• Nenhum resultado encontrado

EM TEMPOS DA PANDEMIA COVID-19

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "EM TEMPOS DA PANDEMIA COVID-19"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

N

a área das Ciências da Religião e Teologia, bem como nas Ciências Sociais, há um reconhecimento de que tempos de crise impulsionam pessoas a – de al-guma forma - (re)pensar a existência sua e do mundo. Tempos de exceção ou excepcionais conclamam a refletir sobre e a rever a construção e o sentido do conhecimento, das relações de poder, da existência das instituições e da pró-pria vida. Pra que serve/serviu o que pesquisamos, descobrimos, inventamos, trabalhamos? Isso contribui(u) para o melhor-viver de pessoas e de todos os seres ou para acirrar e aprofundar diferenças sócioculturais e econômicas cons-truídas política e cientificamente? Como as Ciências da Religião, a Teologia e as áreas afins têm atuado em contextos do desenvolvimento de novas formas de gerir fenômenos religiosos e sociais nas últimas décadas, destacando-se aqui as tendências neopentecostais e fundamentalistas que atuam de maneira eficiente na formação e no controle da ‘alma’ de seus fieis, numa profunda construção e consolidação de alianças político-ideológicas conservadoras? Em que medida os avanços de ciências e tecnologias, das relações de mercado no mundo globaliza-do têm contribuíglobaliza-do para superar ou pelo menos minimizar as relações de injus-tiça, violência e opressão em situações de exceção em tempos ‘normais’? Como sistemas políticos, seus governantes e a sociedade civil têm se posicionado fren-te ao estado de exceção permanenfren-te para uma grande maioria de pessoas, como as crises financeiras, as migrações, o crescente aumento da violência doméstica e a ecocídia lide com a ‘natureza’? E como esse permanente estado de exceção repercute ou se agudiza no estado de exceção da pandemia COVID-19? Enfim, eis algumas questões de vida e morte nesse nosso tempo, as quais impactam e desafiam para reflexões e proposições em defesa da vida, da saúde e de políticas públicas voltadas para o cuidado das vidas mais vulnerabilizadas.

Em nível internacional, movimentos sociais, feministas se manifestam em relação às crises subjacentes e oriundas dessa pandemia, entre os quais destacamos as

E

D

I

T

O

R

I

A

L

EM TEMPOS DA PANDEMIA

COVID-19*

(2)

informações, notícias e artigos do coletivo internacional rebelión1, que desde

março dá destaque às diversas manifestações do COVID-19, especificamen-te – mas não só - com mulheres e crianças no mundo todo. Assim, em 21 de março de 2020, ali se alertava para a percepção de que a pandemia não eviden-ciava crise conjuntural, mas que “la crisis de los cuidados es estructural. Por eso es necesario cambiar el paradigma, cambiar el modelo neoliberal impuesto basado en la creencia de autosuficiencia individual y poner de una vez la vida en el centro” (EL MOVIMIENTO FEMINISTA PIDE CREAR UNA MESA, 2020, s.p., meu destaque). A Pandemia agudiza as vulnerabilidades de mulhe-res e, em situação de isolamento/distanciamento social, as várias formas de violência contra mulheres e crianças têm aumentado em nível doméstico, se-xual e institucional em todos os lugares do mundo. Acerca disso, manifesta-se Guevara, em 28 de maio de 2020 (s.p.), do México, denunciando que as ati-tudes e os pronunciamentos do presidente do México, Andrés Manuel López

Obrador, “dilatan, obstaculizan e impiden la prevención, investigación,

san-ción y erradicasan-ción de todos los tipos y modalidades de violencia”. Esta tem sido uma atitude política de governantes de centro-direita nos últimos tempos, também no Brasil, geralmente sustentados por fundamentalismos religiosos conservadores e patriarcais2.

