises distinctes” e a “hystérie a crises combinées”] 1.Por
uma
perspectiva psicoanalítica, as causas subjacentes para neurosesque
semanifestam
como
crises histéricas são traumas, freqüentementede
natureza sexual. Esta associação fora descrita porFreud
e recentemente reiteradana
literatura”.Uma
resposta maisrecente ao
fenômeno tem
sido a aplicação de explicaçõescomportamentais que reconhecem
aDANEP
como
um
padrão
aprendido decomportamento o
qual é desenvolvido para permitir a pessoa ai lidarcom
situaç-ões de ansiedadeextrema”.
Segundo
Griffith et al. , tais crises seriamderivadas
de
situações de estresse tão intensasque
palavrasnão poderiam
expressa-las,geralmente airemetidas por situações dilemáticas
em
que
ambas
extremidadesexporiam o
paciente a situações
de
angústia extrema,vergonha ou
culpam. Todavia,um
estudo recente deReuber
et al. sugeriuque
lesoes fisicas ao cerebropodem
teralgum
papel.no desenvolvimento de
crises psicogênicasls_2
REVISÃO
DE LITERATURA
Assim
como
nas crises convulsivas deorigem
epiléptica, a descriçaoou
a visualizaçaodos ataques
pode
trazer informações importantes para o diagnósticode
crisesnão
epilépticaspsicogênicas
(CNEP).
As
CNEP
que
mimetizam
crises tônico-clônico generalizadas geralmentesão diferenciadas
com
facilidade, pelosmovimentos
assincrônicos, assimétricos e violentoscomumente
encontrados nasCNEP.
O
fatode encontrarmos ou não mordedura
de línguaou
perda
de
continência esfincteriananão nos
ajuda muito, por estarem variavelmente presentesem
ambos
os transtornos.Geralmente
os reflexos pupilares estão .normais nasCNEP
(enquantoque
em
um
paciente convulsionando estãofixas
e dilatadas), associados auma
dificuldade na aberturados olhos
de
tais pacientes.É
muito
comum
observartambém
sacades voluntáriasdo
olharquando a cabeça
e passivamente mobilizada, e geralmenteprocurando
as periferiasdos
campos
visuais
quando
volta à posição derepouso
(olhar geotrópico-
um
indicativo positivo paraCNEP).
A
vocalização nestes tipos de crises é variável,podendo
estar ausenteou extremamente
florida
com
gmnhidos,
roncos, suspiros, palavras ininteligíveis,desconexas
ou
obscenas,mas
dificilmente reproduz
o
típico grito epilépticoda
fase tônicaou
as vocalizações guturaisda
faseclônicaló.
Por
outro lado,há
relatosde
pacientescom
epilepsiado
lobo frontal se apresentandocom
crises atípicas e repletasde
caracteristicas pertencentes àsCNEP”.
Aliás, muitas vezesquando
asCNEP
precisam
ser diferenciadas das crisesdo
lobo temporalou
frontal, o diagnósticodiferencial
pode
tornar-seum
desafio
mesmo
àquelescom
muita
experiênciana
observação defenômenos
epilépticos, devido àimensa
gama
de
sintomasprovocados
e a facilidadedo
pacientemimetizar
osautomatismos
oro-alimentaresló.Os
sintomas pós-ic-taistambém podem
ser úteisna
diferenciaçãode
crises epilépticas eCNEP.
Um
estudo publicado por Ettinger et al.mostrou que
todos os pacientescom
epilepsiada
população
estudada tinham, aomenos,
um
sintoma pós-ictal,enquanto que
52%
dos pacientes4
portadores
de
epilepsia eem
4,3%
dos
portadores deCNEP.
56%
dos
pacientes epilépticos referiram fadigaapós
uma
criseenquanto
que
apenas13%
dosCNEP
a referiu”.O
elctroencefalograma(EEG)
geralmente é consideradoum
divisorde
aguas entre as duasentidades,
sendo
geralmentenormal
nasCNEP.
