EN 2411: Aula 8 EN2411 – Juliana Toneli
EN 2411
Aula 8 – Escoamento externo.
Escoamento através de bancos de
tubos
Escoamento externo cruzado sobre matrizes tubulares
Figura 1 – Esboço de uma matriz tubular em escoamento cruzado (Fonte: Incropera et al., 2008)
Fluido em escoamento cruzado sobre uma matriz tubular
Escoamento interno através dos tubos Troca térmica entre um feixe de tubos e um fluido externo:
Fluido escoando pelo interior dos tubos;
Fluido escoando externamente. Objetivo: promover a transferência de energia entre os fluidos interno e externo.
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Escoamento externo cruzado sobre matrizes tubulares
Fonte: http://www.offimar.com.br/trocador-de-calor.php h tt p :/ /ww w .c h d v a lv u la s. c o m .b r/ a rtig o s _ te c n ic o s/ c a ld e ir a s/ fla m o tu b u la re s. h tml
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Em uma matriz tubular, as colunas de tubos podem estar dispostas de forma alinhada ou alternada:
Figura 2 – Arranjo de tubos em uma matriz tubular em escoamento cruzado (Fonte: Incropera et al., 2008)
Alinhada
Alternada
A configuração é caracterizada pelos seguintes parâmetros: Diâmetro do tubo (D):
Passo longitudinal (SL); e,
Passo transversal
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Figura 3 – Escoamento sobre feixes de tubos em
configurações ainhada e alternada (Fonte: Çengel, 2009) Direção do escoamento
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As condições de escoamento no interior da matriz tubular são dominadas pelos seguintes fatores:
Efeitos da separação da camada limite; Interações das esteiras.
Esses fatores, por sua vez, interferem nas condições de transferência de calor por convecção.
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O coeficiente de transferência de calor por convecção está relacionado à posição do tubo na matriz:
Primeira coluna: h é aproximadamente igual ao de um tubo isolado, sujeito ao escoamento transversal;
Colunas 2 a 5: ocorre um aumento de h, provocado pela turbulência;
Colunas posteriores: em geral, observa-se uma estabilização do escoamento e, consequentemente, do coeficiente convectivo.
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Correlação de Grimison:
Obtida para escoamento de ar em matrizes tubulares com 10 ou mais colunas. 7 , 0 Pr 000 . 40 Re 2000 10 N Re C u N max , D L m max , D 1 D Onde:
• C1 e m: constantes tabeladas para as diferentes configurações de
escoamento.
ReD,max VmaxD
Todas as propriedades avaliadas à temperatura de filme.
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Tabela 1 – Constantes da correlação de Grimison para o escoamento de ar sobreuma matriz tubular com 10 ou mais colunas (Fonte: Adaptado de Incropera et al., 2008)
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A correlação de Grimison pode ser aplicada a outros fluidos pela inserção de um fator: 7 , 0 Pr 000 . 40 Re 2000 10 N Pr Re C 13 , 1 u N max , D L 3 / 1 m max , D 1 D
Se NL < 10, a correlação de Grimison pode ser utilizada com um fator
de correção C2, que multiplica a equação original:
Tabela 2 – Fator de correção para a correlação de Grimison em malhas com N < 10 (Fonte: Adaptado de Incropera et al., 2008)
Todas as propriedades avaliadas à temperatura de filme.
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O número de Reynolds para a correlação de Grimison é calculado
com base na velocidade máxima:
Arranjo alinhado: a velocidade máxima ocorre na seção transversal A1
e pode ser calculada como:
V D S S V T T max
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No arranjo alternado, a velocidade máxima pode ocorrer na seção transversal A1 ou A2:
V D S 2 S V D T max Ela ocorrerá na seção A2 sempre que: 2(SD D) (ST D)
E, nesse caso:
2
D
S
2
S
S
S
:
seja
ou
T 2 / 1 2 T 2 L D
V D S S V T T max No caso de a velocidade máxima
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Correlação de Zukauskas:
Obtida para escoamento de diferentes fluidos em matrizes tubulares com 20 ou mais colunas.
