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2 4 0 DESCRIÇÃO EMPREENDI a 2 4 7

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Área de Atuação: Energia Página: 70 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

Data: 25/11/2004

2.4 DESCRIÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO 2.4.1 Estruturas Principais de Obras Civis

O arranjo geral da UHE Mauá, apresentado na Figura 1.3.1 é composto basicamente pela barragem fechando o leito do rio, pelo circuito hidráulico de geração na margem direita (tomada d’água, túnel adutor, chaminé de equilíbrio, condutos forçados e casa de força), pelo vertedouro na ombreira esquerda e pelo circuito hidráulico da usina complementar na margem esquerda, junto ao vertedouro. O sistema para a manutenção da vazão sanitária no trecho do rio situado entre a barragem e o canal de fuga da usina, será através da operação da usina complementar.

A barragem tem seção típica de enrocamento, impermeabilizada com laje de concreto no talude de montante. A largura da crista é de 8,00 m e os taludes de montante e de jusante têm inclinações de 1V:1,35H. Tem eixo retilíneo com cerca de 700 m de extensão, com altura máxima de 88 m e crista na elevação 645,50 m. A face de montante, tem a solução tradicional constituída por plinto em concreto armado, assente e ancorado em rocha devidamente tratada, com largura e espessura variadas em função da carga hidrostática. O vertedouro está posicionado na ombreira esquerda, a cerca de 300 m a jusante do eixo da barragem, possui de quatro vãos controlados por comportas segmento. A jusante, segue através de um canal retangular revestido com concreto de 58,00 m de largura e cerca de 110 m de comprimento, até a concha defletora (salto de esqui) no seu final que lança o fluxo em uma bacia de dissipação escavada em rocha junto à margem esquerda do rio.

A bacia de dissipação com o fundo na elevação 540,00 m tem dimensões médias da ordem de 60 m de comprimento e 60 m de largura, com cerca de 20 m de profundidade.

Cada vão do vertedouro tem 11,50 m de largura e 17,00 m de altura da crista da soleira até o nível d’água máximo normal do reservatório.

Terá capacidade para escoar a cheia decamilenar, cujo pico atinge 8.213 m3/s, amortecida no reservatório com uma sobrelevação da ordem de 1,90 m acima do nível máximo normal (442,50 m) atingindo o nível d’água máximo maximorum estabelecido na elevação 443,90 m; nessa situação a vazão máxima descarregada é de 7.100 m3/s.

O circuito hidráulico de geração tem cerca de 2,4 km de extensão, retificando um trecho meandrado com cerca de 5,0 km de extensão. A tomada d'água situa-se na margem direita, cerca de 300 m a montante da barragem, em seguida vem o túnel adutor, com cerca de 1.920 m de extensão em seção transversal tipo arco-retângulo de 12,00 m de largura por 12,00 m de altura, a chaminé de equilíbrio com 22,50 m de diâmetro, o conduto forçado, com 7,50 m de diâmetro, e a casa de força, dotada de 3 unidades geradoras do tipo Francis com potência unitária instalada de 123,3 MW, totalizando 370 MW. Ao lado da casa de força está situada a subestação.

O circuito hidráulico da usina complementar tem cerca de 360 m de extensão, com a tomada d’água situada no muro direito do vertedouro, em seguida vem o conduto forçado, com 2,75 m de diâmetro, e a casa de força complementar, dotada de 2 unidades geradoras do tipo Francis horizontal, acopladas diretamente aos geradores, com potência unitária instalada de 6,1 MW, totalizando 12,2 MW.

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Área de Atuação: Energia Página: 71 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

Data: 25/11/2004

Considerando-se às características morfológicas da área do barramento, foi adotada a solução clássica de desvio do rio em vales fechados em duas fases.

O sistema é formado por dois túneis posicionados na ombreira direita e pelas ensecadeiras de montante e de jusante foi dimensionado para a proteção das obras da barragem no leito do rio contra enchentes com período de retorno de até 25 anos (vazão máxima de 3.371 m3/s).