Contudo, o
EEG
pode
estar alterado einpacientes
com
CNEP
em
conseqüência de: estados hiperventilatórios duranteo exame,
portadoresde
transtornodo
pânicoou
estados de abstinência de drogas anti-epilépticas.Além
disso,recorde-se
que
padrõesde
“pontas eondas” no
EEG,
comumente
encontradosem
portadores deepilepsia.
foram
também
encontradosem
3%
da população
normal.Assim,
um
EEG
normal não
exclui a possibilidade de epilepsia, tão
pouco confirma
uma
CNEP16.
Métodos
como
o
vídeo-EEG
durante as crisesou o
EEG
por telemetriademonstraram-se mais
eficazes,porém,
podem
deixar dúvidas
em
alguns seletos casos deCNEP.
Para estes casos duvidosos,ou
casosem
que
oclinico depara-se
com
um
pacientechegando ao
serviçode emergência
com
uma
históriaduvidosa
de
CNEP,
adosagem
de
prolactina sérica poderia ser útil. Ela habitualmente estáaumentada nos
ataques tônico-clônicos e pacientescom
CNEP
sempre
terão nívelnormal
_Se
ascrises
forem do
tipo parcialcomplexa,
os níveis de prolactina estarãoaumentados
em
60%
dos casos de etiologia epiléptica. Crises parciais simples são a únicamodalidade
de crises epilépticasque não cursam
com
aumento
dos niveis de prolactinaw.A
oximetria de pulso durante as crises,na
ausênciade
outros recursos,pode
sertambém
útilna
diferenciaçãode
crises generalizadastônico-clônicas e
CNEP,
pois urna diminuiçãona
saturação de oxigêniomomentânea
foimais
relacionada a crises convulsivas,
porém,
tal afirmação sozinha.não deve
sertomada
de grandevalor diagnóstico por carecer de bases
mais
consistentes de estudolo.Os
testes provocativos deCNEP
constituemem uma
alternativatambém
muito
utilizada parao
diagnóstico deDANEPU,
porém
tais testesesbarram
nas premissas bioéticas,ou mentindo
ao paciente, fazendo injeçõessalinas
0
informando que
são substâncias “epileptógenas”ou
utilizando-sede
métodos
de sugestão para iatrogenizarum
individuo vulnerável a tais técnicas.Apesar de
termosuma
boa compreensão
a respeito demecanismos
psicopatológicos e de manifestaçõesda desordem, o
tratamento paraDANEP
ainda continuapobremente
compreendido,
pela falta de estudos a respeito deste,deixando
apenasrecomendações
quanto amelhor conduta
a. ser adotada.A
psicoterapia é precognizadacomo
o
baluarteda
terapêuticaPelo fato de haver
inúmeras
controvérsias quanto amétodos
diagnósticos e terapêuticos,os quais
poucos
têm
eficáciacomprovada,
os pacientes portadores deDANEP,
como
os outrosrotulados
como
histéricos,têm
sido conduzidos, ao longoda
históriada
ciência, a calváriosexistenciais,
passando
por todo o tipode experimento
mórbido.Thomas
Willis,após
hipotetizarque
a histeria eracausada
pela cabeça, aconselhava a batercom
varasna
cabeçado
doente,como
medida
terapêutica.Ainda
hoje tais pacientes são tratadoscom
injeçõesde água
destilada,furosemida
eamônia
intra-nasal, tendo, geralmente,como
limite ético osadismo do
torturador,6
3
OBJETIVOS
Analisar casos
encaminhados
com
o
diagnóstico de epilepsiaencaminhados
ao Hospital SantaTeresa (HST),
einSão Pedro
de Alcântara, Santa Catarina, entre1980
e 2004, avaliandoprimeiramente
a prevalênciade
casosde
DANEP
entre estes pacientes, estando esta associadaou
não
à epilepsia. Entre os portadores deDANEP,
observar variáveiscomo
sexo, idade, associaçãocom
epilepsia,exames
de eletroencefalografia, presença de conflitos psicossociais identificados e4
MÉTonos
Foi realizado
um
levantamento de pacientesencaminhados
ao ambulatóriode
neurologiado
HST
com
diagnóstico préviode
epilepsia,no
período de 01/01/1980 a 08/06/2004,sendo
aleatoriamente sorteados 100 pacientes para análise estatística posterior.