Em 20 de abril, a ONU MULHERES BRASIL realizou Mesa-Redonda virtual com Mulheres Líderes de todas as partes do mundo e apresentou documento resul-tante desse evento, “Mulheres e meninas devem estar no centro dos esforços de resposta à Covid-19”, com identificação de maiores problemas e principais pautas de ação. Nele, a diretora executiva da ONU, Phumzile Mlambo-Ng-cuka, afirmou (2020, s.p.):

Um dos aspectos mais devastadores dessa pandemia é o modo como a violência contra as mulheres, incluindo a violência doméstica, aumentou muito em muitos países. Todos os governos devem declarar serviços para prevenir e responder à violência contra as mulheres como essenciais. Isso inclui linhas de apoio e abrigos. Eles não devem apenas receber a atenção e o financiamento de que precisam agora, mas esses recursos devem continuar após a pandemia.

Também Gabriela Ramos, chefe de gabinete da Organização e Cooperação para o De-senvolvimento Econômico (OCDE) e Sherpa para o G20, argumentou:

Em um mundo desigual, uma crise de saúde como a que enfrentamos hoje fere desproporcionalmente as mulheres. As mulheres [...] representam 70% da for-ça de trabalho da área de saúde em todo o mundo e 95% da forfor-ça de trabalho de longo prazo em toda a OCDE. [...] as mulheres estão potencialmente super

(3)

expostas a essas consequências econômicas, pois estão super-representadas na economia informal sem proteção social adequada. [...] enfrentamos duas opções ao responder a esta crise: podemos permitir que esses impactos desproporcio-nais exacerbem as desigualdades existentes ou podemos garantir uma incorpo-ração de uma forte lente de gênero nos esforços de resposta e recupeincorpo-ração para emergir mais forte. [...]. O mundo pós-Covid-19 nunca mais será o mesmo, e cabe a todas as pessoas garantir que as mulheres se saiam melhor (ONU

MU-LHERES BRASIL, 2020, s.p.)

As principais frentes e pautas de ação constam sob os itens Sistema de Saúde e Assis-tência Médica; Impacto Econômico; Violência de Gênero; Mulheres, Paz e Segurança e Ajuda Humanitária. Todos esses itens destacam a importância de mulheres nos trabalhos em todas as áreas, principalmente informais e na Saú-de, sua discriminação econômica e sua exposição a várias formas de violência. Reivindica-se de governos a garantia de seus direitos em todas as relações e a proteção sistemática contra qualquer tipo de agressão.

Em relação à essa pandemia, Boaventura de Sousa Santos (2020, p. 6) defende que ela agrava “uma situação de crise a que a população mundial tem vindo a ser sujeita”, indicando para a sua mais específica periculosidade pelo fato que ser-viços públicos de saúde em muitos países estão menos preparados hoje do que anos atrás. Aqui está o link entre crise excepcional permanente na área finan-ceira com o da saúde: para resolver a primeira e ‘salvar o capital e o mercado’, tem-se feito continuamente cortes nas políticas públicas, principalmente nas áreas de saúde e educação. Quem mais sofre as consequências da crise perma-nente e na ‘quarentena’ da crise excepcional da COVID-19 são, de acordo com o sociólogo (2020, p. 15), grupos

que têm em comum padecerem de uma especial vulnerabilidade que precede a quarentena e se agrava com ela. Tais grupos compõem aquilo a que chamo de Sul. Na minha concepção, o Sul não designa um espaço geográfico. Designa um espaço-tempo político, social e cultural. É a metáfora do sofrimento humano injusto causado pela exploração capitalista, pela discriminação racial e pela discriminação sexual.

