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Estratégias para redução de custos de material de construção: impacto econômico na Cidade Ocidental-GO

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Academic year: 2021

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RESUMO: No mundo globalizado a empresa que estiver sozinha poderá desaparecer do mercado. Este trabalho tem como objetivo de orientar, discutir e abordar com empresário do ramos de material de construção a implantação de uma Central de Compras ou uma Cooperativa “de Compras”, Apresentado os conceitos gerais entre a Central de Compras e a Cooperativa“de Compras”, as vantagem, desvantagem, diferenças ente a Central de Compras e a Cooperativada “de Compras”. Apresentado o resultado da pesquisa de campos com o objetivo de fazer um levantamento junto aos empresários do ramo de material de construção a respeito da criação de uma Central de Compras e da Cooperativa “de Compras”.

ABSTRACT: In the globalized world is that the company may leave the market alone. This work aims to guide, to discuss and address of the branch manager of construction materials the implementation of a Central Purchasing Cooperative or “Shopping”, presented the general concepts of the Central Purchasing Cooperative and “Shopping” the advantage, disadvantage, differences being central purchasing cooperative and “Shopping.” Presented results of research fields in order to do a survey to entrepreneurs in the industry of construction materials on the creation of a Central Purchasing Cooperative and “Shopping.”

ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO DE CUSTOS

DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

Publicação

Anhanguera Educacional Ltda. Coordenação

Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE Correspondência

Sistema Anhanguera de Revistas Eletrônicas - SARE

rc.ipade@anhanguera.com

Luiz Alberto da Silva - Faculdade Anhanguera de Brasília

PALAVRAS-CHAVE:

Cooperativa; Central de Compras; Custos; Grupo; Redução.

KEYWORDS:

Cooperative, Central Purchasing and costs; Group; Reduction.

Artigo Original

Recebido em: 14/12/2011 Avaliado em: 08/08/2012 Publicado em: 05/05/2014

Impacto econômico na Cidade Ocidental-GO

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1. INTRODUÇÃO

Hoje em dias, onde se trabalhar em cooperativa se consegue preço mais condizente na compra de materiais direto do fabricante, facilitando ao consumidor final também ganhe com essa junção (Cooperativa, organização). Tantos para quem esta negociando quanto para quem esta comprando.

Neste contexto este trabalho visa discutir e abordar as estratégicas que potencializam o sucesso na implementação de uma Central de Compras ou uma Cooperativa “de Compras” para os empresários de material de construção. Conscientizar e fornecer uma visão ampla do que seja uma Central de Compras ou Cooperativas “de Compras” a esses empresários. Apresentar as vantagens e desvantagens que uma Central de Compras ou Cooperativa “de Compras” pode proporcionar. Pesquisa realizada junto aos empresários de material de Construção que apresentou seu real conhecimento a respeito da Central de Compras e/ou de uma Cooperativa “de Compras”. Desta forma, podem-se levantar as seguintes questões: Uma Central de Compras ou a Cooperativa “de Compras” poderá ser o caminho certo para se chegar aos objetivos da empresa?

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. Cenário do Trabalho

A Cidade Ocidental – GO é um Município que se encontra no entorno sul de Brasília, em uma área de 304 km2, com uma população estimada em 50.000 habitantes. É considerada uma cidade dormitório. Localiza-se a 45 km de distância da Capital do Brasil, por meio da BR 040 e da GO 09 (Rodovia Diogo Machado). Está próxima do Porto Seco de Brasília, bem como a 15 km de distância do pólo JK.

Hoje, a Cidade Ocidental vive o “boom das construções”, potencializadas pelo do Governo Federal, por meio do Programa “Minha Casa, Minha Vida”. Como ainda existem muitos terrenos, aproximadamente 200 mil lotes vagos, o crescimento é inevitável. Com isso, a demanda por materiais de construções aumentará.

2.2. Conceitos gerais sobre Central de Compras e Cooperativa de Compras:

Uma Central de Compras ou Cooperativa “de Compras” é constituída com a finalidade de unir pessoas ou empresas do mesmo segmento e, assim, conseguir força na negociação com as indústrias e os fornecedores. Segundo Sandra Regina Bruno Fiorentini, as centrais estão unindo suas forças na aquisição de mercadorias, criando um depósito central ou “Central de Distribuição - CD”. Porém, as notas fiscais de faturamento deverão ser obrigatoriamente emitidas em nome de cada empresa associadas.

