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Exercício Físico, Envelhecimento e Quedas em Idosos: Revisão Narrativa

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Academic year: 2021

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Alexandre Arante Ubilla Vieiraa; Maria Rita Aprileb; Célia Aparecida Paulinob*

Resumo

O envelhecimento é um processo que provoca modificações em vários sistemas biológicos, causando alterações funcionais e estruturais de forma progressiva. Por isso, a ocorrência de certas doenças é mais frequente em idosos, entre elas as vestibulopatias que, muitas vezes, resultam em sintomas como as tonturas, os desequilíbrios e os zumbidos. A tontura e o desequilíbrio, por exemplo, podem levar a quedas que resultam em fraturas, cujos impactos podem ser muito graves para a população idosa. Essas e outras doenças comprometem a saúde, como também a qualidade de vida e a sociabilidade dos indivíduos, acarretando dificuldades para o desenvolvimento de atividades da vida diária. Vários estudos apontam os inúmeros benefícios da prática regular de exercícios físicos, também para os idosos, incluindo as melhoras física, mental e psicossocial. Do ponto de vista do equilíbrio corporal, os melhores exercícios envolvem atividades de força muscular de membros superiores e inferiores, atividades aeróbias e exercícios de flexibilidade, funcionais e aqueles especificamente direcionados ao equilíbrio postural. Por sua vez, as fraturas decorrentes de quedas são responsáveis por altas taxas de hospitalizações e mortes acidentais em idosos. Além disso, a ocorrência de quedas pode gerar medo e redução da atividade geral, comprometendo a interação social e a qualidade de vida. Portanto, além de diminuir a ocorrência de osteoporose e outras comorbidades características do envelhecimento, a prática regular de exercícios físicos contribui para a manutenção do equilíbrio corporal, reduzindo a ocorrência de quedas e suas consequências e melhorando a mobilidade e a independência funcional dos idosos.

Palavras-chave: Envelhecimento. Equilíbrio Postural. Exercício. Saúde do Idoso.

Abstract

Aging is a process that changes multiple biological systems, causing functional and structural alterations progressively. Therefore, the occurrence of certain diseases is more frequent in elderly, such as vestibular disorders, leading to symptoms such as dizziness, imbalances, and tinnitus. The imbalance and dizziness, for example, can cause fractures from falls, whose impacts can be very relevant to the elderly. These and other diseases can affect health and the quality of life of the individuals, causing difficulties for the development of daily activities. Several studies have pointed out the many benefits of regular physical exercise for the elderly, including physical, mental and psychosocial improvement. From the point of view of the body balance, the best exercises involve the muscle strength activities of upper and lower limbs, aerobic activities, and flexibility exercises, and those related to the postural balance. In turn, fractures from falls are responsible for high rates of hospitalization and accidental deaths in the elderly. Furthermore, the incidence of falls may cause fear and compromise the overall activity, social interaction, and quality of life. Therefore, regular physical exercises help to maintain body balance, decreasing the occurrence of falls and their consequences and improving the mobility and functional independence of the elderly, in addition to reducing the occurrence of osteoporosis and other comorbidities.

Keywords: Aging. Postural Balance. Exercise. Health of the Elderly.

Exercício Físico, Envelhecimento e Quedas em Idosos: Revisão Narrativa

Physical Exercise, Aging and Fall in the Elderly: Narrative Review

aInstituto de Ensino e Pesquisa Alfredo Torres, MT, Brasil

bUniversidade Anhanguera de São Paulo, Programa de Mestrado Profissional em Reabilitação do Equilíbrio Corporal e Inclusão Social, SP, Brasil

*E-mail: celiapaulino@yahoo.com.br

1 Introdução

1.1 Aspectos do envelhecimento e do equilíbrio corporal Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a tendência de envelhecimento da população brasileira se manteve na última pesquisa e o número de idosos (indivíduos com mais de 60 anos) irá quadruplicar até 2060, representando quase 27% de toda a população brasileira1.

Com a maior longevidade, cresce também a preocupação para que a população idosa viva tal período da melhor maneira possível. Nessa fase da vida, o organismo do ser humano passa por modificações funcionais e estruturais que reduzem a vitalidade e favorecem o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis2.

Por isso, em consequência da crescente demanda de tal população nas instituições hospitalares, ocasionada pelos agravos dos danos e das complicações de doenças típicas dessa faixa etária, os idosos constituem grande parte dos pacientes internados e sua média de permanência é elevada, aumentando consideravelmente os custos hospitalares3.

