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Comportamento cíclico de misturas de cimento

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Academic year: 2021

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COMPORTAMENTO CÍCLICO DE MISTURAS DE SOLO-CIMENTO

Sara Rios, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Porto, Portugal, sara.rios@fe.up.pt António Viana da Fonseca, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Portugal, viana@fe.up.pt

RESUMO

Este artigo apresenta os resultados de ensaios triaxiais cíclicos realizados com instrumentação de alta precisão sobre várias misturas de areia siltosa e cimento preparadas com distintos valores de índice de vazios e teores de cimento. Os ensaios tiveram por base os princípios expressos na metodologia da pré-norma CEN (2004) sendo a análise efectuada em termos do módulo resiliente e da deformação permanente e da sua evolução com o número de ciclos e nível de tensão.

1 INTRODUÇÃO

As camadas de suporte das plataformas para infraestruturas de transporte são um elemento fulcral da estrutura viária. A degradação das camadas de suporte em rodovias e linhas férreas é muitas vezes causa de grandes custos de manutenção, redução da qualidade de circulação e consequentemente de segurança. As principais causas de deterioração são a deformação resiliente cíclica e a acumulação de deformação plástica que conduzem, respectivamente, à fissuração por fadiga ou ao desalinhamento das linhas férreas por subsidência.

A estabilização de solos e materiais granulares com ligantes hidráulicos é uma solução muito interessante, já que a rigidez e a resistência são muito melhoradas. É especialmente atractiva quando se espera tráfego com cargas elevadas e um número significativo de passagens e/ou quando se pretende muito boas propriedades mecânicas dessas camadas (como por exemplo, em plataformas de linhas férreas de alta-velocidade). Esta técnica tem também inúmeras vantagens económicas e ambientais quando utilizada nas infra-estruturas de transporte como refere Fortunato (2008): evita custos económicos e ambientais na exploração de zonas de empréstimo e pela necessidade de zonas de depósito; evita custos económicos, ambientais e sociais no transporte dos materiais de empréstimo e de depósito; permite a execução dos trabalhos de terraplanagens mesmo em condições meteorológicas menos favoráveis; facilita a construção em zonas de difícil acesso ou com importantes condicionantes geotécnicos.

Apesar de esta técnica ser efectivamente atractiva, tem havido algumas dificuldades em estabelecer uma metodologia de dosagem única baseada num critério racional. Consoli et al. (2007) mostraram que, para misturas que são solicitadas num estado não saturado, como acontece nas camadas de suporte da plataforma,

a razão índice de vazios/cimento é um parâmetro mais adequado para avaliação da resistência, do que o parâmetro água/cimento usado para o betão. Esta recente indicação da possibilidade de uma indexação geral das propriedades geomecânicas, incluindo as propriedades cíclicas, a uma razão única de vazios/cimento, é de especial interesse pelo que deve ser explorada através da calibração das leis entre variáveis, tendo em conta as características específicas dos materiais a tratar.

Algum trabalho tem sido desenvolvido no Laboratório de Geotecnia da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - FEUP (www.fe.up.pt/labgeo) em condições estáticas para o tipo de mistura aqui em análise, tal como reportado em Rios et al. (2009), nomeadamente através de ensaios à compressão simples, ensaios triaxiais de compressão e medições da velocidade das ondas sísmicas de compressão (“vP”) ou longitudinais (“vL”)

e transversais (“vS”).

O comportamento sob solicitações cíclicas tem sido estudado por diversos autores em solos (Matesic e Vucetic, 2003, Tatsuoka et al. 2003 ou Werkmeister et al., 2005) e em rochas brandas (Yoshinaka & Osada, 1995). Outros têm vindo a estudar misturas de solo-cimento em condições estáticas (Consoli et al., 2007). Contudo, poucos estudos têm sido publicados sobre solos cimentados em condições cíclicas (Sharma, 2004), em especial no que se refere a misturas de solo-cimento para infraestruturas de transporte. É interessante salientar que, embora os comités de normalização do CEN tenham já concluído a pré-norma de “Ensaios triaxiais cíclicos para misturas não cimentadas” (CEN, 2004), ainda falta correspondente normativa para estes ensaios sobre misturas cimentadas.

