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AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

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Academic year: 2021

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Relatório

Agrupamento de Escolas

Professor João de Meira

G

UIMARÃES

A

VALIAÇÃO

E

XTERNA DAS

E

SCOLAS

Área Territorial de Inspeção

do

N

ORTE

2013

(2)

1

I

NTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de avaliação em junho de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi incumbida de dar continuidade ao programa de avaliação externa das escolas, na sequência da proposta de modelo para um novo ciclo de avaliação externa, apresentada pelo Grupo de Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de março). Assim, apoiando-se no modelo construído e na experimentação realizada em doze escolas e agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver esta atividade consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas Professor João de Meira – Guimarães, realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efetuada entre 12 e 15 de maio de 2014. As conclusões decorrem da análise dos documentos fundamentais do Agrupamento, em especial da sua autoavaliação, dos indicadores de sucesso académico dos alunos, das respostas aos questionários de satisfação da comunidade e da realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente e consolide a autoavaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este documento um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e áreas de melhoria, este relatório oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de ação para a melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere. A equipa de avaliação externa visitou a escola-

-sede do Agrupamento, a Escola Básica Oliveira do Castelo e a Escola Básica de S. Roque.

A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização do Agrupamento, bem como a colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios

EXCELENTE –A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em campos relevantes.

MUITO BOM –A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes.

BOM–A ação da escola tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais eficazes.

SUFICIENTE –A ação da escola tem produzido um impacto

aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco

consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola.

INSUFICIENTE –A ação da escola tem produzido um impacto muito aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

(3)

2

C

ARACTERIZAÇÃO DO

A

GRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas Professor João de Meira, constituído em 2003, integra três estabelecimentos de educação e ensino: a Escola Básica de Oliveira do Castelo, a Escola Básica de S. Roque e a Escola Básica Professor João de Meira (escola-sede), que é escola associada ao Estabelecimento Prisional de Guimarães, no âmbito da educação de adultos. O Agrupamento celebrou contrato de autonomia com o Ministério da Educação e Ciência, em 30 de janeiro de 2014.

A população escolar, em 2013-2014, é composta por 1370 crianças, alunos e formandos: 25 na educação pré-escolar (um grupo), 458 no 1.º ciclo (19 turmas), 317 no 2.º ciclo (12 turmas), 540 no 3.º ciclo (23 turmas), 15 nos cursos de educação formação, tipo 3 (uma turma) e 15 no curso de educação e formação de adultos, tipo 3 (uma turma). Cerca de 0,5% dos alunos não têm naturalidade portuguesa.

Quanto à ação social escolar, verifica-se que 80% dos alunos do ensino básico não beneficiam de auxílios económicos. No que respeita às tecnologias de informação e comunicação, 92% dos alunos do ensino básico possuem computador e Internet em casa. A análise das habilitações literárias dos pais e encarregados de educação permite verificar que 36% têm formação superior e 62% secundária e superior. Quanto à ocupação profissional 47% dos pais dos alunos do ensino básico exercem atividades profissionais de nível superior e intermédio.

A educação e o ensino são assegurados por 113 docentes, dos quais 91% pertencem aos quadros. A experiência profissional é significativa, pois 96% lecionam há 10 ou mais anos. Atualmente, o pessoal não docente é composto por 44 elementos, dos quais, 34 são assistentes operacionais, oito assistentes técnicos, uma coordenadora técnica e uma psicóloga a tempo parcial. A totalidade dos trabalhadores têm contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado e 67% têm 10 ou mais anos de serviço.

Em 2011-2012, ano mais recente para o qual a Direção-Geral das Estatísticas da Educação e Ciência disponibilizou valores de referência, os valores das variáveis de contexto do Agrupamento, quando comparados com os das escolas/agrupamentos do mesmo grupo de referência (cluster), nomeadamente as percentagens de alunos dos 4.º e 9.º anos sem auxílios económicos no âmbito da ação social escolar e a média do número de anos das habilitações dos pais e das mães dos alunos do ensino básico situam-se acima da mediana. Neste sentido, este Agrupamento apresenta variáveis de contexto bastante favoráveis.

