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Risco de desnutrição em doentes com cancro da cabeça e pescoço

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MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA

RISCO DE DESNUTRIÇÃO EM DOENTES COM

CANCRO DA CABEÇA E PESCOÇO

Ana Gabriela Paupério Duarte Oliveira

M

(2)

ARTIGO DE INVESTIGAÇÃO MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA

A

NA

G

ABRIELA

P

AUPÉRIO

D

UARTE

O

LIVEIRA

apauperio@gmail.com

RISCO

DE

DESNUTRIÇÃO

EM

DOENTES

COM

CANCRO

DA

CABEÇA

E

PESCOÇO

Orientadora: Dra. Joana Teresa Febra Gonçalves

Assistente de Oncologia Médica no Centro Hospitalar Universitário do Porto Serviço de Oncologia Médica – Centro Hospitalar Universitário do Porto, Porto, Portugal Assistente Convidado de Medicina no Mestrado Integrado em Medicina do Instituto de Ciências

Biomédicas Abel Salazar (ICBAS)

Co-orientadora: Prof.ª Doutora Isabel Maria Pereira Alves de Almeida

Assistente Graduado Sénior de Medicina Interna no Centro Hospitalar Universitário do Porto Unidade de Imunologia Clínica – Centro Hospitalar Universitário do Porto, Porto, Portugal Professora Catedrática Convidada de Medicina no Mestrado Integrado em Medicina do Instituto

de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS)

Afiliação: Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) – Universidade do Porto Rua de Jorge Viterbo Ferreira nº228, 4050-313 Porto, Portugal

(3)

A aluna,

(Ana Paupério)

Orientadora,

(4)
(5)

Agradecimentos

Gostaria de agradecer a todos os voluntários pela disponibilidade para a participação neste estudo. Assim como, à Dra. Joana Febra, assistente convidada de Medicina – ICBAS/UP e orientadora deste estudo, à Prof.ª Doutora Isabel Almeida, professora catedrática convidada de Medicina – ICBAS/UP e co-orientadora deste estudo e à Dra. Sílvia Lopes e Dr. Fernando Gonçalves pelo seu encorajamento e apoio incondicional.

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Resumo

Introdução: A doença oncológica é, a nível mundial, um problema de saúde pública. O cancro da cabeça e pescoço é o sexto cancro mais diagnosticado e representa cerca de 10% dos tumores malignos. O seu tratamento tem alto risco de morbilidade funcional, podendo resultar no compromisso da capacidade de alimentação levando à desnutrição. Esta pode associar-se a diversas complicações e está associada a uma diminuição da tolerância ao tratamento, sendo uma causa comum de interrupção do mesmo, conduzindo à diminuição da sua eficácia e, consequentemente, a um pior prognóstico, a pior qualidade de vida e a um aumento da morbilidade e mortalidade. Objectivo: Avaliar o risco de desnutrição em doentes com cancro da cabeça e pescoço. Metodologia: A amostra foi constituída por 29 doentes seguidos no Serviço de Oncologia Médica, de ambos os sexos, com idades entre os 41 e os 78 anos. O contacto com os doentes foi realizado na consulta externa e após o preenchimento da patient generated-subjective global assessment, foram divididos em três grupos (A – bem nutrido, B – em risco de desnutrição ou moderadamente desnutrido e C – gravemente desnutrido) para posterior comparação. Resultados: Verificou-se que 62,1% dos doentes se encontrava bem nutrido, enquanto que 37,9% se encontrava em risco de desnutrição ou moderadamente desnutrido. Nenhum doente foi classificado como gravemente desnutrido (C). Verificou-se que os doentes em risco de desnutrição ou moderadamente desnutridos (B) apresentaram um score superior aos doentes bem nutridos (A) e que seis doentes pontuaram entre 0-1 (20,7%), seis pontuaram entre 2-3 (20,7%), oito entre 4-8 (27,6%) e nove tiveram uma pontuação igual ou superior a 9 (31,0%). Verificou-se também que não existiam diferenças significativas para afirmar que os dados referentes à idade (≤65 anos e >65 anos), ao índice de massa corporal, à localização do tumor e à situação actual (em tratamento ou em vigilância) eram significativamente diferentes entre os dois grupos. No entanto no que concerne à comparação relativa ao ECOG PS e ao score da patient generated-subjective global assessment verificaram-se diferenças significativas entre os grupos A e B. Conclusão: A maioria dos doentes encontravam-se bem nutridos, e menos de metade apresentava risco de desnutrição ou estavam moderadamente desnutridos, sendo que nenhum doente se encontrava gravemente desnutrido. Entre os dois grupos apenas existiram diferenças relativamente ao ECOG PS e ao score da patient generated-subjective global assessment.

