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IMPORTÂNCIA DE SE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO AS INTERAÇÕES DE ALUNOS ADOLESCENTES COM A MÍDIA TELEVISIVA E REDES SOCIAIS PARA UMA PROPOSTA DE ACT DE CUNHO CTS

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Academic year: 2020

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269 Anais do II Seminário Hispano Brasileiro - CTS, p. 269-281, 2012

IMPORTÂNCIA DE SE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO AS INTERAÇÕES

DE ALUNOS ADOLESCENTES COM A MÍDIA TELEVISIVA E REDES

SOCIAIS PARA UMA PROPOSTA DE ACT DE CUNHO CTS

THE IMPORTANCE OF TAKING INTO CONSIDERATION THE INTERACTIONS OF THE ADOLESCENT STUDENTS WITH TELEVISION MEDIA AND SOCIAL NETWORKS FOR

A PROPOSAL OF ACT OF STSIMPRINT Marina G. Soligo

Universidade Cruzeiro do Sul, SP/ Professora do Colégio de Aplicação da UFSC, SC/ mgsoligo@gmail.com

Profa. Dra. Maria Delourdes Maciel

Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, SP/delourdes.maciel@gmail.com

Profa. Dra. Iara R. B. Guazzelli

Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, SP/ iara.guazzelli@gmail.com

Resumo

Os resultados de pesquisa que se apresenta e analisa neste trabalho foram obtidos no quadro de uma investigação mais ampla, qualitativa, etnográfica e participante, realizada em uma escola pública da Rede Municipal de Ensino, localizada num bairro popular do extremo leste da cidade de São Paulo, em setembro de 2010. A pesquisa, integrada ao “Proyecto Iberoamericano de Evaluación de Actitudes Relacionadas con la Ciência, la Tecnología y la Sociedad” foi realizada no quadro de uma tese de doutorado em Ensino de Ciências e Matemática e apresentou como discussão central a situação do ensino de ciências procurando reconhecer e problematizar as atitudes de um professor e de seus alunos nas aulas de ciências em relação ao ensino oferecido e à perspectiva CTS. Analisa-se, neste trabalho, dados coletados em entrevistas individuais com 24 alunos que evidenciaram um significativo interesse dos alunos para com a perspectiva CTS e os temas/questões que ela suscita, particularmente pela temática ambiental, motivado pelo contato dos alunos com uma cultura mais ampla, através de múltiplas interações sócio-culturais envolvendo família, comunidade religiosa, mídia televisiva e uma das redes sociais da Internet. A escola pesquisada não dialogava com esta cultura, permanecendo distante e alheia aos interesses dos alunos.

Palavras-chave: Ensino de ciência e tecnologia – aprendizagem de ciência e tecnologia - cultura CTS –

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Abstract

The research results presented and analyzed in this work were obtained as a part of a more extensive, qualitative, ethnographic and participant research held in a public school of the Municipal Educational System, located in a popular neighborhood in the far east of the city of São Paulo, in September, 2010. The research, integrated to the “ProyectoIberoamericano de Evaluación de ActitudesRelacionadas a la Ciencia, la Tecnología y la Sociedad” was performed for a doctoral thesis in Science and Math Teaching and presented as a central discussion the science teaching situation, aiming to recognize and put in doubt the attitudes of a teacher and his students in the science classes regarding the education offered and the STS perspective. It is analyzed, in this work, the data collected in individual interviews with 24 students which have demonstrated a significant interest of the students towards the STS perspective and the themes/issues that it raises, particularly by the environmental theme, motivated by the students contact with a wider culture, through multiple socio-cultural interactions including family, religious community, television media and one of the Internet social networks. The researched school did not discuss with this culture, remaining distant and alien to the student’s interest.

Key-words: Science and technology teaching – Science and technology learning – STS culture

Introdução

Este trabalho apresenta alguns resultados de uma pesquisa de doutorado realizada junto ao Programa de Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, SP, especificamente dados de entrevistas levadas a cabo em setembro de 2010. Analisando a importância atribuída por alunos adolescentes do Ensino Público Fundamental II (São Paulo, Brasil) a suas interações tanto com a mídia televisiva como com uma rede social da Internet, em temas e questões de cunho CTS, este trabalho busca trazer algumas contribuições para se refletir sobre estes dados tendo-se em vista uma proposta de Alfabetização científica e Tecnológica. Defende a idéia de que uma alfabetização Científica e Tecnológica de cunho CTS, para alcançar seus objetivos, deve levar em consideração as interações dos alunos com seu universo cultural bem como o ambiente tecnológico no qual este universo se manifesta.

