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O serviço de Saúde Ocupacional como um meio para melhorar a saúde dos trabalhadores: relatório de estágio.

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Academic year: 2021

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MESTRADO EM EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

O serviço de Saúde Ocupacional como

um meio para melhorar a saúde dos

trabalhadores: relatório de estágio

Sara Valente Moreira da Silva

M

2019

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O Serviço de Saúde Ocupacional como um meio para melhorar a

saude dos trabalhadores: relatório de estágio

Sara Valente Moreira da Silva

Dissertação de candidatura ao grau de Mestre em Educação para a Saúde, apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e à Faculdade de Psicologia e de Ciências da

Educação da Universidade do Porto

Orientador: Professor Doutor Nuno Miguel de Sousa Lunet

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Índice

Resumo: ... 1

Abstract:... 1

1. Introdução ... 2

2. Caracterização do Serviço de Saúde Ocupacional ... 3

2.1 Consultas de especialidade em Medicina do trabalho... 4

3. A Educação para a Saúde ... 6

4. Descrição das atividades desenvolvidas durante o estágio ... 8

4.1 Ergonomia ... 8

4.2 Iluminância ... 10

4.3 Qualidade do ar interior ... 11

4.4 Simulacros/ segurança contra incêndios ... 13

4.5 A obesidade ... 14

4.5.1 Formas de definir obesidade ... 17

4.5.2 Patologias provocadas pela obesidade ... 18

4.5.3 Controlo e prevenção da obesidade ... 19

4.5.4 Tratamentos da obesidade ... 20

4.5.6 Procedimentos éticos ... 22

4.5.7 Análise descritiva da amostra ... 22

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Índice de tabelas

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Siglas

CDUP: Centro de Desporto da Universidade do Porto DM2: Diabetes melitus tipo2

FADEUP: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto

FCNAUP: Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto FBAUP: Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto

HTA: Hipertensão arterial IMC: Índice de Massa Corporal

INEM: Instituto Nacional de Emergência Médica de Portugal INS: Inquérito Nacional de Saúde

OMS: Organização Mundial da Saúde PSP: Polícia de Segurança Pública QAI: Qualidade do ar interior SSO: Serviço de Saúde Ocupacional

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Resumo:

Este relatório visa mostrar quais os objetivos ao longo do estágio no Serviço de Saúde Ocupacional, bem como o trabalho que é realizado por este serviço. Para isto, é importante perceber o que se faz neste serviço, quais os meios de atuação e a forma de prevenir acidentes de trabalho e/ ou melhorar as condições de trabalho dos indivíduos.

Neste trabalho, são explicadas as atividades realizadas ao longo do estágio, tal como a função de cada uma. Estas atividades prendem-se com o acompanhamento dos técnicos do serviço em avaliações a funcionários da Universidade do Porto. Avaliações estas referentes a ergonomia, iluminância, qualidade do ar interior, simulacros/ segurança contra incêndios. ao longo do trabalho, é referido ainda uma tarefa relacionada com a obesidade e a forma de combate à mesma, bem como a elaboração de materiais informativos de modo a minimizar os riscos da obesidade.

Palavras chave: Serviço de Saúde Ocupacional; Ergonomia; Iluminância;

Qualidade do ar Interior; simulacro de incêndio; Obesidade

Abstract:

This report intents to demonstrate the long-term goals throughout this internship in the Occupational Health Service, as well as the functions of this service.

For this, it is important to understand what are the tasks of this service, its action means, as well as the way to prevent work accidents and/or to improve the individuals working conditions.

In this report, the activities performed throughout the internship will be explained as well as the tasks of each one of the interns.

This tasks (or activities) refere to the follow-up of the service technicians in evaluations of the staff of UP - Universidade do Porto (University of Porto) in terms of ergonomics, lighting, interior air quality and drills/security against fire.

Throughout the report, a task related to child obesity and the way to fight it is mentioned, as well as the the elaboration of informative materials as a way to minimize the risks of obesity.

Key words: Occupational Health Service; ergonomics; lighting; indoor air

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1. Introdução

Este relatório, tem como principal objetivo dar a conhecer o trabalho realizado ao longo da unidade curricular “estágio” efetuado no âmbito do Mestrado em Educação para a Saúde.

Aquando a chegada ao local de estágio foi-nos apresentada a unidade, os técnicos, os laboratórios, quais os procedimentos que se faziam ao longo do tempo, os quais iremos falar mais em pormenor ao longo do relatório.

Os objetivos definidos para este estágio incluíram compreender o funcionamento do serviço de saúde ocupacional e qual o seu papel na vida dos trabalhadores, acompanhar os profissionais do Serviço de Saúde Ocupacional (SSO) em avaliações aos trabalhadores e locais de trabalho, assim como desenvolver tarefas especificas no contexto da compreensão da importância da obesidade nesta população e elaborar material informativo em relação a formas de minimizar os riscos de vir a ser obeso, ou de diminuir o seu Índice de Massa Corporal (IMC).

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2. Caracterização do Serviço de Saúde Ocupacional

O estágio foi realizado no Serviço de Saúde Ocupacional (SSO) do Instituto de Saúde Publica da Universidade do Porto (ISPUP). Para a Direção Geral da Saúde (DGS) (2013/2017), os Serviços de Saúde Ocupacional têm como objetivo zelar pela cobertura de todos os trabalhadores por conta de outrem em todos os sectores de atividade. Bem como deve garantir que realiza intervenções pertinentes de saúde ocupacional como meio de prevenir doenças profissionais ou lesões por acidentes, o mesmo se pode dizer relativamente ao serviço em que o estágio foi realizado. Cabe ainda a estes a proteção e promoção da saúde e bem-estar dos trabalhadores das empresas a que prestam serviços.

O estágio foi realizado no SSO este abriu no ano de 2010. A realização do estágio foi de outubro de 2018 até março de 2019. O SSO, presta serviços na sua maioria a entidade que pertencem à Universidade do Porto, pode ainda prestar serviços externos a outras instituições.

Este serviço é composto por vários técnicos de áreas específicas de modo a cobrir as áreas em que atua. Sendo constituído por uma técnica administrativa, dois técnicos de laboratório, quatro médicos especializados em medicina do trabalho, e ainda duas enfermeiras.

As instalações em que se encontram os técnicos do SSO, estão sediadas na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. O mesmo acontece quanto aos laboratórios pertencentes ao serviço, com exceção de um dos laboratórios encontra-se no espaço físico do Hospital de São João, enquanto o outro laboratório esta acolhido na FMUP. As consultas médicas e de enfermagem do serviço são realizadas em dois locais diferentes, no Hospital de São João, ou nos Serviços de Ação Social da Universidade do Porto (SASUP), estando divididos por zonas e dias específicos. Ou seja, dependendo da zona a que a faculdade pertence, o funcionário pode ser encaminhado tanto para o Hospital como para os SASUP.

