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Atlas Ambiental SJC MunicipiodeSJC

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Academic year: 2021

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Texto

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S

ÃO

J

OSÉ DOS

C

AMPOS

S

ÃO

J

OSÉ DOS

C

AMPOS

A

PRESENTAÇÃO

D

ADOS GERAIS

Símbolos

Localização

Posição e Extensão

Histórico

Demografia

Economia

A

SPECTOS

N

ATURAIS

Clima

Cobertura Vegetal Natural

Hidrografia

Geomorfologia

Relevo

Geologia

APRESENTAÇÃO

Caracterização geral

“Generosos são meus ares e a minha terra”

A paisagem de São Jos é dos Ca mpos faz jus a essa inscrição em latim presente no Brasão do Município:

Generosa em sua beleza e riqueza am biental, a paisagem joseense abriga uma alta biodiver sidade contendo valiosos patrimônios ambientais e culturais.

A extensão do m unicípio e sua posição privilegiada no Vale do Paraíba perm item que contenha em seu território os principais elem entos representativos da paisagem valeparaibana: Os morros da Serra do Mar , as colinas e a várzea do Rio Paraíba do Su l e os morros e escarpas da Serra da Mantiqueira.

Desconhecida pela maioria da população joseense no presente– e por isso não valorizada - a rica paisagem do passado tem um futuro incerto

(2)

Passado

Cenário de cinco séculos de coloni zação, a pais agem joseense traz em sí as m arcas históricas de sua tr ansformação. Iniciou co mo uma aldeia jesuítica, passou a ser um caminho para o ouro das Minas Gerais, terra para os cafezais, pastagem para o gad o, espaço p ara as indú strias e para a urbanização, a generosa paisagem original recebeu migrantes de todo o país e do exterior e foi dando lugar à cres cente e progressista cidade, hoje um dos principais pólos de pesquisa e produção de ciência e tecnologia do país.

Presente

A m oderna capital d a tecnologia ae roespacial, cidade dos aviões, satélites e telecomunicações, na incessante busca do espaço se esqueceu de sua terra.

A industrial São José dos Ca mpos, cresce desordenada, poluindo os rios, desm atando as nascentes, ocupando as várzeas, destruindo os seus patrimônios, riquezas que nem sequer consegue perceber.

A cidade embora crescendo, “progredindo” vai ficando cada vez menor, cada vez mais pobre ambientalmente, ficando órfão.

Futuro:

O futuro da paisagem

O futuro da paisagem de São José dos Ca mpos depende da nossa atuação agora no presente.

O futuro é muito m ais do que algo incerto que vem à frente, é algo que criamos e dependente de com o vamos cuidar hoje dos patrim ônios que herdamos.

A cidade dos aviões e satélites pr ecisa buscar a terra, sobrevoá-la, mirar seus saté lites p ara ela, da r atenção a su a paisagem , focá-la co mo protagonista, valorizá-la em sua generosidade, resgat ar o que ainda resta de original, de essencial: os valores ambientais e culturais.

A paisagem do futuro

Que paisagem deixaremos de herança para as futuras gerações: São José dos Campos rum a para um a pa isagem tecnológica, desconectada da paisagem natural.

Se a tendên cia atu al se concretiza r os herdeiros do porvir sentirão saudades da paisagem que verão apenas em livros e imagens.

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DADOS GERAIS

SÍMBOLOS

B

RASÃO

O Brasão de Armas de São José dos Ca mpos, de autoria de Afonso de Taunay e José Wasth Rodrigues, foi adotado pela lei municipal nº 180, de setembro de 1926 . Seu desenho foi restaurado pela lei nº 19, de 26 de agosto de 1948, ratificado pela lei nº 2178/79 e alterado pela lei nº 5.248/98.

Descrição:

A) Escudo português, cortado e part ido o cam po do chefe em dois

quartéis e encimado pela coroa mural;

B) Primeiro quartel: em campo de ouro, quatro cabeças de su a cor, de

índios guaianases, afrontados e acantonados ladeando o brasão do venerável José de Anchieta, como símbolos da fundação do povoado de São José no século XVI;

C) Segundo quartel: em campo de sinople (verde) um lírio e um a haste

cruzados de prata, e um a faix a ondeante, tam bém de prata,

simbolizando o Rio Paraíba do Sul, constituindo as .arm as do

município.;

D) No ca mpo i nferior, m etade do escudo, de goles (verm elho), um a

panóplia;

E) Bandeirante, arcabuz, espada, m achado e bandeira, tudo de sua cor,

recordando a entrada dos desbravador es em terras de São José no século XVI;

F) Suportes: dois tenentes do terço miliciano criado para o norte de São

Paulo, pelo Morgado de Mateus, en tão governador da província, e dois ram os de café frutificados, tudo ao natural, com o ornam ento exterior, sobre os quais se assenta o escudo;

G) Coroa mural: em couro, com cinco torreões, visíveis, tendo a porta

principal, aclarada, o brasão do Morgado de Mateus;

H) Listão: em prata, e letras d e goles (verm elho) a divisa .” aura

terraque generosa”. generosos são meus ares e minha terra;

(4)

BANDEIRA

HINO

DE

SÃO

JOSÉ

DOS

CAMPOS

Em 14 de junho de 1967, ano do s egundo centenário de elevação à Vila, a pref eitura instituiu um concurso, através do decr eto nº 994, para a composição do Hino do segundo centenári o. Foi vencedor o trabalho do professor Vítor Machado de Carvalho, com partitura do maestro Pepe Ávila, de São Paulo. Instituído como símbolo do município pela lei nº 1.463, de 26 de agosto de 1968.

Ei-la envolta na neblina Debruçada na colina, Sob o olhar da Mantiqueira

São José a Hospitaleira São José Bicentenária Das mãos de Anchieta nascida,

Desta terra legendária A bandeira de São Jo sé dos Campos foi institu ída pela lei 655,

de 2 de feve reiro de 1960. Desenho de João Vítor Guzzo Strauss, estudante da escola João Cursino, vence dor do concurso prom ovido pela municipalidade.

