PROGRAMA
DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA
ELETRICA
ESTUDO DE CAMPOS
ELETROMAGNETICOS
EM
ALTAS FREQUÊNCIAS
COM
APLICAÇÃO
EM
GUIAS
DE
ONDA
RETANGULARES
ODISSERTAÇÃO
SUBMETIDA
À
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE SANTA
CATARINA
PARA
A
OBTENÇÃO
DO GRAU
DE MESTRE
EM
ENGENHARIA
.
ELÉTRICA
.GOLBERI
DE
SALVADOR
FERREIRA
APLICAÇÃO
EM
GUIAS
DE
ONDA
RETANGULARES
,. ‹
GOLBERI
DE SALVADOR
FERREIRA
Esta dissertação foi julgada para obtenção
do
título deMESTRE
EM
ENGENHARIA
Especialidade Engenharia Elétrica e aprovada
em
suafonna
fmal pelo curso de Pós- Graduação. . \ \ 5 \_ \~ .Prof.
Adroaldo
Raiieif -~r
"'
'dv
Prof. Roberto de
Souza
Salgado, Ph. D.--Coordenador
Apresentada perante a
banca examinadora composta
,ofr
- ssores :/~
,-/_C 1
Prof.
Adr
a1d‹›Kâizez@@
Prof. João
Pedro
Assumpção
Bastos, Dr. d'Etat/z/,Uz¿,.
(;Z.u.
. Prof.Nathan
Ida, Ph. D.`
z
Prof.
Ne
n
adowsld, Dr.INPT
IÀÔÊÊ
, Prof. Walter P.
Carp
"
AGRADECIMENTOS
Todo
trabalho científico desenvolvidotem
por trásuma
infraestruturaproporcionada por pessoas que, direta
ou
indiretamente, auxiliam paraque
este seconcretize
com
a perfeição exigida pela instituição ao qual pertence.É
exatamente aestas pessoas que desejo agora
me
dirigir. 's
›
Agradeço
aomeu
orientador eamigo Adroaldo
Raizer pela dedicação einteresse
com
queme
dirigiuno
decorrerdo
trabalho.A
todos os mestrandos, bolsistas e funcionáriosdo
GRUCAD
pelas freqüentes discussõesque
vieram aemiquecer
o conteúdo destedocumento. Agradeço
aoscomponentes da banca examinadora
professores
Nathan
Ida, João PedroAssumpção
Bastos,Nelson
Sadowski, WalterCarpes
eAdroaldo
Raizerque souberam
reconhecer a importância deste trabalho ederam
total apoio à execussãodo
mesmo.
Aos meus
amigos da
EscolaTécnica
Federalde Santa Catarina pela
compreensão
e pela possibilidade de realizarmais
uma
etapada
minha
vida profissional.Agradeço
ao professorAguinaldo do
LABSPOT
pela ajuda concedida.A
z V
Um
agradecimento especial deve ser feito àminha
farnília.Dedico
estetrabalho aos
meus
pais J .P. eBea
porconfiarem
em
mim
eme
darem
achance
e oincentivo para estudar, a
minha
irmã Sandra pelo seubom
exemplo, aminha
esposa Adelir e aminha
filha
Debora
pela alegria de viver e omotivo
para continuar.A
todosos parentes e
amigos
por compartilharemdo
sofrimento eda
euforia de conseguir.RESUMO
_ Este trabalho
tem
como
finalidade definir a formulaçãomatemática
parapropagação de
ondas
eletromagnéticas de alta freqüênciaem
guias deonda
eapresentar a resolução
numérica
das equações obtidasusando
para isso 0método
residual de Galerkin e a teoria de elementos fmitos.Esta formulação
tem
como
origem asEquações
deMaxwell
eem
especial será verificada a presença das correntes de deslocamento cuja influência setoma
evidente para os casos de propagaçãoem
altas freqüências.O
estudo leva ao desenvolvimento deum
"software"que
detemrina a freqüência de corte de guias deonda
através dos autovalores das matrizes decontribuições obtidas pelo
método
utilizado. Pode-se ainda detenninar a configuração doscampos
elétrico e magnético para osmodos
TM
ou
TE
no
interior destes guiasatravés dos autovetores correspondentes.
ABSTRACT
'
This
work
defmes
the mathematical fonnulation for high frequencyelectromagnetic
waves
propagation in waveguides, using the finite elements theoryand
the Galerkín residual method. A
This fonnulation has the origin
on
Maxwell's equationsand
it willbe
verified the presence of displacement currents
which
influence
is evident for highfrequency propagation cases. A
The
study ends at the elaboration of a software that determines thewaveguide
cutoff frequencies using the eigenvalues of contribution matrixwhich
areobtained
by
the developed methods.We
can also find the fields configuration for theTE
and
TM
modes
inwaveguides
using the eigenvectorsfrom
the coirespodentseigenvalues.
INTRODUÇÃO
... ..CAPÍTULO
1 -DESENVOLVIMENTO
DAS
EQUAÇOES DE
MAXWELL
~
PARA
ALTAS FREQUÊNCIAS
... .. 01
1.1 - Introdução ... .. O3 1.2 -
As
Equações
deMaxwell
... .. ... ._ 04 1.3 -Equações
paraOndas
Eletromagnéticas ... .. O5 1.3.1 -Fonna
Temporal
... .. 1.3.2 -Forma
Fasorial ... .. 1.4.3 - Profundidade de Penetração ... ... .. 1.4.4 -Equações
paraOndas
Planasem
Meios
sem
Perdas ... ._ 1.4.5 =Propagação
deOndas
Planasem
Materiais ... .. 1.4.5.1 -Meios
Dielétricoscom
Perdas ... _. › 1.4.5.2 -Meios
Dielétricos de Baixas Perdas ... .. 1.4.5.3 -Meios
Condutores ... .. 1.5 - Polarização deOndas
Planas ... ._ . . . z. ‹ . - - . ¢ z ‹ . .. › . z - ¢ . . › . .- . . . . .z ... ..06
... .. 08 1.4 -Ondas
Planas ... .. 1.4.1 - Constante dePropagação
... .. 1.4.2 - Velocidade de Fase ... .. 10 11 ll 12 13 ›-lr-››-››-››-1 O0\IO\U¡U1 1.5.1 - Polarização Linear Paralela ... ._20
1.5.2 - Polarização Linear Perpendicular ... .. 211.6 -
Reflexão
deOndas
Planas ... .. 211.6.1 - Incidência.Nonnal ... .. 1.6.2 - Incidência Oblíqua ... .. 1.6.2.1 -
Meios
Condutores ... .. ... ..22
... ..26
... ..29
1.6.2.2 - Linha de Transmissão Paralela Plana ... .. 29
1.7 -
Atenuação
deOnda
e Freqüência de Corte ... .. 321.8 .-
Modosde
Propagação ... .. 1.8.1-Modo TE
... .. ... .. 33... .. 34
1.8.2 ~
Modo
TM
... .. 341.9 - Efeitos e Aplicações das
Equações
para Altas Freqüências ... .. ' 1.9.1 -Introdução ... ... .. ... .. 3535 1.9.2 -A Efeitos
em
Altas Freqüências ... .. 361.9.2.1 - Efeito Pelicular ... .. 36
1.9.2.2 - Efeito de Proximidade ... _. 36 1.9.3 - Aplicações
em
Altas Freqüências ... ._ 37 1.9.3.1 - Cavidades Ressonantes ... .. 371.9.3.2 - Transformadores
em
Altas Freqüências ... _. 37 1.9.3.3 -Guias
deOnda
... .. 371.10 - Conclusões ... .. 38
I .
