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Cabanas Book_metodo_2015_parte_livro

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4.3.2 MÉTODO

O MÉTODO é a forma de pensamento para se chegar à natureza de um determinado

problema para explicá-lo ou investigá-lo. Deve estar alinhado aos Objetivos do estudo

de maneira a facilitar o alcance. Trata-se do CORAÇÃO e do PULMÃO que manterão

o desenvolvimento da pesquisa.

Nesta seção, mostra-se como será executada a pesquisa e o desenho metodológico

que se pretende adotar. Se for um projeto de pesquisa, neste elemento textual, a

conjugação verbal será realizada no tempo Futuro.

O método e as variáveis empregadas devem ser adequados para atender aos

objetivos.

É nesta Seção que se responde ao maior número de questões metodológicas:

COMO será realizada a pesquisa? – Caracterização

ONDE será aplicada? – Local

QUEM participará? – Sujeitos

COM QUE coletará dados? – Instrumento

QUANDO coletará dados? – Cronograma

QUANTO custará? – Orçamento

4.3.2.1 Caracterização da Pesquisa

Nesta subseção, esclarece-se qual a abordagem metodológica, o procedimento

metodológico e o tipo de pesquisa utilizada.

A priori, deve-se ater a um método de abordagem (Indutivo, Dedutivo ou

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Pesquisa científica sem mistérios

Elaborado pela Profa. Ana Cabanas, a quem se reservam os direitos MÉTODO DE

ABORDAGEM

DESCRIÇÃO

INDUTIVO

Baseia-se no emocional e no conhecimento prévio para observar fatos e fenômenos.

Parte dos aspectos específicos para o geral, fazendo conexão ascendente de leis e teorias.

DEDUTIVO

Conjunto de verdades ordenado racionalmente que parte de leis e teorias. Parte do universo para enunciados particulares, fazendo conexão descendente.

HIPOTÉTICO- DEDUTIVO

Inicia-se pela percepção de uma lacuna sobre o fenômeno abordado mediante o conhecimento empírico – aprendido no dia a dia ou que ouviu falar.

Testa a predição da ocorrência de fenômenos abrangidos por hipóteses.

CARTESIANO

Descobre, mensura, analisa, otimiza, decidi, observa resultados e fenômenos e propõe novo ciclo. Primeiramente, evidências fatos ou pontos passíveis de melhoria; em seguida, analisa os problemas separadamente; depois, sintetiza, distinguindo as verdades mais simples, independentes e absolutas, das mais complexas, condicionadas e relativas; por fim, seleciona exclusivamente o que for necessário e suficiente para a solução de um problema.

DIALÉTICO Ação recíproca mediante contradição inerente ao fenômeno ocorrido na natureza e/ou na sociedade.

RENOVAÇÃO Modifica uma teoria existente ou organização, considerando novos fatos ou novos métodos, mas sem alterar o objetivo da ação.

ISENTO DE VALOR Critérios objetivos para a escolha do tema a ser pesquisado (Paradigma Positivista).

REDUCIONISMO Redução do fenômeno estudado a elementos de simples compreensão (Paradigma Positivista).

Quadro 2 Classificação dos métodos de abordagem da pesquisa

Há 12 métodos de procedimento (Funcionalista, Comparativo, Histórico, Estatístico

ou Epidemiológico, Fenomenológico, Tipológico, Estruturalista, Longitudinal ou

Horizontal e Transversal ou Seccional), como explícito nos Quadros 3.1 e 3.2. Qual a

forma a seguir?

MÉTODO DE PROCEDIMENTO

DESCRIÇÃO

FUNCIONALISTA Aborda o funcionamento de um processo ou fenômeno e a fisiologia de uma doença ou um órgão humano.

COMPARATIVO Correlação de variáveis.

ESTATÍSTICO OU EPIDEMIOLÓGICO

Descrição de aspectos de uma determinada região ou população por meio de dados epidemiológicos ou estatísticos.