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A Central e a Cooperativa de compras são entidades sem fins lucrativos, com o objetivo de agregar pessoas ou empresas de porte pequeno ou médio, que se unem para obter melhores condições de compra junto às indústrias, proporcionando ao grupo um grande poder de negociação.

O objetivo dessa entidade não é ser mais um concorrente e sim o apoio para que as empresas de pequeno e médio porte possam obter o mesmo desconto que as grandes empresas.

Central de Compras

As entidades sem finalidade de lucro são aquelas em que o resultado positivo não é destinado aos detentores de patrimônio líquido e o lucro ou prejuízo é denominado, respectivamente, de superávit ou déficit. Essas entidades exercem atividades assistenciais, comerciais, e outras, administrando pessoas, coisas de interesse coexistentes, coordenadas em torno de um patrimônio com finalidade comum ou comunitária. São constituídas sob forma de fundações públicas ou privadas, sociedades civis, nas categorias de entidades sindicais, culturais, associações de classe, clubes esportivos não-comerciais. (Sandra Regina Bruno Fiorentini – Consultora Jurídica – Orientação Empresarial – SEBRAE/SP).

De acordo com o art. 174 do RIR/99 (DECRETO Nº 3.000, DE 26 DE MARÇO DE 1999). Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Texto Republicado no D.O. De 17.6.99) estão isentas de imposto as instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem serviços para os quais foram instituídas sem fins lucrativos, desde que observados os seguintes requisitos:

• Não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados. • Aplicar seus recursos integralmente no País, na manutenção dos seus objetivos

institucionais.

• Manter uma escrituração contábil completa de suas receitas e despesas, em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.

• Conservar os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, em local apropriado, pelo prazo de cinco anos, contado da data de sua emissão, bem como quaisquer outros que demonstrem a realização de atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial.

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No tocante ao desvirtuamento dos objetivos das entidades isentas, a Secretaria da Receita Federal - SRF manifestou entendimento em várias decisões, como por exemplo:

• As entidades constituídas para fins nada lucrativos, mas que venham a exercer atividade econômica ou comercial, não se caracterizam como isentas de tributos; também não são isentas as entidades que prestam serviços... (Decisões nº 31/98, 63/98 e 209/98 da 6ª Região Fiscal, e Decisões nº 219/98 e 266/98 da 7ª Região Fiscal; • A participação societária de entidade filantrópica em pessoas jurídicas de fins

econômicos elide a isenção do Imposto de Renda- IR, dirigida às entidades de fins idéias, por representar recursos desviados da manutenção e desenvolvimento de seu objeto social (Decisão nº 125/98 da 9ª Região Fiscal).

Cooperativa “de Compras”

As cooperativas são regidas por uma Legislação específica, a Lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que as define como um contrato celebrado entre pessoas que reciprocamente contribuem com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivar o lucro. (Portal do Cooperativismo).

E “Política Nacional de Cooperativismo e instituiu o regime jurídico das cooperativas. São sociedades de pessoas de natureza civil, com forma jurídica própria, constituídas para prestar serviços aos associados e que se distinguem das demais sociedades pelas seguintes características:

• Adesão voluntária, com número ilimitado de associados, salvo impossibilidade técnica de prestação de serviços;

• Variabilidade do capital social, representado por cotas-partes;

• Limitação do número de cotas-partes para cada associado, facultado, porém, o estabelecimento de critérios de proporcionalidade;

• Inacessibilidade das quotas partes do capital a terceiros, estranhos à sociedade; • Retorno das sobras líquida do exercício, proporcionalmente às operações realizadas

pelo associado, salvo deliberação em contrário da Assembléia geral;

• Quorum para o funcionamento e deliberação da Assembléia geral baseado no número de associados e não no capital;

• Indivisibilidade do fundo de reserva e de assistência técnica educacional e social; • Neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e social;

• Prestação de assistência aos associados, e quando previsto nos estatutos, aos empregados da cooperativa;

• Área de admissão de associados limitada às possibilidades de reunião, controle, operações e prestação de serviços.

Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio

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de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida. (Conceito apresentado

no Congresso Centenário da Aliança Cooperativista Internacional, em setembro de 1995, em Manchester, na Inglaterra).