CAPITULO
2 -FORMULAÇÃO
MATEMÁTICA PARA
PROPAGAÇÃO
EM
GUIAS
DE
ONDA
A 2.1 - Introdução ... .. 392.2 -
Equações
dePropagação
... .. 392.3 -
Guia
deOnda
RetangularOco
... .. 432.3.1 -
Modo TE em
Guias deOnda
RetangularesOcos
... .. 432.3.2 _-
Modo
TM
em
Guias deOnda
RetangularesOcos
... ..46
2.3.3 - Freqüência de Corte para Guias de
Onda
RetangularesOcos
... .. 492.4 - Teoria de
Elementos
Finitos Aplicada à Propagação deOndas
... .. 522.5 -
Método
Residual de Galerkin ... ... ._ 55 2.5.1 -Immduçâo
... ... ._ 55 2.5.2 -Elementos
de PrimeiraOrdem
em
Problemas
2D
... .. 562.5.3 -
Equações
deHelmholtz
... ... .. 592.5.4 - Autovalores e Autovetores -
Métodos
paraDeterminação
... .. 662.5.4.1 -
Método
dePower
... .. 672.5.4.2 -
Método
da Transformação deGivens
... .. 692.5.4.3 -
Métodos
QR
eQZ
... .. 702.6 - Conclusões ... .. 72
CAPÍTULO
3 -APRESENTAÇÃO
E
ANÁLISE
DE RESULTADOS
3.1 - Introdução ... .. 73 3.2 -O
"Software" Desenvolvido ... .. 74 3.2.1 -O
EFCAD
... ._ 74 3.2.1.1 - Pré-processamento ... ._ 74 3.2.1.2 - Processamento ... .. 75 3.2.1.3 - Pós-processamento ... .. 75 ` 3.2.2 -O
EFCH
... .. 753.3 - Resultados Obtidos para Guias de
Onda
RetangularesOcos
... .. 77coNcLUsÕEs
GERAIS
.... .¿ ... ..APÊNDICE
1 - Excitação de Guias deOnda
O
estudodo
eletromagnetismo baseia-sefundamentalmente
em
quatroequações desenvolvidas por
Maxwell
que unificou
a experiência de vários outros cientistas, seus precursores.O
principalavanço que
Maxwell
conseguiu foi introduziro conceito de "Correntes de
Deslocamento"
para totalizar a validadeda
Lei deArnpère. Isto significa que as aplicações relacionadas ao eletromagrretismo
têm
seusfundamentos
baseados a partir da utilização dasEquações
deMaxwell.
Pode-se separar estas aplicações
em
dois dominios : altas freqüências ebaixas freqüências.
O
limite entre estes domínios é muito dificil de ser detectado,dependendo da
aplicaçãoem
questão, dos materiais envolvidos eda
tecnologiapresente. V
`
As
aplicaçõesem
baixas freqüênciaspodem
ter os seuscampos
elétrico emagnético
estudados separadamente, fazendocom
que ocorraum
desacoplamento
dasequações
deMaxwell
que
representarn o seu comportamento. Estedesacoplamento
proporcionauma
simplificação fisica e matemática, facilitando acompreensão
dosseus efeitos. _
Diante disto, verificou-se
que
os problemas relacionados às- baixasfreqüências apresentam
um
nível de estudo emodemidade
bastante avançados, a talponto
que
é possível encontrar hojeem
dia, "softwares" capazes de conseguir resultados confiáveis e bastantepróximos
dos valores práticos.Este trabalho
tem
como
objetivo principal viabilizar a análise de algrms casos depropagação
de ondas eletromagnéticasem
guias de onda. Para isso a correntede
deslocamento
deve ser considerada porque seus efeitosficam
mais evidentescom
a aplicação de altas freqüências. VSabendo
das dificuldades aserem
superadas, foi lançado odesafio
de estudar e proporcionarum
possível avançona
teoria de elementos finitos aplicado às altas freqüências e, utilizando ométodo
residual de Galerkin, poder resolver algrmsproblemas
deste domínio.Como
urna etapa inicial pretende-se elaborar urna avaliação teóricaprofrmda
sobre propagação de ondasabordando
aspectos de polarização, incidência,reflexão
e transmissão nosmais
variados materiais. Será calculadotambém
neste estudo, possíveismodos
de propagaçãono
interior de guias de onda.Após
a etapa inicial de estudo será desenvolvida urnaformulação
matemática
através de elementos finitosque
deve' ser específica parapropagação
guiada de ondas. Partindo das equações diferenciais desenvolvidas
no
passo anterior,será aplicado o
método
residual de Galerkin para obter as equaçõesna
suaforma
integral.
O
problema
então é discretizado pelométodo
de elementos finitos para fonnarmatrizes de contribuições que representam o caso
em
questão.As
matrizes fonnadas a partirdo método empregado
podem
fomecer
diversas infonnações sobre a propagaçãono
interior de guias de onda, taiscomo
:freqüência de corte,
configuração
de campos, etc... . Essas infonnaçõespodem
serconseguidas através da detenninação de autovalores e autovetores das matrizes de
contribuições.
Dessa
forma, serão estudados algunsmétodos
para detenninação deautovalores e autovetores.