(7)

Abstract

Background: Oncological disease is a global public health problem. Head and neck cancer is the sixth most diagnosed cancer and represents 10% of malignancies. Its treatment has a high risk of functional morbidity, which may result in feeding compromise leading to malnutrition. This may be associated with several complications and is associated with a reduction in tolerance to treatment, being a common cause of treatment interruption leading to a decrease in its efficacy and, consequently, to a worse prognosis, poorer quality of life and an increase in morbidity and mortality. Aim: To assess the risk of malnutrition in patients with head and neck cancer. Methods: The sample consisted in 29 patients followed at the Medical Oncology Service, of both genders, aged between 41 and 78 years old. They were contacted at the outpatient clinic and, after completing the patient generated-subjective global assessment, were divided into three groups (A – well nourished, B – at risk of malnutrition or moderately malnourished and C – severely malnourished) for further comparison. Results: It was found that 62,1% of the patients were well nourished, while 37,9% were at risk of malnutrition or moderately malnourished. No patient was classified as severely malnourished (C). Patients at risk of malnutrition or moderately malnourished (B) had a higher score than well nourished patients (A) and six patients scored between 0-1 (20,7%), six patients scored between 2-3 (20,7%), eight between 4-8 (27,6%) and nine had a score equal to or greater than 9 (31,0%). It was also found that there were no significant differences to state that data referring to age (≤65 years and >65 years), body mass index, tumor location and the current situation (under treatment or in surveillance) were significantly different between the two groups. However, there were significant differences between groups A and B in relation to the ECOG PS and the score of the patient generated-subjective global assessment. Conclusion: Most patients were well nourished, and less than half were at risk of malnutrition or moderately malnourished, and no patient was severely malnourished. Between the two groups there were only differences regarding ECOG PS and the patient generated-subjective global assessment score.

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Lista de Abreviaturas

ECOG PS: Eastern Cooperative Oncology Group Performance Status IMC: Índice de Massa Corporal

PG-SGA: Patient Generated-Subjective Global Assessment SGA: Subjective Global Assessment

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Índice

Introdução 1

Cancro da cabeça e pescoço 1

Desnutrição 2 Desnutrição em oncologia 2 Metodologia 3 Amostra 3 Instrumentos 4 Procedimentos 4 Ética 5 Estatística 5 Resultados 5 Discussão 6 Conclusão 8 Apêndice 1 9 Apêndice 2 10 Apêndice 3 11 Apêndice 4 12 Apêndice 5 13 Apêndice 6 14 Anexo 1 15 Bibliografia 16

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Lista de Tabelas

Tabela I: Caracterização da amostra

Tabela II: Prevalência de doentes bem nutridos, em risco de desnutrição ou moderadamente

desnutridos e gravemente desnutridos

Tabela III: Score da Patient Generated-Subjective Global Assessment da amostra total e por grupos Tabela IV: p-value da comparação entre os grupos A e B relativamente à idade (≤65 anos e >65

anos), ao índice de massa corporal, à localização do tumor, à situação actual (em tratamento ou em vigilância), ao ECOG PS e ao score da Patient Generated-Subjective Global Assessment, com α=0,05

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Lista de Figuras

Figura 1: Scored Patient Generated-Subjective Global Assessment, disponível para download

(12)

Introdução

Cancro cabeça e pescoço

A doença oncológica é, actualmente, a nível mundial, um problema de saúde pública.1 O cancro da

cabeça e pescoço é o sexto cancro mais comummente diagnosticado, representando cerca de 10%

dos tumores malignos.2,3 A localização do tumor primário pode ser variável: cavidade oral – 40%

