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Infiltrante resinoso como tratamento de cárie em esmalte: uma revisão de literatura integrativa / Resin infiltrant as enamel caries treatment: a review of integrative literature

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Academic year: 2020

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Infiltrante resinoso como tratamento de cárie em esmalte: uma revisão de

literatura integrativa

Resin infiltrant as enamel caries treatment: a review of integrative literature

DOI:10.34117/bjdv6n5-604

Recebimento dos originais: 20/04/2020 Aceitação para publicação: 29/05/2020

Rebeca De Sousa Peixoto

Discente do curso de Odontologia do Centro Universitário Católica de Quixadá Instituição: Centro Universitário Católica de Quixadá

Enderenço: R. Juvêncio Alves, 660 - Centro, Quixadá - CE, Brasil rebecaodontologia2017@gmail.com

Karlos Eduardo Rodrigues Lima

Discente do curso de Odontologia do Centro Universitário Católica de Quixadá Instituição: Centro Universitário Católica de Quixadá

Enderenço: R. Juvêncio Alves, 660 - Centro, Quixadá - CE, Brasil karlosed99@gmail.com

Pedro Victor Accioly Macedo

Discente do curso de Odontologia do Centro Universitário Católica de Quixadá Instituição: Centro Universitário Católica de Quixadá

Enderenço: R. Juvêncio Alves, 660 - Centro, Quixadá - CE, Brasil pedroacciolyodontologia@gmail.com

Regina Leda Castelo da Silva

Discente do curso de Odontologia do Centro Universitário Católica de Quixadá Instituição: Centro Universitário Católica de Quixadá

Enderenço: R. Juvêncio Alves, 660 - Centro, Quixadá - CE, Brasil regina.leda@hotmail.com

Sandy Gabryelly de Brito Girão

Discente do curso de Odontologia do Centro Universitário Católica de Quixadá Instituição: Centro Universitário Católica de Quixadá

Enderenço: R. Juvêncio Alves, 660 - Centro, Quixadá - CE, Brasil sandygabryellybritogirao@gmail.com

Maria Rayane Araújo Viana

Discente do curso de Odontologia do Centro Universitário Católica de Quixadá Instituição: Centro Universitário Católica de Quixadá

Enderenço: R. Juvêncio Alves, 660 - Centro, Quixadá - CE, Brasil rayanesaleluz@gmail.com

Andresa Lázaro dos Santos

Discente do curso de Odontologia do Centro Universitário Católica de Quixadá Instituição: Centro Universitário Católica de Quixadá

Enderenço: R. Juvêncio Alves, 660 - Centro, Quixadá - CE, Brasil andresalazaro24@gmail.com

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Eduardo da Cunha Queiroz

Discente do curso de Odontologia do Centro Universitário Católica de Quixadá Instituição: Centro Universitário Católica de Quixadá

Enderenço: R. Juvêncio Alves, 660 - Centro, Quixadá - CE, Brasil eduardocq2009@hotmail.com

Érika Matias Pinto Dinelly

Docente do curso de Odontologia do Centro Universitário Católica de Quixadá Instituição: Centro Universitário Católica de Quixadá

Enderenço: R. Juvêncio Alves, 660 - Centro, Quixadá - CE, Brasil erikamatias@unicatolicaquixada.edu.br

Talita Arrais Daniel Mendes

Docente do curso de Odontologia do Centro Universitário Católica de Quixadá Instituição: Centro Universitário Católica de Quixadá

Enderenço: R. Juvêncio Alves, 660 - Centro, Quixadá - CE, Brasil talita_arrais@hotmail.com