Neste serviço são realizadas diversas avaliações de modo a melhorar ou minimizar os riscos de acidentes de trabalho. Estas avaliações que podem ser efetuadas podemos salientar a ergonomia, iluminância, qualidade do ar interior, simulacros e segurança contra incêndios.

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4 De forma a entender o funcionamento do serviço em que estive, foi importante perceber desde início quais as leis pelas quais se rege o serviço. Segundo a lei nº 102/2009 artigo nº97, o objetivo primordial de um serviço de higiene e segurança no trabalho serviço este que pertence ao SSO, prende-se com o assegurar boas condições de trabalho onde sejam salvaguardadas a saúde física e mental do trabalhador, bem como a sua segurança. Dotar os trabalhadores de informações referentes à segurança e saúde no trabalho, bem como formações especificas quando necessário de modos a promover a promoção da saúde destes trabalhadores. Este serviço tem ainda de ajudar a desenvolver as condições técnicas que permitam que haja uma prevenção de qualquer problema que possa surgir com os trabalhadores ao longo do seu percurso de trabalho.

De forma a percebermos melhor como é o funcionamento deste serviço, é importante percebermos quais as atividades mais significativas neste serviço, e tendo em conta o nosso local de estágio. Este serviço é projetado a pensar no planeamento e prevenção tendo em conta as atividades da empresa e a avaliação dos riscos das mesmas, preceder a relatórios de avaliações de riscos, participar no planeamento de um plano de emergência interno, avaliações de ergonomia, iluminância, qualidade do ar interior. Sendo que estas avaliações são especificadas e explicadas mais adiante.

Segundo a lei acima referida, cabe a este serviço o desenvolvimento de atividades de forma a promover a saúde dos trabalhadores, como por exemplo dando formações ou desenvolvendo programas específicos a nível de saúde e segurança no trabalho. Em casos de acidentes de trabalho, cabe ainda a estes a organização da documentação necessária a notificações a entidades competentes, bem como analisar as causas do mesmo e elaborar os respetivos relatórios. Quando o técnico percebe que existe necessidade de entrar em contacto com o empregador com vista a que determinada medida de prevenção ou de melhoria da qualidade de vida do trabalhador seja tomada, estes técnicos devem fazê-lo, bem como cooperar na implementação dos mesmos se assim for pedido.

2.1 Consultas de especialidade em Medicina do trabalho

Para melhor percebermos a forma de funcionamento das consultas realizadas no SSO, é importante percebermos quais as leis nacionais existentes em relação às consultas realizadas por medicina no trabalho. Segundo a Lei nº 102/2009, artigo nº 108, o empregador deve ter em conta a saúde dos seus funcionários. Proporcionando aos

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5 mesmos, o acesso a consultas de medicina no trabalho, de modo a promover a realização de exames de modo a comprovar a aptidão do trabalhador para o exercício da atividade laboral que realiza, bem como as condições que este tem nesse mesmo local.

Como tal, estas consultas devem ser realizadas por um médico do trabalho1. Estas

consultas, segundo a lei portuguesa, devem ser realizadas sempre em alturas de admissões entes do início do trabalho, ou se necessário tem uma data limite de 15 dias após o início de funções. Após isto, devem ser realizados exames anuais a menores de idade e a trabalhadores com idade superior a 50 anos, para os restantes trabalhadores estas consultas devem ser realizadas de 2 em 2 anos.

Estas consultas podem ser antecipadas sempre que houver indícios para tal, por exemplo existindo alterações significativas que possam se repercutir na saúde do trabalhador, então estas consultas serão antecipadas de modo à saúde do trabalhador não sair prejudicada, ou ainda, em caso de regresso ao trabalho após baixa medica por doença ou acidente de trabalho2.

Segundo Braga (2000), o acidente de trabalho deve ser observado com prudência, cabe aos técnicos, olhar não só para o acidente em si, mas também para todos os fatores que o predispuseram. É importante percebermos quais os fatores que influenciaram este acontecimento, de modo a prevenir que volte a acontecer. Por exemplo, sabemos que existem determinadas profissões que tem maior probabilidade de ter acidentes por exemplo com material perfuro cortante, como tal, devemos ter maior atenção a estas probabilidades. Estes acidentes de trabalho, tem de ser vistos de forma única, mas a prevenção deve existir como um todo, pois só assim pode ser prevenida a morbilidade e a mortalidade (por vezes) dos trabalhadores.

É por estas leis que o serviço em que estagiei segue no que concerne a chamar os funcionários para as consultas de especialidade, ou quando os próprios funcionários

1 É considerado todo o licenciado em medicina que efetue a especialidade em medicina do trabalho

reconhecida pela ordem dos médicos. Ao qual é reconhecida a idoneidade técnica para o exercício da função segundo a lei portuguesa. Pode ainda ser permitido o exercício desta função a médicos licenciados que ao fim de quatro anos mostrem prova da obtenção de especialidade em medicina no trabalho, de modos a poder continuar a exercer nesta mesma área.

2 Segundo a lei nº98/2009 é classificado como acidente de trabalho todo aquele que acontece no local

de trabalho e durante o horário de trabalho, que leve a qualquer lesão corporal, perturbação funcional ou doença que resulta na incapacidade total ou parcial de trabalho, ou em morte.

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6 consideram necessário por um motivo relacionado com o seu local de trabalho ter acesso a estas consultas.

3. A Educação para a Saúde

Este estágio, foi concebido de forma a terminar o mestrado em Educação para a Saúde, e como tal, torna-se importante percebermos qual o papel que um educador para a saude tem na vida dos indivíduos e qual o objetivo do seu trabalho. Como tal, iremos tentar mostrar um pouco isto.

A educação para a saúde integra a promoção da saúde, segundo a Carta de Ottawa (1986) refere-se ao processo de capacitação da sociedade com o objetivo de melhorar a sua qualidade de vida, com o intuito de fazer com que cada individuo em particular participe deste processo. Segundo a Carta de Ottawa (1986), as comunidades e os indivíduos em particular, devem ter a aptidão de identificar aspirações e satisfazer necessidades, bem como transformar o meio ambiente em que estão inseridos. É importante salientar desde já, que a promoção da saúde não depende exclusivamente deste mesmo setor da saúde, mas sim, de todos os sectores que envolvem o dia a dia de cada individuo, como nas escolas, nos hospitais, nos locais de trabalho, entre outros. Todos estes sectores vão influenciar, de forma positiva ou negativa, o bem-estar global da comunidade ou do individuo, sendo assim, responsabilidade de todos os meios em que o individuo está inserido.