(lábios, mucosa oral, região anterior da língua, pavimento da boca, palato duro e gengiva), laringe – 25% (região supraglótica, glótica e subglótica), faringe – 15% (nasofaringe, orofaringe e hipofaringe), glândulas salivares – 7% (parótida, submandibular, sublingual e glândulas menores) e restantes locais – 13% (cavidade nasal e seios paranasais – maxilar, etmoidal, esfenoidal e frontal).3

A prevalência é superior no sexo masculino. Contudo, tem-se verificado uma incidência crescente no sexo feminino, provavelmente devido ao aumento do tabagismo. Este é um dos factores de risco com maior impacto na maioria dos cancros da cabeça e pescoço, sendo responsável por cerca de 1/3 dos casos.4,5

O momento em que é feito o diagnóstico é crucial, pois o estadio à apresentação e a localização do tumor influenciam fortemente o prognóstico. A sobrevida global aos cinco anos em doentes com o estadio I ou II é cerca de 70 a 90%. No entanto, verifica-se que grande parte dos doentes é diagnosticado numa fase mais avançada (estadio III ou IV), piorando o prognóstico e conduzindo à necessidade de tratamentos mais agressivos, comprometendo a qualidade de vida dos doentes.6,7,8,9,10,11

O tratamento do cancro da cabeça e pescoço tem um alto risco de morbilidade funcional, pois a ventilação, produção da voz e a mastigação e deglutição são influenciadas pelas estruturas anatómicas afectadas. Assim, de forma a evitar as complicações e melhorar a qualidade de vida

dos doentes, é crucial o diagnóstico precoce das complicações associadas aos tratamentos.12

Durante ou após o tratamento médico podem surgir várias complicações, que podem ser generalizadas como mal-estar, astenia, náuseas, vómitos e anorexia, ou localizadas como declínio da saúde oral, mucosite radiogena e associada a tratamentos sistémicos, perda progressiva do ligamento peridontal, atrofia da mucosa, candidíase, disgeusia, osteorradionecrose, necrose dos

tecidos moles, trismo, xerostomia, odino e disfagia.13,14,15,16 Todas estas complicações têm impacto

na qualidade de vida do doente. Por exemplo, o declínio da saúde oral/estado dentário

influenciam a alimentação em público, a mastigação, a deglutição e a normalidade da dieta.17 A

atrofia da mucosa, que pode surgir após a radioterapia e associar-se a dor crónica e sensibilidade, pode alterar de forma permanente as escolhas alimentares do doente, dado que alimentos

quentes, picantes e/ou ácidos podem exacerbar os sintomas.18 A xerostomia, que pode surgir

(13)

beber água ou outros líquidos enquanto ingere alimentos, deglute e fala, dificultando a alimentação e o discurso, e apesar de poder haver recuperação da secreção salivar, esta está dependente da dose total de radiação a que o tecido glandular esteve exposto, sendo

frequentemente permanente.19,20,21,22,23,24 A disfagia, que pode surgir durante e após o tratamento,

dificulta a deglutição e a nutrição, e a perda de peso não intencional e a desnutrição subsequentes podem exacerbar a disfagia, criando um ciclo vicioso, como resultado de uma redução na vontade

de comer e um agravamento da saúde mental.25 Assim, a ingestão oral e, consequentemente, a

manutenção de uma nutrição adequada durante e após o tratamento, são frequentemente alteradas.17

Desnutrição

A desnutrição pode ser definida como um estado subagudo ou crónico em que a combinação do desequilíbrio nutricional e a actividade inflamatória modifica a composição corporal (diminuição do músculo e gordura corporal) e prejudica a função do órgão (imunológico, muscular e cognitivo).26,27 Para o doente, a desnutrição pode associar-se a diversas complicações.28 Pode

verificar-se uma diminuição da força muscular comprometendo a função cardíaca e respiratória.28