De fato, o processo de envelhecimento gera modificações funcionais e estruturais no organismo, diminuindo a vitalidade e favorecendo o aparecimento de doenças, sendo mais prevalentes as alterações sensoriais, as doenças ósseas, cardiovasculares e o diabetes4. Com isso, aumenta a incidência de doenças relacionadas a esse período de vida, gerando modificações do organismo, com redução da vitalidade e aparecimento de doenças, destacando-se as

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crônico-degenerativas5.

Para Zanardini et al.6, o equilíbrio corporal é dependente da integridade funcional do sistema vestibular (labirinto, nervo vestibulococlear, núcleos, vias e inter-relações no sistema nervoso central), do sistema somatossensorial (receptores sensoriais localizados em tendões, músculos e articulações) e da visão. O labirinto, ou ouvido interno, é responsável pelo equilíbrio e pela posição do corpo no espaço. O processo de envelhecimento vai comprometendo a funcionalidade do sistema nervoso central e prejudicando o processamento dos sinais vestibulares, visuais e proprioceptivos, responsáveis pela manutenção do equilíbrio corporal. Deste modo, as tonturas e/ ou os desequilíbrios aparecem quando ocorrem interferências no funcionamento normal do sistema de equilíbrio corporal, podendo ser de origem periférica e/ou central.

De fato, o equilíbrio corporal é afetado com a perda de neurônios e das células sensoriais vestibulares, as limitações das articulações, a restrição da acuidade visual e o comprometimento da cognição, próprias do envelhecimento. Em função da elevada frequência dos distúrbios de equilíbrio corporal nessa faixa etária, há autores que os consideram como parte de uma síndrome geriátrica7.

O equilíbrio corporal envolve a manutenção do centro de massa do corpo na base de sustentação, deslocando o peso corporal do indivíduo, rápida e precisamente, em diferentes direções a partir do seu centro, além da sua locomoção com segurança e velocidade, e de maneira coordenada, ajustando o corpo a eventuais perturbações externas8. De acordo com Teixeira et al.9 (2008), o equilíbrio corporal é um dos sentidos que permite o ajustamento dos indivíduos ao meio, proporcionando estabilidade e orientação; segundo Daniel et al.10, seu controle requer a manutenção do centro de gravidade sobre a base de sustentação durante situações estáticas e dinâmicas.

De acordo com Figueiredo et al.11, o equilíbrio corporal é a manutenção da posição do corpo com um mínimo de oscilação (equilíbrio estático), ou quando há movimentação de maneira controlada em caso de alguma perturbação na orientação do corpo (equilíbrio dinâmico). Esse posicionamento e alinhamento são dependentes de ações coordenadas de vários grupos musculares.

É descrito que o equilíbrio corporal depende dos sistemas vestibular, proprioceptivo e visual12. O sistema vestibular é o mais importante para a manutenção da postura ereta; o sistema proprioceptivo permite a percepção do corpo e membros no espaço, e o sistema visual serve de referência para a verticalidade, por possuir duas fontes complementares de informações: a visão (situa o indivíduo no seu ambiente) e a motricidade ocular (situa o olho na órbita através da coordenação cefálica). Com o avanço da idade, as habilidades de controle postural são alteradas, propiciando déficits nestes ajustes; essas alterações resultam de um decréscimo na velocidade de condução das informações, bem como no processamento de respostas, que por serem lentas e

inadequadas, geram situações de instabilidades, aumentando a predisposição a quedas. Afinal, o envelhecimento não é somente uma passagem pelo tempo, mas mais do que isto: é o acúmulo de eventos biológicos que ocorrem ao longo do tempo13.

O controle postural é a capacidade do organismo em manter o equilíbrio e controlar a posição do corpo no espaço. Os termos equilíbrio, balanço e controle postural apresentam o mesmo significado, ou seja, são usados para conceituar o mecanismo pelo qual o organismo se protege contra as quedas5. O controle postural pode sofrer influências decorrentes das alterações fisiológicas do envelhecimento, de doenças crônicas, de interações farmacológicas ou de disfunções específicas14. O sistema de controle postural tem a função de recuperar a estabilidade do corpo, por meio de movimentos de ajustes de acordo com o tipo e a amplitude das perturbações internas ou externas impostas ao organismo15.

Para Maciel e Guerra16, o controle do equilíbrio corporal envolve a manutenção do centro de gravidade sobre a base de sustentação do corpo durante as diferentes situações estáticas e dinâmicas, levando o organismo a responder a essas variações de maneira voluntária ou involuntária. Este processo é altamente eficiente, sobretudo graças à ação dos sistemas vestibular, somatossensorial e visual. Levando isso em consideração, Oliveira e Melo13 relataram que o equilíbrio corporal depende não apenas da integridade desses sistemas, mas também: da integração sensorial dentro do sistema nervoso central, que envolve a percepção visual e espacial; do tônus muscular efetivo, que se adapte rapidamente a possíveis alterações; da força muscular e, por fim, da flexibilidade articular.

