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O BEM ESTAR DAS CRIANÇAS NO ENSINO FUNDAMENTAL, LIVRE DE PRECONCEITOS:

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Academic year: 2020

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Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA, Ariquemes, v10., n. 2 , p. 205-209, ago.-dez. 2019.

Comunicações Breves (Direito)

Klibiana Airam Antunes Valentim

Acadêmica do curso de Direito da Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA). E-mail: Klibiana.37112@faema.edu.br.

Raquel Hora da Conceição Simões

Acadêmica do curso de Direito da Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA). E-mail: Raquel.36775@faema.edu.br.

Resumo:

Os comportamentos nocivos entre as crianças do ensino fundamental, é um problema que atinge à todos os envolvidos na educação básica, tanto os profissionais da escola, quanto os familiares dos alunos, justificando a necessidade de ações educativas para alertar cada aluno do quanto à prática do preconceito é perigosa, evitando assim danos futuros às vítimas de intimidações sistemáticas. Este trabalho teve a pretensão de conscientizar as crianças da educação primária, quanto à importância do respeito entre os colegas, sem preconceito de raça, de cor, de sexo, de idade e de quaisquer formas de discriminação, conforme disposto no artigo 3º da Constituição Federal de 1988. Despertar a empatia e o respeito naqueles que estão começando a caminhada na aprendizagem, modifica e qualifica o contexto social de vivência diária, para além do ambiente escolar, alterando até mesmo as realidades que ultrapassam os limites emocionais e físicos, configurando o hábito do bullying, que pode evoluir para um cenário com resultados gravíssimos, dificultando a intervenção. Neste sentido, foi desenvolvido uma palestra para que cada educando percebesse que uma ou outra característica que ele desaprova no colega, pode ser uma particularidade inerente a ele mesmo, enfatizando que a diversidade além de ser normal, é fundamental para a elegância de viver. A exposição de ideias relacionadas a temática procurou demonstrar que a necessidade por atitudes contrárias às discriminações é urgente, que é natural ser diferente e que as desigualdades não são motivos para a comicidade, expondo as diversas maneiras erradas em tratar o amigo e até mesmo aos professores, desenvolvendo o repúdio pelas palavras ofensivas já dirigidas ao chefe de sala. Além de enfatizar o artigo 3º, inciso IV, da Magna Carta, o projeto contribuiu para assegurar o princípio da dignidade da pessoa humana, elencado no artigo 1º, inciso III, da Constituição, possibilitando a expansão da democracia na funcionalidade social pela pretensão de garantir o respeito e a proteção dos direitos coletivos e individuais. O método utilizado foi o qualitativo e dedutivo-indutivo.

Palavras-chave:

Conscientização, Ensino Fundamental, Preconceito, Respeito.

Submetido:

08 out. 2019.

Aprovado:

04 fev. 2020.

Publicado:

25 jun. 2020. E-mail para correspondência: Klibiana.37112@faema.edu.br. Este é um artigo de acesso aberto e distribuído sob os Termos da Creative Commons

Attribution License. A licença

permite o uso, a distribuição e a reprodução irrestrita, em qualquer meio, desde que creditado as fontes originais.

Imagem: StockPhotos (Todos os direitos reservados).

Open Access

205

O BEM ESTAR DAS CRIANÇAS NO ENSINO

FUNDAMENTAL, LIVRE DE

PRECONCEITOS: CONTROLE DO

BULLYING

THE WELFARE OF CHILDREN IN ELEMENTARY

SCHOOL, FREE OF PREJUDICE: control of

bullying

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Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA, Ariquemes, v10., n. 2 , p. 205-209, ago.-dez. 2019.