Uma
vez obtida a formulação matemática para os casos citados, serádesenvolvido
um
"software" baseadoem
elementos finitosque
tem
como
objetivo obter e analisaralgumas
informações para casos da propagação nos guias de onda. LCom
o "software"em
funcionamento, serão gerados alguns casos para validar a formulação e as rotinas desenvolvidas.Os
resultados serão apresentados e analisadosnuma
etapa finaldo
trabalho.CAPÍTULO
1DESENVOLVIMENTO
DAS
EOUAÇOES
DE
MAXWELL
PARA ALTAS
FREQÚÊNCIAS
1.1 -
Introdução
Este estudo
tem
a finalidade de analisar as aplicações específicasem
altas freqüências das equações de
Maxwell,
proporcionandouma
basematemática
paraposterior aplicação da teoria de elementos finitos e
do
método
residualde
Galerkin.Esta análise matemática engloba io estudo da
propagação
deondas
eletromagnéticas cuja freqüência de oscilação já indica a presença das correntes de deslocamento.
E
Para consolidar esta base matemática, serão desenvolvidas as formas temporal e fasorial das equações de
Maxwell
e definidos alguns parâmetros depropagação
taiscomo
onda
plana, velocidade de fase e de grupo,profimdidade
de penetração e outros. Serão verificados ainda os aspectos de reflexão, refração epolarização das ondas
em
diversosmeios
de transmissão, taiscomo
o ar, os condutorese os
meios
dielétricoscom
esem
perdas. Esta verificaçãocuhnina
com
uma
análise deincidência
normal
e oblíqua de ondasem
uma
superñciede
separação entre doismeios
quaisquer.Dando
uma
conotação prática ao estudo, serãocomentados
os casosem
que
as correntes de deslocamento indicammudanças no comportamento normal
doscampos
elétrico e magnético.Todos
estes casos são regidos pelas equaçõesque
pretende-sedesenvolver neste capítulo e assim se faz necessário iniciar pelas equações básicas
do
eletromagnetismo,que
são aquelas relacionadas porMaxwell.
`1.2 -
As
Equações
de
Maxwell
__
O
ponto de partida para qualquer estudoem
eletromagnetismo são asequações de
Maxwell,
apresentadas abaixo :WH'
=.í+ô2
(1.1.a) õzvã
=
o (1.1.b) _ õB`V E
=--
1.1. ' x õz ( C)VÊ
=
p (1.1.d)Onde
:É
é
a indução magnética (T);~
I-Í é o
campo
magnético (A/m);Ê
é ocampo
elétrico (V/m);É
é a indução elétrica(C
/mz);
.Í é a densidade superficial de corrente
(A
/m2
);p
é a densidade volumétricadecarga
(C
/m3);
x
representaum
produto vetorial; . representaum
produto escalar._.
O
termo
ÕD
/õt representa as correntes de deslocamentofConsiderando
as aplicações
em
altas freqüências, deve-se admitirque
as correntes dedeslocamento
podem
apresentar valores significativosem
relação às correntes decondução
(Í) eque
seus efeitos
podem
ser observadoscom
mais facilidade.A
equação da
continuidade elétricapode
ser desenvolvida a partirda
aplicação deum
produto escalar aos dois' ladosda equação
(l.1.a) [l]: Vv.(vxH)=
v.(.í+1-?)
o=v.J+
Ê-
VD'
_ ar _.VJ
=--
1.2 at ( )Na
maioria das aplicaçõesnão
existe variaçãoem
relação aotempo
da densidade volumétrica de carga (p) e portanto a sua derivada temporal vale zero,Serão utilizadas
no
decorrer deste estudo as seguintes relações depassagem
:D
-
eE
(l.3.a)É
zufil
(1.3.b).í=óÊ
(1.3.¢)Onde
: 5' é a permissividade elétrica (F/m); ,u é a permeabilidade magnética (H/m);t0' é a condutividade elétrica (S / m).
Uma
vez definidas estas equações iniciais, parte-se para o desenvolvimento de equações específicas para ondas eletromagnéticasque
é oprincipal objeto
do
estudo.1.3 -
Equações
para
Ondas
EletromagnéticasEntende-se por
onda
eletromagnéticacomo
a energia criada porum
oscilador e
que
se manifesta sobforma
deum
campo
elétrico conjugado aum
campo
magnético
propagando-secom
características próprias para cadameio
de transmissão[6] [7]- V
As
equações deMaxwell
podem
ser desenvolvidas para se obterum
conjunto de equações
homogêneas
eum
conjunto de equaçõesnão-homogêneas.
A
diferença entre elas é que as
homogêneas não levam
em
consideração as fontes deexcitação externas [l].
Estas equações
podem
ser obtidasem
função de várias grandezaseletromagnéticas,
mas
o interesse nestemomento
recai sobre oscampos
elétrico(Ê
) e _.magnético
(H
). _V
Algumas
condiçõesdevem
ser estabelecidas ao longo destedesenvolvimento matemático; portanto inicialmente considera-se
que
osmeios
depropagação
das ondas eletromagnéticaspossuem
características lineares e isotrópicas. Isto quer dizerque
permeabilidades, condutividades, pennissividades e outrasgrandezas serão constantes e iguais
em
todas as direções.As
equações para ondas eletromagnéticas serão desenvolvidasna
fonna
temporal e fasorial demodo
a que se consiga visualizar oproblema
sob dois aspectos.o nos
campos
elétrico(É)
eA portanto a equação (l.6) e
um
produto vetorial serão aplicados aequação
(1. 1.a) para se obter :Usando
os conjuntos de eq açõesu
(1 1) e (1 . . 3) , obtém-se :›v.B =
0 eÊ
=
HH
então 1 V.Í-Í=
V.Õ
=
p eÕ
= sÊ
, então ' ~ o (1.4) .v.E=-Ê.
(15)VxÊ=-ai
eÊ=2
ôt e então ` :VxÕ
= -
eÊ
at (1.6)Como
já foi citado, o interesse está contidmagnético
(Ê
) eVxfi
=J+§2
. 81vx(vxH)=vx(.í+¿%)
_-ô
ôzšvvH=vJ
x(x)
x+õt(2õt)
---
(Considerando que
É
=Hx
Í+Hyf+HzlÍ,
desenvolvendVx (Vxfi)
e V(V.I-Í) e definindo oL
' Então o as relaçoes aplaclano VetorialVZPÍ
, ”Vx
(WH)
=
v(v.H
)-V2H
(is)v(v.H
)-WH
=
vxƒ
-
8%
Y/(VH
)-v2H
= vx
(UÉ)
-
âizâšl-v(v.H)-v2H
=
‹f(vxÊ)-âizä
1.7)
§~>Ê mqêà
v(v.H)-v2H
=-
--âyígš
VZPÍ
-
ayšš
=
oju--+V(V.Ê)
(l.9)Considerando que
:VB
=
0 eVJ?