No envelhecimento, contudo, há diminuição do número de fibras musculares, com consequente redução da força muscular e da mobilidade corporal. As sensações ocasionadas pelos estímulos externos e conduzidas pelos proprioceptores, assim como a acuidade visual e o equilíbrio corporal, também estão reduzidos nesta etapa da vida. As alterações clínicas do equilíbrio corporal podem ser caracterizadas por tontura, vertigem, desequilíbrios e quedas, causas frequentes das incapacidades funcionais, que resultam numa ausência de condicionamento físico, depressão e sensação de menos valia nos idosos.17 Realmente, nesta fase da vida há comprometimento da agilidade em função da degeneração e perda progressiva de células nervosas no sistema vestibular periférico e central, o que gera vertigem (sensação de rotação corporal ou do ambiente), tontura (desequilíbrio sem sensação rotatória) e desequilíbrio na população geriátrica18. O diagnóstico correto e a identificação da causa do desequilíbrio requerem uma avaliação clínica direcionada à queixa de cada paciente, às doenças associadas em cada caso, além de uma avaliação integral dos sistemas envolvidos no equilíbrio corporal e suas eventuais limitações9.

Muito embora os idosos apresentem uma redução na sua capacidade de controle postural, os motivos desta redução não

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estão totalmente esclarecidos. Essa redução tem sido associada a mudanças estruturais do aparelho locomotor, tal como a diminuição da força muscular, considerada uma modificação específica do envelhecimento19.O déficit funcional do sistema de controle postural provocado pelo envelhecimento resulta em alterações no equilíbrio corporal e o consequente aumento da possibilidade de quedas20.

Com a degeneração do sistema musculoesquelético e a redução da capacidade cardíaca e do nível de atividade física em idosos, podem ocorrer alterações do padrão de marcha e de postura, o que também influencia no equilíbrio corporal e pode resultar em maior predisposição a quedas na população idosa21. A frequência de queixas relacionadas ao equilíbrio corporal nos indivíduos com mais de 65 anos é bastante alta e estão associadas a várias etiologias; essas queixas são manifestadas como: desequilíbrios, desvios de marcha, instabilidades, náuseas, quedas, entre outras causas5,22.

As alterações que comprometem o equilíbrio corporal envolvem problemas crônicos bastante comuns na população idosa, uma vez que o processo de envelhecimento afeta as funções dos sistemas visual, vestibular e do sistema nervoso periférico; isso altera diretamente o controle do equilíbrio corporal e aumenta muito o risco de quedas em idosos. Ressalte-se que a ocorrência de queda nessa população é alta, podendo chegar a 50% para os idosos com mais de 80 anos 23-26.

As alterações do equilíbrio corporal são clinicamente caracterizadas como tontura, vertigem, desequilíbrio e queda, estando entre as queixas mais comuns da população idosa. Estas constituem um problema médico de grande relevância, e estima-se que a sua prevalência entre idosos chegue a 85%. Na população idosa, todas essas alterações do controle postural estão associadas a maior risco de queda e suas consequentes sequelas, levando os idosos, por isso, a apresentarem uma elevada morbidade27.

Além do mais, é necessário destacar que os idosos tendem a apresentar múltiplas comorbidades que potencializam as chamadas síndromes geriátricas, tais como: demência, iatrogenia, queda e imobilismo, que comprometem a independência e a autonomia destes pacientes, gerando incapacidades, fragilidade, institucionalização e, muitas vezes, até morte.8 Neste sentido, é descrito na literatura que a síndrome geriátrica é uma condição de saúde multifatorial decorrente do efeito acumulativo dos déficits nos múltiplos sistemas, imputando aos idosos maior vulnerabilidade aos desafios circunstanciais14.

De acordo com Pedalini et al.28, as queixas de alterações vestibulares são frequentes até mesmo em idosos considerados saudáveis, e a maioria dos pacientes acaba adotando um estilo de vida pouco ativo ou sedentário, evitando assim movimentos corporais que desencadeiam os sintomas ou mesmo que resultem em quedas. Além disso, a instabilidade postural decorrente de alterações do sistema sensorial e motor resulta em maior tendência a quedas29; contudo, de acordo com

Bento30, apesar da instabilidade corporal e das quedas estarem entre as grandes síndromes geriátricas, elas não podem ser consideradas como fatos normais do envelhecimento do ser humano.