Este artigo apresenta os resultados de um programa de ensaios triaxiais cíclicos com instrumentação de alta precisão, conduzidos sobre

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amostras com distintas razões de vazios/cimento, tal como tem sido preconizado por Consoli et al. (2007, 2009). Os ensaios tiveram por base os princípios expressos na metodologia da pré-norma CEN (2004), com o propósito de analisar o comportamento das misturas de diferentes composições em termos das deformações permanentes e do módulo resiliente, para vários níveis de tensão, e distintas condições de drenagem.

2 MATERIAIS USADOS

O solo envolvido neste estudo é uma areia siltosa resultante da alteração do granito do Porto, rocha dominante na região norte e centro de Portugal (Viana da Fonseca et al., 2006). No sistema unificado de classificação, este solo é designado de SM (silty sand). No sistema francês definido no GTR, 2000 (AFNOR, 1992) o solo é classificado como B5 (sables très silteux). Os parâmetros físicos mais importantes são indicados no Quadro 1. Como se pode constatar pela curva granulométrica apresentada na Figura 1, trata-se de um solo de granulometria bastante extensa, ou seja muito bem graduado, com cerca de 30% de finos e não plástico.

Quadro 1: Parâmetros físicos do solo

Js D50 Cu Cc L P kN/m2 mm % % 27,2 0,25 113 2,72 34 31 4,75 2 0,85 0,18 0,075 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0,001 0,01 0,1 1 % r e ti dos % pa ss a do s

Diâmetro equivalente das partículas (mm) Peneiros da série ASTM (mm)

Figura 1. Curva granulométrica do solo

O cimento usado nas misturas é um cimento Portland CEM 52,5 R de endurecimento rápido e alta resistência. Apesar deste tipo de cimento não ser usado em obra para as misturas de solo-cimento, optou-se por ele pela necessidade de usar um ligante de presa rápida de forma a agilizar o trabalho de

laboratório permitindo a execução de vários ensaios num período de tempo razoável. Para avaliar o tempo de cura dos provetes foram realizados vários ensaios à compressão simples sobre provetes com 3% de cimento e distintos dias de cura, concluindo-se que após 7 dias a resistência final tinha sido atingida (Vitali, 2008).

3 PROGRAMA EXPERIMENTAL 3.1 Selecção das composições das misturas

O exaustivo programa de ensaios à compressão simples descrito em Rios et al. (2009) permitiu estabelecer para este solo uma relação entre um índice que relaciona o volume de vazios com a percentagem de cimento e a resistência à compressão simples, tal como proposto por Consoli et al. (2007). Esse índice pode ser expresso pela razão entre a porosidade da mistura compactada e o teor volumétrico de cimento (/Civ), pelo que a relação obtida pode ser

apresentada da seguinte forma:

295 , 4 21 , 0 9 10 0 , 4  ¸¸¹ · ¨¨© § ˜ u iv u C q K (1) em que ,

qu é a resistência à compressão simples em kPa

 é a porosidade

Civ é o teor volumétrico de cimento

O expoente do teor volumétrico de cimento encontrado para este solo através do melhor ajuste da curva foi de 0,21. Outros autores com outros tipos de solos têm obtido diferentes coeficientes (Consoli et al., 2007 e 2009).

Com base nesta curva foram seleccionados 3 pontos, para os quais se moldou amostras com as características indicadas no Quadro 2. Para cada mistura é apresentado o teor de cimento (C), o peso volúmico seco (d), o teor em água (), o índice já

referido /Civ0,21 e a resistência à compressão simples

(qu).

No Quadro 2 é ainda referida a classificação presente na norma EN 14227 (CEN, 2006) com base na resistência à compressão simples, para solos tratados com cimento de um modo geral.

Quadro 2: Composição das misturas ensaiadas e sua classificação com base na resistência à compressão simples (EN 14227)

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Mistura C Jd  /Civ 0,21 qu Classe % kN/m3 % kPa 1 2 16,70 12 36 800 C0,8/1 2 5 16,80 12 29 2000 C1,5/2 3 7 16,90 12 29 2000 C1,5/3 4 7 16,10 12 24 4335 C3/4

Os ensaios à compressão simples foram realizados com instrumentação local o que permitiu a avaliação dos módulos de deformabilidade com fiabilidade. Nesse exaustivo programa de ensaios, foram ainda realizados ensaios de compressão diametral para avaliação da resistência à tracção. Esta informação permitiu aplicar a classificação do GTS (2000), como se mostra na Figura 2 chegando-se às classes apresentadas no Quadro 3 (para misturas semelhantes aos apresentados no Quadro 2) tendo em conta a forma de preparação das misturas em central ou in situ (Fortunato, 2008).