Abstract:

Harmful performance among elementary school children is a problem that affects all students involved in basic education, both school professionals and students' families, justifying the need for educational actions to alert each student about how much to practice prejudice and thus avoiding future damage to threats of systematic intimidation. This work aimed to raise the awareness of children in primary education, regarding the importance of respect among peers, without prejudice to race, color, sex, age and age and forms of discrimination, as provided in article 3 of Federal Constitution of 1988. Awakening to empathy and respect in those who are beginning to walk in learning, modify and qualify the social context of daily living, beyond the school environment, changing even the realities that go beyond emotional and physical limits, configuring or losing bullying, which can evolve into a scenario with very serious results, making intervention difficult. In this sense, a lecture was developed for each educator perceived that one or another characteristic that he disapproves of in his colleague, may be a peculiarity inherent to the same, emphasizing that diversity beyond the normal, is fundamental to the elegance of living. The exposition of ideas related to the theme seeks to demonstrate the need for attitudes against urgent discrimination, which is natural and different and how inequalities are not reasons for comicality, exposing several wrong ways in treating the friend and even the same teachers, developing or repeating for the offensive words already addressed to the head of the room. In addition to emphasizing article 3, item IV, Carta Magna, the project contributed to guaranteeing the principle of human dignity, listed in article 1, item III, of the Constitution, allowing the expansion of democracy in the social community through the claim to guarantee the respect and protection of collective and individual rights. The method used was qualitative and deductive-inductive.

Keywords

: Awareness, Elementary School, Preconception, Respect.

Introdução

O presente trabalho é direcionado às crianças com idade de cinco a seis anos matriculadas no ensino fundamental. O objetivo será conscientizar alunos sobre a importância do respeito entre os colegas sem preconceito de raça, cor, sexo e de quaisquer formas de discriminação, conforme um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, disposto no artigo 3º, inciso IV, da Constituição Federal de 1988.

Ao lidar com a consciência de cada aluno, principalmente das séries iniciais, tem-se a intenção de modificar as práticas que acometem crianças de todos os gêneros, raças, tamanho, idade, cor. Destarte que esse comportamento é realizado pelo aluno sem que ele tenha dimensão do “ataque” que está causando ao seu próximo, principalmente quando dia a dia se refere a algum colega com o uso de palavras como “dentuço, magrelo, gordo, cabeludo”, entre outras, que justificam a necessidade de intervir com ações educativas capazes de alterar essa realidade diária.

A pesquisa se utilizará de materiais bibliográficos com o método qualitativo indutivo-dedutivo. Será realizada palestra sobre o tema, visando analisar através de brincadeiras, dinâmica e dialética, apresentando as crianças no ensino fundamental como é a discriminação entre os colegas. As dinâmicas contribuirão para influenciar os pensamentos e atitudes que os alunos praticam na convivência diária, fazendo com que eles enxerguem expressamente os seus próprios atos em cada apresentação e ideia transmitida.

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Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA, Ariquemes, v10., n. 2 , p. 205-209, ago.-dez. 2019.

Ao analisar durante a palestra a reação dos discentes, percebeu-se a necessidade de intervenção de um responsável para converter os hábitos maléficos e costumeiros em reflexão. Sendo assim, a ajuda da comunidade escolar pode minimizar os efeitos dessa prática.

O preconceito e o seu alcance social

O preconceito é o conjunto de opiniões formadas antecipadamente, sem levar em consideração as qualidades ou capacidades do indivíduo, conforme Silva (2013). As pessoas preconceituosas se manifestam através de atitudes intolerantes com as que são diferentes. Julga-se superior e, por isso, desvaloriza e desrespeita outras pessoas. A discriminação e o preconceito são fenômenos sociais que produzem e alimentam diferentes situações de violência. Quando alguém é desrespeitado e humilhado por suas características físicas, ideias ou hábitos verifica-se uma situação de discriminação que pode acontecer de maneira camuflada e até mesmo explícita no âmbito escolar. O preconceito provoca o fracasso pessoal, prejudica o rendimento escolar, interfere nas relações sociais, é limitador das potencialidades, sendo assim causa desestímulo para enfrentar as lutas diárias, seja ela na escola ou fora dela.

Na Educação Infantil, a questão da discriminação deve ser tratada com especial atenção, já que é o momento que as crianças viverão suas primeiras experiências em grupo. É muito importante construir um ambiente de respeito e de valorização das diferenças entre as crianças. Portanto conviver num ambiente em que o respeito e atitudes contra a discriminação são de fato ensinados de forma para que compreendam que as diferenças fazem parte dos seres humanos, e que todos são iguais em direitos e deveres na sociedade.