A alta prevalência de queixas de alterações relacionadas ao equilíbrio corporal na população idosa está associada a várias etiologias, tais como: degeneração do sistema vestibular; diminuição da acuidade visual, da capacidade de acomodar a visão e da perseguição uniforme; alterações proprioceptivas; hipotensão postural; atrofia cerebelar e, por fim, redução do mecanismo de atenção e tempo de reação, que diminuem a capacidade dos idosos executarem suas atividades de vida diárias11.

As manifestações dos distúrbios do equilíbrio corporal têm grande impacto para os idosos, pois levam à redução da sua autonomia social, com a restrição de atividades de vida diárias. Esses distúrbios vestibulares tornam os idosos mais predispostos às quedas e fraturas e, com isso, ocorre imobilidade corporal, sofrimento e medo de cair novamente. Para os autores, como a ocorrência de tontura (rotatórias ou não), desequilíbrio e quedas são queixas frequentes entre idosos, há necessidade da realização de avaliações da função vestibular, para fins diagnósticos, prognósticos e até mesmo profiláticos e terapêuticos4.

Em adição, os pacientes com tontura comumente relatam dificuldade de concentração mental, redução ou perda de memória e fadiga. Junte-se a isso que a insegurança física desencadeada pela tontura e pelo desequilíbrio pode causar insegurança psíquica, irritabilidade, perda de autoconfiança, ansiedade, depressão ou pânico. Por essas razões, pacientes com tontura, deliberadamente restringem as atividades físicas, como viagens e reuniões sociais, com o intuito de reduzir o risco de aparecimento destes sintomas desagradáveis e assustadores, e para evitar o embaraço social e o estigma que estes sintomas podem causar, além do risco de quedas31.

Ressalte-se que a capacidade funcional diz respeito à condição do indivíduo para realização de tarefas que envolvem o cuidado pessoal (tomar banho, vestir-se, utilizar o banheiro, pentear-se), as tarefas instrumentais da vida diária (cuidar da casa, usar o telefone, preparar as refeições, dirigir e andar de ônibus e realizar atividades sociais), a atividade ocupacional, a mobilidade suficiente para realizar a marcha de forma mais eficiente, independente e sem utilizar nenhum tipo de suporte17.

2 Desenvolvimento

2.1 Sobre as quedas em idosos

A queda é caracterizada como uma falta de capacidade para corrigir o deslocamento do corpo durante seu movimento no espaço; em idosos, as quedas constituem um dos principais problemas clínicos e de saúde pública devido a sua alta incidência e às consequentes complicações para a saúde, além dos custos assistenciais29.

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Segundo Perracini e Ramos32, queda é um evento frequente e limitante, sendo considerado um marcador de fragilidade, de morte, de institucionalização e de declínio na saúde de idosos. A queda é considerada um tipo de incapacidade funcional e pode ser causada por distúrbios cardiovasculares, musculares, ópticos, vestibulares e proprioceptivos17. Para Soares et al.33, a chance de queda é maior para os idosos com queixa de tontura, os que moram sozinhos, os mais velhos, os que apresentam cinco ou mais sintomas depressivos e os que apresentam diagnóstico de artrite ou reumatismo; além disso, a chance de cair de forma recorrente é maior para as mulheres.

As causas de queda podem ser por fatores extrínsecos, isto é, aqueles ligados ao ambiente onde vivem os idosos, ou por fatores intrínsecos, ou seja, aqueles próprios do envelhecimento, como as alterações do sistema musculoesquelético e sistema sensorial. As quedas representam um grave problema de saúde pública, em função da sua alta incidência, das complicações resultantes para a saúde e dos altos custos assistenciais para os sistemas públicos e privados de saúde. Quando ocorrem de forma sucessiva, as quedas podem resultar em institucionalização dos idosos, gerando outros tipos de problemas, incluindo os custos para as famílias34.

Nesta mesma direção, as quedas frequentemente ocorrem como um somatório de fatores de risco intrínsecos e extrínsecos, sendo difícil restringir um evento de queda a um único fator de risco ou a um agente causal. Os fatores intrínsecos relacionados a quedas em idosos são imobilidade e incapacidade funcional para realizar as atividades de vida diária, diminuição de força muscular de membros inferiores, déficit de equilíbrio, queixa de tontura, uso de medicações psicotrópicas, déficits cognitivo, visual e/ou auditivo, hipotensão postural, distúrbios da marcha e doenças crônicas31.