Pode ocorrer um comprometimento do sistema imunológico, aumentando o risco de infecções, úlceras de pressão e atraso na cicatrização de feridas, assim como perturbação da função renal, da digestão e absorção intestinal e da termorregulação.28,29,30 Pode também surgir fadiga, apatia e depressão, que agravam a anorexia e prolongam o tempo de recuperação, levando a um declínio da qualidade de vida, do estado funcional e menor sobrevida, assim como aumento dos custos

dos cuidados ao doente.28,29,30

Desnutrição em oncologia

A doença oncológica está frequentemente associada à desnutrição, devido aos efeitos da doença e do tratamento. Estes doentes experimentam mudanças significativas na sua composição corporal e gasto energético em repouso, relacionadas com processos inflamatórios, tornando-se mais

(14)

mental.1 A intervenção nutricional tem sido recomendada pelas guidelines da European Society for

Clinical Nutrition and Metabolism (ESPEN), que reconhecem a alta incidência de um gasto energético elevado em repouso principalmente em doentes com cancro avançado e recomendam a ingestão de 25 a 30 kcal/kg de peso corporal por dia.31,35,36

Relativamente ao cancro da cabeça e pescoço, o seu tratamento tem um alto risco de morbilidade funcional. Como as taxas de sobrevivência têm aumentado, a toxicidade local e sistémica, e o

impacto associado tornam-se cada vez mais importantes.37 Para além das alterações associadas ao

tratamento, os doentes também enfrentam altas taxas de desnutrição pela própria doença oncológica, estimando-se que cerca de 19 a 57% dos doentes estejam desnutridos no momento do diagnóstico.2,29,30,38

Vários estudos provaram que a desnutrição, durante o tratamento, é um factor agravante pois está associada a um aumento das complicações e diminuição da tolerância ao tratamento, sendo uma causa comum de interrupção do tratamento conduzindo à diminuição da eficácia e, consequentemente, um pior prognóstico, pior qualidade de vida e um aumento da morbilidade e

mortalidade.2,26,33,39,40 Assim, o objectivo deste estudo é avaliar o risco de desnutrição em doentes

com cancro da cabeça e pescoço.

Metodologia

Este foi um estudo do tipo observacional e transversal.

Amostra

A amostra utilizada neste estudo foi constituída voluntariamente por doentes seguidos no Serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar Universitário do Porto, de ambos os sexos, com idades entre os 41 e os 78 anos. Estes foram contactados no Hospital de Santo António, na consulta externa, sendo que a população-alvo incluía os doentes com cancro da cabeça e pescoço. Para este estudo obteve-se um total de 29 indivíduos (N=29), posteriormente divididos por três grupos (A – bem nutrido, B – em risco de desnutrição ou moderadamente desnutrido e C – gravemente desnutrido) consoante a avaliação nutricional (nenhum doente foi classificado como gravemente desnutrido – C). Durante o processo de selecção da amostra não foi necessário excluir nenhum indivíduo.

Foram definidos os critérios de inclusão e exclusão: Critérios de inclusão:

• Idade superior a 18 anos.

• Diagnóstico patológico confirmado de cancro da cabeça e pescoço (qualquer subtipo). • Em tratamento activo ou em vigilância para a sua doença oncológica.

(15)

• Eastern Cooperative Oncology Group Performance Status (ECOG PS) 0 – 2. • Consentimento informado assinado.

Critérios de exclusão:

• Idade inferior a 18 anos.

• Estadio terminal/tratamento de suporte.

• Incapacidade para compreender e consentir a sua participação no presente estudo.

Instrumentos

O primeiro instrumento utilizado foi um questionário de carácter geral (apêndice 1), com o qual se seleccionaram os doentes que respeitaram os critérios de inclusão e exclusão para este estudo. Após seleccionados os doentes a participar no estudo foi preenchida a scored Patient Generated-Subjective Global Assessment (PG-SGA) (anexo 1). A Generated-Subjective Global Assessment (SGA) é um instrumento validado de avaliação nutricional que utiliza dados relativos ao peso, à ingestão alimentar, aos sintomas gastrointestinais que persistam por mais de duas semanas, às alterações na capacidade funcional, e ao exame físico que contempla a perda de massa muscular, a perda de