Isso significa que o vírus não ‘pega’ todo mundo por igual, como se veicula pela mídia, mas a pandemia também é seletiva, ou nas palavras de Maria Pau-la Meneses (ver entrevista): “Estamos no mesmo mar, mas não no mesmo barco”. Há uma lista de pessoas que estão ao ‘sul da quarentena’, socio-historicamente mais vulneráveis: mulheres, trabalhadores(as) informais e de ruas, moradores(as) de rua, sem-teto e das periferias metropolitanas,

(4)

refugiados(as) internados(as), imigrantes ilegais, pessoas portadoras de defi-ciências, idosas, presas... Assim:

a quarentena não só torna mais visíveis, como reforça a injustiça, a discrimina-ção, a exclusão social e o sofrimento imerecido que provocam. Acontece que tais assimetrias se tornam mais invisíveis em face do pânico que se apodera dos que não estão habituados a ele (SOUSA SANTOS, 2020, p. 21).

A antropóloga Rita Segato, para quem o feminismo é uma política de amizade crítica, que objetiva construir relações humanas em que possam existir diferentes for-mas de felicidade, realização e bem-estar sem agressões mútuas, em entrevista concedida a Astrid Pikielny (2020, s.p.), em 02 de maio, afirma a necessidade de rever e reinventar práticas pessoais, sociais e políticas, destacando “la copre-sencia y la cocorporalidad” e a aguda observação e análise das inúmeras inter-conexões que a pandemia traz à tona, para que se possa atuar mais efetivamente durante e após suas manifestações. Ela destaca mulheres indígenas como um grupo que mais sofre os impactos da pandemia.

Entre as pessoas mais vulnerabilizadas estão também (i)migrantes que, sob os riscos da COVID-19, sofrem dupla discriminação, por serem estrangeiros(as) muitas ve-zes empobrecidos e por serem vistos e expostos como ameaça à saúde pública. Mesmo não tratando especificamente da situação dos riscos exponenciais de

CO-VID-19 para esse grupo - por tratar-se de pandemia que se alastrou após a Chamada Pública e os processos de submissão, recepção e avaliação dos arti-gos para esse Dossiê Temático -, fazemos juz à vocação e ao escopo da revista

Caminhos, abordando, aqui e na Apresentação do Dossiê Temático, o contexto

trágico no qual nos encontramos e produzimos esse número.

O DOSSIÊ TEMÁTICO “(I)Migração, (In)Tolerância e Solidariedade”, sob organiza-ção de Sandra Duarte de Souza (UMESP), Teresa Martinho Toldy (Universi-dade de Coimbra) e Ivoni Richter Reimer (PUC Goiás), disponibiliza cinco artigos, devidamente introduzidos na Apresentação do Dossiê.

Aqui, no Editorial, abrimos a Seção de ARTIGOS com o texto das professoras Dra.

Fernanda Lemos (UMESP) e Dra. Zuleica Dantas Pereira Campos (UFPE),

“Religião e Epidemia: legitimações religiosas para o sofrimento”, com foco no Zika Vírus que, em 2015, colocou o Brasil no centro da emergência global pela OMS. Principalmente afetadas foram mulheres nordestinas, grávidas, que transmitiram o vírus para seus fetos, causando microcefalia. Nos três anos de surto epidêmico, instabilidade e sofrimento marcaram a vida de milhares de pessoas. A pesquisa bibliográfica e de campo observou as expressões de religiosidade das mães como formas de enfrentar a doença e seus impactos e ressignificar suas dores e perdas.

(5)

A professora Dra. Marcia Blasi e o professor Dr. Valério Guilherme Schaper (Faculda-des EST) contribuem com o artigo “Saúde e Religião em Perspectiva de Gê-nero: reflexões a partir de Hildegard von Bingen e Katharina von Bora” fazem uma imersão no séc. XVI para perceber atuações de mulheres na interface das áreas de religião e saúde. Destacam duas protagonistas nas práticas medicinais caseiras e na extensão das mesmas para os cuidados com a saúde do povo. Afirmam que Hildegard e Katharina engendraram espaços de atuação social por meio de sua vocação, sabedoria e conhecimentos.