=
0 então 1 V(V.I-Í)=
O . (l.10)Obtém-se
então, a equaçãonão-homogênea
para .Ócampo
magnético
(I-Í ) :
_
õ2H
ar?v2H
-
112-_
=
-_
1.11 612Gu
at ( )Se
não forem
consideradas as fontes de excitação extemas, cs=
0 e_ - õH` '
, .
J
=
0, e portantoVXJ
=
0, fazendocom
que
o tennosua-I
tambem
seja zero.Defme-se
então aequação
homogênea
para ocampo
É
:1
2 _
V2H
-uzêãgzo
(1.12)I
Da mesma
maneira, pode-se determinar as equações diferenciais para ocampo
elétrico(Ê)
:ÕI Ô!
Vx
(VxÊ)=-u-8-at-Vxfi
(1.13)O
mesmo
raciocínio usado para desenvolver a equação (l.8)em
relaçãoao
campo
magnético(H
)pode
ser aplicadotambém
a este caso.Assim
:vz (VXÉ) = v(v.Ê) -
v2Ê
v(v.É) -
VZÉ
=
-11%
WH
Como
V.Ê
=-Ê
e Vxl-Í=.Í+-82
s õt
~
aí
ô2D
V Ê
(â)
-V2E=-
Hat
_-
Harz
--
1_. _. _. _.
Eainda:
J-GE
eD-eE
pv
-_
õÊ
ô2É
--HSE--N85?
A
equação não-homogênea
ficará :'
~
ô2Ê
pÕÊ
VZE-
ue
_=v
_
--
1.15õtz
(8)+<w
at ( )Considerando
que p e s são constantes eo =
O, aequação
homogênea
fica:
-2-
v2É
-uzššzo
(1.1ó)Seria possível ainda, desenvolver as equações temporais para outras
grandezas
como
indução elétrica indução magnética ), potencial vetor(Ã
),potencial escalar (V ),
mas
para este trabalho o interesse se limita à detenninação doscampos
elétrico ) e magnético ) [l].Para
que
se consiga analisar as equações diferenciaisnuma
relaçãomais
direta
com
a freqüência de trabalho, aforma
fasorial se mostra maiseficaz
epor
issotambém
deve ser desenvolvida.1.3.2 -
Forma
FasorialAs
equações desenvolvidasno
item anterior representam ocomportamento
doscampos
elétrico e magnético para a propagação de ondaseletromagnéticas
num
meio
qualquer considerandoque
este seja linear e isotrópico.Agora, se a excitação for da
forma
senoidal, pode-se determinar as equaçõeshomogênea
enão-homogênea
na fonna
fasorialcomo
segue [2] :Ê=E0
ef”
(1.17)Onde
zzf é a freqüênciado
sinal senoidal eE0
eH0
são os valoresmáximos
decampo
elétrico e magnético respectivamente.A
parte real destes fasores representam oscampos
elétrico e magnético,respectivamente,
em
funçãodo
tempo
:'
E(t)
=
Re[E0
em]
=
E0
coswt
(l.19)e .
H(t)
=
Re[H0
ef'”']= HO
cos
mt
(l.20)Se
forem
aplicadas as derivadas às expressões (1. 17) e (1.l8)em
relaçãoao tempo, tem-se : aa-lÍi=jwÊ (l.2l.a)
-Êgzjwfl
(1.21.b)if
=
-zõ2Éz
(1.22.a)â
ä
=
-wzñ
(1.22.b)Aplicando
as relações (1.2l) e (l.22) nas equaçõeshomogêneas
e não-homogêneas
doscampos
elétrico e magnético (l.ll), (1.l2), (l.l5) e (1.l6), obtém-separa o
campo
magnético :v2H
+
zzflzzfl-
japwfi
=
o (1.23.z)VZH
+
zz›2;zzH=
o (1.23.b)E
para ocampo
elétrico :VZÊ
-V(£)+
zv2,u¿Ê -jojuzz¡Ê=
0 (1.24.a)e
v2Ê
+
w2;zâÉ=
o (1.24.b)Após
terem sido desenvolvidas as equações das ondas eletromagnéticasna
suaforma mais
geral, analisar-se-á oproblema
ligado às ondas planasque
são os casosmais
simples de propagação que sepode
considerar.1.4 -
Ondas
Planas
Através das equações de propagação anteriormente definidas, conclui-se
que
existem regiõesno
espaço que apresentam osmesmos
valores decampo
e fase eaproximadamente
amesma
distância da fonte de excitação.A
estas regiõeschama-se
frente de onda, e
como
mostra afigura
1.1,tem
afonna
esféricaem
tomo
da
fontepontual. -
Quando
estas frentes deonda
estão auma
certa distânciada
fonte desinal, a sua
fonna pode
ser consideradacomo
um
plano enão mais
como
um
segmento
de esferauma
vez que
a sua curvatura é praticamente nula. Isto significaque
oscampos
elétrico emagnético
podem
ser considerados uniformes aum
instante detempo
específico. Esta consideração resultanuma
grande simpliñcação dasequações
diferenciais.
Define-se onda
planacomo
sendouma
frente deonda onde
oscampos
são uniformes e apropagação
se dánuma
direção constante e definida [3].Frentes de
Onda
\
\
É
-)O
G) H
eu
Fonte de 1 Sentido de S¡na¡ Propagação/
Figura 1.1 -
Onda
Planat
A
figura acima
mostra que oscampos
elétrico emagnético
sãopeipendiculares
em
relação ao sentido de propagação,ou
seja, elesnão
têm
componentes
nesta direção, caracterizando o que passa-se achamar
deonda
TEM
-"Transversal Electromagnetic".
_
Existem
ainda outras formas de propagação de ondasque
serãoabordadas posterionnente
em
momento opommo.
