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Academic year: 2021

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CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA ÁREA:

SUBÁREA: Engenharias SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA - UNIMEP INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): LORENZZO AROCA CASALE AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ADRIANA PETITO DE ALMEIDA SILVA CASTRO ORIENTADOR(ES):

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1 RESUMO

A fim de analisar o efeito da substituição da água de amassamento por vinhaça in natura na produção de tijolos de solo-cimento, foram confeccionados 4 traços de tijolos de solo-cimento variando-se a proporção de vinhaça presente no lugar da água. Após o processo de cura, foram selecionadas 10 amostras de cada traço para serem utilizadas nos ensaios de absorção de água e de resistência à compressão simples. Os ensaios foram executados segundo as orientações dadas pela NBR 8492: 2012. Em seguida, os resultados foram comparados com os requisitos para tijolos de solo-cimento estabelecidos na NBR 8491: 2012. Comparando-se os resultados dos diferentes traços, constatou-se que os tijolos que houveram maior concentração da vinhaça apresentaram melhores resultados. Fazendo-se a comparação dos casos mais extremos, o que foi produzido apenas com água e o que foi utilizado apenas vinhaça, constatou-se que os tijolos feitos apenas com a vinhaça in natura apresentaram redução de 13,39% na absorção de água e aumento de 80,39% na resistência à compressão.

Palavras-chave: tijolo solo-cimento. vinhaça. construção sustentável.

2 INTRODUÇÃO

Atualmente, o cenário global vem enfrentando diversos desafios no que diz respeito a garantir um desenvolvimento baseado em posturas que visem o abastecimento energético sustentável e a preservação dos recursos naturais. Algumas decisões iniciais na indústria da construção civil influenciam enormemente no consumo de energia e água. Na atual evolução tecnológica a busca por materiais alternativos de baixo custo, associados às questões ambientais, vem auferindo uma importância expressiva nas pesquisas científicas, inclusive na indústria da construção civil.

O tijolo de solo-cimento, conhecido também como “tijolo ecológico” por evitar a queima em forno, constitui uma das alternativas para a construção de alvenarias. Esses tijolos, após período de cura úmida, garantem resistência à compressão simples similar à dos tijolos maciços queimados e blocos cerâmicos queimados, sendo a resistência tanto mais elevada quanto maior for o conhecimento da terra usada e do

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teor de cimento empregado, considerando que, o excesso em demasia do cimento só aumenta o custo de fabricação, sem necessariamente aumentar as qualidades mecânicas do tijolo.

A vinhaça é o resíduo líquido de maior volume da produção de álcool, sendo produzido de 13 a 14 litros de vinhaça para cada litro de álcool. Além disso, a vinhaça possui alto potencial poluidor, sendo o principal da produção de álcool, devido à alta Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) que a vinhaça apresenta, a qual varia de 20000 a 30000 (ROLIM & FREIRE,1997).

Considerando a grande quantidade de produção de álcool, a grande geração de vinhaça durante esse processo e do teor poluente da mesma, passou-se a ocorrer maior preocupação ambiental quanto aos tratamentos e usos da vinhaça. Tendo isso em vista, diversas pesquisas têm sido realizadas com o intuito de buscar alternativas sustentáveis para o uso da vinhaça.

Este trabalho tem como foco verificar os efeitos da substituição da água de amassamento por vinhaça in natura na produção de tijolos de solo-cimento; oferecendo uma nova aplicação para o produto, visando à diminuição dos problemas ambientais causados pelo descarte inadequado desses resíduos, além de promover a economia de água potável, recurso cada vez mais escasso e largamente utilizado na construção civil.

3 OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho é verificar o efeito da substituição da água de amassamento por vinhaça in natura na produção de tijolos de solo-cimento, analisando especialmente a resistência à compressão simples e a absorção de água.

Fazem parte dos objetivos específicos deste trabalho os seguintes itens:  Propor diferentes traços na confecção dos tijolos, de forma a considerar

a adição de vinhaça;

 Confeccionar os tijolos em prensa manual, disponível no laboratório de sistemas construtivos (LABSIS) da Unimep;

 Promover a cura dos tijolos;

 Realizar ensaios de resistência à compressão simples;  Realizar ensaios de absorção de água;

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 Comparar o desempenho dos tijolos de solo-cimento com vinhaça.