Quadro 3.1 Classificação dos métodos de procedimento da pesquisa

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Pesquisa científica sem mistérios

MÉTODO DE PROCEDIMENTO

DESCRIÇÃO

FENOMENOLÓGICO

Isola um fenômeno em influências para estuda-lo e usá-lo. Explica o que está por trás do enfoqu do estudo.

Exemplo: Análise de um ou mais dado epidemiológico de uma determinada região ou população.

TIPOLÓGICO Classifica os tipos de variáveis.

ESTRUTURALISTA Descreve a composição do fenômeno ou a anatomia de um órgão humano.

HISTÓRICO Investigação crítica dos eventos passados para produzir uma descrição precisa e interpretação de fenômenos reais e tradicionais.

INDEPENDENTE Pesquisador não interfere na coleta de dados (Paradigma Positivista).

CAUSALIDADE Identifica explicações causais e leis fundamentais que explicam aspectos eticolegais no comportamento humano (Paradigma Positivista).

OPERACIONALIZAÇÃO Operacionaliza conceitos no sentido de mensuração quantitativa (Paradigma Positivista).

TRANSVERSAL OU

CROSS SECTIONAL

Analisar regularidades identificadas para comparação entre amostras (Paradigma Positivista).

Enfoca a incidência – investiga determinada doença em grupos de casos novos, oscilando ao decorrer do tempo e em diferentes espaços – ou a prevalência de uma ou mais variáveis – estuda casos antigos e novos de uma nosologia num determinado local e tempo, é estática.

LONGITUDINAL OU HORIZONTAL

Classifica em retrospectiva e prospectiva. No estudo retrospectivo, conhece-se o efeito e conhece-se busca a causa. Analisam-conhece-se casos e controles.

No prospectivo, estudam-se coortes – grupo populacional definido e seguido, prospectivamente, em estudo epidemiológico. Comparam-se grupo exposto (água encanada) ao grupo não exposto (água de poço).

Alguns sujeitos são reamostrados ao longo do tempo, ou seja, passam por mais de uma avaliação.

GENERALIZAÇÃO Selecionar dados suficientes para generalizar o comportamento social e humano (Paradigma Positivista).

ETNOGRÁFICO Descrição de aspectos de um povo ou uma civilização pré-determinada.

INCIDENTES CRÍTICOS

Utiliza a direção e a equipe de trabalho em uma empresa como fonte dos dados primários, questionando-se:

. barreiras específicas ao crescimento; . conflitos organizacionais;

. relato de problemas e soluções destes.

TÉCNICA PROJETIVA Penetra além do nível de consciência do sujeito da pesquisa para clarear estereótipos, como a autoimagem dos colaboradores.

ESTUDO DE CASO ou CASE

Envolve uma organização ou parte dela: mediante diagnóstico propõe plano de melhoria. Analisa com profundidades um ou poucos fatos, visando grande conhecimento com riqueza de detalhes. Confronta o Conhecimento Teórico acumulado sobre o tema aos aspectos da realidade explorada. Análise holística que visa à descoberta de novos aspectos, dimensões e elementos.

Quadro 3.2 Classificação dos métodos de procedimento da pesquisa

50 2

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Pesquisa científica sem mistérios

Elaborado pela Profa. Ana Cabanas, a quem se reservam os direitos

Quanto ao desenho da pesquisa há 11 tipos (Bibliográfica, Documental, De Campo,

Descritiva, Exploratória e Explicativa), como verificado no Quadro 4.

TIPO DESCRIÇÃO

BIBLIOGRÁFICA

Verificação de diferentes formas de contribuição científica sobre o fenômeno. Utilizam-se teorias e resultados de pesquisas publicadas em livros, artigos científicos, anais de eventos científicos (Encontro, Seminário, Simpósio, Jornada, Congresso, Conferência, entre outros), legislações e normas, sites governamentais e não governamentais.