Que alegre vivas unida No teu trabalho febril Que o orgulho sejas do Vale

A cidade que mais cresce Pois o título desvanece Ei-la envolta na neblina

Debruçada na colina, Descrição:

Sob o olhar da Mantiqueira Blau de prata; treze lis tras; figur a de um a roda dentada em ouro

simbolizando a riqueza sem pre ascendente do municíp io; faixa sinuosa em prata representando o Rio Paraíba do Sul; três estrelas simbolizando os três distritos: São José dos Ca mpos, Eugênio de Melo e São Francisco Xavier ; os treze d entes da en grenagem falam do entrosam ento entre o estado e o município.

São José a Hospitaleira São José Bicentenária De operário a estudante, Teu sangue novo estoante

Flui da escola à oficina E da fé te ilumina, Unes o livro ao esmeril, Terra de obreiro e de bardo,

Que tens Cassiano Ricardo O Poeta do Brasil. OUVIR:

(5)

LOCALIZAÇÃO

São José dos Ca mpos localiza-se à altura do Médio Vale do Paraíba do Sul, na Província Geom orfológica denominada Planalto Atlântico, entre as coordenadas geográficas 23º 10' 40" de Latitude Sul, 46º 10' 25" de Longitude Oeste e 22 º 47' 00" de Latitud e Sul, 45 º 42' 05" de Longitude Oeste, com 1.1102 km2 de área total (Conforme Resolução no 24 de 25/07/97 - IBGE ) e altitudes de 530 a 2000 m etros (PMSJC, 2000). (Figura 1 e Figura 2).

Oficialmente, o m unicípio é constituído por três Distritos: São José dos Ca mpos (sede), Eugênio de Melo e São Francisco Xavier. O Distrito de São José dos Campos é subdividido em dois Subdistritos: 1º Subdistrito de São José dos Campos e 2º Subdistrito de Santana do Paraíba.

Para m elhor adm inistrar o município de São José dos Cam pos, o Poder Público dotou os Distritos de Eugênio de Melo e São Francisco Xavier de Adm inistradores Distritais, enquanto que o Distrito sede foi dividido e m quatro Regionais: Centro, Leste, Norte e Sul.

Figura 1– Localização do Estado de São Paulo no Brasil e do Vale do Paraíba no Estado de São Paulo

(6)
(7)

M

ARCO

Z

ERO

POSIÇÃO E EXTENSÃO

Igreja Matriz de São José: Lat. Sul - 23º 10´ 47.. Long. Oeste

-M

UNICÍPIOS

L

IMÍTROFES

Norte: Camanducaia, Sapucaí Mirim - MG Sul: Jacareí, Jambeiro - SP

Leste: Monteiro Lobato, Caçapava -SP Oeste: Igaratá, Joanópolis, Piracaia - SP

Á

REA

SITUAÇÃO* AREA km2 %

Urbana** 298,99 27,19

Exp. Urbana I- sul 45,04 4,09

Exp. Urbana II - norte 81,18 7,38

Exp. Urbana S.F. Xavier 2,92 0,27

Rural 673,39 61,39

TOTAL 1.102,00 100,00

45º 53´ 14.

.

via SP-50 - Sul de Minas Gerais e Campos do Jordão Sul:

Leste/Oeste:

ste, antiga - Rede Ferrov iária S/A - Divisão Central

O DE

D

ISTÂNCIAS

V

IAS DE

A

CESSO

Norte: Rodo

Rodovia dos Tamoios, SP-99 - Costa Norte Paulista SP- 70 - Rodovia Carvalho Pinto

BR-116 - Rodovia Presidente Dutra MRS Logística - Malha Regional Sude Federal

Q

UADR

MUNICÍPIOS

* Regulamentada pelas Leis Complementares nos 121/95 e 165/97 km ** Inclui as áreas urbanas da sede (São José dos Campos) e dos Distritos de São Francisco

Xavier e Eugênio de Melo. Belo Horizonte (MG) 611

Brasília (DF) 1.114

Caçapava (SP) 22

Camanducaia (

P

ONTOS

E

XTREMOS MG) 177

Campos do Jordão (SP) 90

Caraguatatuba (Costa Norte Paulista) 90

Igaratá (SP) 35 Jacareí (SP) 16 Jambeiro (SP) 32 Joanópolis (SP) 118 Monteiro Lobato (SP) 33 Piracaia (SP) 100

Porto de São Sebastião (SP) 111

Rio de Janeiro ( RJ ) 334 São Paulo (SP) 84 (BR 116) - 97 (SP 70) Sapucaí Mirim (MG) 85 Taubaté (SP) 42 Latitude Sul - 23° 18' Longitude Oeste - 45° 51' Latitude Sul - 23°06' Longitude Oeste - 46°06' Latitude Sul - 23° 13' Longitude Oeste - 45° 40' Latitude Sul - 22° 49' Longitude Oeste - 45° 54'

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HISTÓRICO

O território joseense, de acordo com o relatório "São José em Dados 2000" (PM SJC, 2000), foi ocupado prim itivamente por aldeam entos das tribos tupi-guarani, a prim eira aldeia de São José dos Cam pos teve início provavelmente em 1590, com as distribuições das sesm arias. Entregue aos padres jesuítas, o aldeam ento indígena dos Guainás, localizado às m argens do Rio Comprido, hoje divisa com Jacareí, é in dicado como prim eiro local da formação da ald eia velha de São José dos C ampos. A fazenda de g ado, termo usado para ocultar dos bandeirantes sua função catequética, recebeu o nome de “Aldeia de São José do Ri o Comprido”, por ser de costum e dar o nome do santo do d ia da fundação da Aldeia, provavelmente em 19 de março, e pela sua localização geográfica.