RESUMO

Os infiltrantes resinosos (IRs) podem atuar como adjuvante no tratamento de cárie retidas em esmalte. O objetivo do presente estudo é revisar a literatura acerca dos IRs como tratamento de lesões de cárie retidas em esmalte. Para tanto realizou-se uma busca bibliográfica com as bases de dados Pubmed e Science Direct, utilizando os descritores: “Icon Infiltrant”, “Composite Resin”, “Dental Enamel” e “Dental Caries” para a base Pubmed e “Icon Infiltrant”, “Composite Resin”, “Dental Enamel”, “Dental Caries” e “Tooth Remineralization” para a base Science Direct, cadastrados no MeSh e combinados entre si pelo operador booleano “AND”. Foram encontrados um total de 12 estudos, que após estabelecer os critérios de inclusão: estudos publicados nos últimos 05 anos, ensaios clínicos e estudos In Vitro, e como critério de exclusão: revisões de literatura descritivas, capítulos de livro, estudos não disponíveis na íntegra, chegando-se a um total de 08 estudos incluídos. Os IRs atuam em lesões por meio de capilaridade nos pequenos poros existentes nesse sítio. Diversos estudos comparam seu uso com outros materiais ou até mesmo fazem modificações nos mesmos afins de elucidar sua aplicabilidade. Pode-se notar que o uso de IRs é bem eficaz para tratamento de cárie em esmalte.

Palavras-chave: Esmalte Dental; Caries Dental; Odontologia. ABSTRACT

Resinous infiltrants (IRs) can act as an adjunct in the treatment of caries retained in enamel. The aim of the present study is to review the literature on IRs as a treatment for caries lesions retained in enamel. For this purpose, a bibliographic search was carried out using the Pubmed and Science Direct databases, using the descriptors: “Icon Infiltrant”, “Composite Resin”, “Dental Enamel” and “Dental Caries” for the Pubmed database and “Icon Infiltrant” , “Composite Resin”, “Dental Enamel”, “Dental Caries” and “Tooth Remineralization” for the Science Direct base, registered in MeSh and combined with each other by the Boolean operator “AND”. A total of 12 studies were found, which after establishing the inclusion criteria: studies published in the last 05 years, clinical trials and In Vitro studies, and as exclusion criteria: descriptive literature reviews, book chapters, studies not available in full , reaching a total of 08 studies included. IRs act on lesions by means of capillarity in the small pores existing at that site. Several studies compare its use with other materials or even make modifications to them in order to elucidate its applicability. It can be noted that the use of IRs is very effective for the treatment of enamel caries.

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Keywords: Dental Enamel; Dental caries; Dentistry. 1 INTRODUÇÃO

O desenvolvimento da cárie tem seu limiar geralmente influenciado pela adesão de um biofilme complexo na superfície do esmalte (NETO, DM Andrade et al; 2016). As lesões de cariosas no esmalte são caracterizadas por uma perda de mineral formando uma camada superficial pseudo-intacta. Poros na lesão de esmalte podem fornecer vias de difusão para ácidos e minerais, levando a desmineralização adicional e progressão da lesão (ASKAR, Haitham et al; 2015), a camada mais externa das lesões ativa em esmalte são passíveis de remineralização por alguns agentes remineralizantes, ou até mesmo pela saliva (DE LACERDA, A. J. et al; 2015).

Nesse contexto, relata-se o uso de infiltrantes resinosos (IR) nessa função de tratamento de cárie retidas em esmalte, tal processo inicia-se com o condiconamento da superfície com ácido clorídrico para remover a camada pseudo-intacta superficial hipermineralizada, seguido de infiltração do IR, que consiste em uma resina de baixa viscosidade (CORREIA;BORGES;TORRES. 2020), logo, tal técnica visa penetrar nos poros do corpo da lesão onde posteriormente será fotopolimerizado (LAUSCH et al; 2016).

O mecanismo de ação do IRs se dar da seguinte forma: parte matriz de resina de baixa viscosidade penetra no corpo da lesão impulsionada por forças capilares enquanto o material de enchimento permanece incorporado na matriz restante (LAUSCH et al; 2016). Este pode deter a progressão da lesão e reforçar a estrutura do esmalte para evitar cavitação e quebra da superfície. Além disso, as características ópticas da lesão mudam, perdendo a aparência esbranquiçada e se tornando semelhante ao esmalte saudável (CORREIA;BORGES;TORRES. 2020).

A profundidade da lesão é provavelmente um dos parâmetros mais importantes relacionados à eficácia do procedimento, quanto mais profunda a lesão, menores as chances de ter penetração completa do infiltrante, prejudicando o resultado estético (CORREIA;BORGES;TORRES. 2020). Assim sendo, o objetivo do presente estudo é revisar a literatura acerca dos IRs como tratamento de lesões de cárie retidas em esmalte.