“Promoção da saúde é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo. Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivo de viver. Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. Assim, a promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor saúde, e vai para além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global.” (Carta de Ottawa, 1986)

Quando nos referimos saúde, estamos a salientar uma parte da vida dos indivíduos que é o maior bem que uma pessoa pode ter, pois deste depende o desenvolvimento económico, pessoal e social de cada individuo. Como tal o grande objetivo na promoção

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7 da saúde prende-se com o desenvolvimento e capacitação pessoal de cada um de modo a favorecer o dia-a-dia bem como o futuro de cada um.

As sociedades são complexas, e como tal, a saúde é influenciadora nas restantes áreas da vida dos indivíduos. Como tal, ao adotar medidas preventivas para a sua saúde, a população estará a modificar hábitos que poderiam, futuramente, trazer consequências negativas a sua vida.

Ao promovermos a saúde, estamos a fomentar estilos de vida e trabalho mais saudáveis, seguros e satisfatórios para cada um. Tendo sempre me conta, que não depende de forma direta apenas da saúde de cada indivíduo, mas também do meio-ambiente e dos recursos naturais que são utilizados. Isto para explicar que devemos ter todas as áreas em atenção quando nos referimos a promoção da saúde, porque a saúde de cada individuo depende de vários fatores.

Torna-se importante perceber que para termos um bom resultado na promoção da saúde, não chega apenas mostrar as comunidades o que podem melhorar. Temos sim, de capacitar cada individuo de forma a que a equidade entre os diferentes grupos seja cada vez mais impercetível, com uma base sólida bem como acessos diferenciados à informação.

No caso em específico deste estágio, a promoção da saúde vai se utilizada como instrumento de combate e prevenção a problemas que possam ter origem nos locais de trabalho, ou que podem vir a influenciar o aproveitamento do trabalhador ao longo da sua jornada de trabalho.

Ao longo do estágio tornou-se importante perceber efetivamente o que alguns conceitos significam. Par tal, comecemos por perceber qual o significado da palavra trabalho. Segundo Maria Yvone, et al (2004) o trabalho refere-se a uma atividade realizada por um individuo, que tem como finalidade a aquisição de um rendimento para sua subsistência e da sua família. É desde já importante que o homem não trabalhe apenas pelo rendimento que recebe, mas também pela satisfação pessoal que isso lhe trará com o resultado dos seus próprios esforços.

Por outro lado, temos de compreender quais as outras particularidades que o trabalho tem na vida do individuo, podendo salientar por exemplo: o respeito pela saúde do trabalhador privilegiando a segurança e higiene dos locais de trabalho; permitir tempo

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8 livre para descanso e lazer do trabalhador, ponderando sempre os horários de trabalho e a duração dos mesmos permitindo que o trabalhador tenha satisfação com aquilo que faz.

Após percebermos quais os aspetos mais importantes do trabalho, é de destacar a importância dada a saúde do trabalhador. Por saúde do trabalhador podemos entender que se trata de um conjunto de conhecimentos de diversas áreas de estudo, como por exemplo medicina do trabalho, sociologia, psicologia, medicina social, saúde publica entre outras, de forma a permitir uma relação mais próxima entre a saúde e o trabalho como meio de melhorar não só a saúde geral do trabalhador, mas todo o ambiente que o envolve no local de trabalho.

Uma das características mais importantes que o termo saúde do trabalhador trouxe para o mesmo, prende-se com o papel que o trabalhador tem ao longo de todo o processo, que aqui o mesmo torna-se um sujeito ativo em todo o processo que o envolve. Torna-se ainda um meio de grande importância para o trabalhador pois permite que este se envolva em todo o processo de saúde-doença, permitindo a evolução de uma prática interdisciplinar de todas as áreas técnicas envolventes (psicologia, serviço social, enfermagem, medicina, engenharia entre outras).

4. Descrição das atividades desenvolvidas durante o estágio

Após perceber um pouco a dinâmica do serviço, quais os objetivos e qual o papel de cada técnico, foi-nos dito que iriamos acompanhar os técnicos em testes que iriam realizar ao longo do nosso estágio, bem como perceber quais os objetivos inerentes a cada um. Foi ainda pedido o estudo de funcionários de duas faculdades em simultâneo, de forma a perceber como a problemática da obesidade estava associada a cada uma delas, bem como a elaboração de panfleto e cartaz com possibilidades de prevenção/ tratamento para os trabalhadores e estudantes da Universidade do Porto.

4.1 Ergonomia

Ergonomia pode ser caracterizada, segundo a Ergonomics Research Society como o “relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e

particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desses relacionamentos”.

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9 Por outras palavras, isto é a adaptação do trabalho ao homem. Ou seja, é mais fácil que o local de trabalho seja adaptável ao homem, do que o homem s consiga adaptar ao trabalho. Isto porque, torna-se mais fácil mexer em objetos, tocar sítios, subir/descer, do que alterar o homem devido as suas limitações humanas.

Para melhor percebermos quais os objetivos da ergonomia, é importante percebermos quais os fatores considerados mais importantes para o sistema de trabalho. Tendo em conta fatores humanos como características físicas, psicológicas e sociais do individuo, a idade, o género, bem como todo o ambiente que envolve o trabalhador quer seja material que é utilizado durante o tempo de trabalho, mas também o ambiente físico que envolve o homem durante o seu expediente. Como a temperatura ambiente, o ruido e as vibrações, a iluminação, os gases, no caso de trabalho por exemplo mais na secretaria perceber qual a disposição dos materiais mais usados, se são os mais corretos para o trabalho em questão por exemplo.

Iremos mostrar como eram feitas as avaliações referidas anteriormente, pois ao longo do estágio foi possível observar algumas destas avaliações, bem como o acompanhamento na elaboração de relatórios. Para estas avaliações, era necessário dirigirmo-nos ao local de trabalho de cada funcionário, para percebermos quais as suas condições, a forma como faz o seu trabalho, que movimentos são mais repetitivos. Como tal, era levado um questionário aprovado internacionalmente que permite a avaliação de riscos a que o funcionário esta exposto, como as condições em que se encontra, por exemplo distancia entre a secretaria e as pernas, em que grau se encontram as pernas tendo em conta a altura da mesa e cadeira. Ou ainda quais os objetos mais utilizados e quais as distâncias entre o local onde se encontra a exercer as suas funções mais tempo e a localização do material necessário para estas funções. Neste aspeto, o nosso papel também passava por, se possível, indicar algumas formas de melhorar as condições em que o funcionário se encontrava de forma a evitar riscos de acidentes de trabalho. Consoante as avaliações, era elaborado um relatório para as entidades competentes de modo a informar quais as alterações mais pertinentes para o funcionário específico de modo a melhorar as suas condições de trabalho.

Nos anexos 1 e 2, são referidos os testes que mais se realizam e os quais tivemos a possibilidade de acompanhar. São referidos de modo a mostrar mais especificamente quais os parâmetros a ser tidos em consideração.