A aldeia crescia e, segundo Manuel da Fonseca, no livro “V ida do Padre Belchior de Pontes”, “...à medida que ia aum entando o núm ero de índios, d iminuía o de gado, chegando a tal extrem o que tudo acabo u”. Deixava-se claro a função da fazen da em catequizar, aumentando a ten são entre os colonos e os jesuítas. Com a lei de 10 de setembro de 161 1, regulamentando o aldeam ento de índios dispersos com a adm inistração de religiosos, é que se oficializou com o missão jesuítica. Os colonos paulistas viam-se então prejudicados, pois dependi am da exploração de m ão-de-obra escrava indígena, culminando no conflito em que os jesuítas foram expulsos e os aldeãos espalhados.

Os jesuítas retornariam alguns anos m ais tarde (1643), na planície a 15 Km da antiga aldeia (onde se en contra hoje o centro com ercial da

cidade), oficialmente como fazenda de gado. A nova aldeia se encon trava em um ponto estratégico protegi do de novas invasões, enchentes e possibilitava um a boa ventilação e insolação, sendo dirigida pelo Padre Jesuíta Manuel de Leão, responsável pela or ganização urbana no plano teórico e prático da aldeia.

Em 1650 foram conce didas novas sesm arias pelo Capitão-m or Dioniso Costa, então residente em Taubaté. Os sesm eiros Antônio Siqueira de Afonso e sua mulher Antonia Perdoas de Morais e Francisco João Lem e, teriam er guido um a m odesta capela c oberta de colm os e um a fazenda na cabeceira do rio Comprido.

Em 1692 a aldeia ap arece em seus docum entos com o nom e de “Residência da Paraíba do Sul”, e em 1696 “Re sidência de São José”. Por volta de 1716 a aldeia é afetada pela descoberta do ouro em Minas Gerais, provocando o seu despovoam ento e dando in icio à decadência da aldeia e do trabalho dos jesuítas.

Em 1754 a Carta Régia expulsou os je suítas de Portugal e de seus domínios. Em 1759 foi extinta a Compa nhia de Jesus no Brasil, tendo seus bens confiscados pela administração da coroa portuguesa em 1768.

O governador da província de São Paulo de Piratininga, Dom Luiz de Souza Botelho Morão, o Morgado de Mateus, com a incumbência real de tornar produtivas as novas propriedade s da coroa, pediu e recebeu do Vice-Rei perm issão de criar freguesias e vilas. Nom eou para Diretor da “Residência de São José” o Capitão Mor de Jacare í, Jo sé de Araújo Coimbra e para Capelão, o Padre Antônio Luiz Mendes.

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Em 27 de julho de 1.767, com 94 fogos (casas), 205 mulheres e 159 homens, a aldeia foi elevada p ara a categoria de “V ila de São José do Paraíba”, se m antes ter se tornado f reguesia, por ordem do Governador e pelo Doutor Salvador Pereira da Silva, ouvidor e Corregedor da comarca de São Paulo; assinada por José de Araújo Coimbra, Diretor da Aldeia, Capitão Mor de Jacareí e pelo C apelão, Padre Antônio Luiz Mendes. Levantou-se, então, o pelourinho na atual rua Vilaça próxima ao cemitério e procedeu-se a eleição da Câ mara, caracterizando-a, assim, como Vila. Este novo status de São José do Paraíba não trouxe o progresso desejado, sendo destacado nos textos d e Saint-Hilaire e Em ílio Zaluar como um a vila inexpress iva e sem grande desenvolvim ento. A pr incipal razão apontada foi a de que a Estrada Real passava longe de seus domínios (Figura 4.3).

Foi em meados do séc. XIX, com a produção agrária, que a Vila de São José do Paraíba alcançou algum dese nvolvimento econôm ico e destaque no quadro nacional, com uma produção crescente que se iniciou, em 1836, com 9.015 arrobas de café chegando em 1886 a pr oduzir 250 mil arrobas. Nesse ano a produção cafeei ra alcançou seu apogeu, devido à influência da “Estrada de Ferro Central do Brasil”, inaugurada em 1877. Mesmo com o declínio do café no final do séc. XIX São José dos Ca mpos manteve sua produção até 1930. O plantio do algodão no Vale do Paraíba, que teve início com a necessidade da Inglaterra em suprir seu fornecimento cortado após a Guerra da Secessão , nos EUA, teve seu apogeu no ano de 1864, quando São José dos Campos passa a ser o maior produtor algodoeiro da província.

Em 22 de Abril de 1864 a Vila é elevada à categoria de cidade e em 1871 receb e a denom inação de “São Jo sé dos Ca mpos”, devido à im ensa extensão de campinas em seu territ ório. Contava-se com uma população de 12.998 habitantes, incluindo 1.245 escravos. N o ano de 1872 é criada a comarca (figura 4.4).

O início do Séc. XX m arcou o perío do Sanatorial de São José dos Campos. Entre 1925 a 1930, o controle da epidemia da tuberculose obrigou o governo var guista a tom ar medidas sanitárias, criando no estado de S ão Paulo as Prefeituras Sanitárias. De vido à reputação de ter um clima favorável à profilaxia e ao tratam ento da tuberculose, o m unicípio joseense é tran sformado e m 1935 em “Estância Clim atérica” e “Estância Hidromineral”, pelo Decreto Estadua l nº 7.007, de 12 de m arço, e pela L ei Orgânica dos Municípios nº 2.484 de 16 de novem bro, respectivam ente. Passa a receber do governo federal o “seguro obrigatório contra a

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Figura 5- Gravura da Vila de São José do Paraíba de autoria de Miguel Benício Dutra. Fonte: Zaluar (1953) Figura 4- "Villa de S. Jozé" Autor: Arnaud Julien Pallière1

Fonte: Desenho do álbum de Arnaud Julien Pallière, do Intituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo.

1 Nota sobre o d esenho: No ano de 1821, o francês Pallière uma viagem entre o Rio de Jan eiro e São Paulo, durante a qual elabo rou

plantas esquemáticas das princip ais povoações da Capitania de São Paulo, ao longo do Vale do Paraíba. Na época São José era ape nas uma aldeia, que estava sendo elevada à condição de vila. Os trabalhos de Pallière são anotações de viagem. As observações são anotadas diretamente sobre os desenhos ou em suas margens, com tinta de cores diferentes.