Tendo em conta que a relação Rt vs E é importante

para a avaliação da fendilhação destas misturas, para além da classificação do GTS (2000), a Figura 2 mostra ainda a proposta da norma EN 14227 (CEN, 2006) na qual a identificação de classe por zonamento no ábaco referido tem significativas diferenças. Apesar da norma ser mais recente que o guia técnico, optou-se, nesta fase, pela classificação do GTS (2000) uma vez que este é específico para aterros e camadas de leito posicionando as misturas de uma forma mais prática, associando a classe não só à resistência e deformabilidade como também à forma de produção da mistura. Note-se que a resistência à tracção apresentada no Quadro 3 corresponde à resistência à tracção directa que foi obtida através da resistência diametral através da relação seguinte:

Rt = 0,8 Rtb (2)

em que,

Rt é a resistência à tracção directa

Rtb é a resistência à tracção obtida por compressão

diametral 0,1 1 10 1000 10000 100000 Rt ( M P a) E (MPa) EN 14227-2006 GTS (2000) d=17,2 c=5% d=16,4 c=7% d=17,9 c=7%

Figura 2. Comparação entre as classificações propostas pelo GTS (2000) e pela EN 14227 (CEN, 2006)

Quadro 3: Classificação com base no GTS (2000)

C Jd  Rt E

% kN/m3 % kPa MPa Central In situ

2 16,4 12 56,13 691,02 - -

5 17,2 12 173,85 1914,14 4 5

7 16,4 12 236,02 1551,90 3 4

7 17,9 12 436,96 2704,46 2 3

Classe

3.2 Ensaios triaxiais cíclicos

Com as misturas indicadas no Quadro 2, realizaram-se ensaios triaxiais cíclicos com instrumentação interna através de LVDT’s (linear variable differential transformers) de alta resolução.

O equipamento do triaxial cíclico existente no Laboratório de Geotecnia da FEUP (Figura 3) inclui uma parte de hardware que consiste em:

- um motor e uma bomba com uma pressão máxima de 250 bar permitindo realizar ensaios estáticos até 50 kN e, ensaios cíclicos até 10 kN a uma pressão menor de cerca de 160 bar através de uma válvula limitadora de pressão;

- uma unidade hidráulica e um servo actuador que contém um cilíndrico hidráulico com transdutor de posição, uma válvula associada e um transdutor de força (que permite a indução de carregamento verticais cíclicos com frequências entre 0,001 e 2Hz); - um quadro eléctrico com protecção do motor e botão de emergência.

O sistema inclui também um software de aquisição munido de duas placas de aquisição de 16

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bits que dispõem de vários canais onde se podem conectar os transdutores e a célula de carga a utilizar.

Figura 3. Fotografia do equipamento dos ensaios triaxiais cíclicos do Lab. Geotecnia da FEUP

Nos ensaios realizados, utilizou-se uma célula de carga com 10 kN de capacidade, dois transdutores de deslocamento internos do tipo LVDT (Figura 4), um transdutor de deslocamento externo de 50 mm de gama, assim como transdutores de pressão CP, BP e PN, respectivamente, para a pressão na câmara, pressões intersticiais inferior e superior. Foram ainda usados 2 controladores automáticos de pressão e volume (GDS®) para aplicação de pressões, com controlo automático por um programa em LabView® desenvolvido na FEUP.

Figura 4. Fotografia do provete e respectiva instrumentação interna durante a montagem

No Quadro 4 indicam-se os ensaios realizados nos vários tipos de misturas distinguindo-se os ensaios em

que as válvulas de drenagem da água intersticial estavam fechadas (não drenados) ou abertas (drenados, pelo menos parcialmente, atendendo à velocidade de carregamento) aquando do corte cíclico. Como descrito adiante os provetes foram previamente saturados no sentido de excluir efeitos adicionais de sucção presentes em condições parcialmente saturadas.