2.4.2. Acessos aos Canteiros de Obras

Como mostra a Figura 1.4.3, o aproveitamento estará localizado na região do Salto Mauá, onde está em operação a Usina Presidente Vargas, de 22,5 MW, pertencente à empresa Klabin S.A. A casa de força está situada próxima à foz do ribeirão das Antas e a barragem, o vertedouro e a casa de força complementar estão situados a montante da UHE Presidente Vargas.

O acesso ao local da barragem, pela margem direita do rio Tibagi, pode ser feito pela rodovia PR-160, a partir de Telêmaco Borba (distrito de Harmonia), percorrendo-se cerca de 15 km em direção a Curiúva, até a localidade de Mauá, e seguindo-se posteriormente até as proximidades da Usina Presidente Vargas mais cerca de 31 km por rodovias vicinais, em terra, de bom padrão. O acesso ao local pela margem esquerda pode ser feito a partir da localidade de Telêmaco Borba ou a partir de Ortigueira, situada à margem da rodovia BR-376, através de 45 km de estradas vicinais, passando pelo distrito de Lajeado Bonito.

O acesso à casa de força, será através de uma derivação da rodovia PR-090, situada entre Curiúva e Sapopema, com o melhoramento da via existente e seu prolongamento com a construção de uma ponte sobre o ribeirão das Antas e a chegada à usina.

As cidades mais próximas do aproveitamento proposto são Curiúva, com 3.900 habitantes, situada à margem direita do rio Tibagi, e Ortigueira, com aproximadamente 5.500 habitantes, situada na margem esquerda do rio. Ambas são de pequeno porte e poucos recursos para dar suporte à execução da obra, mas poderão ser supridoras de mão-de-obra e abrigar núcleos residenciais para trabalhadores do empreendimento.

Por estar situada a cerca de 42 km da futura usina e por se tratar de uma cidade dotada de boa infra-estrutura, Telêmaco Borba, contando atualmente com cerca de 63.000 habitantes, será um dos principais pólos de abastecimento do empreendimento.

2.4.3 Canteiro de Obras

O canteiro de obras principal deverá ser implantado em uma área próxima ao local do eixo com cerca de 220.000 m2 na margem esquerda do rio Tibagi e outros 40.000 m² na margem direita. Além desse canteiro, deverá ser implantado outro na margem direita, na região da Casa de Força, com área aproximada de 50.000 m², como pode ser observado na Figura 1.3.1 Arranjo Selecionado. Esses canteiros devem contar com: guarita, subestação da obra, oficina; almoxarifado, depósito de combustível, carpintaria, pátio de armação, pátio eletromecânico, área de montagem mecânica, laboratório de concreto, laboratório de solos, central de concreto, central de resfriamento, depósito de explosivos, depósito de areia/brita, escritórios, refeitório, alojamento e ambulatório médico e área de lavagem/lubrificação. O acesso ao canteiro de obras, pela margem direita do rio Tibagi, pode ser feito pela rodovia PR-160, a partir de Telêmaco Borba (distrito de Harmonia) em direção a Curiúva,

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Data: 25/11/2004

percorrendo-se cerca de 15 km, até a localidade de Lagoa, e seguindo-se posteriormente até as proximidades da Usina Presidente Vargas mais cerca de 31 km por rodovias vicinais, em terra, de bom padrão. O acesso ao local pela margem esquerda pode ser feito a partir da localidade de Telêmaco Borba ou a partir de Ortigueira, situada à margem da rodovia BR-376, através de 45 km de estradas vicinais, passando pelo distrito de Lajeado Bonito.

Energia Elétrica e Iluminação

Prevê-se que a energia elétrica necessária à execução da obra será fornecida pela COPEL, através das linhas existentes na região. A partir da subestação do canteiro de obras, serão construídas redes de energia na tensão requerida nos diversos pontos do acampamento/canteiro.