DOCUMENTAL Tem como base documentos que não receberam tratamento e análise estatística (dados primários).

HISTÓRIA DE VIDA Biografia social de um ou mais personagens.

BRAINSTORMING

A tempestade de ideia se baseia em fatos ocorridos para se desenvolver um plano de melhoria referente ao trabalho em equipe.

DE CAMPO Observação direta de fenômenos sociais no próprio ambiente.

DESCRITIVA

Caracterização de uma situação e estabelecimento de conexões entre a fundamentação teórica e os dados coletados Possibilitam diferentes análises do fenômeno, como ordenação e classificação.

- realidade.

Adequada aos temas de âmbito social, bastante abordados. Por isso, o pesquisador deve ter base de conhecimento prévio sobre o problema de pesquisa.

EXPLORATÓRIA

Formulação de diagnósticos acerca de determinado fenômeno ou processo. Adequada quando o pesquisador não dispõe de amplo e sólido conhecimento prévio sobre a temática que é inovadora ou pouca explorada.

EXPLICATIVA Associação entre duas ou mais variáveis.

EX POST FACTO

Experimento é efetivado depois dos fatos. Após um diagnóstico, desenvolve-se um plano de melhoria, aplica-desenvolve-se e desenvolve-se mensuram os resultados.

EXPERIMENTAL ou DE LABORATÓRIO

Requer amplo conhecimento do pesquisador sobre o assunto.

Parte-se de questões: O que ocorre? Como ocorre? Dedicando-se à investigação: Por que ocorre? (fenômeno já identificado e descrito). Determina o objeto do estudo, relacionando as variáveis, de modo a conceituar as formas de observação e controle.

MOTIVAÇÃO E OPINIÃO Verifica os fatores motivacionais ou opinião sobre determinado assunto.

Quadro 4 Classificação dos tipos de pesquisa

As pesquisas primárias são resultantes da análise direta de sujeitos estudados e

podem ser classificadas de acordo com a categoria (Quadro 5).

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Pesquisa científica sem mistérios

CATEGORIA DESENHO DO ESTUDO

APLICADA Gera soluções viáveis aos problemas humanos.

AVALIAÇÃO DE RESULTADOS

Julga a efetividade de plano ou programa já implementado.

AVALIAÇÃO FORMATIVA

Acompanha a implementação de plano ou programa para desenvolver melhorias

PROPOSIÇÃO DE PLANOS

Apresenta soluções para problemas diagnosticados.

DIAGNÓSTICO

Explora o ambiente organizacional e mercadológico, a fim de identificar problemas.

Estudo de Acurácia.

Tradicionalmente, respondem sobre acurácia – exatidão que consiste no grau de conformidade de um valor medido ou calculado mediante um referencial – de um exame complemento.

Pode avaliar somente um item da anamnese, do exame físico, entre outros. Três são os componentes fundamentais: padrão ouro ou de referência, forma de afirmar com certeza a existência ou não da doença; teste diagnóstico, enfoque do estudo; resultados do teste diagnóstico e do padrão ouro não podem interferir entre eles, devendo ser independentes e cegos.

TRATAMENTO

Ensaio Clínico Randomizado.

Tem três componentes fundamentais: doentes recrutados a partir de uma população por meio de uma amostragem representativa; intervenções que diferenciem o grupo experimental do grupo controle; desfechos clínicos que são as variáveis utilizadas para determinar o sucesso da intervenção, frequentemente são variáveis de eficácia/efetividade e segurança, após um tempo de seguimento apropriado.

PROGNÓSTICO

Estudo de Coorte Analítico Prospectivo.

Pode ser descritivo ou analítico, bem como prospectivo ou retrospectivo. Seleção de grupo de sujeitos expostos e um grupo de não expostos para comparar a incidência (variáveis preditivas), acompanhando as prospectivamente para comparar a incidência de doenças (ou taxa de mortalidade devido à doença) nos dois grupos.