Os tipos 1 e 2 correspondem a uma adaptação da norma EN 13286-7 (CEN, 2004) - método B (tensão de confinamento constante) - para avaliação do módulo resiliente e da deformação permanente, com os níveis de tensão que se indicam nos Quadros 5 e 6, respectivamente. Estas cargas foram seleccionadas com base em dois critérios principais: as mais baixas tensões são semelhantes às que se verificam nas plataformas ferroviárias de média e alta velocidade, de seguida, optou-se por usar as cargas mais elevadas preconizadas pela norma de forma a conseguir ter uma resposta clara dos transdutores de deformação que embora tenham bastante resolução têm dificuldade em medir deformações na ordem dos 10

-3%. Nestes quadros, indica-se a tensão efectiva de

confinamento (’c) bem como a tensão de desvio

(q=V–H) mínima e máxima da carga cíclica

aplicada. O carregamento cíclico é do tipo sinusoidal tal como se expressa na Figura 5, sendo a frequência do carregamento de 1 Hz. A carga mínima foi imposta logo no início do ensaio para ajuste do pistão ao provete de forma a evitar a ocorrência de cargas negativas durante os ciclos que, pelas características do equipamento e montagem do provete adoptada, descolaria o pistão de carga, o que induziria impacto em choque o poderia impedir a boa prossecução do ensaio.

Figura 5. Esquema da forma do carregamento cíclico sinusoidal adoptado

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Quadro 4. Tipos de ensaios realizados

drenado não drenado drenado não drenado

1 X X 2 X X 3 X X 4 X Tipo 1 Tipo 2 Mistura

Quadro 5. Sequência do ensaio tipo 1.

ʍ’c (kPa) Nº ciclos min max 70 5 340 20 000 50 5 80 5000 50 5 115 5000 50 5 150 5000 50 5 200 5000 50 5 280 5000 100 5 150 5000 100 5 200 5000 100 5 280 5000 100 5 340 5000 100 5 400 5000 150 5 200 5000 150 5 280 5000 150 5 340 5000 150 5 400 5000 150 5 475 5000 qcíclica (kPa)

Quadro 6. Sequência do ensaio tipo 2.

ʍ’c (kPa) Nº ciclos min max 40 5 100 10 000 40 5 240 10 000 40 5 360 10 000 80 5 200 10 000 80 5 400 10 000 80 5 600 10 000 150 5 400 10 000 150 5 500 10 000 150 5 600 10 000 qcíclica (kPa)

4 PREPARAÇÃO DOS PROVETES

Para cada amostra, foi retirada uma quantidade de finos equivalente à quantidade de cimento a ser introduzida, para que a granulometria do solo e da mistura fossem idênticas. Este artifício tem como único objectivo a estruturação do comportamento indicial (que é influenciado pela granulometria) com clara independência de efeitos cruzados. O provete foi compactado estaticamente em 3 camadas tal como

adoptado por Consoli et al. (2007) que seguiu o conceito proposto por Ladd (1978). O molde usado de aço lubrificado tem cerca de 70 mm de diâmetro e 140 mm de altura. Antes da colocação da porção de solo correspondente à camada seguinte, a camada anterior foi escarificada de forma a permitir a interpenetração das camadas. Segundo a especificação portuguesa do LNEC E-264 (1972), os procedimentos de mistura e compactação não deverão demorar mais do que 30 min, o que foi cumprido. Cumprindo os requisitos da norma D 1632-96 (ASTM, 1996b) as amostras permaneceram pelo menos 12 horas no molde depois da compactação de forma a evitar a expansão da amostra.