Para
que
se consiga analisarcom
mais profundidade e clarezaalgumas
fonnas depropagação
de ondas planas, é necessárioque
sedefina
alguns parâmetrosque
serão úteis a esse entendimento.A
defmição destas grandezas dar-se-á deforma
1.4.1 - «Constante de
Propagação
A
constante de propagação éum
tennoque
vem
a definir deque forma
uma
onda
eletromagnética se desenvolveem
um
meio
qualquer. Ela possui dois parâmetros.A
constante de atenuaçãoque
indica a perda de energia destaonda
e a constante de fase que indica adefasagem
daonda
ao longo da distância percorrida. Estas constantesdependem
domeio
de acordocom
suas características elétricas emagnéticas e
podem
variarcom
a freqüência. VA
constante de propagação édefinida
como
1y
=
a
+
j ,B (1. 25)Onde
:y
é a constante de propagação;a
é a constante de atenuação; ,B é a constante de fase._
Sabendo
que haverá constantes diferentes para cada meio,toma-se
importante
uma
definição da velocidade destas ondas nos materiais.1.4.2 -
Velocidade de Fase
É
a velocidade de propagação da fase deuma
frente de onda,ou
seja é avelocidade
com
que
um
plano de fase constante se desenvolve a partirda
fonte desinal, e é calculada por [4]: V
V
v
=
L
(1. 26)Jr:
Onde
v é a velocidade de fase (m/s)Para o espaço livre a velocidade de fase coincide
com
a velocidadeda
luzno
vácuo
(c) :'
c
z
3.108m
/SApós
ter-se definido queuma
onda
sepropagando
com uma
certavelocidade
pode
possuiruma
atenuação, é conveniente que se determine qual a distânciaque
estaonda
consegue se propagarsem
sofreruma
atenuação exagerada.1.4.3 -
Profundidade de Penetração
[41A
profundidade de penetração édefinida
como
a distânciaem
metros para oqual o
campo
elétrico cai para 36,78%
do
seu valormáximo
consideradona
superfíciede urn
meio
qualquer,ou
seja :n
'
Onde
15
é a profundidade de penetração (m);f
é a freqüência de variaçãodo
campo
(Hz).Pelo
que
sepode
observarnão há
sentidoem
se calcular profundidade de penetraçãoem
meios
sem
perdas, pois esta seria infinita. Este cálculo será propício,no
presente estudo, para incidência
em
materiaiscom
características condutoras.A
figura
1.2 mostra
um
esboço da profundidade de penetraçãoonde
uma
onda
eletromagnéticase
propaga
em
um
meio
sem
perdas (ar) e incidenuma
superficie condutora.Onda
IIIEIÍÓBIIÍBOnda
Tfangflflfida
(ar) (condutor)
|
E'=0,3678.E
_ Figura 1.2
- Profundidade de Penetração (Ô)
Uma
vezdefinidos
estes parâmetros, e sabendoque
existem diferençasno
que
tange à propagação para os vários meios, serão realizadas análises depropagação
de ondas planas para duas categorias de materiais : os materiaissem
perdase os
que
apresentamalguma
perda.Dentro da categoria dos
que
apresentam perdas pode-se destacar os1.4.4 -
Equações
para
Ondas
Planasem
Meios
sem
Perdas
Além
de considerar que taonda
eletromagnética édo
tipoTEM,
ou
seja,os
campos
elétrico e magnético sedesenvolvem
perpendiculannenteem
relação à direção depropagação que
passará a serchamada
de direção 'z', supõe-seque
ocampo
elétrico só
tem
componentes
em
uma
das direçõesdo
eixo cartesiano (direção 'x'), queo
campo
magnéticotambém
tem componentes
apenasnuma
direção ( a direção 'y') eque existe variação dos
campos
elétrico e magnéticosomente
na
direção depropagação
'z'. Esta última consideração implica
em
que apenas a derivada parcialdo
campo
elétrico
em
relação à direção 'z' seja diferente de zero.A
equação
homogênea
para ocampo
elétrico (1.24.b) é o ponto dcpartida deste estudo. _
V2Ê+w2usÊ=0
Ey
=Ez
=O
õÊ ôÊ
----
O ÕX Õy 2i-1%-+
w2ueEx
=
O (1.28) dz .A
solução desta equação diferencial, considerando variação senoidal doscampos
eque
há propagação
nos dois sentidos, fica [3] :i
r
Ex
(z )=
Em
*e `¡¡“+Em
'e “kzEx
(z ,t)=Em+
cos(wt-kz
+¢")+Em`
cos(wt+kz
+¢`)
(1.29)Onde
:Em*
eEm'
são definidas pelas condições decontomo
-erepresentam os valores
máximos
decampo
nos sentidos positivoe negativo da direção de propagação;
k
=
mç/u_e téchamado
denúmero
de onda;‹1› representa a fase do
campo
no
instante t=
0.Se o interesse da análise for apenas
no
sentido positivoda
direção de propagação, tem-se :Para o
campo
magnético inicia-se pelaequação
(1.l.c) : _õÊ
.-
. ~_VXE=-§'=-_]'(I)'B=__]'(U|..lI'I
Ê5í=-awufly
<L3n
õz
Como
não
existemcomponentes
decampo
magnético nas direções 'x' e'z', e sua variação se dá apenas
na
direção de propagação, tem-se:
Hx
=Hz =O
81-'Í
ôfl
-_=-=o
ôx äy
A
solução será então :wcn=iwcn
um
Hy(z,f)=Í°-*/-šEx(z,z)=[5Ex(z;z)
um
u
Hy(z,t)=`/%Ex(z,t)
V (1.32) H fa . . , . . , .O
termo-
representa o inversoda
impedancla intrmsecado
meio
deH
propagação na forma
:17=`Íš
(l.33)V 5
Onde
17 é a impedância intrínsecado meio
em
questãoEstas equações desenvolvidas são válidas apenas para
ondas
planas sepropagando no
espaço livreou
em
meios
sem
perdas,no
modo
TEM
e geradas porosciladores senoidais. Porém, para que se possa
empreender
um
estudoque
sejamais
abrangente
com
relação aos sistemas de propagação apresentados ,uma
outra categoria1.4.5 -
Propagação
de
Ondas
Planasem
MateriaisPara
que
se possa fazeruma
análisemais
completa dapropagação
deondas
planas, inicialmente será feitauma
abordagem
genérica dos materiaisque
apresentam perdas, considerando que sua pennissividade pode,em
alguns casos, sercomplexa.
Após
isso, será especificada a análise a dois tipos especiais de materiaiscom
perdas 1 os condutores e os materiais de baixas perdas.H
1.4.5.1 -
Meios
Dielétricoscom
Perdas
Um
aspectoque
deve serabordado
é sobre a pennissividadecomplexa
existentenos
materiaiscom
perdas. Elapode
ser encontrada apenasem
situações especiaiscomo
no
caso de teste denovos
materiaisou
quando
apropagação
sedá no
interior de guias de
onda
em
quehá
vapor d'águaou
sujeira dentroda
sua estrutura.Este efeito
não
é desejado epode
ocorrer poruma
falha davedação do
guia. "Pode-se ter materiais
com
permeabilidadecomplexa,
porém
estesnão
serão analisados neste trabalho.