500 Pr 7 , 0 10 x 2 Re 1000 20 N Pr Pr Pr Re C u N 6 max , D L 4 / 1 s 36 , 0 m max , D D Onde:
• C1 e m: constantes tabeladas para as diferentes configurações de
escoamento.
Re
V
maxD
max , DTodas as propriedades, exceto Prs
são avaliadas à temperatura média de entrada e saída do fluido.
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Tabela 3 – Constantes da correlação de Zukauskas para o escoamento sobre uma matriztubular com 20 ou mais colunas (Fonte: Adaptado de Incropera et al., 2008)
* Para ST/SL < 0,7, a transferência de calor é ineficiente e tubos alinhados não devem ser usados
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Se NL < 20, a correlação de Zukauskas pode ser utilizada com um fator
de correção C2, que multiplica a equação original:
Tabela 4 – Fator de correção para a correlação de Zukauskas em malhas com N < 20 e ReD, max 103 (Fonte: Adaptado de Incropera et al., 2008)
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Cálculo da taxa de transferência de calor por unidade de comprimento entre o fluido e a matriz de tubos:
Lei de resfriamento de Newton, utilizando-se a diferença de
temperatura média logarítmica:
) T D h ( N ' q lm Onde:
N = Número de tubos total
Tlm = diferença de temperatura média logarítmica
sai S ent S sai S ent S lmT
T
T
T
ln
T
T
T
T
T
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A temperatura do fluido na saída da matriz tubular (Tsai) pode ser estimada a partir da equação:
p T T ent S sai Sc
S
VN
h
DN
exp
T
T
T
T
A queda de pressão pode ser calculada pela seguinte equação:
f
2
V
N
p
2 max L
Onde f e podem ser determinados graficamente, para as diferentes configurações da matriz tubular, sendo que:
f = fator de atrito;
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Figura 3 – Fator de atrito e fator de correção para a queda de pressão em uma matiz tubular em configuração alinhada (Fonte: Çengel, 2009)
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Figura 3 – Fator de atrito e fator de correção para a queda de pressão em uma matiz tubular em configuração alternada (Fonte: Çengel, 2009)
Exemplos
Exemplo 1 (Ex. 7.7 Çengel, 2009)
Em uma instalação industrial, antes de entrar em um forno, o ar deve ser aquecido por energia geotérmica da água a 120°C fluindo através de tubos de um banco de tubos localizado em um duto. O ar entra no duto a 20°C e 1 atm a uma velocidade média de 4,5 m/s e escoa sobre os tubos na direção normal. O diâmetro externo dos tubos é 1,5 cm e eles são dispostos em um arranjo em linha com passos longitudinal e transversal SL = ST = 5 cm. Há 6 fileiras na direção do escoamento com 10 tubos em cada uma, como mostra a figura seguinte. Determinar a taxa de transferência de calor por unidade de comprimento dos tubos e a queda de pressão em todo o banco de tubos.
Propriedades do ar a 60°C: k = 0,02808 W/mK Cp = 1,007kJ/kgK; = 2,008 x 10-5 kg/ms = 1,059 kg/m3 Pr = 0,7202 Pr = 0,7073 (120°C)
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Exemplos
Exemplo 2 (Ex. 7.7 INCROPERA et al., 2008)
Com frequência, água pressurizada está disponível a temperaturas elevadas e pode ser usada para o aquecimento ambiental ou em processos industriais. Em tais casos, é comum se utilizar um feixe de tubos no qual a água é passada pelo interior dos tubos, enquanto o ar escoa em escoamento cruzado pelo lado externo. Considere um arranjo alternado, no qual o diâmetro externo dos tubos é de 16,4mm e os passos longitudinal e transversal são SL = 34,3mm e ST = 31,3mm. Há 7 colunas de tubos na direção de escoamento do ar e 8 tubos por coluna. Sob condições operacionais típicas, a temperatura na superfície externa dos tubos é de 70°C, enquanto a temperatura e a velocidade do ar na corrente a montante do feixe são 15°C e 6m/s, respectivamente. Determine o coeficiente de transferência de calor por convecção no lado do ar e a taxa de transferência de calor no feixe de tubos. Qual é a queda de pressão na corrente de ar?