3

A

VALIAÇÃO POR DOMÍNIO

Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação formula as seguintes apreciações:

3.1

R

ESULTADOS

RESULTADOS ACADÉMICOS

A análise regular das aprendizagens realizadas pelas crianças da educação pré-escolar permite conhecer o progresso das aprendizagens feitas no âmbito das áreas de conteúdo das orientações curriculares. Os dados da avaliação são objeto de tratamento e análise para adequar as práticas pedagógicas às necessidades das crianças.

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No ano letivo de 2011-2012, tomando como referência as escolas/agrupamentos com valores análogos nas variáveis de contexto, as percentagens de positivas nas provas de aferição do 1.º ciclo, à semelhança do ano letivo anterior, ficaram acima dos valores esperados. Já a taxa de conclusão melhorou em relação a 2010-2011, tendo ficado acima do valor esperado em 2011-2012. No 2.º ciclo, a taxa de conclusão e a percentagem de positivas na prova final de língua portuguesa ficaram aquém dos valores esperados, contrariamente ao verificado em 2010-2011. Porém, a percentagem de positivas na prova de matemática ficou acima desse valor, à semelhança da registada em 2010-2011.

No 3.º ciclo, a taxa de conclusão, ao contrário de 2010-2011, ficou aquém do valor esperado. Por outro lado, verifica-se uma melhoria dos resultados das provas finais de língua portuguesa e de matemática, que tendo ficado aquém do valor esperado, em 2010-2011, se situaram acima, em língua portuguesa, e em linha com esse valor, em matemática, em 2011-2012.

Os referidos resultados do Agrupamento, em 2010-2011 e 2011-2012, quando comparados com aqueles das escolas do mesmo cluster, situaram-se, maioritariamente, acima da mediana, podendo afirmar-se que houve melhoria em 2011-2012. Nesse ano letivo, apenas a taxa de conclusão do 9.º ano, ficou próximo da mediana.

O Agrupamento, que apresenta variáveis de contexto bastante favoráveis, regista resultados dos alunos, em 2011-2012, que se situam, globalmente, em linha com os valores esperados para escolas de contexto análogo e acima da mediana para as escolas do mesmo grupo de referência, constatando-se a necessidade de maior investimento nos processos de ensino e de aprendizagem, nomeadamente no 2.º ciclo.

É prática sistemática a análise estatística dos resultados académicos e a comparação com os valores concelhios e nacionais pelos diferentes órgãos e estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica. A reflexão sobre a evolução dos resultados académicos e a qualidade do sucesso suscitou um forte investimento no reforço e na diversificação das medidas de promoção do sucesso escolar.

É de salientar a inexistência de abandono e desistência escolares, no último triénio.

RESULTADOS SOCIAIS

O Agrupamento distingue-se pelo forte sentido de responsabilidade social, testemunhado pelo cuidado posto na receção das crianças e alunos que iniciam a escolaridade nas diferentes escolas e no apoio a alunos com necessidades educativas especiais. É dada, pois, grande relevância à educação para a cidadania, em particular na oferta complementar disponibilizada aos alunos dos 2.º e 3.º ciclos, na orientação pedagógica preconizada no projeto educativo e nas iniciativas constantes do plano anual de atividades.

A participação voluntária em projetos solidários, como o Ser diferente, a recolha de géneros e a distribuição de cabazes de alimentos, de brinquedos ou de roupas para auxílio a famílias carenciadas, a angariação de fundos para a realização do passeio dos alunos com necessidades educativas especiais e para a visita de estudo dos alunos do 9.º ano a um país estrangeiro, fomenta uma educação cívica participada, com reflexos na formação integral dos alunos. As ações que visem a educação para o empreendedorismo fazem também parte do planeamento e são postas em prática, destacando-se iniciativas como a criação de uma empresa GuimaFood – projeto Genius, que utilizando produtos provenientes da horta pedagógica da escola-sede faz, entre outras atividades, entrega de comida ao domicílio e o projeto O que cá se faz – curso de educação e formação, que efetua a manutenção do material informático das escolas e dos profissionais.

