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AULA Microrganismos Contaminantes em Alimentos 2017.2

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Microrganismos Contaminantes

em Alimentos

CONTAMINAÇÃO DOS ALIMENTOS

Presença de qualquer matéria estranha no

alimento

• Física: cabelo, pedra, caco de vidro... • Química: produtos de limpeza, inseticidas,

conservantes acima do recomendado... • Biológica: bactérias, bolores, leveduras, vírus e

protozoários.

Agentes causadores de toxinfecções

Bactérias

Fungos Vírus

Protozoários

Respectivos produtos tóxicos

Definições

• Doença Transmitida por Alimentos (DTA):

– é a doença ou síndrome originada pela ingestão de alimentos e/ou de água que contenham agentes contaminantes (biológicos/microrganismos, toxinas ou outras substâncias químicas ou físicas) em quantidades tais que afetem a saúde do consumidor, em nível individual ou grupos de população;

• As intolerâncias e alergias devido à hipersensibilidade individual a determinados alimentos não são consideradas DTA.

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• A ocorrência de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) vem aumentando de modo significativo em nível mundial. Vários são os fatores que contribuem para a emergência dessas doenças, entre os quais destacam-se:

– o crescente aumento das populações;

– a existência de grupos populacionais vulneráveis ou mais expostos;

– o processo de urbanização desordenado e a necessidade de produção de alimentos em grande escala;

– o deficiente controle dos órgãos públicos e privados no tocante à qualidade dos alimentos ofertados às populações.

• Estudo da frequência, distribuição e fatores determinantes das DTA para a aplicação de medidas de controle e prevenção.

• A maioria dos casos de doenças de origem alimentar é esporádica, o que significa que muitas vezes não se relacionam no tempo e espaço com outros casos, sendo que muitos deles não são captados pelo sistema de vigilância baseado essencialmente na notificação de surtos.

Epidemiologia das DTA

• Principal manifestação é a diarreia, considerada ainda um fato banal tanto pela população como por profissionais de saúde.

• Este fato e sua elevada incidência, dificultam a notificação e o conhecimento de seus impactos e prejuízos à saúde.

• O perfil epidemiológico das doenças transmitidas por alimentos no Brasil ainda é pouco conhecido. Somente alguns estados e/ou municípios dispõem de estatísticas e dados sobre os agentes etiológicos mais comuns, alimentos mais frequentemente implicados, população de maior risco e fatores contribuintes.

• A incidência varia de acordo com diversos aspectos: educação, condições

socioeconômicas, saneamento, fatores ambientais, culturais e outros.

Os objetivos da investigação epidemiológica são:

• coletar informações básicas necessárias ao controle do surto de DTA;

• diagnosticar a doença e identificar os agentes etiológicos relacionados ao surto;

• identificar os fatores de risco associados ao surto; • propor medidas de intervenção, prevenção e controle

pertinentes;

• analisar a distribuição das DTA na população sob risco; • divulgar os resultados da investigação epidemiológica

às áreas envolvidas e à comunidade.

Morbidade, mortalidade e letalidade

• Presume-se alta morbidade, entretanto como poucas DTA estão incluídas no Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, não se conhece sua magnitude.

• Pela informação disponível, a mortalidade e a letalidade são baixas, dependendo das condições do paciente, do agente etiológico envolvido e do acesso aos serviços de saúde.

• Ressalta-se sua importância no grupo etário de menores de 5 anos, em decorrência da elevada mortalidade por diarreia nesse grupo, como também nos imunodeprimidos e idosos.

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Modo de transmissão

• Pela ingestão de alimentos e/ou água

contaminados.

Modo de contaminação

• A contaminação pode ocorrer em toda a

cadeia alimentar, desde a produção primária até o consumo (plantio, manuseio, transporte, cozimento, acondicionamento, etc.).

Destacam-se como os maiores responsáveis por surtos os alimentos de origem animal e os preparados para consumo coletivo.

Período de incubação

• Varia conforme o agente etiológico, podendo

ser de frações de hora a meses.

Suscetibilidade e resistência

• A suscetibilidade é geral. Certos grupos como

crianças, idosos, imunodeprimidos (indivíduos com aids, neoplasias, transplantados), pessoas com acloridria gástrica, têm suscetibilidade aumentada.