Messias e Neves35 também citaram que um episódio de queda é resultado de uma interação de fatores intrínsecos e extrínsecos, sendo os primeiros relacionados às alterações fisiológicas e funcionais decorrentes do processo de envelhecimento e os extrínsecos referentes aos riscos ambientais associados a fatores comportamentais. Os fatores ambientais podem ser importantes em até metade de todas as quedas, a saber: iluminação inadequada; superfícies escorregadias; tapetes soltos ou com dobras; degraus altos ou estreitos; obstáculos no caminho (móveis baixos, pequenos objetos, fios); ausência de corrimãos em corredores e banheiros; prateleiras excessivamente baixas ou elevadas; calçados inadequados e/ou doenças dos pés; maus-tratos; roupas excessivamente compridas e via pública mal conservada, com buracos ou irregularidades20.

Para Zimerman36, embora possam ocorrer em qualquer fase da vida, as quedas são mais frequentes nas idades mais extremas, a saber, até os 5 anos e depois dos 65 anos de vida. Nos indivíduos idosos, a queda é um evento bastante comum e, com frequência, resultam em complicações importantes para a vida deles. As estimativas indicam que ocorre uma queda em um de cada três indivíduos com mais de 65 anos e

que um indivíduo de vinte dentre aqueles que sofreram queda sofre fratura ou necessita de internação hospitalar.

De fato, as quedas têm importância crescente nos grupos geriátricos, e cerca de 40% dos idosos que sofrem quedas apresentam, como diagnóstico, comprometimento da circulação carotídea, relatando que a queda foi consequência de desequilíbrio ou tontura. São inúmeras as causas de quedas nos idosos, dentre elas o próprio medo de cair, que leva à restrição de movimentos corporais e torna os idosos menos ativos, limitam suas atividades de vida diária e prejudicam seu relacionamento familiar, social e profissional28.

Na questão da prevenção, a atividade motora possui ótimas funções terapêuticas. Em função de um deslocamento não intencional, o desequilíbrio corporal pode resultar em quedas. A queda pode ser considerada um evento de alerta na vida dos idosos e carrega um significado importante do declínio vital, pois, com a idade, este acontecimento tende a aumentar37.

De fato, um dos principais fatores que limitam a vida do idoso é o desequilíbrio corporal. Conforme relato de Ruwer et al.4, o desequilíbrio não pode ser atribuído a uma causa específica, mas ao comprometimento do sistema de equilíbrio corporal como um todo. Em mais da metade dos casos ocorre entre os 65 e 75 anos de vida, aproximadamente. As quedas são as consequências mais perigosas do desequilíbrio e da dificuldade de locomoção, seguidas pelas fraturas, que acabam mantendo os idosos acamados durante dias ou meses e são responsáveis pela alta mortalidade em indivíduos com mais de 75 anos.

Isso posto, conforme relato de Suarez e Arocena38, a instabilidade e, consequentemente, as quedas em idosos representam um problema de grande interesse médico devido a sua alta prevalência e importante impacto na qualidade de vida dos pacientes, uma vez que pode causar lesões que levarão a limitações ou até à morte.

A perda da massa muscular é outro aspecto importante a se considerar ao se falar de idosos. A perda da força e da potência musculares leva à diminuição na capacidade de promover torque articular rápido e necessário às atividades que requerem força moderada, como: elevar-se da cadeira, subir escadas e manter o equilíbrio ao evitar obstáculos. Isso, além de causar maior dependência do indivíduo, pode facilitar as quedas; cerca de 30% dos indivíduos com mais de 65 anos e metade daqueles com mais de 80 anos sofrem uma queda a cada ano39.

No Brasil, aproximadamente 29% de idosos caem uma vez ao ano e 13% caem de forma recorrente e, daqueles que caem a cada ano, entre 5% e 10% sofrem lesões severas, como: fraturas, traumatismo craniano e lacerações sérias, que reduzem sua mobilidade e independência, aumentando as chances de morte prematura32,40 ou, então, elevando o número de hospitalizações por fratura de quadril35.

Ainda, segundo Bezerra e Frota41, os danos acarretados pelas quedas são múltiplos e normalmente incluem, além das lesões graves (inclusive fraturas), efeitos psicológicos

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negativos, tais como: medo de cair de novo e falta de confiança (relações de baixa autoestima), que repercutem diretamente sobre a autonomia e independência funcional.

As fraturas provocadas pelas quedas são responsáveis por cerca de 70% das mortes acidentais em indivíduos com mais de 75 anos. Em comparação com as crianças, que também apresentam elevada taxa de queda, os idosos apresentam 10 vezes mais hospitalizações e 8 vezes mais mortes resultantes das quedas; essas ocorrências aumentam com o passar dos anos de vida27.