A tese apresentou como discussão central a situação do ensino de ciências em uma escola pública municipal de São Paulo, procurando reconhecer e problematizar as atitudes de um professor de Ciências e as atitudes de seus alunos de 2ª. Série do Ciclo II frente ao ensino oferecido, bem como frente a temas e questões de cunho CTS.

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Metodologia de pesquisa

A pesquisa, de natureza qualitativa e participante, integrada ao “Proyecto Iberoamericano de Evaluación de Actitudes Relacionadas con la Ciência, la Tecnología y la Sociedad” (PIEARCTS), contou com três fases: A 1ª. fase contemplou a observação sistemática das aulas, de cunho etnográfico (março a junho de 2009) e a aplicação do “Cuestionario de Opiniones sobre Ciencia, Tecnología y Sociedad” (COCTS) ao professor de ciências a duas turmas de alunos da 2ª. Série do Ciclo II, com um total de 67 alunos, meninas e meninos e tendo, a maioria, 12 anos de idade.

Na 2ª fase da pesquisa, realizada no período de julho a dezembro de 2009, analisou-se o material coletado na 1ª fase procurando identificar as categorias de análise que foram aprofundadas juntamente com a pesquisa bibliográfica.

Dados coletados e analisados nas duas primeiras fases evidenciaram um significativo interesse de um número expressivo de alunos para com os temas e questões CTS. Verificou-se também que os alunos apresentaram um desempenho muito semelhante ao de seu professor de ciências, o que mostrou, por um lado o aspecto problemático da formação docente na temática CTS e, por outro, uma familiaridade com temas e questões CTS por parte de um número expressivo de alunos. Visto a complexidade do questionário aplicado e a ausência de tratamento da temática nas aulas de ciências ou em aulas de outras disciplinas, indagou-se: como alunos, na sua maioria com 12 anos de idade, cursando a 2ª. Série do Ensino Fundamental II, conseguiam transitar com grande desenvoltura em meio aos assuntos presentes no COCTS, manifestando a seu respeito atitudes bem definidas? Procurou-se entender como esses alunos entraram em contato com tais temas e questões, particularmente os relacionados à temática ambiental e como forjaram atitudes a respeito, tendo-se em vista que nem a escola, nem seus professores, nem especificamente o professor de ciências os haviam trabalhado em suas aulas.

A 3ª fase da pesquisa, voltada para a elucidação de questões relacionadas à maneira como os alunos entraram em contato com temas e questões CTS e deles se apropriaram, ocorreu de setembro a dezembro de 2010 e contou com a realização de entrevistas semi-abertas com 24 dos alunos participantes das fases anteriores, em escola pública situada em bairro popular, na periferia da Região Leste da Cidade de São Paulo, com alunos pertencentes a famílias trabalhadoras, com idade compreendida entre 12 e 16 anos, tendo a maioria 12 anos. Respondendo ao convite geral para as entrevistas individuais, dirigido aos 67 alunos das duas turmas pesquisadas, apresentaram-se 24 voluntários.

Graças a estes desdobramentos, as entrevistas foram realizadas em um ambiente democrático em que os alunos sentiram-se convidados a participar, percebendo a oportunidade de se expressarem e de serem ouvidos; da parte deles, a expectativa era de que esta iniciativa poderia auxiliar no processo de mudança e transformação do ensino e das aulas: “Acho muito importante alguém nos ouvir, porque aí quem sabe as coisas começam a mudar!” (Juliana, 14 anos, setembro de 2010). Respeitou-se a RESOLUÇÃO Nº 196 DE 10 DE OUTUBRO DE 1996, “Diretrizes e Normas Regulamentadoras de

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272 Anais do II Seminário Hispano Brasileiro - CTS, p. 269-281, 2012 Pesquisas Envolvendo Seres Humanos”, do Conselho Nacional de Saúde. O consentimento livre e esclarecido foi dado pela direção da escola, professor, adolescentes e seus representantes legais após explicação completa e pormenorizada sobre a natureza da pesquisa. Assegurou-se a confidencialidade e a privacidade das informações obtidas bem como o anonimato dos sujeitos participantes.

