BC0102: ESTRUTURA DA MATÉRIA
Crédito: Sprace Prof. Flavio Leandro de Souza
CCNH / UFABC
Forma espacial das moléculas
• Para prevermos a forma molecular, supomos que os elétrons de valência se repelem e, conseqüentemente, a molécula assume qualquer
geometria 3D que minimize essa repulsão.
• Denominamos este processo de teoria de Repulsão do Par de Elétrons no Nível de Valência (RPENV) ou VSEPR (do inglês).
Modelo RPENV
O efeito dos elétrons não-ligantes e ligações múltiplas
nos ângulos de ligação
• No nosso modelo experimental, o ângulo de ligação H-X-H diminui ao passarmos do C para o N e para o O:
• Como os elétrons em uma ligação são atraídos por dois núcleos, eles não se repelem tanto quanto os pares solitários.
Modelo RPENV
O efeito dos elétrons não-ligantes e ligações múltiplas
nos ângulos de ligação
Modelo RPENV
• Para determinar o arranjo:
• Desenhe a estrutura de Lewis,
• Determine o número de domínios:
• Cada ligação (simples ou múltipla) é um domínio;
• Cada par de elétrons livres é um domínio
Recapitulando
Até agora conseguimos adquirir uma noção mais clara das formas espaciais que as moléculas adotam e por que elas adotam.
Pergunta: Como os elétrons são compartilhados para formar uma ligação química???
Ligação covalente e Superposição de orbitais
• As estruturas de Lewis e o modelo RPENV não explicam porque uma ligação se forma.
• Como devemos considerar a forma em termos da mecância quântica?
• Quais são os orbitais envolvidos nas ligações?
• Usamos a teoria de ligação de valência:
• As ligações formam quando os orbitais nos átomos se superpõem.
Ligação covalente e Superposição de orbitais
•
À medida que dois núcleos se aproximam, seus orbitais
atômicos se superpõem.
•
À medida que a superposição aumenta, a energia de
interação diminui.
•
A uma determinada distância, a energia mínima é
alcançada.
•
A energia mínima corresponde à distância de ligação (ou
comprimento de ligação).
Ligação covalente e Superposição de orbitais
Teoria de Ligação ou valência
Ligação tipo
(sigma)
Orbitais atômicos
H2 : superposição de 2 orbitais s
Teoria de Ligação ou valência
Ligação tipo
(sigma)
HF : superposição de 1 orbital s e 1 orbital p Eixo
internuclear
Ligação
Teoria de Ligação ou valência
Ligação tipo
(sigma)
Superposição de 2 orbitais p - frontal
Teoria de Ligação ou valência
Ligações tipo
(sigma)
Superposição de 2 orbitais
s
Superposição de 1 orbital
s
e um orbital
p
(localizado no
eixo internuclear)
Superposição de 2 orbitais
p
(frontal)
1. Ligações : a densidade eletrônica encontra-se no eixo entre os núcleos.
Orbitais híbridos
•
Os orbitais atômicos podem se misturar ou se
hibridizar
para adotarem uma geometria adequada para a ligação.
•
A hibridização é determinada pelo arranjo.
Orbitais híbridos
sp
Orbitais híbridos
Orbitais híbridos
sp
• O Be tem uma configuração eletrônica 1s22s2.
• Não existem elétrons desemparelhados disponíveis para ligações.
• Concluímos que os orbitais atômicos não são adequados para descreverem os orbitais nas moléculas.
• Sabemos que o ângulo de ligação F-Be-F é de 180 (teoria de RPENV).
• Sabemos também que um elétron de Be é compartilhado com cada um dos elétrons desemparelhados do F.
Orbitais híbridos
Orbitais híbridos
sp
• Admitimos que os orbitais do Be na ligação Be-F estão distantes de 180.
• Poderíamos promover um elétron do orbital 2s no Be para o
orbital 2p para obtermos dois elétrons desemparelhados para a
ligação.
• Mas a geometria ainda não está explicada.
• Podemos solucionar o problema admitindo que o orbital 2s e um
orbital 2p no Be misturam-se ou formam um orbital híbrido.
• O orbital híbrido surge de um orbital s e de um orbital p e é
chamado de orbital híbrido sp.