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associação de estudantes é também um indicador de participação democrática e de assunção e partilha de responsabilidades no percurso dos alunos e na dinamização de atividades.

O bom ambiente educativo espelha o cumprimento, em regra, das normas de conduta, divulgadas junto da comunidade escolar, pese embora se tenha registado, nos últimos anos, um crescendo de problemas de comportamento perturbadores do normal funcionamento das aulas. A prevenção e a gestão dos conflitos, assim como a identificação e a resolução de focos de indisciplina, constituem uma das áreas de atuação prioritária. A este nível, relevam-se o trabalho desenvolvido na articulação sistemática entre os diferentes intervenientes educativos e a ação da equipa multidisciplinar na abordagem a comportamentos desajustados. É ainda proporcionado, através de tutorias, um acompanhamento mais próximo aos alunos que apresentam problemas comportamentais e/ou disciplinares mais gravosos. No que respeita ao percurso académico e ou profissional dos alunos que concluem o 9.º ano, a articulação existente entre o Agrupamento e as escolas secundárias das proximidades possibilita o seu conhecimento, ainda que sem estar consubstanciado em mecanismos que permitam aferir o impacto das aprendizagens nos percursos após a escolaridade básica.

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

A comunidade educativa reconhece o trabalho desenvolvido pelo Agrupamento, o que se reflete no grau de satisfação dos alunos, dos trabalhadores e dos pais/encarregados de educação, expressos na predominância das opções de concordância nas respostas aos questionários aplicados no âmbito desta avaliação externa, com destaque para os pais das crianças da educação pré-escolar. Porém, enquanto os alunos revelam alguma discordância relativamente à frequência com que usam o computador na sala de aula, a utilização da biblioteca, da escola-sede, para fazer trabalhos e leituras, a participação em clubes e projetos da escola e o serviço de refeitório, os pais apenas assinalam os serviços de refeitório e bufete. Os trabalhadores, docentes e não docentes, manifestam alguma discordância relativamente ao conforto das salas de aula, à adequabilidade dos espaços de desporto e de recreio, ao funcionamento e apetrechamento da biblioteca e ao comportamento dos alunos.

A superação das dificuldades escolares ou comportamentais, a excelência, o voluntariado ou as atitudes de reconhecido mérito são objeto de distinção e atribuição de diplomas e prémios em cerimónia pública (Cerimónia de Receção e Dia do Agrupamento), constituindo um incentivo para que todos os alunos invistam na aprendizagem e melhorem os comportamentos. A valorização dos sucessos das crianças e alunos tem igualmente uma expressão forte na exposição de trabalhos e em diversos projetos e concursos (Fundação Ilídio Pinho – Ideias, Universidade do Minho – RobotParty, Feira Internacional de Lisboa – Papergift, Desporto Escolar - xadrez), em que participam e onde têm sido premiados. Estas iniciativas têm contribuído para estabelecer, nos alunos, nas famílias e nos profissionais, expetativas positivas face ao serviço educativo prestado.

A resposta adequada ao nível das respostas educativas especiais, a diversificação da oferta formativa e a realização de protocolos com diversas entidades e empresas da região têm contribuído para o incremento da imagem do Agrupamento e para o seu reconhecimento pela comunidade educativa.

A ação do Agrupamento tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. O Agrupamento apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação deBOMno domínio

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3.2

P

RESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

Considerada como área frágil na avaliação externa realizada em 2010, a articulação curricular foi objeto de reflexão e melhoria. De facto, a superação deste aspeto representa um significativo investimento por parte da diretora que definiu como prioridade a adoção de medidas, nomeadamente a realização de reuniões conjuntas entre docentes dos vários níveis de educação e ensino e a estruturação dos departamentos e subdepartamentos de forma a melhorar a articulação interdepartamental. Foram, também, organizadas ações de debate e formação que promoveram a reflexão dos docentes sobre esta temática. Todavia, é reconhecida a necessidade de melhorar a gestão sequencial e articulada do currículo, como metodologia potenciadora do aperfeiçoamento da ação educativa.