Referencial teórico e metodológico

As orientações metodológicas de Lüdke e André (1986) e André (2007) delimitaram o estudo etnográfico que se pautou pela tentativa de apreensão da perspectiva do outro, pela necessidade de se articular o geral e o particular e pelo diálogo com sólido referencial teórico para dar sustentação às análises.

A proposta da pesquisa etnográfica justifica-se pela idéia segundo a qual as atitudes do professor e dos alunos frente ao ensino de ciências e à temática CTS podem ser compreendidas em sua complexidade se for adotada uma metodologia que prevê um viés antropológico a respeito dos dados que estão, no caso desta pesquisa, extremamente relacionados aos diversos contextos culturais no que se refere ao assumir de determinadas atitudes pelos participantes da pesquisa. Desse modo, a pesquisa etnográfica possibilitou ver além dos dados coletados tanto na observação sistemática das aulas e entrevistas, quanto na aplicação do COCTS.

A pesquisa participante alia-se à pesquisa etnográfica tendo em vista a necessidade de se levar em consideração e valorizar a construção do conhecimento pelos sujeitos envolvidos no processo de investigação. De acordo com os pressupostos da pesquisa participante, este é entendido como um processo de construção coletiva do conhecimento o qual, por contemplar a participação ativa dos sujeitos na pesquisa, está profundamente comprometido com as transformações sociais (GAJARDO, 1986).

As orientações metodológicas presentes na pesquisa participante se afinam com as proposições dessa pesquisa também por permitirem ampliar a função do pesquisador além da mera observação e análise dos fatos para tornar-se co-responsável pelo desenvolvimento das perspectivas culturais dos participantes, inclusive da própria pesquisadora, bem como propor de forma coletiva alternativas de solução para os problemas vivenciados. De acordo com Brandão (1985), é no encontro entre os sujeitos da história (pesquisador e participantes da pesquisa), através da interação dialógica, que a relação mais humanamente objetiva acontece com o propósito de ampliação da compreensão das pessoas humanas a respeito de si próprias e dos outros em um processo crescente de emancipação e transformação social.

A tese levantou a hipótese de que o interesse manifestado pelos temas e questões de cunho CTS estaria ligado à imersão dos alunos pesquisados em uma cultura mais ampla que ultrapassaria os limites da escola.

Inspirando-se em Morin (1977,1981), reconheceu que esta cultura, como qualquer corrente cultural na atualidade, tanto possui um viés mais erudito e ilustrado como um viés mais vulgarizado que se manifesta na mídia como cultura midiática globalizada (GUAZZELLI, 2008) e particularmente na Internet como cibercultura (LEVY,1999), ).

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273 Anais do II Seminário Hispano Brasileiro - CTS, p. 269-281, 2012 A tese identificou um viés erudito desta cultura, presente não só no movimento CTS, mas também em outros movimentos e tendências como o movimento ambientalista, a Educação Ambiental (EA), fóruns, associações, grupos espontâneos ou organizados que se encontram e debatem na Internet e outros (GUAZZELLI ET Al. 2009). Tendo-se em vista que toda a discussão teórica da tese bem como o próprio COCTS se vinculam ao movimento CTS, optou-se por denominar tal cultura, objeto de estudo, de “cultura CTS” enfatizando no entanto que denominá-la “cultura CTSA” ou “cultura ambientalista” também seria apropriado (GUAZZELLI et al. 2009).

A “cultura CTS”, na sua vertente erudita, traz consigo, uma percepção aguda e crítica das ligações existentes entre ciência, tecnologia, relações sociais e meio ambiente; percebe a não-neutralidade da ciência e da tecnologia e seu profundo envolvimento com os interesses humanos, tanto individuais como coletivos; defende, por outro lado, a cidadania e democracia plenas, a participação efetiva de todas as pessoas na compreensão da realidade atual e na tomada de decisões quanto aos destinos da sociedade e do planeta; para tanto, a apropriação dos conhecimentos científicos e tecnológicos atualizados é condição indispensável; distancia-se dos poderes estabelecidos; a discussão ética faz parte de sua agenda; o ensino de ciências deve voltar-se prioritariamente para formar os alunos nos aspectos acima enunciados; a formação teórica deve ser acompanhada de uma formação para os sentimentos e atitudes (ACEVEDO, 2004; ACEVEDO; VÁSQUEZ ; MANASSERO, 2005; AULER, 2003; FOUREZ, 1997; REIGOTA, 2004; VÁZQUEZ; MANASSERO, 2007).