• De modo geral, as DTA não conferem imunidade duradoura.

Agentes etiológicos mais comuns

• Dados disponíveis de surtos apontam como

agentes mais frequentes os de origem bacteriana e dentre eles, Salmonella spp, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Shigella spp, Bacillus cereus e Clostridium perfringens.

As DTA podem ser causadas por:

• Toxinas:produzidas pelas bactérias

Staphylococcus aureus, Clostridium spp, Bacillus cereus, Escherichia coli, Vibrio spp, etc.

• Bactérias: Salmonella spp, Shigella spp,

Escherichia coli, etc.

• Vírus:Rotavírus, Noravírus, etc.

• Protozoários:Entamoeba histolytica, Giardia

lamblia, Cryptosporidium parvum, etc.

• Substâncias tóxicas: metais pesados,

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• A sobrevivência e a multiplicação de um agente etiológico nos alimentos dependem de seus mecanismos de defesa e das condições do meio, expressas principalmente pelos níveis de oxigena- ção, pH e temperatura, variável de acordo com cada alimento.

• Globalização da economia – disseminação de microrganismos através de produtos comercializados em larga escala

• Intensa mobilização da população – viagens internacionais

• Mudança dos hábitos alimentares – fast

food, produtos frescos, vegetais e in natura

• População vulnerável – imunodeprimidos, idosos

• Mudança no protótipo de surtos – casos aparentemente isolados, de locais fechados para estados ou países diferentes

Importância das DTA

• Síndromes ictéricas

(Hepatite virais A e E)

(Yersinia, Listeria, Salmonella)

• Síndromes alérgicas

• Quadros respiratórios e septicêmicos Complexidade dos quadros ...cerca de 250 agentesetiológicos

• Síndromes diarréicas (mais de 90%), incluindo as diarréias sanguinolentas

E. coli O157:H7 e outras produtoras da toxina tipo SHIGA

• Síndromes neurológicas (agudas e crônicas)

Botulismo, Campylobacter

• Síndromes renais e hemolíticas

E. coli O157:H7 e outras produtoras da toxina tipo

SHIGA

• Início da vigilância de surtos no país: 1999

• Surto: Episódio em que duas ou mais pessoas apresentam os mesmos sinais/sintomas após ingerir alimentos e/ou água da mesma origem.

• Surtos de DTA constituem Eventos de Saúde Pública

Notificação compulsória imediata – Portaria nº 204 de 17 de fevereiro de 2016

Investigação

Detecção do surto de DTA

Notificação compulsória imediata

Até 24h VE/ Assistência-SMS

VE/ VISA/Laboratório – SMS/SES Laboratório - SMS LACEN-SES Análise Encaminhamento de amostras às referências Diagnóstico Medidas de prevenção e controle VE/ VISA-SMS Encerramento do surto no Sinan Produção de informes e boletins VE-SMS Legenda LACEN – Laboratório Central de Saúde Pública VE – Vigilância Epidemiológica VISA – Vigilância Sanitária SMS – Secretaria Municipal de Saúde SES – Secretaria Estadual de Saúde SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação Registro no SINAN Até 7dias Investigação Coleta de amostras Contaminação Alimentar

Há 3 categorias de doenças de origem alimentar:

•Infecção: Doença causada pela ingestão de agentes patogênicos vivos;

•Intoxicação:Doença causada pela ingestão de toxinas (venenos) produzidas por microrganismos; •Toxinfecção: Doença causada pela ingestão de microrganismos e suas toxinas.

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Infecções

• São causadas pela ingestão de microrganismos patogênicos, denominados invasivos, com capacidade de penetrar e invadir tecidos, originando quadro clinico característico como as infecções por Salmonella spp,

Shigella spp, Yersinia enterocolitica e Campylobacter jejuni.

• Estes quadros geralmente são associados a diarreias frequentes, mas não volumosas, contendo sangue e pus, dores abdominais intensas, febre e desidratação leve, sugerindo infecção do intestino grosso por bactérias invasivas. Agentes virais, protozoários e helmintos também estão envolvidos com DTA, cujo mecanismo de ação e a invasão tecidual, embora o quadro clinico geralmente não tenha as mesmas características discutidas anteriormente.