A análise e a gestão das orientações curriculares e do currículo são realizadas de forma intencional e estratégica, perspetivando a aquisição e progressão das aprendizagens nos níveis de ensino subsequentes. Todavia, este é um processo em construção que, ainda, não está adequadamente consolidado e generalizado, no que respeita especificamente à articulação vertical.

O plano anual de atividades, que concretiza as orientações do projeto educativo e do plano de estudo e de desenvolvimento do currículo, sintetiza o planeamento das atividades, a gestão do tempo escolar e elenca os procedimentos que visam contribuir para uma gestão curricular mais flexível, contextualizada e adequada às necessidades dos alunos.

Os planos de trabalho dos grupos e das turmas sistematizam o percurso das crianças e alunos, no que diz respeito às dificuldades diagnosticadas, às capacidades excecionais e às medidas de promoção do sucesso escolar implementadas.

O planeamento da atividade letiva tem subjacente, nos diferentes grupos de recrutamento, um trabalho cooperativo que assenta na elaboração de planificações, de matrizes comuns e de instrumentos promotores da aferição das diferentes modalidades de avaliação. Complementa-se com a partilha de recursos pedagógico-didáticos, de estratégias, de implementação de dinâmicas transversais para a melhoria dos resultados, com destaque para a coadjuvação em contexto de sala de aula, e de algumas boas práticas, o que é um aspeto bem conseguido e com consequências positivas na melhoria da prestação do serviço educativo e na consolidação do sentido de pertença e de identificação com o Agrupamento.

PRÁTICAS DE ENSINO

As práticas educativas pautam-se pela adequação às necessidades e capacidades evidenciadas pelas crianças e alunos, em ordem à melhoria do sucesso. Efetivamente, os docentes mobilizam-se na deteção precoce de dificuldades transitórias e/ou de capacidades excecionais, no sentido de diferenciar e adequar as respostas educativas aos alunos.

A articulação entre os profissionais que integram as várias estruturas de apoio, no âmbito da educação especial, consubstancia-se num trabalho de reconhecido mérito e visibilidade em prol da inclusão, sendo de realçar a transversalidade dos projetos locais, nacionais e internacionais em que são envolvidos os alunos com necessidades educativas de caráter permanente.

O ensino experimental das ciências integra as práticas pedagógicas e articula-se com vários projetos/clubes, designadamente Eco-Escolas, Jardim d’Aromas, Jardinagem e Robótica.

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relevo as dinâmicas de integração desenvolvidas pelo Agrupamento, que já é procurado por alunos provenientes de outras escolas.

Verifica-se um notório investimento na promoção da criatividade e do sentido estético, concretizado na oferta do ensino especializado da música em regime articulado, na existência de uma orquestra e no incentivo que é dado aos alunos para que participem em atividades, clubes, projetos, festivais e concursos de cariz inovador.

A supervisão da prática letiva, identificada na anterior avaliação externa como uma área de melhoria, é já realizada em contexto de sala de aula, por elementos da equipa de avaliação interna, como estratégia formativa para o desenvolvimento dos docentes e consequente melhoria do processo de ensino e de aprendizagem. O atual projeto educativo preconiza, também, a implementação da prática lesson study, ou seja, a observação de aulas entre pares, iniciada a partir de cada departamento, com a intenção deliberada de promover a reflexão crítica sobre a prática letiva.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

O plano de estudos e desenvolvimento do currículo do Agrupamento integra as modalidades, os procedimentos e os critérios de avaliação, gerais e específicos, para os diferentes níveis de educação e de ensino, que foram aprovados pelo conselho pedagógico, ouvidas as diferentes estruturas intermédias. Os critérios de avaliação são amplamente divulgados junto dos alunos e dos pais e encarregados de educação.

A monitorização do desenvolvimento do currículo é realizada nos departamentos e subdepartamentos curriculares, considerando o cumprimento das planificações, com enfoque na lecionação dos conteúdos programáticos e no cumprimento das metas curriculares.