Antes da
análise, acasuística foi refinada para
que
dentre estesnão
se encontrasse crisesnão
epilépticas fisiogênicas(como comentado
anteriormente, causadas por hipoglicemia, transtornosdo
sono, síncope, entreoutras causas).
Cada
pacienteassim
eliminado entre os sorteados pela primeiravez
foisubstituído por outro paciente
também
aleatoriamente sorteado,que
igualmente foi avaliado pelomesmo
critériodo
primeiro paracompor, na
totalidade,cem
pacientes.Também
foram
eliminados registros
de
pacientescom
letra ilegível,preenchimento
incompletode dados
pertinentes à identificação
do
pacienteou
com
dados
insuficientes quantoao
diagnóstico clínicodestes.
Foi
o
estudoconcebido
como
uma
pesquisa clínica,de
caráter obsen/acional, classificadocomo
estudo transversalde
caráter descritivo.A
coletade dados
foi feita através dosdados
contidosno
protocolopreviamente
utilizadopor esse serviço de neurologia, para o atendimento a pacientes
com
epilepsia.Foram
entãoretirados
do
protocolo, primeiramente os diagnósticos após a consulta ambulatorial, separando ospacientes
em
dois grupos: portadores deDANEP
(a partirde
agorachamado
degrupo
DANEP),
incluindo os casos de epilepsia concomitante a
DANEP,
e não-portadores,sendo
analisado aprevalência,
de ambos.
Posteriormente, ogrupo
DANEP
foi analisado nas seguintes variáveis:sexo, idade, resultados
de
eletroencefalogramas, conflitos psicossociais, presença de crises8
5
RESULTADOS
Do
totalde
100 pacientesque foram
encaminhados ao
ambulatóriode
neurologiado
HST
para avaliação de epilepsia, 80 pacientes
receberam
o diagnósticode
epilepsia (80,0%), 1.5pacientes tiveram
DANEP
identificada (15,0%)
eem
5 pacientes a associação deambos
(5 ,0%),como
mostra
a tabela 1. .Analisando
ogrupo
DANEP,
a distribuiçãopor
sexo encontrada (tabela 2) foide
15 pacientesdo
sexofeminino (75,0%)
e 5 pacientesdo
sexo masculino (5,0%).TABELA
1-
Prevalência de diagnósticosde
epilepsia eDANE-P
registrados.'''' ``````````````` ****** iiiiiiiiiiiii iiiii
'§3i”iÊÊ"i5Í3Ã'Õ"iÊili**i*Ê"š`W"W3Ã`B*Êi'i5ií`ÊVÃÍÊNCÍÂ '
Epilepsia
80
80,0DANEP
15 15,0Epilepsia associada à
DANEP
5 5,0TOTAL
100
100,0FONTE:
Serviço de arquivo do HST, janeiro de 1980 a junho de 2004.TABELA
2- Grupo
DANEP:
Distribuição por sexo.. .i.
Masculino
5 25,0Feminino
15 7 5,0Quanto
à distribuição por faixas etárias (tabela 3),foram
encontrados 5 pacientes cornidade entre
20
e29
anos (25,0%), 5 pacientescom
idade entre30
e39
anos (25,0%), 4 pacientes entre40
e49
anos (20,0%), 5 pacientes entre50
e59
anos(25,0%)
e 1 paciente entre os60
e69
anos
(5,0%).A
idademédia
i
desviopadrão
encontrada foi de 40,2i
13,71(mediana
=
39).TABELA
3
- Grupo
DANEP:
Distribuição por faixa etária.0 5
30 - 39
5 25,040
- 49
4 20,050
~
59
5 25,060
-
69
1 5,0TOTAL
20
l 00,0FONTE;
Serviço de arquivo do I-IST, janeiro de 1980 a junho de 2004.Analisando
a freqüência de conflitos psicossociais nesses pacientes,não
foi encontradoou
identificado
nenhum
conflitoem
9 pacientes (45,0%),enquanto
que
em
5 (25,0%) foram
reconhecidos atritos familiares
ou problemas
conjugais.Em
3 pacientes(15,0%)
foi identificadohistória
de abuso
sexual eem
outros 3 pacientes outros conflitos (deordem
econômica ou
ambiental, entre outros).Entre os pacientes
com
DANEP
sem
epilepsia associada,foram
encontrados 3 pacientestomando
DAEs
(15,0%
- p<0,003),como
mostrado na
tabela 5.12 pacientes
do grupo
DANEP
(60,0%) não
realizaram eletroencefalograma(EEG)
ou
não possuíam
registrosde
tê-los feito.Nenhum
pacientecom
DANEP
sem
epilepsia associadateve
um
EEG
anormal
(com
padrão
típicode
pontas e ondas),mas
houve
l caso (5,0%)com
EEG
incaracterístico. 5 pacientes
com
DANEP
sem
epilepsia tiveramEEGS
normais
(25,0 %),TABELA
4
- Grupo
DANEP:
Freqüênciade
conflitos psicossociais. ... ...ES
CONFLITO
... ... ... identificado Atritos familiares/conjugais 5Abuso
sexual 3 Outros 3TOTAL
20
FONTE:
Serviço de arquivo do HST, janeiro de 1980 a junho de 2004.TABELA
5
- Gnipo
DANEP:
Relação
entre diagnósticos de epilepsia concomitante àDANEP
euso de
DAES.