Ainda que a construção de uma sociedade livre de preconceito seja tarefa das mais árduas e complexas, não podemos correr o risco de agir como se o preconceito fosse mera decorrência da vida em sociedade. Essa visão equivocada “naturaliza” a discriminação e contribui para a manutenção de privilégios para alguns.

Os casos de violência, desrespeito e discriminação no âmbito escolar têm aumentado a cada dia, e, sendo noticiados pelos meios de comunicação, deixando assim visível a necessidade e a urgência de uma análise das causas e dos agentes geradores dessa situação, que devem resultar em ações.

Levando em consideração o contexto da sociedade brasileira, percebe-se que há discriminação, exclusão social, violação dos direitos, entre outras formas, portanto o ambiente escolar é o reflexo da vivência externa que o aluno leva para sala de aula, se professores, gestores escolares buscarem de uma forma mais ampla amenizar os efeitos da violência física e também psicológica, poderá espelhar fora dele e elevar os princípios fundamentais da dignidade humana.

A Carta Magna consagra o direito à diferença, que é “o direito de cada pessoa de ser tratada com igualdade em relação a sua identidade cultural, ainda quando esta se distancia dos padrões hegemônicos da sociedade” (MARMELSTEIN, p. 80, 2016). Este princípio permite o acesso a todo ser humano aos direitos fundamentais.

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Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA, Ariquemes, v10., n. 2 , p. 205-209, ago.-dez. 2019.

Considerações Finais

O trabalho apresentou a importância da conscientização das crianças desde o ensino básico, levando em consideração que é na infância onde se inicia processo de construção da identidade, este é o momento que eles vão aprender a respeitar o colega, sem o uso discriminatório de apelidos maléficos, que causam grandes problemas para a vida de quem é oprimido por essa intimidação sistemática.

Para desenvolver o que está expresso no artigo 3º inciso IV da Constituição Federal, promover o bem estar de todos sem preconceitos, é necessário levar para o contexto escolar políticas públicas voltadas ao respeito às diferenças, pois se priorizarmos essa política a favor do desenvolvimento na primeira infância influenciando positivamente, teremos cidadãos mais preparados para o convívio social mais sadio. Assim, os alunos saberão reconhecer e considerar os direitos daqueles que não são exatamente como eles, olhando para o coletivo, enxergando de forma crítica a cidade em que vivem, buscando nela os sinais da inclusão social e lutando por ela sempre que se depararem com cenas de injustiça social e discriminação.

Quando a empatia é estimulada desde os primeiros anos de vida, as crianças aprendem a ser melhores para com o próximo, e como consequência cresce os níveis de uma sociedade mais justa e focada para evolução do é que ideal para a convivência terrestre de todos os cantos do mundo, permitindo assim a continuidade dos princípios fundamentais ao Estado Democrático de Direito.

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Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA, Ariquemes, v10., n. 2 , p. 205-209, ago.-dez. 2019.

Referências

1. Brasil, Presidência da República. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 [Internet]. Brasília: Presidência da República, 1988 [citado em 2019 maio 22]. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.

2. Silva DF. Desmistificação do preconceito no ambiente escolar através de jogos e dinâmicas com alunos do 7º ano do Ensino fundamental. 1st ed. Curitiba: Caderno Pedagógico; 2013.

3. Cavalleiro ES, Gomes JV. Do silêncio do lar ao silêncio escolar: racismo, preconceito e discriminação na educação infantil. São Paulo: Contexto; 2000. 4. Coelho WNB, Coelho MC. Preconceito e discriminação para além das salas de aula: sociabilidades e cultura juvenil no ambiente escolar. Rev Inst Estudos Brasileiros. 2015;(62):32-53.

5. Marmelstein G. Curso de Direitos Fundamentais. 6 ed. São Paulo: Atlas; 2016.

Referências

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