A assunção de práticas de avaliação numa perspetiva formativa e reguladora das aprendizagens, com repercussões na adequação das planificações e das medidas de promoção do sucesso, tem contribuído muito positivamente para os bons resultados alcançados pelos alunos.

Os critérios de avaliação, o trabalho conjunto de elaboração de matrizes e critérios de correção e o recurso às diferentes modalidades de avaliação conferem fiabilidade aos procedimentos avaliativos. De igual modo, a reflexão sobre os resultados nos Testes Intermédios e a aplicação de provas comuns possibilitam a aferição dos critérios e dos instrumentos de avaliação, com vista à análise dos resultados e à atuação eficaz sobre as causas do insucesso.

O Agrupamento implementa medidas de promoção do sucesso escolar cuja eficácia é sistematicamente monitorizada através do grau de sucesso alcançado pelos alunos que delas beneficiam. É com base nessa monitorização que são tomadas decisões fundamentadas no sentido de manter, suspender ou alterar a prestação dessas medidas.

O trabalho em rede desenvolvido numa perspetiva de prevenção primária pelos diretores de turma, pela psicóloga e pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, aliado à diversificação da oferta formativa, tem constituído uma mais-valia na prevenção de situações de desistência e abandono escolar.

Tendo em conta os juízos avaliativos formulados neste domínio, os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no domínio Prestação do

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3.3

L

IDERANÇA E GESTÃO

LIDERANÇA

O projeto educativo estabelece princípios e valores orientadores da ação educativa, cujas principais linhas se centram em quatro áreas prioritárias de intervenção, define objetivos e metas claras e determina ações com vista a responder às necessidades específicas de cada aluno.

A direção valoriza e fomenta a participação das lideranças intermédias, com quem partilha responsabilidades na prossecução dos objetivos traçados no projeto educativo, assim como cria e apoia equipas de trabalho para implementar e orientar atividades e projetos diversos, de âmbito local, regional, nacional ou internacional, promotores da formação integral dos alunos.

A inserção do Agrupamento na comunidade expressa-se através de protocolos e parcerias com diversas entidades e instituições locais e regionais, que apoiam e participam em iniciativas e projetos constantes do plano anual de atividades e acolhem alunos no âmbito de programas de formação e integração na vida pós escolar e em contextos de trabalho.

A direção gere adequadamente os conflitos e potencia um bom ambiente de trabalho nos estabelecimentos escolares, reforçando a motivação e o empenho do pessoal docente e não docente para melhorar a qualidade do serviço educativo e fortalecer o sentimento de pertença e de identificação com o Agrupamento.

Os pais revelam muito interesse pela escola e envolvem-se em atividades de desenvolvimento curricular. O Agrupamento dispõe de três associações de pais e encarregados de educação dinâmicas e colaborativas, que favorecem a interação com o meio local e garantem o desenvolvimento de diversas atividades complementares do currículo e de apoio aos alunos e às famílias.

GESTÃO

A direção revela capacidade de mobilização de docentes e não docentes, estabelece uma relação de proximidade com a comunidade educativa e mostra abertura a sugestões com vista à melhoria organizacional.

O conhecimento das competências profissionais dos trabalhadores docentes e não docentes tem permitido afetar recursos de modo a responder às necessidades, promovendo a satisfação das pessoas. Relativamente ao ciclo avaliativo anterior, o Agrupamento ampliou as oportunidades de formação de docentes e não docentes, implementando ações de formação ou de sensibilização com formadores internos e externos.

O Agrupamento dispõe de duas bibliotecas bem apetrechadas, articuladas com a biblioteca municipal e a rede de bibliotecas escolares, que desenvolvem atividades ajustadas ao desenvolvimento do currículo escolar.

Nos documentos estruturantes são explicitados de forma clara os critérios de constituição de turmas, de elaboração de horários e de distribuição de serviço, privilegiando a heterogeneidade das turmas e a continuidade da equipa docente para potenciar a articulação pedagógica e curricular.

A direção promove a comunicação e a partilha de informação, nomeadamente através dos meios tradicionais, do correio eletrónico e da página Web do Agrupamento.