Toxinfecções

• São causadas por microrganismos toxigênicos, cujo quadro clinico e provocado por toxinas liberadas quando estes se multiplicam, esporulam ou sofrem lise na luz intestinal.

• Essas toxinas atuam nos mecanismos de secreção/absorção da mucosa do intestino. As infecções por Escherichia coli enterotoxigenica, Vibrio

cholerae, Vibrio parahaemolyticus, Clostridium perfringens e Bacillus cereus (cepa diarreica) são

exemplos clássicos. Normalmente, a diarreia nestes casos e intensa, sem sangue ou leucócitos, febre discreta ou ausente, sendo comum a desidratação.

Intoxicações

• São provocadas pela ingestão de toxinas formadas em decorrência da intensa proliferação do microrganismo patogênico no alimento.

• Os mecanismos de ação dessas toxinas em humanos não estão bem esclarecidos.

• Observações em animais sugerem alterações na permeabilidade vascular e inibição da absorção de água e sódio levando as diarreias. Os vômitos possivelmente estão associados a uma ação das toxinas sobre o sistema nervoso central. Exemplos clássicos deste processo são as intoxicações causadas por

Staphylococcus aureus, Bacillus cereus (cepa emética) e Clostridium botulinum.

Plesiomonas shigeloides

INCIDÊNCIA DE DOENÇAS VEICULADAS POR ALIMENTOS

Organização Mundial de Saúde (OMS)

1,5 bilhões de casos de toxi-infecções alimentares por ano Uma das causas mais comuns de mortalidade em países em desenvolvimento

Perfil Epidemiológico

Distribuição

*Dados sujeitos a atualização Fonte: Sinan /SVS Regiões Sudeste(43,6%) Sul(24,6%) Nordeste(19,8%) Norte (7,1%) Centro-oeste(6,2%) Brasil, 2007 a 2016* Surtos

Perfil Epidemiológico

Microrganismos envolvidos Escherichia coli Salmonella

*Dados sujeitos a atualização Fonte: Sinan /SVS

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Perfil Epidemiológico

Microrganismos envolvidos

*Dados sujeitos a atualização Fonte: Sinan /SVS

•mudanças das características demográficas de certas regiões;

•crescente aumento das populações;

•grupos populacionais vulneráveis ou mais expostos; •processo de urbanização desordenado;

•necessidade de produção de alimentos em grande escala; •utilização de novas modalidades de produção;

Fatores comumente associados às DTA

•exposição das populações a alimentos do tipo fast-food; •consumo de alimentos em vias públicas;

•aumento no uso de aditivos; e a mudanças de hábitos alimentares;

•mudanças ambientais;

•controle deficiente dos órgãos públicos e privados para manter a qualidade dos alimentos ofertados às populações.

Fatores comumente associados às DTA

Principais fatores que contribuem para a ocorrência de surtos de DTA

Hóspede Agente Ambiente Hóspede Agente Ambiente x Transmissão Prevenção

Diagrama ambiente, agente, hospedeiro. Transmissão e controle.

CONTAMINAÇÃO dos alimentos pelos microrganismos

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SOBREVIVÊNCIA

alimentos

MULTIPLICAÇÃO

dos microrganismos nos

dos microrganismos nos alimentos

Etapas do desenvolvimento microbiano nos alimentos

▪ Matéria prima contaminada;

▪ M anipulador com lesão ou doença passível de contaminação;

▪ Manipulador com práticas de higiene inadequadas; ▪ Práticas inadequadas de manipulação;

▪ Falhas no processo de higienização de utensílios e equipamentos;

▪ Alimentos de fontes não confiáveis;

▪ Uso de utensílios passíveis de liberação de resíduos tóxicos;

▪ Saneamento deficiente;

▪ Utilização de água cuja potabilidade não é controlada.