gordura subcutânea e a presença de edema e ascite.34,41

A PG-SGA foi adaptada da SGA e desenvolvida para doentes oncológicos. Inclui perguntas adicionais sobre a presença de sintomas nutricionais e perda de peso a curto prazo e foi projectada para que os componentes da história clínica possam ser preenchidos pelo doente, enquanto o exame físico é realizado por um profissional de saúde. A scored PG-SGA é uma evolução da PG-SGA que, além de fornecer uma classificação global de bem-nutrido, em risco de desnutrição ou moderadamente desnutrido ou gravemente desnutrido, inclui um score numérico. Esse score serve como orientação relativamente ao nível de intervenção nutricional necessária, dado que quanto maior for a pontuação, maior será o risco de desnutrição. Assim, uma pontuação igual ou superior a 9 indica uma necessidade crítica para um melhor controlo dos sintomas e/ou intervenção nutricional. As recomendações da avaliação nutricional incluem educação do doente e da família, gestão de sintomas e intervenção nutricional, como alimentação adicional,

(16)

foi a solicitação das devidas autorizações à Direcção da Instituição, ao Departamento de Ensino Formação e Investigação, à Comissão de Ética e ao Responsável pelo Acesso à Informação.

O estado nutricional dos doentes foi avaliado utilizando a scored PG-SGA. A informação referente

ao peso, ingestão de alimentos, sintomas e estado funcional foi preenchida pelos doentes.29 O

investigador preencheu a restante escala que inclui informação relacionada com a doença, nível de stress metabólico e exame físico para avaliar a perda de massa muscular e/ou de gordura

subcutânea e a acumulação de líquidos.29 Os indivíduos foram classificados como bem nutrido

(PG-SGA A), em risco de desnutrição ou moderadamente desnutrido (PG-SGA B) e gravemente desnutrido (PG-SGA C). Foi assim calculado um score numérico total, em que uma pontuação igual ou superior a 9 indicou uma necessidade crítica para um melhor controlo dos sintomas e/ou

intervenção nutricional.29

Ética

Estes indivíduos foram informados do objectivo do estudo, a sua importância e implicações e tiveram direito à confidencialidade. Puderam igualmente colocar todas as questões que consideraram necessárias e consentir ou recusar a participação no estudo e consulta do respectivo processo clínico, sem que daí recorresse prejuízo. Foi igualmente requerido o preenchimento do consentimento informado baseado no protocolo da Declaração de Helsínquia de 1964 e posteriores emendas (apêndice 2). Este estudo foi avaliado e aprovado pela Comissão de Ética do Centro Hospitalar Universitário do Porto.

Estatística

A análise estatística da base de dados foi realizada através do software IBM®

SPSS® Statistics Version 25.0. A caracterização da amostra foi efectuada através de uma estatística descritiva e exploratória dos dados. Visto que a amostra era constituída por menos de 30 indivíduos, testou-se a normalidade das variáveis através do teste Shapiro-Wilk, concluindo-se que não apresentavam uma distribuição normal. Assim sendo, o teste utilizado, para calcular os p-values, foi o teste de

Mann-Whitney, com α=0,05.42

Resultados

A amostra foi constituída por 29 doentes, divididos por dois grupos, consoante a avaliação global da PG-SGA – A (bem nutrido) com 18 doentes e B (em risco de desnutrição ou moderadamente desnutrido) com 11 doentes (apêndice 3). Após esta divisão foi possível verificar que 62,1% dos doentes se encontra bem nutrido, enquanto que 37,9% dos doentes se encontra em risco de desnutrição ou moderadamente desnutrido. Nenhum doente foi classificado como gravemente

(17)

desnutrido (C) (apêndice 4). Todos os participantes foram submetidos aos critérios de inclusão e exclusão. Posteriormente foi calculado o score da PG-SGA através do qual se verificou que os doentes em risco de desnutrição ou moderadamente desnutridos (B) apresentaram um score superior aos doentes bem nutridos (A) e que seis doentes pontuaram entre 0-1 (20,7%), seis doentes pontuaram entre 2-3 (20,7%), oito doentes entre 4-8 (27,6%) e nove doentes tiveram uma pontuação igual ou superior a 9 (31,0%) (apêndice 5).