(11)

A cidade s ofreu a ins erção d e migran tes do entes à pro cura d e tratamento da tubercu lose. Foi cria da uma estrutura que contava com oito sanatórios, pensões, repúblicas, farm ácias, dis pensários e m édicos para o tratamento da patologia. Como medida sanitária foi instituída a primeira lei municipal q ue contava com princíp ios de zoneam ento que classificav a a cidade em 4 zonas territoriais: Zo na industrial; Zona Com ercial; Zona Sanatorial; Zona Residencial - Ato nº 1 10 de 1932, sendo retificada e m 1938.

Tal ordenação do espaço urbano seguia o modelo francês, o de “segregação espacial”, implantada tam bém nas cidades do Rio de Janeiro e Santos. Nesse período sanato rial, a Prefeitura da Estância Clim atérica e Hidromineral de São José dos Ca mpos é gerida pelos “Prefeitos Sanitaristas” (de 1935 a 1962), de acor do com a Lei 2.140 de 1º de outubro de 1926, que dava poder ao governo federa l de nom ear o seu prefeito para administrar as verbas concedidas pelo Estado Federal.

A partir de 1945, a função Sanatorial da cidade entra em declínio com o des envolvimento dos prim eiros antibióticos (estreptom icina e, posteriormente, a sulfa e a penicilina ), porém sua condição de prefeitura sanitária permanece até 1977, quando São José dos Cam pos recupera su a autonomia administrativa, elegendo o prefeito do município através do voto direto.

Com um a política eco nômica, favorecid a principalm ente pelas verbas arrecadadas no período sanatorial, o município pôde investir em uma infra-estrutura voltada para o seu desenvolvimento industrial.

Com intuito de atrair investim entos industriais para a cidade, a Lei Municipal n. º 4 de 13 de m aio de 1920 concedia isenção de im postos por um período de 25 anos e concessão de te rreno gratu itamente. A primeira indústria a se instalar foi a “Fábrica de Louças Santo Eugênio”, inaugurada em 1924 e s ituada na atual avenida Dr . Nelson. D’Ávila. Após a m orte de seu proprietário, Sr . E ugênio Bonádi o, passou a ser adm inistrada pela família e seu sócio com o nom e de “Bonádio Lorezone & Cia”, vende ndo sua produção para o Rio de Janeiro e São Paulo. Em seguida instala-se a “Cerâmica Bonádio”, situada na R ua João Guilherm ino, a tual prédio do INSS, também se inserindo nesse contexto.

Em 1925 é instalada a “T ecelagem Parahyba”, especializada em brim que posteriormente, transformou-se em fábrica de cobertores. No final da década de 40, com o plano d e reer guimento econôm ico do Vale do Paraíba, (projeto “Aspectos do Vale do Paraíba e de seu Reer guimento no Governo Adhemar de Barros”), o m unicípio passa por um processo acelerado de mudanças no sistema urbano, relacionadas com diversas etapas de seu desenvolvim ento sócio-eco nômico. Destaca-se a instalação do Centro Técnico Aeroespacial - CTA e m 1947, inspirado no m odelo americano do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets), projetado pelo arquiteto Oscar Niem eyer, e a R odovia “Eurico Gaspar Dutra”, em 19 de janeiro de 1951.

O advento da Rodovia que encurtava o percurso entre Rio-São Paulo e o desenvolvimento de pesquisas tecnológicas, possibilitaram a intensidade da industrialização nas décadas d e 1960/197 0, com a implantação de

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industrias de grande porte ocupando gra ndes áreas de expansão urbana e ao longo da Via Dutra.

Juntamente com a industrialização há o aprimoramento da Educação na formação de mão-de-obra especializada.

Em 1954 é inaugurada a Faculdade de Direito, sendo a 5ª do Estado e a 3ª do interior, originando a Fundação Valeparaibana de Ensino. Em 1960 instalou-se a faculdade de Odontol ogia (UNESP), e em 1961, o curso de Mestrado no Instituto Técnico aeroespacial (I.T.A.).

Na década de 70 os av anços das p esquisas cientificas e a for mação de mão-de-obra qualificada, viabiliza a implantação das empresas nacionais de base tecnológicas (Em braer, Avibrás, Aerotec, etc.) decorrentes da interação do INPE e CTA, concentrando-se nos ramos aeroespacial, bélico e eletrônico, sendo consum idores de t ecnologia de ponta de infor mática, eletro-óptica, eletroacústica, mecânica fina, etc.

Nas últimas décadas São José dos Campos tem se destacado com o um dos m aiores pólos de pesquisa e produção científica e tecnológica do País. Com um a econom ia crescente, co nta com um mercado abrangente, compreendendo desde seto res autom obilísticos, farm acêutico e eletrodoméstico, além da implantação do novo pólo, o de telecomunicações.

Este desenvolvimento tem se reflet ido nas ativ idades de co mércio e de prestação de serviços. A ex emplo, a cidade conta com alguns equipamentos do setor terciário (com ércio varejista em grande escala), tais como: Uemura, Madeirense, Makro, Wal Mart, Pão de Açúcar, Carrefour, e cinco "shopping centers" com várias lojas âncoras de abrangência nacional,

próprios de m etrópoles, destacando-se, assim, dos dem ais núcleos urbanos da região e substituindo São Paulo nesta função,

Todos estes fatores permitiram ao Município, uma economia sólida e um desenvolvim ento acelerado nos m ais variados setores, tornando-o preparado para os desafios do novo m ilênio, com uma história em constante formação.