4 METODOLOGIA

Para a confecção dos tijolos de solo-cimento adotou-se as orientações da NBR 10833:2013 e das recomendações de Taveira et al. (2016). Os ensaios foram efetuados seguindo a NBR 8492:2012.

Visando analisar o comportamento da vinhaça como substituto da água de amassamento, foram estabelecidos 4 traços de tijolos de solo-cimento, variando-se a proporção vinhaça contida em cada um. O primeiro traço foi feito sem a inclusão da vinhaça (0%); o segundo traço foi feito com a substituição de aproximadamente um terço (33%) de vinhaça no lugar da água; o terceiro com dois terços (66%); e o quarto com a substituição total (100%) da vinhaça no lugar da água. Como a quantidade de água para a produção dos tijolos varia de acordo com as condições climáticas do dia, a quantidade exata do volume tanto de água quanto de vinhaça foi determinada apenas na hora de execução das amassadas.

Quanto a parte sólida utilizada no traço, todos os tijolos foram confeccionados seguindo a proporção de 1:3:7 (cimento:areia:solo).

5 DESENVOLVIMENTO

Para a confecção dos tijolos, inicialmente foi necessário preparar o material para o uso. O solo foi coletado e espalhado no chão para secar durante um dia; realizado isso, no outro dia o solo foi peneirado com uma peneira com aro de 55cm, 28fios e malha com abertura de 4mm. O mesmo procedimento foi realizado com a areia utilizada. Já a respeito do cimento, foi usado cimento do tipo CP II-E-32.

Em seguida, foi realizado a separação da quantidade de cada material, medindo-os em massa através de uma balança eletrônica, modelo A 40 da marca Marte, com capacidade máxima de 40kg e resolução mínima de 1g. Para cada traço, utilizou-se 3kg de cimento, 9kg de areia e 21kg de solo. O material de cada traço foi misturado até atingir aspecto homogêneo.

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Figura 1 – À esquerda a mistura não homogeneizada e à direita a mistura homogeneizada.

Fonte: Acervo pessoal.

Posteriormente, foi feito o primeiro traço, o qual não há vinhaça; sendo assim, foi adicionado água aos poucos, com o auxílio de provetas graduadas de 1l, até a mistura atingir o estado de umidade ótima, verificada através dos testes da Prova do Grau Ótimo de Umidade (TAVEIRA et al., 2016), ao todo foi utilizado 4,3l de água. A prensagem foi feita em prensa manual da marca Sitec Equipamentos Hidráulicos e Produtos de Borracha LTDA, modelo MSC 6, a qual produz três tijolos maciços por vez; as figuras a seguir mostram a prensa manual utilizada.

Figura 2 – Prensa utilizada para a confecção dos tijolos de solo-cimento.

Fonte: Acervo pessoal.

Concluído a prensagem dos tijolos do primeiro traço, foi feito o cálculo para determinar a quantidade de volume de vinhaça que seria substituído pela água de amassamento nos demais traços. Como foi utilizado 4,3l de água no primeiro traço, foi determinado para o segundo 1,4l (≈33% de 4,3) de vinhaça e 2,6l de água; para o terceiro traço foi determinado 2,8l (≈66% de 4,3) de vinhaça e 1,2l de água; e para o quarto foi feita a substituição completa da água pela vinhaça in natura, sendo assim, foi utilizado 4,3l de vinhaça. A figura a seguir mostra a vinhaça in natura utilizada e a aplicação dela durante a produção dos tijolos.

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Figura 3 – À esquerda a vinhaça separada para a utilização e à direita a vinhaça sendo usada para a produção dos tijolos.

Fonte: Acervo pessoal.

Executado a prensagem dos tijolos dos quatro traços, obteve-se 14 tijolos para o traço 1 e 2; e 13 tijolos para os traços 3 e 4. Em seguida, os tijolos foram colocados em câmara úmida para o processo de cura úmida.

A câmara úmida utilizada consiste em um recipiente de plástico onde foi adicionado um pouco de água e areia no fundo e, em seguida, tampada. Dessa forma, pretendeu-se manter o ambiente úmido durante todo o tempo necessário para a cura dos tijolos. Após 10 dias na cura úmida, 10 tijolos de cada traço foram selecionados para serem usados nos ensaios.