O SEBRAE afirma que as cooperativas têm por objetivo aglutinar pessoas, incluindo-se aqui as empresas que, por meio do seu trabalho, da sua produção ou da sua renda, atuando de forma coletiva e organizada, adquirem condições de conquistar espaços dentro de uma economia globalizada. Vale dizer que, caso elas agissem individualmente, dificilmente conseguiriam atingir suas metas.

3. DIFERENÇA ENTRE CENTRAL DE COMPRAS E COOPERATIVA “DE

COMPRAS”?

A diferença entre a Central de Compras e a Cooperativa “de Compras” é estrutural e fiscal. A Central de Compras é bem simples enquanto que a Cooperativa “de Compras” é mais complexa, pois os regimes que rezam entre elas são bem diferentes. Enquanto a Central de Compras necessita de no mínimo 2 (duas) empresas a Cooperativa “de Compras necessita de 20 (vinte) empresas.

4. VANTAGENS DA CRIAÇÃO DE UMA CENTRAL DE COMPRAS OU

UMA COOPERATIVA “DE COMPRAS”.

Levantamento feito na internet mostrou que quando as pequenas empresas se juntam e obteve resultados surpreendentes exemplo bem sucedido foi de uma farmácia da periferia de Salvador – BA, que conseguiu um desconto de 30% (trinta porcento) com as compras coletivas. Outro exemplo bem sucedido foi a Central de Compras em Três Corações-MG, obteve uma vantagem de 20% (vinte porcento).

Como apresentado no parágrafo anterior que não há dúvidas com a criação de uma Central de Compras ou uma Cooperativa “de Compras” levará os empresários do ramo de material de construção a terem sucesso.

A logística aplicada seria do tipo puxada, pois a demanda pela aquisição de produtos seria concentrado. Com a criação de um Centro de Distribuição - CD, a Central de Compras e ou a Cooperativa “de Compras” fixarão um lugar para receber as mercadorias, assim, evitar que a distribuição seja individualizada, e com isso, pagará somente uma taxa de frete (se todos assim quiserem) ou a taxa do frete viria junto com a Nota Fiscal aumentado o custo, apesar de as notas fiscais serem individuais. Os empresários ficariam responsáveis pela distribuição das mercadorias para sua(s) loja(s).

As vantagens da criação de uma Central de Compras ou uma Cooperativa “de Compras” são: a) Aumento de lucros dos associados; b) Reconhecimento na mídia; c) Crescimento do

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número de associados; d) Aumento da satisfação dos clientes atendidos pelas empresas associadas; e) Maior facilidade de acesso a fornecedores; f) Aumento na variedade de produtos ofertados; g) Ganho de competitividade frente aos concorrentes que não fazem parte da rede ou Central de Compras ou Cooperativa de Compras; h) Maior facilidade de acesso a linhas de créditos; i) Melhores condições de negociação com os fornecedores; j) Fortalecimento da marca da rede; k) Maior capacitação gerencial dos associados – maior aprendizagem; l) Aumento do volume de compras utilizando-se a rede estão descritos abaixo:

• Aumento de lucro dos associados - Os resultados otimizados naturalmente propiciam a fidelidade dos associados e o comprometimento com a governança da Central de Compras.

• Reconhecimento na mídia (jornais, TVs, revistas, congressos) - O reconhecimento de uma rede ou Central de Compras cria confiabilidade no mercado, atrai clientes e pressupõe desempenho atrativo e vantajoso para os clientes

• Crescimento do número de associados - O aumento do número de associados identifica o bom desempenho da rede, o que, por sua vez, atrai mais clientes e potenciais novos associados.

• Aumento da satisfação dos clientes atendidos pelas empresas associadas - Para se alcançar resultados atrativos, a satisfação dos clientes é peça-chave, pois é a partir desta que eles se tornam fieis e espraiam o desempenho da Central de Compras

• Maior facilidade de acesso a fornecedores - Sem dúvida, quanto maior o volume de associados, maior o poder de compra e, consequentemente, de negociação junto aos fornecedores.

• Aumento na variedade de produtos ofertados - Compras conjuntas ou centralizadas permitem a ampliação da variedade de itens à disposição dos clientes, tornando a rede mais atrativa.

• Ganho de competitividade frente aos concorrentes que não fazem parte da rede ou Central de Compras ou Cooperativa de Compras. - Não há termo de comparação entre organizações atuando isoladas e aquelas que compõem uma rede interorganizacional. O conjunto produz naturalmente um ganho de competitividade.