2 METODOLOGIA

Para a busca bibliográfica utilizou-se as bases de dados Pubmed e Science Direct, com os descritores “Icon Infiltrant”, “Composite Resin”, “Dental Enamel” e “Dental Caries” para a base Pubmed e “Icon Infiltrant”, “Composite Resin”, “Dental Enamel”, “Dental Caries” e “Tooth

Remineralization” para a base Science Direct, cadastrados no MeSh e combinados entre si pelo

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Foram encontrados um total de 12 estudos, sendo 05 na plataforma Pubmed e 07 no Science Direct, que após estabelecer os critérios de inclusão: estudos publicados nos últimos 05 anos, ensaios clínicos e estudos In Vitro, e como critério de exclusão: revisões de literatura descritivas, capítulos de livro, estudos não disponíveis na íntegra e que não abordavam o objetivo estudo, fez-se uma leitura criteriosa de títulos e resumos, chegando-se a um total de 08 estudos incluídos.

Figura 01: Fluxograma da busca de artigos na literatura

Fonte: autores, 2020. Base de dados: PubMed

e Science Direct

PubMed

Descritores: descritores “Icon Infiltrant”, “Composite Resin”, “Dental

Enamel”e “Dental Caries” Operador boleano: “AND”

Science Direct Descritores: descritores “Icon Infiltrant”, “Composite Resin”, “Dental

Enamel”, “Dental Caries” e “Tooth Remineralization”. Operador boleano: “AND”

12 estudos

Critérios de inclusão: estudos publicados nos últimos 05 anos, ensaios clínicos e estudos In Vitro

Critérios de exclusão: revisões de literatura descritivas, capítulos de livro, e que não abordavam o objetivo estudo.

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3 RESULTADOS

Por meio de um estudo in vitro, Mews e colaboradores (2014) simularam lesões de cárie em esmalte artificial e dividiram o tratamento destas lesões em seis grupos distintos (quadro 1), afim de avaliar estes por meio de resistência de união seguido de padrão de fratura, demonstrando que o infiltrante resinoso apresenta um efeito protetor neste tipo de lesão.

Já Askar e colaboradores (2015), avaliou o infiltrante resinoso adicionado de diferentes partículas, orgânicas de gramaturas diferentes ou partículas de vidro com 0,7 µm, avaliando a remineralização de lesões de cárie em esmalte por meio de Microscopia Confocal a Laser (MCL), concluindo que o tamanho da partícula influencia na infiltração do material, no entanto, o tipo de carga não exerce nenhum efeito.

Assim, de Lacerda e colaboradores (2015), utilizou diferentes tipos de tratamento em lesões de cárie em esmalte, por meio de um estudo laboratorial in vitro, onde avaliou-se oito grupos distintos, um grupo controle, um grupo tratado com infiltrante resinoso e outros grupos utilizando diferentes tipos de sistema adesivo. Fez-se avaliação colorimétrica com espectofrotometria, observando que o infiltrante resinoso foi mais eficaz na remineralização de lesões cariosas em esmalte.

Nesse contexto, Lausch e colaboradores (2016), em um estudo in vitro, observaram dois grupos distintos, um tratado com infiltrante resinoso ICON e outro tratado com infiltrante resinoso adicionado de micropartículas, onde fez-se avaliação por meio de MCL e observou-se que as micropartículas podem ser eficazes no tratamento de lesões iniciais de cárie.

Ainda, Correia e colaboradores (2020), por meio de avaliação in vitro, analisaram lesões de cárie antes e após o tratamento com infiltrante resinoso, observando através de fluorescência e análise fotográfica, com auxílio de luz UV e luz natural, que após o tratamento as lesões tornaram-se mais mineralizadas e esteticamente mais agradáveis.

Através de um estudo laboratorial in vitro, Vianna e colaboradores (2016) analisaram 5 grupos distintos, um grupo controle (não realizou-se desmineralização) e outros quatro grupos variando o tratamento entre infiltrante resinoso ICON ou Climpro XT Varnish. Através do teste de carga de cisalhamento em máquina de teste universal, observou-se que o grupo tratado com Climpro XT Varnish demonstrou resistência ao cisalhamento significativamente superior ao grupo controle.