Fatores que contribuem para a CONTAMINAÇÃO por agentes patogênicos

Fatores que contribuem para a SOBREVIVÊNCIA dos agentes patogênicos

• Aquecimento ou cocção insuficientes • Falhas no processo da cocção • Reaquecimento insuficiente

Fatores que contribuem para a PROLIFERAÇÃO dos agentes patogênicos

• Preparação com excessiva antecipação • Conservação de alimento à temperatura

ambiente

• Alimento resfriado em grandes quantidades • Falhas na refrigeração

• Conservação a quente inadequada • Descongelamento inadequado • Preparação de quantidade excessivas • Práticas inadequadas de armazenamento

Fatores relacionados à contaminação microbiana

Fatores de contribuição %

Alimentos processados contaminados 19 Manipuladores de alimentos 12

Contaminação cruzada 11

Alimentos crus contaminados 7 Limpeza inadequada dos equipamentos 7

Fontes duvidosas 5

Alimentos enlatados contaminados 2

Fatores relacionados ao crescimento microbiano

Fatores de contribuição % Estocagem à T ambiente 43 Resfriamento inadequado 32 Preparação do alimento longe do local onde 41 será servido

Produção de alimento em excesso Espera em ambiente e T inadequados Utilização de sobras

Descongelamento inadequado e estocagem subseqüente imprópria

22 12 5 4

(8)

Fatores relacionados à sobrevivência microbiana Fatores de contribuição % Aquecimento impróprio Cozimento inadequado 17 13

Fonte: Forsythe, S. J. Microbiologia da Segurança Alimentar, 2013

Invasivos Após a colonização, penetram e invadem os tecido Salmonella L. monocytogenes Shigella E. coli (EIEC) Toxigênicos Formação de toxinas quando o microrganismos multiplica-se, esporula ou sofre lise . E. coli (EHEC, ETEC)

C. perfringens V. cholerae Campylobacter jejuni INFECÇÃO: ingestão de células viáveis do

microrganismo

INFECÇÕES

INTOXICAÇÕES

Salmonella spp.

• É um gênero da família Enterobactericeae ; • São Gram-negativas, anaeróbias facultativas; • A maioria das espécies são móveis com flagelos

peritríqueos;

• Fermenta glicose, produzindo ácido e gás, porém é incapaz de metabolizar a lactose e sacarose; • T ótima = 38°C e a mínima 5°C;

• São relativamente termossensíveis.

Salmonella spp.

• Plasmídeo – virulência;

• Importante de doença de origem alimentar e uma causa significativa de morbidade, mortalidade e perdas econômicas;

• São associados com produtos cárneos e lácteos; • Zoonótica;

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Salmonella spp.

• A invasão é mais pronunciada em condições anaeróbias, quando as células estão em fase estacionária;

• Possuem dois sistemas de secreção: um para invasão e um para sobrevivência intracelular; • Os sintomas da febre tifoide são causados

pelos LPS;

• mais de 95% dos casos ocorridos de

salmonelose foram transmitidos por consumo de alimentos impróprios ou que foram contaminados no momento de seu preparo por práticas indevidas de manuseio.

Salmonella spp.

• Início dos sintomas:

– Salmonella – S. enteritidis e S. typhimurium (não tifoide) 6-48 horas

– S. typhi e S. paratyphi 7-28 horas • Sintomas agudos e complicações crônicas:

– Salmonella (não tifoide): dor abdominal, fezes com sangue, calafrios, desidratação, diarreia, exaustão, febre, cefaleia e as vezes vômito. Sintomas crônicos – artrite reativa, síndrome de Reiter.

– S. typhi e S. paratyphi: febre do tipo tifoide, mal estar, cefaleia dor abdominal, dores no corpo, diarreia ou constipação. Taxa de fatalidade 10%.

– Portador assintomático (1 a 5%)

FEBRE TIFÓIDE GASTROENTERITE

Hospedeiro Humanos (TGI) Animais (aves),

humanos (TGI)

Alimentos envolvidos

Água e alimentos (leite e vegetais crus)

Ovos, carnes e seus produtos; leite, frutas

e vegetais

Salmonella spp.