“A Cultura do Encontro como Chave de Leitura da Carta Encíclica Laudato Si’ do Papa Francisco” é o artigo do mestrando Chrystiano Gomes Ferraz e da professora Dra. Maria Teresa de Freitas Cardoso (PUC RJ), destacando a ênfase teoló-gico-pastoral do Papa. O histórico e a conceituação da ‘cultura do encontro’ permite visualizar esforços ecumênicos em atitude dialógica para além dos ambientes da Igreja Católica.

Ainda contemplando a cultura religiosa católica, o professor Dr. Valeriano dos San-tos Costa (Pontifício Instituto Litúrgico Santo Anselmo/Roma; PUC SP) e o

mestrando Deivid Rodrigo dos Santos Tavares (PUC SP) contribuem com o

artigo “A Realidade Humana no Cântico Litúrgico Pós-Medellín: análise no horizonte da metafísica zubiriana”. Hermenêutica do Concílio Vaticano II, li-turgia e referencial teórico de Zubiri marcam o texto, destacando a busca pela libertação de povos oprimidos.

A contribuição do doutorando Brasil Fernandes de Barros (PUC Minas) tematiza a relação entre mística e espiritismo, no artigo “Chico Xavier, Mística e Espi-ritismo: uma discussão possível”. Para além de polissemias e ambiguidades, pretende elaborar elementos epistemológicos que constituam eixos dialógicos entre esses dois campos, com base no fenômeno mediúnico na espiritismo e em estados de consciência não usuais na mística.

Dos fenômenos religiosos contemporâneos retornamos aos mesmos na Antiguidade e à

sua discussão. O professor Dr. Sérgio Aguiar Montalvão (USP; PUC SP), em

seu artigo “O Mito da Prostituição na Antiga Mesopotâmia: uma dissociação de seus respectivos ‘papéis’ da sexualização”, questiona o fato de que expres-sões religiosas antigas, que incluíam o matrimônio sagrado, continuem sendo entendidas como prática e mito da prostituição. A complexidade das relações sociais, políticas e religiosas convidam a rever o estado da questão/da arte das pesquisas nesse tema.

E desde a Antiguidade, circulamos por regiões europeias e africanas, a fim de compre-endermos algumas origens de práticas terapêuticas atuais em terras brazilien-ses, tão carentes de cuidados. O artigo da professora Dra. Yls Rabelo Câmara (UEC) “Das Bruxas, Saludadoras, Santeiras, Cuspideiras e Meigas Europeias às Atuais Rezadeiras Tradicionais Brasileiras” conduz-nos nessa aventura da

(6)

pesquisa científica. Mulheres que curam têm um legado a ser preservado, popu-lar e academicamente. Transformações nas práticas das rezadeiras fazem parte de uma história sempre em movimentos, e a preservação de sua memória é desafio e tarefa em tempos em que milhares de pessoas precisam de cura. O artigo “O Protótipo Profético Veterotestamentário no Processo de Humanização em

Abraham Joshua Heschel”, do professor Dr. Danilo Dourado Guerra (SETE-BAN; FAIFA) e do doutorando Emivaldo Silva Nogueira (PUC Goiás), tece um link hermenêutico entre profetas bíblicos e o teólogo filósofo judeu que viveu os terrores e as consequências da Segunda Guerra Mundial. História, cultura e formação são pilares na construção do complexo pensamento reli-gioso de Heschel, que prima em revisitar protótipos relireli-giosos para não apenas rememorar, mas reelaborar processos humanizatórios necessários para o de-senvolvimento saudável dos seres humanos no conjunto da Criação.