Subsequentemente, Neto e colaboradores (2016), mediante estudos laboratoriais in vitro, analisaram cinco grupos diferentes, um grupo sem tratamento com infiltrante resinoso (controle), outro grupo com tratamento de infiltrante resinoso (controle) e três grupos tratados com infiltrante resinoso adicionado de nanopartículas de hidroxiapatita com variáveis períodos de tratamento hidrotérmico. Avaliou-se os resultados por meio de teste de microdureza Knoop, demonstrando que

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o tratamento hidrotérmico de 2 a 5 horas melhorou as propriedades específicas, como a resistência ao ataque ácido.

Ademais, Schoppmeier e colaboradores (2018), através de um ensaio clínico randomizado, trataram dois grupos de pacientes de forma distinta, um grupo controle e um grupo tratado, realizando análise de cores por meio de documentação fotográfica. Demonstrou-se, com isso, que o tratamento clareador prévio associado à infiltração de resina melhorou significativamente o mascaramento das lesões cariosas em esmalte. (Quadro 1)

Quadro 01: Resultados após a busca bibliográfica e compilação dos achados por intermédio dos critérios de inclusão e exclusão.

Autor/ano Tipo de

estudo Grupos Métodos Resultados

Mews et al., 2014 In Vitro 1. Ácido fosfórico + adesivo convencional 2. Ácido fosfórico 3. Ácido clorídrico + adesivo convencional 4. Ácido clorídrico + IR 5. Ácido clorídrico + IR + adesivo convencional 6. Ácido clorídrico + IR + Ácido fosfórico + adesivo convencional Resistência de união ao cisalhamento seguido e avaliação do padrão de fratura e remanescente adesivo Infiltrante resinoso realiza um efeito protetor na lesão, no entanto todos os grupos foram efetivos na melhora de resistência de união Askar et al.,2015 In Vitro 1. IR + partícula de carga orgânica 83 µm 2. IR + partícula de carga orgânica 42 µm 3. IR + partícula de vidro 0,7 µm MCL Há uma influência significativa no tamanho da carga, mas não no tipo da carga.

Os IRs poderiam fornecer um novo tratamento micro-invasivo para lesões pequenas cavitadas. De Lacerda et al., 2015 In Vitro 1. Saliva artificial (controle) 2. IR(DMG) 3. Single Bond (3M) Avaliação colorimétrica com espectofrotometria

IR foi mais eficaz no mascaramento de lesões de cárie em esmalte

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4. EquiaCoat (GC) 5. Futurabond (VOCO) 6. Scotchbond MP (3M) 7. OptibondFL(Kerr) 8. Bioforty (Biodinâmica) Lausch et al., 2016 In Vitro 1. IR ICON (DMG) 2. IR adicionado de micropartículas MCL Micropartículas parecem ser eficazes em lesões iniciais de cárie Vianna et al., 2016 In Vitro 1. Controle (superfície não desmineralizada) 2. IR ICON (DMG) 3. IR ICON (DMG) 4. Clinpro XT Varnish 5. Clinpro XT Varnish Teste de Carga de Cisalhamento em Máquina de Teste Universal O grupo 2 apresentou resistência ao cisalhamento semelhante ao grupo controle, já o grupo 4 apresentou maior resistência que o controle. Neto et al., 2016 In Vitro 1. Sem tratamento infiltrante (controle) 2. Com infiltrante resinoso (controle) 3. Nanohidroxiapatita experimental (HAp0h) 4. Nanohidroxiapatita experimental (HAp2h) 5. Nanohidroxiapatita experimental (HAp5h) Teste de Microdureza Knoop O tratamento hidrotérmico (2 a 5h) das nanopartículas de HAp melhorou propriedades específicas, como a resistência ao ataque ácido. . Schoppmeier et al., 2018 Ensaio clinico randomizado 1. Grupo controle 2. Grupo tratado Análise de cores Documentação fotográfica O procedimento clareador prévio seguido de infiltração de resina resultou em um mascaramento das lesões significativamente melhor. Correia et al., 2020 In Vitro