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4.2 Iluminância

No decurso do estágio tivemos ainda oportunidade de acompanhar um dos técnicos ao longo de algumas avaliações de iluminância. Para tal, é importante percebermos um pouco qual o funcionamento, e qual o objetivo em percebermos o papel da luz nos postos de trabalho.

A luz, como refere Miguel, A.S. (2010) é uma necessidade básica para o homem, sendo capaz por si só de afetar comportamentos físicos, psicológica. Como tal, uma iluminação não adequada a cada local de trabalho em particular vai por sua vez afetar o rendimento que este trabalhador vai ter, ou em casos mais problemáticos pode acabar por provocar acidentes de trabalho.

Apesar de grande parte da população não saber, a iluminação desadequada é considerada um risco dependendo do trabalho específico que cada um tem, devendo assim ser avaliado de forma particular com a necessidade de cada posto de trabalho. Como tal, o papel dos técnicos de Higiene e Segurança no trabalho, tem de tentar controlar ao máximo as variáveis externas ao individuo de forma a conseguir alcançar uma iluminação adequada, que permita melhorar a produtividade, a saúde e a segurança dos trabalhadores.

Para isto, é necessário ainda que o técnico que faz as avaliações, tenha conhecimentos específicos relacionados com a luminância e iluminância, fenómenos de propagação, absorção e difusão da luz, bem como os aparelhos específicos de forma a conseguir medir a iluminação bem como as características de cada aparelho específico.

Existem tabelas de valores específicos diversificando de país para país, bem como de postos de trabalho distintos. No geral, espera-se que na maior parte dos casos, os valores que são recomendados para os diferentes ambientes estejam entre 150 lux e 2000 lux3.

De forma a percebermos quais os objetivos e qual o resultado esperado, bem como algumas das formas de se tentar resolver avaliações que tem resultados inadequados é importante haver uma avaliação inicial e após alterações no local de trabalho ser feita uma nova avaliação com o objetivo de perceber qual o impacto que tem no aproveitamento do funcionário bem como na saúde do mesmo. É importante referir desde já que neste ponto não iremos colocar nenhum relatório de avaliação pois os que

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11 realizamos, aquando da saída do local de estágio ainda não estavam completos o que não nos permitiu ter acesso aos mesmos.

Para a avaliação, era necessário um luxímetro, que quando colocado em pontos específicos no local em que o funcionário exerce as suas funções, nos permite perceber se as condições de luz são suficientes para o melhor aproveitamento do funcionário. Pois este aparelho indica qual a quantidade de luz que incide naquele local, tendo em conta o que pode interferir com a incidência da luz, por exemplo, ter em conta o local onde o funcionário esta sentado e qual a influencia que o seu próprio corpo tem sobre a incidência de luz numa área especifica. Isto irá permitir que sejam feitas alterações, na sua maioria com luz artificial de forma a melhorar o dia-a-dia do trabalhador permitindo que este tenha maior aproveitamento ao longo do seu

4.3 Qualidade do ar interior

No que concerne à Qualidade do ar Interior (QAI), constatamos que é um tema recente, pois anteriormente a qualidade do ar exterior tinha um papel mais importante nestas avaliações e apenas essa era tida em conta pelo aumento constante da urbanização e da industrialização.

Em Portugal a Lei de Bases do Ambiente iniciou a discussão sobre a QAI a Lei de Bases do Ambiente, na lei nº 11/87, de 7 de abril, sendo que apenas foi implementada uma legislação relativa a mesma em 2002 pelo ministério do ambiente.

Cada vez mais, a questão do conforto é valorizada pelos indivíduos, quer seja no seu dia-a-dia, quer seja no local de trabalho. No caso dos locais de trabalho, para os trabalhadores e pelas entidades patronais, o facto de terem conforto e uma melhor produtividade vais ser uma mais valia não só para o trabalhador, mas também para as entidades patronais.

Segundo Yang et al. (2004) e Torres (2000), vários estudos mostram que a nível internacional, que nos dias de hoje, o nível de poluição do ar interior deve ser tido em atenção por vezes mais do que a qualidade do ar exterior. Estes mesmos estudos indicam que o nível de poluição do ar interior pode ser ate 5 vezes mais altos do que os obtidos para analises do ar exterior. Estes indicadores fizeram com que a OMS reconhecesse a QAI como um risco para a saúde publica (WHO, 2009).

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12 A OMS considera que existem edifícios problemáticos quando pelo menos 20% das pessoas que trabalham no edifício apresentam sintomatologia especifica, como dores de cabeça, irritação dos olhos e pele bem como irritação respiratória, ou ainda fadiga. Estes sintomas quando apresentados podem indicar um défice na qualidade do ar quando não existe nenhuma doença definida por um médico. Aplicando isto ao nosso estágio, estes são alguns dos motivos que levaram a avaliações feitas pela equipa, por exemplo a nível do formaldeído (ainda a iniciar testes no serviço onde estagiamos).

Assisti e acompanhei a recolha de resíduos para perceção e avaliação no que refere a partículas suspensas no ar, sendo que relativamente a esta, não foi possível acompanhar todo o processo, pois a minha área de estudos base não me permite ter a perceção do que se referem os valores retirados nas avaliações nem fazer as recolhas dos materiais de forma a não alterar os resultados, apenas realizei as amostragens para analise posterior pelo técnico competente.

Foi-nos possível perceber que existem dois tipos de partículas que são analisadas neste processo, as PM10, que se tratam de partículas com diâmetro inferior a 10 micrometros sendo essas consideradas partículas inaláveis que podem ser influenciadas pelas mais pequenas coisas como o transporte de ar proveniente de regiões áridas, ou de zonas com incêndios florestais e sismos que influenciam o ar exterior. Existe então um valor base a ter em conta de modo a perceber se os limites feitos estão de acordo com esses valores.

Por outro lado, existem as PM2.5 que não deve ultrapassar um determinado valor. Estas são consideradas mais perigosas, porque ate hoje, ao foi possível definir um limiar abaixo dos quais as PM2.5 não são problemáticas para a saúde humana. Na legislação no decreto lei nº102/2010, de 23 de setembro, um dos tópicos referidos prende-se com o alcance da redução nas concentrações urbanas.

Quanto a estas avaliações especificas, apenas era necessário a utilização de um aparelho específico, que por sua vez tinha vários idênticos de modos a perceber qual o real valor tendo em conta o tamanho do local avaliado. Para esta avaliação, os aparelhos utilizados não eram colocados apenas no interior do edifício, sendo que, a temperatura e humidade exterior vão influenciar os valores obtidos, é necessário um dos medidores estar exposto no exterior do edifício ficando em funcionamento durante 8h, pois só assim é

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13 possível obter dados viáveis. No anexo 3, será mostrado um relatório, anonimizado, de forma a perceber quais as informações retiradas nesta avaliação.