(13)

DEMOGRAFIA

C

RESCIMENTO POPULACIONAL

São José dos Ca mpos contava, em 2003, se gundo o IBGE, com 569.177 habitantes. Seu crescim ento populacional intensifica-se a partir de meado do s éculo XX. Na década de 50, a população aum entou a um a taxa anual média de 5,6%, acelerando-se nas duas décadas segu intes, em razão do crescim ento dem ográfico, com 6,8% ao an o durante a década de 70, superior à taxa registrada no Estado nesse mesmo período. Importa destacar que o intenso crescim ento dem ográfico nesse mom ento, deveu-se a dois fatores: ao grande número de m igrantes atraídos pela indu strialização, e à alta taxa de fecundidade presente na cidade nestas décadas.

Tabela 1 – Crescimento populacional de São José dos Campos entre 1940 e 2000.

Entretanto, a partir da década de 80, o crescim ento de mográfico diminui, fato percebido pela redução da taxa de crescim ento geom étrico

para 3,99 % ao ano. A análise m ais criteriosa demonstra que a década de oitenta é marcada pelo intenso saldo migratório, ou seja, grande parte do crescimento populacional ocorrido em Sã o José dos Ca mpos nesse período, deve-se à chegada de m igrantes, partic ularmente intensa entre os anos de 1985 e 1991. Além di sso, durante a déca da de oitenta, o crescim ento vegetativo do m unicípio ainda é intens o, embora já em sensível queda. Ou seja, o número de nascim entos nesta década ain da é alto, e mbora caia para um ponto percentual entre os anos de 1981 e 1989.

Já durante a década de noventa o crescimento da população joseense é menos intenso do que o observad o na década anterior. Enquanto a taxa de crescimento geométrico entre 1980 e 1991 é de 3,99% ao ano, entre 1991 e 2000 se reduz para 2,29. Isso se deve à redução tanto do saldo m igratório, quanto do crescim ento vegetativo no município. Ou seja, nessa década ocorre uma grande redu ção no número de pess oas que se estabe lecem no município, contando també m com a sa ída de moradores acom panhada de uma redução nos nascim entos, embora não tão intensa quanto à redução do saldo migratório. Nesse sentido, importa destacar que a taxa de fecundidade se reduz ao longo desses anos, enquanto em 1980 a taxa era de 131,36 nascimentos por m il mulheres em id ade fértil. Em 2000, esse núm ero se reduz para 63,77, menos que a metade observada há duas décadas.

(14)

Tabela 2 – Taxa de Crescimento e Crescimento Populacional de SJC entre 1980-2000

D

ISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL

Importa destacar que esse crescim ento populacional ocorreu de formas específicas, d e acordo co m as regiõ es geográficas. O Censo Demográfico de 2000 registrou 532.403 habitantes.

A região sul concentra o m aior volum e populacional (199.913 pessoas), correspondendo a 37,55% da popul ação total (Tabela abaixo). Em seguida vem a região leste com 25,58% (totalizando 136.180 habitantes). A região central, com 13,31% (70.863 pessoas) e a região norte com 11,55%

(61.504 habitantes). Menos populosas são as r egiões sudeste, com 38.761 habitantes (7,28% da população) e a oeste, com 25.182 habitantes (4,73%).

Embora a região sudeste tenha registrado baixo núm ero de domicílios e de população, é a região onde a relação habitante por domicílio é a m ais elevada do m unicípio (4,04 pessoas por domicílio), fato que pode estar refletindo padrões diferenciados de fecundidade e de com posição familiar. Nessa área, pr ovavelmente, estão conc entradas famílias cujo ciclo vital é marcado pela presença de crianças. Na região central, por outro lado, o número médio de pessoas por domicílio é o m ais baixo de São Jos é dos Campos: 3,28 pessoas por dom icílio, indicando unidades fam iliares unipessoais (com o ocorre com a população da terceira idade) e

monoparentais (pai ou mãe com filho).

As regiões com m aiores volum es populacionais (sul e leste), registram em torno de 3,8 pessoas por domicílio, o que sinaliza para um a queda da taxa de fecundidade como mencionado anteriormente.

(15)

Tabela 4 – Evolução Populacional do Município de SJC entre 1940 e 2003

Na Figura 6 pode-se visualizar a di stribuição da população no espaço de São José dos Campos.

(16)

E

STRUTURA

E

TÁRIA

Ao analisarmos as pirâm ides etárias de 1970 a 2000, podem os observar que estas tiveram sua base estreitada a partir de 1991.

Essa mudança na estru tura etária re flete as alterações oco rridas na população nesse p eríodo, entre as qua is destacam os: a dim inuição da população d e zero a quatro anos, a chegada da cham ada “onda jovem” . (população nascida durante o iníc io da década d e oiten ta) e o envelhecimento da população em geral.

No que se refere à pop ulação infan til, espec ialmente na faixa de zero a quatro anos, percebem os a di minuição significativa desse segm ento etário entre a década de 70 (14,76% da população) e o ano 2000 (8,45% da população). Esse dado nova mente reitera a dim inuição da taxa de fecundidade nas últim as décadas, ou seja, nas décadas de 70 e 80 o alto número de filhos por m ulher el eva a taxa de fecundidade e,

conseqüentemente, o núm ero de cr ianças de zero a quatro an os é significativamente maior do que a partir da década de 90.

Além disso, a dim inuição da fecundidade ocasiona o deslocam ento da concen tração popu lacional para outro s segmentos etário s. Percebe-se, pois, que o segm ento etário m ais representativo no ano 2000 é constituído pela população jovem (nascida entre 70 e 80), na faixa entre 20 e 24 anos.

Importa també m des tacar que a população joseense está

envelhecendo, fato percebido não apenas pelo aum ento relativo da população idosa (> 65 anos), como também da população adulta (>20 e <64 anos), paralelamente à diminuição das faixas etárias menores de 15 anos.

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“São José dos Campos pertencia ao Grupo 2 em 1992, e passou para o Grupo 1 nas edições do IPRS de 1997 e 2000, junto dos considerados “municípios-pólo". Além da sua importância no desenvolvimento regional e do Estado, São José dos Cam pos apre senta elevado nível de riqueza municipal e indicadores de longevidade e escolaridade acima das médias do conjunto dos município paulistas."