• Maior facilidade de acesso a linhas de créditos - As instituições financeiras almejam, sempre, o lucro maximizado, o que torna atrativa a conquista de “redes de clientes”, em relação às operações isoladas com estes.

• Melhores condições de negociação com os fornecedores - O poder de negociação surge novamente neste item, já que o conjunto através de sua governança possui força adicional e multiplicada quando da negociação de preços com fornecedores.

• Fortalecimento da marca da rede - Os esforços de marketing quando implementados por organizações individuais, demandam maiores custos e deixam de possuir um

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poder de impacto condizente com o almejado. Já o conjunto, permite a pulverização de custos e o maior volume de canais estratégicos para fortalecer a marca comum, tornando-a sólida e confiável.

• Maior capacitação gerencial dos associados – maior aprendizagem - A troca de experiências é uma das grandes vantagens da operação em rede, pois permite o crescimento gerencial dos gestores e seu aperfeiçoamento constante.

• Aumento do volume de compras utilizando-se a rede - Se os custos de compras são mais atrativos (devido ao volume conjunto), o aumento desses volumes naturalmente se torna maior, com resultados mais atrativos para o grupo.

4.1. Central de Compras

A Central de Compras precisa de pelo menos 2 associados para sua criação.

4.2. Formação de Preço de Venda

A Cooperativa “de Compras necessita de no mínimo de 20 associados para sua criação.

5. DESVANTAGENS DA CRIAÇÃO DE UMA CENTRAL DE COMPRAS

OU UMA COOPERATIVA “DE COMPRAS”?

Não foram encontrados na minha pesquisa nos site do Sebrae.com.br, centraldecompra. com.br, Associação Brasileira de Organizações – Abong e Portal das Cooperativas, qualquer desvantagem para a implementação de uma Central de Compras ou uma Cooperativa “de Compras”, porém possa intuir que a desvantagem que possa ocorre é a desistência do Associado, colocando em risco a manutenção da Central de Compras ou a Cooperativa “de Compras”.

Outra desvantagem entre a uma Central de Compras ou uma Cooperativa “de Compras” é na sua constituição.

6. SUSTENTABILIDADE DE UMA CENTRAL DE COMPRAS E DA

COOPERATIVA “DE COMPRAS”?

O nicho surgiu quando micros e pequenos empresários e o suporte do Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE - juntaram-se e começaram a trabalhar com o Projeto de Centrais de Negócios ou de Compras. O lema principal da Central de Compras:

“Cooperar para Competir” fez nascerem redes com capacidade de comprar em conjunto, com preços melhores e competir com grandes lojas de materiais de construção.

Segundo o SEBRAE – “Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - As pequenas empresas de qualquer setor têm algo em comum: baixo poder de negociação com os

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fornecedores, tanto em relação a preço como em relação a prazo de pagamento. Isso significa que os pequenos não têm acesso de negociação com os grandes fabricantes de material de construção”.

A criação de uma Central de Compras ou uma Cooperativa “de Compras” reduzirá significativamente o custo a que as empresas são submetidas, diariamente, nas compras individuais. Essa operação, por intermédio de uma Central de Compras, é uma tendência viável para a aquisição de suprimentos com preços mais adequados, que refletirão na competitividade das empresas, com ganhos imediatos para os consumidores. Com isso, elas se juntam ou se agrupam com objetivo de formar uma Central de Compras ou uma Cooperativa “de Compras”. A Central de Compras ou Cooperativa “de Compras” não devem funcionar como um atacadista, e não visam lucros. Eles devem se unir para obter vantagens competitivas na hora de negociação junto à indústria.

Segundo Elkington (2000) um negócio é sustentável se cumprir o 3BL (Triplo Bottom Line), ou seja; garantir prosperidade econômica para a empresa, qualidade ambiental e justiça social. Conseguindo bons resultados em negociações junto aos fornecedores de materiais de construção os empresários conseguirão reduzir os custos. Assim, com uma justiça social, repassariam a seus consumidores tais reduções, alavancando, com isso, o comercio local.

Para ser competitiva, uma empresa precisa contar com uma habilidade de serviços básicos que equilibre a disponibilidade, o desempenho operacional e a confiabilidade para todos os clientes. (BOWERSOX, p.83).

A competitividade é acirrada entre as empresas do mesmo ramo, material de construção, era o pensamento do século passado. Hoje a competitividade prospera com a união, e essa união, tem como objetivo de agregar valor comercial. Atendê-lo da melhor forma possível deve ser o objetivo de toda empresa. (MARTINS, 2009).