4.4 Simulacros/ segurança contra incêndios

Ao longo do nosso percurso ao longo das horas de estágio, tivemos oportunidade de acompanhar diversos simulacros de incendio, ou ameaça de bomba. Tal como referido anteriormente, em relação a esta temática especifica não tínhamos qualquer formação, precisando assim de fazer pesquisa de modo a conseguirmos acompanhar alguns dos procedimentos realizados para termos um papel ativo nos simulacros.

Podem existir diversos motivos para que um incendio tenha início, como motivos de falha humana, de avaria de instalações, ou are mesmo por causas naturais como por exemplo sísmica.

O principal objetivo após o início de um incendio é a salvaguarda da vida e integridade física dos que estão no edifício, em seguida sim, tentar resolver o incendio quando ainda exista essa possibilidade. Como tal, é de extrema importância os esquemas de segurança contra incêndios de cada edifício, sendo que apenas acompanhamos simulacros de faculdades pertencentes à Universidade do Porto.

De modo a diminuir qualquer probabilidade de danos maiores, algumas das medidas que devem estar desde logo pormenorizado antes que haja um incendio, servindo os simulacros para percebermos quais as falhas maiores que existem em determinado edifício de modo a diminuir as ocorrências em casos reais. Dos simulacros que acompanhamos, podemos referir desde já uma diferença maior que houve entre eles, sendo que dois dos simulacros tiveram a participação de autoridades externas (PSP; INEM; Proteção Civil; Bombeiros Sapadores).

Algumas das medidas preventivas que devem ser tomadas tem a ver com o diminuir ao máximo as causas de um incendio, a deteção rápida, atempada e objetiva de um início de incêndio e dar o alarme. Em seguida alertar as autoridades competentes (112) do início do incendio de forma a informar o ocorrido e qual a situação em que se encontra. A evacuação de todos os ocupantes do edifício o mais rapidamente possível, sendo em faculdades, a evacuação dos alunos é a primeira a ser efetuada, bem como facilitar o trabalho das autoridades competentes aquando a chegada dos meios de socorro.

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14 É de salvaguardar, que os planos de incêndio elaborados anteriormente ao simulacro, eram específicos para cada edifício, tendo em conta as suas especificidades e trabalhos lá realizados. Como tal, nós, técnicos, tínhamos conhecimento do plano em questão, bem como de quais os procedimentos que deveriam ser tomados pelas equipas técnicas até a chegada dos meios de socorro.

O meu papel e do técnico desta área nestes simulacros era apoiar na perceção das medidas tomadas ao longo de todo um suposto incêndio ou ameaça de bomba, quais os procedimentos que eram feitos, quanto tempo demoravam a fazer todos os passos que deveriam fazer, perceber quais as falhas e o que pode ser melhorado de modos a minimizar possíveis problemas em casos reais. Em seguida, era realizada uma reunião com os reesposáveis de cada faculdade, de forma a expor quais os problemas que poderiam ter sido evitados em casos de incêndios reias, bem como algumas formas de evitar que estes incidentes ocorram ou de pelo menos diminuir as suas consequências

Apoiando assim todos os planos de contingência de incêndios que tinham sidos elaborados anteriormente e se os modos de implementação dos mesmos resultavam no edifício em questão. No anexo 4 e 5, serão apresentados alguns dos relatórios realizados pré e pós simulacros, de forma a mostrar quais os pontos a ter em conta quando se participa desta avaliação. Estes relatórios permitiam perceber qual o ponto do simulacro e qual o nosso papel, enquanto o relatório final se referia ao funcionamento do simulacro em si.

Tudo o que foi referido anteriormente é relativo ao que fomos acompanhando ao longo do estágio. O que nos permitiu obter novos conhecimentos em várias áreas de estudo. Permitindo-nos ter uma maior abrangência e aprendizagem ao longo do mesmo.

4.5 A obesidade

No estágio, uma das tarefas que foi pedida, prende-se com a problemática da obesidade. Um dos objetivos que foi pedido relativamente à divulgação dos serviços para funcionários da Universidade do Porto tem em atenção a problemática da obesidade. Foi possível percebermos que existem programas específicos e com preços especiais para a comunidade da Universidade do Porto.

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15 Foi-nos pedido a elaboração de um cartaz (anexo 6) e de um panfleto (anexo 7) de modo a promover algumas das ofertas que a Universidade do Porto tem tendo em conta uma das tarefas que nos foi pedida

Para a elaboração destes, foram realizadas visitas aos diversos locais onde existe com a FADEUP de forma a percebermos quais as reais ofertas e condições dos serviços para só depois elaborarmos os materiais pedidos.

Um dos programas que teve maior destaque nos materiais informativos elaborados é relativo à prática de exercício físico sendo este designado por UPFit. De modo a entendermos em especial o funcionamento e conhecer as instalações que poderiam ser utilizadas pelos funcionários, fomos conhecer alguns dos locais em que o UPFit funciona. O UPFit é um programa destinado a funcionários e alunos da Universidade do Porto, que podem usufruir das diversas instalações (Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP); Pavilhão Luís Falcão; Estádio Universitário; CDUP- Boa Hora) que oferecem para praticar diversos desportos. Além da prática do exercício físico, nestas instalações, podem ser encontrados técnicos especializados em apoio a prática de exercícios e de posturas para a realização dos mesmos.

É de salientar, que apenas com a visita a estes locais, foi possível perceber que este programa, tem em atenção a diversidade geral da população. Pois ao longo das visitas e do maior conhecimento do programa, foi possível distinguir este programa pois tem especificidades como apoio a deficientes físicos por parte de um técnico especializado, a preços mais acessíveis de modo a melhorar ou manter a qualidade de vida dos indivíduos. Bem como, a atenção a aulas para crianças de diversas modalidades, também a preços mais acessíveis do que para a população em geral.

Ao longo da pesquisa, foi possível ter acesso à área de nutrição, de modo a conseguir complementar o exercício físico, e o acompanhamento que pode ser dado aos trabalhadores nesta área. A Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP) apresenta soluções de complementaridade ao exercício físico, como consultas iniciais de nutrição e acompanhamento ao longo do tempo.

Além disto, foi-nos pedido a analise de dados com o objetivo de perceber como se encontram os funcionários da Universidade do Porto a nível da problemática de obesidade. Mas, visto não conseguirmos aceder a todos os dados das faculdades

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16 acompanhadas pelo SSO, foram escolhidas apenas duas, nas quais recolheríamos os dados e faríamos a analise dos mesmos.