O Índice Paulista de Responsabilid ade Social (IPRS), é um sistema de indicado res socio econômicos desenvolv ido pela Fundação Seade e m atendimento à solicitação da Assembléia Leg islativa do Estado de São Paulo.

Concebido para funcionar com o i nstrumento de acom panhamento das condições de vida nos municípios paulistas, o IPRS preserva as mesmas dimensões de avaliação utilizadas para o cálculo do IDH: longevidade, educação e renda.

Fonte: Relatório O Estado dos Municípios 1997-2000. Índice Paulista de Responsabilidade Social.

No cálculo do IPRS, porém , as va riáveis selecionadas para m edir a situação de cada dimensão permitem atualizações mais freqüentes do índice, pois não dependem dos resultados dos censos dem ográficos - a cada dez anos -, mas sim de registros administrativos.

Outro diferencial é o sistem a de cl assificação dos m unicípios: além do ranking, elaborado para cada dim ensão, os municípios são classificados em cinco agrupamentos homogêneos.

ÍNDICE PAULISTA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL -IPRS

Concebido para m edir o nível de desenvolvim ento hum ano de países, pelas dimensões longevidade, educação e renda, o IDH foi adaptado para ser utilizado com o instrumento de avaliação de agrupam entos sociais menores, como os municípios, surgindo assim o IDH-M.

Nessa classificação, no últim o estudo realizado pela Fundação João Pinheiro e o IPEA, com base em dados do Censo 2000, São José dos Campos apresenta-se como município de elevado desenvolvimento humano (IDH-M acim a de 0,800), ocupando a 37ª posição no ranking do IDH-M entre todos os m unicípios do Brasil, e a 1 1ª posição, entre os 645 municípios paulistas.

QUALIDADE DE VIDA

DESENVOLVIMENTO HUMANO:OIDH-M

Tabela 5 – Evolução das dimensões do IDH-M em São José dos Campos

Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, no período compreendido entre 1991 e 2000 o Índi ce de Desenvolvim ento Humano Municipal de São José dos Cam pos cresceu 5,47%, incremento a lcançado principalmente pelas m elhorias nos indicadores que com põem a di mensão Educação.

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ECONOMIA

CARACTERIZAÇÃO

MACROECONÔMICA

O fato de o Vale do Paraíba ser um a rota de passagem e ntre São Paulo e Rio de Janeiro, tem um a longa história, que rem onta ao período colonial, de intensa participação na econom ia do Estado. Num pri meiro momento, durante a m ineração, a regi ão era apenas a ligação en tre o interior, onde se concentravam as atividades minerárias e o litoral que era o local de escoam ento da produção. Entretanto, foi a partir de m eado do século XIX, com o desenvolvimento da cultura cafeeira que o Vale do Paraíba passa a ter sign ificativa importância tanto na econom ia, quanto na vida cultural do Estado de São Paulo.

Com a decadência da cafeicultura, no primeiro quarto do século XX, toda a região passou p or um período de estagnação eco nômica, no qual alguns m unicípios tiveram extremas dificuldades de adm inistrar suas finança que se to rnaram precárias co m a decadência da cultu ra do café. Outros municípios como São José dos Campos, por exemplo, encontraram o caminho do desenvolvim ento econôm ico pela industrialização que teve como fator preponderan te a inaugu ração da Rodovia Presid ente Dutra, no início da década de 1950.

Na atualidade, o Vale do Paraíb a é um a região com características muito diversificadas onde convivem municípios que dependem quase que exclusivamente da agro pecuária co m outros que tem o tu rismo com o su a principal fonte de renda (Campos do Jordão, Bananal, etc). Existem também municípios com o Guaratinguetá, P indamonhagaba, entre outros, que tê m

um certo equilíbrio entre o s etor agropecuário e o indus trial. Em destaque na região, considerando o aspecto econômico, está São José dos Campos que devido ao alto grau de indus trialização alcançado, assim com o um grande desenvolvim ento no setor terc iário, configura-se com o um a referência para todo o Vale do Paraíba.

E

CONOMIA DE

S

ÃO

J

OSÉ DOS

C

AMPOS

Nas duas últim as décadas, S ão José dos Cam pos vem experimentando importantes transformações em sua estrutura econômica.

Um dos principais fato res é a rees truturação d o sistem a produtivo processada pelas empresas presentes no município.

As estratégias globais adotadas pelas em presas geraram um novo desenho na base industri al instalada, principalm ente com relação ao adensamento das cade ias produ tivas autom obilística, telec omunicações e aeroespacial. O adensamento verificado, por sua vez, não pode ser atribuído à quantidade de empresas, m as ao volum e de ne gócios gerados, particularmente, no capital investido em novos empreendimentos.

Do ponto de vista financeiro o carro-chefe da econom ia de São José dos Campos continua sendo a indústria , responsável por cerca de 84% do valor adicionado do município.

As transform ações oc orridas na econom ia da cidade fora m responsáveis pelos sucessivos increm entos no valor adicionado do município, que no período de 1994 a 2002 obteve um crescimento de 330

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%, fazendo com que a c idade ocupe o pri meiro lugar entre os m unicípios do interior, atrás apenas da Capital.

O setor industrial de S ão José dos Ca mpos conta com um parque industrial moderno, diversificado e em ampliação, destacando-se no cenário nacional, p or apresen tar três fortes s egmentos de empresas e s uas respectivas cadeias prod utivas: automotivo, telecomunicações, aeroespacial e de defesa.

Tabela 7 – Número de estabelecimentos por setor econômico em São José dos Campos

Um outro aspecto m arcante no novo desenho da econom ia de São José dos Campos é o increm ento do setor ter ciário, pa rticularmente com relação à empregabilidade, onde com ércio e serviços, juntos, responde m atualmente por 68,2 % da m ão-de-obra ocupada, contra 19,4 % do setor industrial, p ercentuais p raticamente i nversos aos verificados na décad a de oitenta. O grande crescim ento desse se tor é d emonstrado pelo fato de São José dos Campos ser hoje um centro regional de compras e serviços do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Sul de Minas Gerais, atendendo uma população de aproximadamente dois milhões de habitantes.