Após a caracterização da amostra procedeu-se à comparação entre os dois grupos relativamente à idade (≤65 anos e >65 anos), ao índice de massa corporal (IMC), à localização do tumor, ao estado actual (em tratamento ou em vigilância), ao ECOG PS e ao score da PG-SGA. Através dos testes aplicados verificamos que não existiam diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos relativamente à idade (≤65 anos e >65 anos), ao IMC, à localização do tumor e à situação actual (em tratamento ou em vigilância). No entanto no que concerne à comparação relativa ao ECOG PS e ao score da PG-SGA verificaram-se diferenças estatisticamente significativas para afirmar que os dados são diferentes entre os grupos A e B (apêndice 6).

Discussão

O objectivo deste estudo consistiu em avaliar o risco de desnutrição em doentes com cancro da cabeça e pescoço. Para tal, avaliou-se o estado nutricional de 29 doentes, na sua maioria do sexo masculino e com idades entre os 41 e os 78 anos, através, como em outros estudos, da scored

PG-SGA. Esta demonstrou ser uma ferramenta útil para avaliar o estado nutricional.1,34,43 O facto da

maioria dos participantes ser do sexo masculino e com idades acima dos 40 anos vai de encontro à evidência existente, que refere que o cancro da cabeça e pescoço é mais prevalente nestes e em idades superiores a 40 anos. 4,5

Após a avaliação nutricional efectuada através da PG-SGA verificou-se que a prevalência de doentes em risco de desnutrição ou moderadamente desnutridos (B) era de 37,9%, sendo que nenhum deles foi classificado como gravemente desnutrido (C). Este resultado é inferior à prevalência de desnutrição descrita noutros estudos, que varia entre 40-80% em doentes

(18)

necessária intervenção nutricional de momento; é necessário aconselhamento ao doente e família por um nutricionista com intervenção farmacológica, tal como indicado pelos sintomas e por resultados laboratoriais; requer intervenção nutricional por nutricionista em conjunto com o enfermeiro ou médico conforme indicado pelos sintomas; há uma necessidade crítica para um

melhor controlo dos sintomas e/ou intervenção nutricional.32,34 Neste estudo verificamos que os

doentes em risco de desnutrição ou moderadamente desnutridos (B) apresentaram um score superior aos doentes bem nutridos (A), o que se considera expectável. Em 23 doentes (79,3%) o score foi igual ou superior a 2, valor a partir do qual é necessária uma intervenção nutricional ou farmacológica e, em 9 doentes (31,0%) o score foi igual ou superior a 9, o que aponta para uma

necessidade crítica de um melhor controlo dos sintomas e/ou intervenção nutricional.32,34 No

entanto, 6 doentes (20,7%) apresentaram um score entre 0-1, não sendo necessária nenhuma intervenção nutricional, apenas a avaliação nutricional regular, o que não é apoiado por outros

autores, que indicam que a obtenção deste valor é rara, dado serem todos doentes oncológicos.44

Posteriormente, de acordo com a análise realizada verificou-se que não existiam diferenças significativas entre os grupos A e B relativas à idade (≤65 anos e >65 anos), ao IMC, à localização do tumor e à situação actual (em tratamento ou em vigilância). Ao contrário destes resultados, a evidência actual aponta para uma relação entre a idade avançada e o estado nutricional, quanto

mais idoso for o doente maior será o risco de desnutrição.28,45 Este seria o resultado esperado, no

entanto, o facto de não se terem verificado diferenças relativas à idade entre os dois grupos pode estar relacionado com uma precoce e eficiente avaliação dos doentes e intervenção de forma a prevenir a sua desnutrição, como referido anteriormente. Segundo outros estudos, valores de IMC

mais baixos surgem em doentes com maior grau de desnutrição (A<B).44,46 No entanto, outros

autores referem que, apesar de amplamente utilizado, o IMC apresenta falhas pelo facto de não

quantificar a composição corporal47, o que poderá justificar a ausência de diferenças

relativamente ao IMC neste estudo. Relativamente à localização do tumor e à situação actual (em tratamento ou em vigilância), os estudos existentes referem que o risco de desnutrição é influenciado pela localização do tumor (cabeça e pescoço, gastrointestinal, …), no entanto não foi encontrado nenhum estudo que fizesse a distinção entre as diferentes localizações da área “cabeça e pescoço”. O mesmo acontece com o tratamento. Vários estudos indicam que o tipo de tratamento influencia o risco de desnutrição, contudo não é feita a distinção entre tratamento e vigilância.1,32,34