Nos dias de hoje, segundo a OMS, a obesidade é um dos principais problemas de saúde do seculo XXI, pois tem vindo a aumentar significativamente ao longo dos anos sendo considerada uma epidemia global. Atualmente, é considerada uma epidemia pois além de ter vindo a aumentar significativamente, outros problemas de saúde relacionados com a obesidade tem havido maior incidência de outras doenças devido a este aumento. Aumento este que segundo a OMS, no ano de 2025 pode abranger metade da população mundial.

Na Europa, mais de metade da população apresenta excesso de peso, sendo que nos estamos a referir a toda a população, inclusive crianças, adultos e idosos. Estima-se que aproximadamente 400 milhões de adultos europeus tem excesso de peso, sendo que 130 milhões aproximadamente são considerados obesos.

Em Portugal, a obesidade é considerada um problema de saúde pública. Em Portugal, a pré-obesidade e a obesidade são uma realidade bastante visível na população, sendo avaliada em aproximadamente 46% da população inserida num destes grupos. Havendo diferenças entre género, segundo o Programa Nacional de Combate à Obesidade (2005) deve ser realçado o aumento de obesos e pré-obesos no género masculino. Podemos referir outros pormenores relativos a população portuguesa no geral. Sendo que existe maior prevalência de obesidade e pré-obesidade em indivíduos com mais de 55 anos, bem como, indivíduos mais escolarizados apresentam estas mesmas taxas mais baixas do que indivíduos menos escolarizados, o mesmo acontece com os indivíduos de classes sociais mais elevadas.

Segundo DeMaria (2007), existem diversas causas para o aparecimento de obesidade nas populações. Podemos referir fatores biológicos, comportamentais, bioquímicos e dietéticos, estes são alguns dos fatores que podem contribuir para o aumento da gordura corporal. Com isto, podemos então compreender que este problema não é tao simples de resolver como a sociedade por vezes faz crer, pois é um problema muito complexo de se resolver.

Para Hill et al (1998), apesar de existir alguma fragilidade a nível individual, vários estudos epidemiológicos indicam que na sua maioria este fenómeno tem vindo a aumentar devido a alterações ambientais e comportamentais. O aumento relativamente

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17 rápido deste problema, indica que não se trata apenas de problemas genéticos, pois esta epidemia ocorreu / ocorre num período de tempo curto para que que haja alterações genéticas nas populações.

4.5.1 Formas de definir obesidade

Uma das formas mais comuns de se perceber como o individuo adulto se encontra de forma rápida e simples, é através do Índice de Massa Corporal (IMC). Este é definido

pelo peso em quilogramas dividido pelo quadrado da altura em metros, ou seja, kg/m2. A

OMS apresenta seis níveis de IMC (os quais tivemos em consideração ao longo da nossa análise): Baixo Peso <18,5 Variação normal 18,5 a 24,9 Pré-obesidade 25.0 a 29.9 Obesidade classe I 30.0 a 34.9 Obesidade classe II 35.0 a 39.9

Obesidade classe III ≥ 40.0

Ao apresentar dados como o IMC, temos de ter em atenção que este não nos dá certeza do grau de obesidade da pessoa ou quais os riscos que esta corre, pois aqui, teremos de ter em conta a distribuição da gordura pelos corpos. Outra coisa a ter em conta, remete-se para o facto de o IMC, apesar de nos dar uma ideia do nível de obesidade ou não de um individuo, não nos diz qual a origem deste problema. Tendo em conta alguns dos ajustes que tem de ser feitos ao apenas olhar para o IMC duma população, é de extrema importância que em todos os casos em que o IMC é tido em conta haja um cuidado acrescido por ver caso a caso, pois apesar de se considerar que todos os indivíduos com mais de 30.0 de IMC tem excesso de peso é preciso ter em conta outros fatores que podem influenciar estes resultados.

Outra das medidas que pode ser utilizada para perceber melhor quais os depósitos de gordura que mais podem influenciar a saúde de um indivíduo, é utilizado o perímetro da cintura. Apesar de não ser utilizado ao longo dos dados recolhidos, consideramos que seria uma mais-valia a utilização dessa medida pois permite perceber se existe um maior

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18 risco de problemas associados há obesidade. O perímetro da cintura é medido a meia distância entre o limite inferior do rebordo costal e a crista ilíaca superior. Para esta medida também, foram criados níveis de gravidade do problema, tendo em conta o género do individuo, pois para os homens temos o risco aumentado que se encontra nos ≥ 94cm, sendo que para as mulheres é de ≥ 80cm. Em seguida apresentam ainda valores para riscos muito elevados nos homens temos valores de ≥ 102cm e para as mulheres de ≥ 88cm.

Existem métodos mais fiáveis para percebermos melhor o nível de obesidade de cada individuo, mas o custo destes e a dificuldade em executar diminuem a sua utilização de forma significativa.

4.5.2 Patologias provocadas pela obesidade

A obesidade é uma doença que acarreta diversas consequências adversas na vida dos indivíduos, não só a nível de saúde, mas também no seu dia-a-dia nas mais diversas áreas da vida de um individuo. Estas consequências podem ser as mais variadas possíveis, começando em problemas de menor gravidade, passando por co-morbilidades que se podem associar a esta patologia, ou em casos mais graves levar a morte prematura de determinados indivíduos (Malnick et al, 2006).

O excesso de peso e/ou a obesidade, segundo a OMS, são fatores de risco para problemas como a diabetes e o tratamento da mesma, problemas cardiovasculares, neoplasias, distúrbios biliares, problemas respiratórios, problemas músculo-esqueléticos, infertilidade (muitas vezes não associada a obesidade) e problemas cutâneos. Mas podemos, e devemos ainda referir os problemas psicossociais associados, que por si só influenciam todo o bem-estar e qualidade de vida do indivíduo (National Task Force on the Pevention and Treatment of obesity, 2000).

Tal como referido anteriormente, a obesidade quando concentrada a nível abdominal tem um papel particular, estando associada a maiores riscos de diabetes melitos tipo 2 (DM2), hipertensão arterial (HTA), doença coronária, diversos tipos de cancro associados a obesidade, e morte prematura (Eckel, 2008).

Harrison’s (2008),mostra uma relação quase linear entre a morte e o IMC, onde refere que pessoas consideradas com obesidade mórbida tem uma probabilidade de

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19 morrer prematuramente 12 vezes mais elevada do que uma pessoa com o IMC considerado normal.

Todos estes fatores referidos anteriormente mexem diretamente com a saúde de cada individuo. Podemos ainda referir os custos monetários associados à obesidade, não apenas nos recursos de saúde utilizados devido à obesidade, mas aos problemas anteriormente referidos que se associam e carecem de tratamentos.