Avaliação de lesões com e sem

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Análise fotográfica com luz UV e natural

As lesões de cáries apresentaram-se mais mineralizadas e mascaradas após o uso do IR Fonte: autores, 2020. 4 DISCUSSÃO

O uso dos IRs são é muito difundido quando se refere a remineralização de cárie, por ser uma material relativamente novo no mercado odontológico e sua aplicabilidade nessa questão não é bem elucidada, assim sendo, Neto e seus colaboradores (2016), por meio de um estudo in vitro, sintetizaram nanopartículas de hidroxiapatitas usando co-precipitação hidrotérmica e avaliaram os efeitos delas quando adicionadas a infiltrantes resinosos contendo 10% em peso de nanopartículas de hidroxiapatita contra desmineralização recorrente, testando quatro infiltrantes resinosos: resina pura (sem hidroxiapatita), HAp0h (infiltrante incorporado com nano hidroxiapatita sem tratamento hidrotérmico), HAp2h (infiltrante incorporado com nano hidroxiapatita após duas horas de tratamento hidrotérmico) e HAp5h (infiltrante incorporado com nano hidroxiapatita após 5 horas de tratamento hidrotérmico). A adição de nanopartículas aos infiltrantes resinosos induz a várias modificações, melhorando propriedades específicas, como a resistência ao ataque ácido e na polimerização, demonstrando que a síntese hidrotérmica é capaz de criar nanopartículas de hidroxiapatita com tamanho e formas semelhantes à hidroxiapatita do esmalte.

O acréscimo de nanopartículas de hidroxiapatita aos infiltrantes resinosos aprimora a polimerização, fornecendo uma estrutura mais uniforme e homogênea ao esmalte infiltrado, conforme observado quando testados os infiltrantes HAp2h e HAp5h, enfatizando que o tratamento hidrotérmico fornece às nanopartículas de hidroxiapatita semelhanças com a hidroxiapatita natural do dente (NETO et al., 2016).

Consequentemente, em um estudo in vitro, avaliou-se a capacidade de penetração de IRs com diferentes tipos de carga e concentrações em lesões artificiais de cárie em esmalte. Relatou-se que o IR sem partículas de cargas apresenta melhor penetrabilidade que as com os materiais OF83 e GF07, mas essas ainda assim, foram inferiores ao OF42, demonstrando que a penetração, em profundidade, nas lesões de esmalte superficiais varia devido à diferença no tamanho da carga adicionada, e não no conteúdo da carga. Isso pode-se se dever ao fato de que o tamanho maior dessas partículas inibem a capilaridade ideal dessas por impedimento espacial. Além disto, sugere-se, ainda, a realização de mais estudos em humanos em relação à contração de polimerização dos infiltrantes resinosos, ao

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Em um estudo in vitro, Correia; Borges; Torres (2020) trataram lesões de mancha branca de 60 dentes humanos utilizando IR, sugerindo que a infiltração diminui significativamente os valores de fluorescência do laser das lesões de mancha branca, bem como aumentam os valores naturais de fluorescência. Corroborando com o ensaio clínico de Shoppmeier e coautores (2018), os trabalhos laboratoriais Correia; Borges; Torres (2020) indicam que o tratamento com infiltrante resinoso pode ser adequado para mascarar lesões de mancha branca, melhorando a aparência estética e reduzindo a área desmineralizada da lesão.

Ademais, de Lacerda e seus colaboradores (2015), em estudo in vitro, utilizaram, o infiltrante resinoso ICON, sistemas adesivos e outras composições em amostras de incisivos bovinos que passaram por processo de desmineralização para a criação de lesões superficiais no esmalte. Demonstrando que os infiltrante resinoso ICON foi capaz de mascarar a aparência esbranquiçada das lesões superficiais de cárie em esmalte, alterando a refração de luz e reduzindo o contraste da cor da lesão em relação à cor natural do esmalte, em concordância com o observado por Correia; Borges; Torres (2020).