No que concerne à comparação relativa ao ECOG PS e ao score da PG-SGA verificou-se que existiam diferenças significativas entre os grupos A e B, resultados reforçados por outros autores, que referem que os doentes com maiores necessidades nutricionais apresentavam ECOG PS mais pobres, afirmando que os doentes que tinham um score da PG-SGA entre 0-1 apresentavam um

(19)

ECOG PS médio de 0, quando o score estava entre 2-8 o ECOG PS era 1, e quando o score era igual

ou superior a 9 o ECOG PS era 2.44 O que é expectável, dado que o ECOG PS reflecte o

desempenho funcional do doente, por isso se este se encontrar mais desnutrido, com um score da PG-SGA superior, poderá apresentar maior limitação funcional.

Por fim, considera-se que o relativamente reduzido tamanho da amostra, apesar da receptividade e colaboração de todos os doentes contactados, assim como a subjectividade adjacente ao preenchimento da escala PG-SGA poderão de alguma forma ter limitado os resultados deste estudo.

Conclusão

Neste estudo concluiu-se que a maioria dos doentes da amostra utilizada se encontravam bem nutridos, e menos de metade apresentava risco de desnutrição ou estavam moderadamente desnutridos, sendo que nenhum doente se encontrava gravemente desnutrido. Conclui-se também que entre os dois grupos apenas existiam diferenças relativamente ao ECOG PS e ao score PG-SGA.

Dado a desnutrição ser um problema comum, com elevado impacto na qualidade de vida do doente, torna-se importante realizar este tipo de estudos com recurso às diferentes escalas de avaliação de forma a optimizar a nossa intervenção como profissionais de saúde.

(20)

Apêndice 1

QUESTIONÁRIO PARA CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DO ESTUDO SOBRE O RISCO DE DESNUTRIÇÃO EM

DOENTES COM CANCRO DA CABEÇA E PESCOÇO

Nº de identificação: ______ Data: ___/___/___

Este questionário foi elaborado por uma aluna do Mestrado Integrado em Medicina, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, no âmbito da unidade curricular “Dissertação/Projecto/Estágio do MIM”, tendo como objectivo avaliar o risco de desnutrição em doentes com cancro da cabeça e pescoço. As questões são relativas à identificação do participante para permitir a verificação do cumprimento dos critérios de inclusão e caracterização da amostra. As duas últimas questões (a preencher pelo investigador) são relativas à localização do tumor e ao ECOG PS. O questionário é individual e a confidencialidade e anonimato dos dados está garantida.

Iniciais do nome: __________________________________

Idade: ____________ Sexo: M F

Peso: ______ kg Altura: ________ m

Índice de Massa Corporal: _______ kg/m2

A preencher pelo investigador

1) Diagnóstico patológico confirmado de cancro da cabeça e pescoço? Sim Não 1.1) Se sim, qual a localização do tumor? ______________________________

1.2) Se sim, qual a situação em que se encontra: 1.2.1. Tratamento activo

1.2.2. Vigilância da doença oncológica

2) Qual o ECOG PS (Eastern Cooperative Oncology Group Performance Status) actual?

2.1) 0 – Completamente activo, capaz de realizar as mesmas actividades do período

pré-doença sem qualquer restrição.

2.2) 1 – Restrição para actividades fisicamente extenuantes, mas no ambulatório é capaz de

realizar trabalhos de natureza leve ou sedentária (por exemplo: trabalho de escritório).

2.3) 2 – No ambulatório é capaz de tratar de si, mas incapaz de realizar quaisquer actividades

de trabalho durante 50% ou mais das horas de vigília.

2.4) 3 – Capaz de realizar actividades limitadas de auto-cuidado, confinado ao leito ou cadeira

mais de 50% das horas de vigília.

2.5) 4 – Completamente inactivo, incapaz de realizar qualquer actividade de auto-cuidado,

completamente confinado ao leito ou cadeira.

2.6) 5 – Morte.

Grata pela sua colaboração!