A geração de energia elétrica de emergência deverá ser feita através de grupos geradores diesel, instalados próximos aos pontos de consumo em baixa tensão. Deverão ter potência compatível com as cargas consideradas essenciais.

Abastecimento de Água

O fornecimento de água poderá ser feito a partir de captação no próprio rio Tibagi, através de estação de captação e bombeamento que conduzirá a água bruta, por uma adutora, até um reservatório junto à estação de tratamento de água. A água destinada ao consumo humano será tratada e tornada potável conforme os padrões de potabilidade exigidos pelos órgãos de saúde pública.

Sistema de Esgotos Sanitários

Os efluentes das instalações sanitárias serão recolhidos através de rede coletora e encaminhados para tratamento, que poderá ser em lagoa de estabilização, antes de serem lançados no rio Tibagi, a jusante do acampamento.

Sistema de Drenagem de Águas Pluviais

O sistema de drenagem de águas pluviais do acampamento/canteiro de obras estará constituído de redes coletoras superficial e subterrânea, dimensionadas de acordo com os critérios usuais em projetos desse tipo.

Sistema de Destinação e Tratamento de Resíduos Sólidos

Durante as obras da UHE Mauá, todos os resíduos sólidos que forem gerados pela obra serão retirados e acondicionados em locais próprios conforme sua origem e natureza. Quando possível serão reutilizados pela obra ou pela comunidade.

Proteção contra Incêndio

O canteiro de obras será dotado de um sistema de proteção contra incêndio, composto por redes de hidrantes de coluna, dispostas nas proximidades das instalações do canteiro e edificações do acampamento, com pressão suficiente para garantir as vazões mínimas requeridas, e conjunto de extintores portáteis padronizados de acordo com as normas da ABNT, localizados e demarcados segundo os padrões das respectivas normas técnicas.

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Data: 25/11/2004

Plano Viário

Um plano viário será elaborado para atender o fluxo de veículos e equipamentos na área do canteiro de obras e demais frentes de serviço, contendo um sistema de sinalização e orientação adequado ao volume de tráfego esperado.

2.4.4 Áreas de Empréstimo

A pesquisa de materiais naturais de construção está diretamente relacionada às características do Aproveitamento. Para a UHE Mauá, constituída de uma barragem de enrocamento com face de concreto, a pesquisa de materiais naturais de construção foi direcionada basicamente aos materiais granulares (areia e cascalho) e pedreiras. Na Figura 1.3.1 é apresentada a planta de localização de áreas de empréstimo e de bota-fora dos materiais excedentes não reaproveitados na construção.

2.4.4.1 Áreas de Empréstimo de Solos

Como já observado, a ocorrência de áreas de empréstimo de solos no sítio dos estudos é bastante restrita, não sendo encontradas áreas que possam fornecer grandes volumes de solo. Até mesmo nas áreas de ocorrências de rochas vulcânicas (diabásios), conhecidas como boas fontes de empréstimo de solo, a camada de solo é, de modo geral, pouco espessa além de apresentar blocos de rochas dispersos em meio ao material terroso.

O solo para utilização como material selante das ensecadeiras, deverá ser obtido preferencialmente na área de escavação do vertedouro.

2.4.4.2 Jazidas de Areia

Dentro do sítio dos estudos não foi observada ocorrência de material granular com dimensões e volumes suficientes para atender à construção. Todas as ocorrências observadas são constituídas predominantemente de areia fina, confirmando as origem sedimentar das fontes fornecedoras. Nas proximidades da foz do rio Barra Grande, dentro do reservatório proposto, e próximo à cidade de Telêmaco Borba, situada à montante do empreendimento, praticamente no final do remanso do futuro lago, existem vários portos de extração de areia. No entanto a produção é considerada pequena, direcionada basicamente para atendimento das necessidades locais.