Para Alves Filho et. al.(2004), a dependência entre organizações reflete a diferença de poder entre elas, pois uma organização tem mais ou menos poder, em relação às outras. Essa dependência será reforçada com a união dos pequenos em comparação como as grandes corporações que levam bastante vantagem na negociação.

Para a implementação da Central de Compras ou de uma Cooperativa “de Compras” os empresários deverão se organizar baseado em um planejamento sustentável e estratégico, amenizando a acirrada concorrência entre elas, empresas de material de construção local.

Além disso, os grandes fornecedores não aceitam pedidos em pequenas quantidades, dificultando a aquisição pelas pequenas e médias empresas de uma série de mercadorias, de serviços, de produtos e ou de insumos. Exemplificando: Uma empresa da Cidade Ocidental - GO queria comprar certa quantidade de um determinado produto direto da fábrica, contudo, visto que, a carga a ser adquirida não fecharia um caminhão, o negócio não foi concretizado.

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Os comerciantes locais de material de construção são, em sua maioria, de pequeno porte, adquirem poucas mercadorias. Neste aspecto gera um desinteresse das grandes indústrias, pois o alto custo envolvido no negócio, façam com que prefira negociar com os grandes atacadistas e, assim, a mercadoria acaba chegando com valores mais elevado aos pequenos e médio comerciantes.

Com o baixo poder de negociação os empresários da pequena e média empresa compromete a sua competitividade e produtividade de seu negócio, frente ao concorrente de maior porte. Para inverter essa situação desfavorável, a solução é aumentar o volume de cada compra, conseguindo melhores preços e maiores prazos de pagamento. Isso só poderá ser alcançado com o aumento do volume de aquisição das mercadorias em conjunto, e compartilhadas entre o grupo de empresas, que se reúnem para tal finalidade.

6.1. Risco de implantação de uma Central de Compras ou uma Cooperativa “de Compras”?

A palavra risco vem originalmente, do italiano antigo risicare, que quer dizer ousar (Bernstein, 1997) e no sentido de incerteza, é derivada do latim risicu e riscu. Nesse contexto, a palavra risco deve ser interpretada como um conjunto de incerteza encontrada quando ousamos fazer algo, e não apenas como problema. (SALLES, JÚNIOR, 2009).

Já o Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (PMBOK – 4ª edição) descreve o risco como sendo um evento ou uma condição incerta que, se ocorrer tem um efeito em pelo menos um objetivo do projeto.

Todo empreendimento seja ele: pequeno, médios ou grandes, de formação de grupo ou conjunturais corre o risco de ter algum problema inesperado na sua implantação. Pois nenhuma pessoa ou empresas, está livre delas. O risco faz parte do contesto empresarial e situacional.

Há vários fatores que influenciam na hora de implementar uma Central de Compras ou uma Cooperativa “de Compras”: (a) Confiança; (b) Comprometimento; (c) Aprendizagem (troca de informações); (d) Experiência; (f) Compatibilidade; (g) Equilíbrio de direitos e deveres; (h) Capacidade de recursos humanos; (i) Processo de formação e estruturação da rede ou Central de Negócio - CN; (j) Coordenação e mecanismos de controle e (k) Ambiente externo.

O fator Sua característica

Confiança A confiança é fator vital para a sobrevida da rede ou da CN, entre seus parceiros, os quais, desde o momento da idealização do grupo, já devem buscar explicitar essa característica. Comprometimento ciado, vez que haverá duplicidade de intenções, adequadas para cada caso – podendo, até, A participação em mais de uma CN (ou rede) pode prejudicar o comprometimento do

asso-serem conflitantes. Aprendizagem (troca

de informações)

Assim, a aprendizagem deve ser entendida como uma vantagem competitiva do grupo, e não individualmente. Isto se consegue associando-a com o comprometimento e a lealdade à CN /

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O fator Sua característica

Experiência Especificamente em se tratando do gestor da CN, essa experiência pode vir a ser vital para o sucesso do novo empreendimento. Assim, é fundamental que a escolha deste gestor recaia sobre pessoas claramente comprometidas com suas funções de governança.

Compatibilidade

A compatibilidade é essencial em alianças, pois fortalece o relacionamento e facilita o alcance dos objetivos comuns ao grupo.