A perspectiva CTS para o ensino das ciências surge da convicção de que a educação científica para o século XXI não pode estar limitada somente ao conhecimento científico e tecnológico puro mas reconhece e incorpora os aspectos sociais para possibilitar um tratamento mais crítico e reflexivo desses conhecimentos. A partir dessa perspectiva, utiliza-se o conceito de alfabetização científica crítica no intuito de evidenciar uma orientação atual do movimento para o ensino de ciências (AULER, 2003) que objetiva a formação de um cidadão ao mesmo tempo possuidor de conhecimentos básicos sobre ciência e tecnologia, com capacidade de utilizá-los na resolução de problemas cotidianos, e também capaz de opinar de forma crítica e reflexiva sobre os rumos da ciência e da tecnologia, reivindicando uma participação mais democrática em contextos de interesse público. A partir da observação dos fenômenos e problemas sociais e ambientais, os saberes científico-tecnológicos seriam aplicados de forma reflexiva e crítica para compreensão, explicação e proposição de alternativas de solução aos fenômenos e problemas apresentados sem desconsiderar que essas explicações e soluções ofereceriam subsídios para uma tomada de posição e de juízos de valor.

De acordo com Fourez (1997), repensar a educação científica – EC – implica em refletir primeiramente sobre qual é o propósito dessa empreitada. A melhoria da EC para o século XXI e a necessidade de alfabetização científica e tecnológica não estão isentas de interesses políticos e econômicos, o que demanda um olhar crítico a respeito das propostas de reformas educacionais nessa área. Para este autor, devem ser objetivos da Educação científica o desenvolvimento cultural e pessoal, a utilização do conhecimento científico na vida diária, a participação democrática nos assuntos de interesse público

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274 Anais do II Seminário Hispano Brasileiro - CTS, p. 269-281, 2012 relacionados à ciência e à tecnologia, atentando para a responsabilidade ética e ecológica das pessoas comuns, dos políticos e dos próprios cientistas na relação com C&T (FOUREZ, 1997).

No que diz respeito às relações dos alunos com a cultura, faz-se apelo às reflexões de Martín-Barbero e de Canclini. Para Martín-Barbero (1997) as pessoas podem atribuir ou não sentido e significado aos produtos e bens culturais, elaborando maneiras peculiares de incorporar, transformar e produzir cultura. A mediação é, nesse sentido, entendida como processo social complexo capaz de dar um novo significado aos produtos culturais veiculados, o que possibilita o diálogo intra e intersubjetivo. Apesar de determinar de certo modo os padrões culturais de outros segmentos sociais, a cultura hegemônica não consegue impedir a negociação de sentido realizada pelas classes populares a respeito dos produtos culturais oferecidos (MARTÍN-BARBERO, 1997).

O conceito de hibridismo desenvolvido por Canclini (1998) remete à idéia de que o sistema cultural é resultante de uma mistura entre as culturas erudita, popular e a massificada, (que corresponde ao conceito aqui utilizado de cultura midiática globalizada), não tendo mais sentido em um mundo definido pelo crescente processo de globalização, a referência à cultura erudita ou à cultura popular puras. Para Canclini, (2005) o fato da cultura ser forjada a partir das relações que se estabelecem entre os sujeitos sociais e os produtos culturais, num processo dialético de integração e oposição, confere ao sistema cultural, o qual é composto por diferentes subculturas, a característica de ser mutante e fluido, integrando e fragmentando saberes, crenças e valores.

Na perspectiva da tese e do presente trabalho, as formas de recepção apresentam-se como formas de transgressão das determinações sociais que permeiam as políticas culturais hegemônicas e se manifestam tanto na cultura midiática globalizada como na cibercultura, cujos objetivos são a manutenção do staus quo e da legitimação de uma elite cultural dominante.