Para que esse desenvolvimento seja saudável para todas as pessoas, é preciso continua-mente rever epistemologias e teologias que baseiam em imaginários e ideolo-gias patrikiriarcais. O artigo “‘Ich Schreibe das nicht, um Euch zu beschämen’ (1 Kor 4,14): Beschämung und Scham im Kontext antiker Genderdiskurse und in den paulinischen Gemeinden”, da professora Dra. Claudia Janssen (Uni-versität Marburg/Alemanha) e da professora Dra. Ivoni Richter Reimer (PUC Goiás), analisa parte da literatura paulina para tratar da masculinidade hege-mônica no Império Romano e seu questionamento contracultural em algumas experiências e práxis apostólicas e eclesiais no séc. I. As concepções de ‘honra e vergonha’ e os discursos de gênero da época consolidaram uma masculini-dade baseada ideológica e filosoficamente em poder hierárquico patrikiriar-cal, marcado por discriminação e preconceito. Textos como 1Co 4,14 abrem perspectivas de percepção e práxis críticas a essa concepção e propõem uma profunda conversão, por meio do questionamento apostólico a líderes ecle-siais que querem transformar a vida eclesial em arena de exercício de poder hierárquico-patriarcal. A masculinidade hegemônica, também responsável por violência de gênero, classe e etnia, pode dar lugar a vivências que baseiam na graça e no serviço/diaconia.

Na Seção ARTIGOS DE REVISÃO DE PESQUISA, a professora Dra. Andrea Vet-torassi e o mestrando Adam Henrique Freire Sousa (UFG), apresentam parte de sua pesquisa feita sobre a cobertura midiático-jornalística das eleição de 2018 no Brasil: “Entre o Púlpito, o Palanque e a Rede: um estudo sobre os Websites Gospel Prime e Gospel Mais”. Com referenciais metodológicos e teóricos de Bardin e de Bourdieu e a análise dos dados realizada, afirmam o entrecruzamento dos campos religião, política e mídia como importante instrumento para compreender a cosmovisão que esses grupos evangélicos têm de política.

(7)

Na Seção RESENHAS, apresentamos o texto do professor Dr. Fernando Zolin-Vesz e sua aluna Ana Julia Candida Ferreira (UFMT), que apresentam o livro “Islã: Religião e Civilização: uma abordagem antropológica”, de Paulo Gabriel Hilu da Rocha Pinto, importante obra que elabora e sistematiza centrais aspectos da cultura islâmica. Essa elaboração está baseada em conhecimentos sólidos que foram adquiridos no desenvolvimento da própria história do Islã, juntamente com seus ideais e sua diversidade cultural.

A segunda resenha foi elaborada pela professora Dra. Carolina Teles Lemos e pelo dou-torando, professor e reitor Me. Wolmir Terezio Amado (PUC Goiás), de modo a estabelecer diálogos com a obra de Danièle Hervieu-Léger, “O peregrino e o convertido: a religião em movimento”. Além de destacar temas abordados pela socióloga no decorrer de sua carreira acadêmica, faz-se uma interlocução críti-ca com outros sociólogos da religião em nível nacional e internacional. Apesar da dominância da razão científica, da autonomia do sujeito e das diferencia-ções institucionais socioculturais que caracterizam as expressões religiosas da (pós-)modernidade - portanto, do fato de a religião não dominar mais de forma total a vida de indivíduos e instituições -, fato é que ela continua sendo influência marcante e muitas vezes determinante na vida sociocultural e nas escolhas realizadas por indivíduos e grupos.

Entranhada em profundos e ambíguos sentimentos de angústia em solidariedade com milhares de pessoas que vivem a desgraça pandêmica em suas múltiplas face-tas e em gratidão pela vida e por trabalhos realizados à frente da revista

Cami-nhos, chamo à memória as palavras de Martin Buber (1974, p. 18): “Relação é

reciprocidade. Meu TU atua sobre mim assim como eu atuo sobre ele”. Com isso, quero agradecer a você, assistente estagiária(o), membro da equipe técnica

da Editora da PUC Goiás, autora e autor, pessoas entrevistadas, pareceristas, membro do Conselho Editorial, organizadoras do Dossiê Temático por todo carinho, empenho, disponibilidade e competência nos trabalhos e parcerias para a construção desse número tão significativo temática e vivencialmente para a nossa Caminhos.