Por isso, alianças entre empresas fortes e fracas, via de regra geram conflitos – pois as fortes naturalmente se impõem e privilegiam suas idéias e opiniões sobre as mais fracas. Equilíbrio de direitos e

deveres

Em todo e qualquer grupo de aliados, o equilíbrio entre direitos e deveres é fundamental para que a aliança se constitua em retorno interessante para todos, mediante esforços também

compartilhados.

Assim, independentemente do porte diferenciado dos associados (alguns maiores, outros menores), todos, sem exceção, devem compartilhar do processo decisório.

Capacitação de recur-sos humanos

A homogeneização da capacitação e da cultura é, parece-nos, algo utópico. O que, sim, pode ser feito é a criação de uma nova cultura do grupo, específica para o bom desempenho da

aliança (criação de valor conjunto).

Outro aspecto fundamental é o treinamento de todos – funcionários, associados e gestores/ administradores. O caráter prioritário do treinamento se sobrepõe a todos os demais aspectos

da capacitação dos recursos humanos. Processo de

for-mação e estruturação da rede ou CN

Já no tocante ao planejamento da aliança, tal tem a ver com o processo prévio que pretende a concretização da mesma. E neste sentido, parece crítico que os objetivos do grupo devam ser comuns a todos os associados. O não compartilhamento desses objetivos (ou a dissonância

entre os associados neste sentido), fatalmente condenará a aliança ao insucesso.

Coordenação e me-canismos de controle

O contrato, para a maioria dos autores, é o elemento principal – embora, para nós, possua sim-ilar relevância ao de outros mecanismos e ferramentas de controle. Afinal, a máxima histórica que afirma “contratos foram feitos para não serem cumpridos” tem razão de ser e não é à toa

que se mantém vigente no âmbito negocial.

Há outras ferramentas (controle de desempenho dos associados, compartilhamento dos resul-tados comuns, troca de informações, códigos de ética etc.) que colaboram para que a aliança

tenha um bom e seguro desempenho.

Ambiente externo

O ambiente externo é fator crucial para qualquer tipo de negócio, não necessariamente pre-cisando ser uma rede, CN ou outro tipo de aliança colaborativa.

Neste quesito, estão: as normativas governamentais, as flutuações do próprio mercado se-gundo se comporte a economia, as estratégias dos fornecedores, a infidelidade crescente dos

clientes, o surgimento de novos concorrentes etc. Fonte: http://www.centraisdecompras.com.br/2011/02/data 26/09/2011 com adaptação.

7. RESULTADO DA PESQUISA DE CAMPOS

A pesquisa foi realizada junto aos empresários de material de Construção que apresentou seu real conhecimento a respeito da Central de Compras e/ou de uma Cooperativa “de Compras”.

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Quadro Resumo PESQUISA DE CAMPO

UN DESCRIÇÃO SIM NÃO

Caso a resposta seja não Não tive Orientação Não me Interes-so pelo Assunto Não tenho tempo Pago a fatura simplesmente Sou contra isso 01 Você sabe o que é uma Central de Compras? 06 01 00 01 00 00 00 02 Você sabe o que é uma Cooperativa “de Compras”? 06 01 01 00 00 00 00 03 Você participaria de uma delas? 06 01 00 00 01 00 00 04 Você sabe qual é o custo do frete que paga pela mercadoria adquirida? 05 02 02 00 00 00 00 05 Se reduzisse o valor do frete, você repassaria para seus clientes essa

redução de custos? 07 00 00 00 00 00 00 Fonte do autor.

Por amostragem foram entrevistados com 7 (sete) empresários do ramo de material de construção, que se localizam no Centro do Município de Cidade Ocidental-GO, que corresponde a 35% das empresas instaladas, hoje o Município de Cidade Ocidental-GO conta com aproximadamente 20 empresas espalhado por uma área de 304 km².

Todas as empresas do ramo de material de construção são empresas de pequeno e médio porte.

A pesquisa teve o objetivo de fazer um levantamento junto aos empresários do ramos de material de construção a respeito criação de uma Central de Compras ou uma Cooperativa “de Compras”. A pesquisa queria saber dos empresários:

a) Você sabe o que é uma Central de Compras?

b) Você sabe o que é uma Cooperativa “de Compras”?

c) Você participaria dela (Central de Compras ou Cooperativa “de Compras”? d) Você sabe qual é o custo do frete que paga pelo material adquirido?

e) Se reduzisse o valor do frete e das mercadorias, você repassaria para seus clientes essa redução de custos?