PREVENÇÃO

Ensaio Clínico Aleatório.

Experimento planejado que determina qual a melhor intervenção.

Quando produzido de forma planejada possibilita resultados com menor possibilidade de vieses.

Quadro 5 Relação entre categoria e desenho da pesquisa primária

Em relação ao aspecto da pesquisa, há dois tipos distintos (quantitativa ou qualitativa), como

observado nos Quadros 6 e 7.

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Pesquisa científica sem mistérios

Elaborado pela Profa. Ana Cabanas, a quem se reservam os direitos

ASPECTO DESCRIÇÃO

QUANTITATIVO

Utiliza linguagem matemática para descrever as causas e efeitos de um fenômeno e as relações entre as variáveis. Emprega dados estatísticos.

Apoia-se em medidas e cálculos mensuráveis, utilizando técnicas estatísticas como: percentagem, média (X =soma de valores dividida pelo número de sujeitos), moda (Mo=valor mais frequente), mediana (Md=valor central) e desvio padrão (S=medida de dispersão calculada ao subtrair a média de uma Série de cada valor em uma série).

Variáveis comuns: sexo, idade, estado civil, escolaridade, categoria, dificuldades, facilidades, causas, efeitos ou consequências, incidência e prevalência.

QUALITATIVO

Observam-se fatos na profundidade sob a percepção de alguém interno à instituição sediadora.

Apoia-se nos detalhes extraídos na pesquisa.

Busca profunda compreensão do contexto da situação. Enfatiza o processo dos acontecimentos ao longo do tempo.

Questões comuns: Qual a percepção do sujeito sobre determinada variável? Qual o significado? Qual o processo? Qual o conhecimento? Quais as práticas? Os dados qualitativos são expostos de forma descritiva, normalmente, em citações diretas.

Quadro 6 Classificações do aspecto dos dados da pesquisa

ASPECTO

ÍNDICE

QUANTITATIVO QUALITATIVO

Caráter da pesquisa Descritiva Exploratória

Afinidade do(a) pesquisador(a) quanto ao fenômeno estudado

Maior Menor

Tamanho da amostra Extensa Ínfima

Dados por sujeitos da pesquisa Varia Muitos

Instrumento

Documentos impressos ou digitais (Questionário, Formulário, entre outros)

Gravadores, projetores, vídeo, fotos, guia de

discussão

Fontes de dados Única Múltipla

Fundamentação teórica e hipóteses Estrutura Não estruturada

Profundidade das perguntas Menor Maior

Interpretação dos sujeitos da pesquisa em relação ao fenômeno abordado

Menor Maior

Análise Estatística Subjetiva

O contexto da instituição sediadora da pesquisa Menor Maior

Concepção do pesquisador(a) Endógena à instituição Exógena à instituição Alcance dos objetivos no tempo previsto Imediato Prolongado

Quadro 7 Comparação entre os aspectos da pesquisa por predominância de dados

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Pesquisa científica sem mistérios

4.3.2.2 Aspectos éticos a pesquisa

Caso o estudo envolva seres humanos

– teste laboratorial, contato face a face ou

prontuário de sujeitos da pesquisa

– utilize o Exemplo A. Em outro caso, se não

envolver utilize o Exemplo B.

EXEMPLO A:

Como este estudo envolveu seres humanos, respeitaram-se os preceitos éticos da

Resolução n° 169/1996 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) do Ministério da Saúde

(MS).

Para se manter o anonimato do sujeito deve-se criar nome fictício. Prefira vocábulos

correlacionados à temática estudada.

EXEMPLO B:

Como se trata de uma pesquisa bibliográfica, portanto não envolvendo seres

humanos, não foram seguidos os princípios éticos da Resolução n° 169/1996 do CNS

do MS.