Deste modo, deve ser considerada a hipótese de utilização de areia artificial oriunda do beneficiamento do diabásio, rocha com excelentes qualidades geomecânicas além de bastante conhecida da engenharia nacional para este fim.

2.4.4.3 Material Pétreo

Como fonte de material pétreo, a ser utilizado na barragem de enrocamento, ou mesmo para obtenção da brita para as estruturas de concreto, deverão ser explorados os diques e sill de diabásio, situados na ombreira esquerda, que serão transpostos pelas escavações da bacia de dissipação do vertedouro e pela escavação do canal de adução do circuito de geração complementar.

2.4.4.4 Bota-Fora

Todo material natural de construção, que não será reaproveitado nas estruturas de apoio e/ou definitivas será colocado em área de bota-fora, dentro da área de inundação, na

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Área de Atuação: Energia Página: 74 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

Data: 25/11/2004

margem direita, logo à montante do barramento proposto, e na margem esquerda, à montante das estruturas da obra.

2.4.5 Reservatório

O reservatório da UHE Mauá será formado em um trecho do rio Tibagi, situado entre as proximidades do Salto Mauá e a cidade de Telêmaco Borba. O barramento, com altura máxima de 85 m, proporcionará a formação de um reservatório que, no nível d’água máximo normal, na elevação 642,50 m, terá o volume de 2.824 x 106 m3 e a área inundada de aproximadamente 99,3 km2, incluindo-se os 18,8 km2 hoje ocupados pelo leito do rio. O tempo de enchimento do mesmo, considerando-se a vazão média de longo termo, é da ordem de 128 dias.

Conforme descrito no item a seguir, o vertedouro terá capacidade de escoar a cheia com período de retorno decamilenar amortecida no reservatório entre os níveis d'água máximo normal, na elevação 642,50 m, e máximo maximorum, na elevação 643,90 m.

Os estudos econômico-energéticos indicaram o nível d’água mínimo operacional na elevação 637,50 m isto é, com uma depleção máxima em de 5,00 m, que proverá um volume de útil de 471 x 106 m³ para a regularização de vazões.

A ponte rodoviária da BR-381 sobre o rio Tibagi, junto à cidade de Telêmaco Borba, com cerca de 167 m de extensão, tem a face inferior do tabuleiro na elevação 645,10 m e não sofrerá interferências com a implantação do reservatório.

2.4.6 Infra-Estrutura de Apoio e Mão de Obra Necessária

O acampamento para as obras de implantação da UHE Mauá foi concebido tendo-se em conta a definição dos níveis funcionais do pessoal necessário, o seu dimensionamento por nível funcional e critérios para acomodação do pessoal.

As obras deverão ocupar, no máximo, 1.530 trabalhadores diretos na região, segundo o Modelo de Geração de Empregos (MGE) do BNDES, além de 720 empregos indiretos e outros 2.300 empregos por efeito renda.

A mão-de-obra foi estratificada segundo estado civil e perfil de qualificação profissional, fornecendo parâmetros de estimativas para as proporções de pessoal a ser recrutada localmente ou trazida de fora, o dimensionamento do alojamento de solteiros junto ao canteiro de obras e a população que deverá residir nos núcleos urbanos próximos, especialmente Telêmaco Borba e Ortigueira.

Com base nos parâmetros estabelecidos (Quadro 2.4.1), estima-se que 70,2% da mão-de-obra (100% N I + 70% N II + 30% dos demais níveis) ou seja 1.074 trabalhadores, serão moradores da região, não necessitando alterar seu local de residência e mantendo-se junto às suas famílias, bastando a previsão de alternativas de transporte diário para o canteiro de obras.

Os 29,8% restantes deverão ser constituídos de migrantes, dentre os quais os solteiros, que deverão residir no alojamento junto ao canteiro de obras, e os casados no segmento residencial urbano.