Para todas as perguntas acima os empresários tinham (sim ou não) para responder. Caso a resposta fosse não eles tinha que justificá-la com:

a) não tive orientação,

b) não me interesso pelo assunto, c) não tenho tempo para isso e d) sou contra isso.

Para o item “d” das perguntas foi acrescido para a resposta, pago a fatura simplesmente. Mostrou que 85,71% dos empresários do ramo de materiais de construção têm consciência do que é a Central de Compras ou Cooperativas “de Compras”. 14,29% não conhecem nem uma das duas (Centra de Compras e Cooperativa “de Compras”, porém gostaria de saber mais sobre elas. 71,42% dos entrevistados sabem dos custos dos fretes que

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pagam. 85,71% dos entrevistados participariam da formação de uma Central de Compras ou Cooperativa “de Compras”. E que 100% dos empresários repassariam os ganhos obtidos como a redução de custos para os clientes.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A implementação de uma Central de Compras mostrou ser mais vantajosa do que a Cooperativa “de Compras”. O que as difere entre a Central de Compras da Cooperativa “de Compras” é a sua constituição, enquanto esta precisa de, no mínimo, 20 empresários, aquela pode começar com, no mínimo, 2 empresários, apesar de que na literatura não informa a quantidade mínima para a criação da Central de Compras.

O tipo de produção a ser adotado é a puxada, visto que os pedido seriam feitos diretamente pela Central de Compras.

Estima-se que com a implementação da Central de Compras alcance um ganho de eficiência da ordem de 30%, fornecendo menores preços dos produtos, dado o maior volume de vendas.

A entrevista com os empresários do ramo evidenciou que a maioria é a favor da criação de uma das Centrais. Outros disseram que deixariam de adquirir um produto porque a indústria só vende carga completa. Eles acham importante ter a mercadoria na loja, apesar da mercadoria não ter muita saída. Sendo assim, poderiam comprar a mercadoria se houve uma união entre eles para fechar um caminhão.

Para os comerciantes que queiram implantar uma Central de Compras deverão buscar orientação e apoio, junto à Secretaria de Comércio da Prefeitura Municipal, ou procurar um consultor empresarial, ou a Associação dos Comerciários local ou o SEBRAE.

Cabe ressalvar que, apesar do trabalho fazer a proposição do modelo para redução de custos de material de construção, poderá ser aplicado também em outras atividades econômicas como: Padaria, Açougue, Papelaria, Salão de Beleza, etc..

Não há dúvidas que com a criação de uma Central de Compras levará os empresários do ramo de material de construção a terem sucesso.

REFERÊNCIAS

Artigo – Apresentação de um modelo de Gestão Integrada da Cadeia de Suprimentos - Revista Mundo Logística – nº 24, ano IV.

Artigo – Construtoras criam cooperativa de compras para enfrentar alta de preços dos materiais – SindusCon-SP- acesso 25/10/2011.

Bowersox, Donald J., 1932 – Gestão da cadeia de suprimentos e logística/Donald Bowersox, David Closs e M. Cooper; tradução de Cláudia Mello Belhassof. – Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2007.

Chiavenato, Idalberto – Administração/ Idalberto Chiavenato. – Rio de Janeiro: Editora Elsevier; São Paulo: Anhanguera, 2010.

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Martins, Petrônio G. (Petrônio Garcia) – Administração de materiais e logística/Petrônio Garcia Martins, Paulo Renato Campos Alt. – Ed. Especial Anhanguera – São Paulo: Editora Saraiva, 2009.

Martins, Petrônio G. (Petrônio Garcia) – Administração da produção e operação/Petrônio Garcia Martins, Fernando P. Laugeni. – Ed. Especial Anhanguera – São Paulo: Editora Saraiva, 2009.

Maximiano, Antônio César Amaru – Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital, 6ª ed. - 2 reimpr. – São Paulo: Ed. Atlas, 2007.

Salles Júnior, Carlos Alberto Corrêa – Gerenciamento de riscos em projetos/ Carlos Alberto Corrêa Salles Jr, Alonso Mazini Soler, José Ângelo Santos do Valle, Roque Rabechini Jr. - Rio de Janeiro: Editora FVG, 2006.

Tarapanoff, Kira - Inteligência organizacional e competitiva– Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.

www.centraisdecompras.com.br/indicadores-de-sucesso-das-centrais-de-compras-2/-data 26/09/2011

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