O controlo da moldagem é conseguido pela medição das dimensões e peso da amostra após extracção do molde assim como pela medição do teor em água da mistura antes da moldagem. De acordo com o que foi concluído anteriormente, os provetes foram mantidos durante 6 dias na câmara húmida dentro de um saco plástico para evitar a perda de humidade. Ao 7ºdia os provetes foram retirados da câmara húmida e colocados na câmara triaxial sendo iniciada a percolação de água desaerada pelos interstícios interparticulares de forma a eliminar as bolhas de ar mais significativas. A percolação dura pelo menos 24h de percolação até que o volume de água percolada seja superior a duas vezes o volume de vazios da amostra. A saturação foi efectuada a uma taxa de 20kPa/h mantendo uma tensão efectiva de 10kPa, até que a pressão intersticial atinja 510kPa. 5 RESULTADOS OBTIDOS

5.1 Considerações iniciais

Os ensaios conduzidos até ao momento permitiram fazer uma análise de tendências que, embora ainda dependentes do desenvolvimento de um número acrescido de ensaios em curso no laboratório de geotecnia da FEUP, poderão definir relações entre as propriedades mecânicas em condições cíclicas dos solos cimentados e os parâmetros de estado.

Dos resultados obtidos nos vários ensaios, serão aqui apenas apresentados o módulo resiliente, a deformação permanente, o declive da trajectória de tensões, as pressões neutras geradas, que, como outros, são parâmetros considerados relevantes nesta análise de sensibilidade.

Os módulos resilientes foram calculados de acordo com a norma D 3999 (ASTM, 1991), como se indica na Figura 6, pelo declive da recta que une os picos do ciclo de histerese.

(6)

Figura 6. Esquema de um típico ciclo de histerese (adaptado de ASTM, 1996a)

A informação apresentada refere-se à média dos valores obtidos em determinados ciclos referidos na norma EN 13286-7 (CEN, 2004), aqui especificados para o caso dos ensaios tipo 2:

- ciclos do 1 ao 20; - média dos ciclos 50 a 60; - média dos ciclos 100 a 110; - média dos ciclos 200 a 210; - média dos ciclos 400 a 410; - média dos ciclos 1000 a 1010; - média dos ciclos 2500 a 2510; - média dos ciclos 5000 a 5010; - média dos ciclos 7500 a 7510; - média dos ciclos 9990 a 10000;

tendo sido, adicionalmente, avaliado o valor do módulo correspondente ao ciclo 3000 para aplicação do conceito de “shakedown” com base na diferença entre

a deformação permanente verificada entre o ciclo 5000 e aquele, tal como referido naquela norma.

Para o caso dos ensaios tipo 1 os ciclos analisados são os mesmos embora com as diferenças correspondentes ao número de ciclos realizados.

A discussão dos resultados começará pela comparação entre um ensaio drenado com outro não drenado, seguindo a análise dos dois tipos de ensaios realizados e finalizando pela observação das diferenças de comportamento dos vários tipos de misturas.

5.2 Comparação das condições de drenagem

Yeoh and Airey, 1998; Yoshinaka and Osada, 1995; Yoshinaka et al., 1996; Yoshinaka et al., 1997 relataram dificuldades em avaliar o nível de drenagem (que não se espera completa) da amostra sujeita a cargas cíclicas para frequências da ordem do Hz e, consequentemente, medir correctamente a variação

volumétrica resultante desses carregamentos cíclicos. Assim, considerou-se preferível a realização de ensaios não drenados, nos quais a resposta em termos de pressão seria praticamente instantânea possibilitando a monitorização do registo da variação de pressão cíclica ao longo do ensaio. Contudo, verificou-se que a pressão neutra aumentava significativamente ao longo do ensaio até anular praticamente a tensão efectiva de confinamento. Desta forma, a influência da tensão de confinamento no comportamento da mistura ficava em parte inviabilizada. Optou-se então pela realização de ensaios drenados (ainda que parcialmente, tendo em conta a velocidade de carregamento), que apesar de não permitirem o controlo da variação volumétrica com fiabilidade, simulam de uma forma mais realista o estado tensão-deformação existente nas camadas de base e sub-base das plataformas rodo e ferroviárias.

De qualquer forma, considera-se relevante o confronto dos resultados obtidos em ensaios drenados e não drenados realizados sobre misturas com a composição indicada nos Quadros 2 e 4 como mistura 3.

Este procedimento permitiu avaliar as diferenças de comportamento devidas às pressões neutras geradas no interior do provete. Como se pode ver na Figura 7 enquanto no ensaio drenado a pressão intersticial não aumenta além dos 550kPa, no ensaio não drenado a tensão efectiva é praticamente sempre anulada pelo aumento da pressão interna.