Assinatura do investigador Assinatura do participante

__________________________________ _______________________________

Pretende ter acesso aos resultados obtidos no estudo realizado? Sim Não

(21)

Apêndice 2

TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO

Declaração de consentimento informado

Conforme a lei 67/98 de 26 de Outubro e a “Declaração de Helsínquia” da Associação Médica Mundial (Helsínquia 1964; Tóquio 1975; Veneza 1983; Hong Kong 1989; Somerset West 1996,

Edimburgo 2000; Washington 2002, Tóquio 2004, Seul 2008)

Designação do Estudo: Risco de desnutrição em doentes com cancro da cabeça e pescoço.

Eu, abaixo-assinado ____________________________________________:

Fui informado(a) de que o Estudo de Investigação acima mencionado se destina a verificar qual o risco de desnutrição em doentes com cancro da cabeça e pescoço.

Sei que neste estudo está prevista a aplicação da escala scored PG-SGA (Patient Generated – Subjective Global Assessment) em que serei inquirido(a) sobre o meu peso, ingestão alimentar, sintomas e actividade diária.

Foi-me explicado que a participação neste estudo não me traz qualquer risco.

Foi-me garantido que todos os dados relativos à identificação dos participantes neste estudo são confidenciais e que será mantido o anonimato.

Sei que posso recusar-me a participar ou interromper a qualquer momento a participação no estudo, sem nenhum tipo de penalização por este facto.

Compreendi a informação que me foi dada, tive oportunidade de fazer perguntas e as minhas dúvidas foram esclarecidas.

Aceito participar de livre vontade no estudo acima mencionado.

Concordo que sejam efectuadas as avaliações que fazem parte deste estudo.

Também autorizo a divulgação dos resultados obtidos no meio científico, garantindo o anonimato.

Nome do investigador e contacto: Ana Paupério – apauperio@gmail.com.

Data Assinatura

(22)

Apêndice 3

Tabela I: Caracterização da amostra

Sexo Idade IMC

Frequência Percentagem

N 29 100 N 29 29

Masculino 28 96,6 Média 58,00 23,1824

Feminino 1 3,4 Desvio-padrão 7,969 4,46333

Grupo A – Bem nutrido

N 18 100 N 18 18

Masculino 18 100 Média 58,00 24,6822

Feminino 0 0 Desvio-padrão 9,081 3,63245

Grupo B – Em risco de desnutrição ou moderadamente desnutrido

N 11 100 N 11 11

Masculino 10 90,9 Média 58,00 20,7282

(23)

Apêndice 4

Tabela II: Prevalência de doentes bem nutridos, em risco de desnutrição ou moderadamente

desnutridos e gravemente desnutridos

Frequência Percentagem

A – Bem nutridos 18 62,1

B – Em risco de desnutrição ou moderadamente

desnutridos 11 37,9

C – Gravemente desnutridos 0 0,0

(24)

Apêndice 5

Tabela III: Score da Patient Generated - Subjective Global Assessment da amostra total e por

grupos Frequência Percentagem Amostra total 0-1 6 20,7 2-3 6 20,7 4-8 8 27,6 ≥9 9 31,0 Total 29 100,0

Grupo A – Bem nutrido

0-1 6 33,3

2-3 6 33,3

4-8 6 33,3

≥9 0 0,0

Total 18 100,0

Grupo B – Em risco de desnutrição ou moderadamente desnutrido

0-1 0 0,0

2-3 0 0,0

4-8 2 18,2

≥9 9 81,8

(25)

Apêndice 6

Tabela IV: p-value da comparação entre os grupos A e B relativamente à idade (≤65 anos e >65

anos), ao índice de massa corporal, à localização do tumor, à situação actual (em tratamento ou em vigilância), ao ECOG PS e ao score da Patient Generated - Subjective Global Assessment, com

α=0,05 Idade (≤65 anos e >65 anos) IMC Localização do tumor Situação actual (em tratamento ou em vigilância) ECOG PS Score da PG-SGA p-value 0,947 0,055 0,112 0,256 0,001 0,000

(26)

Anexo 1

Figura 1: Scored Patient Generated-Subjective Global Assessment, disponível para download

(27)

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Referências

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