Foram respeitados os direitos autorais das literaturas utilizadas neste estudo,

conforme determinado na Lei n° 9610/1998 do Ministério da Educação e da Cultural

(MEC).

4.3.2.3 Local da pesquisa

Descrição do local da pesquisa. Caso seja desenvolvida uma pesquisa De Campo,

utilize o Exemplo

“A”. No entanto, se for uma pesquisa Bibliográfica, utilize o

Exemplo “B”.

EXEMPLO A:

Este estudo foi realizado em uma instituição de ensino superior (IES) privada no Litoral

Norte Paulista.

EXEMPLO B:

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Pesquisa científica sem mistérios

Elaborado pela Profa. Ana Cabanas, a quem se reservam os direitos

4.3.2.4 Casuística

Definição da população (universo) em que será aplicada a pesquisa. Explique como

será selecionada a amostra e o quanto esta corresponde percentualmente em relação

à população estudada.

Esta subseção não se aplica às Pesquisas Bibliográficas.

4.3.2.4.1 População ou universo

Um conjunto de pessoas (totalidade) que possuem características de interesse. Grupo

referente ao qual se faz inferência.

4.3.2.4.2 Amostra

Uma porção ou uma parcela selecionada do universo classificada em probabilística e

não probabilística (Quadro 8).

AMOSTRAGEM DESCRIÇÃO

PROBABILÍSTICA

Quando os sujeitos são definidos aleatoriamente até compor uma amostra considerável e representativa da população. Em que cada sujeito tem a mesma probabilidade de participação da amostra.

Aleatória, casual ou Randômica Simples

Cada sujeito amostral tem igual probabilidade de ser escolhido. Exemplo: Colaboradores na área de Marketing.

Estratificada Separação dos sujeitos por estratos ou subconjuntos.

Exemplo: Médicos por habilitação (Dermatologia, Ginecologia, Ortopedia, Urologia, entre outros).

Geográfica ou Por Agrupamento

Separação dos sujeitos por áreas geográficas.

NÃO PROBABILÍSTICA Utilizada quando os sujeitos não podem ser definidos aleatoriamente.

Por conveniência

Escolha dos sujeitos mais convenientes para a observação. Baseia-se na experiência do pesquisador.

Não se trata de serem os sujeitos mais acessíveis, mas sim por serem os mais pertinentes ao tema da pesquisa.

Por julgamento Sujeitos familiarizados com as características relevantes.

Acidental Sujeitos escolhidos aleatoriamente em um universo selecionado.

Exemplo: Professores universitários do Litoral Norte Paulista.

Intencional Sujeitos que apresentam características predefinidas.

Exemplo: Clientes que receberam transplante há menos de um ano.

Quadro 8 Classificação das amostragens probabilística e não probabilística

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Pesquisa científica sem mistérios

4.3.2.4.3 Critérios de inclusão/exclusão

Nesta subseção, indicam-se os critérios para seleção dos sujeitos da pesquisa. Por

exemplo: gênero, faixa etária, escolaridade, categoria profissional, doenças

pré-existentes, tipos de intervenções, entre outros.

4.3.2.5 Instrumento para coleta de dados

Indicação de quais instrumentos de pesquisa pretende usar para coletar os dados:

roteiro de perguntas ou planilha (Quadro 9).

INSTRUMENTOS DESCRIÇÃO

ROTEIRO DE PERGUNTAS Lista de questões com respostas pré-estabelecidas ou não que pode ser preenchido tanto pelo pesquisador quanto pelo pesquisado.

PLANILHA

Folha quadriculada com tópicos que devem ser preenchidos pelo pesquisador durante a coleta de dados.

Quadro 9 Classificação dos instrumentos de pesquisa

Cada instrumento tem um modo de aplicabilidade (Quadro 10).

MODO DESCRIÇÃO

ESTRUTURADA

Segue roteiro pré-estabelecido.

Não permite flexibilidade de outras questões que não foram previamente definidas.