No que diz respeito ao comportamento resiliente do provete, de uma forma geral verifica-se uma quebra de rigidez com o aumento da tensão deviatória cíclica máxima. Não obstante, comparando os ensaios com diferentes condições de drenagem, é notório que o módulo resiliente é sempre inferior nos ensaios drenados (Figura 8). 450 500 550 600 650 700 0 200 400 600 800 1000 BP m a x ( k P a ) qmax(kPa)

Drenado Não drenado

'c = 80kPa 'c = 40kPa

'c = 150kPa

Figura 7. Pressão intersticial máxima dos ensaios drenado e não drenado realizados sobre misturas nº 3

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y = -1,9982x + 3229,5 R² = 0,6055 y = -3,1848x + 5077,3 R² = 0,7175 1000 10000 0 200 400 600 800 1000 Er es ( M P a) qmax(kPa)

Drenado Não drenado

Figura 8. Módulo resiliente observado nos ensaios drenado e não drenado realizados sobre a mistura nº3

Se o carregamento se mantivesse apenas em regime elástico, as diferenças entre os módulos poderiam ser explicadas pelo facto do coeficiente de Poisson () ser distinto dependendo do tipo de drenagem (nos ensaios não drenados pressupõe-se que não há variação de volume pelo que =0,5). Como se sabe, ao contrário do módulo de distorção (G), o módulo de deformabilidade (E) não é um módulo puramente distorcional pelo que é influenciado pela parcela volumétrica, como é explicitada na conhecida expressão da teoria da elasticidade em função do coeficiente de Poisson (), ) 1 ( 2 X G E (3)

Contudo, importa ressalvar que, se a diferença de comportamento se devesse apenas ao coeficiente de Poisson, nunca seria superior a 1,5 considerando que este coeficiente assume valores entre 0 e 0,5. A Figura 9 mostra que esses valores são superiores aumentando com a amplitude cíclica máxima aplicada. Ou seja, apesar de estarmos perante uma acção cíclica de elevada frequência há algum desenvolvimento de trabalho plástico. Só assim se explica a maior deformabilidade, consequência de algum trabalho plástico também de componente volumétrica. Esta observação é corroborada pela análise da deformação permanente que, como seria de esperar apresenta um comportamento inverso ao módulo como evidencia a Figura 10. y = 0,0015x + 1,3741 R² = 0,9557 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 0 200 400 600 800 1000 END r / E Dr qmax(kPa)

Figura 9. Relação entre os módulos resilientes obtidos em condições não drenadas e drenadas

y = 9E-05x - 0,0118 R² = 0,9446 y = 1E-05x - 0,0123 R² = 0,1312 -0,04 -0,02 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0 200 400 600 800 1000 p .( % ) qmax (kPa)

Drenado Não drenado

Figura 10. Deformação permanente verificada nos ensaios drenado e não drenado realizados sobre a mistura nº3

Por fim, apresenta-se o declive da trajectória de tensões q vs p’ no ensaio drenado que, como se esperava, apresenta valores próximo de 3 (Figura 11). Note-se que q é a tensão de desvio (V-H) e p’ é a

tensão média efectiva definida por (V’+2H’)/3.

y = -4E-07x2+ 0,0006x + 2,629 R² = 0,9325 2,5 3 3,5 4 0 200 400 600 800 1000 q /p ' qmax (kPa) Drenado

Figura 11. Declive da trajectória q vs p’ num ensaio drenado

5.3 Comparação dos dois tipos de ensaios

Segundo a EN 13286-7 (CEN, 2004), o ensaio tipo 1 Quadro 5) tem como objectivo a análise da evolução do comportamento resiliente do material para diferentes níveis de tensão, após um condicionamento inicial. O condicionamento tem como objectivo

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eliminar as deformações permanentes que ocorrem durante os primeiros ciclos de forma a obter um comportamento resiliente estável independente do número de ciclos. Por outro lado, serve também para atenuar eventuais heterogeneidades que existam entre os provetes como resultado da compactação. A Figura 12 apresenta, a título exemplificativo, os resultados do módulo resiliente obtidos para uma mistura com as características indicadas com o nº 2 no Quadro 2. Apesar de uma ligeira subida inicial, o módulo resiliente tende a degradar com o aumento da amplitude cíclica para cada tensão de confinamento. O aparente aumento do módulo no início deve-se possivelmente a uma acomodação dos pontos (âncoras) de fixação dos LVDT’s que é mais relevante na tensão de confinamento mais baixa.