Já Schoppmeier e seus colaboradores (2018), em um ensaio clínico randomizado, trataram 410 dentes fluoróticos de 27 pacientes por meio de infiltração de resina isoladamente ou em combinação com clareamento prévio em consultório, a fim de analisar o efeito de mascaramento do infiltrante resinoso. Desse modo, corroborando com os estudos de de Lacerda e colaboradores (2015) observaram que a infiltração de resina pode efetivamente mascarar a fluorose dental, leve a moderada, em adultos jovens adicionamente a característica de tratamento de cárie dentária.

Lausch e seus colaboradores (2016), em um estudo in vitro, trataram noventa molares humanos extraídos possuindo cárie de fissura com infiltrante resinoso comercial, infiltrante resinoso micropreenchido ou com uma combinação infiltrante-selante. Demonstrou-se, portanto, que todos os três materiais utilizados preencheram fissuras e cavidades completamente, não havendo diferenças significativas entre a utilização dos três materiais, corroborando com os ensaios laboratoriais de Askar e colaboradores (2015).

Mewsa e colaboradores (2015) examinaram as diferenças na resistência de união ao cisalhamento de braquetes ortodônticos em superfícies de esmalte diferentemente mineralizadas após a aplicação de um infiltrante de cárie ou adesivo convencional. A força de cisalhamento necessária para a descolagem foi registrada em 320 incisivos bovinos.

Assim, de acordo com Mewsa e colaboradores (2016), a maior resistência adesiva foi obtida após o uso do infiltrante infiltrante resinoso, após a infiltração foram observados menos defeitos de esmalte e mais adesivo residual. Sugerindo, portanto, que a aplicação de um infiltrante resinoso antes da fixação do bráquete possui um efeito protetor, principalmente no esmalte desmineralizado.

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Ademais, nesse contexto, Vianna e colaboradores (2016), ao avaliarem a resistência ao cisalhamento de bráquetes colados ao esmalte desmineralizado por um processo de desafio ácido e pré-tratados com IR (Icon) de baixa viscosidade e cimento de ionômero de vidro, observaram que o pré-tratamento das lesões de mancha branca, com ou sem envelhecimento, não diminuiu a resistência de cisalhamento dos bráquetes.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nota-se que o uso de IRs é bem eficaz para tratamento de cárie em esmalte, assim sendo, quando comparado a diversos materiais como por exemplo, diversos tipos de sistemas adesivos, além disso alguns estudos tentaram adicionar partículas de cagas na sua composição afim de otimizar as propriedades mecânicas desse material, e o tamanho dessas repercute diretamente da penetrabilidade.

REFERÊNCIAS

ASKAR, Haitham et al. Penetration of micro-filled infiltrant resins into artificial caries lesions. Journal of dentistry, v. 43, n. 7, p. 832-838, 2015.

DE LACERDA, A. J. et al. Adhesive systems as an alternative material for color masking of white spot lesions: do they work. J Adhes Dent, v. 18, n. 1, p. 43-50, 2016.

DE OLIVEIRA CORREIA, Ayla Macyelle; BORGES, Alessandra Bühler; TORRES, Carlos Rocha Gomes. Previsão de mascaramento de cores de lesões posteriores da mancha branca por infiltração de resina in vitro. Jornal de Odontologia , p. 103308, 2020.

LAUSCH, J. et al. Micro-filled resin infiltration of fissure caries lesions in vitro. Journal of dentistry, v. 57, p. 73-76, 2017.

MEWS, Laura et al. Shear bond strength of orthodontic brackets to enamel after application of a caries infiltrant. The Angle Orthodontist, v. 85, n. 4, p. 645-650, 2015.

NETO, DM Andrade et al. Novel hydroxyapatite nanorods improve anti-caries efficacy of enamel infiltrants. Dental Materials, v. 32, n. 6, p. 784-793, 2016.

SCHOPPMEIER, Christoph M. et al. Power bleaching enhances resin infiltration masking effect of dental fluorosis. A randomized clinical trial. Journal of dentistry, v. 79, p. 77-84, 2018.

VIANNA, Julia Sotero et al. Bonding brackets on white spot lesions pretreated by means of two methods. Dental press journal of orthodontics, v. 2

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Figura 01: Fluxograma da busca de artigos na literatura

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