E. coli patogênicas

• É um gênero da família Enterobactericeae ; • São Gram-negativas, anaeróbias facultativas; • As cepas de E.coli são divididas de acordo com

os sintomas clínicos e com os mecanismos de patogenicidade;

• E. coli O157:H7 (10 células) • E. coli enterotoxigênicas 108 a 1010

Constitui um habitante normal do intestino do homem e dos outros animais e só em determinadas situações pode causar infecções

Alimentos envolvidos: carne de frango, saladas,

(10)

E. coli patogênicas

• Escherichia coli é uma bactéria conhecida por

sua grande diversidade patogênica, as responsáveis por causar infecção intestinal estão divididas ao menos em cinco categorias, sendo que cada uma possui diferentes mecanismos de ação – enteropatogênica (EPEC), – enterohemorrágica (EHEC), – enteroagregativa (EAEC), – enterotoxigênica (ETEC), – enteroinvasora (EIEC).

• Estudos revelam que somente o homem é reservatório das EPEC típicas e que raramente são encontradas em animais e possui como umas das vias de transmissão clássicas a ingestão de água e alimentos contaminados. • Estado de São Paulo as EPEC típicas

representam a principal causa de diarreia infantil, sendo relacionadas em até 30% dos casos de diarreia infantil no primeiro ano de vida

E. coli patogênicas

• E. coli O157:H7

– Início dos sintomas: 1 a 2 dias

– Sintomas agudos e complicações crônicas: dores abdominais, diarreia, febre, letargia. Sintomas crônicos: síndrome hemolítica urêmica, doença crônica nos rins

E. coli patogênicas

• E. coli enterotoxigênica (ETEC), enteropatogênica (EPEC), enteroinvasiva (EIEC)

– Sintomas agudos e complicações crônicas:

• ETEC: diarreia aquosa, câimbras abdominais, febre, náuseas e letargia;

• EPEC: diarreia aquosa ou sanguinolenta;

• EIEC: câimbras abdominais, vômito, febre, calafrios, letargia generalizada, síndrome urêmica hemolítica;

– Início dos sintomas: • ETEC 24 horas • EPEC desconhecido • EIEC 12 a 72 horas

• As ETEC assim como a STEC são de distribuição mundial e afetam principalmente criança menores que cinco anos de idade e estão relacionadas à regiões economicamente e sanitariamente precárias. Estima-se que as ETEC sejam responsáveis por causarem em média 380.000 mortes anualmente e são transmitidas principalmente pela ingestão de água e alimentos contaminados.

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Vias principais de transmissão

EPEC: água, alimentos contaminados, contato interpessoal

EHEC: água, alimentos e contato interpessoal carne bovina (hamburger)

EIEC: contato interpessoal

ETEC: água e alimentos contaminados

EAEC: ?

• Bacilos Gram negativos; • Não formadores de esporos;

• O gênero consiste em quatro espécies: – S. dysenteriae – S. flexneri – S. boydii – S. sonnei;

Shigella spp

• Doença: shigelose.

A predominância de cada espécie depende da região geográfica.

• Estados Unidos: S. sonnei,

• Brasil predomina a espécie S. dysenteriae.

Shigella spp

Shigella spp

• Início dos sintomas: 12 a 50 horas

• Sintomas agudos e complicações: Dores e cólicas, diarreia, febre vômito, fezes com sangue, pus ou muco

Clostridium botulinum

• Bacilos G(+), formadores de esporos, flagelos peritríqueos, anaeróbios estritos

• Amplamente distribuído na natureza (solo e água principal)

• Tipos de toxina:A, B, C1, C2, D,E, Fe G botulismo clássico, botulismo de lesão e botulismo infantil

• Mais grave processo de doença alimentar • 1 μg de toxina é

letal

• Produção da toxina ocorre durante a reprodução bacteriana

• Toxina termolábil : 80ºC por 30 min ou 100ºC pouco minutos

• Os principais fatores que propiciam o crescimento do

Clostridium botulinum são: temperatura maior que

39°C, pH maior que 4,6, atividade de água maior que 0,94, conservantes e presença de microrganismos competitivos

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• Período de incubação: 12 a 36h após ingestão da toxina.

• Sintomas: problemas gastrointestinais, dificuldade de deglutição, visão dupla, parada respiratória, parada cardíaca • Toxina não é formada em pH <4,5. • Alimentos associados: de pH elevado e

ambiente anaeróbio (conservas vegetais, hambúrgueres, patês)

• Medidas de controle: tratamento térmico adequado, acidificação, redução da Aa, uso de nitratos e nitritos

Staphylococcus aureus

• Cocos G(+), facultativas anaeróbias, mas crescem melhor em aerobiose

• Mucosa nasal, garganta, cabelo e pele. • Associado a baixas condições de higiene • 7- 47,8ºC com produção de toxina de

10º-46ºC

• Suportam altas concentrações de NaCl (10-20%)

• Crescem em Aw até 0,83. • Toxina termoestável

• Intoxicação acontece quando 106 células/g de alimento.