4.5.3 Controlo e prevenção da obesidade

A prevenção tem um papel fulcral em todas as doenças, no caso específico a que nos referimos, ainda mais, pois a prevenção da obesidade tem custos menores do que quando esta já esta instalada, sendo que quando nos referimos a custos não são apenas custos monetários, mas também de saúde, sociais e laborais.

Como já foi referido, existem fatores individuais que podem ter influência sobre a obesidade, como os fatores biológicos e genéticos. Quando nos referimos a estes fatores sabemos que estes não são modificáveis, ou são pouco modificáveis. Tendo assim, de optar por outros caminhos quando nos referimos a prevenção.

Hábitos alimentares e exercício físico regular são a prevenção mais básica e simples para se fazer na prevenção da obesidade. Mas é necessário ter em conta que poucos ou nenhuns incentivos gratuitos existem para as pessoas tomarem conhecimento de alguns cuidados simples a ter, como já foi referido. Existem grupos de maior risco de obesidade, sendo esses os mais desfavorecidos ou com menores conhecimentos escolares, o que nem sempre permite que tomem as decisões mais acertadas no que concerne a alimentação e exercício físico. Por isso cabe a nos, educadores para a saúde, ajudar e criar programas e formações que ajudem a população a ter conhecimento de como prevenir este problema.

Segundo Kumanyika et al (2008), a obesidade é um problema de saúde publica, e como tal, deve ser visto de forma populacional, não dependendo apenas do individuo, mas de tudo o que o rodeia. O que permite que se forem aplicadas estratégias de saúde publica apropriadas para lidar com a obesidade e a falta de conhecimentos da população acerca da mesma, se possa reduzir a incidência desta problemática na comunidade.

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4.5.4 Tratamentos da obesidade

Ao compreendermos um pouco esta epidemia, torna-se importante arranjar ferramentas de combate à obesidade e ao excesso de peso. Quando a situação em que o individuo se encontra é de tal forma grave que o IMC é superior a 30 deve procurar ajuda médica, tendo em conta que não consegue a redução de peso e gordura sozinho. Muitas vezes, nas consultas de medicina geral (as mais comuns) o medico não consegue perceber quais as necessidades de cada pessoa, nem como o ajudar. Como tal, muitas das vezes estes indivíduos precisam de pessoas mais especializadas e com tempo para perceber o que esta na origem da obesidade ou excesso de peso de cada individuo, mas também perceber se o próprio quer realmente uma mudança na sua vida e no seu corpo.

Iremos então referir alguns pontos onde os tratamentos para a obesidade podem ter uma base. Segundo McTigue et al (2003), podemos utilizar alterações alimentares diárias, exercício físico, cirurgia em casos mais extremos, terapia farmacológica, e acima de tudo modificações comportamentais. Esta última é de extrema importância, pois as anteriores só terão resultados visíveis e a longo prazo se as alterações feitas se mantiverem ao longo do tempo.

Quanto as alterações alimentares, é importante que as pessoas tenham educação sobre os alimentos, e hábitos alimentares que devem ter em conta nesta fase de mudança, pois o simples facto de fazerem dieta de restrição alimentar não vai fazer com que adotem hábitos saudáveis, apenas permite o emagrecimento a curto prazo. A longo prazo, está estudado que se a pessoa não for educada para determinado comportamento não o vai seguir a longo prazo, como tal, se o objetivo é que as pessoas não voltem mais a ter o IMC elevado, é necessário tomar medidas preventivas e educativas mais eficazes do que apenas dietas para emagrecimento. Mas sim, educar para dietas saudáveis, com menor teor de açucares, gorduras, sal, processados entre outras. É de extrema importância que em casos de obesidade estes indivíduos sejam seguidos pro profissionais especializados na área.

Por outro lado, o exercício físico é uma mais valia a nível de saúde e bem-estar não só para indivíduos obesos, mas para todos os indivíduos no geral. As pessoas que praticam exercício físico regular, independentemente do IMC tem menor probabilidade de desenvolver algumas doenças como DCV, DM2, doenças mentais entre outras, além de apresentarem uma taxa de mortalidade inferior à de indivíduos mais sedentários

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21 (WHO, 2000). Assim, é possível perceber que no geral a atividade física é uma mais valia para toda a população, em particular para quem sofre de obesidade ou excesso de peso, porque para alem do gasto energético imediato ao fazer exercício, ajuda no manter a massa magra, melhora a capacidade respiratória, promove uma sensação de bem estar e ainda reduz os riscos cardiometabólicos que se costumam associar a obesidade (Hainer et al, 2008).

A combinação entre uma dieta saudável e a prática de exercício físico é mais eficiente na redução do peso do que a adoção de apenas uma vertente (Miller et al, 1997), proporcionando alem de diminuição do IMC, aumento de massa muscular, melhorar a capacidade respiratória dos indivíduos. Que por sua vez, melhora o dia a dia e o bem-estar dos indivíduos.

4.5.5 Recolha de dados

De forma a especificar um pouco melhor a população na qual nos baseamos de modo a ter alguns dados sobre a obesidade, torna-se importante a análise dos dados recolhidos.

Foi realizado um estudo transversal. Teve como base uma abordagem quantitativa com a recolha de dados feita numa base de dados de consultas efetuadas pelos trabalhadores, a qual nos permitiu perceber quais os valores de cada individuo de forma a conseguirmos perceber quais as diferenças existentes entre faculdades.

A nossa amostra foi escolhida tendo em conta apenas duas das faculdades acompanhadas a nível do serviço se saúde ocupacional. Sendo estas a Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP) e a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). Estas foram as faculdades escolhidas pois havia a perceção que sugeriam que estas faculdades teriam maior prevalência de obesidade.

Foi obtida informação anónima acerca de indivíduos que recorreram aos serviços de saúde ocupacional nos últimos três anos, ou seja, os que não tem consulta realizada ao longo deste tempo não foram considerados para esta recolha de dados.

A recolha de dados foi feita com o apoio de uma técnica do serviço de saúde ocupacional que nos facultou os questionários (anonimizados) que os trabalhadores respondem durante as consultas no serviço. É de frisar desde já que houveram modificações ao longo dos anos nestes mesmos questionários. Consoante iam sendo

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22 realizados, era percetível por quem os aplicava que era necessário fazer-se algumas alterações aos mesmos consoante as necessidades que iam surgindo. Podemos referir a extensão dos questionários que anteriormente eram muito longos, causando desconforto aos trabalhadores pois eram consultas demasiado demoradas, atualmente são mais curtos e de rápido preenchimento, facilitando a participação dos trabalhadores.

Ao longo da recolha de dados, tivemos alguns constrangimentos. Como, dados que não foram recolhidos aquando a consulta, erros por parte de quem os preencheu a nível de escrita, a não compreensão do que foi escrito, algumas pessoas não preencheram o questionário. Todos estes entraves, fazem com que os resultados que serão apresentados tenham alguns vieses, que serão indicados ao longo do trabalho.