Quedas e fraturas entre os idosos brasileiros têm assumido proporções epidêmicas e as hospitalizações por fratura de quadril, que têm um custo extremamente alto, aumentam aproximadamente 9% a cada ano. Estudos longitudinais apontam que cerca da metade das pessoas que caem e fraturam os quadris nunca mais serão caminhantes funcionais. Por outro lado, sabe-se que autonomia e independência são bons indicadores de saúde para o idoso e que estas variáveis são diretamente afetadas pelas quedas, que, além de prejudicarem a qualidade de vida, ainda causam sérios prejuízos aos idosos em razão da imobilidade resultante e da dependência em relação aos familiares e ao Estado31.

Evitar o evento de queda é considerado uma conduta de boa prática geriátrica, tanto em hospitais quanto em instituições de longa permanência, sendo considerado um dos indicadores de qualidade de serviços para idosos. Além disso, a prevenção de quedas em idosos é um dos objetivos importantes das políticas públicas envolvendo a saúde dos idosos, não só porque as quedas afetam gravemente a vida desses indivíduos e de suas famílias, como também pela demanda de grande quantidade de recursos econômicos para o tratamento de suas consequências, como as fraturas em geral, sobretudo as de quadril32.

Em adição a isso, estudo com idosos mostrou um agravamento da situação, ou seja, idosos institucionalizados têm nove vezes mais risco de cair do que idosos da comunidade, indicando assim um menor equilíbrio postural, já que os mesmos dispõem de poucas atividades físicas. Tal situação aponta para aspectos negativos do envelhecimento desses idosos institucionalizados, ou seja, menor capacidade funcional, incluindo-se aí sedentarismo, atrofia e quedas. Assim, a ocorrência de quedas em idosos apresenta dimensões relevantes não só para esses indivíduos e seus familiares, como também para o sistema de saúde do país, sobretudo pelo alto custo do tratamento das fraturas, comumente envolvendo procedimentos cirúrgicos e hospitalizações42.

2.2 Exercícios físicos, envelhecimento e quedas

O aumento significante da porcentagem de idosos na população mundial mudou de maneira relevante as estratégias de abordagem das doenças da velhice. Nos dias atuais, o indivíduo chega aos 80, 90 anos em boas condições de saúde, não podendo evitar, contudo, que seu organismo sofra as consequências da senescência7.

É descrito por alguns autores que o envelhecimento tende a tornar as pessoas menos ativas fisicamente43,44 e, assim, a diminuição da prática de exercícios físicos facilita o aparecimento de doenças relacionadas ao envelhecimento45-48. Também na velhice podem ocorrer alterações metabólicas e diminuição da força muscular e da massa óssea em razão do déficit de exercício físico ou mesmo da sua ausência, o que pode levar à atrofia muscular por desuso46.

Em complementação, segundo Pedrinelli et al.39, a massa óssea mantém-se em formação até os 35 anos de idade, aproximadamente; a partir daí, tem início um processo de perda óssea, que pode chegar a 1,5% ao ano, o que pode favorecer a ocorrência de fraturas. Com o envelhecimento, as alterações no aparelho locomotor causam alterações no equilíbrio, fragilidade óssea, dores articulares e déficit de funções, as quais podem ter seus efeitos reduzidos pela prática regular de exercícios físicos – há tendência crescente de se associar exercícios aeróbios com exercícios resistidos (fortalecimento muscular). Na prescrição de exercícios físicos para os idosos, um dos objetivos é melhorar as suas limitações funcionais, como dor, redução da amplitude de movimento e fraqueza muscular; só depois dessa melhora deve ser aplicado um programa de condicionamento geral visando à saúde e à capacidade funcional desses indivíduos.

Em adição a isso, com o avanço da idade, além dos desequilíbrios causados por alterações vestibulares, existem também aqueles causados por incapacidade do sistema muscular, os quais levam à diminuição da força, principalmente nos membros inferiores, e por alterações na porção sensitiva, que ocasionam uma percepção deficiente das sensações pelos pés, a qual, na maioria das vezes, é responsável pelas quedas17. Todavia, a idade cronológica, por si só, não deve ser considerada uma contraindicação para os idosos realizarem exercícios físicos, incluindo até aqueles exercícios mais intensos; com isso, a prática regular de exercícios físicos deve estar presente na vida diária dos indivíduos de qualquer idade, incluindo os mais velhos49,50.

Por sua vez, a independência dos idosos para as atividades da vida diária requer a execução satisfatória de movimentos, tais como: levantar-se de uma cadeira, flexionar-se e deambular. Para realização dessas atividades, o idoso necessita ter o domínio do controle postural, a fim de manter-se em várias posições, responder automaticamente a movimentos voluntários do corpo e das suas extremidades e reagir adequadamente a perturbações externas11.