A
A
permissividade édefinida
por [1]:e
=
s'-je" (l.'34)Onde
:5' é a parte real;
e"=
2
(135)
corresponde à parte imaginária. osA
equação
(1.24.b) deve ficar :VZÉ
+
zz›2p(â-¡í)É
=o
(1.3ó) ZUPortanto sua solução para o sentido positivo de propagação será :
Ex
(z)=
Em
*e 'YZ=Em
*e -°'2e"ffi=(137)
Onde
: y=
ot+
jB
corresponde à constante de propagaçãoda
onda; ot é a constante de atenuação; ,B é a constante de fase.
Para este meio, define-se a constante de propagação através
da equação
:y=jzU\/,ÉJI-j-Z
(1.38)we
A
impedância intrínsecafica
:fz=f-'I-É
(139)
Estas equações indicam que a
onda
tem
um
decaimento
na
sua amplitudeno
sentido de propagação (z).`
Os
dielétricos de baixas perdas apresentamuma
característica especialem
relação aos outros materiais. Esta diferença resideno
fato de que,na
prática, suapermissividade
não
possui a parte imaginária significativa, oque
irá proporcionaralgumas
modificações
nas equações de propagação V1.4.5.2 -
Meios
Dielétricosde Baixas Perdas
São
osmeios que
apresentam a parte real da permissividadecomplexa
muito maior do
que a sua parte imaginária :8v>>8n e
zUê:))o' (l.40)
A
constante de propagaçãopode
ser escritacomo
:y=a+j,6zjú-:(1-jšâ),/;É
(1.41)Onde:
zz -z
3\/E
(1.42),az
zm/E
(143)
A
impedância
intrínseca é :n=`/š(1+¡-il)
(1.44)a
Zws
Além
dos materiais de baixas perdas, outros materiaisque
merecem
destaque são os condutores, que
possuem
a caracteristica inversa aos materiais debaixas perdas,
ou
seja, os condutores apresentamna
práticauma
permissividade quasetotalmente imaginária. '
1.4.5.3 -
Meios Condutores
Os
condutores apresentam a parte imaginária da permissividadecomplexa muito maior do que
sua parte real :- 5" ))â'
. e
0))
we
(l.45)A
constante de propagaçãofica
:rzfzz-›«/E,/-fá=‹1+f›,/155
‹1.4õ›Onde:
1
zz=,ô=
,fg
=š
(147)
A
impedância
intrínseca para os condutores é :. 1
f7=(1+J”)-
(1-48)As
equações desenvolvidas até estemomento
levarnem
consideraçãoque
os
campos
elétrico e magnéticopossuem
componentes
em
apenasuma
direção (ítens 1.4.4 e 1.4.5),porém
precisa-se considerarque na
maioria dos casos estescampos
irão apresentarcomponentes
em
várias direções.Dependendo
da forma
decomo
oscampos
se apresentam, as equaçõesdevem
acompanhar
estas variações e representar oseu
comportamento.
''
Com
o objetivo de generalizarum
pouco mais
o estudo ora realizado, faz-se necessárioque
as equações de propagaçãolevem
em
conta a possibilidade devariação dos
campos
em
outras direções.A
polarização de ondas planas éum
estudonecessário para
que
se possa considerar que oscampos têm
componentes
em
várias direções.1.5 - Polarização
de
Ondas
Planas
Uma
onda
eletromagnéticaTEM
(definidano
item 1.4)não
pode
ter ascomponentes
doscampos
elétrico e magnéticona
direção depropagação
'z',porém
estes
campos
podem,
paramn
determinado valor de z, tercomponentes
em
'x' eem
'y'variáveis
em
relação ao tempo. -O
que
se vai fazer nesta etapa é classificar três formas depropagação
decarnpos elétricos,
ou
seja, a análise irá se restringir apenas aocampo
elétrico, pois todas as conclusõesque forem
tiradas serão estendidas para o carnpomagnético
urnavez
que
suas características seencontram
associadas pelaimpedância
intrínseca.Assim, a equação
que pode
representar a variaçãodo
campo
elétricoem
duas direções é :
-
-z
E(z,t)
-Ex
(z,t)+Ey
(z ,t) i(l.49)Ou:
__ -› -›
.
E(z,t)=Em_:cos(ust
-kz +¢x)i
+Em;
cos(wt-kz
+¢y
)j (1.50)
Se
Em
,Í for diferente deEm
;' o vetorcampo
eléuico descreveuma
elipse variando
com
o tempo, paraum
dado
valor de z,como
mostra afigura
1.3.Chama-se
este caso de polarização elípticado
carnpo elétrico.Se
de outraforma
Em;
for igual aEm;
, o vetorcampo
elétrico`
No
caso especial a que se refere nos ítens 1.4.4 e 1.4.5,Ez
eEy
sãoiguais a zero.
Apenas
Ex
é diferente de zero resultandona equação
(l.30).Neste
casoo vetor
campo
elétrico descreveuma
reta e a polarização échamada
"linear",de
acordocom
afigura
1.4 . nY
+Emyl
×
+Em×
Figura 1.3 - Polarização Elíptica.
do
Campo
ElétricoY
.×
E×[z.t] _ .|. 'Emx
›-í-_|
1.4 - Polarização Linear
do
Campo
ElétricoA
equação do
campo
elétrico para a polarização linearfica
:O
campo
magnético
por sua vez determina a polarizaçãomagnética
quetambém
pode
ser elíptica, circularou
linear. Evidentemente se a polarização elétrica é linear, a polarização magnéticatambém
o será devido à relação entre elas através daimpedância
intrínseca [l].A
polarização linear possui dois casos particularesque
são : Polarização Paralela e Polarização Perpendicular [5].Estas formas de se polarizar tuna
onda
indicam qualcampo
se encontrana
direção 'x' e qual se encontrana
direção 'y',uma
vezque
a polarização linear sógarante
que
cadacampo
tem componente
em
apenasmna
direção,mas
não
especificaqual delas.