DANEP
sem
epilepsia 12 (60_,O%)Epilepsia
+
DANEP
o (o,o%)TOTAL
12 (60_,0%)Fö1`×3ffišÍ"^`šè}Ç{§¿i"`Ei'ë"¿iEiiíÍÇ5`š§Íi"ãÍ}`§i{i{5iiiäë`§ÕÕÃÍ" i5'ëÉÊéh"{š§ëš{š`Êë'iáiišišš' éi.¿5`iL›táí de pazzemes
pofladores de
DANEP
(n=20). Valores de p<0,003...zzz,ziz›zzzz-.z_ zz...z.z... zzi z.-.‹.z.zz.z.‹.,.»..zz
%
POR
CONFLITO
45,0 25,0 15,0 15,0 100,0Tomando
DAES
TOTAL
3
(110%)
5
(210%)
s (4o,o°/0)
5
Resultado
do
EEG
DANEP
DANEP
+
epilepsiaTOTAL
Não
realizadoou não
9(45,0%)
registrado/encontrado
Anormal
0 (0,0%) Incaracterístico 1 (5_,0%)Normal
5(25,0%)
TOTAL
15 (75,0%) ...,.,_. _ _. . ,, ._,,, . .¬.,.z,_.(.. .._.\._\.__.,_.«_._._._,,.._,.‹... . .. ....zz.., ,.w,...`.\`.. W..FONTE:
Serviço de arquivo do HST, janeiro de 1980 a junho de 2004. Percentagens relativas ao total de pacientes portadores deDANEP
(n=20). Teste do )(2= 3,56; p>0,05.3
(15,0%)
1,(10%)
0(00%)
1(10%)
5(210%)
1.2(ó0,0%)
1(5,0%)
1 (s_,0%) ó(30,0%)
20 (100,0%)
12
GH
C:
.H-4Cm
C3
ci Cmš.
Q
A
histeria éuma
desord.em freqüentenieiite sul)-diagnosticada,no
ineio médico. Tal fatoexpõe
acada
diamais
emais
pessoas a tratamentos. desne.cess_ário.s,como
uso
mdiscrimmado
deDAFS.
Podemos
entender desta maneira. a necessidadede
a.u.m.eutar a. eficáciado
clínicono
diagnóstico
de
tal desordem.Não
só é importante a idéia de reconhecer a existênciada
DANEP,
como
mudar
a mentalidade retfogradamente preconceituosade
profissionaisque
sairam deuma
escolamédica
ortodoxaque
os ensinou 2.1. dicotomizar asdoenças
em
orgânicas e funcioiiais ._ Paracolocar esta premissa sobre
uma
basemais
concreta,podemos.