Em contrapartida, a falta de atividade física, muitas vezes associada ao repouso prolongado e/ou à falta ou ao déficit de equilíbrio corporal podem levar os idosos à maior dependência e redução da qualidade de vida; essa situação pode caracterizar a chamada síndrome da imobilidade, que afasta o idoso do convívio social, tão importante para a sua saúde física e mental. Além do mais, a ocorrência de quedas pode causar imobilizações que contribuem para a crescente inatividade corporal51.

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Assim sendo, evidências científicas apontam que a prática de atividade física é importante para a saúde e a qualidade de vida dos idosos. Um estudo mostrou que, quando os idosos participam de protocolos de treinamento de atividade física geral, ocorrem melhoras significativas nos componentes: resistência de força, agilidade e equilíbrio dinâmico52.

O envelhecimento reduz a força muscular e, associado à diminuição do nível de atividade física, contribui para os déficts funcionais e de equilíbrio em idosos. Todavia, o treino resistido pode aumentar a força, o fortalecimento muscular e alguns aspectos da marcha, trazendo repercussões positivas sobre o equilíbrio postural em idosos, apesar de certas controvérsias relatadas na literatura53.

A prática regular de exercícios físicos pode minimizar as alterações no aparelho locomotor ocorridas em decorrência do envelhecimento, além de reduzir a fragilidade óssea, as dores articulares e os decréscimos de funções, melhorando assim o equilíbrio corporal dos idosos.39 Além disso, até a redução do peso em idosos, decorrente dos exercícios físicos, tem sido eficiente quando há combinação de exercícios aeróbios com exercícios de força. Especificamente os exercícios de força aumentam o gasto energético diário, contribuem para a manutenção da massa muscular e óssea e melhoram a capacidade funcional dos idosos. Com isso, podem minimizar a fragilidade, as quedas e as fraturas nesses indivíduos50.

De fato, a prática de exercício físico tem papel relevante no controle do equilíbrio corporal dos idosos54. Por outro lado, as quedas podem causar lesões graves e efeitos psicológicos negativos, tal como o medo de cair novamente; com isso, o idoso tende a reduzir a prática de atividades físicas e diminuir sua atividade social, o que reduz sua independência funcional e sua autonomia55.

Vários outros benefícios dos exercícios físicos foram descritos, incluindo a melhoria geral de aspectos físicos, além de melhora do sono, redução da necessidade de uso de medicamentos e aumento da autoestima, o que contribui para reduzir a queda e trazer mais independência funcional e qualidade de vida para os idosos56.

É por essas razões, entre outras, que a prática de atividade física vem sendo, cada vez mais, uma rotina comum entre os idosos, pois resulta em muitos benefícios para a sua saúde, tais como: melhoria do desempenho das capacidades funcionais, aumento da força muscular e flexibilidade, melhoria da coordenação motora, prevenção e controle da obesidade, hipertensão e diabetes mellitus, além dos efeitos positivos do ponto de vista da socialização e da saúde mental desses indivíduos21.

Vale ressaltar que qualquer movimento corporal produzido em consequência da contração muscular que resulte em gasto calórico é definido como atividade física, enquanto o exercício físico é definido como uma subcategoria da atividade física que é planejada, estruturada e repetitiva, resultando na melhora ou na manutenção de uma ou mais variáveis da aptidão física, ou seja, uma característica que o indivíduo possui ou atinge22.

Independente da idade, a prática de atividade física regular promove muitos benefícios, como: controle de peso; redução do risco de ocorrência ou recorrência de doenças, principalmente as cardiovasculares; redução do estresse e/ou depressão; melhora da autoestima e, por fim, a socialização – esta última especial para os idosos, além da melhora geral da saúde e os ganhos na função cerebral. Além disso, os exercícios físicos ajudam a melhorar a saúde ao reduzir o peso e o risco de doença cardiovascular e aumentando a capacidade da função motora, além de trazer benefícios nutricionais e melhoria do padrão de sono57.

É, pois, necessário o estímulo à atividade física regular durante o processo de envelhecimento, no sentido de se buscar os impactos positivos na saúde e na longevidade. A relação entre a mobilidade e o nível de atividade física mostra que os indivíduos com alterações da mobilidade apresentam maior risco de morte e dependência, quando comparados com aqueles que conseguem manter a mobilidade58.

Além disso, um programa de exercícios físicos voltados para a população idosa deve produzir benefícios motores que permitam aos idosos a realização das suas atividades de vida diárias; com isso, esperam-se melhorias na sua capacidade de trabalho e lazer e, também, redução nas taxas de declínios funcionais. Nesta direção, de acordo com a literatura, a prática de exercícios físicos em idosos ajuda na promoção da saúde e, por consequência, na melhoria da sua capacidade funcional59. Em complementação, foi relatada a importância da prática de exercícios ginásticos executados pelos idosos, levando a menos instabilidade corporal durante as atividades de vida diária, que, ao contrário, poderia acarretar prejuízos advindos de quedas e, por consequência, fraturas e imobilizações, reduzindo a autonomia e a qualidade de vida desses indivíduos9.