`
1.5.1 - Polarização
Linear
ParalelaA
polarização linear horizontalou
paralela é o caso específicoem
que
ocampo
elétricotem
apenascomponente
horizontalou
paralela àuma
superficie dereferência,
como
é ilustradona figura
l.5.a :_ `
»
E
EE
-)P
,qã
~77flT
Superfície de Referência lfllFigura 1.5 - (a) Polarização Horizontal
, (b) Polarização Vertical (b)
15 é o vetor de Poynting
que
indica o sentidodo
fluxo
de energia e edefinido
por [4] :P
=ÊxH
7Êfiʶ7~
Superfície de Referência un(152)
1.5.2 - Polarização
Linear
PerpendicularAcontece quando
ocampo
elétrico possuicomponentes somente na
direção perpendicular à superñcie de referência,
como
ilustra afigura
l.5.b .O
próximo
passona
análise de propagação é considerarque
uma
onda
eletromagnética
devidamente
polarizada e sepropagando
em
um
meio
cujas equaçõesjá são conhecidas
(meio
1), incide sobreuma
superficieque
separa omeio
anterior deum
outrocom
caracteristicas diferentes (meio 2),porém
também
conhecidas.O
que
se vai observar é adecomposição
daonda
incidenteem
onda
refletida de volta para o
meio
1 e transmitida para omeio
2.1.6 -
Reflexão
de
Ondas
Planas
Quando
ocorreuma
incidência deonda
plana sobre urna superficie de separação entre dois meios, deve ser observada urnadecomposição
daonda
incidenteem
onda
refletida eonda
transmitida. Desta forma, será necessário identificar quais asproporções
em
que
isto ocorre,ou
seja,quanto
daonda
incidente será refletida equanto dela será transmitida. Assirn, serão definidos os coeficientes de
reflexão
e transmissãoque
têm
como
frmção exprimirnumericamente
estas quantidades.Serão abordados
também
neste item, algimsfenômenos
ligados àreflexão, refração e transmissão de ondas eletromagnéticas planas e
que
servirão dereferência para
um
estudo sobre guias deonda
a ser realizadoem
ítens subseqüentes.De
uma
forma
geral, a incidência sobreuma
superficiepode
ocorrer de duas maneiras: a incidência normal à superficie de separação entre osmeios
e a incidência oblíqua a esta superñcie.Nestes dois casos pode-se observar que o
campo
resultantedo
meio
onde
ocorre ai incidência
(meio
1) será
composto
pelaonda
incidentesomada
com
aonda
refletida e o 'campo resultantedo meio
de transmissão (meio 2) serácomposto
apenas pelaonda
transmitida [5].A
maioria das equações desenvolvidas até agora, levaem
contaque
oscampos
elétrico emagnético
só possuem, cadaum
deles,componente
em
uma
direção,ou
seja, é consideradauma
polarização linear. Isto ocorrecomo
uma
forma
desimplificar as equações.
O
estudo a ser realizado a partir deste item, continua considerando a polarização linear nas suas duas variações 1 a linear perpendicularou
alinear paralela
em
relação auma
superficie de referência.t A'
superficie de referência que será considerada é a superficie de separação entre os dois meios.
Inicialmente será analisada a incidência
normal
e logo após a incidênciaoblíqua
que
irá proporcionarum
embasamento
paraum
estudo de linhas de transmissão a ser realizado ainda neste capítulo. _1.6.1 - Incidência
Normal
Dada
uma
superficie de separaçãoque
divide omeio
1 emeio
2, euma
onda' eletromagnéticaque
incide sobre ela, observa-seque
se distinguem três tipos deondas
:onda
incidente,onda
refletida eonda
refratadaou
transmitida; de acordocom
afigura
1.6.A
direção de propagação considerada é a direção "y".Z < . P* .:.
~
ëz _) 'H
r i Meio 1 El "' Pr _) Pa Meio 2 -)L
Ê
v
E1 tš
- _)X
Figura 1.6 - Incidência
Normal
à Superficie de SeparaçãoA
onda
incidente se propaga pelomeio
1 e encontrando a superficie deseparação entre os dois
meios
se divideem
duas : aonda
transmitida que atravessa estafronteira e se
propaga
atravésdo
meio
2 e aonda
refletida,que retoma
aomeio
1 sepropagando
no
sentido contrário ao daonda
incidente.'
Dependendo
das características dosmeios
1 e 2, as proporções entre os dois tipos deonda
gerados a partir da incidentepodem
variar.`
Para poder avaliar essas questões, defme-se os coeficientes de
reflexão
(l`) e o coeficiente de transmissão (T) considerando que os
componentes
tangenciaisdos
campos
elétrico e magnético se igualarn nos dois lados da fronteira.A
partir destaconsideração e das definições de (F) e (T), chega-se às 'equações para o cálculo dos
coeficientes:
r
=
Fim
(153)111 +112
'
Na
fronteira tem-seque
asoma
doscampos
incidente e refletido é igualao
campo
transmitido :Ê, +Ê,.i= Ê, (154)
Assim
:T =
1+
F
(1.55)E
então o coeficiente de transmissão será 1T =
Zi
(1.5ó)111 +112
Considerando
omeio
1como
sendo o ar, omeio
2um
condutor eutilizando a
equação
(1.48), tem-se : .. 1
(1+J);õ_"TIo
r
=ii-2-íl--
(157)<1+f›--+n0
6262
_ IT=+_....2_â._
(158)
, 1(1+J
Fi
+1106282
Onde
:no
é a impedância intrínsecado
ar e vale377
Q;
02
é a condutividadedo
meio
2;õz é a profundidade de penetração do
meio
2.Por
outro lado, se omeio
2 forum
dielétricosem
perdas, seráusada
ar
=
----
(159)
_z_
É
'° 1 *: ~‹ Y ¬ N N m 'Ç N N to+
É
+
›-z ›-i ›-›T =
`í
(Léo)
Onde
u,.2 e 2,2 são respectivamente a permeabilidademagnética
relativae a permissividade elétrica relativa
ambas
do
meio
2.Neste caso, a
equação do
campo
elétrico para aonda
incidente terá afonna
desenvolvidano
item 1.4.4que defme
a propagação deondas
planasem
meios
sem
perdas. Já para as ondas refietida e transmitida deve-se aplicar os coeficientes correspondentes : 'Éz'(y)=Ez',z'fW
1" (1.ó1.a)Êr(y)=Er,e+1'W
z"=1¬Ez',e¬*f¡”YF
(1.ó1.b)Éz(y)=Ez2e*ff*2Y
í=TEz1e-JW
í
(1.ó1.¢)O
campo
magnético, nestasmesmas
condições,fica
:1ii(y)=-Hi,e-JW
1€=-LE-'le'f'1”,›' 1? (1.ó2.z) T11Hr(`y)=rfie+ff”Y
/E (1.ó2.b) 111Hz(y)=-Tfiefifly
1? (1.ó2.¢) 112Os
campos
elétrico e magnéticono meio
2 serão iguais aoscampos
transmitidos,
porém
oscampos
resultantesno
meio
l serão calculados atravésda
soma
Êz<y›=Êf‹y›
‹1.õ3›Hz‹y›=Hf‹y›='5'i-(Y)
‹1.õ4›A V
U2
Ê,(y
)=Êf (y)+Êr(y
)=
(Ez¡‹z'1'Í”‹v+rEi,e+fW)
í
(1.ó5)Hlo›=Hf<y›+Hr‹y›=‹-fiefimy
+rfie+f*”Y›
1? <1.õõ› Th 111Utilizando
algumas
relações trigonométricas e a expressãol+1¬=T,
tem-se :e 'JW'
+
Fe
*my
=
Te
`¡Bly+
j 2F
sen B1y
(1. 67.a)-e
'JW
+
re
*JW
= -Te
'JW
+
zr
¢‹›s|3,y (1.ó7.b)Assim
oscampos
no meio
1podem
ser escritosna forma
:Ê,(y)=Ez¿(Te'fl”Y
+j2rSzn¡s,y)
F
(rós)
_.