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AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

Relativamente ao ciclo avaliativo anterior, o Agrupamento evoluiu na organização e no desenvolvimento da autoavaliação. Em 2010, criou o Observatório de Qualidade – constituído por membros do conselho geral, coordenadores de projetos e de estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, representantes de não docentes, de alunos e de pais e um amigo crítico - com vista a apresentar um relatório crítico anual, bem como a traçar um plano de melhoria, definindo a área de focagem específica em cada ano letivo.

Nos últimos três anos, o Agrupamento privilegiou a qualidade da prática pedagógica como área de focagem específica. Em 2010-2011, aplicou inquéritos e realizou entrevistas a alunos, docentes, não docentes e encarregados de educação; em 2011-2012 e 2012-2013, fez observação de aulas centrada na ação do professor e em 2013-2014, pretende realizar observação de aulas centrada no comportamento dos alunos.

A recolha e organização de dados relativos aos resultados académicos, a avaliação do plano anual de atividades e a reflexão em torno dos relatórios de autoavaliação têm tido impacto no aperfeiçoamento dos processos de ensino e de aprendizagem e na melhoria dos resultados. Contudo, ainda se observam limitações quanto à sua abrangência em relação às práticas organizativas e profissionais.

Tendo em conta os juízos avaliativos formulados neste domínio, os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no domínio Liderança e

Gestão.

4

P

ONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA

A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento:

O fomento de uma educação cívica participada, com reflexos na formação integral dos alunos;

A integração do Agrupamento na comunidade e a multiplicidade de parcerias com entidades locais, o que concorre para o seu reconhecimento pela comunidade educativa;

O trabalho cooperativo dos docentes, com consequências positivas na melhoria da prestação do serviço educativo e na consolidação do sentido de pertença e de identificação com o Agrupamento;

A consistência das práticas e a adequação de respostas educativas às crianças e aos alunos, articulando a ação do Agrupamento com entidades externas, com impacto positivo na sua inclusão;

A observação da prática letiva como estratégia formativa para o desenvolvimento dos docentes e consequente melhoria do processo de ensino e de aprendizagem;

A liderança partilhada da direção com reflexos na mobilização das estruturas intermédias em torno da concretização de ações e projetos promotores da formação integral dos alunos;

A abertura e gestão de proximidade da direção na ação interna e na relação com a comunidade, com impacto na melhoria organizacional.

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A equipa de avaliação entende que as áreas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus esforços para a melhoria são as seguintes:

O aprofundamento dos mecanismos de monitorização e avaliação dos resultados de modo a identificar claramente os fatores explicativos do (in)sucesso escolar, com efeitos na melhoria do desempenho dos alunos no 2.º ciclo;

A implementação de um dispositivo de acompanhamento dos percursos educativos dos alunos, após a conclusão de estudos no Agrupamento, de modo a aferir o impacto das aprendizagens nos percursos após a escolaridade básica;

A articulação vertical, considerando a necessidade de melhorar a gestão sequencial e articulada do currículo, como metodologia potenciadora do aperfeiçoamento da ação educativa;

A consolidação do processo de autoavaliação com abrangência às práticas organizativas e profissionais de forma a potenciar o desenvolvimento sustentado do Agrupamento.

21-07-2014

A Equipa de Avaliação Externa: Fátima Marinho, Filomena Vidal e Joaquim Machado

Concordo. À consideração do Senhor Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, para homologação.

A Subinspetora-Geral da Educação e Ciência

Homologo.

O Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar

Maria Leonor

Venâncio

Estevens Duarte

Digitally signed by Maria Leonor Venâncio Estevens Duarte DN: c=PT, o=Ministério da Educação e Ciência, ou=Inspeção-Geral da Educação e Ciência, cn=Maria Leonor Venâncio Estevens Duarte Date: 2014.08.19 12:04:54 +01'00'

João

Casanova de

Almeida

Assinado de forma digital por João Casanova de Almeida DN: c=PT, o=Ministério da Educação e Ciência, ou=Gabinete do Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, cn=João Casanova de Almeida Dados: 2014.10.27 10:59:44 Z

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