NÃO ESTRUTURADA

Não obedece a ordem pré-estabelecida e rígida quanto às questões. Permite flexibilidade de outras questões, de acordo com a conversação no momento.

Quadro 10 Classificação dos modos de aplicação do instrumento da pesquisa

As questões podem ser abertas, fechadas ou semiabertas (mistas), como assinalado

no Quadro 11.

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Pesquisa científica sem mistérios

Elaborado pela Profa. Ana Cabanas, a quem se reservam os direitos

QUESTÕES DESCRIÇÃO

FECHADAS

Respostas pré-determinadas expostas em alternativas para que o pesquisado possa optar.

EXEMPLO: ( ) Sim ( ) Não ( ) Às Vezes

ABERTAS

Deixa-se um espaço demarcado para que o pesquisado possa registrar a opinião ou opção.

EXEMPLO:

____________________________________________________.

SEMIABERTAS (MISTAS)

Mescla os dois tipos (fechadas e abertas). EXEMPLO:

( ) Sim ( ) Não

Por quê? ____________________________________________.

Quadro 11 Classificação das questões do instrumento de pesquisa

No que tange às respostas dos instrumentos, há dois tipos (única e múltipla), como

salientado no Quadro 12.

RESPOSTAS DESCRIÇÃO

ÚNICA

Respostas pré-determinadas expostas em alternativas. EXEMPLO:

(X) Sim ( ) Não ( ) Às Vezes

MÚLTIPLA

Não obedece a ordem pré-estabelecida e rígida quanto às questões, permitindo flexibilidade de outras questões, de acordo com a conversação no momento. O pesquisado pode assinalar mais de uma resposta.

EXEMPLO:

(X) Realização (X) Salário ( ) Status ( ) Benefícios

Quadro 12 Classificação das respostas do instrumento de pesquisa

De modo geral, elabora-se o instrumento de pesquisa e o registra no projeto como

apêndice.

4.3.2.6 Procedimentos para Coleta de dados

Nesta subseção, descrevem-se todos os passos da pesquisa, dependendo da

caracterização. Ser for estudo Bibliográfico utilizar o Exemplo A, mas se for De

Campo utilizar o Exemplo B.

EXEMPLO A:

A coleta de dados secundários ocorreu no período de agosto a novembro de 2008.

Das 148 literaturas utilizadas, destas 38,5% são representadas por periódicos,

enquanto apenas 1,4% são referentes aos sites de organizações não governamentais.

(11)

Pesquisa científica sem mistérios

De alguns sites governamentais foram utilizadas algumas legislações e normas

regulamentares.

Quanto aos artigos científicos foram 57 (38,5%) entre 1999 e 2008, ou seja, no período

de dez anos; cinquenta (33,8%) livros entre 1985 e 2008; oito (5,4%) trabalhos

acadêmicos (Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia e Dissertação) entre 2003

e 2006; quatro (2,7%) anais de eventos científicos (Congresso Brasileiro de

Enfermagem, Fórum Contracepção, adolescência e ética e Simpósio Internacional do

Adolescente) entre 2000 e 2005.

Os sites do MEC, do MS, da Presidência da República e do Conselho Federal de

Enfermagem (CoFEn) foram indispensáveis ao levantamento de legislações e normas

regulamentares pertinentes ao tema abordado.

Destes sites governamentais e de entidades de classe, foram pesquisadas seis

legislações e cinco normas regulamentadoras como fundamentos deste estudo, ou

seja, totalizando 11 referências que representam 7,4% da literatura total.

O fenômeno, deste estudo, envolveu as variáveis: Adolescência, Sexualidade,

Vulnerabilidade, Gravidez, Gênero e Família, Sistematização da Assistência de

Enfermagem (SAE) e Saúde Pública. Verifica-se que dentre as temáticas, a

Adolescência (70,3%), a Gravidez foi a mediana (37,8% foram a mais abordada pelas

literaturas pesquisadas.