Orbitais híbridos
Orbitais híbridos
sp
Os lóbulos dos orbitais híbridos sp estão a 180º de distância
Orbitais híbridos
Orbitais híbridos
sp
• Já que somente um dos orbitais 2p do Be foi utilizado na
hibridização, ainda existem dois orbitais p não-hibridizados no Be.
Os
orbitais híbridos
de um átomo são
construídos para reproduzir o arranjo de
elétrons característico da forma da molécula
determinada experimentalmente.
Orbitais híbridos
Orbitais híbridos
sp
• Já que somente um dos orbitais 2p do Be foi utilizado na
hibridização, ainda existem dois orbitais p não-hibridizados no Be.
Orbitais híbridos
sp
2• Importante: quando misturamos n orbitais atômicos, devemos
obter n orbitais híbridos.
• Os orbitais híbridos sp2 são formados com um orbital s e dois
orbitais p. (Conseqüentemente, resta um orbital p
não-hibridizado.)
• Os grandes lóbulos dos híbridos sp2 encontram-se em um plano
trigonal.
• Todas as moléculas com arranjos trigonais planos têm orbitais sp2
Orbitais híbridos
Exemplo: BF3
B
F F
Orbitais híbridos
Orbitais híbridos
sp
3•
Os orbitais híbridos
sp
3são formados a partir de um orbital
s
e três orbitais
p
. Conseqüentemente, há quatro lóbulos
grandes.
•
Cada lóbulo aponta em direção ao vértice de um tetraedro.
•
O ângulo entre os grandes lóbulos é de 109,5
.
•
Todas as moléculas com arranjos tetraédricos são
hibridizadas
sp
3.
• Vídeo interessante:
Or
bit
ais
híbr
idos
Orbitais híbridos
Orbitais híbridos
Hibridização envolvendo orbitais
d
• Uma vez que existem apenas três orbitais p, os arranjos
octaédricos e de bipirâmide trigonal devem envolver os orbitais d.
• Os arranjos de bipirâmide trigonais necessitam de hibridização
sp3d.
• Os arranjos octaédricos requerem hibridização sp3d2.
Orbitais híbridos
Resumo
1. Desenhe a estrutura de Lewis para a molécula ou íon. 2. Determine o arranjo usando o modelo RPENV.
Teoria da Ligação de Valência
Superposição lateral de 2 orbitais p
Ligação
- Ligações : a densidade eletrônica encontra-se acima e abaixo do plano dos núcleos.
- Uma ligação dupla consiste de uma ligação e de uma ligação .
- Uma ligação tripla tem uma ligação e duas ligações .
- Normalmente, os orbitais p
Teoria da Ligação de Valência (ligações múltiplas)
O etileno, C2H4, tem:
• uma ligação e uma ligação ;
• ambos os átomos de C estão hibridizados sp2;
Teoria da Ligação de Valência (ligações múltiplas)
Considere o acetileno, C2H2
• o arranjo de cada C é linear;
• conseqüentemente, os átomos de C são hibridizados sp;
• os orbitais híbridos sp formam as ligações C-C e C-H;
• há dois orbitais p não-hibridizadas;
• ambos os orbitais p não-hibridizados formam as duas
ligações ;
• uma ligação está acima e abaixo do plano dos núcleos;
Teoria da Ligação de Valência (ligações múltiplas)
• Quando são formadas ligações triplas (por exemplo, no N2), uma ligação está sempre acima e abaixo e a outra está à frente e atrás do plano dos núcleos.
Teoria da Ligação de Valência (ligações múltiplas)
Ligações
deslocalizadas
• Até agora, todas as ligações encontradas estão localizadas entre os dois núcleos.
• No caso do benzeno:
• existem 6 ligações C-C, 6 ligações C-H,
• cada átomo de C é hibridizado sp2
Teoria da Ligação de Valência (ligações múltiplas)
Teoria da Ligação de Valência (ligações múltiplas)
Ligações
deslocalizadas
• No benzeno há duas opções para as três ligações :
• localizadas entre os átomos de C ou
• deslocalizadas acima de todo o anel (neste caso, os elétrons
são compartilhados por todos os seis átomos de C).
• Experimentalmente, todas as ligações C-C têm o mesmo comprimento no benzeno.
Teoria da Ligação de Valência (ligações múltiplas)
Conclusões gerais
• Cada dois átomos compartilham no mínimo 2 elétrons.