A nascente cibercultura vem configurando-se graças ao suporte das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) com destaque para a Internet. Para Lévy (1999, p.17), a cibercultura é: ” o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço”.

Na perspectiva do presente trabalho, a cibercultura é contraditória e complexa e suas muitas facetas manifestam distintos vieses das relações sociais: por um lado, é a manifestação da cultura hegemônica no ciberespaço e, como tal, está atrelada ao mercado, ao marketing e ao consumo prolongando e intensificando traços da cultura midiática globalizada mais massificada.

Por outro lado, no entanto, é manifestação de conflitos e resistências de grupos e movimentos que se insurgem contra a cultura hegemônica, espaço de criação de novos saberes e de novas formas de organização coletiva. Tendências libertárias e emancipatórias se manifestam com força na cibercultura; diversos movimentos, grupos, Ongs fazem da Internet e das redes sociais seu espaço de luta e de divulgação de suas perspectivas.

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275 Anais do II Seminário Hispano Brasileiro - CTS, p. 269-281, 2012 A Internet tem favorecido a emergência de novos sujeitos sociais, grupos e movimentos, com formas de organização mais descentralizadas e mais amplas, de caráter mundial (LEMOS, WINCK E DIMANTAS, 2010). Tem possibilitado também a emergência de novas formas de se construir o conhecimento graças à socialização rápida e eficiente do que já foi produzido, às possibilidades de discussão e confronto, ao incentivo à autonomia e à liberdade de escolha, ao caráter provisório dos resultados obtidos (LEMOS, WINCK E DIMANTAS, 2010).

Os traços libertários da cibercultura vão em direção diametralmente oposta ao da cultura hegemônica. É preciso chamar a atenção para o fato de que se trata de possibilidades abertas pela Internet e particularmente pelas redes sociais que podem ser exploradas tanto para a construção de uma sociedade mais democrática, livre da exploração e da dominação, como para incentivar a própria reprodução do capitalismo assim como os sectarismo, a agressão aos mais fracos ou aos diferentes, o xenofobismo.

Não se pode deixar de mencionar, ainda que rapidamente, dados os limites do presente trabalho, que, embora se afirmem como tendências dominantes, tanto a cultura midiática globalizada como a cibercultura estão conectadas a múltiplas subculturas que relacionam-se a múltiplos processos identitários como a cultura parental ou familiar (FEIXA, 1999) a cultura escolar, as múltiplas subculturas juvenis (FEIXA, 1999, 2004). Análise dos resultados

A partir da análise das entrevistas realizadas, percebeu-se que as questões ambientais em suas relações com a ciência, a tecnologia e a sociedade eram uma motivação muito forte na procura e seleção de determinados produtos midiáticos televisivos e virtuais de tal forma que se pode afirmar, pelas análises que seguem, tratar-se do elo de ligação do que a tetratar-se denomina de a cultura CTS. Por este motivo, do ponto de vista da experiência cultural vivida pelos alunos, torna-se aconselhável salientar a importância da questão ambiental nas relações dos alunos com esta cultura.

Colocou-se a necessidade de buscar reconhecer e compreender quais eram as vias de acesso a esta cultura. Levantou-se a hipótese de que as vias de acesso estariam relacionadas a espaços educativos não formais que estariam mais afinados e conectados com a cultura CTS. As entrevistas buscaram dados para elucidar os caminhos percorridos pelos alunos até a cultura CTS e/ou os caminhos percorridos por esta cultura até os alunos e como a nova perspectiva cultural estabeleceu diálogo com os contextos culturais dos adolescentes, promovendo a (re)organização e (re)elaboração de suas identidades culturais.

Resultados das entrevistas individuais com os alunos mostraram uma situação concreta na qual aqueles reagiam frente aos apelos da cultura midiática televisiva e buscavam construir novas relações com o saber, com a cultura e com seus amigos e familiares no que diz respeito temas e questões de cunho CTS, particularmente temas ambientais,fazendo apelo à Internet e para um bom número, às discussões em suas comunidades religiosas.

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276 Anais do II Seminário Hispano Brasileiro - CTS, p. 269-281, 2012 1) Todos os 24 alunos entrevistados, mesmo os que não tinham computador ou Internet em suas casas, desenvolviam suas formas de pensar, agir e suas atitudes em constante interação com as culturas midiática globalizada e cibercultura, selecionando e consumindo determinados produtos televisivos ou virtuais segundo correspondiam às suas necessidades e expectativas.