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Área de Atuação: Energia Página: 75 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

Data: 25/11/2004

QUADRO 2.4.1 – Estimativa dos Níveis de Qualificação da Mão-de-Obra Necessária

NÍVEIS QUALIFICAÇÃO QUANTIDADE E PROPORÇÃO

N I Não Qualificados (Ajudantes, Serventes e Faxineiros) 459 – 30% N II Qualificados (Carpinteiros, Pedreiros, Mecânicos,

Operadores de Máquinas, etc.)

735 – 48% N III Feitores e Pessoal Administrativo Auxiliar 168 – 11%

N IV Técnicos de Nível Médio 122 – 8%

N V Técnicos de Nível Superior 31 – 2%

N VI Supervisores e Chefes 15 – 1%

TOTAL 1.530 – 100%

2.4.7 Custos e Cronograma de Construção 2.4.7.1 Estimativas de Custo

O dimensionamento das estruturas seguiu a metodologia definida pelo Manual de Diretrizes para Estudos de Viabilidade de Empreendimentos Hidrelétricos, da ELETROBRÁS (1997), em termos do nível de detalhe requerido para a caracterização do empreendimento. Em relação à concepção das estruturas, a existência de empreendimentos de porte semelhante e características similares, que foram implementados em passado recente, os quais fazem parte da experiência profissional dos técnicos participantes dos estudos, permitiu a otimização do arranjo das estruturas e da previsão de seus custos dentro de um cenário adequado ao âmbito dos estudos de viabilidade.

A quantificação das escavações e obras civis em geral basearam-se nos dados indicados nos desenhos apresentados no Volume DESENHOS, tendo sido feitas a partir dos arranjos do empreendimento e das estruturas, resultantes do levantamento topográfico detalhado executado nesta fase, utilizando-se modelação de sólidos e/ou cálculo de áreas sobre os arquivos eletrônicos em ambiente Auto-Cad.

Os quantitativos apresentados foram organizados segundo as contas principais do OPE - Orçamento Padrão da ELETROBRÁS. Para a estimativa dos custos das obras civis e dos equipamentos, adotaram-se, em linhas gerais, os preços unitários praticados em usinas hidrelétricas de porte e solução de engenharia semelhantes. Em função dos graus de imponderabilidade diferenciados, adotou-se uma porcentagem de eventuais de 15% para as contas 10, 11, obras civis da conta 12, e 17, e de e 10% para os equipamentos.

Os custos globais assumidos nas contas 10 e 16 são valores estimados com base nas informações obtidas nas visitas de campo, orçados novamente com base em obras similares, devendo ser aprimorados em estágio mais avançado dos estudos.

Como o arranjo possui uma casa de força principal e outra complementar, para facilitar a elaboração e a análise do orçamento, foram feitas duas planilhas utilizando-se o padrão OPE. A primeira abrange apenas os custos das obras destinadas exclusivamente à implantação da usina complementar, enquanto a segunda engloba todos os demais custos referentes à implantação da UHE Mauá. No final da segunda planilha foi acrescentado o custo obtido na primeira, referente à usina complementar, totalizando-se assim o orçamento do empreendimento.

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Área de Atuação: Energia Página: 76 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

Data: 25/11/2004

O Quadro 2.4.2 resume os valores encontrados para cada conta, assim como os percentuais assumidos para os Juros Durante a Construção da obra. Além dos itens especificados, relativos às instalações de geração, são apresentados os custos referentes ao Sistema Elétrico Associado, ou seja, subestação elevadora e linhas de transmissão para conexão com o Sistema Interligado, estimados em 40,4 milhões de reais.