• Dois elétrons entre átomos no mesmo eixo dos núcleos são ligações .
• As ligações são sempre localizadas.
• Se dois átomos compartilham mais do que um par de elétrons, o segundo e o terceiro pares formam ligações .
Teoria da Ligação de Valência (ligações múltiplas)
Conclusões gerais
-
Uma ligação dupla é mais forte do queuma ligação simples;
- Uma ligação dupla é mais fraca do que a soma de duas ligações simples;
FORÇAS INTERMOLECULARES
- Os gases: compressíveis, assumem a forma e o volume do
recipiente:
As moléculas de gás estão separadas e não
interagem muito entre si.
- Os líquidos são quase incompressíveis, assumem a forma,
mas não o volume do recipiente:
As moléculas de líquidos
são mantidas mais próximas do que as moléculas de
gases, mas não de maneira rígida.
- Os sólidos são incompressíveis e têm forma e volume
•
A
ligação
que mantém os átomos de uma molécula unidos é
uma força
intra
molecular
.
•
A atração entre moléculas
é uma força
inter
molecular
.
•
Forças intermoleculares são muito mais fracas do que as
forças intramoleculares (por exemplo, 16 kJ mol
-1versus
431 kJ mol
-1para o HCl).
•
Quando uma substância funde ou entra em ebulição, forças
intermoleculares são quebradas (não as ligações
•
A
ligação
que mantém os átomos de uma molécula unidos é
uma força
intra
molecular
.
•
A atração entre moléculas
é uma força
inter
molecular
.
•
Forças intermoleculares são muito mais fracas do que as
forças intramoleculares (por exemplo, 16 kJ mol
-1versus
431 kJ mol
-1para o HCl).
•
Quando uma substância funde ou entra em ebulição, forças
inter
moleculares são quebradas.
Transformações Físicas!!
Como explicar as Forças Intermoleculares?
2.Forças de van der Waals
2.1. Dipolo-dipolo
2.2. Ligações Hidrogênio
2.3. Forças de London
0,2 a 25 kJ mol -1
2.1. Dipolo - Dipolo
2.3. Ligação de hidrogênio
•
Caso especial de forças dipolo-dipolo.
•
PE de compostos com ligações H-F, H-O e H-N são
anomalamente
altos
: Forças intermoleculares são
anomalamente
fortes
.
•
Ocorre entre moléculas que têm H ligado a um elemento
eletronegativo (mais importante para compostos de F, O e
N).
–
Os elétrons na H-X (X = elemento eletronegativo)
encontram-se muito mais próximos do X do que do H.
–
O H tem apenas um elétron, dessa forma, na ligação
H-X, o H
+ apresenta um próton quase descoberto.
2.3. Forças de dispersão de London
•
Um dipolo
instantâneo
pode induzir outro dipolo
instantâneo
em uma molécula (ou átomo) adjacente.
•
As forças entre dipolos instantâneos são chamadas
forças
de dispersão de London
.
POLARIZABILIDADE
• Quanto maior o tempo que uma espécie conseguir manter-se polarizada, maior será a sua capacidade de indução da polaridade na
molécula seguinte
.
• Este tempo depende de dois fatores:
– Valor da carga, q.
POLARIZABILIDADE
POLARIZABILIDADE
POLARIZABILIDADE
F
2Gás
Cl
2Gás
Br
2Líquido
I
2Sólido
2.3. Forças de London ou Forças de Dispersão ou
DIPOLO INSTANTÂNEO-DIPOLO INDUZIDO
C5H12 C15H32 C18H38
As forças de dispersão de London entre moléculas esféricas são
Forças de London
Ponto de ebulição: 360C Ponto de ebulição: 100C
As forças de dispersão de London entre moléculas esféricas são
1 Debye = D = 3,33564 x 10-30 C m Composto orgânico Fórmula Momento Dipolar (D) M (g/mol) PE (0C)
Interação Predominante
Álcool etílico
CH3CH2OH 1,69 46 78 Ligações de H
Acetona CH3COCH3 2,88 58 56 Dipolo-dipolo
Éter etílico
(CH3CH2)2O 1,15 74 35 Dipolo-dipolo e Dipolo Instantâneo-Dipolo
Tipos de Interações
–
Formação de Fases Condensadas
Todos os tipos de moléculas 2 Dispersão de London (dipolos instantâneos) Moléculas polares estacionárias 2 dipolo-dipolo
Íons e moléculas polares 15 íon-dipolo Somente íons 250 íon-íon Espécies que interagem Energia,
kJ mol-1
Tipo de Interação
N, O, F; ligados a um átomo de H
compartilhado 4 - 25
Forças intermoleculares
Forças de van der Waals
Forças íon-dipolo
“Ligações” iônicas
Forças de London Forças dipolo-dipolo
Ligação Hidrogênio
Exercício
•
Quais forças intermoleculares devem ser
rompidas para transformar os seguintes
compostos de líquido para gás?