5.1 ENSAIOS EXECUTADOS

5.1.1 Corpos de prova para o ensaio de resistência a compressão

Dos 40 tijolos (10 de cada traço) que foram produzidos, 7 de cada traço foram usados no ensaio de resistência à compressão. Conforme especificado pela NBR 8492:2012, os tijolos foram cortados ao meio, no sentido do comprimento, por meio de uma serra circular e, então, suas metades sobrepostas de forma a ficarem invertidas.

Cada metade foi unida por uma fina camada de argamassa do tipo AC II, buscando-se deixá-los com uma espessura menor que 3 mm. A Figura 4 ilustra os corpos de prova prontos para o ensaio.

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Figura 4 – Corpos de prova para o ensaio de resistência a compressão simples.

Fonte: Acervo pessoal.

5.1.2 Ensaio de resistência à compressão

Antes do ensaio, foi medido área das superfícies que foram submetidas a força de compressão, com uma régua de resolução de até 1 mm. Em seguida, os 28 corpos de prova ficaram imersos em água por pouco mais de 6 horas, conforme especificado pela NBR 8492:2012.

O ensaio ocorreu no laboratório de construção mecânica da Unimep, onde os 28 corpos de prova, com 14 dias, foram submetidos a forças de compressão axial até ocorrer a ruptura dos mesmos.

Após a obtenção da força de ruptura de cada tijolo, foi realizado o cálculo da resistência à compressão simples a partir da seguinte expressão:

ft = F S

(1) Onde ft é a resistência à compressão simples, em megapascals (MPa); F é a carga de ruptura do corpo de prova, expressa em newtons (N); e S é a área da face de aplicação da carga, dada em milímetros quadrados (mm2).

5.1.3 Ensaio de absorção de água

As 12 amostras restantes foram empregadas no ensaio de absorção de água. Inicialmente, foram colocados os tijolos para secar, em estufa da marca FANEM, modelo 320-SE, com temperatura entre 105oC a 110oC. Os tijolos foram retirados decorridas seis horas e, então, pesados em balança eletrônica, modelo A 40 da marca Marte. Após isso, voltou-se os tijolos para a estufa, deixando-os secar por mais três horas, em seguida, eles foram pesados novamente. Como os valores obtidos na

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segunda pesagem variaram entre 1 a 2% dos coletados na pesagem anterior, adotou-se esadotou-se valor como o da massa adotou-seca dos tijolos.

Logo em seguida, deixou-se ou tijolos esfriarem ao ar livre, até atingirem a temperatura ambiente. Posteriormente, foram colocados completamente imersos em água. Após um dia de imersão os tijolos foram retirados da água e pesados, dessa forma obteve-se a massa do corpo de prova saturado.

Com os valores da massa seca e saturada de cada tijolo, foi possível determinar a absorção de água através da seguinte equação.

A = m2 - m1

m1 ×100 (2)

Onde A é a absorção de água, expressa em porcentagem (%); m1 é a massa do corpo de prova seco em estufa, em gramas (g); e m2 é a massa do corpo de prova saturado, também em gramas (g).

6 RESULTADOS

6.1 RESULTADO DA ABSORÇÃO DE ÁGUA

A partir dos dados de massa seca e massa saturada de cada tijolo, foram realizados os cálculos da absorção de água para cada tijolo e retirado a média dos três valores de cada traço, a Figura 5 apresenta os resultados desse ensaio.

Figura 5 - Absorção de água dos tijolos.

Fonte: Acervo pessoal.

Conforme exposto na tabela acima, todos os traços apresentaram a média acima do limite estabelecido pela NBR 8491:2012, a qual estipula como limite 20% de

27,83 28,13 27,38 27,78 27,23 26,62 25,73 26,53 23,43 24,10 23,74 23,75 24,79 22,52 24,87 24,06 20,00 22,00 24,00 26,00 28,00 30,00

1 2 3 Média 4 5 6 Média 7 8 9 Média 10 11 12 Média

0% 33% 66% 100% A b s o rç ã o d e á g u a ( % ) Amostra

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absorção de água; além disso, a norma também indica que não se deve haver valores individuais maiores que 22%, o que também não foi satisfeito por nenhuma amostra.