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Figura 9 – Zonas de uso do solo industrial em São José dos Campos

SETOR

AGROPECUÁRIO

Embora 80% do território do município destinem-se à zona rural, em razão de sua topografia m ovimentada, a predom inância no setor agropecuário do m unicípio é a pecu ária leiteira, contando com 24.850* cabeças. Desenvolve-se tam bém o cultivo de eucalip tos e pinus com o atividade de reflorestamento, que atende às indústrias de celulose da região. As áreas agricultáveis estão praticamente restritas às várzeas do Rio Paraíba

do Sul e do Rio Jaguari e pequenas glebas em torno do perím etro urbano. Nessas áreas predom ina o cultivo do arroz, m ilho, feijão e hortaliças. As principais culturas do município são: a braquiária que ocupa um a área de 18.008,50 ha*, o eucalipto ocupando um a área de 13.249,90 ha* e o m ilho em uma área cultiv ada de 1.758,30 ha *. O município conta com 836* estabelecimentos agropecuários.

*Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo . Projeto LUPA . 1995/96

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ASPECTOS NATURAIS

CLIMA

O clim a de São José dos Cam pos, confor me a classificação de Koeppen é de Cwa (clim a mesotérm ico úm ido). As precipitações abundantes ocorrem nos m eses de novembro a m arço e correspondem a 72% do total anual, e 28% nos m eses de maio e outubro. Ocorre, durante o ano a predom inância de m assa de ar tropical (50% do ano, seguidas pelas massas de ar frio). A direção do ven to predominante é do setor sudes te e a intensidade é de 1,0 a 2,5 m etros por segundos. A umidade relativa, m édia anual é de 76%. No verão, a média das temperaturas máximas é de 29,6°C e no inverno a média das temperaturas mínimas é de 12°C.

Figura 10 – Média das temperaturas em São José dos Campos para o ano de 2003

Nos últimos 14 anos, ob servou-se que a m aior temperatura ocorreu no mês de novembro de 1990, quando se registrou no abrigo meteorológico 37,2° C. A menor temperatura, registrada foi de 1,0° C, em junho de 1979.

Figura 11 – Média de precipitação mensal (mm) em São José dos Campos para o ano de 2003

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COBERTURA VEGETAL NATURAL

A paisagem original de São José dos Cam pos era constituída por cinco tipos de for mações vegetais do Domínio da Mata Atlântica e uma do Cerrado, que se mesclavam criando mosaicos de altíssima biodiversidade.

A Mata Atlântica re cobria a s ár eas do Município m odeladas pelas Serras do Mar e da Mantiqueira: Nos Planaltos Interioranos da Serra do Mar e da Mantiqueira ocorria a Mata Atlântica do Planalto Inte riorano, designada como Floresta Estacion al Semidecidual. Esta Form ação Vegetal apresenta algumas espécies que perdem as folhas no invern o, estação s eca no Vale do Paraíba (com período seco variando de 60 dias a 90 dias).

Adornando as escarpas da Serra da Mantiqueira ocorria a Mata Atlântica das Escarpas da Serra da Mantiqueira designada Floresta Ombrófila Densa, que de acordo com a altitude a qu e ocorrem são classificadas em Montana e Alto-Montana.

Enclavado entre estas formações, nos altos vales montanos, ocorria a Mata de Araucária, denominada de Floresta Ombrófila Mista Alto-Montana. Nas Colinas Tabuliformes ocorriam m anchas de Cerrado (Savana Arbórea Ab erta) entre os rios que cortavam as colinas tabuliform es do médio Vale do Paraíba do Sul.

Nas várzeas do Rio Paraíba do Sul e de seus afluentes as Matas d e Várzea (Floresta Es tacional Sem idecidual Aluvial) predom inavam, juntamente com todo um agrupam ento de ecossistemas de áreas de inundação, dominados por macrofilas e gramíneas.

Com a exploração cafeeira, no iníc io do século, e posteriorm ente as atividades pecuárias e o intenso desenvolvimento urba no e industrial ocorrido nas últim as décadas, houve uma devastação m uito acen tuada e rápida da cobertura vegetal original.

A vegetação nativa rem anescente predom ina nas encostas, contrafortes e nas posições de cum eeira da Serra da Mantiqueira, por constituírem áreas de pr eservação natural. Raríssimas ocorrências também em trechos que acompanham as margens do Rio Paraíba do Sul e principais tributários, constituindo-se nas denominadas matas ciliares.

Ao longo da Várzea do Rio P araíba e do Ribeirão Vidoca, encontram-se pequenas m anchas de vegetação rem anescente (F loresta Estacional Sem idecidual Aluvial), a m aioria delas send o de vegetação secundária, ou seja, aquela que ressu rge após a retirada da vegetação original. A antiga floresta de gale ria que se form ou ao longo do rio é constituída agora por árvores de peque no porte, arbustos e vegetação típica de terrenos alagadiços.

Nos terraço s fluviais e nas coli nas e m orrotes ocorre o cerrado “sensu strictu” (Savana Arbórea Aberta) e o campo cerrado e m peque nos remanescentes, bastante alterados compondo os campos antrópicos.

A cobertu ra vegeta l ta mbém está presente nos espaços públicos

existentes no m unicípio, cobertos por algum tipo de vegetação, com o

exemplo, as áreas verd es urban as identif icadas pela arbo rização d e ru as, praças e parques públicos, pelos b osques, paisagens livres de constru ção (públicas e particulares), bem como nas áreas de preservação perm anente: fundos de vales, banhados, matas ciliares e unidades de conservação.

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HIDROGRAFIA

O m unicípio de São José dos Ca mpos está inserido n a Bacia Hidrográfica do Rio Pa raíba do Sul, que atravessa longitudinalm ente o município. A rede hidrográfica do município é significativa. São José possui mais de 300 m ananciais e vertentes que for mam rios, riachos, ribeirões e córregos.