Quadro 2.4.2 – Resumo do Orçamento – OPE

CUSTO (*) ITEM

10³ R$ 10³ US$ 10. TERRENOS, RELOCAÇÕES E OUTRAS AÇÕES SÓCIO-AMBIENTAIS 117.896 38.833 11. ESTRUTURAS E OUTRAS BENFEITORIAS 37.650 12.401

12. BARRAGENS E ADUTORAS 371.735 122.442

13. TURBINAS E GERADORES 106.249 34.997

14. EQUIPAMENTO ELÉTRICO ACESSÓRIO 6.620 2.180

15. DIVERSOS EQUIPAMENTOS DA USINA 9.810 3.231

16. ESTRADAS DE RODAGEM, DE FERRO E PONTES 1.242 409

CUSTO DIRETO 651.202 214.494

17. CUSTOS INDIRETOS 160.045 52.716

TOTAL S/ JDC 811.247 267.209

20. JUROS DURANTE A CONSTRUÇÃO 121.362 39.974

TOTAL C/ JDC 932.610 307.184

SE + LT INTERLIGAÇÃO 40.400 13.307

TOTAL 991.353 326.533

(*) US$ 1,00 = R$ 3,036 POTÊNCIA INSTALADA = 382,2 MW Referência: JULHO/2004 CUSTO ÍNDICE = US$ 804/kW 2.4.7.2 Cronograma de Construção

O cronograma geral do empreendimento é apresentado no Quadro 2.4.3. Adotou-se o mês de março para início das atividades de construção por ser o início do período seco na região e, portanto, a época do ano que oferece as melhores condições. Naturalmente, em função dos prazos estabelecidos, quando do leilão da Concessão do Aproveitamento, deverão ser feitas adaptações no cronograma, para torná-lo compatível com a realidade do momento. O caminho crítico passa pela construção da barragem, uma vez que a mesma depende da conclusão e liberação das obras de desvio do rio. Diante disso procurou-se ajustar os prazos de construção de modo que os histogramas dos principais serviços pudessem ser estabelecidos sem grandes picos.

Além das obras auxiliares, estradas de acesso, canteiro e acampamento, as obras deverão ser iniciadas pela construção do túnel de desvio na margem direita e pela escavação do túnel adutor e das obras da casa de força. Previu-se defasagem de dois meses entre o início da operação comercial de cada unidade geradora. Assim, a entrada em operação de cada uma das três máquina ocorrerão no 40o, 42o, e 44o mês após o inicio da obras civis.

O cronograma apresentado prevê que após a execução dos túneis de desvio na margem direita sejam construídas as pré-ensecadeiras e o seu alteamento para a proteção das obras da barragem, isto é, para permitir a imediata construção dessa estrutura. Essa etapa de trabalho deverá ocorrer em meados do período seco do segundo ano, com a remoção da ensecadeira da primeira fase e com o rio desviado para os túneis.

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Área de Atuação: Energia Página: 77 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

Data: 25/11/2004

O fechamento das comportas do dos túneis de desvio para o enchimento do reservatório foi previsto para o mês de novembro do terceiro ano. Nesse ano, aproveitando o período seco, deverão ser feitos o desmatamento e a limpeza do reservatório, bem como a relocação dos acessos que serão submergidos pelo mesmo.

2.4.8 Operação da Usina

A UHE Mauá caracteriza-se por operar com um deplecionamento de 5 m, valor esse bastante inferior aos propostos em estudos anteriores. Esse deplecionamento do reservatório proporcionará um volume útil de 471 x 106 m³ para a regularização de vazões.

No trecho entre a barragem e a Casa de Força Principal, será mantida constante uma vazão ambiental de 18,8 m³/s (correspondente a 50 % da Q7;10), que dessa forma também consistirá uma garantia de vazão mínima defluente da UHE Mauá.

Os níveis do Rio Tibagi, a jusante da UHE Mauá, serão controlados pelo reservatório de São Jerônimo, que inclusive influenciará a geração na Casa de Força Principal de Mauá.

Estima-se que para a operação da usina, que será totalmente automatizada, serão empregados em torno de 12 funcionários, desde profissionais qualificados até ajudantes gerais.

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Área de Atuação: Energia Página: 78 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0

Data: 25/11/2004

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