2) Evidenciou-se uma forte integração com temas e questões CTS, particularmente ligados à questão ambiental, por parte de 22 adolescentes entrevistados. A análise dos dados coletados nas entrevistas realizadas com os alunos evidenciou que existia um consumo sistemático de produtos televisivos e digitais relacionados à temática ambiental por parte desses estudantes que pesquisavam e selecionavam programas de televisão, sites na Internet através do Google e vídeos no Youtube que correspondiam às suas expectativas e necessidades. Os alunos transitavam entre diferentes canais televisivos e em uma variedade de sites na Internet e canais no Youtube que veiculavam diferentes versões da temática ambiental.

Eu descobri sozinha esses programas [com temática ambiental] passando os canais quando não tinha nada pra assistir; aí ví essas coisas interessantes, parei e assisti e peguei gosto. Eu assisto esses programas com a minha irmã mais velha, eu e ela ficamos conversando durante o programa sobre a poluição e destruição da natureza, é muito legal! Eu também falo sobre esses programas com as colegas da rua, com a minha prima, a minha vizinha. Aqui na escola eu não comento muito sobre essas coisas, só quando me perguntam. Eu acho que se os professores passassem essas coisas aqui na escola, os alunos iam se interessar muito mais pelos assuntos, ia ajudar até na bagunça, tornaria as aulas mais interessantes! (Amanda1, 16 anos, setembro de 2010).

3) A interação com os produtos televisivos e/ou digitais repercutia nos aspectos cognitivos dos adolescentes, fornecendo-lhes a informação e o conhecimento necessários para a elaboração da opinião, nos aspectos afetivos, incitando uma pré-disposição positiva ou negativa em relação ao objeto sócio-cultural e colaborando para formar atitudes (MANASSERO; VAZQUEZ, 2004) na conduta, orientando a forma de agir em relação a esse mesmo objeto.

Na televisão eu gosto de assistir “Globo Esporte” e as novelas “Malhação” e “Passione”. Sobre meio ambiente eu assisto com os meus irmão menores, porque quando eu chego em casa da escola eles estão assistindo a “Cultura” que passa bastante coisa sobre isso. Antes eu não gostava, mas depois que eu comecei a assistir comecei a me interessar mais! Meus irmãos mesmos são quem colocam nesse canal. Eu gosto de assistir o “Vida Selvagem”, eu descobri esse programa quando não tava começando o programa do “Pânico”, aí eu fui mudando de canal e vi esse programa, daí comecei a assistir, tava até passando sobre a iguana. Agora todo mundo lá em casa assiste esse programa ao invés do “Pânico”! (Leonardo, 12 anos, setembro de 2010).

Nesse sentido, percebe-se que as atitudes e os afetos são passíveis de mudança e transformação de acordo com as interações vivenciadas, seja com as pessoas, seja com os objetos sócio-culturais, indicando a importância da qualidade dessas interações

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277 Anais do II Seminário Hispano Brasileiro - CTS, p. 269-281, 2012 para o desenvolvimento de atitudes críticas e questionadoras em relação aos diferentes assuntos e questões que permeiam o universo adolescente/juvenil (VAZQUEZ; MANASSERO, 2007).

4) A mídia televisiva foi tratada pelos adolescentes como espaço de socialização, diversão, aprendizagem e de (re)construção de sentidos e significados, estabelecendo conexões com diferentes contextos sócio-culturais. Através das falas, percebe-se, ao mesmo tempo, a televisão veiculando produtos que trazem neles as marcas da cultura hegemônica e estas marcas culturais sendo reinterpretadas e transformadas a partir das perspectivas culturais dos receptores, promovendo diferentes maneiras de (re)elaboração das próprias subjetividades e das identidades culturais (CANCLINI,1997, 1998; MARTÍN-BARBERO, 1997).