Sua hidrografia tem notável im portância econômica, principalmente no setor da agropecuária. Alguns desses cursos d'água são importantes para a form ação de barragen s, porém , na sua m aioria já estão com prometidos pela contam inação proveniente da atividade industrial e a in tensa urbanização.

O coletor p rincipal reg ional é o Rio Paraíba do Sul, que após descrever o cotovelo d e Guararem a e abandonar os te rrenos cristalinos passa a escoar na bacia sedim entar, onde tende a encostar -se à borda norte da mesma, até Pindamonhangaba (PMSJC, 1993).

O planalto de São José dos Cam pos é sulcado por um a série de rios paralelos, q ue vêm da área cristalina, localizada à m argem SE da bacia. Estes canais de água que deságuam no coletor principal da área via de regra não apresentam muitos afluentes, com um padrão de d renagem nitidamente diferenciado daqueles encontrado no cristalino (PMSJC, 1993).

O Rio Paraíba do Sul atravessa todo o m unicípio, de São José dos Campos, seguindo a direção NE, dividi ndo-o em áreas con sideravelmente diferentes. A área mais extensa situa-se ao norte e estende-se da calha do rio até a fronteira com o Estado de Minas Gerais.

Os afluentes da m argem esquerda do Rio Pa raíba, em função do maior volum e d' água, são m ais importantes que os da m argem direita, oriundos da Serra do Mar. Dos afluentes da margem esquerda destacam-se o Jaguari, o Buquira e o Rio do Peixe que é afluente do Rio Jaguari.

Os afluentes da margem direita tem suas nascentes quase sempre no espigão, pelo qual passa a divisa do município de São José dos Campos com os municípios de Jam beiro e Jacareí. Esses cursos d' água, apesar de m enor volume, são importantíssimos, do ponto de vista de utilização, porque todos eles cortam a área urban a, recebendo toda a rede de esgotos dom ésticos e industriais da principal região do m unicípio. De stacam-se os ribeirões Vidoca, Comprido, Nossa Senhora D'Ajuda , Ressaca, Senhorinha, Lavapés, Cambuí e Pararangaba (PMSJC, 2000).

BARRAGEM DO JAGUARI

Área de 96 km 2 - Capacidade de 1,350 bilhão de m 3 de água - Produção de energia elétrica em duas turbinas com potência de 27,6 MW.

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PAREDÃO

Vale em Garganta - Baixo Rio Fartura - próximo à confluência com o Rio do Peixe, a jusante da confluência com o Ribeirão Alegre.

Roteiro: 43 km . SP-50 (17 quilômetros), Estrada Municipal da Água Sóca via bairros do Roncador e do Gu irra (20 quilôm etros em terra), restante a pé.

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GEOMORFOLOGIA

A área do m unicípio situa-se no Pl analto Atlântico, e inclui subdivisões naturais em zonas, dete rminadas por um a s érie de feições morfológicas distintas. Estas zon as estão representadas pela Serra da Mantiqueira, pelo Médio Vale do Paraíba e Planalto de Paraitinga.

A zona da Serra da Mantiqueira compreende toda a escarpa que limita o Vale do Paraíba, ao norte, com o Planalto Sul-Mineiro. A passagem deste Planalto para o Vale do Para íba acontece de form a gradativa de amplitudes maiores a menores, das for mas de escarpas até os dom ínios de morros e colinas ou espigões isolados.

A zona do Médio Vale do Paraíba representa o se tor central que separa a Serra da Mantiqueira, ao n orte, do Planalto de Paraitinga, ao s ul. Constitui-se em um a fa ixa alongad a de d ireção ENE- WSW, com lar gura variando de 10 a 20 km . Contém um dom ínio central de substrato sedimentar, que inclui a planície do Rio Paraíba do Sul. Predom inam no geral colinas na forma de tabuleiros (PMSJC, 1993).

O Planalto de Paraitinga com põe um a z ona geom orfológica limitando ao sul a zona do Médio Vale do Paraíba. Nela se situam terrenos que se nivelam ao redor de 700 m . Neste domínio estão presentes áreas serranas, cuja principal feição paisag ística é dad a por m ar de m orros, com amplitudes variáveis que dim inuem grad ativamente dos divisores de água para os vales principais, onde as serras dão lugar a morros e estes a morrotes e colinas (PMSJC, 2000).

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RELEVO

O relevo de São José dos Ca mpos caracteriza-se pela exis tência de planícies fluviais posicionadas as m argens do Rio Paraíba do Sul e tributários, onde se concentram as atividades agrícolas do município.

A partir destes, na direção norte, deparam o-nos com uma região de colinas denominada "Mar de Morros" cujas altitudes médias variam de 660 a 975 metros, constituindo os contrafortes da Serra da Mantiqueira.

Já na direção sul, a partir das planícies fluviais, encontram os os terraços ou colinas tabula res, região onde está a ssentada grande parte da malha urbana.

Sucedendo os terraços em direção ao extrem o sul, deparamo-nos com as Serras do Planalto Atlântico cujas altitudes médias atingem cerca de 800 metros (PMSJC, 2000).

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GEOLOGIA

Em São José dos Cam pos ocorre uma grande diversidade de rochas. Estão presentes litologias do e mbasamento cristalino, atribuídas ao Grupo Paraíba e ao Grupo Açungui (zonas da Se rra da Mantiqueira e Planalto de Paraitinga), na porção norte e ex tremo sul do m unicípio. Sedimentos terciários do Grupo Taubaté ocorrem ao centro-sul (zona do Médio Vale do Paraíba), sedim entos aluvionares recen tes são significati vos ao longo das calhas dos Rios Paraíba do Sul e B uquira, e m ais restritos junto às drenagens do Jaguari, C omprido, Vidoca, Putins, Alambari, Pararangaba e da Divisa, entre outros (PMSJC, 2000).

Referências

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