Contudo, dentro de cada amplitude de carga cíclica, o módulo resiliente mantém-se praticamente constante, mesmo para níveis de carga mais elevados como se exemplifica na Figura 13 para esta mesma mistura no penúltimo estágio de carga.

3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 0 1 2 3 4 5 6 E re s (M P a) qmax/'c

50 kPa 100 kPa 150 kPa Figura 12. Evolução do módulo resiliente ao longo de um ensaio tipo 1 (mistura nº2)

5000 5500 6000 6500 7000 7500 8000 1,0 10,0 100,0 1000,0 10000,0 E re s (M P a) N-número de ciclos

Figura 13. Evolução do módulo resiliente em função do número de ciclos para o penúltimo estágio (’c =150 kPa e qmax =400kPa) do mesmo ensaio

No que diz respeito ao tipo 2, o objectivo da referida norma consiste na classificação do solo com base no conceito de shakedown através da medição da deformação permanente (p). Segundo Yu et al.

(2007), o princípio base subjacente a este conceito é de que abaixo de uma determinada carga (designada por “shakedown load”) a estrutura granular irá

eventualmente acomodar-se, isto é, a resposta última (para um número elevado de ciclos) será puramente elástica (ou seja, reversível) não existindo mais acumulação de deformações plásticas. Se a carga aplicada for superior à “shakedown load”, a estrutura irá colapsar no sentido em que a resposta estrutural é sempre plástica (irreversível) independentemente do número de ciclos aplicados.

A norma prevê 3 tipos de comportamento designados por A - plastic shakedown (solo caracterizado por apresentar uma deformação permanente estável), B - plastic creep (solo que exibe rotura para um número de ciclos muito elevado) e C - incremental collapse (solo que exibe rotura para um baixo número de ciclos). O objectivo consiste em realizar ensaios com níveis de carga crescente até que a p (5000) - p (3000) seja superior a 0,04%.

Desta forma pretende-se encontrar os dois limites de carga que separam os 3 comportamentos. O nível de carga correspondente a p (5000) - p (3000) = 0,0045%

designa-se por Plastic Shakedown Limit e delimita superiormente o comportamento A. O nível de carga correspondente a p (5000) - p (3000) = 0,04% designa-se

por Plastic Creep Limit e equivale ao nível superior do comportamento B.

Com este procedimento, a classificação “A” foi obtida em quase todos ensaios realizados, ou seja, todas as misturas, nas condições de carregamento adoptadas, denotam grande estabilidade. Porém, no caso do ensaio da mistura nº 1 (Quadro 2), embora a classificação com base em p (5000) - p (3000) seja “A”

para todos os níveis de carga realizados, se a análise fosse realizada não com o ciclo 5000 mas sim com o ciclo 10000, isto é, p (10000) - p (3000) , a classificação já

seria do tipo “C” para grande parte dos níveis de carga, o que indicia uma clara degradação de propriedades para grande número de ciclos

Esta norma, tendo sido desenvolvida para materiais granulares não ligados, baseia-se, previsivelmente, no pressuposto de que a partir de determinado número de ciclos a deformação permanente estabiliza como acontece geralmente nesses materiais. No entanto, devido à degradação da estrutura de cimentação interparticular que lhes confere maior resistência e rigidez inicial, os materiais ligados podem apresentar uma degradação crescente com o número de ciclos, nomeadamente com acréscimo de fissuração. Se assim for, a classificação referida não é aplicável directamente a estas misturas, sendo necessário desenvolver outra via de classificação destes materiais ligados, numa linha mais próxima do conceito expresso no procedimento GTS (2000), referido anteriormente.

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5.4 Comparação das várias composições de mistura A comparação do comportamento das diversas misturas será analisada com base nos ensaios tipo 2 por haver um maior número de ensaios deste tipo e também pelo facto das deformações envolvidas serem superiores (devidas às amplitudes mais elevadas) e consequentemente mais fáceis de medir. Apesar de se tratar de um ensaio tipo 2, serão apresentados os módulos resilientes por serem mais representativos do comportamento das misturas, ao contrário das deformações permanentes que devido ao seu valor reduzido dificultam uma medição consistente.