5) As perspectivas dos adolescentes conseguiram redirecionar parcialmente propostas sobre a temática ambiental da cultura hegemônica presentes na mídia televisiva e, graças à Internet e suas redes sociais, se concretizaram em iniciativas com mais autonomia e interesse pelo conhecimento, afinadas com a perspectiva CTS:

Eu tenho computador, mas não tem Internet, então eu uso Internet na lan house ou na casa dos meus parentes. Eu gosto de olhar aqueles mapas do “Google Earth”, de pesquisar coisas na “Wikipédia” sobre os animais. Eu não uso muito “Orkut”, “MSN”. Na “Wikipédia” eu gosto de pesquisar sobre coisas que alguém me fala e eu quero saber mais ou alguma coisa legal que eu vi na televisão. Eu aprendi a fazer isso sozinha; eu descobri a “Wikipédia” quando ia pesquisar no “Google” alguma coisa e aparecia o link dela do lado! (Vera, 12, setembro de 2010).

Sinaliza-se que as iniciativas dos adolescentes puderam ser concretizadas graças aos esforços e ações de numerosos indivíduos e grupos que alimentam e enriquecem a cibercultura e particularmente as redes sociais com contribuições teóricas, denúncias, informações, críticas, imagens.

No entanto, por falta de orientação educacional e cultural efetivas tanto por parte da escola como das mídias, a possibilidade de avaliar, selecionar e escolher com maior criticidade as fontes não foi garantida: “Quando eu vejo alguma coisa sobre isso na televisão ou no “Youtube” que acho interessante, eu vou na Internet e pesquiso mais sobre o assunto!” (Luciana, 12 anos, setembro de 2010). Foi possível constatar pelas falas dos adolescentes que, neste processo de busca do conhecimento, estavam sozinhos ou com seus pares enquanto os adultos, particularmente a escola e seus professores, eram omissos ou distantes, com exceção das comunidades religiosas, como será mostrado mais adiante.

Percebe-se a importância de uma alfabetização científica e tecnológica crítica e eficiente que respalde estas iniciativas e formem os adolescentes para avançarem na perspectiva de busca do conhecimento, de maior criticidade e de transformação de atitudes frente à temática ambiental em sua relação com a sociedade. Dever-se-ia atuar de forma mais sistemática e intensa tanto em relação à mídia televisiva como à Internet oferecendo informações de qualidade, orientações quanto a escolhas, alternativas,

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278 Anais do II Seminário Hispano Brasileiro - CTS, p. 269-281, 2012 conteúdos que discutissem as relações entre produção científica, desenvolvimento tecnológico e sociedade, formando para o questionamento.

6) As falas dos adolescentes mostraram que seu contato com a cultura midiática televisiva e a cibercultura mantinha relações profundas com distintas subculturas, particularmente a parental (incluindo família e vizinhança), a religiosa e a escolar.

Era no seio da cultura parental/familiar, no espaço da família e da vizinhança, que ocorriam as interações com a mídia televisiva e a Internet. Também era através de conversas com irmãos, parentes, amigos, vizinhos, sobretudo adolescentes e crianças, que temas e questões de cunho CTS passavam a ser objeto de interesse incitando a curiosidade e a iniciativa de procurar informações e de conhecer mais.

Por outro lado, em numerosas entrevistas, destacou-se o espaço religioso como fundamental para o trabalho de ressignificação das mensagens e produtos televisivos ou virtuais. Do total de entrevistados, 17 afirmaram que sua comunidade religiosa oferecia espaço para se pensar e discutir sobre as questões ambientais e outros temas e questões afinados com a perspectiva CTS; destes, 7 eram evangélicos, 2 adventistas e 8 católicos. Para eles, o trabalho de formação realizado em espaços religiosos foi essencial para que se posicionarem frente às mensagens da cultura midiática televisiva e à cibercultura no que diz respeito às relações entre ciência, tecnologia e sociedade:

Quando eu pergunto alguma coisa na escola e vejo que o professor não sabe me responder ou que responde sem explicar direito, eu uso o “Google” pra pesquisar e tirar as minhas dúvidas! Eu gosto também de usar o “MSN”! (risos). Eu converso com os meus irmãos da minha religião, a gente usa o “MSN” pra discutir sobre os assuntos do meio ambiente e outras coisas que a gente estuda lá na reunião, a discussão continua e é bem legal! (Juliana, 14 anos, setembro de 2010).