Contudo, nota-se que de um modo geral as amostras com mais vinhaça apresentaram resultados melhores, sendo que, a com 66% de vinhaça atingiu o melhor resultado, apresentando média de 23,75% de absorção de água; seguida pelas amostras realizadas somente com vinhaça (100%), com média de 24,06%.

6.2 RESULTADO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES

Os resultados do ensaio de resistência à compressão simples dos corpos de prova de tijolos de solo-cimento estão mostrados na Figura 6.

Figura 6 - Resistência à compressão dos tijolos com 14 dias de idade.

Fonte: Acervo pessoal. 0,92 0,58 0,76 0,97 1,09 0,88 1,18 0,97 0,78 0,80 0,63 0,82 0,63 1,03 0,69 0,86 0,52 0,39 0,49 0,47 0,54 0,60 0,71 0,48 0,51 0,40 0,43 0,74 0,40 0,63 0,58 0,38 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 Média 28 27 26 25 24 23 22 Média 21 20 19 18 17 16 15 Média 14 13 12 11 10 9 8 Média 7 6 5 4 3 2 1 1 0 0 % 6 6 % 3 3 % 0% Resistência (MPa) A m o s tr a

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Diante dos dados expostos, nota-se que os valores de resistência à compressão estão abaixo dos requisitados pela NBR 8491:2012, que menciona média de no mínimo 2,0 MPa e valor individual de no mínimo 1,7 MPa, com pelo menos 7 dias de idade.

No entanto, percebe-se que a resistência à compressão foi maior nos traços com mais vinhaça. Sendo que, os dois primeiros traços (0% e 33%) apresentaram valores muito próximos; enquanto que os traços de 66% e de 100% de vinhaça tiveram saltos maiores quanto a resistência à compressão, indicando que a vinhaça somente passa a ter efeito significativo na resistência à compressão quando substitui mais de 33% da água.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos resultados obtidos pelos ensaios executados, pode-se constatar que todos os tijolos não atingiram as especificações requisitadas pela NBR 8491:2012 quanto a absorção de água e resistência à compressão.

No entanto, percebe-se que, de modo geral, os tijolos onde houve maior concentração da vinhaça no lugar da água, apresentaram melhores resultados. Fazendo-se a comparação dos casos mais extremos, o tijolo que foi produzido apenas com água e o que foi utilizado apenas vinhaça, contata-se que os tijolos feitos apenas com a vinhaça in natura apresentaram redução de 13,39% na absorção de água e aumento de 80,39% na resistência à compressão.

Salienta-se que o fato dos valores terem sido abaixo do recomendado pela norma pode ser devido ao tipo de solo utilizado, que se apresentava fora dos padrões adequados para a produção de um tijolo de solo-cimento de qualidade. Contudo, isso não descarta os resultados positivos encontrados pela substituição da água por vinhaça in natura, tanto no que tange as características analisadas pelos ensaios executados neste trabalho quanto sobre a economia de água potável; além de abrir perspectivas de uma nova aplicação para a vinhaça, proporcionando a diminuição dos problemas ambientais causados pelo descarte inadequado desses resíduos.

Como pesquisas que podem dar continuidade a este trabalho, sugere-se que seja analisado o uso da vinhaça em outros tipos de solo, especialmente em solos mais arenosos.

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8 FONTES CONSULTADAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 8491.

Tijolo de solo-cimento - Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2012a.

______. NBR 8492. Tijolo de solo-cimento – Análise dimensional,

determinação da resistência à compressão e da absorção de água – Método de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2012b.

______. NBR 10833. Fabricação de tijolo e bloco de solo-cimento com

utilização de prensa manual ou hidráulica - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT,

2013.

ROLIM, M. M. FREIRE, W.J. Solo-Vinhaça Concentrada: Aplicação na

Fabricação de Tijolos. In: Workshop Reciclagem e Re-utilização de Resíduos como

Materiais de Construção Civil. ANTAC – Associação Nacional de Tecnologia de Ambiente Construído, Anais, p.118-123,1997.

TAVEIRA, E. S. N. et al. Cartilha produção de tijolos de solo-cimento. 1. ed. Piracicaba: Editora UNIMEP, 2016.

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