O exercício pode melhorar a força muscular, amenizando os déficits de equilíbrio corporal existentes, já que a fraqueza nos músculos abdutor do quadril, extensor do joelho, flexor do joelho e os do tornozelo está diretamente relacionada ao risco de quedas. A implementação de programas de treinamento físico, com exercícios aeróbios, melhoram o fluxo sanguíneo para o cérebro e órgãos sensoriais na cabeça, o que contribui para a manutenção da função perceptiva. A prática de exercícios físicos reduz a deterioração do sistema de controle postural, retardando ou minimizando os déficits advindos do envelhecimento; essa prática contínua garante a menor perda do tônus muscular e, com isso, um menor risco de quedas e a melhora no equilíbrio corporal60.

Por este motivo, para contrastar os efeitos do envelhecimento que se referem também ao equilíbrio corporal, é realmente necessário que a população idosa pratique atividades esportivas em academias ou centros específicos, ou seja, é importante manter uma vida ativa no dia-a-dia37.O grande impacto das manifestações dos distúrbios do equilíbrio corporal em idosos envolve a redução de sua autonomia social, pela diminuição de suas atividades de vida diária e

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predisposição a quedas e fraturas, que trazem sofrimento, imobilidade corporal, medo de cair novamente e altos custos no tratamento. Desequilíbrio e dificuldade de locomoção são fatores de risco importantes para as quedas em idosos, seguidas por fraturas, responsáveis por manter os idosos acamados por dias ou meses e serem responsáveis por 70% das mortes acidentais em pessoas com mais de 75 anos4,61.

De fato, estudos longitudinais comprovam que a inatividade física e a força muscular de membros inferiores estão associadas à diminuição da mobilidade. Da mesma forma, indicam que o alto nível de atividade física e a maior força muscular de membros inferiores se associam à lentificação da perda funcional. Daí que a prática de atividade física realizada com frequência adequada é recomendável para preservação da mobilidade e capacidade física em idosos e melhoria da força muscular. Além disso, incorpora outras variáveis, entre elas, melhora da capacidade cardiorrespiratória, resistência, aumento da densidade óssea, bem como proporciona melhoria dos componentes neurais. É possível reduzir em 3% a perda de mobilidade entre os idosos, por meio de cada hora adicional de atividade física62.

A incapacidade funcional, normalmente consequência das perdas associadas ao envelhecimento, pode ser relacionada à falta ou diminuição da atividade física associada ao aumento da idade cronológica; assim a atividade física contribui para uma melhor mobilidade, capacidade funcional e qualidade de vida durante o envelhecimento, pois ajuda a prevenir e controlar as doenças crônicas não transmissíveis, sobretudo as doenças cardiovasculares e o câncer, causas importantes de mortalidade58.

Além de tudo, de acordo com Silva e Ferrari63, a prática regular de exercícios físicos, aliada à restrição calórica com dieta adequada e saudável, estimula a hormese, um fenômeno biológico que consiste na adaptação celular a estímulos subpatogênicos, tais como: exposição a baixos níveis da radiação, calor, medicamentos e outras substâncias estranhas aos organismos ou xenobióticos.

Assim sendo, apesar do envelhecimento provocar alterações que, geralmente, reduzem o desempenho e a capacidade orgânica do indivíduo, dependendo de vários fatores pode ser considerado como um processo de evolução ou enriquecimento humano. A atividade física pode trazer aos idosos muitos benefícios do ponto de vista psicossocial; uma autoimagem positiva e a alegria de viver fazem com que o indivíduo se integre mais na sociedade, tendo maior convívio social e maior perspectiva de vida64.

3 Conclusão

Diante do exposto, como as alterações do equilíbrio corporal são mais importantes com o avanço da idade e podem aumentar o risco de quedas, causando redução da funcionalidade, hospitalizações e até uma maior mortalidade em idosos, a adoção de medidas terapêuticas preventivas, como a prática regular de exercícios físicos, ganha maior relevância

nesses indivíduos. De fato, envelhecer não significa cair, mas deve-se ter atenção especial a alguns fatores que podem ser considerados de risco para os idosos. Assim, um programa regular de exercícios pode trazer benefícios à saúde, em todas as suas dimensões, pelo maior controle das comorbidades e das quedas mais frequentes na população idosa.

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