E
__. , _.H1(y)=%(-Te
IB” +21¬<z‹›sp,y)k
(rõs)
l
Pode-se notar que as equações de
campos
(1.68) e (l.69)apresentam
doistennos : o primeiro refere-se ao
componente
de propagação e o_segundo refere-se àscomponentes
deonda
estacionária [3].-ç
Observa-se airrda que as impedâncias intrínsecas que
detenninam
oscoeficientes de
reflexão
e transmissãopodem
ter valores complexos, oque
leva estescoeficientes a
serem
números complexos também.
Considerou-se,
no
caso da incidêncianonnal que
a polarização foi linearparalela à superficie de separação entre os
meios
que é a superficie de referência.A
partir de agora vai-se analisar os casos de incidência oblíqua paraque
se observe as
modificações
queocorrem
nas equações econseqüentemente nos
efeitosda reflexão
e transmissão.A
polarização considerada ainda será a linear paralela ao plano de irrcidência anteriormente definido.26 1.6.2 - Incidência
Oblíqua
Considerando
agora que aonda
plana lineannente polarizadadeva
incidirsobre a superficie de separação,
como
mostrado
na figura
1.7, define-se os ângulos deincidência, reflexão e refração
ou
transmissão. V -Ângulo
de incidência (Gi)é o ângulo
que
o vetor de Poynting daonda
incidente fazcom
anonnal
da superficie de separação.Ângulo
dereflexão
(Gr) é o ângulofonnado
entre o vetor de Poyntingda onda
refletida e a
nonnal
da superficie de separação -Ângulo
de refração (91)ou
transmissão é aqueleformado
entre o vetor de Poyntingda
onda
transmitida e a nonnal da superficie de separação [4].ni Ê* Pt
Meio
2 :it  etY
,,t
_) ef -‹› Ei Ef Meio 1 -›~‹Hr
Pr fl -)Figura 1.7 - Incidência Oblíqua à Superñcie de Separação
As
equações (1.53) até (1.60)que dizem
respeito aos coeficientes dereflexão
e transmissãocontinuam
valendo nestamodalidade
de incidência e portanto asequações para-os
campos
elétrico e magnéticoficam
:Para os
campos
incidentes :Éi J)_:Eile-j[3l(ycosG¡-zsen6¡) (1.7O.a)
"- Ei] - '~' - " -'[3l(ycos6i-zsenôi) "
H1(y,z)=_-(-sen91
J -cost):k)e
J k (l.71.a)Para os
campos
refletidos :“
Êr(y
,z )=
rEz°,@ -f1”<"Y °°S°"'= S°“°'>í
t r
(1.7o.-b)
I17r(y ,z )
=
EH-senôr
+cos9r
lÍ)e `¡Bl(`y °°S9"z S°“e') /Ê (1.71.b)111
E
para oscampos
transmitidos :Éz
(y ,z )=
TEz',e 'f'B2<+y °°S°'-2 S°“°'>í
(1.7o.z)Hr
(y ,z )=
I§Íi(-sen6t
4
cos6t 1Ê)e `¡B2(+y °°S9"z“ne”
/Ê (1.7l.c)112
A
figura
1.7 e as equações (l.70) e (l.71)foram
obtidas considerando apolarização linear paralela,
onde
ocampo
elétrico é paralelo auma
superfície dereferência
que
neste caso foi consideradatambém
a superficie de separação entre osdois meios..
Observando
afigura
1.8, pode-se ver que o termo que multiplica ocampo
magnético
eque
possuicomponentes
nas direções 'z' e 'y', foi obtido a partir dadecomposição do
vetorcampo
magnético.O
termo que
multiplica jB¡ou
jB2na
exponencial foi obtido atravésda
decomposição do
vetor de Poynting e nos dois casosforam
consideradas as orientaçõesdos vetores.
E
Ê
Se for necessária a análise da incidência oblíqua de ondas planas
com
polarização linear paralela
ou
horizontal, deve-se inverter as posições doscampos
elétrico e
magnético
e então realizar amontagem
das equações.As
condições decontomo
aserem
observadas são as seguintes:As
componentes
tangenciais doscampos
elétrico emagnéticopara
z=0, tantono
meio
lcomo
no meio
2 são iguais.Da mesma
forma
que a incidência normal, ocampo
resultanteno meio
lserá obtido através
da
soma
vetorial dascomponentes da onda
incidentecom
ascomponentes
daonda
refletida.Devido
a este fato, acomponente
decampo
resultantena
direção 'y' é estacionária e acomponente
decampo
resultantena
direção 'z' sepropaga.
A
análise feita para a incidência oblíqua é genérica,ou
seja,não há
especificação deque
tipo de materiais estão envolvidos.O
que
vai se fazerna
seqüência é admitirque
uma
onda venha
sepropagando
porum
meio
sem
perdas (ar) e incidasobreuma
superficie condutora. Estaforma
de incidência irá apresentar caracteristicas próprias dereflexão
e transmissãoque
podem
perfeitamente ser usadas para que se consiga conduzirou
guiaruma
onda
dentro de urna estrutura idealizada para tal.'
Para
que
se possa fazer urna análise didáticada
propagação deondas
guiadas,
ou
seja,ondas que
sepropagam confinadas
dentro de urna estrutura qualquer,será feita a análise de urna lirrha de transmissão imaginária.
Linha
de transmissãopode
ser qualquer estrutura
que
tenhacomo
finalidade conduzirou
guiar qualquer quantidade de energiaou
informação [5].Esta linha de transmissão imaginária é
chamada
"Linha deTransmissão
Paralela Plana,