Em especial, sobre os 57 artigos pesquisados de 1999 a 2008, evidencia-se que o

ano que registrou a predominância de publicações científicas sobre a temática

abordada neste estudo foi 2006 (8,1%) sobre o tema, de maneira geral, enquanto o

ano de 1999 teve o índice menor (0,7%).

Para a elaboração da SAE destinada à consulta de Enfermagem específica às

adolescentes que buscam pelo atendimento primário na rede púbica de saúde visando

ao teste imunológico de gravidez, fundamentou-se em estudos realizados em Belo

Horizonte (MG).

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Pesquisa científica sem mistérios

Elaborado pela Profa. Ana Cabanas, a quem se reservam os direitos

EXEMPLO B:

Este exemplo se trata do passo a passo de um estudo De Campo:

a) a princípio, esclarecer que a pesquisa de campo apenas ocorreu após a aprovação

do CEP* da faculdade ou de uma IES mais próxima;

b) em seguida, comentar sobre o encontro inicial com o responsável pela instituição

sediadora, descrevendo datas e cargo(s) da(s) pessoa(s) com quem conversou e

autorizou(aram) a pesquisa;

c) evidenciar que foi mantido o anonimato da instituição sediadora e dos sujeitos da

pesquisa;

d) elucidar que sujeitos da pesquisa assinaram o Termo de Comprometido Livre e

Esclarecido (TCLE – APÊNDICE A do Manual Técnico) cientes de que participariam

da pesquisa voluntariamente e que teriam direito a desistir a qualquer momento,

além de terem acesso aos resultados que também são de direito público

e) comentar quantos instrumentos da pesquisa foram distribuídos (datas) e quantos

foram devolvidos (datas).

No que se refere à técnica da coleta de dados, há observação direta e indireta.

Especificamente, a observação direta segue roteiro pré-estabelecido. Não permite

flexibilidade de outras questões que não foram previamente definidas.

Dez são as técnicas para se aplicar a observação direta, que pode ser de forma

extensiva ou intensiva (Quadros 13.1 e 13.2).

TÉCNICA DESCRIÇÃO

INTENSIVA Visão mais profunda sobre uma ou mais variável. Sofre interfere do(a) pesquisador(a).

Observação

O(A) pesquisador(a) vê, ouve e examina fatos ou fenômenos. Pode ser aplicada de forma: Sistemática (planejada), Assistemática (acontece sem prévio planejamento), Participante, Não Participante, Individual, em Equipe, na Vida Real e em Laboratório.

Entrevista Contato face a face que deve ser gravado, em que o(a) pesquisador(a) questiona o pesquisado.

Focus Group

Pretende conhecer e compreender o que os sujeitos entendem ou percebem sobre uma temática.

Grupos compostos, em média, por 12 sujeitos, liderados por um moderador (pesquisador), que discutem profundamente o fenômeno.

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Pesquisa científica sem mistérios

TÉCNICA DESCRIÇÃO

EXTENSIVA Visão extensa ou de maior dimensão sobre o fenômeno abordado.

Questionário O(A) pesquisado(a) responde ao instrumento estruturado na presença do(a) pesquisador(a).

Formulário Contato face a face, em que o(a) pesquisador(a) registra no instrumento as informações fornecidas pelo(a) pesquisado(a).

Análise de Conteúdo

Descreve sistemática, objetiva e quantitativamente o conteúdo da comunicação.

Teste Análise de variáveis do estudo.

Quadro 13.2 Classificação das técnicas de aplicação do instrumento de pesquisa

Enquanto, na observação indireta o(a) pesquisador(a) registra o comportamento

passado. É comum em pesquisas: Documental e Bibliográfica. Nesta observação

se utiliza como instrumento uma planilha para registro e organização dos dados

coletados.

Os instrumentos e as técnicas selecionadas devem ser descritos no sentido de

demonstrar características e modo de aplicação.

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