observarque
os20,0%
e_n_cont1_'a.dos
com
DANEP
esão
em
concordânciacom
as prevalências encontradasnos
estudos23 24
n
. \./ E3 E2. m C3 E3? (40 ou E3 ' CD uz cn vu: “š z,\ C3.. CD 'C3 CD S3 . cb Ei na cn C? CD Eš (D 'C3 C1: CD C3 E3 ' CL SD gašš
ZÉ E9 CSN 23 C3Oepsia ass
EP
encostarlimiar
mínimo
dealgumas
séries, enquantoque
Gates et al. relatou58,0%
de
pacientescom
CNEP
tendo epilepsia concornitantegs* 26* 27° 28' 29' 30.A
maioria dos trabalhos encontradosna
literatura aponta para
uma
diferençade
gêneros,com
predominância
do
sexo feinininol 1.Bens
etal. encontrou
em
um
grupo
de 100 pacientescom
DANEP
86,0% eram do
sexo feminino,em
uma
concordânciabem
razoável aosdados
deste estudo”. Antigamente, tentava-se justificar estevalor por
um
maior
risco dasmulheres
de sofrercom
violência sexual,mas
hoje sabe-seque
onúmero
de
homens
com
históriade abuso
sexual, principalmentena
infância, émaior que
seimagina”. Outra
explicação para estapredominância
estána
aceptabilidade de expressões emocionais, pois tradicionalmente, as exteriorizações da raiva são mais associados àimagem
masculina,
enquanto
que
a expressão deemoções
atravésde
sintomas ecomportamentos que
levam
diluídosem
siuma
ideia de fraquezapodem
seruma
alternativamais
aceitável para asmulheres que
para os homens34. Outrosdados
vindosdo Reino Unido,
dosEUA.
edo Canadá
a respeitoda
idade,mostram
que, geralmente, oproblema
inicia-se antes dos40
anos,com
idadesmédias
de 33,1 anos (idademediana
=
35)1,um
pouco mais
jovensque
a faixamediana
en.contrada nesta análise.
Ao
confrontar osdados
desta pesquisa,no
tocante aos conflitos psicossociais, encontrou-em
45 pacientescom
diagnósticode
DANEP
uma
prevalência de86,0%
de relatosde trauma
psicológico severo e
67,0%
de
relatosde abuso
sexual.Em
um
outro estudo, a taxa encontradade abuso
sexual foide
77,0%35* 36.Contudo, enquanto
alguns autores caracterizam oabuso
sexual
na
infânciacomo
uma
fator causal importante para odesencadeamento
deDANEP,
outrosautores sequer o
mencionam.
Tais discrepâncias encontradaspodem
justificar-se pelo fato deapenas alguns tipos
de
DANEP
são associadasao abuso
sexual37” 38°”.Quando
observamos
nesteestudo
que
uma
fração majoritária dos pacientescom
DANEP
não
tiveram conflitoalgum
identificado,podemos
começar
a refletirno
fatode
taldesordem
estarsendo
subdiagnosticadaem
nosso
meio,ou
pordesdém, ou
por ignorância.No
entanto,um
dosachados mais
preocupantesfoi a fração
de
pacientescom
DANEP
tomando
DAEs.
Se
tal distúrbionão
é identificado, poruma
conduta
desleixada de diagnóstico diferencial para epilepsia, será entãoo
pacienteconduzido
às torturas terapêuticas para a epilepsiacom
crises refratárias;não
só a politerapiacomo
a neurocirurgia,sem
necessidadealguma
para esses casos.Porém,
seria ovideo-EEG
(ouaté
mesmo
o
E-EG,na
carência desse)ou o
EEG
por
telemetria o “padrão-ouro” paraque façamos
o
diagnósticode
DANEP?
Iriarte et al. criticou a necessidadedo
mesmo
para selarum
diagnóstico
de
DANEP,
por
estenão
serum
meio
essencial para a consolidação de taldiagnóstico4O.
Vemos
neste estudo queboa
parte dos diagnósticosde
DANEP
se fizeramcom
base
na
históriado
paciente eno
relatodo comportamento
ictal dosmesmos.