E a você, leitora e leitor: graça e paz na produtividade do ler, refletir, divulgar e viver algumas das contribuições que lhe são entregues gratuitamente – mas resulta-do de muito trabalho -, a fim de que as pesquisas e os anseios sejam lançaresulta-dos no solo da vida que, para ser fértil, precisa ser cuidado cotidianamente. Bom e frutífero proveito!

Goiânia, 12 de junho de 2020 Ivoni Richter Reimer Editora-gerente da Caminhos

(8)

Notas

1 Site com notícias e artigos disponível em: https://rebelion.org/nosotros/

2 Acerca desse desenvolvimento conservador, ver o Número Especial da Caminhos – A religião na Política (2019), organizado pelo Dr. Alberto da Silva Moreira e da Dra. Ivoni Richter Reimer, em http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/caminhos/issue/view/346, com contribuições de vários lugares do mundo.

Referências

BUBER, Martin. EU e TU. 5. ed. Tradução, Introdução e Notas: Newton Aquiles von Zuben. São Paulo: Centauro Editora, 1977. (Original: 1974).

GUEVARA, Argelia. Exigen al presidente cese a su violencia institucional contra las mujeres. 28 de maio de 2020. Disponível em: https://rebelion.org/exigen-a-presidente-cese-a-su-violencia-institucional-contra-las-mujeres/. Acesso em: 02 jun. 2020. EL MOVIMIENTO FEMINISTA PIDE CREAR UNA MESA PARA ABORDAR LA CRISIS DE CUIDADOS DEL CORONAVIRUS. 21 de março 2020. Disponível em: https://rebelion.org/el-movimiento-feminista-pide-crear-una-mesa-para-abordar-la-crisis-de-cuidados-del-coronavirus/ Acesso em: 26 mar. 2020.

ONU MULHERES BRASIL. Mulheres e meninas devem estar no centro dos esforços de resposta à Covid-19, apontam mulheres líderes. 25 de maio de 2020. Disponível em: http://www.onumulheres.org.br/noticias/mulheres-e-meninas-devem-estar-no-centro-dos-esforcos-de-resposta-a-covid-19-apontam-mulheres-lideres/. Acesso em: 02 jun. 2020.

PIKIELNY, Astrid. Rita Segato: Es un equívoco pensar que la distancia física no es una distancia social. 02 maio 2020. Disponível em: https://www.lanacion.com.ar/opinion/ biografiarita-segato-es-un-equ%C3%ADvoco-pensar-que-la-distancia-fisica-no-es-una-distancia-social-nid2360208. Acesso em: 15 maio 2020.

SANTOS, Boaventura de Sousa. A cruel pedagogia do vírus. Coimbra: Almedina, abr. 2020.

Referências

Documentos relacionados

Saúde pública e valorização do SUS em tempos de pandemia A pandemia de COVID-19 promoveu grande reflexão sobre a importância de um sistema público de saúde. Sem um serviço

Com base nisso, a presente investigação teve como objetivo avaliar por meio da eletromiografia as possíveis alterações quanto ao valor da tensão constante muscular

Entende-se que o conhecimento e a cons- cientização por parte das adolescentes sobre a importância do exame preventivo bem como da realização do sexo seguro são adquiridos em

Já em relação à pandemia da Covid-19, destaca-se a pesquisa de título “Desinformação, Covid-19 e a Mídia Social no Brasil” realizada pelo laboratório

Apenas para citar algumas dentre tantas iniciativa, podemos mencionar título exemplificativo (i) a negociação da Convenção sobre Toda Forma de Discriminação e

Clique com o botão direito no ícone da área e selecione a opção Update para atualizar o arquivo de configuração.. Clique com o botão direito no ícone da área e clique

O confrade mineiro, que foi casado com Meimei e amigo bem próximo de Chico Xavier, fala sobre seu convívio com o saudoso.. médium e diz que Chico e

Diante do contexto da pandemia do novo coronavírus (COVID-19), da declaração de transmissão comunitária do vírus em todo o território nacional, do número crescente de