4.5.6 Procedimentos éticos

A recolha de dados foi realizada de forma aos indivíduos não serem identificados, ou seja, quando a recolha dos dados dos questionários foi realizada. Esta forma de codificação permite manter em sigilo a identidade dos trabalhadores.

A base de dados esta codificada de maneira a ninguém conseguir identificar os participantes, impedindo assim a quebra do sigilo. Os dados recolhidos foram vistos apenas pela equipa de trabalho direta, tendo sido analisados apenas por mim, bem como o tratamento de dados foi tido em atenção a retirada de qualquer dado que pudesse influenciar a identificação dos seus participantes.

4.5.7 Análise descritiva da amostra

Tabela 1: Caracterização da amostra por 1ª consulta efetuada, e faculdade a que

pertencem tendo em conta o objetivo do trabalho

FBAUP n (%) FADEUP n (%) Sexo masculino 27 (46,6) 47 (56,6) Sexo feminino 31 (53,4) 36 (43,4) Idade 20-39 32 (55,1) 21 (25,3) 40-59 25 (43,1) 59 (71,1)

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23 60-79 1 (1,7) 3 (3,6) Ano 1ª Consulta 2010/2011 34 (58,7) 7 (8,4) 2012/2013 7 (12,0) 61 (73,5) 2014/2015 11 (19,0) 5 (6,0) 2016/2017 5 (8,6) 10 (12,0) 2018 1 (1,7) 0 (0,0) Número de consultas # 2 (1-5) 2 (1-6) Prática de desporto* Sim 30 (51,7) 55 (66,3) Não 28 (48,3) 27 (32,5) Categorias IMC* Baixo Peso 4 (6,9) 2 (2,4) Normal 45 (77,6) 60 (72,3) Pré-obesidade 8 (13,8) 15 (18,1) Obesidade Classe I 0 (0,0) 1 (1,2) Obesidade Classe II 0 (0,0) 1 (1,2)

*o número de indivíduos é inferior ao total por falta de informação #mediana (mínimo-máximo)

Ao fazermos esta análise, podemos referir que na FBAUP temos um total de 58 indivíduos que realizaram pelo menos a primeira consulta. Sendo que por outro lado, a FADEUP tem um total de 83 funcionários.

A respeito do género, percebemos que na FADEUP a maioria dos funcionários é do género masculino, o que por sua vez faz sentido tendo em conta que na sua maioria a população de desporto é maioritariamente masculina. Por outro lado, a FBAUP tem um maior número de funcionários do sexo feminino, ao contrário do que acontece na outra faculdade.

Acerca das consultas, apesar de haver um máximo de seis consultas nas duas fa-culdades, a maioria dos funcionários realizou apenas duas consultas, pois mais de metade da população apenas tem duas consultas realizadas como podemos constatar na tabela a

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24 cima. Existem diversos motivos que podem interferir com o número de consultas por individuo, como saírem daquela faculdade, estarem a trabalhar à pouco tempo e ainda não terem sido chamados, ou até mesmo faltas a consultas de medicina no trabalho.

Quanto ao exercício físico e à prática de desporto, ao longo dos dados recolhidos, foi possível percebermos que existem áreas de treino muito diversificadas. Tendo em conta que os dados utilizados são dados secundários, torna-se muito difícil distinguir e agrupar as diversas áreas e desportos enumerados, o que limita a obtenção de dados fiá-veis quanto a atividades físicas realizadas regularmente. O mesmo pode ser referido quanto ao tempo que realizam estas mesmas atividades, que não foi obtido de forma pre-cisa, e, tendo em conta que foram dados recolhidos por várias pessoas e não foram trei-nadas para os obter de igual forma, existem dados que não são fiáveis a nível de igualdade de recolha dos mesmos.

De forma a percebermos melhor quais as diferenças de IMC entre a primeira e a última consulta, optamos por referir inicialmente a média da população de ambas as fa-culdades, e em seguida apresentamos os resultados separados de modo a percebermos se existem alterações significativas quando especificamos a população. Relativamente à FBAUP, existe uma diferença média de aproximadamente -0,8 de IMC entre a primeira e a última consulta, o que a diferença média nos indica é que os funcionários desta Facul-dade estão mais magros. Por outro lado, em relação à FADEUP os dados indicam que houve um aumento médio da diferença entre a primeira e a última consulta de aproxima-damente 0,3, o que indica que existe um aumento do IMC. Que pode ser explicado não pelo aumento do número de obesos, mas pelo aumento dos outros níveis de IMC apre-sentados, sendo que não se trata de um aumento significativo. Quando se juntas as duas faculdades, conseguimos perceber que no geral, a diferença média de IMC entre a pri-meira e a última consulta diminuiu -0,2. Podemos salientar que estes valores apenas ele-gem funcionários que tenham mais de uma consulta ao longo do tempo, bem como todos os valores necessários elegíveis para cálculos.

Segundo o Inquérito Nacional de Saúde (INS) de 2014, aproximadamente 16% da população total em 2014 eram obesos, os dados indicam que a obesidade afeta maiorita-riamente indivíduos entre os 45 e os 74 anos.

O facto de nesta análise não termos praticamente casos de obesidade, pode ter diversos motivos. Como por exemplo, o nível socioeconómico dos funcionários, que re-mete para um nível médio a alto, que por sua vez na grande maioria das vezes permite

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25 que os indivíduos tenham melhores condições de alimentação, e de prática de exercício, bem como melhores conhecimentos de meios para evitar fazer parte da população obesa.

5. Considerações finais

Ao longo de todo o processo e aprendizagem, é possível concluirmos que existem diversas formas de melhorar o bem-estar e qualidade do trabalho dos funcionários durante o seu expediente em particular da UP. Deste modo, consideramos de extrema importância o trabalho realizado pelo SSO.

Por considerarmos de extrema importância a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores escolhemos a problemática da obesidade. Este tema foi escolhido pela sua importância enquanto problema de Saúde Pública, e pelos efeitos secundários que a obesidade pode ter na vida dos indivíduos. De forma a tentar sensibilizar a população trabalhadora para as consequências que a obesidade pode ter na vida de cada um, foram elaborados os materiais informativos de modo a mostrar que existem meios de evitar o aumento de peso, e como tal, todas as consequências à vida do individuo que podem advir daí.

Este processo, foi uma mais valia para o meu conhecimento e aprendizagem. Pois considero que me permitiu aprender ferramentas que não conhecia, que poderão ser uma experiência positiva se quiser ingressar por esta área, que inicialmente considerava que não seria de grande importância. Este estágio permitiu-me perceber a importância que este trabalho tem não só para os técnicos, mas também em particular na melhoria da qualidade de conforto e bem-estar do outro.

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Anexo 7

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