É
um
contrasensorenegarmos
uma
riquezade
relatos e a soberaniada
clinica(quando existem tais) para atermo-nosem
uma
montoeira
de traçados.Grande
parte dos diagnósticos deDANEP
encontrados nesteestudo
foram
feitossegundo
os relatosde
equipes de psicologia, retratando a importância deuma
equipe multidisciplinar tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento destes pacientes.Certamente
muitos destes diagnósticostambém
foram
desprezadospor
causada
falta depaciência
do
neurologistaem
escutar a pessoa. Infelizmentea
mentalidade de muitos é a deque
um
EEG
valemais que
mil palavras,ou
que
todos os czfstzfcercus bowfs são focos epileptogênicose, portanto, a raiz dos seus
males
existenciais.Não
foi encontradonenhum
relato de utilização demétodos de
indução a crises nestaanálise;
porém, não
podemos
negar a existênciade
talprocedimento
que
aindamantém
algumas
14
Na
verdade, as muitas controvérsiasmontadas
em
torno das crisesnão
epilépticasde origem
psicogênicamostram
oquanto estamos
ainda distantesde
conceitos seguros a respeito,não
sóde
DANEP,
mas
da
própria histeria. Importante é termosem
mente
que
a cura de taispacientes
não
será caracterizada pela ausência de ataques,mas
pela “cura psicossocial”.Também
somos
proibidosde
dizer a esta pessoaque
ela“não tem
nada”,ou que
“e'o
estresse, e' tudo
da
cabeça, sr. cicrano”. Tais atitudes pejorativas tãocomuns
no
trato socialcom
tais pacientes retratam o
completo
desinteressecom
apessoa que
estana
sua frente, muitas vezes angustiada e perplexacom
seu problema.São
pessoascom
uma
doença
como
qualquer outra.A
educação médica
oitodoxatem
como
sina exortarao
desprezo os pacientes histéricos,elegantemente rotulados
como
“portadores de patologias funcionais”.Doenças
que não
são doenças,porque
não
causam
febre,não
têm
sinaismeníngeos, não
são palpaveisou
percutíveis..Porém são auscultáveis.
As
maiores provas deste fato são as risadasem
rozmds quando
se tratamde
tais pacientes, geralmente esquecidosem
uma
cadeira nos serviços de emergência.As
ciências
comportamentais
e a biologia molecular estãocomeçando
a mostrarque
esta barreiraentre orgânico e funcional, outrora. tão sólida, é tênue
como
um
véu.A
°“neuroimunotoxicologia”,
uma
nova
correnteda
Etotoxicologia (que estuda as bases molecularesdas reações
do organismo
ao ambiente) estácomeçando
a desencilliar a histeriada
psiquiatria emostrar
que
taiscomportamentos
estãobem
acima dos
mecanismos
psicopatológicos simpliciosde
causa versus conseqüênciazn. Espera-se que, desta maneira,encontremos
um
anticorpo contraa histeria,
ou
uma
vacina social,como
um
tratamento definitivo para estes pacientes.Enquanto
tais devaneios encontram-se voláteis nessa
névoa
de mistérios a respeito dosmecanismos
moleculares
do comportamento,
é vitalque
estejamos atentos para aDANEP
como
um
problema
existente e prevalente.Colocar
um
rótulode
epilépticona
testade
tais pacientespode
ser algoextremamente
consternador e limitante para suasPode
significar perda deemprego, do
direito
de
dirigir, de exerceralgumas
atividades e atédo
direito de ir e vir.O
diagnóstico deepilepsia e
o
seu tratamento,em
primeira instância, sãoincumbências do médico
generalista; os casos refratáriosao
tratamento,do médico
neurologista e outros outrospoucos
aomédico
7
coNcLUsÕEs
l.
A
prevalênciade
DANEP
entre os pacientesencaminhados
com
epilepsia aoHST
foi de20,0%,
sendoque
20,0%
destestêm
crises de etiologia epiléptica associada.2.
75,0%
dos pacientes sãodo
sexofeminino
e a idademédia
á: desviopadrão
foi de 40,2
i
13,71,3. Dentre os conflitos psicossociais identificados, destacaram-se os
familiares/conjugais e história de
abuso
sexual.4.
Foram
encontrados15,0%
dos pacientescom
.DANEP
sem
epilepsiaassociada
tomando
DAI-Es desnecessariainente.5.
60%
dos casosde
DANEP
tiveram seu diagnóstico estabelecido atravésdo
Foi adotada a
Normatização
para os Trabalhos de conclusãodo Curso
deGraduação
em
Medicina,
de
acordocom
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do
Colegiadodo Curso de Graduação
em
Medicina
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