O papel pouco expressivo para não dizer insignificante daquela escola em particular e de seus professores, no que diz respeito aos temas e questões CTS, deve ser destacado, como apareceu na fala acima bem como na fala de 22 dos entrevistados. Não se pode generalizar a partir dos dados desta pesquisa que, por seu caráter, fica restrita ao ambiente desta escola em particular. Sabe-se, por outro lado, que escolas públicas brasileiras ou professores em certas escolas desenvolvem a educação ambiental de forma consciente e questionadora.

Naquela escola em particular, no entanto, o uso da Internet a partir da mediação escolar de um modo geral encontrava-se condicionado à elaboração de “trabalhos” solicitados pelos professores que faziam apelo apenas à coleta de informações sobre um tema de forma mecanizada, o que revela um empobrecimento da utilização da ferramenta em contextos didáticos e pedagógicos em sala de aula. A observação do cotidiano da escola pesquisada mostrou que lá, o uso dos produtos virtuais pelos alunos estava concentrado nas práticas realizadas no Laboratório de Informática Educativa (LIE), que aconteciam durante uma aula (45 minutos) por semana. Essas práticas não mostravam-se conectadas de forma consistente ao trabalho demostravam-senvolvido pelos professores em sala de aula, salvo algumas exceções. Isso acontecia devido a uma série de fatores, entre eles destaca-se o despreparo dos professores para utilizar os produtos virtuais com os

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279 Anais do II Seminário Hispano Brasileiro - CTS, p. 269-281, 2012 alunos, o não reconhecimento da importância desses produtos no desenvolvimento intelectual dos estudantes e a resistência ao seu uso em suas aulas decorrente ora do medo do desconhecido, ora de perspectivas tradicionais e conservadoras em relação ao ensino.

Considerações finais

O consumo dos produtos e informações presentes na Internet surgiu nos adolescentes pesquisados a partir do interesse despertado pelos produtos televisivos para preencher lacunas ou ampliar o conhecimento adquirido. Os alunos entrevistados mostraram uma grande familiaridade no trato com programas e produtos culturais ofertado pela TV ou colocados à disposição pela Internet. Aprenderam, sem a ajuda dos porfessores ou da escola a transitar nestas mídias e a apropriar-se dos produtos que lhes despertavam o interesse.

Mostraram o importante papel desempenhado pela Internet. A Internet apareceu através do relato e observações dos adolescentes como um caldo cultural muito rico que ao mesmo tempo respondia às indagações e questionamentos e suscitava a disposição de aprender. A possibilidade de se construir novas relações com o conhecimento enquanto auto-didatas, se não contesta, ao menos problematiza a tese da passividade e da subjugação dos sujeitos perante a força da cultura hegemônica e do mercado. Relações entre pares (adolescentes com adolescentes) e entre distintas faixas etárias (adolescentes com crianças) manifestaram-se nos depoimentos dos alunos.

As comunidades religiosas e alguns pais desempenharam um importante papel de orientação e formação para temas e questões CTS, ao contrário desta escola e de seus professores. Evidenciou-se, pelas entrevistas e pela observação de aulas de ciências, a ausência de uma atuação pedagógica da parte dos professores daquela escola, no sentido de orientar o consumo de produtos culturais para potencializá-los através de formas mais sistematizadas que contemplassemm a reflexão e a crítica coletiva em sala de aula. A ausência da intervenção educativa adulta era preenchida pela intervenção dos colegas, irmãos e amigos; de certa forma, estes assumiam o papel que também poderia (e deveria) ser desempenhado pelo professor em uma alfabetização científica e tecnológica de cunho CTS.

Como o trabalho busca mostrar, uma alfabetização científica e tecnológica de inspiração CTS deve poder dialogar com o universo cultural dos alunos preparando as crianças e adolescentes para se situarem frente a esta realidade de forma crítica e transformadora, ensinado-lhes a selecionar as fontes de informação, analisando e discutindo os conteúdos propostos, orientando-os quanto à formação de atitudes e aos valores, abrindo espaços para ações concretas e iniciativas.

Referências

ACEVEDO, J. A. Reflexiones sobre las finalidades de la enseñanza De las ciencias: educación científica para la Ciudadanía. Revista Eureka sobre Enseñanza y Divulgación de las Ciencias v. 1, n.1, pp. 3-16, 2004.

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