A análise inicia-se com dois ensaios não drenados com valores do ratio /Civ0,21 substancialmente diferentes (misturas 1 e 2 do Quadro 2). Como se observa na Figura 14 o comportamento é substancialmente diferente, verificando-se módulos muito mais elevados nos provetes com 5% de cimento (mistura 2). 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 0 2 4 6 8 10 E re s (M P a) qmax/'c(kPa) Mistura 1 Mistura 2

Figura 14. Comparação entre os módulos resilientes obtidos em ensaios não drenados sobre misturas 1 e 2

De seguida, analisando-se provetes com o mesmo ratio /Civ0,21 mas distintos teores de cimento (misturas 2 e 3 do Quadro 2), verifica-se que as diferenças são muito mais reduzidas como se evidencia na Figura 15. Esta observação vem corroborar os resultados de Consoli el al. (2007) sobre a conveniência deste índice. Contudo, sem prejuízo da observação anterior, uma análise mais detalhada indica que o provete com maior percentagem de cimento (mistura 3) apresenta uma maior degradação com o aumento da carga, sinal de uma maior fragilidade (eventual maior sensibilidade à fendilhação progressiva). 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500 6000 0 2 4 6 8 10 E re s (M P a) qmax/'c(kPa) Mistura 2 Mistura 3

Figura 15. Comparação entre os módulos resilientes obtidos em ensaios não drenados sobre misturas 2 e 3

Por fim, compara-se os resultados de ensaios drenados realizados com as misturas 3 e 4 do Quadro 2, com a mesma percentagem de cimento e diferentes valores do ratio /Civ0,21. Como se pode observar na

Figura 16, a mistura 4 com o mesmo teor de cimento mas com índice de vazios menor que a mistura 3, apresentou-se muito mais rígida exibindo módulos substancialmente superiores, corroborando, mais uma vez, a importância de se usar um índice misto de compacidade e teor em cimento

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 0 2 4 6 8 10 12 E re s (M P a ) qmax/'c(kPa) Mistura 3 Mistura 4

Figura 16. Comparação entre os módulos resilientes obtidos em ensaios drenados sobre misturas 3 e 4

6 CONCLUSÕES

Os ensaios triaxiais cíclicos realizados até ao momento no laboratório de geotecnia da FEUP permitiram definir já algumas tendências sobre as condições de drenagem dos provetes, as diferenças de comportamento das várias composições da mistura, bem como sobre a aplicabilidade da norma europeia existente sobre este tipo de ensaios.

Estes resultados permitiram concluir, em primeiro lugar, que o carregamento cíclico aplicado levou à geração de trabalho plástico. Foi observada acumulação de deformações permanentes e os módulos resilientes são bastante mais elevados em

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condições drenadas do que em não drenadas. Por outro lado, verifica-se que o módulo resiliente tende a diminuir (sinal de degradação estrutural) com o aumento da amplitude cíclica máxima aplicada, mesmo normalizando esta carga com a tensão de confinamento aplicada.

No que se refere à norma EN 13286-7 (CEN, 2004), desenvolvida para materiais granulares não cimentados, a classificação proposta com base no conceito de “shakedown” parece não ser aplicável a estes solos estruturados. Serão necessários mais ensaios com um número de ciclos mais elevado para que outras conclusões mais consistentes possam ser retiradas.

Por fim, os ensaios evidenciaram que existe uma significativa diferença entre o comportamento de provetes moldados com misturas cujo ratio /Civ0,21

assume diferentes valores. Este facto corrobora a pertinência deste índice na análise do comportamento mecânico destas misturas, mesmo tratando-se de ensaios realizados com amostras curadas sobre um teor em água próximo do óptimo, e por isso, quasi-saturadas.

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Imagem

Figura 1. Curva granulométrica do solo
Figura 2. Comparação entre as classificações  propostas pelo GTS (2000) e pela EN 14227 (CEN,  2006)
Figura 3. Fotografia do equipamento dos ensaios  triaxiais cíclicos do Lab. Geotecnia da FEUP
Figura 7. Pressão intersticial máxima dos ensaios  drenado e não drenado realizados sobre misturas nº 3
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