• Alimentos associados: muito

manipulados (pizzas, produtos de confeitaria...)

• Medidas de controle: condições

higiênico-sanitária satisfatória, refrigeração adequada, não manter alimentos aquecido em temperatura que favoreça o crescimento

Intoxicação estafilocócica

• Ingestão de alimentos contendo enterotoxinas produzidas por cepas enterotoxigênicas de Staphylococcus aureus.

• S.aureus é muito frequente em todo o mundo e as intoxicações produzidas pela ingestão de suas enterotoxinas estão geralmente veiculadas ao consumo de leite ou dos seus derivados, como queijos não processados, cremes e molhos

• Aparecimento dos sintomas

• 20 minutos a 2 horas após a ingestão do alimento com a enterotoxina.

▪Sensibilidade às enterotoxinas ▪Quantidade de toxina

produzida no alimento ▪Quantidade de alimento

ingerido e saúde geral Sintomas e

intensidade

Há sete tipos de enterotoxinas que Staphylococcus

aureus é capaz de produzir. • Sintomas característicos

• Náusea

• Ânsia de vômito, • Vômitos,

• Cólicas abdominais, • Sudorese e prostração.

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Bacillus cereus

de esporos, flagelos

• Bacilos G(+), formadores

peritríqueos, aeróbios

• Degradam um grande número de substratos • Reservatório natural: solo

• Temperatura: 10-48ºC

síndrome • pH: 4,9 – 9,3

• Síndrome emética (toxina termoestável) e diarréica (toxina produzida no intestino delgado)

• Período de incubação: 1-5h (emética) 8-16h (diarréica)

• Contagens entre 105 e 107 células/g paradoença

• Alimentosassociados: arroz frito, alimentos amiláceos, leite em pó, sopas em pó

• toxina diarréica: termolábil (55ºC por 20 min)

e/ou • Toxina emética: termorresistente (126ºC por 90 min) • Produção da toxina: fase logaritmica de crescimento

esporulação

• Medidas de controle: tratamento térmico adequado, manutenção da temperatura acima de 65ºC depois do alimento pronto, resfriamento rápido para armazenar

Clostridium perfringens

• Bacilos G(+), formadores de esporos, anaeróbios, imóveis

• Amplamente distribuído na natureza • Temp. ótima 37ºC a 47ºC

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• Tempo de geração : 7,1 min (um dos menores)

• 5 tipos de toxinas: A, B, C, D e E Capacidade de se multiplicar em altas temperaturas (40- 45ºC)

• Intoxicação clássica e enterite necrótica (inflamação

• necrótica do intestino delgado, sendo

frequentemente fatal)

Enterotoxina proteínadurante o processo deformada

esporulação no

interior do intestino

interferência no transporte de água, sódio e cloretos através da mucosa intestinal

Característica peculiar dos surtos de intoxicação alimentar por C. perfringens é que eles frequentemente envolvem um número grande de pessoas simultaneamente

Ingestão de carne ou frango pré-cozidos que não sejam adequada e rapidamente refrigerados.Capacidade de crescer a uma temperatura de 45ºC e a pH 7, com um tempo de geração muitíssimo pequeno, da ordem dos 10 minutos.Isto significa que com esta capacidade de crescimento uma só célula pode originar uma população superior a 250.000 células em 3 horas !...

Alimentos envolvidos ➢(incomum)Sintomas: diarréias, dores abdominais, vômitos, febre

➢Período de incubação: 8-24h

➢Toxina formada quando se forma o esporo (intestino)

➢Dificilmente a toxina pré-formada estará no alimento em

doses para o desenvolvimento dos sintomas, além disso, não resiste ao pH do estomago

➢Ingestão de cél viáveis  esporulação no int. delgados 

toxina

➢Alimentos associados: produtos cárneos, molhos, tortas,

queijo tipo frescal

Referências

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