–
Br
2–
CH
3OH
As estruturas de Lewis e o modelo
VSEPR
não explicam
porque uma
ligação se forma.
Quais são os orbitais envolvidos nas ligações?
Teoria da Ligação
de Valência (TLV)
Teoria dos Orbitais
Moleculares (TOM)
As estruturas de Lewis e o modelo
VSEPR
não explicam
porque uma
ligação se forma.
Quais são os orbitais envolvidos nas ligações?
Teoria da Ligação
de Valência (TLV)
Teoria dos Orbitais
Moleculares (TOM)
2 abordagens
De acordo com a teoria de Lewis:
O
● ●
● ●
O
● ●
● ●
Elétrons estão emparelhados, O2 deveria ser diamagnético
MAS,
O2 é PARAMAGNÉTICO:
Dois tipos de comportamento magnético:
–
paramagnetismo
(elétrons desemparelhados na
molécula): forte atração entre o campo magnético e
a molécula;
Alguns aspectos da ligação não são explicados pelas
estruturas
de Lewis, pela teoria da VSEPR e pela TLV como, por
exemplo, o estado excitado de moléculas
Átomos
Orbitais Atômicos
Moléculas
Orbitais Moleculares
A molécula de hidrogênio
Quando dois OAs são combinados, formam-se
dois
OMs.
•
Há uma combinação linear entre os orbitais. Ou seja:
Deve-se somar e subtrair os orbitais
OM ligante = 1
s
(H
a) + 1
s
(H
b)
TOM
A molécula de hidrogênio:
Ordem de ligação
•
Ordem de ligação = 1 para uma ligação simples.
•
Ordem de ligação = 2 para uma ligação dupla.
•
Ordem de ligação = 3 para uma ligação tripla.
•
São possíveis ordens de ligação fracionárias.
Orbitais moleculares para Li
2e Be
2Li = 1s
22s
1Orbitais moleculares para Li2 – 1o passo
Orbitais moleculares para Li2 – 2o passo
Orbitais moleculares para Li2 - final Li = 1s22s1
Exercício
Orbitais moleculares para Be
2Sendo
Be = 1s
22s
2, qual a
Ordem de ligação = 1 (2 – 0) 2
Ordem de ligação = 1
Ordem de ligação = 1 (2 – 2) 2
Ordem de ligação = 0
Ordem de ligação = 1 (2 – 1) 2
Ordem de ligação = 0,5
+
Orbitais moleculares a patir
de orbitais atômicos 2
p
•
Os seis orbitais
p
(dois conjuntos de 3) podem originar seis
Orbitais moleculares a patir
de orbitais atômicos 2
p
•
Os seis orbitais
p
(dois conjuntos de 3) podem originar seis
OMs:
•
,
*, 2
e 2
*•
Conseqüentemente, há um máximo de 2 ligações
que
podem vir de orbitais
p
.
•
E
2p< E
2p•
E
*
2p> E
*
2p•
Os orbitais
2pe
*2p
são
Configurações eletrônicas para B
2até Ne
2•
Uma vez conhecidas as energias relativas dos orbitais,
adicionamos o número de elétrons necessário aos OMs,
levando em consideração o princípio da exclusão de Pauli e
a regra de Hund.
•
À medida que a ordem de ligação aumenta, o
comprimento de ligação diminui.
Interações
σs
-
σp
TOM: Moléculas Diatômicas
Homonucleares do 2º Período
•
Li
2•
Be
2•
B
2•
C
2•
N
2•
O
2Elétrons deslocalizados das grandes moléculas são facilmente transferidos
de nível de energia. Orbitais de fronteira:
HOMO (Highest Occupied Molecular Orbital)